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Energia

A energia que gera vida e


transforma o mundo!

REALIZADO POR:
Joana Monteiro nº12, 7º-6ª
Pedro Inês nº21, 7º-6ª
Energia

A energia que gera vida


e transforma o mundo!

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 1


Índice

Introdução.......................................................................................................... 5

Capitulo 1 - A Energia que move a Vida

1 Energia.........................................................................................................7

2 Processos de obtenção de energia pelos seres vivos..................................9

2.1 Respiração Celular..............................................................................10

2.2 Fermentação.......................................................................................14

2.2.1 Fermentação alcoólica...................................................................15

2.2.2 Fermentação Láctica.....................................................................16

2.3 Fotossíntese.......................................................................................18

2.3.1 Os Cloroplastos.............................................................................19

2.3.2 Os Pigmentos Fotossintetizantes...................................................21

2.3.3 Fatores Limitantes da Fotossíntese...............................................22

Capitulo 2 - A Energia que transforma a Vida

3 História da Energia.....................................................................................25

4 Fontes de Energia......................................................................................26

4.1 Energias Renováveis e Não Renováveis............................................27

4.2 Energia eólica.....................................................................................28

4.3 Energia solar.......................................................................................28

4.4 Energia hidrelétrica.............................................................................29

4.5 Biomassa............................................................................................30

4.6 Energia das marés..............................................................................30

4.7 Combustíveis fósseis..........................................................................32

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4.8 Energia nuclear (atômica)...................................................................33

5 Formas de Energia.....................................................................................36

5.1 Energia Cinética..................................................................................37

5.2 Energia Potencial................................................................................37

5.2.1 Energia potencial gravitacional......................................................37

5.2.2 Energia potencial elástica..............................................................38

5.2.3 Energia potencial elétrica...............................................................38

5.2.4 Energia potencial Química.............................................................39

5.3 Lei da conservação de energia...........................................................39

6 Transferência e Transformações de Energia.............................................40

7 Rendimento energético..............................................................................42

7.1 Potencia..............................................................................................43

7.2 Rendimento.........................................................................................44

7.3 Como calcular o Rendimento Energético............................................45

7.3.1 Como interpretar o valor do rendimento energético calculado?.....45

9 Calorimetria................................................................................................46

9.1 Princípios da Calorimetria...................................................................46

9.2 Determinação do Calor Específica......................................................47

10 Transferência de energia sob a forma de calor......................................48

10.1 Temperatura e Calor.......................................................................48

10.1.1 Condução....................................................................................49

10.1.2 Convecção...................................................................................50

10.1.3 Radiação......................................................................................51

10.1.4 Irradiação Térmica e Efeito Estufa...............................................53

11 Efeito estufa............................................................................................54

11.1 Como evitar o efeito estufa?............................................................57

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12 Questões energéticas mundiais..............................................................58

13 Sustentabilidade energética...................................................................64

14 Curiosidades...........................................................................................68

14.1 Curiosidades sobre a eletricidade....................................................68

14.2 Curiosidades em como ser consumidor verde.................................69

14.3 Curiosidades: a poluição que provocamos:.....................................70

14.3.1 Atividade humana e os resíduos..................................................70

14.4 Curiosidades sobre a Reciclagem...................................................73

Conclusão........................................................................................................76

Anexo – Índice de Figuras................................................................................77

Bibliografia........................................................................................................79

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Introdução

Este trabalho foi elaborado no âmbito da disciplina de Tecnologias de


Informação e Comunicação.
Baseado na pesquisa em livros e na Internet pretende-se com este trabalho dar
a conhecer ao leitor como a energia é uma constante da vida.
A energia transforma o mundo que nos rodeia, e transforma-nos ela está
presente em tudo o que fazemos, criamos… é um bem vital.
Iremos olhar para a energia de várias perspetivas, inicialmente de uma maneira
vital em termos bioquímicos mas também abordaremos a energia do ponto de vista da
física passando por enumerar e explicar as fontes e formas de energia do nosso
planeta assim como as melhores alternativas para manter este saudável e sustentável.
Se queremos continuar a viver com algum conforto, certamente vamos sempre
precisar de energia: então o que devemos fazer para poupá-la? Falaremos também
das transferências de energia e o modo como esta funciona e se transforma.
A sustentabilidade energética é também aqui valorizada visto esta ser vital para
vida do nosso planeta. A ciência e a engenharia como irão ver fornecem os princípios
orientadores para a agenda de sustentabilidade. A ciência fornece a base para um
discurso racional sobre compensações e riscos, para selecionar as prioridades de
pesquisa e desenvolvimento e para identificar novas oportunidades – a abertura é um
de seus valores dominantes. E a engenharia fornece através da incansável otimização
das tecnologias mais promissoras, soluções e estratégias para proteger o ambiente.
Outro tema abordado aqui será “Algumas Curiosidades” um tema desenvolvido
para que não esquecermos coisas que são importantes e que devem fazer parte da
nossa Cultura Geral.

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CAPITULO 1

A ENERGIA QUE MOVE A VIDA

“A vida na Terra é possível graças aos diversos ciclos de


energia que abastecem o planeta. O principal ciclo
energético da Terra é mantido pelo Sol, que fornece calor
e luz, essenciais para a manutenção da vida.”

Rodrigues Santos

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1 Energia

A palavra ENERGIA deriva do vocábulo grego «ENERGEIA», que hoje


podemos definir como capacidade de produzir trabalho. Esta palavra surge sempre
associada à capacidade de poder fazer qualquer coisa acontecer.
Tudo o que acontece à nossa volta é provocado pela energia. Utilizamos
energia para todos os trabalhos que fazemos, ou mesmo nos momentos de diversão e
de descanso. A energia ilumina as nossas cidades, abastece os carros, comboios,
aviões, etc. Aquece as nossas casas e a comida, permite-nos ouvir música e ver
televisão, põe a funcionar tudo e todos à nossa volta… Quando comemos os nossos
corpos transformam os alimentos em
energia. Esta é usada para trabalhar,
brincar, correr, estudar, ler e em todas
as outras atividades que exercemos.
Por mais diferentes que sejam
as atividades que fazemos, todas têm
uma coisa em comum: necessitam de
energia para acontecerem.
A energia é a fonte que gera
movimento!

Os animais obtêm a energia


Figura 1 - Ciclo da energia
através dos compostos orgânicos
assimilados na alimentação. São capazes de quebrar o alimento em pequenas
porções através da respiração celular, e com isso armazenar energia.
As plantas, além de realizar a respiração celular, são capazes de absorver a
energia luminosa e a converter em energia aproveitável através de um processo
chamado fotossíntese.
Assim, dizemos que as plantas, de maneira geral, são autotróficas, ou seja, se
auto alimentam, enquanto os animais são heterotróficos.

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A eficiência dos sistemas biológicos é muito maior do que de outros sistemas
não biológicos, como, por exemplo, o automóvel. A oxidação da glicose, por exemplo,
é capaz de armazenar cerca de 45% da energia em moléculas de ATP .
Mesmo o aparente desperdício de 55% da preciosa energia da glicose,
perdidos na forma de calor, permite às células manterem o seu meio interno
relativamente “aquecido”. Nas aves e nos mamíferos, a capacidade de controlar a
quantidade de calor dissipado auxilia a manter constante a temperatura corporal.
Podemos considerar o Sol como a fonte primária de energia para os seres
vivos, porque, direta ou indiretamente, os processos energéticos dos seres vivos
dependem da energia solar.
No esquema ao lado,
relacionamos o Sol como fonte de
energia luminosa e térmica para os seres
vivos, assim como os processos
energéticos da fotossíntese e da
respiração celular.
A vida, na Terra, depende da
energia luminosa do Sol, captada nos
processos da fotossíntese
(transformação da energia luminosa em
energia química).
As células vegetais captam a luz e
a utilizam para converter água e CO2 em
glicose, amido e outras moléculas
orgânicas ricas em energia.
Nesse processo, há liberação de
Figura 2 - Formas de obtenção de energia
oxigênio para o ar. Células animais e pelos seres vivos
vegetais quebram essas substâncias
orgânicas, transferindo a energia para moléculas de ATP, empregando oxigênio.
Ocorre liberação de CO2 e de água, fechando o ciclo.

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2 Processos de obtenção de energia pelos seres vivos

Os seres vivos utilizam a molécula de adenosina trifosfato (ATP) como fonte de


energia para diferentes ações, desde o ato de virar uma página até os batimentos
cardíacos. Basicamente, o ATP é constituído por um nucleotídeo composto pela base
nitrogenada (adenina) ligada a um açúcar (ribose) e três fosfatos, cuja energia é
armazenada nas ligações químicas entre os fosfatos. O rompimento dessa ligação
libera fosfato que é utilizado nos processos celulares. 
Quando a molécula de
ATP perde um fosfato, forna uma
molécula com dois fosfatos
denominada adenosina difosfato
(ADP), entretanto, quando o ATP
é degradado a sua forma mais
simples, liberando dois fosfatos e,
consequentemente, mais energia,
torna-se uma molécula com
apenas um fosfato:
adenosina monofosato (AMP).  O
Figura 3 - Estrutura do ATP, ADP e AMP ATP é utilizado e gerado durante

(Foto: Objetos educacionais/Mec) os processos de respiração


celular, tanto na presença de
oxigênio (respiração aeróbia) quanto na ausência de oxigênio (respiração anaeróbia e
fermentação).
A incorporação de um fosfato na molécula do ADP, com armazenamento de
energia, chama-se fosforilação. As células fotossintetizantes usam a luz nesse
processo (fotofosforilação). Quando a energia empregada vem da oxidação de
moléculas orgânicas, o processo é conhecido por fosforilação oxidativa.
Duas reações podem ocorrer simultaneamente, de tal forma que a energia
liberada em uma seja armazenada pela outra. São reações acopladas, como
algumas que ocorrem na oxidação da glicose, cuja energia é transferida para o ATP. O
acoplamento das reações diminui a quantidade de energia perdida.
O ATP pode ser comparado a uma bateria carregada que, ao liberar energia,
descarrega-se e se transforma em ADP.

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O complexo ATP   ADP serve, portanto, como portador de energia. É o elo
entre os processos de liberação de energia, como a oxidação da glicose, e os
processos que dela necessitam. O ATP é constantemente regenerado pela energia
liberada no catabolismo dos combustíveis celulares.

Figura 4 - Ciclo do ATP

2.1 Respiração Celular

Por meio da fermentação, as células conseguem transferir menos de 3% da


energia da glicose para moléculas de ATP. A respiração aeróbica obtém rendimento
energético 19 vezes maior. Trata-se de um processo mais complexo, que ocorre com
a participação das mitocôndrias, e requer oxigênio.
Basicamente, o que torna a respiração aeróbica mais rentável que a
fermentação é a “desmontagem” completa do ácido pirúvico até CO 2 e a remoção de
átomos de hidrogênio ricos em energia.
Respiração celular é o processo de conversão das ligações químicas de
moléculas ricas em energia que poderão ser usadas nos processos vitais. Ela pode
ser de dois tipos, respiração anaeróbia  (sem utilização de oxigênio) e respiração
aeróbia  (com utilização de oxigênio).
A sua equação é:

C6H12O6 + 6O2 ---> ação das enzimas ---> 6CO2 + 6H20 + energia

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A respiração celular é o processo de obtenção de energia mais utilizado pelos
seres vivos. Na respiração, ocorre a liberação de dióxido de carbono, energia e água e
o consumo de oxigênio e glicose, ou outra substância orgânica, tal como lipídios.
A organela responsável por essa respiração é a mitocôndria.

Figura 5 - Mitocôndria

Do ponto de vista da fisiologia, o processo pelo qual um organismo vivo troca


oxigênio e dióxido de carbono com o seu meio ambiente é chamado de ventilação,
respiração ocorre apenas na célula, operação executada pela mitocôndria.
A membrana interna forma numerosas dobras, as cristas mitocondriais. O
espaço interno das mitocôndrias é a matriz mitocondrial.
As atividades das mitocôndrias se associam com o metabolismo energético das
células e a produção de ATP. Essas atividades são compartimentalizadas, isto é,
algumas ocorrem na matriz e outras junto às cristas.
Quanto mais ativa for uma célula, mais mitocôndrias ela possui e mais cristas
as mitocôndrias apresentam.

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Figura 6 - Respiração Celular (respiração Aeróbia)

Do ponto de vista da bioquímica, respiração celular é o processo de conversão


das ligações químicas de moléculas ricas em energia que possa ser usada nos
processos vitais. A respiração celular processa-se nas seguintes etapas: glicólise, ciclo
de Krebs, cadeia respiratória e fosforilação oxidativa.
O ciclo de
Krebs também é
conhecido por ciclo
do ácido cítrico ou
ciclo dos ácidos
tricarboxílicos.
Continuando
as reações que
começaram com a
oxidação da glicose
na glicólise, as
principais etapas
desse ciclo
Figura 7 - Ciclo de Krebs
metabólico são
reações de desidrogenações, descarboxilações e formação de ATP.
As desidrogenações são caracterizadas pela remoção dos átomos de
hidrogênio dos compostos intermediários do ciclo e pela formação do NADH2 e
FADH2, que participarão da etapa seguinte – a cadeia respiratória.

