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Melhor Sentir e Aprender

Kit para Educadores e Professores

SETEMBRO DE 2020
EQUIPAS PIICIE – COMUNIDADE INTERMUNICIPAL DA REGIÃO DE LEIRIA
Melhor Sentir e Aprender - Kit para Educadores e Professores

Melhor Sentir e Aprender - Kit para Educadores e Professores

Leia atentamente este documento antes de começar a aplicar este Kit, pois contém
informação importante para si.

Aplique este Kit exatamente como está descrito neste documento.


 Conserve este documento. Pode ter necessidade de o ler novamente;
 Caso precise de esclarecimentos ou conselhos, consulte a equipa PIICIE CIM RL;
 Se tiver quaisquer efeitos secundários, partilhe com outros docentes;
 Se não sentir quaisquer efeitos, consulte a equipa PIICIE CIM RL, para discutir novas
estratégias.

O que contém este documento:


1. Importância de aplicar o Kit
2. O que é o Kit?
3. O que precisa de saber antes de aplicar o Kit?
4. Como aplicar o Kit?
5. Efeitos secundários
6. Como conservar o Kit?
7. Ficheiros anexos ao Kit

1. Importância de aplicar o Kit


Pouco falta para as escolas reabrirem portas às rotinas do “antigamente”, agora com algumas
(muitas) mudanças. Sabemos que o ensino à distância trouxe consigo imensos desafios e
possivelmente grandes repercussões a curto, médio e longo prazo, no desenvolvimento
cognitivo, emocional, físico e social das nossas crianças. Dadas as suas caraterísticas
desenvolvimentais, as crianças parecem ser mais frágeis do ponto de vista psicológico, perante
a situação pandémica que vivemos.

A investigação demonstra que as crianças e adolescentes parecem ser mais propensos ao stress
devido a mudanças ou acontecimentos que afetam a sua rotina familiar ou a sua vida escolar. A
forma como elas reagem aos eventos stressores depende do nível de exposição a esse evento,
da idade, género, funcionamento psicológico, personalidade, cultura e ambiente, que inclui a
influência dos adultos com quem interagem nos diversos contextos onde estão inseridas

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(Compas, 1987). As crianças confiam nos adultos para assegurarem as suas necessidades
primárias (Shaffer & Kipp, 2013), onde estão incluídas as suas necessidades de suporte
emocional (Bowlby,1969). Deste modo, as crianças processam as suas emoções com base no
que lhes é transmitido pelos adultos cuidadores (Coyne et al., 2020; Hatfield et al., 1994), não
só através do que lhes é ensinado, mas principalmente por aquilo que observam na forma como
esses adultos vivem as suas próprias emoções.

A maioria das crianças tendem a apresentar efeitos psicológicos transitórios perante um evento
stressante, como o que vivemos. Contudo, em alguns casos, onde a exposição ao evento
causador de stress é prolongada, algumas crianças poderão começar a evidenciar sintomas
característicos de psicopatologia (como por exemplo depressão, problemas de comportamento,
ansiedade, stress pós-traumático; Danese, Smith, Chitsabesan, & Dubicka, 2020).

A situação de isolamento obrigou as crianças e as famílias a se adaptarem a novas rotinas, como


o ensino à distância. Após este período, a expectativa de um regresso ao ensino presencial pode
provocar emoções diversas nas crianças e famílias, mas também nos professores e educadores.
Este regresso irá implicar, mais uma vez, uma readaptação, principalmente social e emocional.
Os desafios decorrentes de um regresso com muitas condicionantes, ao nível dos cuidados de
higiene e segurança para a saúde de todos, são uma realidade. Contudo, não são os únicos. A
reabertura das escolas traz consigo outros desafios, como a compensação das aprendizagens
perdidas ou pouco cimentadas, decorrentes do ensino à distância. Mas, é nas necessidades
socioemocionais que recai o outro prato da balança, para se assegurar o menor impacto possível
desta pandemia no desenvolvimento das crianças.

O modo como se realizará o acolhimento aos alunos no início do ano letivo será determinante
para o sucesso da sua (re)integração no espaço físico e social da escola.

2. O que é o Kit?

Este Kit pretende ser uma ferramenta para vocês, professores e educadores, neste processo de
auxiliar as crianças na sua readaptação ao nível socioemocional, ao contexto escolar e rotinas.

