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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __2_ª VARA DE CÍVEL

DO FORO CENTRAL DA COMARCA DE FOZ DO IGUAÇU:

JORGE ANTUNES, brasileiro, casado, auxiliar, portador do RG n. 34532367-PR e


CPF 7965.05494.0099-09, residente e domiciliado em Foz do Iguaçu, na Rua dos
Cardosos n. 45, centro, CEP 85851230, por sua advogada ao final assinalada,
inscritos na OAB/PR sob número XX, com escritório nesta cidade, na rua Carmelino
Mendonça, n 950, onde recebe notificações e intimações vêm, com acatamento e
respeito devidos à presença de Vossa Excelência para, nos termos dos artigos 12,
inciso I, letras “a” e “b” da Lei 9.656/2018 e seguintes do Código de Processo Civil,
propor a presente Ação de Obrigação de Fazer Cumulada Com Reparação Por Danos
Morais em desfavor de Gold Med Previdência S/A, pessoa jurídica de direito privado,
sediada em Curitiba na Rua Das Missões n. 3456, centro, inscrita no CNPJ sob o nº
32.567.098/0001-78, com endereço eletrônico goldprevi@gmail.com, CEP 80001100,
pelos motivos abaixo aduzidos:

1- DOS FATOS:
O autor, na tentativa de ter um melhor atendimento médico e preocupado com a
situação caótica da saúde pública oferecida em nosso país, tornou-se usuário do
plano de saúde da empresa Gold Med Previdência S/A, conforme se verifica nos
aditivos anexos.
Acontece que, no dia 03 de Fevereiro de 2021, Jorge consultou um médico de sua
confiança, renomado na cidade, que não faz parte da empresa Gold Med, e o
mesmo solicitou um exame de cintilografia miocardia no custo de 25.000,00 reais. ,
Jorge, o qual faz uso de um plano da referida empresa desde 2015, sempre esteve
em dia com suas obrigações como cliente e optou por um plano de cobertura
integral desde consultas, exames, como até internamentos.
O exame de cintilografia miocardia está previsto com cobertura total da empresa na
clausula 10 do contrato do plano de saúde, vide anexo numero 2.
Ocorre também que, Jorge foi retirar a guia de liberação junto a companhia Gold
Med e o mesmo foi informado que a empresa não arcaria com os custos da consulta
e nem do exame, causando sua frustração.
O referido autor buscou soluções adversas em contato com a ré, todas infrutíferas.
Tendo em vista que o plano de saúde o qual Jorge faz parte tem um custo
razoavelmente alto, e de cobertura 100% nesse caso, o autor decidiu buscar uma
solução recorrendo à tutela jurisdicional do Estado por meio da presente ação.
2- DO DIREITO:
Conforme Lei 9656/1998, artigo 12, inciso I, letras “a” e “b”:
Art. 12. São facultadas a oferta, a contratação e a vigência dos produtos de que
tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, nas segmentações previstas nos incisos
I a IV deste artigo, respeitadas as respectivas amplitudes de cobertura definidas no
plano-referência de que trata o art. 10, segundo as seguintes exigências mínimas:
I - quando incluir atendimento ambulatorial:
a) cobertura de consultas médicas, em número ilimitado, em clínicas básicas e
especializadas, reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina;
b) cobertura de serviços de apoio diagnóstico, tratamentos e demais procedimentos
ambulatoriais, solicitados pelo médico assistente;
Se faz ainda, a necessidade de reparação de dano
moral, vide artigo 14 do Código do Consumidor, ante o prejuízo ocasionado pelo
desrespeito para com aquilo acordado entre as partes:
Art. 14. o fornecedor de serviços responde,
independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados
aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Com isso, fica espontâneo o vislumbre da responsabilização da requerida sob a luz
da Lei nº 8.078/90, visto que se trata de um fornecedor de serviços que,
independentemente de culpa, causou danos efetivos a um de seus consumidores.
Deste modo, amparado pela lei, doutrina e jurisprudência pátria, a autora, deverá ser
indenizado pelos danos que lhe forem causados.
Conforme urgência inerente a necessidade de
liberação da cobertura custeando o exame, há direito de tutela antecipada, ante artigo
300 do CPC:
Art. 300 A tutela de urgência será concedida
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo.

3- DOS PEDIDOS:
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência que se digne em:
a) A citação da requerida para comparecer à audiência conciliatória e, querendo,
oferecer sua defesa na fase processual oportuna.
b) A procedência do pedido, com a condenação da requerida ao ressarcimento do
dano material no valor de R$25.000 (vinte e cinco mil reais), acrescido de juros e
correção monetária desde a data do evento;
c) A condenação da requerida a pagar o autor um quantum a título de danos morais,
no valor de R$30.000,00 (trinta mil reais), em atenção à frustração do autor com o
plano de saúde como cliente, assim como, o prejuízo em seu tratamento pelo
retardo do diagnóstico.
Dá-se a causa o valor de R$ R$55.000 (trinta e cinco mil reais).
Nestes termos,
P. Deferimento em forma de tutela antecipada, com base no artigo 300 do CPC.
Foz do Iguaçu, 15 de Marco de 2021.
Julia Winkelmann.
OAB/PR nº XX

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