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As descarboxilações são caracterizadas pela remoção de carbono, na forma de
CO2, dos compostos intermediários do ciclo.
Em uma das etapas do ciclo, a energia liberada é suficiente para formação de
ATP. O processo básico da respiração celular é a quebra da glicose ou Glicólise, que
se pode expressar pela seguinte equação química:

C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + energia

Nutrientes  (energia química) + O2 → CO2 + H2O + Energia (alguma que se


perde sob a forma de calor e outra parte armazena-se sob a forma de ATP)

Figura 8 - Balanço da respiração celular

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2.2 Fermentação

A fermentação é um processo de transformação de uma substância em outra,


produzida a partir de microrganismos, como fungos, bactérias, ou até o próprio corpo,
chamados nestes casos de fermentos.
As fermentações são caracterizadas pelos produtos finais e pelos
microrganismos que as realizam.
Nas fermentações, o açúcar glicose é o principal combustível utilizado como
fonte de energia. A glicose pode ser obtida diretamente dos alimentos disponíveis para
os microrganismos ou obtida via digestão de sacarose, maltose, lactose ou amido.
Os microrganismos possuem enzimas específicas para diferentes tipos de
substratos (dissacarídeos ou polissacarídeos), transformando-as em açúcares
menores e aproveitáveis pela célula, como o monossacarídeo glicose.
Ao longo da história da humanidade o ser humano aprendeu como os
microrganismos transformam a matéria orgânica através de processos fermentativos.
Desse aprendizado surgiu a biotecnologia das fermentações, que é um conhecimento
utilizado nas indústrias alimentícias, farmacêuticas e na produção de combustível,
como o álcool etílico.
É comum caracterizarmos as fermentações, relacionando-as com o
metabolismo de bactérias e fungos.
Dependendo do microrganismo, das enzimas e dos produtos finais das onze
reações do processo, definimos os diferentes tipos de fermentação. 
Neste, estudaremos agora os tipos mais comuns de fermentação presentes em
nosso cotidiano, na produção de alimentos e de combustíveis para os automóveis.
A fermentação alcoólica ou etílica realizada pelas leveduras (fungo unicelular) é
utilizada nas usinas de produção de etanol, nas panificadoras e pelas donas de casa
para produção de pães; é caracterizada pela produção de álcool etílico (etanol).
A fermentação láctica realizada pelas bactérias do tipo lactobacilos é utilizada
nas indústrias de laticínios para a produção de alimentos derivados do leite, como
coalhadas, iogurtes, leites fermentados, entre outros.

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2.2.1 Fermentação alcoólica

Na fermentação alcoólica (etílica) realizada por leveduras (Saccharomyces


cerevisae), um dos produtos finais é o álcool etílico. Além dessa substância, também
são produzidas moléculas de gás carbônico (CO2) e ATP (adenosina trifosfato).
Como a fermentação é um processo de obtenção de energia a partir da
degradação de açúcares, podemos dizer que a finalidade maior do processo é a
produção de ATP (molécula energética), enquanto o CO2 e o álcool etílico são
eliminados da célula, porque são resíduos tóxicos.
O processo envolve etapas metabólicas de quebra da glicose, sem a
participação do oxigênio. Na fermentação, agem 11 enzimas bastante estudadas e
muito semelhantes àquelas que iniciam a respiração aeróbica. Estão todas no
hialoplasma.
Divide-se a fermentação em duas etapas:

1) Etapa com incorporação de energia: ocorre o gasto de duas moléculas


de ATP.

Tanto a glicose como a frutose possuem 6 átomos de carbono (C6H12O6).

2) Etapa com liberação de energia: a molécula com 6 átomos de carbono é


quebrada em duas moléculas com 3 átomos de carbono cada uma. A energia liberada
permite a produção de 4 moléculas de ATP. Átomos de hidrogênio ricos em energia
são perdidos e recolhidos pelo co-fator NAD (nicotinamida – adenina – dinucleotídeo),
que se transforma em NADH2.

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A seguir, os átomos de hidrogênio incorporados pelo NADH2 serão
empregados na redução do ácido pirúvico, originando o álcool etílico.

Podemos perceber que nesse processo existe um saldo positivo de 2 ATP para
a célula. Algumas bactérias, como o acetobacter, podem oxidar o álcool etílico
transformando-o em ácido acético, como acontece no processo de produção de
vinagre.

2.2.2 Fermentação Láctica

Assim como a fermentação alcoólica, na fermentação láctica existe a produção


de 2 ATP por molécula de glicose oxidada pelas bactérias do tipo lactobacilos.
As etapas são parecidas, mas o produto final é o ácido láctico e não existe
descarboxilação do ácido pirúvico, isto é, na fermentação láctica não ocorre a
liberação de gás carbónico.

Além dos lactobacilos, as células musculares também realizam a fermentação


láctica quando estão em atividade intensa e com déficit de oxigênio. O acúmulo de
ácido láctico nas células musculares é responsável por sintomas como dores
musculares e fadiga muscular.

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Podemos então representar as fermentações por uma equação geral:

Os processos de fermentação, realizados por microrganismos ou por suas


enzimas isoladas, sempre tiveram importância econômica. Na produção do vinho, o
suco da uva, rico em glicose, é armazenado em barris sem ar. Fungos presentes nas
cascas das frutas transformam o suco em vinho, pela conversão da glicose em álcool
etílico (etanol). Como o processo se chama fermentação, as enzimas ficaram
conhecidas por fermentos, termo considerado impróprio pela quantidade de ações
executadas pelas enzimas.
Na fabricação do pão, o fermento é misturado com a farinha (amido),
realizando fermentação etílica, com liberação de CO2. O gás faz “crescer” a massa do
pão.
Na produção de queijo, coalhada ou iogurte, a fermentação da lactose (açúcar
do leite) origina o ácido láctico, com diminuição acentuada do pH. As proteínas do leite
(caseína) precipitam, formando o “coalho”.
Outro uso industrial importante da fermentação é a produção do etanol usado
como combustível, a partir da sacarose, o açúcar da cana.
Ainda podemos lembrar as indústrias de bebidas alcoólicas que utilizam os
conhecimentos biotecnológicos para a produção de bebidas alcoólicas fermentadas
e/ou destiladas, a partir de substratos diferentes. Também é uma atividade industrial
importante a produção de álcool combustível nas usinas de álcool.

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2.3 Fotossíntese

O Sol é a fonte de toda a energia da biosfera. A fotossíntese é o processo pelo


qual a energia luminosa é captada e convertida em energia química.
A capacidade de
executar a fotossíntese está
presente em eucariontes e
procariontes. Os eucariontes
fotossintetizantes são os
vegetais e as algas. As
cianobactérias e algumas
bactérias são procariontes
que também realizam a
fotossíntese.

Mais da metade de toda a fotossíntese da biosfera ocorre nos seres


unicelulares, particularmente nas algas, que formam o fitoplâncton.
Todos os seres fotossintetizantes, exceto algumas bactérias, utilizam a água
como fonte de hidrogênio.
A equação geral para o processo é:

A equação geral do processo indica que o organismo fotossintetizante utiliza o


CO2 (gás carbônico) e a H2O (água), absorve energia luminosa por meio da clorofila
(pigmento fotossintetizante) e produz glicose (açúcar) e O2 (gás oxigênio).
De acordo com o habitat do organismo fotossintetizante (algas ou vegetais), o
CO2 pode ser retirado da água ou do solo, e a água pode ser retirada do ambiente
aquático ou do solo.
O pesquisador inglês C.B. Van Niel demonstrou que a fotossíntese dos
vegetais, das algas e das bactérias são, fundamentalmente, semelhantes, mas
apresentam substâncias doadoras de hidrogênios diferentes.

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Na fotossíntese dos vegetais e das algas, a água (H2O) é a fonte de hidrogênio
e do gás oxigênio; e, na fotossíntese das bactérias, a fonte de hidrogênio é o H2S (gás
sulfídrico), mas neste caso não ocorre liberação de oxigênio e, sim, de enxofre (S), por
isso essas bactérias são chamadas de sulfobactérias
Experimentos com água (H2O) e gás carbônico (CO2), marcados com oxigênio
isótopo 18, demonstram que a origem do gás oxigênio é a molécula de água e não o
gás carbônico (CO2).

Figura 9 - Experiência com planta aquática e isótopo radioativo.

Com base no experimento mostrado, sabendo da origem do gás oxigênio a partir da


molécula de água, podemos escrever a equação da fotossíntese assim:

Veja que nessa equação o número de átomos de oxigênio da água (H2O)

corresponde ao número de átomos de oxigênio, presentes no gás oxigênio (O2), que


não é mostrado quando se utiliza a equação resumida da fotossíntese, mostrada a
seguir.

2.3.1 Os Cloroplastos

Um tipo de organela característico das células vegetais são os plastos.


Acumulam substâncias e são classificados de acordo com a natureza da substância
armazenada.

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Os plastos incolores, que armazenam
amido, lipídios ou proteínas, são os leucoplastos.
Os plastos coloridos pela presença de pigmentos
são chamados cromoplastos e, destes, os mais
numerosos e importantes são os cloroplastos,
que possuem o pigmento verde clorofila, nos
quais ocorrem as reações da fotossíntese.

Figura 10 - Cloroplasto ao microscópio


eletrônico

Figura 11 - Estrutura do cloroplasto e os detalhes


dos tilacoides

Uma célula da folha contém cerca de 50 cloroplastos. Em um milímetro


quadrado da superfície da folha, encontram-se mais de 500.000 deles.
Os cloroplastos guardam algumas semelhanças estruturais com as
mitocôndrias. São delimitados por duas membranas. Internamente, são ocupados por
uma substância amorfa, o estroma. Grânulos de amido podem ser encontrados
mergulhados no estroma.
Ao microscópio eletrônico, verifica-se a presença, dentro do cloroplasto, de um
complexo sistema de membranas que constituem sacos achatados e unidos entre si.
São os tilacóides. Nos vegetais, os tilacóides se arranjam como uma pilha de
moedas. Cada pilha é chamada granum e o conjunto de granum é chamadograna.
Existem membranas que ligam os grana através do estroma. A clorofila existe no

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interior dos tilacóides. Os cloroplastos possuem, em média, a seguinte composição:
água 50%, proteínas 25%, lípidos 15%, clorofila 3% e carotenoides 2%.

Possuem, ainda, glicídios, nucleótidos, ATP, ADP, aceptores de hidrogênio


(NADP, citocromos, vitamina K etc.). O NADP difere do NAD, aceptor de elétrons da
respiração celular, pela presença de um grupo fosfato. Contém, também, DNA e RNA.
Têm certa autonomia dentro das células, sendo capazes de sintetizar proteínas e de
se autoduplicarem.

2.3.2 Os Pigmentos Fotossintetizantes


 
Os pigmentos são substâncias
que absorvem luz. A cor de um
pigmento depende das faixas do
espectro da luz visível que ele absorve
ou reflete. A clorofila, pigmento que
torna verdes os vegetais, absorve luz
principalmente nas faixas do vermelho e
do azul; por refletir a luz verde, é verde.
O perfil de absorção de luz de
uma substância é o seu espectro de
absorção.
Além das clorofilas, os
carotenóides são pigmentos que absorvem luz em comprimentos de onda diferentes
da clorofila.
Estes pigmentos transferem
energia luminosa para a clorofila. As
figuras a seguir mostram as estruturas
moleculares das clorofilas “a” e “b” e do
b (beta) caroteno.
As clorofilas “a” e “b” apresentam
espectros diferentes da absorção de luz,

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sendo a absorção maior nas faixas do violeta-azul e alaranjado-vermelho e menor na
faixa do verde, conforme pode ser observado no gráfico ao lado:

2.3.3 Fatores Limitantes da Fotossíntese

A intensidade com a qual uma célula executa a fotossíntese pode ser avaliada,
por exemplo, pela quantidade de CO2 consumido, ou pela quantidade de O2 liberado
pela célula. Observa-se, então, que existem certos parâmetros que, variando, fazem
variar a intensidade da fotossíntese. São os fatores limitantes da fotossíntese. O
"princípio de Blackman" afirma que quando um processo metabólico é influenciado por
vários fatores, que atuam isoladamente, a velocidade do processo é limitada pelo fator
de menor intensidade.
Para os vegetais são fatores limitantes o gás carbônico, a água, a intensidade
luminosa, as enzimas que atuam nas reações, o número de cloroplastos e o pigmento
clorofila.
Os fatores limitantes da fotossíntese serão estudados em dois grupos: fatores
internos e fatores externos.

2.3.3.1 Fatores Internos

I) Disponibilidade de pigmentos fotossintetizantes: como a clorofila é a


responsável pela captação da energia luminosa, a sua falta restringe a intensidade da
fotossíntese.
II) Disponibilidade de enzimas e de cofatores: todas as reações fotossintéticas
envolvem a participação de enzimas ou de cofatores transportadores de elétrons, que
devem existir em quantidade suficiente.
III) Os cloroplastos: são as organelas onde ocorrem as reações da
fotossíntese. Quanto maior o número de cloroplastos, maior a eficiência do processo.

2.3.3.2 Fatores Externos

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I) Concentração de CO2 no ar: o dióxido de carbono é o substrato da etapa
química da fotossíntese. Sem CO2 no ar, a intensidade da fotossíntese é nula.
Aumentando sua concentração, eleva-se a intensidade do processo. A elevação não é
ilimitada, pois quando todo o sistema enzimático existente já tiver substrato (CO2)
suficiente para agir, a concentração de CO2 deixa de ser fator limitante.

Resumindo a fotossíntese ocorre em duas grandes etapas, que envolvem


várias reações químicas: a primeira é a fase clara, a fotoquímica (Quebra da água e
liberação de oxigênio) e a segunda é a fase escura, a química. A fase escura da
fotossíntese não precisa ocorrer no escuro, o que o nome quer indicar é que ela ocorre
mesmo na ausência de luz – ela só precisa de ATP e NADH2 para ocorrer.

Fotoquímica: Ocorre somente sob a luz solar ou claridade. Nesta fase é que
acontece a absorção da luz, e são formadas as moléculas de ATP e de NADPH2.
A NADPH2 age como redutor, pois está envolvido nas reações de óxido-
redução. A molécula de ATP tem grande importância, pois ela armazena nas ligações
químicas de fosfato (P) toda a energia que foi absorvida.
A ATP é formada por uma base nitrogenada (adenina), uma ribose, e três
fosfatos. A formação da molécula de ATP acontece através do processo chamado de
fotofosforilação. Com a junção do ADP e do fosfato, e a interferência da luz, surge o
ATP.
Química: Ocorre o processo de transformação da energia. São utilizados os
componentes da primeira fase: ATP e NADPH2.
O CO2 é absorvido, fixado e reduzido, ocorrendo, então, a formação do açúcar
(carboidrato).

