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2) Álvaro e Lia se casaram no dia 10.05.2011, sob o regime de comunhão parcial de bens.

Após
dois anos de união e sem filhos em comum, resolveram se divorciar. Na constância do
casamento, o casal adquiriu um apartamento avaliado em R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais)
onde residem. Considerando o caso narrado e as normas de direito, responda aos itens a seguir.
PERGUNTA: Quais os requisitos legais para que Álvaro e Lia possam se divorciar
administrativamente? Fundamente.

Resposta: Os requisitos legais para a realização do divórcio administrativo são:


- Consenso sobre todas as questões que envolvem o divórcio;
- Inexistência de filhos menores ou incapazes;
- Disposição na escritura pública sobre a partilha dos bens comuns, a pensão alimentícia, bem
como a retomada do nome usado anteriormente ao advento do casamento;
- Lavratura da escritura pública por tabelião de notas;
- Assistência de advogado ou defensor público, nos termos do Art. 1124-A, caput e § 2º, ambos
do Código de Processo Civil.

3) Um agricultor do interior do Estado, ‘humilde e ingênuo’, casou-se há dois meses com


bonita moça da cidade que havia conhecido numa das feiras de domingo. Após alguns meses de
namoro, casaram-se pelo regime de comunhão universal de bens (sugerido pela própria moça).
Mas, apenas um mês depois do casamento a moça saiu de casa, alegando que o marido lhe
negava constantemente dinheiro para comprar roupas e sapatos. Neste mês que moraram juntos,
chegou ao ponto da moça só manter relações sexuais com seu marido se este lhe desse dinheiro
após o ato! O agricultor, chateado com toda essa situação, conversando com algumas pessoas
descobriu que a moça tinha casado com ele única e exclusivamente por interesse econômico,
tinha ela interesse (declarado) não só no dinheiro do marido, como principalmente, em ficar
com parte da chácara do agricultor que era conhecida na região por ser produtora de ótimos
produtos artesanais como queijos e geleias. Evidenciado o mero interesse econômico no
casamento, pode o agricultor pedir sua anulação? Justifique sua resposta em no máximo cinco
linhas e na resposta indique o prazo para a propositura da ação.

Resposta: Sim, ele pode pedir a anulação, por se tratar de erro essencial, previsto no art. 1.557
do Código Civil, visto que o casamento aconteceu com a outra parte visando um interesse
patrimonial, econômico, e o prazo para ser intentada ação de anulação do casamento, se houver
coação, é de 4 anos a contar da data da celebração, e de 3 anos, na hipótese de erro essencial.

4) Ana Carolina e José Augusto casaram-se no dia 30 de Junho de 2012 na Igreja


Nossa Senhora do Perpétuo Socorro uma vez que são católicos e pretendiam trocar seus votos
de união e fidelidade perante Autoridade Religiosa. No dia 04 de Julho de 2012, eles
registraram o respectivo casamento religioso no registro próprio objetivando a sua equiparação
ao casamento civil. De acordo com o Código Civil brasileiro, neste caso, o respectivo
casamento religioso produzirá efeitos a partir:
a. da data do registro.
b. da data de sua celebração.
c. do dia seguinte ao registro do referido casamento.
d. do dia seguinte da data de sua celebração.
e. do primeiro dia útil posterior a data do registro.

5) Rogério e Alice, divorciados, são pais de Nilton. Quando Nilton completou 18 anos,
Rogério, que havia perdido o emprego, parou de pagar os alimentos para o filho. Registre- se
que os alimentos foram fixados judicialmente quando Nilton tinha 10 anos de idade e Rogério
possuía um excelente emprego.
Com base na situação descrita, assinale a afirmativa correta.
a) Rogério agiu corretamente, pois os alimentos são extintos com atingimento da maioridade.
b) Os alimentos não podem ser extintos com a maioridade, mas, diante do desemprego de
Rogério, é legítima a extinção.
c) O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à
decisão judicial, mediante contraditório.
d) O desemprego é causa de extinção do dever de alimentar, mas deve ocorrer mediante
decisão judicial.

