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Estágio de Formação de Pregoeiros

com ênfase na Lei nº 10.520/2002

Instrutor
Maj Jorge Carlos Vogelmann Jr

Fontes do Material:

Campo Grande/MS, 10 de março de 2020


Objetivo
O Estágio de Formação de Pregoeiros tem o objetivo de capacitar os discentes
para realizar todos os procedimentos de uma licitação na modalidade pregão.
Para tanto, propicia a exploração detalhada e prática dos conceitos legais
estabelecidos pela Lei nº 10.520, de julho de 2002 e pelos Decretos que a
regulamentam. Ao final do Estágio espera-se que o aluno detenha conhecimento
completo do cenário relacionado à sessão do pregão, focando tanto na atuação
do pregoeiro e equipe de apoio quanto nas ações do licitante.
Sumário

Introdução

Conceitos e Características Gerais

Processo Licitatório na modalidade Pregão

Pregão Presencial

Pregão Eletrônico

Aspectos controversos

Conclusão
Introdução FASE PRELIMINAR À LICITAÇÃO
DECISÃO DE LICITAR

LICITAÇÃO – FASE INTERNA

Pregão
PUBLICAÇÃO DO EDITAL

LICITAÇÃO – FASE EXTERNA


HOMOGAÇÃO

ASSINATURA DA ATA DE

ETAPAS DO REGISTRO DE PREÇOS

PROCESSO DE PUBLICAÇÃO DA ARP

CONTRATAÇÃO FASE CONTRATUAL


ASSINATURA DO CONTRATO

PUBLICAÇÃO DO CONTRATO

RECEBIMENTO DEFINITIVO

USO EFETIVO DO BEM ou SERVIÇO


Legislação do Pregão
• Lei Complementar nº 123/2006 - Institui benefícios a Micro e Pequena Empresa;
Aplicação subsidiária
• Lei nº 8.666/1993 - Institui a Lei Geral de Licitações e Contratos; (art. 9º da Lei 10.520)

• Lei nº 10.520/2002 - Institui a modalidade Pregão; Aplicação a todos os entes federados

• Decreto nº 3.555/2000 - Regula o Pregão;


Em vigor para os processos
• Decreto nº 5.450/2005 - Regula o Pregão Eletrônico; iniciados até 28 OUT 2019
• Decreto nº 8.538/2015 - Regula o tratamento favorecido as ME/EPP;
• Decreto nº 10.024/2019 - Regula o Pregão Eletrônico.

Legislação Histórica:
• Lei nº 9.472/1997 - Cria a ANATEL; • Dec nº 3.697/2000 - Pregão Eletrônico;
• MP nº 2.026/2000 (2.182-18) - Institui a modalidade Pregão
Conceito de Pregão
Etimologia: do Latim praeco, praeconium, depraeconari,
que significa anunciar em voz, proclamar, apregoar.
Fonte: De Plácido e Silva (2007)

Pregão é uma modalidade de licitação, do


tipo menor preço, em que a disputa para o
fornecimento de bens ou serviços
comuns, de qualquer valor,
é feita em sessão pública,
por meio de propostas e
lances sucessivos.
Conceito de Pregão
Evolução do Pregão
Objetivo do Pregão
Conferir maior eficiência e celeridade aos
procedimentos licitatórios realizados pela
Administração para aquisição de bens e serviços
comuns e, ao mesmo tempo, reduzir custos
operacionais do órgão ou entidade contratante e
aumentar a competitividade entre os licitantes e,
com isso, buscar reduzir os preços contratados.
por SEVERO, Marizete Jaques. Pregão Eletrônico (2014)
Características do Pregão
 Não há limite de valor;
 Inversão de fases do processo licitatório;
 Redução de preços (fase de lances);
 Agilidade (recursos, prazos, adjudicação, etc.);
 Utilização do Sistema de Registro de Preços;
 Eletrônico: processo todo pela internet;
 Utiliza os tipos menor preço ou maior desconto;
 Apenas para aquisição de bens e sv comuns;
 Maior responsabilidade do pregoeiro.
Benefícios atingidos com o uso do pregão eletrônico
 Economia média de 29% nos preços obtidos;
 Redução do prazo para contratar:
Pregão – 17 dias
Convite – 22 dias
Tomada de Preços – 90 dias
Concorrência – 120 dias

 Eliminação do Fracionamento da Despesa;

 Redução do custo do processo licitatório.


Fonte: SLTI/ME
Proposta mais vantajosa no pregão
Art. 4º, inc. X, da Lei 10.520/02

PL 1292/95 - Art. 34 - O julgamento por menor


preço ou maior desconto (...) considerará o menor
dispêndioparaaAdministração(...).
§ 1º Os custos indiretos, relacionados com
as despesas de manutenção, utilização,
reposição, depreciação e impacto
ambiental, do objeto licitado, entre outros
fatores vinculados ao seu ciclo de vida,
poderão ser considerados para a definição
do menor dispêndio, sempre que
objetivamente mensuráveis, conforme
dispuser regulamento.
Quando escolher o Pregão?
Decreto nº 10.024/2019
Art. 1o, § 1º - § 1º A utilização da modalidade de pregão, na forma
eletrônica, pelos órgãos da administração pública federal direta, pelas
autarquias, pelas fundações e pelos fundos especiais é obrigatória.

A decisão sobre a inviabilidade de utilização do pregão deve ser


justificada pelo dirigente, de forma motivada e circunstanciada.

Decreto nº 10.024/2019
Art. 1º, § 3º - Para a aquisição de bens e a contratação de serviços
comuns pelos entes federativos, com a utilização de recursos da
União decorrentes de transferências voluntárias, tais como convênios e
contratos de repasse, a utilização da modalidade de pregão, na forma
eletrônica, ou da dispensa eletrônica será obrigatória, (...).
Quando escolher o Pregão?
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 206, DE 18 DE OUTUBRO DE 2019
Estabelece os prazos para que órgãos e entidades da administração
pública estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, utilizem
obrigatoriamente a modalidade de pregão (...) transferências
voluntárias, tais como convênios e contratos de repasse, para a
aquisição de bens e a contratação de serviços comuns.

I - a partir da data de entrada em vigor desta Instrução Normativa, para os Estados,


Distrito Federal e entidades da respectiva administração indireta;
II - a partir de 3 de fevereiro de 2020, para os Municípios acima de 50.000 (cinquenta
mil) habitantes e entidades da respectiva administração indireta;
III - a partir de 6 de abril de 2020, para os Municípios entre 15.000 (quinze mil) e
50.000 (cinquenta mil) habitantes e entidades da respectiva administração indireta; e
IV - a partir de 1º de junho de 2020, para os Municípios com menos de 15.000
(quinze mil) habitantes e entidades da respectiva administração indireta.
Mas, o que são bens e serviços comuns?
Lei nº 10.520/02 - Art. 1º (...)
Parágrafo único. Consideram-se bens e
serviços comuns, para os fins e efeitos
deste artigo, aqueles cujos padrões de
desempenho e qualidade possam ser
objetivamente definidos pelo edital,
por meio de especificações usuais no
mercado.

usuais no mercado = bens em prateleira


Mas, o que são bens e serviços comuns?
Bens e serviços comuns são aqueles
Bens e serviços comuns são ofertados,
rotineiros, usuais, sem maiores
em princípio, por muitos fornecedores e
complexidades e cuja especificação é
comparáveis entre si com facilidade.
facilmente reconhecida pelo mercado.
Manual TCU
Murilo Jacoby

“bem ou serviço comum é aquele que apresenta sob identidade e características


padronizadas e que se encontra disponível, a qualquer tempo, num mercado próprio”
Marçal Justen Filho

CONCEITO JURÍDICO INDETERMINADO


Certeza Certeza
Positiva Negativa
Absoluta Absoluta
Posição do TCU quanto ao uso do Pregão
ACÓRDÃO Nº 9876/2019 - TCU - 2ª Câmara

9.4. dar ciência (...), com base no art. 7º da Resolução TCU 265/2014, das
seguintes impropriedades (...), para que sejam adotadas medidas internas com
vistas à prevenção de outras ocorrências semelhantes nas edições futuras de
eventos da espécie:

9.4.1. indicação de modalidade concorrência e tipo técnica e preço, em


detrimento da realização de pregão, sem as devidas justificativas, muito
embora os serviços tenham cunho eminentemente comum e não guardem
predominância intelectual, contrariando o art. 46 da Lei 8.666/1993 e o art. 4º do
Decreto 5.450/2005;
Não pode ser adquirido pelo Pregão
Lei nº 10.520/2002 - art. 1º
• Bens e serviços por encomenda e incomuns
Decreto nº 3.555/2000 - art. 5º e Decreto nº 10.024/2019 - art. 4º
• Obras de engenharia
• Locações imobiliárias e alienações em geral
• Bens e serviços especiais, incluídos os serviços de engenharia
Decreto nº 7.174/2010 - art. 9º
• Bens e serviços de informática com fornecedor exclusivo
§ 1o A licitação do tipo menor preço será exclusiva para a aquisição de bens e serviços de
informática e automação considerados comuns (...)
§ 2o Será considerado comum o bem ou serviço cuja especificação estabelecer padrão
objetivo de desempenho e qualidade e for capaz de ser atendida por vários fornecedores,
ainda que existam outras soluções disponíveis no mercado.
Pode-se utilizar pregão para serviços de engenharia?
• Lei nº 10.520/02: omissa

• Decreto nº 3.555/00: veda p/ obras e serviços de engenharia


Art. 5º A licitação na modalidade de pregão não se aplica às contratações
de obras e serviços de engenharia (...)
• Decreto nº 5.450/05: vedava apenas p/ obras de engenharia
Art. 6º A licitação na modalidade de pregão, na forma eletrônica, não se
aplica às contratações de obras de engenharia (...)
• Decreto nº 10.024/19: veda p/ obras e serviços de engenharia
Art. 4º O pregão, na forma eletrônica, não se aplica a:
I - contratações de obras;
II - locações imobiliárias e alienações; e
III - bens e serviços especiais, incluídos os serviços de engenharia (...)
Pode-se utilizar pregão para serviços de engenharia?

• SÚMULA Nº 257/2010 - TCU


O uso do pregão nas contratações de serviços comuns
de engenharia encontra amparo na Lei nº 10.520/02.

• Acórdão nº 2312/2012 – TCU – Plenário


A utilização de pregão para a contratação de obras de
engenharia afronta o disposto no art. 1º e em seu
parágrafo único da Lei 10.520/2002
Pode-se utilizar pregão para serviços de engenharia?
Orientação Normativa/AGU nº 54, de 25/04/2014
"Compete ao agente ou setor técnico da
administração declarar que o objeto licitatório é de
natureza comum para efeito de utilização da
modalidade pregão e definir se o objeto corresponde a
obra ou serviço de engenharia, sendo atribuição do
órgão jurídico analisar o devido enquadramento da
modalidade licitatória aplicável."
Pode-se utilizar pregão para serviços de engenharia?
Proposta do CAU para alteração do
Resolução nº 1.116, do CONFEA
Decreto n° 5.450/2005
Pode-se utilizar pregão para serviços de engenharia?
Implicações das deliberações do CONFEA e CAU

Serviço de Engenharia Cabe RDC


Especializado ou Lei 8666
Manutenção Necessita
predial Engenheiro e ART?
Cabe
NBR 16280:2015 Serviço Geral (comum)
Pregão
Lei nº 6496/1977
Lei nº 5194/1966
Decreto nº 23569/1933

OBS: A ART identifica o responsável técnico por um serviço prestado ou uma obra realizada. De acordo
com a Lei nº 6.496/77, todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de
quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia fica sujeito à
“Anotação de Responsabilidade Técnica” (ART).
Pode-se utilizar pregão para serviços de engenharia?
Acórdão nº 713/2019 - TCU/P: “são serviços comuns, tornando obrigatório o uso do
pregão, preferencialmente em sua forma eletrônica, os serviços de engenharia
consultiva com padrões de desempenho e qualidade que possam ser objetivamente
definidos no edital de licitação, por meio de especificações usuais no mercado”.
Decreto nº 10.024/2019:
Art. 3º - VIII - Serviços comuns de engenharia: atividade ou conjunto de atividades
que necessitam da participação e do acompanhamento de profissional engenheiro
habilitado, nos termos do disposto na Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e
cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pela
administração pública, mediante especificações usuais de mercado.

PL 1292/1995 e 6814/2017:
Art. 84 - A Administração poderá contratar a execução de obras e serviços de
engenharia pelo sistema de registro de preços, (...).
Vide art. 29, § único
Princípios Aplicáveis ao Pregão
Princípios = preceito, regra a ser seguida
“sem recorrer aos princípios, não se alcança a essência
da modalidade pregão e, em razão disso, muitas questões
a respeito delas são interpretadas de forma equivocada”.
Joel de Menezes Niebuhr

Decreto nº 3.555/00 - Art. 4° - Parágrafo Único.