Conclui-se assim que a fotossíntese é basicamente a transformação de energia


luminosa em energia química, é extremamente importante e essencial á vida visto que
fornece matéria para construção de seres vivos e energia para o desempenho de suas
atividades vitais. E tem grande importância em nossa vida, visto que mantém em
equilíbrio as taxas de gás carbônico e oxigênio na atmosfera.
A respiração celular, o processo de obtenção de energia mais utilizado pelos
seres vivos. E que é realizado em todos os seres vivos, sem a necessidade de
presença de luz.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 23


CAPITULO 2

A ENERGIA QUE TRANSFORMA O MUNDO

O CORDEL DA ENERGIA

“O tempo passa e todo dia,


se precisa de mais energia.
Energia para coisa boa
e energia para porcaria.
Energia que traz desgraça
e energia que traz alegria.
Energia que cresce as cidades,
mas também destrói suas crias.
Energia que desenvolve
e energia que contraria.
(…)
É simples, basta pensar numa fórmula,
que não é nada original.
Não há nem porque inventar,
vamos investir em energia eólica e solar,
além de descobrir novas fontes,
desde que mal não venham causar.
Desta forma teremos energia
e a vida no planeta vai continuar.
Então, nossa obra maior será
garantir energia e vida bem melhor." 

Luiz Eduardo Corrêa Lima

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 24


3 História da Energia
A prosperidade humana sempre esteve intimamente ligada à nossa capacidade
de capturar, coletar e aproveitar energia. O controle do fogo e a domesticação de
plantas e animais foram dois dos fatores essenciais que permitiram que nossos
ancestrais fizessem a transição de uma existência rude e nômade para sociedades
estáveis e com raízes que pudessem gerar a riqueza coletiva necessária para formar
civilizações. Durante milênios, a energia em forma de biomassa e biomassa fossilizada
foi utilizada para cozinhar e aquecer, além da criação de materiais que iam do tijolo ao
bronze. Apesar desses desenvolvimentos, na verdade a riqueza relativa em todas as
civilizações foi fundamentalmente definida pelo acesso e controle da energia,
conforme medido pelo número de animais e humanos que serviam às ordens de um
indivíduo específico. A Revolução Industrial e tudo o que se seguiu lançaram uma
parcela cada vez maior da humanidade para uma era dramaticamente diferente e
mágica.
A Revolução Industrial e tudo o que se seguiu lançaram uma parcela cada vez
maior da humanidade para uma era dramaticamente diferente e mágica. Vamos ao
mercado local puxados por centenas de cavalos e podemos voar ao redor do mundo
com a força de centenas de milhares de cavalos. Nossas casas são aquecidas no
inverno, frescas no verão e iluminadas à noite. O uso amplamente disseminado de
energia é a razão fundamental para centenas de milhares de humanos gozarem um
alto padrão de vida.
O que tornou isso possível foi nossa habilidade de usar a energia com cada
vez mais destreza. A ciência e a tecnologia (C&T) nos forneceram os meios para obter
e explorar fontes de energia, principalmente combustíveis fósseis, para que o
consumo de energia do mundo atual seja equivalente a cerca de mais de dezassete
bilhões de cavalos trabalhando para o mundo 24 horas por dia, 7 dias por semana,
365 dias por ano. Visto por outro ângulo, a quantidade de energia necessária para
manter um ser humano vivo e sustentado varia entre 2 000 e 3000 quilocalorias por
dia. Em contraste, o consumo médio de energia por pessoa nos Estados Unidos é de
aproximadamente 350 x 109 joules por ano, ou 230 000 quilocalorias por dia.
O americano médio, portanto, consome uma energia equivalente às
necessidades biológicas de 100 pessoas, enquanto o resto dos países da
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) usa
energia equivalente às necessidades de aproximadamente 50 pessoas.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 25


Em comparação, a China e a Índia atualmente consomem cerca de 9-30 vezes
menos energia por pessoa do que os Estados Unidos. O consumo mundial de energia
praticamente dobrou entre 1971 e 2004, e espera-se que cresça mais 50% até 2030, à
medida que os países em desenvolvimento migram – num cenário de negócios como
de costume – para uma prosperidade econômica profundamente enraizada no uso
crescente de energia.

4 Fontes de Energia

As fontes energéticas podem ser classificadas, sob o ponto de vista de


transformação, em primárias e em secundária.
São fonte de energia primária todos os recursos naturais de energia
combustíveis fósseis (petróleo; gás natural), o vento, a água, o sol
As fontes secundárias são energia obtida a partir de fontes primárias (gasóleo,
gasolina, eletricidade) são exemplos de fontes secundárias.

Figura - Energia Primária e Secundária

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 26


4.1 Energias Renováveis e Não Renováveis

Inúmeras são as fontes de energia disponíveis no nosso planeta, sendo que


essas fontes se dividem em dois tipos, as fontes de energia renováveis e as não
renováveis.
As fontes de energia renováveis, são aquelas em que a sua utilização e uso é
renovável e pode-se manter e ser aproveitado ao longo do tempo sem possibilidade de
esgotamento dessa mesma fonte, exemplos deste tipo de fonte são a energia eólica e
solar.
Por outro lado as fontes de energias não renováveis têm recursos
teoricamente limitados, sendo que esse limite depende dos recursos existentes no
nosso planeta, como é o exemplo dos combustíveis fósseis.
Existem vários tipos de energias renováveis, e cada vez mais, com o constante
desenvolvimento das tecnologias e inovações, se descobrem novas formas de
produção de energia elétrica utilizando como fonte os fenómenos e recursos
naturais, como é exemplo da recente inovação na criação de um hidrogerador cujo
princípio é semelhante ao de um aerogerador, diferindo no facto de o movimento das
pás ser provocado pelas correntes marítimas.
Dos vários tipos de energias renováveis existentes iremos tratar apenas de
alguns.
A principal fonte de energia existente hoje é o petróleo, mas além de não
ser renovável, e ser um dos principais responsáveis pelo efeito estufa o petróleo ainda
será motivo de muitas guerras e conflitos entre os países, principalmente aqueles
países que dependem muito dessa fonte energética como os Estados Unidos.
Diversas nações do mundo inteiro estão investindo muito dinheiro em projetos
que utilizam as fontes de energia alternativa como a energia solar, a energia eólica, a
energia geotérmica, o biodiesel, a energia obtida através do hidrogénio, a energia das
marés, o etanol e a biomassa.
Essas fontes de energia alternativas citadas são as mais abordadas em projeto
para uma menor contribuição para o aquecimento da Terra e também para tentar
alcançar cada vez mais uma independência com relação ao petróleo.
Algumas das energias renováveis onde atualmente existe um maior
desenvolvimento são:

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 27


Figura - Moinhos de Vento

4.2 Energia eólica


Como já adiantamos, o vento é um recurso energético inesgotável e, portanto,
renovável. Em algumas regiões do planeta, a sua frequência e intensidade são
suficientes para a geração de eletricidade por meio de equipamentos específicos para
essa função.

Basicamente, os ventos fazem os chamados aerogeradores, que ativam


turbinas e geradores que convertem a energia mecânica produzida em energia
elétrica.
Atualmente, a energia eólica  não é tão difundida no mundo em razão do alto
custo de seus equipamentos. Todavia, alguns países já vêm adotando
substancialmente esse recurso, com destaque para os Estados Unidos, China e
Alemanha. A principal vantagem é a não emissão de poluentes na atmosfera e os
baixos impactos ambientais.

4.3 Energia solar


A energia solar é o aproveitamento da
luz do sol para a geração de eletricidade e
também para o aquecimento da água para
uso. Trata-se também de uma fonte
inesgotável de energia, haja vista que o sol –
ao menos na sua configuração atual –
manter-se-á por bilhões de anos.
Existem duas formas de
aproveitamento da energia solar: a
fotovoltaica e a térmica. No primeiro caso, são
utilizadas células específicas que lançam mão Figura - Aquecimento de uma casa com
paneis solares
do chamado “efeito fotelétrico” para a
produção de eletricidade.

No segundo caso, utiliza-se o aquecimento da água tanto para uso direto


quanto para a geração de vapor, que atuará em processos de ativação de geradores
de energia, lembrando que podem ser utilizados também outros tipos de líquidos.
Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 28
No mundo, em razão dos elevados custos, a energia solar ainda não é muito
utilizada. Todavia, gradativamente, seu aproveitamento vem crescendo tanto com a
instalação de placas em residências, indústrias e grandes empreendimentos quanto
com a construção de usinas solares especificamente voltadas para a geração de
energia elétrica.

4.4 Energia hidrelétrica

A energia hidrelétrica corresponde ao aproveitamento da água dos rios para a


movimentação das turbinas de eletricidade.
No Brasil, essa é a principal fonte de energia elétrica do país, ao lado das
termoeléctricas, haja vista o grande potencial que o país possui em termos de
disponibilidade de rios propícios para a geração de hidroelectricidade.
Nas usinas hidroeléctricas, constroem-se barragens no leito do rio para o
represamento da água que será utilizada no processo de geração de eletricidade.
Nesse caso, o mais aconselhável é a construção de barragens em rios que
apresentem desníveis em seus terrenos, com o objetivo de diminuir a superfície
inundada.
Por isso, é mais
recomendável a instalação dessas
usinas em rios de planalto, embora
também seja possível em rios de
planícies, porém com impactos
ambientais maiores.

Figura 12 - Barragem Hidrelétrica

4.5 Biomassa
A utilização da biomassa consiste em queimar substâncias de origem orgânica
para a produção de energia, ocorrendo por meio da combustão de materiais como a

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 29


lenha, o bagaço de cana e outros resíduos agrícolas, restos florestais e até
excrementos de animais.
É considerada uma fonte de energia renovável porque o dióxido de carbono
produzido durante a queima é utilizado pela própria vegetação na realização da
fotossíntese, o que significa que, desde que haja controle, o seu uso é sustentável por
não alterar a macro composição da atmosfera terrestre.
Os biocombustíveis, de certa forma, são considerados como um tipo de
biomassa, pois também são produzidos a partir de vegetais de origem orgânica para a
geração de combustível, que é empregado principalmente nos meios de transporte em
geral. O exemplo mais conhecido é o etanol produzido da cana-de-açúcar, mas podem
existir outros compostos advindos de vegetais distintos, como a mamona, o milho e
muitos outros

4.6 Energia das marés


A energia das marés é o aproveitamento da subida e descida das marés para a
produção de energia elétrica, funcionando de forma relativamente semelhante a uma
barragem comum. Além das barragens, são construídas eclusas e diques, que
permitem a entrada e a saída da água durante as cheias e as baixas das marés, o que
propicia a movimentação das turbinas.
A água do mar é uma fonte primária e é uma forma de energia renovável.

A água do mar pode ser utilizada para:

O aproveitamento da energia das marés (figura


7) é utilizado em zonas onde a diferença de
níveis da água entre a maré alta e maré baixa
seja elevada.

Figura 13 - Aproveitamento da energia das


marés

A diferença de altura do nível das águas já foi utilizada, por exemplo, para produzir
movimento, como no caso dos moinhos de
marés (figura12).

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 30


Vantagens
A constância e previsibilidade da ocorrência das marés. O facto de as marés
serem uma fonte inesgotável de energia;
A sua fiabilidade e o facto de serem uma fonte de energia não poluente.

Figura 14 - Aproveitamento da energia das ondas

Desvantagens
Exige custos elevados de
construção e exploração. Só é
possível a exploração deste
recurso num reduzido número
de locais no mundo.
A nível de impacto ambiental,
pode:
-Afetar a fauna e a flora
existentes;
-Interferir com a pesca e a
navegação

Figura - Moinhos de Mar A maior central de produção


de energia da água do mar fica no mar escocês.
Em Portugal produz-se por exemplo em Peniche

As fontes de energia renovável encontram-se já em difusão em todo o mundo e


a sua importância tem vindo a aumentar ao longo dos anos representando uma parte
considerável da produção de energia mundial (figura 8).

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 31


Figura - Tipos de energia renovável

Atualmente, a procura de energia assenta fundamentalmente nas fontes de


energia não renováveis, as quais têm tecnologia difundida, mas possuem um
elevado impacte ambiental.
Importa inverter esta tendência, tornando o seu consumo mais eficiente e
substituindo-o gradualmente por energias renováveis limpas. Exemplos de Fontes de
Energias não Renováveis:
Energia Do Carvão;
Energia do Petróleo;
Energia do Gás Natural;
Energia do Urânio.

4.7 Combustíveis fósseis


A queima de combustíveis fósseis pode ser empregada tanto para o
deslocamento de veículos de pequeno, médio e grande porte quanto para a produção
de eletricidade em estações termoelétricas.
Os três tipos principais são: o petróleo, o carvão mineral e o gás natural,
mas existem muitos outros, como o nafta e o xisto betuminoso.
Trata-se das fontes de energia mais importantes e mais disputadas pela
humanidade no momento.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 32


Segundo a Agência Internacional de Energia, cerca de 81,63% de toda a matriz
energética global advém dos três principais combustíveis fósseis acima citados, valor
que se reduz para 56,8% quando analisamos somente o território brasileiro. Por esse
motivo, muitos países dependem da exportação desses produtos, enquanto outros
tomam várias medidas geopolíticas para consegui-los.
Outra questão bastante discutida a respeito dos combustíveis fósseis refere-se
aos altos índices de poluição gerados pela sua queima. Muitos estudiosos apontam
que eles são os principais responsáveis pela intensificação do efeito estufa e pelo
agravamento dos problemas vinculados ao aquecimento global.

