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A ESTRATÉGIA DA

RENDA EXTRA
COM INVESTIMENTOS

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ÍNDICE
Apresentação___________________________________ 3

Introdução_____________________________________ 6

1. Uma carteira diversificada _______________________ 7

2. Renda ativa e renda passiva_____________________ 10

3. Investimentos que podem gerar renda extra_______ 12


3.1 O mapa do tesouro_________________________ 12
3.1.1 Tesouro IPCA+ com juros semestrais________ 14
3.1.2 Tesouro Prefixado com juros semestrais_____ 16
3.2 Uma carteira lucrativa_______________________ 17
3.3 Fundos Imobiliários_________________________ 19
3.4 Previdência Privada (PGBL e VGBL)___________ 21

4. Reinvestimento e a mágica dos juros compostos____ 24

5. Conclusão___________________________________ 25

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APRESENTAÇÃO
Caro investidor,

Sabemos que o panorama brasileiro e internacional não parece nada animador.

Para quem está dando seus primeiros passos como investidor, a volatilidade do mercado
e a Selic em sua mínima histórica podem assustar.

Mas não se engane! Quem já está mais acostumado com o “jogo” também está aflito com o
dólar batendo recorde em seu valor nominal desde quando o Real foi criado.

Mas não estamos aqui para trazer mais más notícias. Viemos para lembrar que mesmo cená-
rios devastadores podem esconder grandes tesouros.

Por isso, vamos pedir licença para contar uma história.

A história do Buda de Ouro da Tailândia. E aqui não tem nada de lenda: isso aconteceu de
verdade.

O Buda de Ouro é uma estátua com 3,1 metros de altura e 5,5 toneladas, feita, inteiramente,
de ouro maciço.

A gigantesca estátua foi feita em algum momento no século XIII e levada para a então capital
do Reino do Sião, Ayutthaya, em torno do ano de 1400.

A cidade foi tão próspera que acabou atraindo a atenção de invasores. Em 1765, acabou sitiada
pelos birmaneses que queriam invadir. Para esconder seu maior tesouro, a grande estátua do
Buda de Ouro foi coberta com barro, cimento, tinta e outros materiais.

Dois anos depois, quando os birmaneses finalmente conseguiram invadir a cidade, a estátua
estava a salvo do saqueamento e da destruição. Mas outras estátuas de Buda não tiveram
a mesma sorte: acabaram decapitadas, queimadas ou roubadas. Mas o Buda de Ouro, com
seu disfarce, acabou sendo deixado para trás. Era só peso morto, devem ter pensado os
birmaneses.

E lá, nas ruínas de uma cidade, a estátua permaneceu. Por cerca de 100 anos, ficou esquecida.

Quando os birmaneses já haviam sido expulsos e Bangkok já era a capital da Tailândia, mui-
tas das estátuas de Buda que ainda estavam na cidade arrasada de Ayutthaya foram levadas
para a capital. Isso aconteceu também com o Buda de Ouro que, ainda disfarçado, foi levado
para um templo de pouca importância.

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Quando esse templo precisou fechar para reformas, a estátua foi levada para um outro tem-
plo. Mas era grande demais pra ele. Então, por mais 20 anos, esse gigantesco Buda de Ouro
ficou abandonado em um pátio, coberto apenas por um telhadinho de zinco.

Foi só em 1955, quase 200 anos depois, que os monges decidiram mover a estátua para
um novo templo que seria construído e contrataram uma empresa para fazer o transporte.

Por azar - ou sorte - um dos cabos que levantava a estátua arrebentou e o monumento caiu
no chão, quebrando parte da sua cobertura. Desesperados, os funcionários da empresa fugi-
ram do local, com medo do mau agouro que aquilo representava.

Essa era a época das chuvas na Tailândia e, quase para confirmar o mau presságio, uma tem-
pestade começou logo depois da queda da estátua. Mas, felizmente, a água acabou ajudando
a cobertura a ceder mais e revelou o brilho do ouro que ficou escondido durante quase 200
anos.

Quando poucos corajosos voltaram ao trabalho, notaram aquele brilho e paralisaram a ope-
ração imediatamente. Começou, então, o delicado trabalho de remoção daquela cobertura
para finalmente descobrir que, escondida no meio do cimento que cobria a estátua, estava
também uma chave que permitia desmontá-la em nove peças, para mover a peça de ouro
maciço.

Hoje, o Buda de Ouro fica em um templo dedicado a ele e à sua história, em Bangkok, e atrai
milhares de visitantes todos os anos.

A essa altura, você deve estar se pergunta: “por que estão me contando essa história?”.
Por muitos motivos. Porque os birmaneses que invadiram e destruíram aquela cidade e os
reis, rainhas e todo mundo que passou por lá viram apenas um amontoado de ruínas, cabeças
de budas espalhadas pelo chão, sinais de destruição e o que parecia ser apenas lixo. Mas um
tesouro estava escondido ali.

O mercado financeiro pode se parecer com isso em alguns momentos também. A crise é um
desses momentos.

Quem olha de fora, vê a Selic na mínima histórica e o dólar chegando ao seu valor mais alto
desde a criação do Real e pode achar mesmo que esse é o momento para deixar o dinheiro
parado na conta-corrente, enterrado em uma poupança que faz com que o poder de compra
seja perdido a cada mês ou escondido em um fundo com rendimento pífio e taxa de admi-
nistração abusiva só porque carrega o nome de uma grande instituição financeira.

Pode parecer o momento de esconder o dinheiro embaixo do colchão, dentro de um cofre,


em um pote no armário. Ou pode parecer o momento de investir tudo em ouro, dólar ou um
monte de papel higiênico para deixar estocado em casa.

Ou pode parecer apenas o momento de respirar fundo e só manter a cabeça fora da água,
esperando a crise passar. Mas não é.

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Pior do que ver uma onda grande chegar e correr de um lado para o outro sem ter o que
fazer é ficar parado, esperando o impacto.

Queremos que você passe por essa onda e saia do outro lado. Queremos que você encontre
o seu Buda de Ouro. Mas se você acha que temos um gênio da lâmpada aqui, sentimos muito
em informar que não temos uma solução mágica. O seu sucesso vai depender de você e do
seu esforço.

