Você está na página 1de 1

Esta poesia foi escrita (em 1999) por um cigano, no idioma dos Sintos

Piemonteses, com os votos de que eles não se esqueçam da língua de seus


pais.Talvez seja necessário começar a entender que se pode aprender (ou
reaprender) uma língua para servir a ela, para fazer com que ela não morra,
mas continue a existir como uma parte importante da identidade de um povo...

Cib marí
Kamáva tucib marí.Tu sal bravalí ta cororísar jamén.
Kántu sam bibaxtaléménge tu déssa le láu par te rovás,
kántu sam kontánménge tu déssa le láu par te sas,
kántu si-amén bróxa te garavássa mentu, cib marí, déssa ménge ne vast.
But pirdál méncapren sa le dromá do vélto,sálas i jag da maré giljá,
ma kanáandrén kalá džungalé plásekaj cidéna men le gadžétu meréssa ne písla
óni divés,sar jamén.
Se našavássa tunínge jamén sam našadé.
Šunén cavalé,šun ternibén,maré puré Síntimukjén-le méngekajá šukár, gulí
cib.
Na bistarás la,sikavás la kaj maré cavé,indžarás la sémpar méncasar o
kórkoro braválimoke si-amén.

Nossa língua
Amo você,nossa língua.Você é rica e pobre como nós.Quando estamos tristes
você nos dá as palavras para chorar,quando estamos contentes você nos dá as
palavras para nos alegrar quando temos que nos esconder você, nossa língua,
nos ajuda. Você viajou junto a nós ao longo das estradas do mundo,era o fogo
das nossas canções,e agora nestes terrenos insalubres que os gagês nos
reservam você morre um pouco a cada dia,como nós.Se te perdermos nós também
estaremos perdidos.Escutem, rapazes,escute, juventude,os nossos velhos
Sintosnos deixaram esta bela e doce língua. Não a esqueçamos,ensinemos aos
nossos filhos,conservemos sempre conosco como o único tesouro que nos
pertence.

Você também pode gostar