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21 dias de autocuidado emocional


para mulheres mães

ocê sabe que é preciso cuidar de si mesma para poder cui-


V dar de quem você mais ama.

Este guia prático de 21 dias de autocuidado emocional vai


ajudar você a ter mais consciência sobre o que realmente cuida
de você e como trazer isso para sua vida de mãe.

A cada dia, você tem uma sugestão para cuidar de si mesma


e, aos poucos, internalizar novos hábitos para que o autocui-
dado passe a fazer parte natural do seu cotidiano.

Há pesquisadores que afirmam que 21 dias é o tempo mínimo


necessário para o cérebro integrar um novo hábito e ocorrer uma
mudança efetiva em nosso comportamento, desde que haja
uma prática diária. Implementar novas atitudes que ajudem
você a se transformar é um grande desafio, mas é totalmente
possível. Nosso cérebro tem uma plasticidade incrível e pode-
mos, sim, transformar nosso comportamento, não importa qual
seja a nossa idade.

A cada vez que uma sinapse é reforçada por meio da repe-


tição, esse novo caminho neural se fortalece e se transforma
em novas formas de pensar, sentir e agir, fazendo com que o
novo comportamento se integre em seu ser de forma mais
fluida e tornando-o mais acessível das próximas vezes em que
for solicitado.

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Então, incluir práticas de autocuidado em sua rotina por,
no mínimo, 21 dias seguidos pode ajudá-la a fazer disso um
novo hábito para a vida! E sem dúvida vai reverberar positi-
vamente em sua relação consigo mesma e com o mundo. En-
tão, mantenha-se firme em seu propósito durante três sema-
nas, porque, depois desse período, a tendência é que ele se
torne mais fácil.

Pode levar mais tempo? Claro, não somos robôs, cada pes-
soa é única ! Respeite seu tempo. Mas comece o quanto antes!
A cada novo dia, há uma nova oportunidade de servir à vida e
cuidar do que realmente importa!

Este ciclo de 21 dias encontra-se também como anexo no


meu livro “Autocuidado na Maternagem – o caminho da Comu-
nicação Não-Violenta para equilibrar a relação com os filhos e
consigo mesma”. Para se aprofundar, convido você a ler o livro
na íntegra.

Para começar a integrar o autocuidado em sua vida cotidia-


na, convido você a realizá-lo com persistência e amorosidade
consigo mesma, lembrando que toda mudança efetiva pede
tempo, paciência e coragem.

Vamos juntas!

Com amor e gratidão,


Maris

Janeiro.2021

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DIA 1

Conecte-se consigo mesma

O que você faz para se conectar consigo mesma?


Olhar para si mesma com sinceridade e sem julgamentos é
um passo fundamental para compreender como se sente, quais
são as necessidades por trás de seus sentimentos, quais são os
gatilhos que a tiram do eixo.
Assim, você pode criar novas estratégias para cultivar seu
equilíbrio, acessar sua potência e expressar sua verdadeira es-
sência.
Reflita e descubra o que você pode fazer hoje para conectar-
se a si mesma.
Medite. Caminhe. Escreva. Perceba como se sente. Anote isso
num caderninho. Todo dia.
Repito: anote num caderninho como você se sente, todos os
dias.
Para praticar, comece agora mesmo:
Como você está se sentindo agora, neste exato momento?

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DIA 2

Perdoe-se

Talvez, ao se conectar consigo mesma, você descubra coisas


das quais não sente muito orgulho. Talvez pense nas vezes em
que brigou com o/a companheiro/a, gritou com as crianças ou
saiu batendo a porta. Tenha em mente que tudo o que você faz e
diz são tentativas de atender às suas necessidades. Infelizmente,
às vezes essas tentativas são trágicas e não cuidam nem de você
nem de suas relações. Então, precisamos mudar as estratégias.
Para mudar, é preciso primeiro reconhecer que algo precisa ser
mudado.
Reconheça o que você fez, saiba que estava fazendo o seu me-
lhor com a sabedoria que tinha no momento, perdoe-se e come-
ce a mudar o que precisa ser transmutado.
A mudança começa com o autoperdão. Perdoe-se agora: você
é humana!
Pelo que você quer se perdoar hoje?