Nós queremos te ensinar a investir. Por isso, escrevemos este e-book, com algumas estraté-
gias para você começar a ganhar mais.

Por outro lado, oferecemos o melhor serviço de assessoria financeira, para guiar você nesse
mundo de ruínas e te ajudar a criar a sua carteira de investimentos, o seu Buda de Ouro.

As ruínas não vão durar para sempre. Mas a decisão que você vai tomar agora vai ter um
impacto direto no seu futuro.

Qual personagem dessa história você quer ser quando esse momento chegar? O exército que
destruiu tudo? Aqueles que olharam em volta e só enxergaram ruínas? Os que se amedron-
taram com os acontecimentos? Ou quem enxergou o potencial que havia ali?

Felizmente, a sua história ainda não acabou. E você pode tem o poder de escolher quem
quer ser.

Só você tem o poder de mudar sua jornada. Estamos aqui para te ajudar nisso.

Mas você precisa dar o primeiro passo. E ler este e-book já é um começo.

Boa leitura!

EQUIPE INVESTIR JUNTOS

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INTRODUÇÃO
O que você faria se tivesse mais dinheiro? Não estamos falando de ganhar na loteria ou receber
uma herança, mas de passar a receber mais na conta todos os meses, ganhar um aumento,
dobrar o salário, ter mais uma fonte de renda.

Compraria uma casa? Um carro? Programaria viagens? Iria se aposentar? Viveria um ano
sabático? Ou simplesmente pediria demissão do emprego que não gosta para viver a sua real
vocação ou, quem sabe, abrir o seu negócio?

Não importa o motivo pelo qual você quer ter mais dinheiro. Não importa o sonho que quer
realizar com ele. O que importa é que você não precisa trabalhar a vida inteira para come-
çar a ganhar mais. Existem formas de potencializar o seu rendimento agora mesmo, com
investimentos.

Não trazemos aqui nenhuma poção mágica nem ideias mirabolantes para ganhar mais. Tam-
bém não é nosso intuito fazer uma lista de “bicos” que poderiam ser realizados para ganhar
mais dinheiro, como fazer doces ou bolos por encomenda, vender as roupas que não usa
mais, trabalhar como freelancer ou usar um hobby para ganhar dinheiro. Nada disso.

Este e-book tem a missão de ensinar para você, investidor, como ganhar dinheiro sem preci-
sar trabalhar mais por isso. As informações que estão reunidas aqui servem para ajudar você
a desenvolver a sua própria estratégia de investimentos e fazer o seu dinheiro começar a
trabalhar para você.

Com tempo e disciplina, você pode até dobrar seus investimentos, independente do seu
capital disponível. Isso porque os investimentos que vamos apresentar aqui começam com
aplicações a partir de R$ 40. Mas, claro, o que determinará qual é o melhor tipo de investi-
mento para cada pessoa é seu perfil de risco, seu prazo para o investimento e seus objetivos.

Portanto, caro leitor, entenda este material como um guia, para adquirir conhecimento e
começar a investir, mas lembre-se que retorno passado não é garantia de retorno futuro e
de ater-se ao seu perfil de risco. Se você ainda não conhece seu perfil, pode ir até o nosso
simulador no site investirjuntos.com.br/descubra-seu-perfil/. Depois de responder a algu-
mas perguntas, em poucos minutos você terá um diagnóstico completo e gratuito. Este é o
primeiro passo para começar a investir.

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UMA CARTEIRA DIVERSIFICADA
CONHECENDO A ESTRATÉGIA
Quer saber o segredo dos investidores? Nem é um segredo, na verdade, é só pura lógica
mesmo: diversificação de carteira. Simples. É como aquele velho ditado: não coloque todos
os seus ovos na mesma cesta. Esta é uma referência ao fato de que se a cesta cair, todos os
ovos se quebrarão de uma vez. Ao diversificar a carteira, ou seja, colocar alguns ovos em
várias cestas diferentes, o investidor consegue diluir o risco e maximizar os ganhos.

Nos investimentos, a técnica de diversificar a carteira é alocar uma parte dos seus recursos
em produtos com características diferentes, de modo que o desempenho negativo de um
investimento não represente perdas muito grandes de patrimônio para você, o investidor.

A diversificação, portanto, é necessária para proteger o investidor, mas também para poten-
cializar a rentabilidade incluindo na carteira ativos atrelados a diferentes indexadores, como
inflação, CDI, Ibovespa, dólar, entre outros.

Essa diversificação da carteira pode ser feita em apenas uma classe de ativos, investindo em
vários produtos diferentes de renda fixa, por exemplo, ou em outras classes. O grau de diver-
sificação dos investimentos vai depender, principalmente, de fatores pessoais e do momento
atual da economia.

Essa história de diversificar a carteira não é nova. Surgiu na década de 50, com Harry Markowitz,
um economista americano que recebeu o prêmio Nobel na década de 1990 por desenvol-
ver técnicas de diversificação de carteira e seu efeito positivo na construção de portfólios
de investimento. Ele criou a Teoria Moderna do Portfólio, também chamada de Teoria de
Markowitz, que permite encontrar o maior nível de retorno para um certo nível de risco.

A base dessa teoria é que se o investidor puder escolher entre duas carteiras de investimento
com o mesmo nível de retorno esperado, ele escolherá a de menor risco. A premissa básica
é que uma pessoa só está disposta a tomar mais risco se for remunerada por isso, portanto,
risco e retorno de um ativo devem ser sempre avaliados de maneira conjunta e dentro do
contexto de uma carteira diversificada.

De maneira geral, ele provou matematicamente o benefício de não colocar todos os ovos
dentro de uma única cesta, com o conceito da Fronteira Eficiente. Segundo este conceito,
cada investimento tem um determinado risco e retorno, mas quando são adicionados vários
ativos em uma carteira, o risco e o retorno dessa carteira mista podem se mostrar mais efi-
cientes - se bem planejados - ou menos eficientes do que um investimento isolado.

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Portanto, a combinação de diversos investimentos com risco, liquidez e rentabilidade variada
vão compor uma carteira com melhores rendimentos.

