O presente trabalho tem o objetivo de lançar um olhar sobre as formas através das quais as comunidades

muçulmanas foram entendidas pela monarquia castelhana especificamente durante o reinado de Afonso
X. O destaque para a corte afonsina se explica por ela ter representado um espaço fomentador de uma
constante interação cultural entre as comunidades cristãs e muçulmanas, tornando-a um espaço de
relativa tolerância. A utilização, nessa corte, de tradutores que promoviam um grande acesso aos textos
oriundos do mundo islâmico e de juristas que criavam normas e leis que regulavam a interação possível
entre essas comunidades tornam possível entrever o desenvolvimento de um certo nível de tolerância
cotidiana entre as comunidades cristã e muçulmana no reino castelhano, no século XIII.