As normas disciplinadoras da licitação serão sempre
interpretadas em favor da ampliação da disputa entre os
interessados, desde que não comprometam o interesse da
Administração, a finalidade e a segurança da contratação.
Princípios Aplicáveis ao Pregão
Princípios da Licitação Princípios Gerais Princípios do Pregão
Legalidade

Seleção da proposta vantajosa Impessoalidade Celeridade


Para todas as Modalidades

Isonomia Moralidade Competitividade

Igualdade Publicidade Comparação Objetiva


Publicidade Eficiência Razoabilidade
Probidade Administrativa Proporcionalidade
Vinculação ao Edital Finalidade
Julgamento Objetivo Justo Preço
Impessoalidade
Seletividade
Moralidade

Legenda: art. 37, caput, CF/88


art. 3º, caput, Lei nº 8.666/93
art. 4°, Decreto 3.555/00
Instrução do Processo de Pregão – FASE INTERNA
Processamento do Pregão
Podemos dividir, de forma acadêmica, o Pregão em duas
fases distintas: a Fase INTERNA e a Fase EXTERNA.

Fase INTERNA ou PREPARATÓRIA:


Inicia-se com o pedido para aquisição, finda com a
aprovação, pela Assessoria Jurídica, do edital e seus anexos.

Fase EXTERNA:
Inicia-se com a divulgação do edital, finda com a
homologação dos atos.
Fases do Pregão

Art. 3º da Lei 10.520/02 Art. 4º da Lei 10.520/02


 Credenciamento

Fase Externa
 Pedido
Fase Interna

 Pesquisa de Preços  Recebimento das propostas


 Estudo Técnico Preliminar  Classificação das propostas
 Mapa de Risco  Etapa de lances
 Justificativa da Contratação  Negociação
 Termo de Referência  Aceitação da proposta vencedora
 Designação do Pregoeiro  Habilitação
 Abertura da Licitação  Elaboração da Ata do Certame
 Indicação de Recursos Orçamentários  Etapa recursal
 Elaboração do Edital  Adjudicação
 Análise Jurídica  Homologação
Instrução do Processo de Pregão
Decreto nº 10.024/2019 - Art. 8º - O processo relativo ao pregão, na forma
eletrônica, será instruído com os seguintes documentos, no mínimo:
I - estudo técnico preliminar, quando necessário;
II - termo de referência;
III - planilha estimativa de despesa;
IV - previsão dos recursos orçamentários necessários, com a indicação das rubricas,
exceto na hipótese de pregão para registro de preços;
V - autorização de abertura da licitação;
VI - designação do pregoeiro e da equipe de apoio;
VII - edital e respectivos anexos;
VIII - minuta do termo do contrato (...) ou minuta da ata de registro de preços (...)
IX - parecer jurídico;
X - documentação exigida e apresentada para a habilitação;
XI- proposta de preços do licitante;
XII - ata da sessão pública
XIII - comprovantes das publicações
XIV - ato de homologação
Designação do Pregoeiro e Equipe
Lei nº 10.520/02 - Art. 3° - inc. IV - A autoridade competente designará, dentre os servidores
do órgão ou entidade promotora da licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio...

Art. 3°, § 1° - A equipe de apoio deverá ser integrada em sua maioria por
servidores ocupantes de cargo efetivo ou emprego da administração, preferencialmente
pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do evento.

Dec nº 3.555/2000
Art. 7, § Único - Somente poderá
atuar como pregoeiro o servidor
que tenha realizado capacitação
específica para exercer a
atribuição.
Designação do Pregoeiro e Equipe
Decreto n.º 10.024/2019 - Art. 13 – Caberá à autoridade competente (...):
I - designar o pregoeiro e os membros da equipe de apoio;
Art. 16 - Caberá à autoridade máxima do órgão ou da entidade (...) designar agentes públicos
para o desempenho das funções deste Decreto, observados os seguintes requisitos:
I - o pregoeiro e os membros da equipe de apoio serão servidores do órgão ou da
entidade promotora da licitação; e
II - os membros da equipe de apoio serão, em sua maioria, servidores ocupantes de cargo
efetivo, preferencialmente pertencentes aos quadros permanentes do órgão ou da
entidade promotora da licitação.
§ 2º (...) o pregoeiro e os membros da equipe de apoio poderão ser designados para uma
licitação específica, para um período determinado, admitidas reconduções, ou por
período indeterminado, permitida a revogação da designação a qualquer tempo.
§ 3º Os órgãos (...) estabelecerão planos de capacitação que contenham iniciativas de
treinamento para a formação e a atualização técnica de pregoeiros, membros da equipe
de apoio e demais agentes encarregados da instrução do processo licitatório, a serem
implementadas com base em gestão por competências.
Designação do Pregoeiro e Equipe
Porque o pregoeiro precisa pertencer à Administração?
A intenção é proibir apenas os terceirizados, que não possuem um vínculo direto com o
órgão, todos os demais servidores (estatutários, empregados públicos, comissionados e
militares) da unidade ou órgão promotor podem ser nomeados como pregoeiros.
Lei 8666/93, art. 84 - Considera-se servidor público, para os fins desta Lei, aquele que exerce,
mesmo que transitoriamente ou sem remuneração, cargo, função ou emprego público.

O pregoeiro pode negar-se ao desempenho da função?


O pregoeiro não pode abdicar da atribuição, a menos que haja alguma incompatibilidade
técnica ou legal com a natureza de seu cargo e, salvo alguns estados, ele não receberá
nenhuma remuneração além do seu salário normal para desempenhar a nova função.
Lei nº 8.112/90, art. 2º, 3º e 116

Deve ser designada como pregoeiro pessoa pertencente ao quadro do órgão ou da


entidade promotora do certame, a menos que não se disponha de servidor qualificado
para atuar na função, situação que justifica a excepcional designação de terceiro estranho
à Administração. (Acórdão 2166/2014 - TCU/P)
Designação do Pregoeiro e Equipe
Pregoeiro
Equipe de Apoio Equipe de Apoio Equipe de Apoio
Servidor 1 Servidor 2 Servidor 3
Características:

• Número mínimo legal


Art. 51, Lei nº 8.666/93 = 3 membros, sendo 2 efetivos qualificados
• Investidura e Recondução
Art. 51, § 4°, Lei nº 8.666/93 = 1 ano, vedada para a totalidade
• Responsabilidade
Art. 51, § 3°, Lei nº 8.666/93 = solidária
Responsabilidades do Pregoeiro
QUADRO DE ATRIBUIÇÕES PERTINENTES AO PREGOEIRO
PREGÃO PREGÃO PRESENCIAL PREGÃO ELETRÔNICO
(Inciso IV, Art. 3º - Lei 10.520/2002) (Art. 9º - Decreto 3.555/2000) (Art. 17 - Decreto 10.024/2019)
(...) cabe ao pregoeiro e respectiva equipe de I - o credenciamento dos interessados; I - conduzir a sessão pública;
apoio, cuja atribuição inclui, dentre outras, o II - o recebimento dos envelopes das propostas II - receber, examinar e decidir as impugnações e
recebimento das propostas e lances, a análise de de preços e da documentação de habilitação; os pedidos de esclarecimentos ao edital (...);
sua aceitabilidade e sua classificação, bem como III - a abertura dos envelopes das propostas de III - verificar a conformidade da proposta em
a habilitação e a adjudicação do objeto do preços, o seu exame e a classificação dos relação aos requisitos estabelecidos no edital;
certame ao licitante vencedor. proponentes; IV - coordenar a sessão pública e (...) lances;
IV - a condução dos procedimentos relativos aos V - verificar e julgar as condições de habilitação;
lances e à escolha da proposta ou do lance de VI - sanear erros ou falhas que não alterem a
menor preço; substância das propostas, dos documentos de
V - a adjudicação da proposta de menor preço; habilitação e sua validade jurídica;
VI - a elaboração de ata; VII - receber, examinar e decidir os recursos e
VII - a condução dos trabalhos da equipe de encaminhá-los à autoridade competente quando
apoio; mantiver sua decisão;
VIII - o recebimento, o exame e a decisão sobre VIII - indicar o vencedor do certame;
recursos; e IX - adjudicar o objeto, quando não houver
IX - o encaminhamento do processo devidamente recurso;
instruído, após a adjudicação, à autoridade X - conduzir os trabalhos da equipe de apoio; e
superior, visando a homologação e a XI - encaminhar o processo devidamente
contratação. instruído à autoridade competente e propor a
sua homologação.
Nada alterado
Responsabilidades do Pregoeiro em relação ao
Dec nº 5.450/05

Dec nº 3.555/2000 - Art. 9° e Dec nº 10.024/2019 - Art. 17


• Credenciamento e condução da sessão pública;
• Receber, sanear e decidir as impugnações e esclarecimentos
• Receber as propostas e verificar sua conformidade
• Condução do certame – lances – escolha do vencedor
• Verificar as condições de habilitação, saneando falhas
• Recebimento, exame e decisão sobre recursos
• Adjudicação, quando não houver recursos
• Elaboração da Ata
• Condução dos trabalhos da equipe de apoio
•Encaminhamento do processo para homologação
Responsabilidades impertinentes ao Pregoeiro
Não constituem atribuições do pregoeiro:
a) pesquisa de preços;
b) elaboração de editais;
b) especificação do objeto;
c) definição dos critérios de julgamento;
d) fixação de exigências para a habilitação;
e) convocação do adjudicatário para firmar contrato, etc
TCU – Acórdão 2389/2006 – Plenário
O pregoeiro não pode ser responsabilizado por irregularidade em edital de licitação, já que sua elaboração não se
insere no rol de competências que lhe foram legalmente atribuídas.

TCU – Acórdão 3381/2013 – Plenário


A atribuição, ao pregoeiro, da responsabilidade pela elaboração do edital cumulativamente às atribuições de sua
estrita competência afronta o princípio da segregação de funções adequado à condução do pregão, inclusive o
eletrônico, e não encontra respaldo nos normativos legais que regem o procedimento.
Qualidades do Pregoeiro
 Pertencer à Administração (honestidade; integridade; ética)
 Capacidade de comunicação (extrovertido - fomentar a competição);
 Pontualidade, organização, motivação, discrição (sigilo), serenidade;
 Possuir curso sobre o assunto (saber jurídico e técnico) CF/88 art. 39, §§ 2º e 7º

 Ter desenvoltura para conduzir Audiência Pública (sem timidez);


 Ter capacidade de liderança, bom relacionamento e alto poder decisório;
 Saber lidar com críticas (autocontrole emocional);
 Habilidade para negociar e resolver conflitos (objetividade e persuasão);
 Capacidade para tomar decisões sob pressão;
 Ter segurança em suas falas, vestir-se adequadamente e ser cordial;
 Bom senso, para aplicar com razoabilidade as regras do Edital; e
 Foco na legalidade, isonomia, economicidade, celeridade e prudência.
Abertura do Processo
Lei 8666/93 - Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura
de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado,
contendo a autorização respectiva, a indicação do objeto e do recurso próprio
para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente: [...]

Lei 9784/93 - Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de


forma determinada senão quando a Lei expressamente a exigir. [...]
§ 4º - O processo deverá ter suas páginas numeradas sequencialmente e
rubricadas.

Decreto n.º 10.024/2019 - O processo relativo ao pregão, na forma eletrônica,


será instruído com os seguintes documentos, no mínimo:
O processo começa na
V – autorização de abertura da licitação; abertura?
Fases das Contratações
Planejamento

Licitação

Contrato

A maioria dos prejuízos ao erário são verificados na fase de execução contratual, por
falha ou falta de fiscalização.
Planejamento
PROCESSO BÁSICO DE PLANEJAMENTO (DOUTRINA)

O QUÊ COM QUAIS COM QUEM COMO COMO


CONTRATAR? RECURSOS? CONTRATAR? CONTRATAR? EXECUTAR?

ESPECIFICAÇÃO PREVISÃO REGRAS REGRAS REGRAS PARA REGRAS


DO DE PARA PARA ESTRUTURAR PARA
OBJETO RECURSOS HABILITAÇÃO JULGAMENTO A LICITAÇÃO CONTRATAÇÃO
Instrução do Processo de Pregão
PL 1292 - Art. 18 A fase preparatória do processo licitatório é caracterizada pelo
planejamento, devendo estar compatibilizada com o plano de contratações anual
(...), compreendendo: PL 1292 -Art. 12, inc. VII e §1º
I - a descrição da necessidade da contratação fundamentada em estudo técnico preliminar,
caracterizando o interesse público envolvido;
II - a definição do objeto para atender à necessidade, por meio de termo de referência,
anteprojeto, projeto básico ou projeto executivo, conforme o caso;
III – a definição das condições de execução e pagamento, das garantias exigidas e
ofertadas e das condições de recebimento;
IV – o orçamento estimado, acompanhado das composições dos preços utilizados para sua
formação; (...)
X - a análise dos riscos que possam comprometer o sucesso da licitação e a boa execução
contratual;
XI - a motivação sobre o momento da divulgação do orçamento da licitação.

