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A primeira ideia quando se fala em Relações Internacionais, sem dúvidas, é a

visibilidade internacional que essa profissão tem. Para além de uma abordagem pré-
conceituosa sobre o tema, é importante lembrar que ela não se delimita somente nesse
viés. Quando se estuda relações internacionais, caminha-se para a área das ciências
sociais, ciências políticas, econômicas estabelecidas entre diferentes países,
transpassando pela complexidade que esse conjunto possuí na atualidade.
O estudo ganha forma no período entre guerras, quando compreender os
fenômenos internacionais é a chave de interpretação para as tomadas futuras de decisão.
Nesse sentido, cada corrente teórica aborda temas e objetos centrais para embasar e
justificar os processos cada vez mais recorrentes em um mundo que caminha para a
globalização. Após o boom das instituições de abrangência internacional e as trocas
cada vez mais intensas de comércio, o internacionalista se torna fundalmente nas
relações entre sociedades distintas.
No Brasil, o primeiro curso surge na Universidade de Brasília (UnB). Mas de
fato, é em 2000 que há o transbordamento e a popularização do curso nas universidades
brasileiras. A Universidade Federal do ABC institui um curso interdisciplinar em
relações internacionais com o objetivo de dar ao aluno uma base ampla focada nas
dimensões políticas e econômicas da nova inserção do Brasil no sistema internacional
em prol de seu desenvolvimento econômico e social.,
Percebe-se um fato curioso no contexto brasileiro. Por mais que houve o boom
do curso anos atrás e uma maior inserção brasileira no mercado internacional, o
mercado de trabalho não acompanhou o crescimento em proporções igualitárias. Hoje,
51% dos estudantes de Relações Internacionais não exercem sua profissão na área de
formação e, ao responderem qual a frente do estudo que mais utilizam na área
profissional, quase 42% responderam que utilizam conceitos de economia e comércio
aplicados a outras áreas como comércio exterior, trocas meramente comerciais, entre
outros.

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