Figura 15 - Fontes de energia não renováveis

4.8 Energia nuclear (atômica)


Na energia nuclear  – também chamada de energia atômica –, a produção de
eletricidade ocorre por intermédio do aquecimento da água, que se transforma em
vapor e ativa os geradores. Nas usinas nucleares, o calor é gerado em reatores onde
ocorre uma reação chamada de fissão nuclear a partir, principalmente, do urânio-235,
um material altamente radioativo.
Embora as usinas nucleares gerem menos poluentes do que outras estações
de operação semelhante (como as termoelétricas), elas são alvo de muitas polêmicas,
pois o vazamento do lixo nuclear produzido ou a ocorrência de acidentes podem gerar
graves impactos e muitas mortes.
No entanto, com a emergência da questão sobre o aquecimento global, o seu
uso vem sendo reconsiderado por muitos países.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 33


 Vantagens:
 
- São fontes de energia usadas há muito tempo, portanto são bem conhecidas
dos seres humanos. Isto é uma vantagem, pois já existe toda tecnologia e
infraestrutura voltadas para estes tipos de energia.
- Em comparação às fontes renováveis, no geral, costumam ter um preço mais
baixo. Por isso estas fontes são muito usadas por países mais pobres ou em processo
de desenvolvimento.
- O petróleo, além de gerar combustíveis (gasolina de automóveis,
combustíveis de aviação e diesel), também gera uma grande quantidade de derivados
(parafina, gás natural, nafta petroquímica, produtos asfálticos, querosene, solventes,
entre outros).
 
Desvantagens:
 
- A principal desvantagem é o fato de não serem renováveis. Um dia as
reservas destas fontes vão acabar e, caso o ser humano não invista o necessário em
fontes renováveis (eólica, hidrelétrica, solar entre outras), poderemos sofrer falta de
energia no futuro.
- A queima de combustíveis fósseis gera poluição do ar, prejudicando a saúde
das pessoas, principalmente nos grandes centros urbanos.
- Alguns gases poluentes, resultantes da queima destes combustíveis, são um
dos principais fatores da geração do efeito estufa e do aquecimento global. Portanto,
são extremamente prejudiciais ao meio ambiente.
- A queima destes combustíveis fósseis também é um dos principais geradores
da chuva ácida.
- Como são muito inflamáveis, os combustíveis de fontes não renováveis
devem ser estocados com muito cuidado, pois o risco de explosão de reservatórios é
elevado.
- A extração e transporte do petróleo, principalmente em águas oceânicas,
devem ser feitos com extremo cuidado. Já ocorreram vários acidentes ambientais
provocados pelo derramamento de petróleo nas águas oceânicas, gerando problemas
ambientais de grandes proporções nos ecossistemas marinhos.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 34


- Grande parte da produção de petróleo é controlada pelos países da OPEP
(Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Estes países acabam por definir
preços e quantidade de produção.

Este fato gera uma dependência mundial destes países que podem, a qualquer
momento, mudar suas políticas de venda e produção de petróleo.

- Já no caso do urânio (combustível nuclear) existe a desvantagem da


complexidade de manipulação nas usinas nucleares. Em caso de acidentes nucleares,
os riscos para a população e meio ambiente são elevadíssimos. O custo para a
geração de energia proveniente desta fonte também e muito alto.

Cada tipo de energia apresenta suas vantagens e desvantagens, de forma que


não há nenhuma fonte que se apresente, no momento, como absoluta sobre as
demais em termos de viabilidade.
Algumas são baratas e abundantes, mas geram graves impactos ambientais;
outras são limpas e sustentáveis, mas inviáveis financeiramente. O mais aconselhável
é que, nos diferentes territórios, exista uma grande diversidade nas matrizes
energéticas para atenuar os seus respetivos problemas.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 35


5 Formas de Energia

Apesar de todos nós termos a perceção do que é Energia, é difícil apresentar


uma definição precisa. Na verdade, assistimos (e sentimos) diariamente a
manifestações desse conceito. Sentimos frio quando saímos molhados da banheira,
usamos o gás natural como combustível no fogão para fornecer energia térmica ao
leite, que aquece, comemos para obter a energia contida nos alimentos.
Os sistemas que contêm energia armazenada e a podem transferir para outros
sistemas designam-se por “fontes de energia” sendo estas subdivididas em Energias.
Dependendo da fonte de energia, é habitual atribuir diferentes designações à
forma como a energia se manifesta e transforma tais como:
Energia Radiante: energia proveniente do sol que se propaga através das
ondas eletromagnéticas; Energia Sonora: movimento ondulatório das
partículas/corpúsculos constituintes da matéria; Energia Elétrica: movimento de
eletrões; Energia Mecânico/ Motora: associada a movimentos mecânicos ou
motores; Energia Química: armazenada nas ligações químicas; Energia Térmica:
que se transmite por diferença de temperaturas, conhecida popularmente por “calor”.

Na realidade todas se
resumem a duas formas de
energia básicas: a Energia
Cinética Interna, associada
ao movimento vibracional,
rotacional, translacional,
eletrónico, etc das partículas
que constituem o sistema
(moléculas e respetivos
Figura - Tipos de Energia
constituintes), e a Energia
Potencial Interna (armazenada no sistema e que resulta das interações entre essas
partículas). Esta última pode ser libertada ou convertida noutras formas de energia,
incluindo a cinética. A Energia Interna engloba estas duas formas de energia, como se
verá mais adiante, e quando se adiciona "calor" ao sistema, esta energia fica
armazenada como energia cinética e potencial internas.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 36


5.1 Energia Cinética
Na física, a energia cinética em um objeto é a energia que ele possui devido
ao seu movimento. Isto é definido como o trabalho necessário para acelerar um corpo
de massa em repouso para que este adquira velocidade. Tendo ganho essa energia
durante a aceleração, o corpo mantem essa energia cinética a menos que sua
velocidade mude. A mesma quantidade de trabalho é produzida por um corpo
desacelerando da sua velocidade atual para um estado de repouso.

5.2 Energia Potencial


A Energia potencial  (simbolizado por U ou Ep) é a forma de energia que está
associada a um sistema onde ocorre interação entre diferentes corpos e está
relacionada com a posição que o determinado corpo ocupa e sua unidade no Sistema
Internacional de Unidades (SI), assim como o trabalho, é joule (J).
A energia potencial é o nome dado a forma de energia quando está
“armazenada”, isto é, que pode a qualquer momento manifestar-se, por exemplo, sob
a forma de movimento, e a energia potencial é derivada de forças conservativas, ou
seja, a trajetória do corpo não interfere no trabalho realizado pela força o que importa
são a posição final e a inicial, significando que, o percurso não interfere no valor final
da variação da energia potencial.

5.2.1 Energia potencial gravitacional

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 37


A energia potencial gravitacional está associada ao estado de separação entre
dois objetos que se interagem por meio de um campo gravitacional, onde ocorre a
atração mútua ocasionada pela força gravitacional.
Então, quando elevamos um corpo de massa m a uma altura h, estamos
transferindo energia para o corpo na forma de trabalho.

5.2.2 Energia potencial elástica

A energia potencial
elástica é a energia
mecânica relacionada à
deformação de uma mola ou
de um elástico, e que
posteriormente pode ser
usada para gerar
movimento de um corpo.
Agora, considere
uma mola de constante elástica k que obedeça a Lei de Hooke  (uma lei física usada
para calcular a deformação causada por uma força aplicada sobre um corpo), ou seja,
a força F que ela aplica sobre um objeto quando está com a deformação.

5.2.3 Energia potencial elétrica

A energia potencial elétrica pode ser comparada com a energia potencial


gravitacional, porém, ao invés de ser a força gravitacional a relacionada com a energia
potencial gravitacional, nesse caso, é a força elétrica que está envolvida com a
energia potencial elétrica. A energia potencial elétrica está relacionada com a
interação por meio de um campo elétrico entre as partículas, sendo que se as cargas
elétricas das partículas envolvidas forem diferentes a força será de atração, e para
cargas iguais será de repulsão.

5.2.4 Energia potencial Química

A energia potencial química é aquela que se transforma em energia cinética a


partir de um processo de combustão interna.
Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 38
Os automóveis movidos a gasolina aproveitam a energia potencial química
desta (que, ao entrar em combustão, cria energia suficiente para mover o veículo).
Os seres humanos aproveitam a energia potencial química dos alimentos para
se moverem e o organismo funcionar.

5.3 Lei da conservação de energia

Num sistema isolado (que não permite trocas de energia e matéria com o
exterior) a energia não pode ser destruída nem criada mas as diferentes formas de
energia podem ser convertidas umas nas outras.
Este é o Princípio da conservação da energia (uma das leis fundamentais da
Física, séc. XIX) que é um corolário do 1º princípio da termodinâmica. Embora a
energia total de um sistema não
varie no tempo, o seu valor pode
depender de um referencial.
Por exemplo, um passageiro
num comboio pode possuir energia
cinética nula se o referencial for o
próprio comboio, mas não nula
relativamente a um referencial
localizado na estação.
Como se disse na secção
anterior, em Termodinâmica os fenómenos também podem ser interpretados a partir
de uma abordagem microscópica da estrutura da matéria. A soma de todas as formas
microscópicas de energia de um sistema é designada por Energia Interna.
Esta está relacionada com a estrutura molecular e com a atividade molecular.
Tendo em conta as duas formas de energia básicas, a energia interna pode ser vista
como a soma das energias cinética e potencial das partículas constituintes da matéria
(moléculas e respetivos constituintes).

6 Transferência e Transformações de Energia

Quando ocorrem transferências de energia entre sistemas nem toda a energia


fornecida (Ef) é aproveitada, dá-se o nome de energia útil à energia (Eu) que é

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 39


aproveitada e, energia dissipada (Ed) à energia não pretendida.  Assim a energia
fornecida (Ef) é igual à soma da energia útil (Eu) com a energia dissipada (Ed).

No Universo, nada se cria e nada se perde, tudo se transforma. Isto quer dizer


que, a quantidade de energia que temos no final de um processo é sempre igual à
quantidade de energia que tínhamos no início desse processo  (Lei da Conservação
de energia).
Um exemplo da relação entre energia fornecida, útil e energia dissipada é o
funcionamento dos eletrodomésticos de casa. Para uma máquina elétrica funcionar, é
necessário fornecer-lhe energia elétrica.

Figura 16 - Transformação de Energia

Se analisarmos por exemplo o funcionamento de uma máquina de lavar roupa,


concluímos que a máquina efetua várias tarefas diferentes ao mesmo tempo, gastando
uma determinada quantidade de energia em cada uma delas.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 40


Do total de energia fornecida à máquina, esta utilizou uma parte para aquecer a
água e rodar o tambor com a roupa. A restante energia foi utilizada na produção de
ruído e de vibração.
Do ponto de vista do utilizador a energia consumida para aquecer a água e o
tambor é útil, uma vez que são tarefas indispensáveis para lavar a roupa colocada na
máquina mas a energia consumida em ruído e em vibração, bem como a energia
térmica "perdida" para o meio, é energia dissipada  (desperdiçada) pela máquina,
uma vez que não queremos que a máquina de lavar efetue ruídos, vibre ou perca
energia para o exterior.
O mesmo acontece quando ligamos uma lâmpada ou colocamos o motor do
carro a trabalhar.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 41


7 Rendimento energético

O rendimento energético de uma máquina é a relação entre a quantidade de


energia útil e a energia fornecida.
Se uma máquina apresenta um elevado rendimento, isso significa que
desperdiça pouca energia, enquanto uma máquina com um baixo rendimento
desperdiça grande parte da energia. Sempre que compramos uma máquina devemos
ter em conta o seu rendimento, consultando a etiqueta de Eficiência Energética. A
imagem seguinte representa a etiqueta de eficiência energética de um frigorífico.

No caso deste frigorífico, ele apresenta uma eficiência energética do tipo "A", o
que significa que este desperdiça apenas uma pequena quantidade de energia. Em
comparação com este, um frigorífico do tipo "G" desperdiça uma grande quantidade de
energia.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 42


7.1 Potencia

Vamos considerar duas pessoas que realizam o mesmo trabalho. Se uma


delas realiza o trabalho em um tempo menor do que a outra, ela tem que fazer um
esforço maior, assim dizemos que ela desenvolveu uma potência maior em relação à
outra. Outros exemplos:

• Um carro tem maior potência quando ele consegue atingir maior velocidade em um
menor intervalo de tempo.

• Um aparelho de som é mais potente do que outro quando ele consegue converter
mais energia elétrica em energia sonora em um intervalo de tempo menor.

Assim sendo, uma máquina é caracterizada pelo trabalho que ela pode realizar em um
determinado tempo. A eficiência de uma máquina é medida através da relação do
trabalho que ela realiza pelo tempo gasto para realizar o mesmo, definindo a potência.

Defini-se potência como sendo o tempo gasto para se realizar um determinado


trabalho. Matematicamente, a relação entre trabalho e tempo fica da seguinte forma:

Em que Pot é a potência média, Δt é o intervalo de tempo gasto para a


realização do trabalho e τ é o trabalho realizado pelo corpo.
A unidade de potência no Sistema Internacional é o watt, representado pela
letra W. Esta foi uma homenagem ao matemático e engenheiro escocês James Watt.
As outras medidas de potência são o cavalo-vapor e o horse-power. O termo cavalo-
vapor foi dado por James Watt (1736-1819), que inventou a primeira máquina a vapor.
James queria mostrar a quantos cavalos correspondia a máquina que ele produzira.
Assim sendo, ele observou que um cavalo podia erguer uma carga de 75 kgf, ou seja,
75,9,8 N=735 N a um metro de altura, em um segundo.