Vide Art. 18, § 1º, do PL 1292 - Composição do Estudo Técnico Preliminar


Instrução do Processo de Pregão
Decreto nº 10.024/2019 - Art. 8º O processo relativo ao pregão, na forma
eletrônica, deverá ser instruído com os seguintes documentos:
- Única mudança em relação ao art. 30 do Dec. 5.450/05
I - estudo técnico preliminar; - Definição imprecisa no texto da composição desse estudo técnico
II - termo de referência; - Uso, por analogia, da IN 005-SEGES/2017
III - planilha estimativa de despesa;
IV - previsão de recursos orçamentários, com a indicação das respectivas rubricas;
(...)

Segundo o Guia de Boas Práticas em Contratação de Soluções de Tecnologia da


Informação - Riscos e Controles para o Planejamento da Contratação, do TCU, a
elaboração dos estudos técnicos preliminares constitui a primeira etapa do
planejamento de uma contratação (planejamento preliminar) e tem como objetivo:
a) assegurar a viabilidade técnica da contratação e o tratamento de seu impacto ambiental;
b) embasar o termo de referência ou o projeto básico, que somente é elaborado se a
contratação for considerada viável, bem como o plano de trabalho, no caso de serviços.
BRASIL. Tribunal de contas da União - 2015
Planejamento formalizado
Instrução Normativa nº 005-SEGES, de 26/05/2017
Art. 19. As contratações de serviços de que tratam esta Instrução Normativa serão
realizadas observando-se as seguintes fases:
I – Planejamento da Contratação;
II – Seleção do Fornecedor; e
III – Gestão do Contrato.

Art. 20. O Planejamento da Contratação, para cada serviço a ser contratado,


consistirá nas seguintes etapas:
I - Estudos Preliminares; Art. 21 e Art. 24
II - Gerenciamento de Riscos; Art. 25 e Art. 26
III - Termo de Referência ou Projeto Básico. Art. 28

Art. 21. Os procedimentos iniciais do Planejamento da Contratação consistem (...)


I - elaboração do documento para formalização da demanda pelo requisitante (...)
Planejamento formalizado
Instrução Normativa nº 005-SEGES, de 26/05/2017

Anexo I - Definições
Anexo II - Formalização da Demanda
Anexo III - Estudos preliminares
IN Seges Anexo IV - Mapa de Riscos Anexos ligados
nº Anexos
Anexo V - Projeto Básico ou ao planejamento
Termo de Referência
005/2017 Anexo VI - Serviço de Vigilância, Limpeza e Conservação
(75 art.s) Anexo VII - Ato Convocatório (Anexos A até G)
Anexo VIII - Fiscalização Técnica e Administrativa
Anexo IX - Vigência e Prorrogação
Anexo X - Alteração dos Contratos
Anexo XI - Processo de Pagamento
Anexo XII - Conta Vinculada
IN nº 005-SEGES, de 26/05/2017
Planejamento
a) Formalização da Demanda
- Procedimentos Iniciais: elaboração do documento para formalização da demanda
pelo setor requisitante do serviço, conforme modelo do Anexo II, que contemple:
a) a justificativa da necessidade da contratação explicitando a opção pela
terceirização dos serviços e considerando o Planejamento Estratégico, se for o caso;
b) a quantidade de serviço a ser contratada;
c) a previsão de data em que deve ser iniciada a prestação dos serviços;
d) a indicação do servidor ou servidores para compor a equipe que irá
elaborar os Estudos Preliminares e o Gerenciamento de Risco e, se necessário, daquele
a quem será confiada a fiscalização dos serviços, o qual poderá participar de todas as
etapas do planejamento da contratação.
IN nº 005-SEGES, de 26/05/2017
IN nº 005-SEGES, de 26/05/2017
Planejamento
b) Estudos Preliminares VER MODELOS
I - necessidade da contratação;
II - referência a outros instrumentos de planejamento do órgão, se houver;
III - requisitos da contratação;
IV - estimativa das quantidades, acompanhadas das memórias de cálculo e dos
documentos que lhe dão suporte;
V - levantamento de mercado e justificativa da escolha do tipo de solução;
VI - estimativas de preços ou preços referenciais;
IN nº 005-SEGES, de 26/05/2017
Planejamento
b) Estudos Preliminares VER MODELOS
VII - descrição da solução como um todo;
VIII - justificativas para o parcelamento ou não da solução, quando necessária
para individualização do objeto;
IX - demonstrativo dos resultados pretendidos em termos de economicidade e de
melhor aproveitamento dos recursos humanos, materiais ou financeiros
disponíveis;
X - providências para adequação do ambiente do órgão;
XI - contratações correlatas e/ou interdependentes; e
XII - declaração da viabilidade ou não da contratação
Estudos Preliminares
Decreto nº 10.024/2019
Art. 3º - inc. IV – Estudo técnico preliminar: documento constitutivo da primeira etapa
do planejamento de uma contratação, que caracteriza o interesse público envolvido e a
melhor solução ao problema a ser resolvido e que, na hipótese de conclusão pela
viabilidade da contratação, fundamenta o termo de referência.

Art. 8º O processo relativo ao pregão, na forma eletrônica, será instruído com os seguintes
documentos, no mínimo:
I - estudo técnico preliminar, quando necessário;

Art. 14 No planejamento do pregão, na forma eletrônica, será observado o seguinte:


I - elaboração do estudo técnico preliminar e do termo de referência;
II - aprovação do estudo técnico preliminar e do termo de referência pela autoridade
competente ou por quem esta delegar;
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Planejamento
c) Gerenciamento do Risco
Art. 25 - mecanismo de redução do impacto negativo dos riscos sobre as metas
organizacionais, por meio da adoção de controles internos a cargo do próprio gestor.
I - identificação dos principais riscos que possam comprometer a efetividade do
Planejamento da Contratação, da Seleção do Fornecedor e da Gestão Contratual ou que
impeçam o alcance dos resultados que atendam às necessidades da contratação;
II - avaliação dos riscos identificados, consistindo da mensuração da probabilidade de
ocorrência e do impacto de cada risco;
III - tratamento dos riscos considerados inaceitáveis por meio da definição das ações
para reduzir a probabilidade de ocorrência dos eventos ou suas consequências;
IV - definição das ações de contingência para o caso dos riscos se concretizarem; para
os riscos dos eventos que persistirem inaceitáveis após o tratamento, e
V - definição dos responsáveis pelas ações de tratamento dos riscos e de contingência.
IN nº 005-SEGES, de 26/05/2017
Gerenciamento de Riscos – Métodos de identificação dos riscos

Brainstorm Método Delphi


Bow Tie

Mapeamento de Processos Matriz SWOT


IN nº 005-SEGES, de 26/05/2017
Gerenciamento de Riscos – Matriz dos Riscos

2
1 2
IN nº 005-SEGES, de 26/05/2017
Gerenciamento de Riscos – Mapa de riscos
a) Elaboração: após o processo de identificação dos riscos que podem vir a impactar no
processo de contratação, reconhecendo as causas possíveis desses riscos, bem como suas
consequências, a equipe de planejamento medirá o nível de risco de cada um dos riscos
observando-os em seu Mapa (Diagrama) de Risco, possibilitando assim ter uma visão de
quais serão as respostas adotadas para cada risco identificado.

b) Atualização: O Mapa de Riscos deve ser atualizado pelo menos:


I - ao final da elaboração dos Estudos Preliminares;
II - ao final da elaboração do Termo de Referência ou Projeto Básico;
III - após a fase de Seleção do Fornecedor; e
IV - após eventos relevantes, durante a gestão do contrato pelos servidores
responsáveis pela fiscalização.
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Planejamento formalizado
Concepção e definição da
NECESSIDADE
Pesquisa de Preço
Lei 8666/93, art. 15, inc V: As compras deverão balizar-se pelos preços
praticados no âmbito dos órgãos da Administração Pública.
IN nº 005/2014 da SLTI/MPOG - art. 2º: A pesquisa de preços será realizada
mediante a utilização dos seguintes parâmetros:
I - Painel de Preços, disponível no endereço eletrônico
http://paineldeprecos.planejamento.gov.br;
II - contratações similares de outros entes públicos, em execução ou concluídos
nos 180 (cento e oitenta) dias anteriores à data da pesquisa de preços;
III - pesquisa publicada em mídia especializada, sítios eletrônicos especializados
ou de domínio amplo, desde que contenha a data e hora de acesso; ou
IV - pesquisa com os fornecedores, desde que as datas das pesquisas não se
diferenciem em mais de 180 (cento e oitenta) dias.
Banco de Preços
Pesquisa de Preço
http://www.bb.com.br/portalbb/page3,113,500852,14,0,1,3.bb
Pesquisa de Preço
https://www.cotacaozenite.com.br/
Pesquisa de Preço
http://paineldeprecos.planejamento.gov.br/
Pesquisa de Preço
ACÓRDÃO Nº 8171/2019 - TCU - 1ª Câmara.
1.8.2. dar ciência (...) as seguintes impropriedades/falhas, para que sejam adotadas
medidas internas com vistas à prevenção de ocorrência de outras semelhantes:
1.8.2.1. utilização de uma única fonte de pesquisa de preço (...) contrariando
jurisprudência do Tribunal de Contas da União (Ac. 1861/2008 - 1ª Câmara, relator
Ministro Augusto Nardes; 1678/2015 - Plenário, relator Ministro Augusto Sherman);
1.8.2.2. composição de pesquisa de preços com empresas pertencentes ao
mesmo grupo familiar ou com vínculos societários entre si (...) afrontando
jurisprudência do Tribunal de Contas da União (Ac. 775/2011 – Plenário);
1.8.2.3. utilização de média aritmética de apenas dois valores, com grande
discrepância entre si (...) o que afronta o disposto no art. 2°, § 6°, da Instrução
Normativa 5/2014 da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão;
Pesquisa de Preço
PESQUISA DE PREÇOS. ACÓRDÃO Nº 2485/2019 - TCU – Plenário
1.8.4. recomendar (...), em consonância com o Acórdão
2.637/2015-TCU-Plenário, de 21/10/2015, que passe a
efetuar as estimativas de preços prévias às licitações com
base em pesquisas mediante contado direto com
fornecedores, valores adjudicados em licitações de
órgãos públicos, sistemas de compras (Comprasnet),
valores registrados em atas de SRP e compras e
contratações realizadas por corporações privadas em
condições idênticas ou semelhantes;
Pesquisa de Preço
Decreto n.º 10.024/2019
Art. 15. O valor estimado ou o valor máximo aceitável para a contratação, se não
constar expressamente do edital, possuirá caráter sigiloso e será disponibilizado
exclusiva e permanentemente aos órgãos de controle externo e interno.
§2º Para fins do disposto no caput, o valor estimado ou o valor máximo aceitável para
a contratação será tornado público apenas e imediatamente após o
encerramento da fase de lances, sem prejuízo da divulgação do detalhamento dos
quantitativos e das demais informações necessárias à elaboração das propostas.
§3º Nas hipóteses em que for adotado o critério de julgamento por maior desconto,
o valor estimado ou o valor máximo aceitável ou o valor de referência para
aplicação do desconto constará obrigatoriamente do instrumento convocatório.
Termo de Referência
“Previamente à realização do pregão em qualquer uma das formas,
presencial ou eletrônica, a exemplo de projeto básico, o setor
requisitante deve elaborar o termo de referência, com indicação
precisa suficiente e clara do objeto, sendo vedadas especificações
que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem ou
frustrem a competição ou realização do certame.” (grifo nosso)

(Revista Licitações e Contratos - 3ª Edição, pág. 68, TCU)


Termo de Referência
Decreto nº 10.024/2019 - Art. 3º, inc. XI - Termo de referência - documento
elaborado com base nos estudos preliminares, que deverá conter:
a) os elementos que embasam 1 a avaliação do custo (...) com as seguintes informações:
1. 2 a definição do objeto contratual e dos 3 métodos para a sua execução, vedadas
especificações excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, que limitem (...) competição (...);
2. o 4 valor estimado do objeto em planilhas, de acordo com o 5 preço de mercado; e
3. o 6 cronograma físico-financeiro, se necessário;
b) o 7 critério de aceitação do objeto;
c) os 8 deveres do contratado e do contratante;
d) a 9 relação dos documentos essenciais à verificação da qualificação técnica e econômico-
financeira, se necessária;
10 procedimentos de fiscalização e gerenciamento do contrato ou da ata de registro de preços;
e) os
f) o 11 prazo para execução do contrato; e
g) as 12 sanções previstas de forma objetiva, suficiente e clara.
Termo de Referência
OBJETO

NECESSIDADE

ESPECIFICAÇÃO DETALHADA
TERMO
DE EXIGÊNCIAS TÉCNICAS
REFERÊNCIA LOCAL DE EXECUÇÃO DO SERVIÇO OU
Art. 8º, inc II, do Dec 3.555/00 ENTREGA DO BEM

Art. 9º, § 2º, do Dec 5.450/05 PRAZO DE ENTREGA


Art. 3º, inc XI, do Dec 10.024/19
GARANTIA DO PRODUTO OU SERVIÇO

EXIGÊNCIA DE APRESENTAÇÃO DE
AMOSTRA E/OU CATÁLOGO
Termo de Referência
E o Projeto Básico??? (caso de contratação de serviços comuns)

Exigência expressa do art. 7º da Lei nº 8.666/93, como proceder?

a) Elaboração de Projeto Básico específico, além do Termo de Referência (ambos


necessitarão da aprovação formal por parte da autoridade competente);

b) Inserção do conteúdo do Projeto Básico no Termo de Referência


(simplificação/racionalidade) – prática mais utilizada pelos órgãos
Aprovação do Termo de Referência e Justificativa

Formalização da Estudo Técnico Pesquisa de


Demanda Preliminar Preços

TERMO DE Aprovação do Justificativa da


REFERÊNCIA Termo de Referência Contratação

Será elaborado pelo setor requisitante do objeto da licitação, em


conjunto, com a área de compras, e aprovado por quem
autorizou a realização do procedimento licitatório.
Cartilha Licitações e Contratos do TCU, p.78
Motivação para as Contratações
Motivar significa dar um motivo, que não pode ser pessoal
do Administrador, deve obedecer os princípios norteadores
da Administração Pública.