Para ter uma carteira realmente diversificada também é preciso observar a relação entre os
ativos da carteira. Eles podem ser:

Correlacionados positivamente, quando o movimento de um sempre segue o movimento


do outro, e os dois ativos, por exemplo, sobem juntos.
Inversamente correlacionados, quando entre dois ativos, sempre que um sobe, o outro desce.
Descorrelacionados, quando o movimento de um ativo não tem ligação com o outro.

ATENÇÃO
Para montar a sua carteira diversificada, você também precisa levar em
conta os três pilares das boas práticas da diversificação:

1. Dividir seu portfólio entre vários tipos de investimentos.

2. Aplicar em ativos com níveis de riscos variáveis, porque isso vai


equilibrar as perdas de um ativo com os ganhos de outro.

3. Investir em setores econômicos distintos.

Mas para montar a sua carteira diversificada não basta escolher entre alguns ativos diferentes
e pronto. Essa diversificação não será igual para todos os investidores: ela precisa respeitar
seus objetivos, seu perfil e seu capital disponível.

Para os investidores que estão começando, é possível seguir uma carteira recomendada. Todo
mês, a Investir Juntos disponibiliza as carteiras recomendadas para os perfis conservador,
moderado e arrojado. Para acessar, clique neste link.

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PERFIL DE INVESTIDOR

A necessidade de ter segurança nos investimentos é fundamental


para determinar o perfil de investidor. Quanto maior a necessidade
de segurança, mais próximo do perfil conservador você estará. Na
outra ponta da barra está o perfil arrojado, que aceita abrir mão
da segurança em troca da possibilidade de ter ganhos maiores.

Outros fatores que influenciam o perfil de investidor são os obje-


tivos financeiros. Também entram na conta o nível de conheci-
mento e a necessidade de dispor do capital investido no curto,
médio e longo prazo. Assim, existem, basicamente, três tipos de
investidores:

O conservador é aquele investidor que prioriza a segurança em


seus investimentos, mesmo que isso implique num menor retorno.
São os mais avessos a risco e buscam produtos financeiros com
maior previsibilidade dos rendimentos.

O moderado vai pelo caminho do meio. É quem aceita correr algum


risco para ter um retorno um pouco melhor. O objetivo dos inves-
tidores é maximizar a rentabilidade, mas manter uma certa segu-
rança dos seus investimentos.

O arrojado é aquele que não se importa em deixar a segurança


de lado se a possibilidade de retorno for alta. É um grupo de pes-
soas com o principal objetivo de potencializar o crescimento do
patrimônio.

Mas nada disso é definitivo! Assim como os objetivos financeiros


vão ser substituídos por outros ao longo da vida - e o conhecimento
financeiro vai se transformar - seu perfil do investidor também
pode mudar com o tempo. Isso porque quanto mais informação
financeira você tiver, mais segurança e autonomia terá para tomar
as melhores decisões para os seus investimentos.

O Simulador de Perfil da Investir Juntos é o único que faz uma análise do perfil de investidor
levando em conta vários fatores abstratos, como apetite para risco e importância de segu-
rança nos investimentos, além de avaliar dados concretos, como valor do patrimônio, quanto
dinheiro vai ser investido e com que frequência haverá aportes e cruzar estes dados com seu
nível de conhecimento para oferecer o melhor conteúdo educacional alinhado ao seu perfil
de investidor.

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RENDA ATIVA E RENDA PASSIVA
Quando alguém pensa em formas de ganhar um dinheiro extra, normalmente, isso vem
acompanhado de trabalho extra, como bicos, rentabilizar um hobby, oferecer consultoria,
fazer horas extras no trabalho.

Essas são formas comuns e muito eficazes de aumentar as receitas e receber mais dinheiro
no final do mês pela chamada renda ativa.

A renda ativa é aquela obtida por meio do emprego


de esforço, tempo, dedicação e conhecimento.

Independente da sua profissão, a renda ativa é o que você recebe em troca do seu traba-
lho. Se faltar um dia ou precisar passar por um afastamento, pode ter esses dias desconta-
dos da sua receita mensal.

Portanto, a renda ativa é tudo aquilo que depende de um esforço. Ela é formada por salá-
rios, comissões, direitos trabalhistas, honorários, adicionais.

A maior parte das pessoas, ao longo de sua


vida, depende financeiramente dos recursos
que recebe como pagamento por seu traba-
lho. Assim, acaba se tornando refém dessa
renda ativa. O maior problema de depender
exclusivamente da renda ativa é que qual-
quer mudança na forma de trabalho ou uma
demissão pode gerar a perda imediata da
renda.

Ou imagine ainda que você, como profissio-


nal autônomo, terá um aumento de despesa
pela chegada de um filho e passa a traba-
lhar mais tempo para aumentar sua renda. A
jornada de trabalho passa a se estender cada
vez mais, começando mais cedo e termi-
nando mais tarde até o momento em que seu

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corpo não aguenta mais e você adoece. Com isso, precisa se afastar do trabalho por duas
semanas e, neste período, recebe um corte nos rendimentos proporcional. O maior pro-
blema para quem vive apenas de renda ativa é que, sem um planejamento financeiro, pode
acabar comprometendo toda a sua receita ou suas reservas por imprevistos.

A renda passiva, por sua vez, é o dinheiro rece-


bido sem a necessidade de se empregar tempo
ou trabalho em troca.

É este o caso dos aluguéis, por exemplo. Um dono de imóveis trabalhou por um tempo para
comprar um determinado imóvel, mas, depois que o aluga, passa a receber uma renda passiva.
O mesmo acontece com quem criou uma determinada obra literária ou audiovisual: o autor
ganhará os direitos autorais ou royalties por aquela obra, como renda passiva. Da mesma
forma, empresários que abriram uma empresa podem receber renda passiva com os lucros,
mesmo que decidam parar de dar expediente.

Isso significa que a renda passiva continua sendo paga mesmo que você não trabalhe. Por
isso, esse tipo de receita é essencial para que busca autonomia financeira.

Mas se você não é um artista ou não tem uma casa ou apartamento para alugar, nem é sócio
de alguma empresa lucrativa, também há um caminho para receber renda passiva. Basta
fazer os investimentos que podem gerar esse tipo de renda. E vamos explicar quais são eles
no próximo capítulo.

