Indutivismo Falsificacionismo
A elaboração das hipóteses e das teorias As teorias são tentativas de solucionar problemas, não
científicas resulta de um raciocínio indutivo (uma partem da observação, mas resultam do espírito
generalização): as leis científicas, expressas através inventivo dos cientistas (são conjeturas criativas que
de proposições universais, são obtidas a partir da devem ter elevado conteúdo empírico) que, se não
análise das regularidades registadas nos casos forem refutadas, permitirão resolver certos problemas.
observados.
A indução tem um papel fundamental na Popper, tal como Hume, considera que a conclusão –
ciência: as leis científicas são enunciados um enunciado universal – de uma indução não é
universais obtidos indutivamente a partir de racionalmente justificável a partir dos casos particulares
premissas que descrevem factos observados. enunciados nas premissas. Todavia, isso não põe em
causa a credibilidade ou a racionalidade da ciência, pois o
raciocínio indutivo não é necessário para conceber as
teorias científicas (fruto da criatividade) nem para as
falsificar.
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Os cientistas, à partida, não colocam em causa Os cientistas deverão ter uma atitude de autocrítica e
as suas próprias hipóteses ou teorias, antes pelo de debate, procurando descobrir erros nas suas próprias
contrário procuram prová-las e garantir a sua teorias, realizando testes empíricos que permitam
certeza. mostrar se estas são ou não falsas.
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Nota:
O quadro comparativo, da página anterior, foi elaborado com base na seguinte bibliografia:
-Aires Almeida e outros, “A Arte de Pensar – 11º Ano”, 2ª edição, Didáctica Editora, Lisboa, 2008.