Mesmo quando pratica um ato DISCRICIONÁRIO, o


Agente Público está obrigado a respeitar certos limites.

Para a aquisição de um bem o Estatuto das Licitações obriga


o Administrador motivar o seu ato mediante a comprovação
do consumo ou indicação de utilização provável.
Justificativa da Contratação
Lei nº 10.520/2002
Art. 3º A fase preparatória do pregão observará o seguinte:
I - a autoridade competente justificará a necessidade de contratação (...)

Decreto nº 3.555/2000
Art. 21. Os atos essenciais do pregão, inclusive os decorrentes de meios
eletrônicos, serão documentados ou juntados no respectivo processo, cada qual
oportunamente, compreendendo, sem prejuízo de outros, o seguinte:
I - Justificativa da contratação;

Lei nº 9.784/1999
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos
e dos fundamentos jurídicos, (...)
Justificativa da Contratação
Qual o motivo da contratação?

Quais os benefícios diretos e indiretos


JUSTIFICATIVA trazidos com a contratação?

Qual o parâmetro utilizado na definição


da quantidade a ser contratada?
Recursos Orçamentários
Lei n.º 8.666/1993 - Art. 7.º, § 2.º, Inc III e Art. 14
Art 14 - Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu
objeto e indicação dos recursos orçamentários para seu pagamento, sob
pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa.

LC nº 101/2000 - Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação


governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de:
II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem
adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e
compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias.
§ 4º As normas do caput constituem condição prévia para:
I - empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou
execução de obras;
Elaboração do instrumento convocatório
Decreto nº 10.024/2019
Art. 3º - Para fins do disposto neste Decreto, considera-se:
I - aviso do edital - documento que contém:
a) a definição precisa, suficiente e clara do objeto;
b) a indicação dos locais, das datas e dos horários em que poderá ser
lido ou obtido o edital; e
c) o endereço eletrônico no qual ocorrerá a sessão pública com a data
e o horário de sua realização;
Art. 8.º - O processo relativo ao pregão, na forma eletrônica, será instruído
com os seguintes documentos, no mínimo:
VII - edital e respectivos anexos;
Ver art. 40 da Lei nº 8666/93 sobre preâmbulo do Edital
Elaboração do instrumento convocatório
Decreto n.º 3.555/2000 - Art. 11
II - do edital e do aviso constarão definição precisa, suficiente e clara do objeto,
bem como a indicação dos locais, dias e horários em que poderá ser lida ou obtida
a íntegra do edital, e o local onde será realizada a sessão pública do pregão;

O edital deve conter, ainda, todas as exigências do art. 40 da Lei nº 8.666/93:

Preâmbulo: • o número de ordem em série anual;


• o nome da repartição interessada e de seu setor;
• a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação;
• a menção de que será regida pela Lei nº 8.666/93;
• o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta,
bem como para início da abertura dos envelopes.
Impugnações do instrumento convocatório
Decreto nº 10.024/2019
Art. 24. Qualquer pessoa poderá impugnar os termos do edital do pregão, por
meio eletrônico, na forma prevista no edital, até três dias úteis anteriores à
data fixada para abertura da sessão pública.
§ 1º A impugnação não possui efeito suspensivo e caberá ao pregoeiro,
auxiliado pelos responsáveis pela elaboração do edital e dos anexos, decidir
sobre a impugnação no prazo de dois dias úteis, contado do data de
recebimento da impugnação.
§ 2º A concessão de efeito suspensivo à impugnação é medida excepcional e
deverá ser motivada pelo pregoeiro, nos autos do processo de licitação.
§ 3º Acolhida a impugnação contra o edital, será definida e publicada nova
data para realização do certame.
Impugnações do instrumento convocatório
• Na modalidade Pregão Presencial o prazo limite para protocolar o pedido de
impugnação é de até 2 (dois) dias úteis antes da data fixada para recebimento das
propostas e caberá ao pregoeiro, decidir sobre a petição no prazo de 24 (vinte e
quatro) horas. (Decreto 3.555/2000, artigo 12.)

• No caso do Pregão Eletrônico, o prazo para protocolar o pedido também ERA de 2


(dois) dias úteis conforme art. 18 do Dec. 5.450/2005, cujo prazo de resposta ERA de
até 24 (vinte e quatro) horas. Com o advento do Dec. 10.024/2019, esse prazo foi
entendido para três dias e a resposta para dois dias.

• A Impugnação feita pelo licitante dentro do prazo estabelecido pela Lei, não o
impedirá de participar do processo de licitação até o trânsito em julgado da decisão a
ela pertinente.
Impugnações do instrumento convocatório

SEX – SÁB – DOM – SEG – TER – QUA


05 06 07 08 09 10
PRAZO 3 DIAS - - PRAZO 2 DIAS ABERTURA

Neste caso, o momento adequado para apresentar questões, ou


até mesmo impugnar o edital, será contado a partir da prevista
para ocorrência do certame, descontando-se três dias úteis antes
da abertura, INCLUSIVE, conforme prevê a legislação.
Questionamentos no Pregão
Tem por objetivo sanar eventuais dúvidas ou
ESCLARECIMENTOS obscuridades contidas no edital de licitação
(3 dias úteis) (art. 23 do Dec. 10.024/19)

Consiste na indicação de falhas ou


IMPUGNAÇÕES irregularidades que viciam o edital de licitação
(3 dias úteis  48h) (art. 24 do Dec. 10.024/19)
Utilizado para contestar os Atos durante a
RECURSOS realização da licitação (3 dias úteis) (art. 4º, inc.
XVIII, Lei 10.520/02; art. 11, inc. XVII, do Dec.
3.555/00 e art. 44 do Dec. 10.024/19)
Resposta ofertada pelos demais licitantes
CONTRARRAZÕES contrária àquele que interpôs recurso
(3 dias) (art. 4º, inc. XVIII, Lei 10.520/02)
Parecer Jurídico
Lei nº 8.666/1993 - Art. 38 - Parágrafo único. As minutas de editais de licitação,
bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser
previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração.

Lei nº 10.520/2001 - Não menciona exigência de Parecer Jurídico.

Decreto nº 10.024/2019 - Art. 8º O processo relativo ao pregão, na forma


eletrônica, será instruído com os seguintes documentos, no mínimo:
IX - parecer jurídico;

Decreto nº 3555/2000 - Art. 21. Os atos essenciais do pregão, inclusive os


decorrentes de meios eletrônicos, serão documentados (...) o seguinte:
VII - parecer jurídico;
Parecer Jurídico
O parecer é vinculante ou opinativo?
“Pareceres vinculantes, assim conceituados aqueles que impedem a autoridade
decisória de adotar outra conclusão que não seja a do ato opinativo [...] se
trata de regime de exceção e, por isso mesmo, só sendo admitidos se a lei
expressamente os exigir” (CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de
Direito Administrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010).

“A doutrina nacional reconhece, genericamente, a natureza meramente


opinativa dos pareceres lançados nos processos administrativos” Ministro
Joaquim Barbosa, no processo do Mandado de Segurança 24.631-6/STF/2007.

“Se a lei (i) não exige expressamente parecer favorável como requisito de
determinado ato administrativo, ou (ii) exige apenas o exame prévio por parte do
órgão de assessoria jurídica, o parecer técnico-jurídico em nada vincula o ato
administrativo a ser praticado, e dele não faz parte. (MEIRELLES , Hely Lopes,
Direito Administrativo Brasileiro, 28a. ed., São Paulo, Malheiros, 2003, p.189)
Parecer Jurídico
O parecer é vinculante ou opinativo?
Da pretensão do TCU em responsabilizar o advogado solidariamente com o
administrador que decidiu pela contratação direta: impossibilidade, dado que o
parecer não é ato administrativo, sendo, quando muito, ato de administração
consultiva, que visa a informar, elucidar, sugerir providências administrativas
a serem estabelecidas nos atos de administração ativa. (Ministro Carlos
Velloso, no processo do Mandado de Segurança nº 24.073/DF/STF/2002)

Preceitua a lei, que alguns atos administrativos devem ser precedidos de parecer
para sua prática, sendo requisito do ato. Neste caso, a obrigatoriedade a que o
administrador está vinculado, não é a da conclusão ou resultado final sugerido pelo
parecerista, mas da obrigação de ter que solicitá-lo por determinação legal,
podendo, inclusive, agir de forma contrária a sugerida pelo prolator. (José
Sérgio da Silva Cristóvam e Charliane Michels, in O parecer jurídico e a atividade
administrativa, São Paulo: Ambito Jurídico, 2012)
Parecer Jurídico
São um ou dois pareceres no processo de licitação?
Lei nº 8.6666/93 - Art. 38. O procedimento da licitação (...) serão juntados oportunamente:
(…)

VI – pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa ou inexigibilidade;


(…)

§ único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou
ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da Administração.

Com a finalidade de não burocratizar o procedimento, o legislador destacou a


minuta do edital e dos contratos e, de forma expressa, determinou a sua análise e
aprovação como condição de validade do ato. No entanto, isso não implica que o
controle de legalidade dos atos da licitação, por parte da assessoria jurídica,
estará encerrado após essa fase. Assim, a Assessoria Jurídica pode, mediante
determinação da autoridade ou requerimento da comissão de licitação, ser
provocada a se pronunciar em relação a outros atos da licitação.
(Blog Zenite: Camila Cotovicz: Requisitos do parecer jurídico/2016)
Parecer Jurídico
Qual a responsabilidade do advogado que emite o Parecer?
Acórdão 2202/2008-TCU-Plenário
O erro grosseiro se afigura como uma das causas que justificam a responsabilização
do advogado público que emite parecer, seja ele de caráter vinculante, ou meramente
opinativo. A responsabilização na emissão do parecer ocorre diante da sua notória
afronta à legislação e à jurisprudência consolidada dos tribunais.
Acórdão 4984/2018-TCU-Primeira Câmara
O advogado pode ser responsabilizado solidariamente com o gestor por irregularidade
ou prejuízo ao erário, nos casos de erro grosseiro ou atuação culposa, quando seu
parecer for obrigatório, caso em que há expressa exigência legal,ou mesmo opinativo.
Lei nº 8.906/94, art. 32, e Código Civil, art. 186
O advogado somente será civilmente responsável pelos danos causados a seus
clientes ou a terceiros, se decorrentes de erro grave, inescusável, ou de ato ou
omissão praticado com culpa, em sentido largo.
Parecer Jurídico
Há prazo para o parecer ser emitido?

Lei 9.784/99 - Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão
consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de quinze
dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo.
§ 2o Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no
prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com
sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no
atendimento.