Mas, antes, é importante frisar que, sim, existe um risco de viver somente de renda ativa, no
caso de imprevistos. Mas a renda ativa também é fundamental para aumentar seu patrimônio.
Logo, o ideal é conciliar os dois tipos, planejando seu futuro e investindo com inteligência.

Esta é uma estratégia que demanda planejamento financeiro, metas, visão de longo prazo e
disciplina. Portanto, quanto antes começar, melhor!

Mas, afinal, quanto você precisa para viver de renda?

A resposta para esta pergunta depende do seu planejamento financeiro, do seu custo de
vida atual e da sua expectativa de custo de vida no futuro. Isto porque é preciso levar em
conta que pode haver um aumento do valor do plano de saúde e custos com procedimentos
médicos, assim como haverá redução nos gastos com educação própria e dos filhos.

Calcule quanto você gasta por mês, para começar. É este valor que serve de base para calcular
quanto deve estar investido na sua reserva de emergência, aquele dinheiro que fica investido
em algum produto com alta segurança e liquidez para o caso de você precisar.

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INVESTIMENTOS QUE PODEM
GERAR RENDA EXTRA
A ESTRATÉGIA DOS ATIVOS QUE PODEM GERAR RENDA
A estratégia da geração de renda consiste em investir em ativos específicos que podem gerar
pagamentos regulares, como se fossem salários.

Esses investimentos vão multiplicar a sua renda de forma automática e podem ser chamados
de ativos geradores de renda e, dependendo do volume da sua alocação nestes investimen-
tos, é possível incrementar a sua renda média mensal em 10%, 20%, 50% ou até dobrá-la,
triplicá-la… Ou simplesmente realizar o sonho de “viver de renda” ou se aposentar.

Com a mágica dos juros compostos, esse dinheiro irá aumentar de forma exponencial.
Existem cinco tipos principais de ativos que podem gerar renda. Mas nem todos eles podem
ser adequados para o seu perfil de investidor. Portanto, antes começar os aportes, descubra
seu perfil de investidor e lembre-se que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade
futura.

3.1 O MAPA DO TESOURO


Quem aplica no Tesouro Direto está, de certa forma, emprestando dinheiro ao governo fede-
ral. Como o credor tem baixas chances de dar um calote, os investimentos no Tesouro Direto
são considerados muito seguros.

Com a segurança e um valor baixo de aporte inicial, a partir de R$ 40, este passou a ser um
investimento muito procurado. Como a nomenclatura era confusa e cheia de siglas, em 2015
os tipos de investimento mudaram de nome para facilitar o entendimento de quem queria
aplicar.

Os títulos do Tesouro também têm a vantagem da alta liquidez, já que seu prazo de resgate é
D+1, o que significa que o valor do investimento estará disponível na conta no dia útil seguinte
ao pedido do resgate. E assim como a maioria dos ativos, as negociações de compra e venda
de títulos do Tesouro Direto acontecem em horário comercial, entre 9h30 e 18h, em dias úteis.
Em feriados, sábados e domingos, o investidor pode agendar aplicações, mas os preços e
taxas aplicados serão definidos na abertura do mercado no próximo dia útil.

Existem algumas diferenças entre os títulos do Tesouro Direto e algumas particularidades. O


Tesouro Selic, por exemplo, que antes era chamado de Letra Financeira do Tesouro, ou LFT,
tem seu rendimento vinculado à Selic. Portanto, a variação da Selic, a taxa básica de juros,

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afeta, diretamente, a rentabilidade desse título. Este é um título que não tem retorno nega-
tivo nem em caso de venda antecipada do título, porque a rentabilidade é pós-fixada e ele
acumula juros diariamente.

VOCÊ SABE O QUE É SELIC?


Essa é a taxa básica de juros da economia, porque é a taxa que o próprio
governo paga para pegar dinheiro emprestado. Por isso, a taxa Selic vira
referência para qualquer operação de crédito.

Selic, na verdade, é uma abreviação de Sistema Especial de Liquidação e


Custódia. A meta dessa taxa é definida pelo Banco Central, que usa a Selic
pra conduzir a política econômica e controlar a inflação.

A cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária, o COPOM, se reúne para


definir essa meta para a Taxa Selic e, nessa reunião, leva em conta as pro-
jeções e os estudos da atividade econômica financeira e da inflação.

Já o Tesouro IPCA+ acompanha a variação da inflação pelo IPCA mais uma taxa prefixada.
Por isso, esse título pode garantir proteção contra as variações da inflação. Ele era chamado
de NTN-B até 2015, ou Nota do Tesouro Nacional - Série B.
E o Tesouro Prefixado, antes conhecido como Letra do Tesouro Nacional, tem 100% da sua
rentabilidade fixada antes do investimento.

Mas, para a estratégia de renda extra, os Títulos do Tesouro Direto que interessam são outros
dois: o Tesouro IPCA+ com juros semestrais e o Tesouro Prefixado com juros semestrais. A
diferença é que o título “com juros semestrais” paga ao investidor, a cada seis meses, o ren-
dimento proporcional ao valor aplicado. Esse rendimento, também chamado de cupom, é
calculado com base na taxa de juros contratada no momento da compra do papel.

O título que não tem essa nomenclatura também rende juros, mas o rendimento não é dis-
tribuído periodicamente. Ele acumula juros ao longo de todo o período do investimento. O
pagamento dos juros acontece apenas no vencimento do título ou no momento do resgate,
caso você saque antes do prazo.

O título que paga juros semestralmente é indicado para quem precisa daquele dinheiro a
cada seis meses para complementar sua renda.

A desvantagem é a incidência de Imposto de Renda sobre os juros pagos semestralmente. Ou


seja, nos primeiros seis meses de aplicação, ao receber o primeiro cupom, a alíquota cobrada
sobre os rendimentos recebidos será de 22,5%.

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Mas ela é regressiva e cai gradativamente, até 15% para investimentos com mais de dois anos,
seguindo a tabela de Imposto de Renda em aplicações de renda fixa.

