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MANUTENÇÃO
Tomo: TOMO II
Norma: NPG-MAN-221
1. FUNDAMENTAÇÃO
2. FINALIDADE
2.1. Esta Norma de Procedimento Geral tem a finalidade de estabelecer os procedimentos a serem utilizados na desenergização e
energização da área, para manutenção nos equipamentos: transformadores, disjuntores, TPs, TCs e cubículos do sistema 6,6kV
da subestação Farrapos.
3. CONCEITUAÇÃO E SIGLAS
3.1. Conceituação
3.1.1. Desenergização: É um conjunto de ações coordenadas, sequenciadas e controladas, destinadas a garantir a efetiva
ausência de tensão no circuito, trecho ou ponto de trabalho, durante todo o tempo de intervenção e sob controle dos trabalhadores
envolvidos.
3.1.2. Circuito desenergizado: é a condição efetiva de ausência de tensão no circuito elétrico, dotada de recursos e
procedimentos que impossibilite a sua reenergização acidental. A mesma deve estar sob controle dos empregados envolvidos no
serviço.
3.1.3. Impedimento de Energização: condição que garanta a não energização do circuito através de recursos e procedimentos,
exceto sob controle dos trabalhadores diretamente envolvidos nos serviços.
3.1.4 Aterramento Elétrico Temporário: ligação elétrica efetiva confiável e adequada intencional a terra, destinada a garantir a
equipotencialidade e mantida continuamente durante a intervenção na instalação elétrica.
3.1.5 Constatação de Ausência de Tensão: é a verificação da efetiva ausência de tensão nos condutores do circuito elétrico,
realizado com detectores testados antes e após a verificação da ausência de tensão, sendo realizada por contato ou por
aproximação e de acordo com procedimentos específicos.
3.1.6. Energização: ato ou efeito de energizar. Consiste em passos e procedimentos que utilizados de forma correta levam
energia a determinado equipamento, circuito ou sistema.
3.1.7. Desligamento: Meio utilizado para interromper a tensão de um circuito. Este não impede que a energização acidental
aconteça por qualquer meio ou razão. Caso exista a possibilidade de energização acidental os trabalhos deverão ser conduzidos
com técnicas de trabalho em circuitos energizados.
3.1.8. Equipamento de Proteção Coletiva: Todo dispositivo ou sistema, fixo ou móvel, de abrangência coletiva utilizado no
ambiente de trabalho, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores envolvidos na atividade, dos riscos
inerentes aos processos de trabalho.
3.1.9. Equipamento de Proteção Individual (EPI): todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
3.1.10 Análise Preliminar de Risco (APR): técnica qualitativa cujo objetivo consiste na identificação dos riscos/perigos
potenciais, decorrentes de novas instalações ou da atividade. Este documento exige a indicação de ações preventivas e medidas
de controle, de forma a atender aos princípios técnicos básicos e às melhores técnicas de segurança do trabalho.
3.1.11. Riscos Adicionais: são considerados situações impostas pelo meio, além dos elétricos, que possam afetar a segurança e
saúde no trabalho, tais como trabalho em altura, atividades sob chuva, indução gerada por proximidade a redes de alta tensão de
corrente alternada e risco de incidência de descargas elétricas atmosféricas.
3.2. Siglas
a) Vara de manobra
b) Detector de tensão Corrente Alternada (CA)
c) Aterramento temporário
d) Fita sinalizadora
e) Cones sinalizadores
f) Garra de bloqueio de segurança
g) Cadeado de segurança
h) Cartões de sinalização
Obs.: - Os equipamentos a serem utilizados devem ser compatíveis com as cargas exigidas, dentro da validade de
testes/certificados e estarem em perfeito estado de conservação, sendo expressamente proibido fazer alterações e adaptações
contrárias às recomendações de segurança do fabricante;
- Os testes dielétricos deverão ser realizados periodicamente, conforme legislação, e serem comprovados através de
laudos.
4.2. Equipamentos de Proteção Individual
Observação: poderão ser incluídos outros EPIs que se façam necessários, a critério do SESET, conforme NPG PES 603, e
constantes no respectivo APR.