P= 735 N.1m/1s= 735 W

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Feito tal observação, ele denominou que cavalo-vapor (cv) seria a potência de
735 W. James Watt (1736-1819), engenheiro escocês, autor do princípio da máquina
a vapor, fez uma máquina industrial na qual a energia era obtida por cavalos, rodas
hidráulicas e moinhos de vento.

7.2 Rendimento

Em nosso dia a dia é muito comum falarmos em rendimento, seja na escola, no


trabalho ou até mesmo quando queremos saber quantos quilômetros um automóvel
faz com um litro de combustível. No estudo de Física, a noção de rendimento está
ligada à energia e potência.
Todas as vezes que uma máquina realiza um trabalho, parte de sua energia
total é dissipada, seja por motivos de falha ou até mesmo devido ao atrito. Lembrando
que essa energia dissipada não é perdida, ela é transformada em outros tipos de
energia (Lei de Lavoisier). Assim sendo, considera-se a seguinte relação para calcular
o rendimento:

Onde:

η é o rendimento da máquina;

Pu é a potência utilizada pela máquina;

Pt é a potência total recebida pela máquina.

A potência total é a soma das potências útil e dissipada.

Pt= Pu + Pd

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Por se tratar de um quociente de grandezas de mesma unidade, rendimento é
uma grandeza adimensional, ou seja, ele não possui unidade. Rendimento é expresso
em porcentagem e ele é sempre menor que um e maior que zero 0< η<1.

7.3 Como calcular o Rendimento Energético


O Rendimento energético pode ser facilmente calculado, através da expressão:

O rendimento é sempre apresentado em % e quanto maior o valor do


rendimento, menos energia é desperdiçada pela máquina. Uma máquina com um
rendimento próximo de 100 % desperdiça menos energia do que uma máquina com
um rendimento próximo de 0 %.

7.3.1 Como interpretar o valor do rendimento energético calculado?

O frigorífico da imagem seguinte tem um rendimento de


90%:

Sendo o rendimento de 90 %, isso significa que em cada


100 J de energia fornecidos à máquina, esta utiliza 90 J.
Os restantes 10 J são dissipados.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 45


9 Calorimetria

Em termodinâmica, calorimetria é um ramo da física que estuda as trocas


de energia entre corpos ou sistemas quando essas trocas se dão na forma de calor.
Calor significa uma transferência de energia térmica de um sistema para outro, ou
seja: podemos dizer que um corpo recebe calor, mas não que ele possui calor.
A calorimetria é uma ramificação da termologia que analisa os problemas
relacionados à troca de calor em sistemas de temperaturas diversas. Como exemplo,
considere a situação em que dois corpos A e B possuem temperaturas TA e TB, sendo
TA > TB. Ao serem colocados em contacto térmico, no interior de um recipiente
termicamente isolado do meio externo, pode-se observar que após um tempo
suficientemente longo, os corpos apresentarão a mesma temperatura, i.e., TA = TB,
atingindo portanto e equilíbrio térmico. Em um sistema termicamente isolado, a
temperatura de equilíbrio entre os corpos em contacto será sempre intermediária entre
a maior e a menor temperatura presente originalmente no sistema.

Figura 17 - Imagem para calorimetria, explicação de transferência de calor até que o


sistema fique em equilíbrio.

9.1 Princípios da Calorimetria

Princípios de transformações inversas: a quantidade de calor que um corpo


recebe é igual, em módulo, à quantidade de calor que um corpo cede ao voltar, pelo
mesmo processo, à situação inicial.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 46


Princípio do Equilíbrio Térmico: quando vários corpos inicialmente a
temperaturas diferentes trocam calor entre si, e só entre si, observamos que alguns
perdem enquanto outros recebem calor, de tal maneira que decorrido um certo tempo,
todos estacionam numa mesma temperatura, chamada temperatura de equilíbrio
térmico.

Princípio da Igualdade das Trocas de Calor: quando vários corpos trocam


calor apenas entre si, a soma das quantidades de calor que alguns cedem é igual, em
módulo, à soma das quantidades de calor que os restantes recebem.

9.2 Determinação do Calor Específica


Uma técnica para medir o calor específico consiste em aquecer uma amostra
de alguma substância até uma temperatura conhecida que podemos chamar de Tx,
colocando-a imersa em um recipiente contendo água de massa e temperatura
conhecidas, sendo Ta <Tx, e medindo a temperatura da água depois que o equilíbrio é
alcançado. Essa técnica é chamada de calorimetria, e os aparelhos nos quais ocorre
essa transferência de energia são chamados calorímetros. A figura ao lado nos mostra
a transferência de energia por calor resultante da parte do sistema em alta
temperatura para a parte em baixa temperatura.
Se o sistema (amostra + água) é isolado, o princípio de conservação de
energia exige que a quantidade de energia Quente que deixa a amostra de calor
específico desconhecido seja igual à quantidade de energia Fria que entra na água. A
conservação de energia nos permite escrever a representação matemática dessa
afirmação de energia como:
Suponha que mx seja a massa de uma amostra de alguma substância cujo
calor específico queremos determinar. Vamos chamar seu calor específico de cx e sua
temperatura inicial de Tx. Do mesmo modo, ma, ca e Ta representam valores
correspondentes para a água. Se Tf é a temperatura final depois que o sistema chega
ao equilíbrio. A equação da calorimetria Q = mc∆t nos mostra que a transferência de
energia para a água é maca (Tf-Ta), que é positivo, porque Tf>Ta, e que a
transferência de energia para a amostra de calor específico desconhecido é mxcx(Tf-
Tx), que é negativo. Substituindo essas expressões na equação acima, temos:

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 47


10 Transferência de energia sob a forma de calor

10.1 Temperatura e Calor

Temperatura e calor são conceitos distintos. Na Física, a temperatura está


ligada ao movimento, enquanto o calor é uma forma de energia.
A temperatura é definida como estado de agitação das partículas de um corpo,
caracterizando seu estado térmico.
Quanto mais agitadas estiverem essas moléculas, maior será sua temperatura.
Quanto menos agitadas essas moléculas, menor será sua temperatura.

Figura 18 - Agitação
das partículas de um corpo a
diferentes
temperaturas

As palavras
quente e frio são, na
verdade, termos
criados para facilitar o entendimento da sensação térmica. Essa sensação é variável,
porque depende de pessoa para pessoa, por isso não é considerada. Tais termos
servem apenas para nos ajudar na compreensão da teoria.
A medição da temperatura dos corpos é feita por aparelhos chamados
termômetros.

O equilíbrio térmico entre dois corpos acontece quando dois corpos com
temperaturas diferentes são colocados em contato e depois disso alcançam um
mesmo valor de temperatura. Ex.: Quando misturamos leite frio com café quente,
temos uma mistura morna. Esse termo define o equilíbrio térmico, ou seja, a igualdade
de temperatura entre o café e o leite.

Quando um corpo fica quente o correto é dizer que o corpo ganha


calor. Quando o corpo fica frio, é correto dizer que o corpo perde calor para o meio
onde está. 
Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 48
O calor é assim a energia térmica em trânsito entre corpos com temperaturas
diferentes.
As transferências de energia sob a forma de calor podem ocorrer por três
processos diferentes:
- Condução;
- Convecção;
- Radiação.

10.1.1 Condução

Considera a situação representada na imagem seguinte:

Figura 19 - Transferência de Energia pelos metais

Quando aproximas um objeto metálico de uma fonte de calor, todo ele aquece
rapidamente. Mesmo que apenas uma das pontas do objeto esteja diretamente sob a
chama, a outra ponta também sofrerá um aumento de temperatura. Isto acontece
porque o calor é conduzido ao longo de todo o metal, provocando-lhe um aumento de
temperatura. A este processo designamos por Condução.
No que toca à condução de energia, consideram-se dois tipos de materiais:

- os bons condutores térmicos, como por exemplo os metais, pois neles a


energia sob a forma de calor é facilmente conduzida de uma extremidade à outra;

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 49


- os maus condutores térmicos ou isoladores térmicos, como a madeira e
o plástico, pois neles a energia sob a forma de calor tem dificuldade em propagar-se
pelo material;
Percebe agora o motivo porque deve utilizar colheres de pau enquanto
cozinha, e não deve utilizar colheres de metal? O Metal é bom condutor e acabaria por
se queimar.

10.1.2 Convecção

A Convecção é um processo de
transferência de energia sob a forma de calor que
apenas ocorre em meios fluidos - líquidos ou
gasosos. A figura 13 mostra uma panela com
água que está a ser aquecida:

A água que se encontra por baixo, junto à


chama, é aquecida e a sua temperatura aumenta.
Como está mais quente, torna-se menos densa
Figura 20 - Corrente de convecção
que a água fria e por isso tem tendência a subir numa panela de água
para a superfície, obrigando a água fria a descer.
Esta, ao descer, é aquecida e vê por isso a sua temperatura aumentar. Torna-
se menos densa e sobe até à superfície, obrigando a água que se encontra à
superfície a descer para ser aquecida.
Formam-se assim correntes de água quente a subir e correntes de água fria a
descer. A estas correntes dá-se o nome de Correntes de Convecção. Desta forma,
toda a água sofre um aumento de temperatura.
Para se atingir o equilíbrio térmico  (mesma temperatura) entre dois corpos, o
calor transfere a energia térmica de um corpo (com maior temperatura) a outro (de
menor temperatura).

Outros exemplos de convecção térmica que acontece nos líquidos e gases são


a convecção térmica nos líquidos dos radiadores dos carros. A água quente do motor
é menos densa, e por isso, tende a subir para o radiador, onde fica novamente fria.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 50


Da mesma maneira, o frigorifico cria correntes de convecção, onde o ar quente
sobe e o ar frio, desce. São essas correntes que mantêm a temperatura interior baixa.
Por isso, o congelador está localizado na parte superior.
Podemos citar também o ar condicionado e os aquecedores. O primeiro é
instalado na parte de cima de um ambiente. Já os aquecedores ficam próximos ao
chão.
Se o ar condicionado tem o objetivo de esfriar o ambiente, ele deve ser
instalado na parte de cima, pois o ar quente sobe, enquanto o frio desce.
Por outro lado, o aquecedor tem a função de aquecer o ambiente e, portanto, o
ar quente que ele lança, sobe, e o ar frio desce.
Além deles, o ar atmosférico pode ser um exemplo da transmissão de calor por
convecção térmica. Nesse caso, as correntes de vento atuam como as correntes de
convecção, de forma que o ar quente fica menos denso e sobe e, o ar frio, desce.

10.1.3 Radiação

Qualquer corpo que se encontre a determinada temperatura emite radiação


térmica. O Sol emite ondas
eletromagnéticas (radiação) que
chegam até ao planeta Terra e o
aquecem.
Quando apanhamos Sol,
sentimos o corpo a aquecer, pois
recebemos a radiação emitida pelo Sol.
Neste caso há transferência de calor
por Radiação.

Figura 21 - Emissão de Radiação Solar

O calor do sol é transmitido por meio de irradiação térmica. Sem ele, seria
impossível a vida no planeta

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 51


Dois conceitos que estão
intimamente relacionadas com o
de irradiação térmica são a
absorção e a reflexão.
As cores claras
absorvem menos calor pois elas
têm maior poder de reflexão e
baixo de absorção.
Por outro lado, nas mais
escuras, a energia colorífica
possui mais poder de absorção
em detrimento da reflexão.

Figura 22 - Esquema de absorção e reflexão da luz solar

Isso explica o porquê de usarmos roupas mais claras num dia quente. Se fosse
o contrário sentiríamos muito mais
calor, devido ao maior poder de
absorção das cores mais escuras.
Diversos são os exemplos
de irradiação térmica no nosso
quotidiano:
- Aquecer numa lareira
- Irradiação das lâmpadas
- Aquecimento dos
alimentos no Micro-ondas
- Paredes de uma garrafa
Figura 23 - Esquema sobre a retenção de calor pela
térmica garrafa térmica

10.1.4 Irradiação Térmica e Efeito Estufa

O efeito estufa é um fenômeno natural que modifica a temperatura terrestre.


Isso ocorre devido a grande irradiação solar que o planeta recebe.
Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 52
Assim, a Terra é aquecida mas devido ao excesso de gases poluentes na
atmosfera, a reflexão é bloqueada impedindo que o calor saia.
Dessa maneira, parte da radiação infravermelha (calor) irradiada é enviada
novamente à Terra, o que causa o aumento do aquecimento global.

Figura 24 - Esquema do Efeito Estufa

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 53


11 Efeito estufa

O efeito estufa é um fenômeno natural ocasionado pela concentração de gases


na atmosfera, os quais formam uma camada que permite a passagem dos raios
solares e a absorção de calor.
Esse processo é responsável por manter a Terra em uma temperatura
adequada, garantido o calor necessário. Sem ele, certamente nosso planeta seria
muito frio e a sobrevivência dos seres vivos seria afetada.
Como ocorre o efeito estufa?
Quando os raios solares atingem a superfície terrestre, devido a camada de
gases de efeito estufa, em torno de 50% deles ficam retidos na atmosfera. A outra
parte, atinge a superfície terrestre, aquecendo-a e irradiando calor.
Os gases de efeito estufa podem ser comparados a isolantes, pois absorvem
parte da energia irradiada pela Terra.

Figura 25 - Desenho de como ocorre o efeito estufa

O que acontece é que nas últimas décadas a liberação de gases de efeito


estufa, em virtude de atividades humanas, aumentou consideravelmente.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 54


Com esse acúmulo de gases, mais quantidade de calor está sendo retida na
atmosfera, resultando no aumento de temperatura. Essa situação dá origem ao
aquecimento global.
Para termos uma ideia, o efeito estufa pode ser comparado ao que ocorre no
interior de um veículo estacionado, com os vidros fechados e recebendo diretamente a
luz solar. Apesar do vidro permitir a passagem da luz solar, ele impede a saída do
calor, aumentando a temperatura em seu interior.

