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1) Sobre a trajetória histórica na construção de leis voltadas às crianças e

aos adolescentes, registre aquilo que mais lhe chamou atenção e o que
você observa, em sua realidade profissional, sobre a implementação da
regra da prioridade absoluta na primeira infância.

 Regra da prioridade absoluta – responsabilidade compartilhada. CF 227


 Ampliação do acesso ao conhecimento
 Contextos de risco ou vulnerabilidade
 Contexto familiar
 Mortalidade infantil
 Excesso de cesarianas
 Sub-registro de nascimento
 Filiação paterna
 Famílias monoparentais
 Gravidez na adolescência
 Deficit de crescimento
 Desnutrição e obesidade infantil
 Acesso a creche
 Crianças afastadas da família por medida de proteção
 Acesso a tecnologias de informação
 Exposição precoce ao meio digital
 Trabalho infantil

No itinerário das legislações sociais sobre criança e adolescente no Brasil há uma dualidade
permanente entre punitivismo e assistencialismo, binômio histórico da construção do padrão
marcadamente excludente de proteção social no país. A persistência da doutrina da situação
irregular talvez seja a principal mostra do tratamento jurídico-penal segregacionista do Estado
brasileiro que reitera estigmas e preconceitos para com a infância, disseminando práticas e
representações presentes até a atualidade em agências e agentes públicos. Em meu espaço
socioocupacional percebo, via de regra, algumas reminiscências da cultura da situação
irregular, especialmente no diálogo com órgãos de defesa dos direitos da criança e do
adolescente. Contudo, há uma crescente reação de grupos profissionais, educadores,
defensores e agentes diversos que reiteradamente constroem novos entendimentos e novas
práticas em consonância com a doutrina da proteção integral à criança e ao adolescente. No
que tange a implementação da regra de prioridade absoluta, penso que há avanços
reconhecidos a nível municipal na atuação dos órgãos de justiça e dos órgãos de educação,
contudo, no âmbito da saúde, da cultura e do lazer, dentre outras políticas setoriais, há um
déficit significativo de acessos e de permanências que impõem um conjunto de privações ao
bem estar da criança e do adolescente.

[Desafio de cumprimento da regra da prioridade absoluta de assegurar os direitos das crianças


e dos adolescentes]

 Pobreza, saneamento básico, fora da escola, trabalho infantil

 Condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento


 Caminhos históricos da infância são permeados por privações, omissões e
estigmatizações
 Primeiras ações pedagógicas a cargo de jesuítas
 Roda dos expostos
 Criança pequena é alvo de normatização legal em 1871 – filhos de escravos tornados
pessoas livres
 Titularidade de ações de amparo às crianças a cargo das Santas Casas de Misericórdia
 SAM (1941); FUNABEM (1964)
 Criação do código de menores de 1927 – Doutrina da situação irregular. Proibição do
trabalho de menores de 12 anos. Tratamento jurídico-penal especial para essa parcela
da população.
 SAM sistema penitenciário para adolescentes
 Doutrina da situação irregular: concepção segregacionistas em relação à criança e ao
adolescente

agentes/servidores públicos, profissionais liberais, educadores, juízes,


promotores, defensores, lideranças religiosas e organizações
internacionais

Lei do direito à convivência familiar e comunitária, lei contra maus-tratos,


SINASE, Marco legal da Primeira Infância

gestores, trabalhadores sociais, educadores, autoridades da justiça,


defensores dos direitos da criança e da sociedade como um todo 

melhor interesse da criança ou “interesse superior da criança”

Depois de ler o texto, o que podemos dizer sobre o impacto da implementação do


Marco Legal da Primeira Infância, em especial, na Era dos Direitos Positivos?

 MLPI (Lei 13.257/2016) busca reforçar as conquistas anteriores construídas


especialmente no artigo 227 da CF88 e no ECA
 Desenvolvimento infantil e desenvolvimento humano
 Interesse superior da criança; incluir a participação da criança na definição das ações
que lhe digam respeito,

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