5. TRABALHADORES
5.1 A atividade não poderá ser realizada de forma individual, devendo ser executada por empregados treinados, bem como
devidamente aptos e autorizados conforme a NR10;
5.2 Os empregados envolvidos na atividade, deverão possuir conhecimento deste procedimento e da respectiva APR.
OBS: considera-se autorizado o trabalhador que possua anuência formal da empresa para desempenhar a atividade.
6. PROCEDIMENTOS GERAIS
6.1 A equipe do SENERG, ao chegar ao local, deverá solicitar acesso às instalações ao CCO, conforme NPG-OPE-107;
6.2 Antes do inicio dos trabalhos o superior imediato e a equipe responsáveis pela execução do serviço deverão realizar inspeção
prévia das condições gerais de segurança e dos equipamentos, para verificar e identificar possíveis riscos que venham a
comprometer a segurança dos trabalhadores e do sistema;
6.3 Os riscos adicionais, identificados na inspeção prévia, serão tratados no Diálogo Preliminar de Segurança, realizado antes do
início da atividade e lançados na APR, juntamente com as medidas de segurança recomendáveis. A APR deverá ser rubricada
pelos empregados envolvidos e pelo supervisor imediato, conforme NPG-PES-605;
6.4 O supervisor, responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando verificar situação ou condição de
risco não prevista, riscos adicionais, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível, incluindo condições
atmosféricas desfavoráveis e equipamentos de segurança não aprovados na inspeção prévia;
6.5 As ferramentas utilizadas deverão passar por inspeção periódica, devendo estar em perfeito estado de conservação, adequadas
as cargas exigidas, com as manutenções em dia, contendo dispositivos de segurança adequados, sendo expressamente proibido
fazer alterações e adaptações contrárias às recomendações de segurança do fabricante. Quaisquer alterações desta ordem deverá
ser informado ao superior imediato;
6.6 É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades;
6.7 Este procedimento será realizado por duas equipes, estando uma na SE Farrapos e outra na SE Fátima.
6.8 O supervisor imediato e suas equipes, estando nas SEs Farrapos e Fátima, deverão atender rigorosamente a sequência de
desenergização: confirmação de desligamento, bloqueio, constatação de ausência de tensão, aterramento temporário e
sinalização, conforme descrito no item 07 - Procedimentos Específicos.
ATENÇÃO:
O procedimento de desligamento das SE Farrapos e SE Fátima, deverão ser realizados concomitantemente, devendo ser
OBRIGATORIAMENTE: confirmadas via rádio pelas equipes. O supervisor imediato deverá garantir a realização desta
confirmação, sendo condicionante para a continuidade das etapas seguintes.
7.1.1. Desligamento
7.1.1.1. Atribuições do CCO
7.1.1.2. Atribuições do SENERG
Na SE Fátima, no prédio 6,6kV, com uso dos EPIs adicionais, constantes no subitem 4.2.2:
7.1.2. Bloqueio
7.1.2.1. Atribuições do SENERG
a) Levantar a placa móvel de apoio da alavanca de extração do disjuntor do cabo 1 Sul e no disjuntor do cabo 2 Sul até o ponto
em que cesse o movimento e o pedal de extração tenha ultrapassado a placa móvel;
b) Colocar o dispositivo porta cadeado no pedal de liberação para movimentação do disjuntor do cabo 1 Sul e no disjuntor do
cabo 2 Sul, e colocar o cadeado de bloqueio no dispositivo porta cadeado;
c) Colocar placa de aviso “Não opere este equipamento” nas portas dos painéis B29 e B30.
7.1.3 Constatação de Ausência de Tensão
7.1.3.1. Atribuições do SENERG:
7.1.4.1. Atribuições do SENERG:
a) Inserir a alavanca de acionamento no eixo de manobra da seccionadora de aterramento localizada ao lado do disjuntor e
comutar a chave da posição “0” para a posição “I” no cubículo B29 do disjuntor do cabo 1 Sul e no cubículo B30 do disjuntor do
cabo 2 Sul.