TABELA REGRESSIVA DO IMPOSTO


DE RENDA EM APLICAÇÕES DE RENDA FIXA

TEMPO DE INVESTIMENTO ALÍQUOTA

Entre 0 e 180 dias 22,5%

Entre 181 e 360 dias 20%

Entre 361 e 720 dias 17,5%

Acima de 721 15%

Outro ponto de atenção é que os rendimentos, neste caso, são pagos apenas semestralmente
e em datas diferentes: alguns papéis pagam juros em janeiro e julho, outros em fevereiro e
agosto ou em maio e novembro. Desta forma, é preciso planejar suas despesas e outras recei-
tas. Entenda melhor esses investimentos de renda fixa que pagam renda extra.

3.1.1 TESOURO IPCA+ COM JUROS SEMESTRAIS

O Tesouro IPCA+ com juros semestrais também é chamado pelo seu nome antigo: Notas do
Tesouro Nacional Série B, ou NTN-B. Trata-se de um título público pós-fixado do Tesouro
Direto vinculado ao IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, relacionado à inflação.

Esse é um título híbrido, com remuneração pós e prefixada. Isso significa que parte da remu-
neração é dada pela inflação, portanto é pós-fixada e será calculada no momento do venci-
mento ou resgate – mas saiba que o cupom semestral também é corrigido pelo IPCA, ou seja,
o fluxo de renda também fica protegido da inflação e outra parte do rendimento é prefixada
por uma taxa estipulada no momento do investimento.

A modalidade do Tesouro IPCA+ com juros semestrais paga a cada seis meses um valor pro-
porcional da rentabilidade contratada, também corrigido pelo IPCA, ou seja, o fluxo de renda
também fica protegido da inflação.

Os cupons semestrais de juros são pagos nos dias 15 de maio e 15 de novembro se o ano do
vencimento do título for ímpar, e nos dias 15 de fevereiro e 15 de agosto se o ano de venci-
mento do título for par.

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Assim, é possível alocar capital em títulos com datas de vencimento diferentes para garantir
o recebimento de uma renda passiva ao longo de ao menos quatro meses no ano.

A rentabilidade do cupom é dada pela taxa prefixada mais a correção do indexador IPCA
até o vencimento. E, na data de vencimento do título, o último cupom de juros é pago junto
com o montante investido.

VANTAGENS DE INVESTIR NO TESOURO


IPCA+ COM JUROS SEMESTRAIS
• Renda extra semestral, com o pagamento dos cupons.

• Alta liquidez, com possibilidade de resgate no dia útil seguinte


ao pedido.

• Alta segurança, por se tratar de um título de dívida pública


e o credor ser o governo federal.

• Baixo valor de aporte inicial, começando em torno de R$ 40.

• Baixo custo, com incidência da taxa da B3 de 0,25% ao ano.

• Indexação pela inflação, garantindo ganho real.

Mais um ponto de atenção para os investidores que pretendem colocar este ativo em sua
carteira é que, apesar de serem títulos de renda fixa, os Títulos do Tesouro Direto podem
sofrer oscilações positivas e negativas, de acordo com a expectativa do mercado.

Assim, é possível aproveitar momentos do mercado para vender um título antecipadamente


e realizar lucro, mas também é possível sofrer um prejuízo se precisar fazer um resgate ante-
cipado. Isso é a chamada Marcação a Mercado.

A Marcação a Mercado, também chamada de MtM (Market to Market) é a atualização do


preço de um ativo de renda fixa ou da cota de um fundo pelo seu preço de mercado. Mas se
a sua intenção não for vender o título antecipadamente, não se preocupe. Ao manter o título
até o vencimento, a rentabilidade líquida positiva estará garantida nos termos contratados.

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3.1.2 TESOURO PREFIXADO COM JUROS SEMESTRAIS

O Tesouro Prefixado com juros semestrais era chamado de Nota do Tesouro Nacional - Série
F - até mudar de nome em 2015. Com a taxa de juros definida no momento da compra, o
investidor sabe exatamente quanto receberá na data do vencimento, sem surpresas.

Assim como todos os outros títulos, com exceção do Tesouro Selic, esse pode sofrer osci-
lações por causa da Marcação a Mercado e causar prejuízo se for vendido antes da data do
vencimento. Mas assim como os outros títulos, se mantido até a data do vencimento, o paga-
mento dos juros combinado mais o principal é garantido.

Os cupons semestrais são pagos em janeiro e julho e funcionam como uma antecipação da
rentabilidade, em vez de ganhos adicionais. Por isso, se a sua estratégia for de reinvestimento,
os impostos e taxas antecipados vão diminuir o seu retorno ao longo do tempo. Logo, se a
ideia não for usar o rendimento no momento em que ele é recebido, mas reinvesti-lo, essa
pode não ser a melhor opção para a carteira.

TESOURO PREFIXADO COM


JUROS SEMESTRAIS
• Renda extra semestral, com o pagamento dos cupons.

• Alta liquidez, com possibilidade de resgate no dia útil seguinte


ao pedido.

• Alta segurança, por se tratar de um título de dívida pública


e o credor ser o governo federal.

• Baixo valor de aporte inicial, começando em torno de R$ 40.

• Baixo custo, com incidência da taxa da B3 de 0,25% ao ano.

• Previsibilidade, por se tratar de um investimento prefixado.

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ATENÇÃO
A compra dos títulos que pagam cupom de juros semestrais é suspensa
três dias antes da data do pagamento do cupom. E a venda é suspensa
dois dias antes da data do pagamento.

3.2 UMA CARTEIRA LUCRATIVA

Já imaginou uma carteira que fabrica dinheiro? Ela existe. Bom, não existe exatamente uma
carteira que se coloca no bolso e solta notas de dinheiro que não estavam lá. Mas existe um
tipo de carteira que pode, sim, render renda passiva para quem faz os investimentos em
determinados ativos. É a Carteira de Dividendos.

Para conseguir receber renda passiva na forma de lucros de uma empresa, você não precisa
montar a sua própria companhia. Pode se associar a várias organizações que já existem.

Esta é a estratégia de gerar renda automática se associando a empresas lucrativas que vão
dividir com você parte dos seus lucros, na forma de dividendos.