Apesar de sabermos que as crianças têm uma capacidade incrível de se adaptarem às mudanças,
ambientes que lhes transmitam segurança, confiança e abertura para falarem sobre o que

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sentem, aumentam a probabilidade da sua adaptação ser bem-sucedida, reforçando, mais uma
vez, o efeito do ambiente no bem-estar socioemocional das crianças.

Espera-se que, algumas crianças poderão vir a evidenciar dificuldades sociais e emocionais com
o regresso à escola presencial, especialmente pelas alterações que ocorrerão no ambiente
escolar, devido às condicionantes associadas aos cuidados de higiene e segurança. A
necessidade de distanciamento social, a impossibilidade de contacto físico e de partilha de
materiais, são alguns fatores que poderão tornar o regresso mais difícil, não esquecendo a
possível presença de ansiedades e medos pela separação natural das figuras cuidadoras, com
quem a maioria das crianças passou mais tempo durante o isolamento social. O regresso ao
contacto social com os pares, é por si só, um fator que poderá ser gerador de ansiedade para as
crianças, principalmente para aquelas que não mantiveram os contactos por outras vias
(exemplo, videochamadas, mensagens, telefonemas). Estas dificuldades fazem parte do
processo de adaptação da criança à “nova” realidade e com o avançar do ano letivo espera-se
que sejam ultrapassadas com naturalidade, para a grande maioria das crianças. Contudo, deve-
se ter especial atenção para as crianças que anteriormente já evidenciavam dificuldades
cognitivas, sociais, emocionais ou comportamentais, e que estas mudanças poderão ter
exacerbado as mesmas. O mesmo se alerta em relação às crianças inseridas em contextos
sociais, também eles fragilizados pelo impacto da pandemia, e que aumentam a vulnerabilidade
da criança para a instabilidade emocional, muitas vezes refletida não são nos seus
comportamentos, mas também no relacionamento com os pares e aprendizagens. O suporte
adicional para estas crianças é essencial.

Assim, sendo indiscutível o papel crucial dos professores e educadores neste suporte das
crianças no seu regresso à escola presencial, sugerimos um leque de atividades que poderão
adaptar com as vossas crianças, numa perspetiva de prevenção e promoção de competências
socioemocionais essenciais para que as aprendizagens ocorram de forma efetiva.

Todo o documento assenta na ideia de que crianças emocionalmente estáveis, estão mais
predispostas e disponíveis, do ponto de vista dos seus recursos psicológico, para aprender.

Sugerimos que, uma vez por semana, durante as primeiras 5 semanas, o educador ou professor
disponibilize às crianças um espaço onde as questões emocionais e sociais possam ser
abordadas, através de pequenas atividades que servirão de mote à partilha e reflexão conjunta

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das emoções, dificuldades, pensamentos e dúvidas das crianças, perante tudo o que
vivenciámos e que estamos a vivenciar.

Neste espaço pretende-se facilitar a discussão e reflexão das crianças sobre a pandemia, dar
abertura para a partilha de sentimentos e pensamentos, estimular as interações sociais e
permitir a busca conjunta de estratégias para resolução das dificuldades de cada um.

3. O que precisa de saber antes de aplicar o Kit?

Para aplicação do Kit deverá seguir as seguintes orientações:

 Reconheça que é natural que as crianças regressem com saudades, sedentos de


comunicar e interagir com os pares e os professores. E, portanto, será necessário ajudar
a reconhecer que todos precisam de tempo para processar o período de isolamento e o
de regresso à escola;
 Reconheça que a produtividade e o envolvimento dos alunos possam não ser,
inicialmente, os mesmos que tinham anteriormente. É possível que sinta que tem de
conhecer novamente os seus alunos, para poder adaptar a forma como ensina ao seu
ritmo de aprendizagem, capacidade de concentração e motivação atual para a
aprendizagem;
 Restabeleça o contacto com os pais/cuidadores das crianças, dando e recebendo
feedback sobre possíveis alterações emocionais e comportamentais da criança. Procure
perceber quais são as preocupações dos pais/cuidadores e se os seus educandos
manifestam algum medo, tristeza, frustração ou angústia perante o regresso;
 Procure saber se houve alguma situação específica que tenha causado impacto no meio
social mais próximo (família ou amigos). Considere, por exemplo, alterações na família
que possam derivar da situação pandémica e suas consequências diretas e indiretas (ex.
divórcios, ausência de um dos elementos, mortes, residência alternada que não foi
realizada);
 Tranquilize os pais/cuidadores informando de todos os procedimentos que estão a ser
adotados para o regresso ao espaço escolar e reforçando que contam com eles como
parceiros nesta nova etapa;

