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Estamos chegando no 1/3 final do curso e eu queria aqui fazer uma recapitulada do
que rolou até agora e também dizendo o que teremos neste um-terço final
Então, vai ser um pouco diferente pois eu farei no flipchart e queria focar
principalmente nas técnicas. Não vou falar muito das técnicas só porque eu acredito que
os bloqueios são a espinha dorsal do curso.
Então, vamos lá.
A gente começou com o Bloqueio do Gabarito e quem completou, foi lá no
tabuleiro, pegou o adesivo e colocou o adesivo de “abertura às possibilidades”. Então,
basicamente o Bloqueio do Gabarito é o bloqueio do “Já sei”, como eu resumi. A mania
que a gente aprendeu no sistema educacional principalmente de se contentar com a
primeira resposta certa das coisas, de não divergir, de aceitar uma opção ou duas, ou
poucas opções, e não pensar que qualquer pequeno problema, seja pessoal ou
profissional você pode abrir possibilidades, né?! Então este é o primeiro bloqueio e a
primeira abertura.
Depois veio o Bloqueio do Sucesso que é essa obsessão maluca que a gente
também é educado, a buscar o sucesso, em procurar o caminho garantido, o caminho de
risco zero... e aí a gente viu que a gente tem que se abrir ao fracasso: “Abertura ao
fracasso”. Entender que o fracasso faz parte da aprendizagem e que muitas vezes a gente
tem que buscar o fracasso de propósito – que é buscar o teste rápido, para fracassar
rápido, retroalimentar e melhorar a parada.
Depois vem o Bloqueio do Tesão, que é o bloqueio em que muitas pessoas abrem
uma ferida neste assunto. Por isso a gente criou aquela travessia, o mini-curso “Como
reencontrar sua arte” de Gustavo Succi. Então quem se balançou aqui, deu um tempo no
curso. A gente viu que isso era uma dor comum que acontecia e fizemos o Box da
Travessia. E o Bloqueio do tesão tem a ver com as escolhas de carreira que a gente
tomou lá atrás e que muitas vezes tomou baseado em critérios externos sem ouvir a
nossa motivação intrínseca. E aí a gente fez a “Abertura ao Propósito” que é buscar
trabalhos, ocupações, ou vida profissional que tenham um porquê, um bom why, um
propósito de você estar fazendo. Propósito não significa necessariamente “acabar com a
fome no mundo”, não... Propósito é qualquer coisa em que você tem um bom porquê para
estar fazendo aquilo. Desde que o porquê não seja simplesmente medo ou alguma
motivação extrínseca.
Beleza! Estes foram os bloqueios educacionais e eu os chamei de educacionais
por que são os bloqueios que ocorrem mais fortemente no nosso processo educacional,
principalmente na escola mas também na educação que a gente tem em casa.
Aí vêm os bloqueios mercadológicos que são os bloqueios que, claro, começam
muitas vezes no nosso processo educacional mas que encontram o joelho da curva
exponencial deles quando a gente entra no mercado de trabalho.
Então, primeiro, o Bloqueio do Especialista que é essa obsessão que o mercado
impõe à gente de ir verticalmente numa única área e ser cada vez mais especialista e
esquece da base de cima do “T”, por isso eu chamei de “Abertura à curiosidade”. Ou seja,
a importância da curiosidade. Curiosidade não é só uma coisa fofinha... “as crianças são
curiosas”... é uma coisa que todo mundo tem que manter e não deixar, por que isso abre a
gente a novos universos, a referências a novos universos, a inputs... que você pode fazer
uma estrutura análoga. Ou seja, pegar aquela solução criativa, dar um zoom out e aplicar
no seu contexto. Muitas vezes a grande sacada pro seu negócio, pro seu segmento, pode
estar num outro universo. Por isso, “se abrir a ser curioso”.
Depois veio o Bloqueio do Adulto. A gente quando fica adulto fica adulto demais da
conta, não precisava ser tão adulto, né? E aí fica muito sério e sisudo e perde aquela
alegria infantil, aquela loucura infantil. Então eu resumi este bloqueio como “Pensar como
comediante” mas eu chamei a abertura de “Abertura à Criança Interior”. Ou seja, voltar a
ser criança no sentido de ser “idiota” – entre aspas – de ser bobo de vez em quando, de
se permitir fazer criancices e não virar apenas um adulto chato.
Depois veio o Bloqueio do Ocupado. Também é outra obsessão do mercado de
trabalho, de achar que “estar ocupado é estar produzindo”. Esse bloqueio do ocupado se
abre por dois caminhos e tem a ver com gestão do tempo, em geral, mas se abre por dois
caminhos: o caminho de gestão do tempo, clássico (de como gerir suas atividades e como
a importância da pressão, do prazo colocada de forma correta para estimular a
criatividade) e por outro lado o “ócio criativo” (de como você dar oportunidade para o
processamento ocorrer, para incubação ocorrer se afastando um pouco do problema).
Então eu chamei de “Abertura ao ócio”.
Então, até aqui foi o que a gente viu dos bloqueios. As técnicas estão em cada um
dos bloqueios. Na verdade, são ferramentas que a gente dá para você colocar em prática
o desbloqueio e as aberturas de cada bloqueio desse.
O curso poderia acabar aqui! Por que se você de fato implementar na sua vida como
um hábito:
1. Sempre se abrir às possibilidades de um problema, nunca se limitar à primeira
resposta certa ou às duas primeiras e sempre divergir possibilidades;
2. Se você adquirir mais coragem de tomar algumas decisões sem medo do fracasso
e usando-o como aliado, se movendo de forma enxuta como a gente falou na técnica;
3. Se você buscar autoconhecimento para saber qual é sua onda de verdade e tentar
fazer um processo de transição para que sua atividade profissional esteja conectada, para
que você entre em flow com maior frequência;
4. Se você abrir o olhar curioso, de se interessar por diversos assuntos com olhar de
zoom out para extrair o que está por trás daquilo;
5. Se você for mais infantil, mais bobo, se abrir, deixar de ser sisudo e
6. Se você administrar seu tempo dando espaço para incubação
Se você colocar tudo isso em prática, você vai perceber como a sua capacidade de
resolver problemas, que é o objetivo desse curso, estará mais desenvolvida. Não sei se
muita gente sabe mas quando eu comecei a dar este curso presencialmente, o nome dele
era Criatividade para Solução de Problemas – inclusive esse é o nome da palestra que
até hoje eu dou em empresas. Por que essa é minha visão de Criatividade: prática e
aplicada para resolver problemas... grande, pequeno, pessoal, profissional... mas a gente
acabou mudando o nome para Reaprendizagem Criativa porque percebeu que é uma
parada em que a gente nasce criativo e desaprende a ser criativo e achou que este
caminho era mais interessante do que o caminho “criatividade para solução de problemas”
que é um nome muito literal. “Reaprendizagem criativa” é mais bonito, mais chique.
Agora, eu vou pegar esse framework:
Cara, esses conhecimentos estão abrindo mentes que nunca mais verão o
mundo do mesmo jeito!
Com certeza! Quando cheguei aqui, me lembro de ter visto um comentário de um
aluno que estava fazendo esse curso pela 9a vez, e eu logo imaginei que curso ruim é
esse que o cara não se forma! Quero acabar logo, para logo eu começar de novo, e o meu
novo ser poder assistir esse curso com tudo o que ele aprendeu! @tarcnux Brusque/SC