O dividendo é uma parcela do resultado de uma empresa distribuído entre seus acionistas. Mas,
claro, para que haja essa distribuição, é preciso que o resultado da companhia seja positivo.

No momento do pagamento dos dividendos, os acionistas preferenciais têm prioridade no


recebimento.

Ações Preferenciais Ações Ordinárias


(PN) (ON)

Direito de voto - X

Prioridade no recebimento
de dividendos X -

Prioridade no reembolso
de capital X -

Número do TICKER De 4 a 8 Sempre 3

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Mas lembre-se que retorno passado não é garantia de retorno futuro. Mesmo que uma empresa
tenha pagado bons dividendos no passado, é provável que ela continue pagando bons divi-
dendos, mas isso não é garantido.

Por isso, vale a mesma regra para a carteira de investimentos: diversifique, porque reunindo
vários ativos que pagam dividendos, o investidor consegue diluir o risco da carteira, evita a
preocupação com a oscilação e gera recebimentos mensais, dependendo da data de paga-
mento dos dividendos.

Isso porque a periodicidade do pagamento do dividendo depende da estratégia escolhida


pela companhia. Cada empresa possui uma data específica para distribuir dividendos. Então,
há empresas que pagam todos os meses, todo trimestre ou até a cada dois anos. Se
você está começando a montar a sua carteira de dividendos, pode acompanhar as
carteiras recomendadas da Investir Juntos montadas por especialistas.

Montar uma carteira de dividendos pode gerar uma renda extra com certa regularidade
e acelerar o crescimento do seu patrimônio. Os dividendos têm um benefício extra: são
isentos de Imposto de Renda.

Mas ao montar a sua carteira de dividendos, lembre-se que quando se trata de renda
variável,
o ideal é focar no médio e longo prazo, para conseguir retornos mais consistentes.

Antes de montar a sua carteira, analise a consistência e o histórico dos pagamentos de divi-
dendos da empresa em que pretende investir e avalie o Dividend Yield, abreviadamente DY,
ou o rendimento do dividendo, em português. Esse é o indicador que mede a rentabilidade
dos dividendos de uma empresa em relação ao preço das suas ações.

Mas lembre-se que nem sempre um alto DY indica que se trata de um ótimo investimento. O
DY é um elemento importante, mas não deve ser analisado sozinho.

FIQUE LIGADO
A Data Ex ou Ex Dividendos é a data
limite para a compra do papel que
garante o recebimento dos dividen-
dos. O investidor que comprar uma
ação de uma empresa a partir dessa
data não vai ter direito a receber o
próximo dividendo.

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No final das contas, uma das dicas mais certeiras é investir em boas empresas, consolidadas,
com boa geração de caixa e projetos em andamento. Por isso, procure investir em ações de
companhias que você pretende manter na sua carteira por um longo prazo, praticando a
estratégia conhecida como Buy and Hold (compre e segure, em tradução livre para o portu-
guês), assim como faz Warren Buffett, um dos maiores investidores do mundo, que possui
algumas ações em sua carteira há mais de 30 anos.

Com essa estratégia, como o foco é a geração de renda passiva, o investidor não precisa ficar
acompanhando (e se preocupando) com as oscilações da Bolsa, contanto que a empresa
continue lucrando, o investidor continuará recebendo dividendos.

Outra dica é diversificar a carteira - mas não exagerar. Para quem está começando, algo em
torno de cinco a dez empresas pode ser um número interessante, lembrando que a diversi-
ficação também deve ser feita entre setores: não adianta diversificar a carteira comprando
ações de cinco bancos diferentes ou cinco varejistas diferentes, por exemplo. Diversifique
os setores das companhias também. Tudo vai depender da estratégia que você quer traçar
para seu dinheiro.

VANTAGENS DE INVESTIR EM AÇÕES


PAGADORAS DE DIVIDENDOS
• Renda extra isenta de Imposto de Renda.

• Alta liquidez, com possibilidade de venda no mercado de


ações, durante o pregão.

• Baixo valor mínimo de investimento, dependendo da ação.

• Possibilidade de ganhar dinheiro mesmo com a queda na


Bolsa.

3.3 FUNDOS IMOBILIÁRIOS

Investir em imóveis residenciais ou comerciais para ganhar com os aluguéis é tradicional


entre os brasileiros. Assim, todos os meses, o dono dos imóveis recebe uma renda passiva
em sua conta.

Mas existem alguns inconvenientes para quem usa esse tipo de estratégia. O principal deles
é a baixa liquidez. Se precisar de dinheiro na mão, o investidor precisa se desfazer do imóvel
inteiro e, dependendo da urgência com que precisa do dinheiro, pode ter de baixar o preço
e até levar algum prejuízo com a venda.

Além disso, é preciso lidar com burocracias e contratos de aluguel e venda, gastar com
manutenção, lidar com inquilinos e reformas, além do alto custo para a compra de um imóvel

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e os gastos com condomínio e impostos quando não está alugado. Mas investir em imóveis
não precisa ser tão complicado. Se você não tem dinheiro para comprar um imóvel e geren-
ciar suas locações, pode investir em Fundos de Investimento Imobiliário, os chamados FIIs.

O FII é um tipo de fundo coletivo que investe em empreendimentos, como hospitais, galpões
e prédios comerciais, ou ativos relacionados, como os CRIs - Certificado de Recebíveis Imo-
biliários. Estes fundos funcionam como qualquer outro: a gestora do fundo levanta recursos
com os cotistas e compra imóveis, parte deles ou papéis. Assim, o investidor, ao comprar as
cotas desse fundo, passa a ser sócio desses empreendimentos e recebe uma parcela do lucro,
como aluguel, todo mês na sua conta, isento de Imposto de Renda.

Além desse rendimento, o investidor pode lucrar com a valorização das cotas, vendendo por
um preço mais alto do que pagou. Se essa for a sua estratégia, tenha em mente que a flutu-
ação também do preço das cotas pode oscilar para baixo. O investidor pagará imposto de
20% sobre o ganho de capital, quando houver a venda do FII na Bolsa.