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DIA 3

Permita-se chorar

Não engula o choro! Permita-se sentir o que você sente! Se o


exercício de autoperdão lhe trouxe lembranças dolorosas, chore.
Se a vida estiver muito difícil, chore! Se a rotina com as crianças
estiver muito dura, chore. Já engolimos muito choro nesta vida,
desde pequenas. E isso só fez muitas de nós acreditarmos que
chorar é “feio”, “errado”, “sinal de fraqueza”, “coisa de mulherzi-
nha”. E acabamos repassando essas crenças para nossos filhos...
Esqueça tudo isso! Mande embora essas crenças. Chorar é
bom e faz bem! Chorar limpa a alma, lubrifica os olhos e nos
ajuda a enxergar melhor as situações. Deixe as lágrimas rolarem
pelo rosto. Sinta-as tocando seus lábios. Experimente seu gosto
na língua. Sua lágrima é o melhor remédio para o nó na garganta
e o aperto no peito.
Há quanto tempo você não se permite chorar?

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DIA 4

Diga “não”

Aprenda a colocar limites para cuidar de você! Não diga “sim”


quando quiser dizer “não”, sobretudo por medo ou culpa! No
fim, alguém vai acabar pagando por isso — a pessoa a quem
você disse “sim” e, sobretudo, você mesma!
Diga “não” para o que lhe faz mal. Apenas dizendo “não” você
consegue estabelecer limites que respeitem suas escolhas, seu
corpo, sua saúde, sua vida.
Quando você diz “não” para algo que não lhe faz bem, está di-
zendo “sim” para si mesma!
A que situação você quer aprender a dizer “não” agora?

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DIA 5

Elimine da sua rotina diária aquilo


que rouba sua energia

Elimine tudo aquilo que for tóxico. Desde pensamentos der-


rotistas até grupos de Facebook e Whatsapp que só fazem você
perder tempo.
Elimine hábitos nocivos. Tudo o que não contribui para sua
saúde. Tudo o que lhe faz mal de alguma forma: autocríticas
negativas, comparações com outras mulheres, ficar horas va-
gando sem rumo pela internet... Esses são alguns exemplos de
coisas que estão apenas consumindo sua energia e que não con-
tribuem em nada para o seu bem-estar.
Enfim, reflita sobre o que você faz no piloto automático e faça
uma lista dos hábitos que quer eliminar.
Comece hoje mesmo esta limpeza: livre-se de um hábito por
dia, começando do mais fácil para o mais desafiador — ou o
contrário.
De qual hábito você quer se livrar hoje? Persista por 21 dias.

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DIA 6

Desapegue

Solte. Libere. Jogue fora. Troque. Doe. Areje sua vida!


Desde aquela roupa que você não usa há anos até aquele há-
bito que não contribui em nada para sua saúde (como vimos no
dia 5). Às vezes, estamos tão apegadas a certas coisas que nem
percebemos quando elas deixam de fazer sentido.
Então, pare e pense: o que você poderia jogar fora hoje que
vai fazer a energia circular e arejar um pouco sua vida?
Reflita e livre-se disso agora mesmo.

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DIA 7

Persista

Você chegou até aqui! Maravilha! Sou muito grata por você
estar cuidando mais de si mesma! Porque cada mulher que se
cuida cultiva o cuidado ao seu redor e é inspiração para as ou-
tras mulheres!
Então, a dica de hoje é: persista! Mesmo que em algum dia
você tenha se descuidado, se perdoe, volte lá e faça o que precisa
ser feito para se cuidar! Já imaginou se as lagartas desistissem
dentro do casulo? A fase de pupa, quando a lagarta está enrola-
dinha lá, é necessária para que se torne uma borboleta!
Persista! As mudanças ocorrem com persistência e apoio.
Reflita: o que você precisa para persistir no autocuidado diá-
rio?
Anote em seu caderninho.

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DIA 8

Redescubra o que lhe faz bem!

O que você gosta de fazer, além de ser mãe?


Depois que nos tornamos mães, é muito fácil cair na roda-
viva do dia a dia e nos perdermos de nós mesmas, identificando-
nos apenas com o papel de “mãe”. Ou pior: identificando-nos
com o papel da “mãe ideal”, aquela que imaginamos que “deve-
mos” ser. Só que ela não existe, amiga. Seja a mãe possível. E faça
outras coisas, além de ser mãe.
A nossa verdadeira essência é muito mais profunda do que os
papéis que exercemos.
Então, reflita um pouco. Lembre-se do que você gostava de
fazer antes de ser mãe, descubra se ainda faz sentido para você.
E, se não fizer, descubra o que faz sentido agora! Nós mudamos
muito depois dos filhos, e pode ser que agora seus gostos sejam
outros.
O que importa é você se redescobrir! Investigue do que gosta,
o que quer fazer de verdade, o que faz sentido para você hoje!
Descubra o que nutre você, o que alimenta sua alma!
Escreva em seu caderninho duas coisas que gosta muito de
fazer! Permita-se fazer uma delas ainda hoje!