Figura 26 - Gases de efeito estufa

Os principais gases de efeito estufa são:

Vapor de água (H2O): encontrado em suspensão na atmosfera.


Monóxido de Carbono (CO): gás incolor, inflamável, inodoro, tóxico, produzido
pela queima em condições de pouco oxigênio e pela alta temperatura do carvão ou
outros materiais ricos em carbono, como os derivados do petróleo.
Dióxido de Carbono (CO2): expelido pela queima de combustíveis utilizados
em veículos automotores à base de petróleo e gás, da queima de carvão mineral nas
indústrias, e da queima das florestas.
Clorofluorcarbonos (CFC): composto formado por carbono, cloro e flúor,
proveniente dos aerossóis e do sistema de refrigeração.
Óxido de Nitrogênio (NxOx): conjunto de compostos formados pela combinação
de oxigênio com o nitrogênio. É usado em motores de combustão interna, fornos,
estufas, caldeiras, incineradores, pela indústria química e pela indústria de explosivos.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 55


Dióxido de Enxofre (SO2): é um gás denso, incolor, não inflamável, altamente
tóxico, formado por oxigênio e enxofre. É usado na indústria, principalmente na
produção de ácido sulfúrico e também é expelido pelos vulcões.
Metano(CH4): gás incolor, inodoro e se inalado é tóxico. É expelido pelo gado,
ou seja, na digestão dos animais herbívoros, decomposição de lixo orgânico, extração
de combustíveis, dentre outros.
Quais as causas do efeito estufa?
Como vimos, o efeito estufa é um fenômeno natural, mas é intensificado devido
à crescente queima dos combustíveis fósseis que representam a base da
industrialização e de muitas atividades humanas.
As queimadas nas florestas para transformar suas áreas em plantação, criação
de gado e pastagens, também colaboram para o aumento do efeito estufa.
Efeito estufa e Aquecimento global
A consequência da intensificação do efeito estufa na atmosfera é
o aquecimento global.
Segundo pesquisas científicas, a temperatura média da Terra, nos últimos cem
anos, sofreu uma elevação de cerca 0,5ºC. Se a atual taxa de poluição atmosférica
seguir na mesma proporção, estima-se que entre os anos de 2025 e 2050, a
temperatura apresentará um aumento de 2,5 a 5ºC.
O aquecimento da Terra resultará nos seguintes efeitos:
Derretimento de grandes massas de gelo das regiões polares, ocasionando o
aumento do nível do mar. Isso poderá levar a submersão de cidades litorâneas,
forçando a migração de pessoas.
Aumento de casos de desastres naturais como inundações, tempestades e
furações.
Extinção de espécies.
Desertificação de áreas naturais.
Episódios mais frequentes de secas.
As mudanças climáticas podem ainda afetar a produção de alimentos, pois
muitas áreas produtivas podem ser afetadas.
Outro problema associado à presença de gases poluentes na atmosfera é
a chuva ácida. Ela resulta da quantidade exagerada de produtos da queima de
combustíveis fósseis liberados na atmosfera, em consequência das atividades
humanas.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 56


11.1 Como evitar o efeito estufa?

Para alertar sobre a situação do efeito estufa e do aquecimento global, diversos


países, entre eles o Brasil, assinaram o Protocolo de Kyoto, em 1997.
Antes disso, foi assinado em 1987 o Protocolo de Montreal. O intuito principal é
a redução da emissão de produtos que causam danos à camada de ozônio.
Pequenas mudanças de atitude podem ser significativas e o professor pode dar
algumas dicas aos seus alunos sobre essas atitudes. Abaixo listaremos algumas dicas
importantes de ações individuais.
Economizar energia elétrica. Não deixe luzes acesas sem necessidade;
troque as lâmpadas incandescentes pelas lâmpadas fluorescentes que poupam 68 Kg
de CO2 por ano. É importante lembrar aos alunos que um quilowatt de energia
produzida no Brasil gera 36 Kg de CO2.
Evite utilizar carros como meios de transporte, dando preferência ao
transporte coletivo e bicicletas, pois um dos principais agentes poluidores da
atmosfera é o automóvel.
Dê preferência a carros a álcool. Um litro de gasolina lança 2,74 kg de
CO2 na atmosfera. Agora faça os cálculos: se alguém que dirige 20 mil quilômetros em
um ano reduzir 10% desse valor, seja utilizando transporte coletivo, bicicleta ou
fazendo pequenos trajetos a pé, contribuirá com a redução de pelo menos 500 kg de
CO2 por ano.
Coma menos carne suína e bovina, pois esses animais emitem grande
quantidade de metano em seus dejetos e ruminação.
Recicle o lixo e tenha mais cuidado ao consumir embalagens. Reutilizando
ou reciclando o lixo evita-se a utilização de novos recursos naturais não renováveis,
além de diminuir a quantidade de lixo jogado nos aterros sanitários e reduzir a
quantidade de metano.
Se você tiver um quintal em sua casa, plante árvores, de preferência
nativas de sua região, pois dessa forma você estará contribuindo para a manutenção
da fauna e também para a redução do aquecimento global.
É importante que o professor deixe bem explicado que o efeito estufa é um
fenômeno natural do qual a vida na Terra depende, mas que, em razão da queima de
combustíveis fósseis, esse fenômeno vem se acentuando, causando prejuízos ao
planeta em que vivemos e, consequentemente, a toda forma de vida na Terra.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 57


12 Questões energéticas mundiais

Em Portugal, a eletricidade é produzida maioritariamente através do uso de


combustíveis fósseis nas centrais termoeléctricas (48,9%), seguido da produção
hídrica (grandes barragens) com 21,2% e 34,7% para energias alternativas (eólica,
biomassa, mini-hídricas, solar, geotérmica, etc.), segundo dados de 2009. No entanto
a combinação de fontes energéticas depende de vários fatores. Por exemplo, em
períodos de seca, a percentagem de energia produzida através de barragens decresce
significativamente, enquanto aumenta a produção por via térmica. Outro dos fatores
que influencia o tipo de produção é o aumento do consumo de energia em períodos de
muito frio ou muito calor.
O compromisso de redução das emissões de gases poluentes para a
atmosfera – os chamados gases de efeito de estufa (GEE) – e de utilização de fontes
de energia renováveis está a ser cada vez mais incentivado a nível mundial, tendo
sido normalizado através da assinatura, por 55 países, do Protocolo de Quioto (Japão,
1997), incluindo Portugal.
Atualmente vigoram várias políticas e programas que incentivam o
aproveitamento do potencial energético das fontes de energia renováveis e a
racionalização de consumos para fazer face aos compromissos internacionais,
nomeadamente, às normas do comércio de licença de emissões de GEE, como o
CO2.
Sobre consumos
energéticos:
Qualquer equipamento que
utilizamos no nosso dia-a-dia
converte a energia que recebe
de várias fontes noutras
formas de energia. Porém, Figura 27 - Uniformização de equipamentos como as
tomadas elétricas dentro da UE
nem toda a energia transferida é
utilizada na realização da tarefa para a qual foi concebido. 
Na verdade, grande parte dessa energia perde-se quando não utilizamos os
equipamentos mais adequados. A este fenómeno junta-se o facto de desperdiçarmos
muita energia.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 58


Segundo estudos de 2002 da DECO, o consumo médio de energia de um lar
português é de 3268 kWh/ano estando repartido, no seu uso final de acordo com o
seguinte gráfico:

Figura 28 - Consumo de energia numa casa

 
Como podemos verificar, são os equipamentos de frio os responsáveis pela
maior fatia do consumo numa casa (32%), seguido do aquecimento e da iluminação.
A iluminação é responsável por 12% do consumo de eletricidade total da habitação, o
que corresponde a uma emissão anual para a atmosfera de cerca de 450 Gg de CO2
equivalente (450.000.000.000 g).
A iluminação é responsável por 12% do consumo de eletricidade total da
habitação, o que corresponde a uma emissão anual para a atmosfera de cerca de 450
Gg de CO2 equivalente (450.000.000.000 g).
Todos estes consumos energéticos têm um custo elevado, tanto do ponto de
vista económico como ambiental. Assim, os esforços para a redução de emissões
passam pela diminuição do consumo de energia e pela sua utilização de forma mais
eficiente, sem renunciar aos níveis de conforto a que estamos habituados. Este uso
racional da energia significa obter um determinado bem ou serviço consumindo com a
menor quantidade de energia possível e, consequentemente, reduzindo ao máximo os
custos energéticos.
Um destes esforços está materializado através da etiqueta de “eficiência
energética”. Esta etiqueta foi criada com o objetivo de informar o consumidor, no
momento da compra, sobre determinadas características dos eletrodomésticos,
utilizando uma classificação gráfica para identificar os mais e os menos eficientes.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 59


Figura 29 - Rótulo de eficiência energética dos eletrodomésticos

Regulamentada por lei, a etiqueta já é obrigatória para vários eletrodomésticos


novos: ar condicionado, máquina de lavar loiça, lavar roupa, secar roupa, frigoríficos,
combinados e arcas, fornos elétricos e até lâmpadas. O dístico da etiqueta tem que
estar sempre bem visível e com toda a informação que compete. No caso de fornos
que tenha múltiplos compartimentos, cada um deles tem que ter etiqueta própria (com
exceção dos compartimentos excluídos do campo de aplicação da etiqueta). Também
na venda por correspondência é obrigatória a sua disponibilização ao consumidor.
A classificação da eficiência energética, que vai de A (mais eficiente) a G
(menos eficiente), indica se um eletrodoméstico consegue realizar as suas funções
utilizando mais ou menos energia, sendo assim menos ou mais eficiente,
respectivamente. A título de exemplo de equipamentos de classe A ou B, no caso das
máquinas de lavar roupa e para a mesma função, uma máquina de classe B pode
consumir cerca de 21% a mais de energia do que uma de classe A.
Atualmente existem no mercado vários equipamentos com níveis superiores ao
necessário para se obter a classificação máxima (A), tendo sido criadas as classes A+
e A++ para distinguir estes equipamentos. 

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 60


Em relação aos equipamentos eletrónicos de escritório, o rótulo europeu
Energy Star identifica os equipamentos mais eficientes do ponto de vista energético,
com capacidade para reduzir o consumo de energia em modo “stand-by”. Aplica-se a
monitores, computadores (portáteis e de secretária) e dispositivos gráficos e de
impressão (scanners, impressoras, fotocopiadoras).
A necessidade de fomentar cada vez mais as escolhas pró-ambientais dos
consumidores levou à criação do Sistema do Rótulo Ecológico Europeu. Criado em
1992, este sistema propõe utilizar o rótulo ecológico e o respeito pelos valores
ambientais como um instrumento de marketing para o consumo.
O rótulo ecológico incentiva os fabricantes na conceção de produtos com
impacte ambiental reduzido e dá aos consumidores europeus os meios necessários
para uma escolha criteriosa e segura em termos ambientais.
Os produtos abrangidos são bens de consumo
corrente, que podem ser adquiridos em supermercados e
lojas, à exceção de produtos alimentares, bebidas e
medicamentos.
Foram já estabelecidos e aprovados, pelos
Estados-Membros e pela Comissão Europeia, critérios
ecológicos vários produtos de uso corrente: lâmpadas
elétricas, papel de cópia e papel para usos gráficos, tintas
e vernizes para interiores, colchões de cama,
revestimentos duros para pavimentos, produtos têxteis,
televisores, calçado, detergentes para roupa, corretivos
de solos e suportes de cultura, computadores portáteis, Figura 30 - Símbolo
ecológico
computadores pessoais, máquinas de lavar louça,
detergentes para lavagem manual de louça, produtos de
limpeza "lava tudo" e produtos de limpeza para instalações sanitárias, papel tissue,
frigoríficos, máquinas de lavar roupa, detergentes para máquinas de lavar louça,
aspiradores e lubrificantes.  
No sector dos serviços, encontram-se também abrangidos os serviços de
alojamento turístico e os parques de campismo.
É através de uma tomada de consciência sobre a forma como é consumida a
energia em nossas casas, que cada um pode tomar as medidas necessárias para
poupar energia, poupando assim algum dinheiro ao fim do mês e, ao mesmo tempo,
ajudando a melhorar o ambiente.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 61


Na União Europeia, os sectores dos transportes e da indústria são, ambos,
grandes consumidores de energia, mas são os edifícios (residenciais e de serviços)
onde o consumo energético é maior (cerca de 40%), o correspondente a um terço das
emissões de gases com efeito de estufa.
A energia gasta com a iluminação, o aquecimento (incluindo água quente) e a
refrigeração das habitações, locais de trabalho e locais de lazer é superior à
consumida pelos sectores dos transportes e da indústria. Outros factos são igualmente
relevantes:

• As habitações representam dois terços do consumo total de energia dos edifícios


europeus, o qual aumenta todos os anos com a melhoria da qualidade de vida,
traduzindo-se numa maior utilização dos sistemas de climatização;
• 30-50 % da energia utilizada na iluminação de escritórios, edifícios comerciais e
instalações de lazer podem ser economizados utilizando os sistemas e tecnologias
mais eficientes atualmente disponíveis
Neste sentido, e de acordo com o decreto-lei que transpõe para a legislação
portuguesa a diretiva comunitária relativa ao desempenho energético dos edifícios,
todos os Estados da União Europeia devem ter um sistema de certificação energética
para informar o cidadão sobre a qualidade térmica dos edifícios, aquando da
construção, da venda ou do arrendamento.
Assim, entrou em vigor em Portugal, desde 1 de Janeiro de 2009, a
obrigatoriedade de apresentação de um certificado de eficiência energética, no cato de
compra, venda ou aluguer de edifícios (novos e existentes).
A certificação energética permite assim aos futuros utilizadores obter
informação sobre os consumos de energia potenciais, no caso dos novos edifícios ou
no caso de edifícios existentes sujeitos a grandes intervenções de reabilitação, dos
seus consumos reais ou aferidos para padrões de utilização típicos, passando o
consumo energético a integrar o conjunto dos aspetos importantes para a
caracterização de qualquer edifício.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 62


Em habitações, a certificação energética pretende classificar de nível “A+”
(mais eficiente) a “G” (menos eficiente) cada edifício ou fração e informa os
proprietários, compradores ou arrendatários, quanto à sua eficiência energética e
consumos de energia esperados na sua utilização. O certificado para edifícios
residenciais é válido por 10 anos.
Em edifícios de serviços, o certificado energético assegura aos utentes do
edifício ou fração que este reúne condições para garantir a eficiência energética e a
adequada qualidade do ar interior. A validade do certificado energético para edifícios
de serviços pode variar entre 2 e 6 anos.
A responsabilidade de obter o certificado é do proprietário do edifício, devendo
contratar os serviços de um Perito Qualificado (PQ) pela ADENE para esse efeito. A
Certificação Energética é obrigatória por lei, podendo dar origem a coimas até ao valor
máximo de 3.740,98€ (pessoas singulares) e de 44.891,81€ (pessoas coletivas),
conforme a legislação em vigor.
Existem vantagens
fiscais associadas à certificação
energética de edifícios: um
edifício/habitação bem
classificado (com A ou A+)
obterá benefícios fiscais em
sede de IRS, nomeadamente,
uma dedução majorada em 10%
no crédito à habitação. Se o
proprietário do edifício incluir
energias renováveis entre as
medidas para promover a
eficiência energética, 30%
desse valor é dedutível à Coleta
em termos de IRS.