Estes fundos podem ser classificados em alguns tipos:


Fundos de Tijolo, que possuem imóveis físicos, como shoppings centers, edifícios comerciais,
hotéis, galpões logísticos, entre outros. Os fundos ganham com a renda de aluguel ou venda
com lucro.
Fundos de Papel, que investem em ativos financeiros do mercado imobiliário, como os ativos
de renda fixa CRIs, papéis emitidos por empresas securitizadoras para financiar empreendi-
mentos imobiliários ou LCIs, as Letras de Crédito Imobiliário, também destinadas a financiar
empreendimentos.
Fundos em Desenvolvimento, que não têm renda dos aluguéis, já que sua atividade consiste
em comprar terrenos, aprovar projetos, executar obras e vendê-las para conseguir lucro.
Fundos de Fundos, que reúnem o patrimônio dos seus cotistas para adquirir cotas de outros
fundos imobiliários. Mas atenção: neste caso, o investidor pagará por duas gestões: aquela
que escolhe os fundos e a que gere os fundos escolhidos.

Como outros fundos de investimento, os FIIs contam com uma gestão especializada que
faz o acompanhamento do patrimônio e recebe uma taxa paga pelos cotistas por isso. Mas
o processo para investir nesse tipo de fundo é mais simples. Como os FIIs são listados em
Bolsa, suas cotas podem ser compradas e vendidas pelo Home Broker a qualquer momento
durante o funcionamento do pregão.

VOCÊ SABE O QUE É HOME BROKER?


Home Broker é a plataforma digital que pode ser acessada pelo
computador ou app, que permite a negociação de ações e outros
ativos, como FIIs, e funciona como uma ponte entre os investido-
res e a B3, a Bolsa de Valores. Este sistema de negociação on-line
é oferecido pelas corretoras e permite que os investidores operem
por conta própria, além de enviar notificações sobre as ordens exe-
cutadas, guardar o histórico das negociações e mostrar as cota-
ções em tempo real.

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Tenha em mente que esse é um ativo de renda variável porque sua rentabilidade depende de
vários fatores, como desempenho do setor, a qualidade dos ativos dos fundos e o valor das
cotas. Por isso, se for investir em um Fundo de Tijolo, por exemplo, avalie a localização e a
qualidade dos imóveis que compõem o fundo, já que quanto melhor localizados, menor é a
possibilidade de vacância, ou seja, a desocupação do imóvel e, por consequência, a ausência
de recebimento de aluguel.

Se o investimento for em um Fundo de Papel, por outro lado, o investidor deve avaliar a soli-
dez dos emissores dos papéis.

Em todo caso, pesquise sobre a gestora do fundo, já que o retorno do investimento depende
diretamente da qualidade do seu trabalho, e calcule o valor da cota para saber se está justo,
muito alto ou muito baixo. Para isso, basta dividir o valor do patrimônio total do fundo pelo
número de cotas. Se o resultado estiver abaixo do negociado na Bolsa, este fundo está valo-
rizado. Mas antes de achar que isso significa que o fundo está “caro”, procure entender essa
valorização, já que ela pode ser resultado de uma boa gestão e expectativa de valorização.

VANTAGENS DE INVESTIR EM FIIs

• Renda extra isenta de Imposto de Renda.

• Diversificação do portfólio de imóveis.

• Gestão profissional do portfólio de ativos.

• Alta liquidez nos investimentos.

• Baixo valor mínimo de investimento.

• Fácil negociação das cotas pela B3.

• Não há incidência do come-cotas, o imposto dos Fundos de


Investimento.

3.4 PREVIDÊNCIA PRIVADA (PGBL E VGBL)

Entre todos os ativos para incluir em uma carteira diversificada que pode gerar renda extra,
a Previdência Privada é uma das mais conhecidas, mas que ainda levanta muitas dúvidas.

A Previdência Privada foi criada com o objetivo de complementar a aposentadoria paga pelo
INSS, por isso, ainda é conhecida como previdência complementar.
Nesse tipo de ativo, o investidor contribui com a seguradora, geralmente depositando valores
mensais ao longo de um bom tempo, acumulando dinheiro no Fundo de Previdência, enquanto

21
a gestora do plano rentabiliza o valor investido. Ao investir em Previdência Privada é preciso
fazer quatro escolhas:

1) o tipo de plano: VGBL ou PGBL;


2) o tipo de tributação;
3) o tipo de fundo;
4) o tipo de resgate.

O VGBL é o Vida Gerador de Benefício Livre, e o PGBL é o Plano Gerador de Benefício Livre.
A principal diferença entre eles está relacionada aos impostos. Quem investe em VGBL só
pagará imposto sobre os rendimentos. Já no PGBL, o imposto incidirá sobre o montante total:
o valor aplicado mais os seus rendimentos. O benefício extra para quem investe no segundo
tipo é que ele permite abater da base de cálculo do imposto até 12% da renda bruta anual
tributável.

Com isso, o investidor consegue reduzir uma parte do que pagar em impostos e aproveita
para investir este valor no seu plano de previdência. Mas esse benefício só é válido para quem
faz a declaração completa e é contribuinte ou aposentado pelo INSS. Portanto, se você faz
a declaração simples não terá direito a esse benefício. A escolha por um ou outro plano (ou
uma combinação dos dois) vai depender do seu objetivo financeiro.

A segunda escolha é sobre o tipo de tributação dentro de suas possibilidades: 1) regressiva


definitiva ou 2) progressiva compensável. Na primeira, o Imposto de Renda é descontado de
uma única vez, no momento do resgate ou recebimento do benefício, e, como o nome já diz,
a alíquota vai diminuindo com o passar do tempo.

TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO IMPOSTO RETIDO


PARA O PLANO NA FONTE

Até 2 anos 35%

Entre 2 e 4 anos 30%

Entre 4 e 6 anos 25%

Entre 6 e 8 anos 20%

Entre 8 e 10 anos 15%

Acima de 10 anos 10%

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Acima dos 10 anos, portanto, se atinge a menor alíquota possível, que é de 10%. Mas lembre-se
que a contagem considera cada aplicação separadamente. Assim, é possível que o recurso
fique dividido entre várias alíquotas diferentes, mas, no momento do resgate, o recurso que
sairá da conta será sempre o da menor alíquota, seguindo a regra do primeiro que entra é o
primeiro que sai.