Vide art. 10 e 51 do PL 1292/95


Parecer Jurídico

ORIENTAÇÃO NORMATIVA N° 55 - AGU

OS PROCESSOS QUE SEJAM OBJETO DE MANIFESTAÇÃO


JURÍDICA REFERENCIAL, ISTO É, AQUELA QUE ANALISA
TODAS AS QUESTÕES JURÍDICAS QUE ENVOLVAM
MATÉRIAS IDÊNTICAS E RECORRENTES, ESTÃO
DISPENSADOS DE ANÁLISE INDIVIDUALIZADA PELOS
ÓRGÃOS CONSULTIVOS, DESDE QUE A ÁREA TÉCNICA
ATESTE, DE FORMA EXPRESSA, QUE O CASO CONCRETO
SE AMOLDA AOS TERMOS DA CITADA MANIFESTAÇÃO.
Parecer Jurídico
Exercício – Discuta extrato do Acórdão nº 19/2002 TCU/P
(...) NÃO APROVEITA AO RECORRENTE O FATO DE
HAVER PARECER JURÍDICO E TÉCNICO FAVORÁVEL À
CONTRATAÇÃO. TAIS PARECERES NÃO SÃO
VINCULANTES AO GESTOR, O QUE NÃO SIGNIFICA
AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DAQUELES QUE OS
FIRMAM. TEM O ADMINISTRADOR OBRIGAÇÃO DE
EXAMINAR A CORREÇÃO DOS PARECERES, ATÉ
MESMO PARA CORRIGIR EVENTUAIS DISFUNÇÕES NA
ADMINISTRAÇÃO.
Publicação na Imprensa Oficial / Internet
Lei 8.666/93 - Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais (...) deverão ser
publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez:
I - no Diário Oficial da União (licitações federais ou com recursos federais);
II - no Diário Oficial do Estado ou DF (licitações de outros entes);
III - em sítio eletrônico oficial do respectivo ente federativo, facultado aos E, DF e M,
utilizar sítio eletrônico oficial da União (Redação da MP nº 896/2019)
III - em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal
de circulação no Município ou na região (...) (eficácia da ADI 6229/2019)

Lei 10.520/2002 - Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada com a


convocação dos interessados e observará as seguintes regras:
I - a convocação dos interessados será efetuada por meio de publicação de aviso na
imprensa oficial e em sítio eletrônico oficial do respectivo ente federativo (...) (MP nº 896/2019)
I - a convocação dos interessados será efetuada por meio de publicação de aviso em
diário oficial do respectivo ente federado ou, não existindo, em jornal de circulação local,
e facultativamente, por meios eletrônicos e conforme o vulto da licitação, em jornal de
grande circulação, nos termos do regulamento de que trata o art. 2º;(eficácia da ADI 6229/2019)
Publicação na Imprensa Oficial / Internet
AVISO IMPRENSA AVISO
NACIONAL
DADOS DADOS
DO DO
PREGÃO PREGÃO Diário
AVISO Oficial
UASG SIDEC

AVISO
EDITAL E-mail

FORNECEDOR

Preâmbulo Consulta Licitação


Jornal
Local
Publicação na Imprensa Oficial / Internet
Dec 3555/2000 - Art. 11. A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos
interessados e observará as seguintes regras:
a) para bens e serviços de valores estimados em até R$ 160.000,00:
1. Diário Oficial da União; e
2. meio eletrônico, na Internet;
b) para bens e serviços de valores estimados acima de R$ 160.000,00 até R$ 650.000,00:
1. Diário Oficial da União;
2. meio eletrônico, na Internet; e
3. jornal de grande circulação local;
c) para bens e serviços de valores estimados superiores a R$ 650.000,00:
1. Diário Oficial da União;
2. meio eletrônico, na Internet; e
3. jornal de grande circulação regional ou nacional;
Publicação na Imprensa Oficial / Internet
Dec 5450/2005 - Art. 17. A fase externa do Dec 10.024/2019 - Art. 20 - A fase
pregão, na forma eletrônica, será iniciada com a externa do pregão, na forma
convocação dos interessados por meio (...): eletrônica, será iniciada com a
convocação dos interessados por
a) até R$ 650.000,00: meio da publicação do aviso do edital
1. Diário Oficial da União; e no Diário Oficial da União e no sítio
2. meio eletrônico, na Internet; eletrônico oficial do órgão ou da
b) acima de R$ 650.000,00 até R$ 1.300.000,00: entidade promotora da licitação.
1. Diário Oficial da União;
2. meio eletrônico, na Internet; e Parágrafo único. Na hipótese de que
3. jornal de grande circulação local; trata o § 3º do art. 1º, a publicação
ocorrerá na imprensa oficial do
c) superiores a R$ 1.300.000,00: respectivo Estado, do Distrito
1. Diário Oficial da União; Federal ou do Município e no sítio
2. meio eletrônico, na Internet; e eletrônico oficial do órgão ou da
3. jornal de grande circulação regional entidade promotora da licitação.
ou nacional;
Publicação na Imprensa Oficial / Internet
Publicidade do Edital no PL 1292/95 e 6814/2017
Art. 52 - A publicidade do edital de licitação será realizada mediante divulgação e
manutenção do inteiro teor do edital e seus anexos à disposição do público em sítio
eletrônico oficial, facultada a divulgação direta a interessados devidamente
cadastrados para esse fim.
§ 1º É obrigatória divulgação e manutenção do inteiro teor do edital e seus anexos no
Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP) ...
§ 2º Após a homologação do processo licitatório, serão disponibilizados no PNCP e,
se o órgão responsável pela licitação entender cabível, também no sítio referido no §
1º os documentos elaborados na fase preparatória que porventura não tenham
integrado o edital e seus anexos.
Instrução do Processo de Pregão – FASE EXTERNA
Formas do Pregão Decreto nº 10.024/2019
Art. 1º, § 1º - A utilização da modalidade de pregão, na
forma eletrônica, (...) é obrigatória.

PREGÃO

PRESENCIAL ELETRÔNICO

Presença física (*) Acesso virtual

Lances restritos Lances por todos

Encerramento Encerramento
com lances randômico
Fase Externa 6. Lances fechados
5. Lances abertos
7. Classificação Final
4. Classificação inicial
8. Negociação
3. Abertura da Sessão
9. Aceitação
2. Inclusão das propostas
10. Habilitação

1. Credenciamento
11. Recursos

12. Adjudicação
13. Homologação
Credenciamento
Dec. 3.555/2000 - Art. 9º As atribuições do pregoeiro incluem:
I - o credenciamento dos interessados;

Art. 11 - IV - no dia, hora e local designados no edital, será realizada sessão


pública para recebimento das propostas e da documentação de habilitação, devendo
o interessado ou seu representante legal proceder ao respectivo credenciamento,
comprovando, se for o caso, possuir os necessários poderes para formulação de
propostas e para a prática de todos os demais atos inerentes ao certame;

Podemos conceituar o credenciamento como ato administrativo pelo qual o


indivíduo identifica-se perante a Administração Pública, e que constitui
requisito prévio à sua participação em todo e qualquer pregão presencial.
Credenciamento
É NECESSÁRIO AO LICITANTE SER PREVIAMENTE CREDENCIADO?
Como a etapa competitiva do certame realiza-se por intermédio da Internet, há a
necessidade de que todos os atos praticados pelos licitantes sejam identificados e
reputados autênticos. Daí o motivo por que o prévio cadastramento é indispensável.

Dec. 10.024/2019 - Art. 9º A autoridade competente do órgão ou da entidade promotora da


licitação, o pregoeiro, os membros da equipe de apoio e os licitantes que participarem do
pregão, na forma eletrônica, serão previamente credenciados, no sistema eletrônico.
Art. 10 Na hipótese de pregão promovido por órgão integrante do SISG, o credenciamento
do licitante e sua manutenção dependerão de registro prévio e atualizado no SICAF.
Art. 11. O credenciamento no SICAF permite a participação dos interessados em
qualquer pregão, na forma eletrônica, exceto quando o seu cadastro no SICAF tenha sido
inativado ou excluído por solicitação do credenciado ou por determinação legal. .
Credenciamento
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 3, DE 26 DE ABRIL DE 2018

Art. 3º O SICAF conterá os registros da habilitação jurídica, da regularidade


fiscal e da qualificação econômico-financeira, bem como das sanções
aplicadas pela Administração Pública, (...)
Art. 5º Para iniciar o procedimento do registro cadastral, o fornecedor interessado,
ou quem o represente, deverá acessar o SICAF no Portal de Compras do Governo
Federal, no sítio eletrônico www.comprasgovernamentais.gov.br, por meio de
Certificado Digital (...)
Art. 7º É de responsabilidade do cadastrado conferir a exatidão dos seus
dados cadastrais no SICAF e mantê-los atualizados (...)
Art. 8º O cadastrado poderá a qualquer tempo solicitar a inativação ou exclusão
do seu cadastro no SICAF, de forma eletrônica, desde que não esteja executando
obrigações contratuais ou cumprindo sanção ou pena registrada no SICAF.
Credenciamento
Próprio Representante
Comprovação de Poderes
Interessado Legal

Formular Praticar
propostas demais Atos
Abertura da Sessão
Entrega da
documentação
Dec. 3.555/2000
Art. 9º - As atribuições do pregoeiro incluem:
II - o recebimento dos envelopes das propostas
de preços e da documentação de habilitação; Declarações
III - a abertura dos envelopes das propostas de
preços, o seu exame e a classificação dos
proponentes;
Proposta
Art. 11 -
V - aberta a sessão, os interessados ou seus
representantes legais entregarão ao pregoeiro,
em envelopes separados, a proposta de preços
e a documentação de habilitação;
Habilitação
Inclusão da Proposta e Habilitação
Dec. 10.024/2019
Art. 26. Após a divulgação do edital no sítio eletrônico, os licitantes encaminharão,
exclusivamente por meio do sistema, concomitantemente com os documentos de
habilitação exigidos no edital, proposta com a descrição do objeto ofertado e o
preço, até a data e o horário estabelecidos para abertura da sessão pública.
§ 1º A etapa de que trata o caput será encerrada com a abertura da sessão pública.
§ 6º Os licitantes poderão retirar ou substituir a proposta e os documentos de habili-
tação anteriormente inseridos no sistema, até a abertura da sessão pública.

Incluir no Sistema até o dia da Sessão

Proposta Habilitação
Abertura da Sessão
Dec. 10.024/2019
Art. 27. A partir do horário previsto no edital, a sessão pública na internet será
aberta pelo pregoeiro com a utilização de sua chave de acesso e senha.
§ 2º O sistema disponibilizará campo próprio para troca de mensagens (...)
Art. 28. O pregoeiro verificará as propostas apresentadas e desclassificará aque-
las que não estejam em conformidade com os requisitos estabelecidos no edital.
Art. 29. O sistema ordenará automaticamente as propostas classificadas (...)

FORNECEDOR PREGOEIRO O SISTEMA ORDENA


CADASTRA A VERIFICA A AS PROPOSTAS
PROPOSTA CONFORMIDADE AUTOMATICAMENTE
Classificação Inicial

VERIFICAR CONFORMIDADE
DA PROPOSTA

SE ATENDER AO EDITAL CLASSIFICADA

SE NÃO ATENDER AO EDITAL DESCLASSIFICADA


Classificação Inicial
Dec. 3.555/2000 - Art. 11
VI - o pregoeiro procederá à abertura dos envelopes contendo as propostas de preços e
classificará o autor da proposta de menor preço e aqueles que tenham apresentado propostas em
valores sucessivos e superiores em até dez por cento, relativamente à de menor preço;
VII - quando não forem verificadas, no mínimo, três propostas escritas de preços nas condições
definidas no inciso anterior, o pregoeiro classificará as melhores propostas subsequentes, até o
máximo de três, para que seus autores participem dos lances verbais, quaisquer que sejam os
preços oferecidos nas propostas escritas;

REGRAS
MENOR PREÇO E
ATÉ 3 OFERTAS
VARIAÇÕES ATÉ
(QUAISQUER PREÇO)
10% SUPERIORES
Classificação Inicial
MENOR PREÇO e ATÉ 10% SUPERIOR
1º A R$ 1000,00
2º B R$ 1050,00 5%
3º C R$ 1080,00 8%
4º D R$ 1084,00 8,4%
SITUAÇÃO I 5º E R$ 1085,00 8,5%
6º F R$ 1090,00 9%
7º G R$ 1092,00 9,2%
8º H R$ 1100,00 10,0%
9º I R$ 1150,00 15%
10º J R$ 1200,00 20%
Classificação Inicial
OFERTAS COM VALORES ACIMA DE 10% DO
MENOR PREÇO, ATÉ O LIMITE DE 3 PROPOSTAS

1º V R$ 1000,00
2º W R$ 1200,00 20%
SITUAÇÃO II 3º X R$ 1300,00 30%
4º Y R$ 1350,00 35%
5º Z R$ 1400,00 40%
Sessão de Lances

LANCES VERBAIS E SUCESSIVOS DE VALORES DISTINTOS E


DECRESCENTES.

LANCES SEQUENCIAIS A PARTIR DO AUTOR DA PROPOSTA


CLASSIFICADA DE MAIOR PREÇO.
Sessão de Lances
Simulação com 3 propostas classificadas:

1ª - V com preço de R$ 1.000,00.


2ª - W com preço de R$ 1.200,00.
3ª - X com preço de R$ 1.300,00.

Como prossegue a fase de lances ?