7.2.1. Desligamento
ATENÇÃO:
Somente após a realização das etapas acima, executadas rigorosamente nesta ordem, os cabos serão considerados
desligados, sendo condicionantes para seguir as próximas etapas da desenergização.
7.2.2. Bloqueio
a) Colocar cadeado de bloqueio na seccionadora manual (A6Q1) do ramal de alimentação do transformador 69/6,6kV e fixar
placa de aviso “Não opere este equipamento”.
a) Com detector de tensão CA, constatar a ausência de tensão nas buchas de AT e BT do transformador 69/6,6kV.
7.2.4.1. Atribuições do SENERG
a) Entrar em contato via rádio ou telefone com a equipe de manutenção que estiver (in loco) na subestação Fátima para confirmar
a finalização do item 7.1.1 “Desligamento na SE Fátima”.
ATENÇÃO: As etapas a seguir SOMENTE podem ser realizadas após a confirmação da conclusão do item 7.1.1 acima,
executado pela equipe de manutenção na SE Fátima.
8. PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO
a) O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando verificar situação ou condição de risco não
prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível, incluindo condições atmosféricas desfavoráveis;
b) Sinalizar com cone sinalizador e fita sinalizadora a área em que está programada a atividade, mantendo apenas um ponto de
entrada;
c) Realizar a manutenção conforme procedimento, Ordem de Serviço e Análise de Preliminar de Risco (APR), específicos para
atividade de manutenção.
a) O responsável pela equipe do SENERG pela execução da atividade deverá garantir a retirada dos empregados e de todo o
ferramental utilizado;
b) Retirar o cone sinalizador e fita sinalizadora.
9. PROCEDIMENTOS DE ENERGIZAÇÃO
a) A etapa de energização deverá rigorosamente seguir esta sequência: retirada de aterramento temporário, retirada da
sinalização, desbloqueio e energização, conforme descrito no item 9.1 e no que segue;
b) Este procedimento será realizado por duas equipes, estando uma na SE Farrapos e outra na SE Fátima;
c) O item 9.1.3 “Religamento da SE Farrapos”, deverá ser realizado SOMENTE após conclusão do item 9.2.1 “Retirada do
Aterramento Temporário da SE Fátima;
d) O item 9.2.3“Religamento da SE Fátima” deverá ser realizado SOMENTE após conclusão do item 9.1.1. “Retirada do
Aterramento Temporário da SE Farrapos”;
e) As etapas devem confirmadas via rádio pelas equipes. O supervisor imediato deverá garantir a realização desta confirmação,
condicionante para a continuidade das etapas seguintes.
a) Inserir a alavanca de acionamento no eixo de manobra da seccionadora de aterramento localizada ao lado do disjuntor e
comutar a chave da posição “I” para a posição “0” no cubículo B31 do disjuntor do cabo 1 Norte e no cubículo B32 do disjuntor
do cabo 2 Norte;
b) Retirar o aterramento temporário instalado nas Buchas de AT do transformador de 69/6,6kV.
9.1.2. Desbloqueio
9.1.2.1. Atribuições do SENERG
a) Retirar a placa de aviso “Não opere este equipamento” e cadeado de bloqueio do comando da seccionadora manual (A6Q1) do
ramal de alimentação do transformador 69/6,6kV.
9.1.3. Religamento
9.1.3.1. Atribuições do SENERG:
a) Entrar em contato via rádio ou telefone com a equipe que estiver in loco na subestação Fátima, e confirmar o cumprimento do
item 9.2.1”Retirada do Aterramento Temporário”.
ATENÇÃO: As etapas a seguir só SOMENTE podem ser realizadas após a confirmação da conclusão do item 9.2.1 (executado
pela equipe de manutenção na SE Fátima), e com uso dos EPIs adicionais, constantes no item 4.2.2.
b) No pátio da subestação, utilizando vestimenta FR classe 4, fechar a seccionadora manual (A6Q1) do ramal de alimentação do
transformador 69/6,6kV;
c) inserir o disjuntor do cabo 1 Sul no painel B29;
d) inserir o disjuntor do cabo 2 Sul no painel B30;
e) inserir o disjuntor do cabo 1 Norte no painel B31;
f) inserir o disjuntor do cabo 2 Norte no painel B32;
g) inserir o disjuntor de entrada no painel B28;
h) ligar o disjuntor de entrada (painel B28);
h) Passar a chave “Manual X Automático” do painel B28 para a posição “Automático”.