Figura 31 - Eficiência energética das habitações

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 63


13 Sustentabilidade energética

A sustentabilidade energética desempenha um papel importante no nosso


mundo e na atual geração populacional. É uma forma de sermos capazes de fazer uso
dos recursos presentes num processo inventivo sem sacrificar os recursos naturais no
futuro. Sustentabilidade energética é uma forma de usar a energia para satisfazer as
necessidades atuais, mas de modo a não comprometer as demandas por
eletricidade e energia, como um todo, das gerações futuras.
Em outras palavras, é uma forma de lidar com a energia eficientemente no
momento atual e ainda preservá-la em prol de nossos descendentes. Neste caso, a
energia pode ser utilizada dentro dos conceitos de sustentabilidade dentro de um
tempo de vida, mas sem danos em longo prazo.
Há dois pilares da sustentabilidade energética, que inclui as energias
renováveis e eficiência energética. Embora a sustentabilidade energética pode ser
considerada um fator positivo para o meio ambiente, ela também tem um lado negativo
pouco frisado, pois também pode criar poluição ao meio ambiente se não for
devidamente sustentada. Mas existem formas de sustentabilidade energética para
reduzir os índices de poluição.
A energia verde é um exemplo de sustentabilidade energética que é segura para
o meio ambiente, e que representa fontes renováveis. Ela não produz um impacto
negativo no meio ambiente, pois a energia produzida também veio da natureza.
Biogás, energia bio termal, solar, digestão anaeróbia, energia eólica, energia das
marés e energia hidrelétrica são algumas das categorias que estão na categoria de
energia verde.
Esse problema global exige soluções globais. Até agora, não se tem feito bom
proveito dos melhores cientistas mundiais e de suas importantes instituições, mesmo
sendo essas instituições um recurso poderoso para se comunicar além das fronteiras
nacionais e para se alcançar um consenso sobre abordagens racionais para se tratar
dos problemas de longo prazo desse tipo.
As academias de ciência e de engenharia do mundo – cujas opiniões se
baseiam em evidências e análises objetivas – têm o respeito de seus governos
nacionais, mas não são controladas pelos governos.
Assim, por exemplo, os cientistas de todas as partes geralmente concordam
mesmo quando seus governos têm agendas diferentes.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 64


Muitos líderes políticos reconhecem o valor de basear suas decisões nos
melhores conselhos científicos e tecnológicos e cada vez mais convocam suas
próprias academias de ciência e engenharia para obter orientações para suas nações.
Mas a possibilidade e o valor de tal orientação em nível internacional – de uma fonte
análoga baseada em associações de academias – é um desenvolvimento mais
recente.
O caminho que o mundo está tomando atualmente não é sustentável: há
custos associados ao uso intensivo de energia. O uso atual e a grande dependência
de combustíveis fósseis estão levando à degradação dos meios ambientes locais,
regionais e globais. Assegurar o acesso a recursos vitais de energia, principalmente
de petróleo e gás natural, tornou-se um fator definitivo nos alinhamentos políticos e
estratégias. O acesso iníquo à energia, principalmente das pessoas em áreas rurais
dos países em desenvolvimento, e a consequente exaustão das fontes baratas de
energia terão profundos impactos sobre a segurança internacional e sobre a
prosperidade econômica.
Apesar de o cenário atual de energia parecer sombrio, acreditamos que há
soluções sustentáveis para o problema energético. Uma combinação de políticas
fiscais e regulatórias locais, nacionais e internacionais pode acelerar
consideravelmente a disseminação das eficiências energéticas existentes, que
permanecem como a parte mais prontamente implementável da solução. Grandes
ganhos em melhorias de eficiência energética têm sido alcançados em anos recentes,
e muito mais ganhos podem ser obtidos em países industrializados com mudanças de
políticas que incentivem o desenvolvimento e a implementação de tecnologias já
existentes e futuras. É de grande interesse econômico e societário dos países em
desenvolvimento “saltar” a trajetória energética esbanjadora seguida pelos países
industrializados atualmente.
Devem-se introduzir mecanismos que incentivem e auxiliem esses países a
aplicar tecnologias de energia eficientes e ambientalmente compatíveis o quanto
antes. A transição oportuna para o uso sustentável de energia também exigirá políticas
para gerar ações que otimizem as consequências macroeconômicas do uso da
energia de curto e de longo prazo. A descarga de efluentes brutos em um rio sempre
será mais barata, em nível microeconômico, do que o tratamento dos resíduos,
especialmente para os poluidores à montante.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 65


Na macro escala, os custos de longo prazo à saúde humana, à qualidade de
vida e ao meio ambiente são claramente o futuro dos nosso filhos e netos que irão
herdar um mundo devastado e alterado pela nossa ganância energética!

As consequências previstas da mudança climática incluem uma redução


maciça na água fornecida mundialmente pela eliminação paulatina das geleiras; pela
devastação cada vez maior das enchentes, secas, incêndios, tufões e furacões;
deslocamento permanente de dezenas a centenas de milhares de pessoas devido à
elevação do nível do mar; alterações na distribuição espacial de alguns vetores de
doenças infecciosas, especialmente onde esses vetores ou patógenos dependem da
temperatura e da umidade; e perda significativa da biodiversidade. De forma
semelhante, a poluição atmosférica relativa à energia impõe impactos adversos
consideráveis à saúde de um grande número de pessoas em todo o mundo – criando
riscos e custos que normalmente não são capturados nas escolhas do mercado de
energia nem nas decisões de políticas.
Assim, torna-se crítico considerar os custos adicionais que serão necessários
para mitigar as potenciais consequências sociais e ambientais adversas ao tentar
avaliar a verdadeira opção de baixo custo em qualquer análise macroeconômica de
longo prazo sobre o uso e a produção de energia.

Joana Monteiro e Pedro Inês _____________________________________________________ 66


O verdadeiro custo das emissões de carbono e outros efeitos adversos devem
ser computados nas decisões de políticas. Além dos extensivos avanços de eficiência
energética e da rápida implementação de tecnologias de baixo teor de carbono,
incluindo a energia nuclear e sistemas avançados de combustíveis fósseis, com
captura e sequestro de carbono, afinal, um futuro de energia sustentável pode ser
mais facilmente alcançado se fontes de energia renovável se tornarem uma parte
significativa do portfólio de oferta de energia. Mais uma vez, ciência e tecnologia são
ingredientes essenciais para a solução.
Avanços significativos na conversão de energia solar em eletricidade são
necessários, enquanto o desenvolvimento de tecnologias econômicas e de grande
escala de armazenagem de energia e de transmissão de longa distância permitiriam
que recursos transitórios como eólico, fotovoltaico solar e geração térmica se
tornassem parte da base de geração de energia. Também, métodos eficientes de
conversão de biomassa celulósica em combustível de transporte moderno podem ser
desenvolvidos e reduzir consideravelmente o rastro de carbono desse combustível
cada vez mais precioso.

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14 Curiosidades

Sabia que o carvão, o petróleo e o gás natural foram formados há mais de 65


milhões de anos atrás, na época dos dinossauros.
Que Portugal entrou em 1904 para a história das energias renováveis, através
de um sábio, mas pouco conhecido, padre português: o padre Himalaya. O seu
“Pireliófero” – uma enorme estrutura de aço, com milhares de espelhos em forma de
parabólica, foi considerado pioneiro no aproveitamento da energia solar.
Tinha conhecimento que Albert Einstein criou a fórmula matemática da energia
atómica contra a sua vontade. Os cientistas usaram a sua fórmula para descobrir a
energia nuclear e construir bombas atómicas.

14.1 Curiosidades sobre a eletricidade


Aqui ficam alguns fatos sobre eletricidade que não são do conhecimento amplo
e são dúvidas para muitas pessoas.

 A eletricidade não foi inventada como muita gente pensa, ela sempre esteve
por aí e é um fenômeno natural, muita gente achar que pessoas como Tesla, ou
Thomas Edison foram os inventores da eletricidade.
 As bolas alaranjadas e avermelhadas colocadas nos fios de alta tensão que
cruzam as rodovias servem para sinalização visual para os pilotos das aeronaves,
quando tiverem que utilizar as estradas para pousos de emergência.
 O equipamento elétrico mais antigo que se descobriu até hoje foi a pilha de
Bagdad que possui segundo especialistas aproximadamente 2000 anos, apesar de
bem rústica ela tem todas as características de uma pilha comum.
 A maior parte das pessoas que são gravemente eletrocutadas não morrem por
causa dos efeitos elétricos no organismo mas sim dos efeitos térmicos que são
causados por um eletrocutamento.
 O Brasil é o país em que tem maior incidência de descargas atmosféricas por
ano os famosos raios.
 O Brasil consome em média muito menos energia elétrica que outros países
principalmente por o inverno não ser tão rigoroso como em outros países, nestes
países o consumo crescer devido a grande quantidade de aparelhos para
aquecimento de ambiente.

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 Geladeiras e freezers consomem mais energia se estiverem próximos ao
fogão, pois precisam compensar o calor a sua volta e para isso consomem mas
energia.
 Alguns peixes usam a eletricidade para abater suas presas. A enguia, a raia e
o torpedo são alguns desses peixes. A enguia pode emitir descargas elétricas de 600
volts, suficientes para paralisar um homem adulto.
 O chuveiro elétrico como conhecemos é um invenção brasileira.

14.2 Curiosidades em como ser consumidor verde

Também conhecido como consumidor sustentável, o consumidor verde é


aquele que tem atitudes de consumo voltadas para a preservação do meio ambiente.
Estas atitudes positivas contribuem para o desenvolvimento sustentável do planeta.
 
Atitudes sustentáveis de um consumidor verde:
 
- Tenha sempre em conta que ao preferir um duche a um banho está a poupar
água e energia. Não se esqueças que quando toma um banho gasta mais 120 litros de
água do que se tomasse um duche e gasta também mais energia para aquecê-la.
- Consumir alimentos (frutas, verduras e legumes) orgânicos, que além se
serem mais saudáveis não contaminam o meio ambiente com agrotóxicos.
- Consumir de produtos que utilizam embalagens recicláveis.
- Usar meios de transporte que não poluem o ar ou que tenham baixos índices
de poluição.
- Usar, sempre que possível, o sistema de transporte público.
- Não consumir ou consumir com moderação carnes de origem animal
(principalmente a vermelha), pois sua produção requer a utilização de grande
quantidade de água. Para termos uma ideia, para produzir 1
quilo de carne bovina são utilizados cerca de 15 mil litros de
água.
- Utilizar sacos retornáveis (ecológicas) nos
supermercados.

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- Usar de forma racional (economizar) a água e a energia elétrica dentro de
casa e no ambiente de trabalho.
- Fazer a coleta seletiva do lixo e participar de programas de reciclagem.
- Reutilizar produtos, quando possível, ao invés de simplesmente deita-los fora.
- Comprar produtos de madeira com certificação ambiental.
- Não descartar no lixo comum produtos que podem contaminar o solo ou rios.
Exemplos: pilhas, baterias, remédios e produtos químicos.
- Não despejar o óleo de cozinha usado na rede de esgoto. Em muitas cidades
já ocorre a reciclagem deste tipo de óleo.
- Comprar plantas e flores que foram plantadas para a comercialização. Muitos
destes produtos são retirados da natureza, fato que prejudica o meio ambiente e ,
portanto, não devem ser compradas.
- Não comprar e manter animais silvestres dentro de casa.
- Dar preferência para o consumo de produtos de empresas que investem na
preservação do meio ambiente.
 

14.3 Curiosidades: a poluição que provocamos:

>  Diariamente, cada um de nós é responsável pela produção


de cerca de 1,3 kg de resíduos, o que ao longo de um ano são quase
500 kg?
>  1 litro de óleo usado pode contaminar 1.000.000 l de água?
>  1 pilha pode ficar 100 anos a lançar contaminantes, como o
mercúrio, para o meio natural?
>  Os resíduos de plástico podem demorar mais de 100 anos
a degradarem-se no meio ambiente?
>  Uma lata de alumínio pode demorar entre 100 a 500 anos a degradar-se
enquanto uma garrafa de vidro pode nunca chegar a desaparecer no meio ambiente?
 