Sessão de Lances
Dec. 3.555/2000 - Art. 11
IX - o pregoeiro convidará individualmente os licitantes
classificados, de forma seqüencial, a apresentar lances
verbais, a partir do autor da proposta classificada de
maior preço e os demais, em ordem decrescente de valor;

Nessa fase, o pregoeiro questiona direta e expressamente


cada uma das licitantes classificadas, partindo da ordem
inversa de classificação em cada rodada, até que todas
se manifestem pela desistência de ofertar novos lances.
Sessão de Lances
1ª rodada:
X oferece o lance de R$ 999,00.
W desiste de ofertar lances.
V oferece o lance de R$ 998,00.

2ª rodada:
X oferece o lance de R$ 950,00.
V desiste de ofertar lances.
Sessão de Lances
Nesse contexto a dinâmica de classificação foi:

Inicialmente: 1º V com R$ 1.000,00.


2º W com R$ 1.200,00.
3º X com R$ 1.300,00.

Após a 1ª rodada: 1º V com R$ 998,00.


2º X com R$ 999,00.
3º W com R$ 1.200,00.

Final 1º X com R$ 950,00.


2º V com R$ 998,00.
3º W com R$ 1.200,00.
Classificação Final
O ordenamento final das propostas ocorre após a
desistência dos licitantes em ofertar novos lances.
IMPLICAÇÕES DE SER CLASSIFICADO EM 1º LUGAR?
- sujeitar-se a eventuais ônus prévios à contratação;
exemplo

- sujeitar-se ao teor ofertado em sua proposta;


- expor-se ao risco de sanão no caso de não ser habilitado.

Acórdão 1634/2007 Plenário


Na modalidade pregão, é vedada a exigência de apresentação de amostras
antes da fase de lances, devendo a obrigação ser imposta somente ao
licitante provisoriamente classificado em primeiro lugar.
Modos de disputa
Dec. 10.024/2019
Art. 31. Serão adotados para o envio de lances no pregão eletrônico os
seguintes modos de disputa:
I - aberto - os licitantes apresentarão lances públicos e sucessivos, com
prorrogações, conforme o critério de julgamento adotado no edital; ou
II - aberto e fechado - os licitantes apresentarão lances públicos e
sucessivos, com lance final e fechado, conforme o critério de julgamento
adotado no edital.
Modos de disputa
ABERTO ou ABERTO/FECHADO
1º A R$ 1048,00
2º B R$ 1050,00
3º C R$ 1080,00
4º D R$ 1084,00
MODO 5º E R$ 1085,00
ABERTO 6º F R$ 1090,00
7º G R$ 1092,00
8º H R$ 1100,00
9º I R$ 1150,00
10º J R$ 1200,00
Modos de disputa
ABERTO ou ABERTO/FECHADO
1º A R$ 1048,00 10%
2º B R$ 1050,00
3º C R$ 1080,00
MODO 4º D R$ 1174,00
ABERTO/ 5º E R$ 1185,00
6º F R$ 1190,00
FECHADO 7º G R$ 1192,00
8º H R$ 1200,00 1º - 1025,00
9º I R$ 1250,00 2º - 1030,00
10º J R$ 1290,00 3º - 1040,00
Modo Aberto
Dec. 10.024/2019
Art. 32. No modo de disputa aberto, (...) a etapa de envio de lances na sessão
pública durará dez minutos e, após isso, será prorrogada automaticamente
pelo sistema quando houver lance ofertado nos últimos dois minutos do
período de duração da sessão pública.
§ 1º A prorrogação automática da etapa de envio de lances, de que trata o caput,
será de dois minutos e ocorrerá sucessivamente sempre que houver lances
enviados nesse período de prorrogação, inclusive quando se tratar de lances
intermediários.
§ 3º Encerrada a sessão pública sem prorrogação automática pelo sistema, nos
termos do disposto no § 1º, o pregoeiro poderá, assessorado pela equipe de
apoio, admitir o reinício da etapa de envio de lances, em prol da consecução
do melhor preço disposto no parágrafo único do art. 7º, mediante justificativa.
Modo Aberto/Fechado
Dec. 10.024/2019
Art. 33. No modo de disputa aberto e fechado, (...) a etapa de envio de lances
da sessão pública terá duração de quinze minutos.
§ 1º Encerrado o prazo previsto no caput, o sistema encaminhará o aviso de
fechamento iminente dos lances e, transcorrido o período de até dez
minutos, aleatoriamente determinado, a recepção de lances será encerrada.
§ 2º (...) o sistema abrirá a oportunidade para que o autor da oferta de valor
mais baixo e os autores das ofertas com valores até dez por cento superiores
àquela possam ofertar um lance final e fechado em até cinco minutos, que
será sigiloso até o encerramento deste prazo.
§ 3º Na ausência de, no mínimo, três ofertas nas condições de que trata o § 2º,
os autores dos melhores lances subsequentes, na ordem de classificação, até
o máximo de três, poderão oferecer um lance final e fechado (...)
Classificação Final
Dec. 10.024/2019
Art. 33. § 4º Encerrados os prazos estabelecidos nos § 2º e § 3º, o sistema
ordenará os lances em ordem crescente de vantajosidade.

1º B R$ 1025,00
2º A R$ 1030,00
3º C R$ 1040,00

Art. 33. § 6º Na hipótese de não haver licitante classificado na etapa de lance


fechado que atenda às exigências para habilitação, o pregoeiro poderá (...)
admitir o reinício da etapa fechada (...)
Aceitação
Dec. 10.024/2019
Art. 39. Encerrada a etapa de negociação de que trata o art. 38, o
pregoeiro examinará a proposta classificada em primeiro lugar
quanto à adequação ao objeto e à compatibilidade do preço em
relação ao máximo estipulado para contratação no edital (...).

VERIFICA-SE REGRAS DO EDITAL


ENCERRADA A
A CONFORMIDADE
ETAPA DE
DA PROPOSTA DO
NEGOCIAÇÃO 1º COLOCADO VALOR ESTIMADO
Aceitação
É VEDADO NO PREGÃO:
• Exigir garantia de proposta;
• Aquisição de edital pelos licitantes como condição para
participação;
• Cobrança de taxas ou emolumentos exceto o custo da
reprodução do edital.

Dec. 3.555/2000 - Art. 15


Aceitação
Propostas com Preços Inexequíveis
 É possível aplicar a regra do art. 48, § 1º, da Lei 8666/93?
 valor inferior a 70% do menor dos valores:
a) valor estimado;
b) média dos preços superiores a 50% do estimado.

 Não, pois tal regra refere-se a obras e serviços de engenharia!


 Nas compras, somente se houver regra expressa no edital.
 Mesmo assim, é preciso conceder contraditório e ampla defesa
ao licitante, oportunizando a ele comprovar a exequibilidade do
preço ofertado.
Aceitação x Amostras
“Limite-se a exigir a apresentação de amostras ou
protótipos dos bens a serem adquiridos ao licitante
provisoriamente em primeiro lugar, nos termos dos
incisos XII e XIII do art. 4º da Lei no 10.520/2002 c/c art.
30 da Lei no 8.666/1993, observando-se, no instrumento
convocatório, os princípios da publicidade dos atos, da
transparência, do contraditório e da ampla defesa.”

(Acórdão 1113/2008 Plenário – TCU)


Negociação

Dec. 3.555/2000 - Art. 11


XVI - nas situações previstas nos incisos XI, XII e XV, o pregoeiro poderá
negociar diretamente com o proponente para que seja obtido preço melhor;
a) caso não se realizem lances verbais (...);
b) declarada encerrada a etapa competitiva e ordenadas as propostas, o
pregoeiro examinará a aceitabilidade da primeira classificada (...);
c) se a oferta não for aceitável ou se o licitante desatender às exigências
habilitatórias, o pregoeiro examinará a oferta subseqüente(...)
Negociação
Dec. 10.024/2019
Art. 38. Encerrada a etapa de envio de lances da sessão pública, o pregoeiro
deverá encaminhar, pelo sistema eletrônico, contraproposta ao licitante que
tenha apresentado o melhor preço, para que seja obtida melhor proposta,
vedada a negociação em condições diferentes das previstas no edital.
§ 1º A negociação será realizada por meio do sistema e poderá ser
acompanhada pelos demais licitantes.
§ 2º O instrumento convocatório deverá estabelecer prazo de, no mínimo, duas
horas, contado da solicitação do pregoeiro no sistema, para envio da
proposta e, se necessário, dos documentos complementares, adequada ao
último lance ofertado após a negociação de que trata o caput.
Negociação
“A negociação é um instrumento valioso utilizado para a construção de
acordos nos certames, uma vez que fornece condições e oportunidades
para que os diferentes atores explorem e esclareçam seus interesses
(comuns ou não) no pregão.”

“Fase semelhante à dos lances, a negociação, porém, é efetuada


diretamente com a proposta de menor preço, resultante da fase anterior.
Novamente, o pregoeiro deverá usar de toda sua habilidade para
convencer o licitante a reduzir ainda mais o preço.”

www.governoemrede.sp.gov.br/EaD/comunicacao/glossario
Negociação
“De acordo com a legislação específica, o Pregoeiro deve
buscar a negociação do preço em três momentos: após o
lance final, quando se frustrar a contratação com o melhor
lance e quando não for oferecido nenhum lance.”

“(...) a base da negociação deve ser uma ampla e precisa


pesquisa de preços que permita ao Pregoeiro, antes
mesmo do início do certame, conhecer o mercado e,
chegado o momento da negociação, vislumbrar a
possibilidade, ou não, de redução da margem de lucro.”
Gabriela Verona Pércio
Habilitação
Dec. 10.024/2019
Art. 40. Para habilitação dos licitantes, será exigida, exclusivamente, a
documentação relativa:
I - à habilitação jurídica;
II - à qualificação técnica;
III - à qualificação econômico-financeira;
IV - à regularidade fiscal e trabalhista;
V - à regularidade fiscal perante as Fazendas Públicas estaduais,
distrital e municipais, quando necessário; e
VI - ao cumprimento do disposto no inciso XXXIII do caput do art. 7º
da Constituição e no inciso XVIII do caput do art. 78 da Lei nº
8.666, de 1993.
Habilitação
• HABILITAÇÃO JURÍDICA
COMPROVAÇÃO DAS • QUALIFICAÇÃO TÉCNICA
EXIGÊNCIAS EDITALÍCIAS • QUALIFICAÇÃO ECONÔMICO-
ECONÔMICO-
FINANCEIRA
• REGULARIDADE FISCAL

• FAZENDA NACIONAL
VERIFICAÇÃO DA
REGULARIDADE FISCAL • FGTS
• SEGURIDADE SOCIAL
Habilitação
Inexistência de Fato Impeditivo
DECLARAÇÃO Elaboração independente de proposta
Inexistência de vínculo familiar

Insalubre
Menor de 18 anos Noturno
CUMPRIMENTO DO Perigoso
ARTIGO 7º, INCISO XXXIII, Qualquer
Menor de 16 anos Trabalho
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
PROIBIÇÃO DE TRABALHO Somente
A partir de 14 anos Aprendiz
Habilitação
A DOCUMENTAÇÃO DA HABILITAÇÃO JÁ FOI CARREGADA NO
SISTEMA NO MOMENTO DO CADASTRAMENTO DA PROPOSTA

Dec. 10.024/2019
Art. 40. Parágrafo único. A documentação exigida para atender ao
disposto nos incisos I, III, IV e V do caput poderá ser substituída pelo
registro cadastral no Sicaf e em sistemas semelhantes (...)
Art. 41. Quando permitida a participação de empresas estrangeiras na
licitação, as exigências de habilitação serão atendidas mediante
documentos equivalentes, inicialmente apresentados com tradução livre.
Habilitação - Registros Cadastrais
O cadastro regular no SICAF substitui a habilitação jurídica,
a qualificação econômico – financeira e a regularidade fiscal
(Decr. 3722/2001, art. 1º, § 1º e § 2º).
Segundo a Lei 8.666/93:
Art. 34. Para fins de habilitação, válidos por, no máximo, um ano.
Art. 35. O interessado proverá os elementos para manutenção cadastro;
Art. 36. Os inscritos serão classificados por categorias, de acordo com a
especialização, qualificação técnica e econômica.
Art. 36, § 2º. Haverá o registro de ocorrências.
Art. 37. A qualquer tempo será suspenso ou cancelado o registro do
inscrito que deixar de satisfazer as exigências.
Habilitação

O PREGOEIRO PODERÁ SANAR FALHAS DA HABILITAÇÃO

Dec. 10.024/2019
Art. 40. O pregoeiro poderá, no julgamento da habilitação e das
propostas, sanar erros ou falhas que não alterem a substância das
propostas, dos documentos e sua validade jurídica, mediante decisão
fundamentada, registrada em ata e acessível aos licitantes, e lhes atribuirá
validade e eficácia para fins de habilitação e classificação, (...)
Outros Aspectos da Habilitação
VISITA TÉCNICA

“A vistoria ao local das obras somente deve ser exigida quando for
imprescindível ao cumprimento adequado das obrigações contratuais, o
que deve ser justificado e demonstrado pela Administração no processo de
licitação, devendo o edital prever a possibilidade de substituição do
atestado de visita técnica por declaração do responsável técnico de que
possui pleno conhecimento do objeto, conforme Acórdãos 983/2008,
2.395/2010, 2.990/2010, 1.842/2013, 2.913/2014, 234/2015 e 372/2015, todos
do Plenário do TCU"

(Acórdão 1447/2015 Plenário - TCU)


Outros Aspectos da Habilitação
ESCRITÓRIO LOCAL DA CONTRATANTE
“28. Não havendo impedimentos de caráter legal para tal exigência, que tem
por objetivo diminuir potenciais problemas quanto à regular execução
contratual, considero adequada a proposta do grupo de que a administração
requeira, no edital, que a empresa contratada possua ou se comprometa “a
montar matriz, filial ou escritório em local previamente definido no edital,
com pessoal qualificado e em quantidade suficiente para gerir o contrato”.
Evidentemente, deve ser evitada a formulação de exigências desarrazoadas
em termos de estrutura administrativa local, de forma a onerar
desproporcionalmente as empresas, inibindo desnecessariamente a
competitividade do certame, somente se exigindo que a contratada possua
uma estrutura mínima que garanta a boa execução contratual."