9.2.1.1. Atribuições do SENERG
Na SE Fátima, no prédio de 6,6 kV:
a) Inserir a alavanca de acionamento no eixo de manobra da seccionadora de aterramento localizada ao lado do disjuntor e
comutar a chave da posição “I” para a posição “0” no cubículo B29 do disjuntor do cabo 1 Sul e no cubículo B30 do disjuntor do
cabo 2 Sul.
9.2.2. Desbloqueio
9.2.2.1. Atribuições do SENERG
a) Retirar placa de aviso “Não opere este equipamento” nas portas dos painéis B29 e B30;
b) Retirar cadeado de bloqueio na trava junto ao pedal de liberação para movimentação no disjuntor do cabo 2 Sul e no disjuntor
do cabo 1 Sul.
9.2.3. Religamento
9.2.3.1. Atribuições do SENERG:
a) Entrar em contato via rádio ou telefone com a equipe que estiver (in loco), na subestação Farrapos, e confirmar o cumprimento
do item 9.1.1”Retirada do Aterramento Temporário”;
ATENÇÃO: As etapas a seguir SOMENTE podem ser realizadas após a confirmação da conclusão do item 9.1.1 (executado
pela equipe de manutenção na SE Farrapos), e com uso dos EPIs adicionais, constantes no item 4.2.2.
b) inserir o disjuntor do cabo 1 Sul no painel B29.
c) inserir o disjuntor do cabo 2 Sul no painel B30;
d) Passar a chave “Manual X Automático” do painel B28 para a posição “Automático”.
10. COMPETÊNCIAS
10.1 Compete ao responsável pela equipe do SENERG realizar a inspeção visual verificando o funcionamento do sistema 6,6 kV
e comunicar ao CCO a saída da equipe da Subestação.
10.2. Compete à equipe do SENERG a desenergização, extração do disjuntor, a constatação da ausência de tensão, o bloqueio, o
aterramento temporário, a sinalização, a remoção de sinalização, a remoção do aterramento temporário, o desbloqueio, a inserção
do disjuntor e energização dos equipamentos envolvidos na manobra.
10.3. Os supervisores de equipe deverão garantir a comunicação permanente entre equipes, de forma clara e precisa, antes de
etapas que sejam condicionantes.
10.4 O uso de EPI é obrigatório para adentrar e executar tarefas dentro da área das subestações, conforme NPG-PES-603 e
relação de EPI definidos pelo SESET.
10.5. A atividade de desenergização objeto desta NPG deverá ser feita por no mínimo dois empregados em cada equipe,
devidamente qualificados, treinados, aptos e autorizados, conforme estabelece o item 05 deste procedimento.
11. TREINAMENTO
SENERG
12.1. O responsável pela liberação de serviço em sistema elétrico será o responsável pela finalização do mesmo. No impedimento
deverá delegar formalmente a tarefa, registrando na OS.
12.2. É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades.
12.3. O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando verificar situação ou condição de risco não
prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível. Incluindo condições atmosféricas desfavoráveis.
12.4. Os casos omissos na presente Norma deverão ser encaminhados e resolvidos pela Diretoria de Operações.
12.5. Compete às unidades organizacionais envolvidas fazer cumprir os dispositivos desta Norma.
12.6. A partir desta data ficam revogados todos e quaisquer dispositivos anteriormente divulgados sobre a matéria.
13. DISTRIBUIÇÃO
13.1 A distribuição de exemplares desta Norma de Procedimento Geral (NPG), na versão impressa, com assinaturas, compete ao
diretor presidente sendo destinados a todos os diretores, assessores, secretarias, gerentes, chefes de unidades organizacionais e
empregados envolvidos, direta ou indiretamente, no objeto desta NPG.
13.2 A divulgação eletrônica deste normativo será dada através do Portal Notes, de duas formas, por intermédio do aplicativo
Resolução da Diretoria Executiva e do aplicativo Normas Internas.