Já a tabela progressiva é chamada assim porque tem alíquotas maiores conforme a renda
bruta compensável do investidor. Independente da alíquota, no momento do resgate, 15%
ficarão retidos na fonte, e o ajuste (para mais ou para menos) precisará ser feito na declaração
anual de Imposto de Renda.

Mais uma vez, a escolha entre uma tabela e outra depende da estratégia do investimento, do
montante a ser investido e prazos para resgate, por exemplo.

O investidor também precisará escolher o fundo em que alocará seu recurso, avaliar as taxas
cobradas, como de administração e de carregamento de entrada e de saída. Avalie a com-
posição do fundo já que a rentabilidade depende disso e lembre-se que este investimento
pode ter um período de carência, além de não possuir cobertura do FGC, o Fundo Garantidor
de Crédito.

Por fim, é preciso decidir sobre o tipo de resgate - o que está diretamente relacionado à renda
extra. O investidor pode optar por realizar um resgate total, via pagamento único ou contra-
tar uma renda. Neste caso, a gestora fica responsável pelo seu recurso e, em comum acordo
com você, realiza pagamentos mensais até um prazo determinado ou de maneira vitalícia.

Para os investidores que pensam em herança, os planos de previdência também são um


recurso muito utilizado em casos de sucessão, já que na transmissão dos recursos para os
herdeiros, alguns Estados, como o de São Paulo, não cobram o ITCMD, o Imposto de Trans-
missão Causa Mortis ou Doação. O plano também não precisa passar por um inventário para
ser liberado aos beneficiários, que receberão o recurso em até 30 dias corridos depois de
sinalizado o sinistro.

VANTAGENS DE INVESTIR EM
PREVIDÊNCIA PRIVADA
• Não há incidência do come-cotas, o imposto dos Fundos
de Investimento.

• Diversificação dos investimentos.

• Gestão profissional do portfólio de ativos.

• Baixo valor mínimo de investimentos.

• Indicado para planejamento sucessório.

• Possibilidade de dedução de até 12% da renda tributável anual.

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4
REINVESTIMENTO E A MÁGICA
DOS JUROS COMPOSTOS
Duas técnicas podem turbinar os ganhos dos investidores: 1) o reinvestimento e 2) a mágica
dos juros compostos.

Ao montar a sua carteira de investimentos de renda extra, o investidor pode fazer a escolha
de não gastar o dinheiro, mas usá-lo para reinvestir.

Reinvestindo o valor recebido com dividendos, por exemplo, é possível aumentar a quantidade
de ações de uma companhia na sua carteira sem precisar fazer novos aportes.

Fazendo isso, o investidor acelera seus rendimentos, aumenta a quantidade de dividendos


que receberá no próximo pagamento e tem a chance de alcançar seus objetivos mais rapida-
mente. Para isso, é preciso ficar atento às datas de pagamento dos dividendos, para reinvestir
esse montante imediatamente e se atentar também para a cobrança da corretagem, que é o
valor pago para cada ordem enviada à corretora na Bolsa.

Com o passar do tempo, acontece a mágica dos juros compostos, a aplicação de juros sobre
juros, um conceito básico e importante para qualquer investidor conhecer.

Para explicar sobre os juros compostos, vamos usar a fórmula inversa. Imagine uma dívida no
cartão de crédito que começa a crescer a cada mês em que não é paga. Essa bola de neve
é causada justamente pelos juros compostos. Nos investimentos, ele funciona da mesma
forma, já que investir é muito parecido com emprestar dinheiro para alguém: o governo, uma
empresa, um fundo de investimento.

Por isso, o fator crucial para que aconteça a mágica dos juros compostos é o tempo. É preciso
pensar no longo prazo, fazer aportes mensais e ter um planejamento que inclui uma reserva
de emergência e uma carteira de investimentos diversificada, como ensinou Harry Markowitz.

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5
CONCLUSÃO
Conquistar a autonomia financeira está entre os principais objetivos de muitas pessoas e pode
estar ao seu alcance. Poder fazer suas escolhas de acordo com suas vontades e não neces-
sidades, como trabalhar com aquilo que gosta, viajar, ser livre para tomar as suas próprias
decisões, isto é autonomia financeira.

Para conquistar essa tão sonhada autonomia é preciso organizar suas finanças, ter um plane-
jamento, conhecer seu perfil de investidor, estar comprometido com as suas metas e aprender a
investir com inteligência. Esperamos que este e-book ajude você na sua trajetória.

A Investir Juntos acredita que a educação financeira empodera as pessoas para criarem sua
própria realidade, por isso produzimos e selecionamos conteúdos de acordo com o nível de
conhecimentos dos investidores. E, para apoiá-los na gestão de seus investimentos, temos o
melhor time de assessores de investimento do mercado.

Se você quer aprender mais sobre investimentos, acesse o nosso site, nossas redes sociais e
nosso canal no YouTube. A Investir Juntos é uma plataforma de educação que tem como
missão ensinar os brasileiros a investir melhor. Vamos Investir Juntos?

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Disclaimer: Retornos passados não são indicação de rendimentos futuros em nenhum tipo de investimento. Este
material foi elaborado pela INVESTIR JUNTOS e não deve ser considerado um relatório de análise para os fins
do artigo 1º da Instrução CVM nº 483, de 6 de julho de 2010. Este material tem caráter meramente informativo,
não constitui e nem deve ser interpretado como sendo material promocional, solicitação de compra ou venda,
oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estra-
tégias por parte dos destinatários. Os prazos, taxas e condições aqui contidas são meramente indicativas. As
informações contidas neste documento foram consideradas razoáveis na data em que ele foi divulgado e foram
obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis. Este relatório também não tem a intenção de ser uma relação
completa ou resumida dos mercados ou desdobramentos nele abordados. Os instrumentos financeiros discutidos
neste material podem não ser adequados para todos os investidores. Este material não leva em consideração
os objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades específicas de qualquer investidor. Os inves-
tidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de
tomar uma decisão de investimento. A INVESTIR JUNTOS não se responsabiliza por decisões de investimentos
que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por
quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo. Os
desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. Este relatório é
destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da INVESTIR JUNTOS. Fica proibida sua
reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem
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