(Acórdão 1214/2013 Plenário – TCU)


Intenção de Recurso
INTENÇÃO DE RECURSO VERBAL E MOTIVADA

O acolhimento de recurso
não prejudica outros atos!
(Art. 4°, XIX, da Lei 10.520/02) NO FINAL DA SESSÃO

Dec. 3.555/2000 - Art. 11


XVII - a manifestação da intenção de interpor recurso será feita no final
da sessão, com registro em ata da síntese das suas razões, podendo os
interessados juntar memoriais no prazo de três dias úteis;
XVIII - o recurso contra decisão do pregoeiro não terá efeito suspensivo;
XIX - o acolhimento de recurso importará a invalidação apenas dos atos
insuscetíveis de aproveitamento;
Intenção de Recurso
Dec. 10.024/2019
Art. 44. Declarado o vencedor, qualquer licitante poderá, durante o
prazo concedido na sessão pública, de forma imediata, em campo
próprio do sistema, manifestar sua intenção de recorrer.
§ 1º As razões (...) deverão ser apresentadas no prazo de três dias.
§ 2º Os demais licitantes ficarão intimados para, se desejarem,
apresentar suas contrarrazões, no prazo de três dias, contado da data
final do prazo do recorrente, assegurada vista (...)
§ 3º A ausência de manifestação imediata e motivada do licitante
quanto à intenção de recorrer, nos termos do disposto no caput,
importará na decadência desse direito, e o pregoeiro estará autorizado
a adjudicar o objeto ao licitante declarado vencedor.
Intenção de Recurso
HOUVE INTENÇÃO DE RECURSO?

SIM
INTENÇÃO ACEITA
NÃO PELO PREGOEIRO
SIM
JULGAMENTO DO RECURSO
ADJUDICAÇÃO PELO
PELA AUTORIDADE
PREGOEIRO
COMPETENTE

ADJUDICAÇÃO PELA AUTORIDADE COMPETENTE

HOMOLOGAÇÃO PELA AUTORIDADE COMPENTE


Adjudicação
"ato pelo qual a Administração, em vista do eventual contrato
a ser travado, proclama satisfatória a proposta classificada
em primeiro lugar".
Celso Antônio Bandeira de Mello

"ato constitutivo do direito ao contrato, condicionado a sua


eficácia à sua confirmação pela autoridade superior, através
da homologação.”
Diógenes Gasparini
Adjudicação
Efeitos Jurídicos da Adjudicação:
# a sujeição do adjudicatário as penalidades previstas no edital
e à perda de eventuais garantias oferecidas, se não assinar o
contrato no prazo e condições estabelecido;
# aquisição do direito de contratar com a administração nos
termos em que o adjudicatário venceu a licitação;
# a vinculação do adjudicatário a todos os encargos
estabelecidos no edital e aos prometidos na sua proposta;
# uma vez adjudicado o objeto da licitação, os demais licitantes
não podem mais ser obrigados pelos efeitos da sua proposta.
Adjudicação
É o ato formal da autoridade competente que, pondo
fim à disputa no procedimento licitatório, atribui o
objeto ao licitante classificado em primeiro lugar.
Este ato é de competência da autoridade com
poderes para vincular a pessoa administrativa,
mas poderá ser realizado pelo pregoeiro, caso não
houver recurso.
Adjudicação
ADJUDICAÇÃO PELO
HOUVE RECURSO NÃO
PREGOEIRO
PROTOCOLADO
ADJUDICAÇÃO PELA
NO ÓRGÃO? SIM
AUTORIDADE SUPERIOR

Dec. 10.024/2019
Art. 45. Decididos os recursos e constatada a regularidade dos atos
praticados, a autoridade competente adjudicará o objeto e
homologará o procedimento licitatório (...)
Art. 46. Na ausência de recurso, caberá ao pregoeiro adjudicar o
objeto e encaminhar o processo devidamente instruído à autoridade
superior e propor a homologação (...)
Homologação
Dec. 10.024/2019
Art. 13. Caberá à autoridade competente, de acordo com as
atribuições previstas no regimento ou no estatuto do órgão ou da
entidade promotora da licitação:
VI - homologar o resultado da licitação; e

Art. 48. Após a homologação, o adjudicatário será convocado para


assinar o contrato ou a ata de registro de preços no prazo estabelecido
no edital.
Homologação
A homologação deriva da analise global e completa dos
trabalhos da autoridade responsável pela licitação. Significa
julgar conveniente a proposta classificada em primeiro lugar.
A homologação possui eficácia declaratória enquanto confirma os
atos praticados no curso da licitação. E, possui eficácia
constitutiva quando proclama a conveniência da licitação e
exaure a competência discricionária sobre esse tema.
Após a homologação e adjudicação, não mais podem ser
exercitadas quaisquer competências discricionárias ou
vinculadas atribuídas pela lei para exercício no curso da licitação.
O juízo de conveniência emitido pela Administração não pode
ser revisto, salvo se houver nulidade.
Homologação
ENTENDIMENTO DO TCU
ACÓRDÃO Nº 3785/2013 – TCU – 2ª Câmara
25.A homologação de procedimento licitatório é ato administrativo que conserva
o condão de ratificar todos os atos pretéritos praticados, assumindo a
responsabilidade integral a autoridade signatária. É o entendimento reiterado e
remansoso da jurisprudência do Tribunal de Contas da União (Acórdãos
113/1999, 681/2005, 1.851/2005, 509/2005 e 137/2010, todos do Plenário;
1685/2007 e 3.787/2012, ambos da Segunda Câmara). Tampouco pode socorrer à
defesa argumentos de excesso de atribuições e de trabalho que inviabilizem o
exame acurado de cada processo que lhe seja submetido para esse mister.
Tendo liberdade relativa para montar suas equipes de trabalho, supõe-se serem
de sua confiança os subordinados colaboradores, cujas falhas são absorvidas
sob sua responsabilidade, por culpa in eligendo.
Homologação
LISTA DE VERIFICAÇÃO

Orientação Normativa nº 02, de 06 JUN 16

a. prevê que os pregoeiros e as equipes de apoio deverão adotar nos


processos de aquisição de materiais e serviços as listas de verificação,
visando ao aperfeiçoamento dos procedimentos realizados nos pregões
eletrônicos, devendo ser utilizado em pregões presenciais, naquilo que
for compatível;
...
c. as listas deverão ser juntadas aos processos pelos pregoeiros e
poderão ser adequadas pelo órgão ou entidade, desde que respeitados
os elementos mínimos que as compõem e a legislação em vigor.
Documentos dos Autos
Lei 10.520/02 - Art. 8º
Os atos essenciais do pregão, inclusive os decorrentes de meios
eletrônicos, serão documentados no processo respectivo (...)

Dec. 10.024/2019
Art. 8º. - § 1º A instrução do processo licitatório poderá ser realizada
por meio de sistema eletrônico, de modo que os atos e os documentos
de que trata este artigo, constantes dos arquivos e registros digitais,
serão válidos para todos os efeitos legais, inclusive para comprovação
e prestação de contas.
§ 2º A ata da sessão pública será disponibilizada na internet (...) livre.
Art. 58. Os arquivos e os registros digitais relativos ao processo (...)
permanecerão à disposição dos órgãos de controle interno e externo.
Documentos dos Autos

ATA
REGISTRO DAS LEITURA
OCORRÊNCIAS

ASSINATURA

LICITANTES PREGOERIO
CREDENCIADOS EQUIPE DE APOIO
Voltar a fase de Aceitação
Situações em que outro licitante é convocado:
1. SE A OFERTA DO VENCEDOR NÃO FOR ACEITÁVEL OU
DESATENDER AS EXIGÊNCIAS HABILITATÓRIAS.
Art. 4º, XVI, da Lei 10.520/02.

2. SE O VENCEDOR NÃO CELEBRAR O CONTRATO.


Art. 4º, XXIII, da Lei 10.520/02.

3. QUANDO O VENCEDOR NÃO APRESENTAR SITUAÇÃO REGULAR


NO ATO DA ASSINATURA DO CONTRATO.
Art. 11, XXII, do Decreto 3.555/00.

Obedecida a ordem de classificação!


Sanções Administrativas
TIPOS PENAIS CONSEQÜÊNCIAS
1. NÃO CELEBRAR O CONTRATO. Área federal
2. NÃO APRESENTAR A IMPEDIDO DE LICITAR E
DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA. CONTRATAR COM A UNIÃO
3. APRESENTAR DOCUMENTAÇÃO
DESCREDENCIADO NO
FALSA.
SICAF POR ATÉ 5 ANOS
4. ENSEJAR O RETARDAMENTO DA
LICITAÇÃO. MULTAS PREVISTAS NO
5. NÃO MANTIVER A PROPOSTA. EDITAL E NO CONTRATO
6. FALHAR OU FRAUDAR NA
EXECUÇÃO DO CONTRATO. Art. 7º, da Lei 10.520/02.
7. COMPORTAR-SE DE MODO
INIDÔNEO.
8. COMETER FRAUDE FISCAL.
Prazos do Pregão
Lei Decreto Decreto
Evento
10.520/02 3.555/00 10.024/19
Mínimo para apresentação da proposta, a 8 dias úteis 8 dias úteis 8 dias úteis
contar da publicação do aviso. Art. 4º, V Art. 11, III Art. 25
2 dias úteis 3 dias úteis
Solicitar esclarecimentos ou impugnar o antes antes
-
edital.
Art. 12 Art. 23 e 24

24 horas 2 dias úteis


Decisão do pregoeiro. -
Art. 12, § 1º Art. 23 e 24
20 dias a
contar da
Publicação do extrato de contrato. - -
assinatura
Art. 20
Prazos do Pregão
Decreto Decreto
Evento Lei 10.520/02
3.555/00 10.024/19
manifestação
no final da de forma
Manifestar sua intenção de recorrer. imediata e
sessão imediata
motivada

Apresentação das razões do recurso pelo 3 dias 3 dias úteis 3 dias


licitante que manifestar interesse na
sessão pública. Art. 4º, XVIII Art. 11, XVII Art. 44, § 1º

Apresentação de contrarrazões ao 3 dias 3 dias úteis 3 dias


recurso, a contar do término do prazo do
recorrente. Art. 4º, XVIII Art. 11, XVII Art. 44, § 2º

Prazo de validade das propostas, se outro 60 dias 60 dias 60 dias


não for fixado em edital. Art. 6º Art. 11, XXIV Art. 48, § 3º
Contagem dos Prazos
Lei nº 8.666/93 - Art. 110. Na contagem dos prazos estabelecidos nesta Lei,
excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do vencimento, e considerar-se-ão
os dias consecutivos, exceto quando for explicitamente disposto em contrário.

Parágrafo único. Só se iniciam e vencem os prazos referidos neste artigo em


dia de expediente no órgão ou na entidade.