14.3.1 Sobre as atividade humana e os resíduos, sabia que:

1. Um automóvel desafinado pode emitir o dobro de substâncias poluentes.


2. Uma única pilha deixada no solo contamina-o durante mais de 50 anos.

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3. Bastam apenas 3 litros de um produto solvente (para tintas, por exemplo),
para contaminar mais de 60 milhões de litros de água subterrânea.
4. Bastam 3,8 litros de gasolina para contaminar mais de 2850 milhões de litros
de água potável.
5. Um cidadão da União Europeia produz anualmente 2,3 toneladas de dióxido
de carbono, o que é uma quantidade consideravelmente mais baixa do que a
produzida por cada cidadão norte-americano (cerca de 5,2 toneladas).
6. Os distritos portugueses que produzem mais resíduos tóxicos por anos são:
Setúbal, Castelo Branco, Aveiro, Viseu e Coimbra.
7. Os caixotes do lixo de Lisboa têm agora o dobro de papel e metade dos
detritos orgânicos que tinham há doze anos atrás.
8. Para produzir um quilo de carne é preciso cem vezes mais água do que para
produzir um quilo de trigo. Para produzir um bife são necessários 9 906 litros de água.
Para produzir meia dose de frango são necessários 1 550 litros de água.
9. A indústria não é o sector de maior consumo de energia em Portugal, mas
sim os transportes (34% e 35% respectivamente).
10. O consumo de energia nas cidades faz aumentar a temperatura cerca de 2
a 3ºC em relação à temperatura do campo circundante.
11. A taxa de perda de solo no Mundo é assustadora: cerca de 5 milhões de
ha/ano.
12. Para o fabrico de fraldas de papel, são abatidas anualmente mais de mil
milhões de árvores.
13. Bastava que todos os países reciclassem metade do papel que consomem
para que 40 mil quilómetros quadrados de terras fossem libertados do cultivo de
árvores de crescimento rápido, como o eucalipto, que abastecem a indústria do papel.
14. Sabe-se atualmente que 84% do lixo doméstico pode ser reciclado.
15. Portugal recicla cerca de 7600 toneladas de vidro. Pode parecer muito, mas
apenas representa 13% do vidro que consumimos. Por exemplo, a Suiça recicla 55%
do seu vidro.
16. Por cada garrafa de vidro reciclada, há uma economia de energia
equivalente a uma lâmpada de 100W ligada durante 4 horas.
17. Segundo a NASA, as plantas de interior dão um importante contributo na
luta contra a poluição em recintos fechados.
18. As águas residuais dos esgotos urbanos estão a ser utilizadas, nalguns
países, na rega de jardins ou de culturas como o milho.

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19. Cada tonelada de papel reciclado representa três metros cúbicos de
espaço disponível em aterros sanitários.
20. A produção de papel reciclado consome menos cerca de 50% de energia,
comparativamente com a produção a partir das árvores. Para além disso, a poluição
do ar é reduzida em 95%.
21. Para a produção de uma tonelada de papel utilizam-se 5000 kw/hora de
energia elétrica, enquanto que para a reciclagem dessa mesma quantidade, os
números caem para 2500 kw/hora.
22. A produção de uma tonelada de papel reciclado economiza 2,5 barris de
petróleo, e consequentemente, diminui a poluição do ar.

Figura 32 - Reciclagem do papel

23. Na produção de uma tonelada de papel reciclado são necessários apenas


2000 litros de água, enquanto que no processo tradicional esse volume de água pode
chegar aos 100 000 litros por tonelada de papel fabricado.
24. A reciclagem de papel reduz os custos de transporte e deposição do lixo.
25. Os funcionários de qualquer escritório deitam para o lixo, anualmente,
cerca de 500 kg de material reciclável de primeira qualidade.

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26. Com a reciclagem de uma lata de alumínio economiza-se a energia
suficiente para manter ligada uma televisão durante três horas.
27. Cada tonelada de aço reciclado representa uma economia de 1140 kg de
minério de ferro, 454 kg de carvão e 18 kg de cal.
28. Todos os anos, os ingleses consomem 310 milhões de embalagens de
lenços de papel. Uma vez que estes lenços não são recicláveis, se cada habitante do
planeta utilizasse uma destas embalagens por mês, não haveria mais árvores no
mundo.
29. O tempo que a natureza leva a absorver os diferentes materiais,
despejados em meio terrestre, está dependente da sua constituição. Por exemplo, os
jornais podem levar 1 a 2 meses a serem decompostos; as embalagens de papel de 1
a 4 meses; os guardanapos cerca de 3 meses; as pontas de cigarros mais de 2 anos;
as pastilhas elásticas mais de 5 anos; os materias de nylon de 30 a 40 anos; as latas
de alumínio e as tampas de garrafas de 100 a 500 anos; e as pilhas mais de 500 anos.
30. O tempo estimado de decomposição dos materiais despejados em rios,
lagos e oceanos varia com a sua composição.
31. Cerca de 35% dos materiais despejados para o lixo poderiam ser reciclados
ou reutilizados e outros 35% poderiam ser transformados em adubos orgânicos.

14.4 Curiosidades sobre a Reciclagem


 
A reciclagem é um componente essencial da
gestão de resíduos moderna e é o terceiro componente
da hierarquia dos resíduos "reduzir, reutilizar e reciclar.

Entre os materiais recicláveis estão diversos tipos


de vidro, papel, metal, plástico, tecido e componentes
eletrónicos. A compostagem ou reutilização de
Figura 33 - Símbolo de
detritos biodegradáveis, como lixo de cozinha ou de reciclagem
jardim, também é considerada reciclagem. Os materiais para
serem reciclados são transportados para um centro de reciclagem ou recolhidos porta
a porta e depois separados, limpos e reprocessados em novos materiais para
produção industrial.

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Reciclar permite poupar a natureza sabia que

>  1 tonelada de vidro reciclado poupa, em relação ao vidro virgem, 1200 kg de


matéria-prima e 100 kg de fuel?
>  1000 kg de PET (plástico) permitem produzir 2000 calças em poliéster?
>  100 toneladas de plástico reciclado evitam a extração de 1 tonelada de
petróleo, um combustível fóssil não renovável?
>  A reciclagem de 1000 kg de aço evita a extração de 1500 kg de minério?
>  Reciclar 1 lata de alumínio equivale a poupar a energia necessária para
manter acesa 1 lâmpada de 100 W, durante 100 horas e pode ser infinitamente
reciclada, sem perda de qualidade?
>  3 kg de resíduos orgânicos dão origem a 1 kg de fertilizante?

O cuidado com o meio ambiente e com os recursos naturais exige uma série de
ações para a promoção da sustentabilidade pelo mundo, isto é, medidas capazes de
preservar os bens da natureza para as gerações futuras. Com isso, foi inicialmente
desenvolvido o conceito da política dos 3Rs (reduzir,
reutilizar e reciclar), que foi posteriormente ampliado
para a política dos 4Rs e dos 5Rs, que envolve as
ações de: Repensar, Recusar, Reduzir, Reutilizar e
Reciclar.

Repensar – quando se fala em repensar, fala-se em se perguntar sobre a


necessidade do produto que está sendo adquirido antes
do consumo. É importante sempre levar em
consideração os impactos que mais tarde poderão ser
gerados sobre a excessiva geração de lixo e a escolha
por materiais não reutilizáveis ou não recicláveis.
Recusar – consiste na etapa de recusar
produtos que tenham um significativo impacto
ambiental, dando preferência a produtos que não
agridam o meio ambiente.

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Se a sociedade em geral recusar em larga escala as mercadorias que podem
gerar danos ao meio ambiente, os seus fabricantes podem tentar melhorar os seus
sistemas de produção ou sua composição.
Reduzir – trata-se de reduzir o consumo e, consequentemente, a produção de
lixo. Comprar e utilizar produtos em exagero e sem uma necessidade prática só
contribuem para poluir ainda mais o meio ambiente.
Além disso, é preciso optar por materiais e produtos
mais duráveis, que demoram mais tempo para serem
descartados, pois, além de reduzir o lixo, desoneram a
exploração dos recursos naturais.
Reutilizar – alguns produtos, antes de serem
jogados fora, podem ser reaproveitados, novamente
diminuindo a produção de lixo. Além disso, ao
reaproveitar o produto, automaticamente não se compra outra mercadoria para realizar
aquela função. Por exemplo: reaproveitar latas velhas para fazer porta-copos ou
utilizar materiais plásticos para produzir bancos e assentos.
Reciclar – o ato da reciclagem deve ser o último procedimento a ser adotado,
ou seja, deve-se diminuir ao máximo a produção de lixo antes de pensar em reciclá-lo,
pois quando a quantidade é muito grande, não há reciclagem que resolva o problema.
Assim, materiais como papéis, plásticos, latas, metais e outros podem ser
transformados em matérias-primas para novos produto.

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Conclusão

Um dos grandes desafios para a humanidade neste século é o de fazer a


transição para um futuro de energia sustentável. O conceito de sustentabilidade
energética abrange não apenas a necessidade imperiosa de garantir uma oferta
adequada de energia para atender as necessidades futuras, mas fazê-lo de modo que:
(a) seja compatível com a preservação da integridade fundamental dos sistemas
naturais essenciais, inclusive evitando mudanças climáticas catastróficas; (b) estenda
os serviços básicos de energia aos mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo
que atualmente não têm acesso às modernas formas de energia; e (c) reduza os
riscos à segurança e potenciais conflitos geopolíticos que de outra forma possam
surgir devido a uma competição crescente por recursos energéticos irregularmente
distribuídos.

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Anexo – Índice de Figuras

Figura 1 - Ciclo da energia.............................................................................................. 5


Figura 2 - Formas de obtenção de energia pelos seres vivos.........................................6
Figura 3 - Estrutura do ATP, ADP e AMP........................................................................7
Figura 4 - Ciclo do ATP................................................................................................... 8
Figura 5 - Mitocôndria...................................................................................................... 9
Figura 6 - Respiração Celular (respiração Aeróbia).......................................................10
Figura 7 - Ciclo de Krebs............................................................................................... 10
Figura 8 - Balanço da respiração celular.......................................................................11
Figura 9 - Experiência com planta aquática e isótopo radioativo...................................17
Figura 10 - Cloroplasto ao microscópio eletrônico.........................................................18
Figura 11 - Estrutura do cloroplasto e os detalhes dos tilacoides..................................18
Figura 12 - Energia Primária e Secundária....................................................................24
Figura 13 - Moinhos de Vento........................................................................................ 26
Figura 14 - Aquecimento de uma casa com paneis solares..........................................26
Figura 15 - Barragem Hidrelétrica..................................................................................27
Figura 16 - Aproveitamento da energia das marés........................................................28
Figura 17 - Aproveitamento da energia das ondas........................................................29
Figura 18 - Moinhos de Mar........................................................................................... 29
Figura 19 - Tipos de energia renovável.........................................................................30
Figura 20 - Fontes de energia não renováveis..............................................................31
Figura 21 - Tipos de Energia......................................................................................... 34
Figura 22 - Transformação de Energia..........................................................................38
Figura 23 - Imagem para calorimetria, explicação de transferência de calor até que o
sistema fique em equilíbrio......................................................................................................... 44
Figura 24 - Agitação das partículas de um corpo a diferentes temperaturas.................46
Figura 25 - Transferência de Energia pelos metais.......................................................47
Figura 26 - Corrente de convecção numa panela de água............................................48
Figura 27 - Emissão de Radiação Solar........................................................................49
Figura 28 - Esquema de absorção e reflexão da luz solar.............................................50
Figura 29 - Esquema sobre a retenção de calor pela garrafa térmica...........................50
Figura 30 - Esquema do Efeito Estufa...........................................................................51
Figura 31 - Desenho de como ocorre o efeito estufa.....................................................52
Figura 32 - Gases de efeito estufa.................................................................................53
Figura 33 - Uniformização de equipamentos como as tomadas elétricas dentro da UE56
Figura 34 - Consumo de energia numa casa.................................................................57

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Figura 35 - Rótulo de eficiência energética dos eletrodomésdicos................................58
Figura 36 - Símbolo ecológico.......................................................................................59
Figura 37 - Eficiência energética das habitações..........................................................61
Figura 38 - Reciclagem do papel...................................................................................70
Figura 39 - Símbolo de reciclagem................................................................................71

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Bibliografia
Internet

http://brasilescola.uol.com.br/geografia/fontes-energia.htm
http://precisamosdeenergia.blogspot.pt
http://labvirtual.eq.uc.pt
http://www.aulas-fisica-quimica.com/7e_11.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Calorimetria#Fun
%C3%A7%C3%A3o_Fundamental_da_Calorimetr
http://www.aulas-fisica-quimica.com/7e_09.htmlia
https://www.todamateria.com.br/efeito-estufa/
http://blog.bluesol.com.br/curiosidades-sobre-energia-solar/
https://alunosonline.uol.com.br/geografia/politica-dos-5rs.html~
https://www.infoescola.com/citologia/respiracao-celular/

Livros e Panfletos

Costa, Alexandre & Outros (2004). Ver + – Física e Química 10.º Ano. Física e


Química A. Plátano Editora;
IBGE – Coordenação de recursos naturais e estudos ambientais e
Coordenação de Geografia. Indicadores de Desenvolvimento Sustentável – Brasil 2008. Rio
de Janeiro: IBGE, 2008.
Miguel Ângelo Vicente (2004). Energia das Ondas – Sistema Coluna de Água
Ascendente.
Redes de Energia Elétrica : uma Análise Sistémica. : José Pedro Sucena
Paiva 2005 IST Press
CGM – Gabinete de Comunicação EDP Produção (Setembro 2005). Centrais
Hidroeléctricas. EDP.

CCPE – Companhia Portuguesa de Produção de Electricidade. Castelo de


Bode. EDP.

CGM – Gabinete de Comunicação EDP Produção (Dezembro 2005). Centro de


Produção Tejo-Modego. EDP.

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