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 Adequando à faixa etária em questão, prepare o espaço de forma atrativa e acolhedora


e, na preparação dos equipamentos de proteção, tenha em consideração elementos
divertidos e estimulantes (ex., quase como se de um jogo se tratasse; utilize máscaras
atrativas, etc), para diminuir o seu impacto negativo;
 Reforce a tolerância e a paciência. As crianças tiveram alterações nas rotinas, nos limites
impostos, no convívio familiar, nos hábitos e nas relações estabelecidas. É necessário
respeitar o seu ritmo de readaptação;
 Monitorize as alterações de comportamento da criança. As crianças podem responder
ao stress de formas diferentes, por exemplo: podem pedir mais colo; mostrar mais
dependência, ansiedade, agitação ou zanga; isolaram-se; chorarem com maior
frequência; experienciar alterações de humor; aumento ou diminuição do apetite;
estarem menos concentradas, etc. Responda às reações da criança sendo compreensivo
e mostrando apoio;
 Envolva as crianças no planeamento das próximas semanas de escola, de forma a que
se impliquem e se responsabilizem pelas aprendizagens e atividades a realizar. Negoceie
tempos de interação livre e tempos de concentração e cooperação na aprendizagem;
 Utilize, em todas as sessões, uma atitude cooperativa onde explora as ideias,
sentimentos e opiniões das diferentes crianças (todas ela válidas) e só depois consolide
a informação com uma atividade mais lúdica;
 Lembre-se que não há respostas certas nem erradas. O objetivo é permitirmos um
espaço onde a criança se possa expressar sem qualquer tipo de julgamento. Possibilite
à criança que explique a sua ideia mesmo que possa parecer um disparate, dizendo algo
como “olha parece-me uma ideia interesse, que outras ideias podemos ter?” (por
exemplo na exploração de estratégias para lidar com determinada emoção).
 Garanta que as preocupações e dúvidas das crianças são ouvidas. Perante as dúvidas
colocadas pela criança, por exemplo “Quando é que o vírus se vai embora?”, questione
primeiro o que ela sabe acerca disso e o que a está a preocupar, e consoante a sua
resposta ajuste a informação, tendo em conta a idade da criança e o que ele já sabe;
 Incentive as crianças a expressar as suas emoções, proporcione sentimentos de
confiança e segurança, disponibilizando-se para o diálogo e validando o que sentem. Se
a idade das crianças o permitir, dialogue e explore, com frequência, as suas
preocupações e a forma como estão a vivenciar a fase de reintegração ou de começo de
ano letivo, encorajando-as a pedir ajuda sempre que necessário. Compreenda e

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normalize o que a criança está a sentir. Dê oportunidade à criança para expressar os


seus sentimentos e receios, não desvalorizando ou julgando o que contam;

As crianças podem sentir emoções diferentes perante a situação que vivemos. Podem se sentir ansiosas,
com medo, assustadas, com raiva, frustradas, tristes, ou até mesmo alegres por todo o tempo que
estiveram em casa. Poderão também sentir-se confusas e ser difícil definirem que emoção sentem. Dê
oportunidade à criança para expressar os seus sentimentos e receios, não desvalorizando ou julgando
o que contam;
É muito importante normalizar, dizendo algo como:
“É normal sentires-te com medo. Há muita gente que neste momento sente o mesmo que tu. O nosso
dia-a-dia mudou rapidamente e ouvimos falar de muita coisa na tv e nas conversas que os adultos têm,
e isso pode-te deixar preocupado e com medo. Podes sentir o coração a bater mais rápido, um nó na
barriga ou até te podes sentir mais irrequieto(a). Mas não há problema, é normal que sintas tudo isso!
Também te podes sentir confuso. Lembra-te que não estás sozinho. Todos estamos na mesma situação.
Também é normal que sintas todos os dias emoções muito diferentes.”
Tente ajudá-las a encontrar formas de se sentir melhor, dizendo algo como:
“Como achas que te podemos ajudar? O que podes fazer que te faria sentires melhor?”