Lei nº 10.520/02 - Art. 9º. Aplicam-se subsidiariamente, para a modalidade


de pregão, as normas da Lei nº 8.666/93.
Pontos controversos do Pregão
Intenção de recorrer
Pode o pregoeiro rejeitar sumariamente a intenção de recurso do licitante?
A manifestação da intenção de recorrer é direito inviolável ao licitante, e sendo
obedecidos os requisitos formais para a sua propositura, não é dado ao pregoeiro
sucumbir essa fase licitatória, adentrando-se ao mérito recursal. Analisar o mérito
recursal denota violação ao direito de petição, constitucionalmente garantido pelo
art. 5º, inc. XXXIV e LV, da CF/88, que trata da ampla defesa.
Acórdão nº 339/2010-TCU/Plenário
10.4. Isto posto, tem-se, portanto, que o juízo de admissibilidade da intenção de recorrer, na
modalidade pregão - tanto eletrônico como presencial -, levado a efeito pelo Pregoeiro, deve se limitar
à análise acerca da presença dos pressupostos recursais (sucumbência, tempestividade,
legitimidade, interesse e motivação), sendo vedado a este agente analisar, de antemão, o próprio
mérito recursal, em que pese lhe ser lícito examinar se os motivos apresentados na intenção de
recorrer possuem, em tese, um mínimo de plausibilidade para seu seguimento.
Lance intermediário
Pode o licitante oferecer lance com valor superior ao menor já registrado?
O Decreto nº 3697/00, art. 7º, inc. X, explicitava que “só serão aceitos os lances
cujos valores forem inferiores ao último lance que tenha sido anteriormente
registrado no sistema”.

O Decreto nº 5450/05, art. 24, § 3º, explica que: “o licitante somente poderá
oferecer lance inferior ao último por ele ofertado e registrado pelo sistema”.

Em se tratando de pregão comum, poderá o edital, ou mesmo o pregoeiro se o ato


convocatório do certame não houver disciplinado a questão, fixar percentual
mínimo entre os lanços, o que se justifica para evitar a formulação de lanços com
diferença irrisória entre um e outro.
Negociação
Após a definição do vencedor é obrigatória a negociação!
O Min. Bruno Dantas, ao examinar a questão, ressaltou que:
“no pregão, constitui poder-dever da Administração a tentativa de
negociação para reduzir o preço final, tendo em vista a maximização
do interesse público em obter-se a proposta mais vantajosa, mesmo
que eventualmente o valor da oferta tenha sido inferior à estimativa
da licitação. Nesse sentido, os Acórdãos 3.037/2009-P e 694/2014-P”.
Dessa forma, assentou o Tribunal de Contas da União ser irregular deixar a
Administração de negociar com a licitante vencedora a fim de obter melhor
proposta. Tal omissão, segundo a Corte de Contas, representa afronta ao art. 24,
§§ 8º e 9º, do Decreto 5.450/2005, e à própria jurisprudência do TCU.
Hoje vide art. 38 do Decreto 10.024/2019
Lista de Verificação (IN SLTI nº 002/2016)
LISTA DE VERIFICAÇÃO
Orientação Normativa nº 02, de 06 JUN 16

a. prevê que os pregoeiros e as equipes de apoio deverão adotar nos


processos de aquisição de materiais e serviços as listas de verificação,
visando ao aperfeiçoamento dos procedimentos realizados nos pregões
eletrônicos, devendo ser utilizado em pregões presenciais, naquilo que
for compatível;
...
c. as listas deverão ser juntadas aos processos pelos pregoeiros e
poderão ser adequadas pelo órgão ou entidade, desde que respeitados
os elementos mínimos que as compõem e a legislação em vigor.
Assinatura das ATAS no SRP
Quando o vencedor do pregão, se recusa em assinar a ata de registro de preços,
convoca-se o próximo pelo seu preço ou pelo preço do primeiro colocada?
Lei nº 10.520/2002 – Art. 4º
XVI - se a oferta não for aceitável ou se o licitante desatender às exigências habilitatórias, o
pregoeiro examinará as ofertas subseqüentes e a qualificação dos licitantes, na ordem de
classificação, e assim sucessivamente, até a apuração de uma que atenda ao edital, sendo o
respectivo licitante declarado vencedor;
XXIII - se o licitante vencedor, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não
celebrar o contrato, aplicar-se-á o disposto no inciso XVI.
Dec. 7892/2013
Art. 13 - Parágrafo único. É facultado à administração, quando o convocado não assinar a
ata de registro de preços no prazo e condições estabelecidos, convocar os licitantes
remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas
condições propostas pelo primeiro classificado.
https://www.youtube.com/watch?v=Vlc7morF8oI
Assinatura das ATAS no SRP
Uma vez celebrada a ata de registro de preços, as contratações dela decorrentes
prescindem de formalização mediante contrato ou instrumento equivalente?

Pode-se dizer que a Ata cria a obrigação para o particular de atender à solicitação da Administração,
quando feita dentro do prazo de validade do registro, mas não cria a obrigação propriamente dita de
fornecimento dos bens ou da prestação dos serviços, a qual somente surge com a celebração do contrato
ou do instrumento equivalente, conforme o caso, que deve ser firmado na medida das demandas efetivas.

Nessa linha, dispõe o Decreto 7.892/2013:


“Art. 15. A contratação com os fornecedores registrados será formalizada pelo órgão
interessado por intermédio de instrumento contratual, emissão de nota de empenho,
autorização de compra ou outro instrumento hábil, conforme o art. 62 da Lei nº 8.666, de 1993.”

Por isso mesmo é que a elaboração da Ata de Registro de Preços não se confunde e não pode
substituir o contrato/instrumento contratual propriamente dito, uma vez que esta (Ata) constitui mero
“compromisso para futuras contratações”, e o contrato (ou instrumento equivalente) gera a obrigatoriedade
de contraprestação de ambas as partes. Ambos são indispensáveis, portanto, no SRP.
Proposta inicial acima do preço máximo
O Decreto 3.555/00, nos incisos XI e XII do art. 11 diz que (i) caso não se
realizem lances verbais, será verificada a conformidade entre a proposta
escrita de menor preço e o valor estimado para a contratação e (ii) declarada
encerrada a etapa competitiva e ordenadas as propostas, o pregoeiro
examinará a aceitabilidade da primeira classificada, quanto ao objeto e valor,
decidindo motivadamente a respeito.

No Decreto 10.024/2019, em seu art. 39 assevera que encerrada a etapa de


negociação, o pregoeiro examinará a proposta classificada em primeiro
lugar quanto à compatibilidade do preço em relação ao máximo estimado para
contratação no edital.

Ou seja, somente após a etapa de lances é que se fará o julgamento da proposta


classificada em primeiro lugar quanto a sua aceitabilidade.
Inabilitação de licitante por impedimento indireto:
sócio impedido X empresa regular
Nova funcionalidade do SICAF emite alerta de “ocorrência impeditiva indireta” na
hipótese de circunstâncias suspeitas. Tal alerta não visa impedir a participação da
empresa no certame, mas autoriza a realização de diligência pelo órgão licitante.
Deve-se investigar as condições de constituição da pessoa jurídica ou do início da sua
relação com os sócios da empresa sancionada; a atividade econômica desenvolvida
pelas empresas; a composição do quadro societário e identidade dos dirigentes;
compartilhamento de estrutura física ou de pessoal; etc

Acórdão 1.831/2014-TCU
Em meu modo de ver, três características fundamentais permitem configurar a
ocorrência de abuso da personalidade jurídica neste caso:
a) a completa identidade dos sócios-proprietários;
b) a atuação no mesmo ramo de atividades;
c) a transferência integral do acervo técnico e humano.
Empresas com sócios em comum no mesmo item
Na legislação geral das licitações, não há nenhum impedimento para que
empresas com sócios comum participem da mesma licitação. O que deve ser
observado com atenção pela administração pública neste cenário, são ações
dessas empresas que possam ter violado o sigilo da proposta, a impessoalidade
ou a isonomia, causando interferência na livre competitividade do certame.

Acórdão nº 1793/2011 - TCU/P


O vínculo não é critério de impedimento suficiente para eliminar os licitantes de forma
automática. Contudo, para minimizar a possibilidade da ocorrência desses conluios, seria
recomendável, então, que os pregoeiros e demais servidores responsáveis pela condução
dos procedimentos licitatórios, tomassem ciência da composição societária das empresas
participantes dos certames, mediante alerta por intermédio do Comprasnet, a partir de
modificações no sistema a serem feitas pela SLTI, o que foi sugerido pela unidade técnica
ao relator, que acolheu a proposta, a qual foi referendada pelo Plenário.
Desclassificação prematura dos Licitantes
Qual deve ser a dosimetria do Pregoeiro ou da Comissão de Licitação ao se
deparar com erros de baixa materialidade na documentação do licitante?
A licitação é um procedimento formal, cronológico, que exige sejam seguidas as condições,
formatações e prazos definidos no edital e na legislação. Destarte, seguir um
procedimento formal não significa que a Administração deve ser formalista, muito
menos fazer exigências inúteis ou desnecessárias ao objetivo final, qual seja, a
melhor aquisição para a administração pública.
Deste modo, necessário se faz que o Administrador quando da aplicação da Lei de
Licitação, busque não somente a aplicação literal do dispositivo legal, mas também se
detenha nos princípios norteadores em busca da solução que melhor prestigie o interesse
público. O princípio da razoabilidade limita, pelos seus próprios fundamentos, a
arbitrariedade administrativa. A decisão discricionária só é legítima se for legal e
razoável. É dever do gestor amparar-se na faculdade estatuída no artigo 43, § 3º, da Lei
nº 8.666/93 de promover diligências destinadas a esclarecer ou complementar a
instrução do processo licitatório em qualquer fase em que este se encontre.
Com base no voto do ACÓRDÃO Nº 2239/2018 – TCU – Plenário
Desclassificação prematura dos Licitantes
FORMALISMO MODERADO. ACÓRDÃO Nº 61/2019 - TCU - Plenário.
9.6. comunicar à ECT que, na condução de licitações, falhas sanáveis ou meramente
formais, identificadas na documentação das proponentes, não devem levar
necessariamente à inabilitação ou à desclassificação, cabendo à comissão de licitação
promover as diligências destinadas a esclarecer dúvidas ou complementar o processamento
do certame, conforme decisões do TCU (Ac 2.459/2013, 3.418/2014 e 3.340/2015 - Plenário);

FORMALISMO MODERADO. ACÓRDÃO Nº 2239/2018 - TCU - Plenário.


9.3. dar ciência ao SEBRAE/PA que a desclassificação de proposta vantajosa à
Administração por erro de baixa materialidade que possa ser sanado mediante diligência
afronta o interesse público e contraria a ampla jurisprudência deste Tribunal;

FORMALISMO EXCESSIVO. ACÓRDÃO Nº 2076/2018 - TCU - Plenário.


9.2. determinar à UFSC que, em futuras licitações, evite o excesso de formalismo,
promovendo, nos limites da lei, diligências necessárias a impedir a desclassificação de
propostas potencialmente vantajosas para a administração;
Desclassificação prematura dos Licitantes
MARÇAL JUSTEN FILHO, leciona com propriedade que:
“(...) é imperioso avaliar a relevância do conteúdo da exigência. Não é
incomum constar no edital que o descumprimento de qualquer exigência
formal acarretará a nulidade da proposta. A aplicação dessa regra tem de
ser temperada pelo princípio da razoabilidade. É necessário ponderar os
interesses existentes e evitar resultados que, a pretexto de tutelar o
interesse público de cumprir o edital, produzam a eliminação de
propostas vantajosas para os cofres públicos. Certamente, não
haveria conflito se o ato convocatório reservasse a sanção de nulidade
apenas para as desconformidades efetivamente relevantes. Mas nem
sempre é assim. Quanto o defeito é irrelevante, tem de interpretar-se a
regra do edital com atenuação.” (JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários a
Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 10ª. Edição, pág. 442/443).
Projeto de Lei nº 1292/95 e 6814/17
Texto base aprovado em 25/06/19 no Plenário da Câmara dos Deputados

Art. 12 – inc. III - O desatendimento de exigências


meramente formais que não comprometam a aferição da
qualificação do licitante ou a compreensão do conteúdo de sua
proposta não importará seu afastamento da licitação ou a
invalidação do processo.
Art. 57 - § 1º - No julgamento da habilitação, a comissão de
licitação poderá sanar erros ou falhas que não alterem a
substância dos documentos e sua validade jurídica, mediante
despacho fundamentado registrado e acessível a todos,
atribuindo-lhes eficácia para fins de habilitação e classificação.
Aquisições Centralizadas Portaria nº 295/MP, de 26/9/2018, atribuiu à
Central de Compras a responsabilidade
sobre as compras de materiais de consumo
administrativos no âmbito da administração
pública federal direta, realizadas no DF.

Corporativas
Aquisições
Públicas
A tendência de centralização, que vem sendo Setoriais
seguida por diversos gestores no país, e tem
como principal objetivo dotar maior escala,
economicidade, praticidade, transparência e
eficiência no âmbito das compras do governo.
Conclusão

“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais


inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.
Frase de Leon Megginson, professor de Administração e Marketing da
Louisiana State University, gravada em uma placa de mármore do átrio
da Academia de Ciências da Califórnia, muitas vezes atribuída
erroneamente a Charles Darwin.
Foi um Privilégio!!!

Jorge Carlos Vogelmann Jr – Major QCO Cont


Adjunto da Seção de Apoio Técnico e Treinamentos/9ª ICFEx
CRC/RS 67.820/O-0
vogelmann.jorge@eb.mil.br

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