6) Tício está sendo investigado pela prática do delito de roubo simples, tipificado no artigo 157,
caput, do Código Penal. Concluída a investigação, o Delegado Titular da 41.ª Delegacia
Policial envia os autos ao Ministério Público, a fim de que este tome as providências que
entender cabíveis. O Parquet, após a análise dos autos, decide pelo arquivamento do feito, por
faltas de provas de autoria. A vítima ingressou em juízo com uma ação penal privada
subsidiária da pública, que foi rejeitada pelo juiz da causa, que, no caso acima, agiu

a) erroneamente, tendo em vista a Lei Processual admite a ação privada nos crimes de ação
pública quando esta não for intentada.
b) corretamente, pois a vítima não tem legitimidade para ajuizar ação penal privada subsidiária
da pública.
c) corretamente, já que a Lei Processual não admite a ação penal privada subsidiária da
pública nos casos em que o Ministério Público não se mantém inerte.
d) erroneamente, já que a Lei Processual admite, implicitamente, a ação penal privada
subsidiária da pública.

7) Na cidade de Angra dos Reis, Sérgio encontra um documento adulterado (logo, falso), que,
originariamente, fora expedido por órgão estadual. Valendo-se de tal documento, comparece a
uma agência da Caixa Econômica Federal localizada na cidade do Rio de Janeiro e apresenta o
documento falso ao gerente do estabelecimento. Desconfiando da veracidade da documentação,
o gerente do estabelecimento bancário chama a Polícia, e Sérgio é preso em flagrante, sendo
denunciado pela prática do crime de uso de documento falso (Art. 304 do Código Penal)
perante uma das Varas Criminais da Justiça Estadual da cidade do Rio de Janeiro.
Considerando as informações narradas, de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça, o advogado de Sérgio deverá

A) Alegar a incompetência, pois a Justiça Federal será competente, devendo ser considerada a
cidade de Angra dos Reis para definir o critério territorial.
B) Alegar a incompetência, pois a Justiça Federal será competente, devendo ser
considerada a cidade do Rio de Janeiro para definir o critério territorial.
C) Alegar a incompetência, pois, apesar de a Justiça Estadual ser competente, deverá ser
considerada a cidade de Angra dos Reis para definir o critério territorial.
D) Reconhecer a competência do juízo perante o qual foi apresentada a denúncia.

8) Lívia, insatisfeita com o fim do relacionamento amoroso com Pedro, vai até a casa deste na
companhia da amiga Carla e ambas começam a quebrar todos os porta-retratos da residência
nos quais estavam expostas fotos da nova namorada de Pedro. Quando descobre os fatos, Pedro
procura um advogado, que esclarece a natureza privada da ação criminal pela prática do crime
de dano. Diante disso, Pedro opta por propor queixa-crime em face de Carla pela prática do
crime de dano (Art. 163, caput, do Código Penal), já que nunca mantiveram boa relação e ele
tinha conhecimento de que ela era reincidente, mas, quanto a Lívia, liga para ela e diz que nada
fará, pedindo, apenas, que o fato não se repita. Apesar da decisão de Pedro, Lívia fica
preocupada quanto à possibilidade de ele mudar de opinião, razão pela qual contrata um
advogado junto com Carla para consultoria jurídica.
Considerando apenas as informações narradas, o advogado deverá esclarecer que ocorreu
A) Renúncia em relação a Lívia, de modo que a queixa-crime não deve ser recebida em
relação a Carla.
B) Renúncia em relação a Lívia, de modo que a queixa-crime deve ser recebida apenas em
relação a Carla.
C) Perempção em relação a Lívia, de modo que a queixa-crime deve ser recebida apenas em
relação a Carla.
D) Perdão do ofendido em relação a Lívia, de modo que a queixa-crime deve ser recebida
apenas em relação a Carla.

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