 Exprima os seus próprios sentimentos, como forma de ajudar as crianças a aprenderem


a expressar sentimentos e a regular as suas reações emoções. Assim estará a estimular
a que a criança utilize linguagem emocional, permitindo aumentar a capacidade de
regular as suas reações emocionais. Utilize frase como: “durante estes meses que
estivemos em casa senti-me triste por estar longe de todos vocês, mas depois quando
falávamos por videochamada já me sinta mais feliz”; “também sinto medo por alguém
da minha família poder estar doente, mas sei que se todos lavarmos muitas vezes as
mãos e mantivermos a distância social possivelmente não ficaremos doentes”;
 Transmita confiança. É bom lembrar que tudo tem um lado positivo! Assim, partilhe que
os profissionais de saúde, investigadores e cientistas estão a trabalhar diariamente para
combater o covid-19 e manter-nos seguros. Reforce que as crianças podem ter um papel
importante para nos manterem a todos seguros;
 Não sobrecarregue as crianças com demasiada informação, correndo o risco de as
deixar mais confusas e ansiosas por não terem maturidade suficiente para processar
tudo o que lhe é transmitido;

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 Caso note nas crianças alterações emocionais, sociais e/ ou comportamentais em


alguma criança que sejam persistentes e significativas, articule com os cuidadores da
mesma e coloquem a possibilidade de recorrer ao apoio de um Psicólogo;
 Lembre-se de cuidar de si, dentro e fora do contexto escolar. Cuidar de si é essencial
para que possa ensinar os alunos e permitir que eles continuem a aprender. Preste
atenção ao seu estado emocional e físico, respeite os seus limites. Lembre-se que é
natural sentir ansiedade, medo, frustração, culpa, exaustão ou incapacidade.
Concentre-se no aqui e agora e na resolução de problemas. Diga STOP aos pensamentos
mais ansiosos e recorra a estratégias que o possam ajudar a gerir a sua própria
ansiedade. Use o humor como uma das formas para manter a sua saúde psicológica.
Explore diferentes estratégias de autocuidado. As estratégias de autocuidado são
diferentes de pessoa para pessoa, não existe uma forma única de nos protegermos e
cuidarmos. Tente estratégias diferentes até ter uma “caixa de ferramentas” completa:
atividades que lhe deem energia, atividades que o ajudem a desanuviar, atividades que
o confortem em dias particularmente difíceis. Se precisar, peça ajuda a um psicólogo.

4. Como aplicar o Kit?

De seguida poderá encontrar sugestões de atividades que pode e deve adaptar de acordo com
o que sinta que é mais adequado para o seu grupo/turma e que se sinta mais confortável para
utilizar. Os materiais apresentados são meramente exemplificativos, podendo serem utilizados
ou criados outros materiais semelhantes. Algumas das atividades e documentos partilhados
poderão ser, igualmente, disponibilizados às famílias a fim de se promover a comunicação sobre
estas temáticas no seio familiar.

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1ª Sessão
Objetivo: Reforçar a importância das medidas de higiene e segurança para que a criança e todos
os elementos da comunidade educativa se sintam seguros no ambiente escolar.

Atividade: Em grande grupo explorar com as crianças o que é o Covid-19, sintomas que causa e
as medidas de higiene e segurança necessárias. Por forma a consolidar essas informações,
sugere-se a utilização de fantoches, bonecos ou vídeos para o reforço dessas medidas.
Importante também explorar o que as crianças devem fazer se se sentirem doentes (por
exemplo se lhe dói a cabeça, a barriga ou se sentem quentes ou muito cansados) e como dar
conforto (sem contacto físico) a alguém que se sente doente (para se cultivar a empatia e os
comportamentos de cuidar).

Materiais: Fantoches, bonecos, vídeos

Recursos:
Vídeos Ficheiros

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2ª Sessão
Objetivo: Permitir que as crianças se sintam ouvidas e compreendidas e parte integrante de um
grupo que vivenciou diferentes experiências durante o isolamento social.

Atividades: Estimular a partilha de experiências e vivências durante o isolamento social (ex:


perdas, conquistas, alterações, dificuldades...) verbalmente, através de desenho, da escrita ou
da exploração de uma história (por vezes ajuda a estimular a partilha e discussão em grupos
com crianças menos participativas).
Conforme vão surgindo as partilhas, é essencial explorar as emoções que vão surgindo: Dar um
nome ao que a criança sentiu, o que fez para se sentir melhor e como a podemos ajudar em
momentos em que essa emoção surge. Através da partilha de cada criança, estimular a que as
outras crianças também se identifiquem com essa mesma emoção e que partilhem estratégias
que utilizaram/utilizam para gerir a mesma. No caso de alguma das emoções básicas não surgir
durante a reflexão conjunta, sugere-se que o docente explore as restantes emoções com o
grupo, como sendo outras possíveis emoções que poderiam ter surgido. Reforçar que cada
criança sente à sua maneira e não há problema nenhum com isso. Não desvalorizar nunca o que
cada um sente. Não há sentimentos certos nem errados. Mais uma vez sugere-se a utilização de
um fantoche como a figura que guia a conversa com as crianças tanto do ensino pré-escolar
como do 1º e 2º ano.

Materiais: folhas brancas, história, imagens das diferentes emoções, fantoche

Recursos:

Ficheiros (disponibilizados em anexo)

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Jogos online

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Livros com atividades Vídeos

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3ª Sessão:
Objetivo: Sensibilizar as crianças para a mudança e imprevisibilidade dos acontecimentos.

Atividade: Com crianças do 1º ciclo questionar sobre o que mudou com o aparecimento do
COVID-19 (na família, na rotina, com os amigos, na escola…) através de brainstorming (apontar
no quadro, flipchart ou no computador). Com crianças do ensino pré-escolar utilizar um livro
onde são exploradas as mudanças na vida de uma criança, promovendo a reflexão conjunta,
através de exemplos de outras mudanças que ocorrem naturalmente na natureza, nos animais,
nas estações do ano, no desenvolvimento da criança, na escola. Nessa reflexão poderá ser
importante distinguir mudanças previsíveis (quando sabemos o que vai acontecer), de
mudanças imprevisíveis (quando não sabemos que vai acontecer), remetendo sempre para as
vivências de cada criança. Mais uma vez sugere-se a utilização de um fantoche como a figura
que guia a conversa com as crianças tanto do ensino pré-escolar como do 1º e 2º ano.

Materiais: quadro, flipchart ou computador, fantoche

Recursos:
Vídeos Ficheiro

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4ª Sessão:
Objetivos: Capacitar as crianças de estratégias para saberem lidar com as mudanças implícitas
no regresso à escola presencial.

Atividade: Questionar as crianças sobre o que mudou com o regresso à escola (tanto ao nível
escolar como familiar). Será importante incentivar a partilha de mudanças não só ao nível da
dinâmica de funcionamento da escola, mas também ao nível das implicações socioemocionais e
da aprendizagem. Refletirem conjuntamente sobre o que está a ser mais difícil e mais fácil de
lidar. Perante as dificuldades, encontrarem estratégias para conseguirem tornar essa mudança
mais fácil. Importante reforçar positivamente as crianças que já adquiriram estratégias, na
medida em que estas poderão servir de modelo para as outras crianças, incentivando a partilha
e cooperação. Mais uma vez sugere-se a utilização de um fantoche como a figura que guia a
conversa com as crianças tanto do ensino pré-escolar como do 1º e 2º ano.

Materiais: Fantoche

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5ª Sessão:
Objetivo: Dotar as crianças de recursos pessoais que poderão recorrer quando se sentirem
menos bem.

Atividade: Para o 1º ciclo elaborar uma lista de estratégias para recorrerem quando se sentirem
menos bem, onde se inclui o círculo de pessoas que também podem ser apoio para eles nesses
momentos (recorrendo ao já identificado nas sessões anteriores e que poderá estar afixado na
sala de aula). Para o ensino pré-escolar, estimular as crianças a fazerem desenhos a representar
uma estratégias que cada um identifique ou a educadora arranjar desenhos com estratégias e
eles escolherem a que se identificam mais e pintarem. Poderá ser importante a criação de uma
caixa de primeiros socorros para a grupo/turma, ou cada criança poder construir a sua própria
caixa, para guardar os materiais elaborados por eles ao longo das 5 sessões, podendo servir de
recurso para o futuro.

Materiais: quadro, flipchart, caixa

Recursos:
Ficheiros (disponibilizados em anexo)

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(adaptar ao contexto escolar)

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5. Efeitos secundários
Se sentir os seguintes efeitos secundários, é porque a aplicação do Kit está a funcionar:

 Sente-se mais seguro e consegue garantir a segurança do grupo/turma;


 Sente-se mais tranquilo como docente;
 Conhece melhor as suas crianças na sua individualidade;
 Sente-se mais acarinhado pelas crianças;
 Sente maior proximidade afetiva com as crianças;
 Sente-se mais compreensivo, mais tolerante, mais resiliência, mais flexível;
 Sente-se mais feliz;
 ou outros aqui não especificado, mas que são igualmente válidos!

6. Como conservar o Kit


Manter num lugar de destaque e de fácil acesso para todos recorrerem sempre que seja
necessário.

7. Ficheiros anexos ao Kit


 Termómetro das emoções
 Imagens de 6 expressões emocionais
 Imagem de rosto para colocar expressões emocionais

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