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DIA 9

Reserve 15 minutos (ou mais) para não fazer


nada. Nada mesmo!

Pare tudo. Apenas exista por alguns instantes. Sinta a vida


pulsando em você. Sinta sua respiração. Apenas seja você, aqui e
agora. Apenas viva neste momento. Desligue o celular e vá fazer
nada!
Deixe seu caderninho ao seu lado. Se lhe vier algum insight,
anote-o depois dos 15 minutos.
Você está viva. Lembra?
Escreva em seu caderninho e em um lugar bem visível na sua
casa: “Eu permito que a vida flua em mim.” E viva!

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DIA 10

Peça ajuda

Você se permite pedir apoio?


Pedir ajuda não é sinônimo de fraqueza: é sinal de muita co-
ragem. Coragem de quebrar as amarras que nos dizem que de-
vemos dar conta de tudo sozinhas. Coragem de assumir nossa
vulnerabilidade. Coragem de nos sabermos interdependentes.
Mesmo que a gente ache que a maternidade nos traz uma
força incrível (e traz mesmo!) que nem sabíamos que existia,
nós muitas vezes precisamos de apoio para prosseguir.
Lembre-se: por mais maravilhosa que você seja, não é – nem
precisa ser – a Mulher-Maravilha. Você não precisa dar conta de
tudo sozinha. Você pode pedir ajuda, sim.
Peça. Peça de novo. Peça mais uma vez. Você vai ouvir alguns
nãos? Talvez. Mas não desista. O ser humano é naturalmente
cooperativo e empático, e dar a uma pessoa a oportunidade de
contribuir à vida é um presente valioso. Peça e talvez você se
surpreenda com as respostas.
Peça uma pequena ajuda a alguém hoje. Por menor que seja.
Repita mentalmente várias vezes ao dia e escreva em seu ca-
derno: “Eu me permito pedir apoio.”

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DIA 11

Faça algo prazeroso sozinha

Há quanto tempo você não faz alguma coisa sozinha, só para


você, só por prazer?
Cuidar de si mesma não implica, necessariamente, ter recur-
sos financeiros sobrando. Estar em contato com a natureza, re-
servar uns minutos diários para apenas respirar e se observar,
caminhar num parque, tomar um banho demorado a portas
fechadas (mães me entenderão), ver o pôr do sol, olhar a lua, ler
um livro que está há tempos esperando... Ou coisas simples co-
mo colocar sua roupa preferida, ir ao cinema e tomar um sorve-
te do seu sabor favorito. Deixe as crianças com alguém de sua
confiança e vá! Elas sobreviverão. E você voltará mais viva!
Reflita sobre o que você gosta de fazer sozinha e escreva em
seu caderninho quando vai fazer isso. Comprometa-se consigo
mesma e faça.

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DIA 12

Comece algo novo, mesmo com medo

Você tem deixado de fazer algo de que gosta e em que acredi-


ta por medo?
Você sabe quais são seus medos?
Medo de não ser aceita, medo de errar, medo de não conse-
guir, medo de sofrer... Seja qual for, o medo é paralisante. E co-
mo se vence o medo? Com coragem, porque o oposto do medo é
o amor. E o significado de “coragem” é “agir com o coração”.
Crie coragem: é tempo de agir com o coração!
Eu precisei de muita coragem para iniciar o Projeto Cultivan-
do Cuidado — e para escrever este livro! Coragem para confiar
que meu filho estaria bem cuidado por outras pessoas além de
mim, enquanto eu dedicava algumas horas do meu dia a outros
sonhos além de maternar. Coragem para acreditar que o que eu
tenho a oferecer ao mundo é lindo e transformador. Coragem
para assumir minha missão de vida e me dedicar a isso diaria-
mente, com amor e persistência.
Então, amiga, saia da zona de conforto (até porque ela pode
nem ser tão confortável assim). Não se acomode por medo de
mudar!
Comece com um pequeno passo. Comece hoje a fazer aquilo
que você queria muito, mas tinha medo de fazer. Seja uma mu-
dança no corte de cabelo ou um novo projeto profissional: co-
mece! E continue caminhando, respeitando seu ritmo e seu tem-
po de mãe, mas com coragem.
Seu coração ficará mais leve a cada passo.
Qual medo você vai começar a superar hoje?

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DIA 13

Permita-se rir

Você se permite ter leveza no seu dia a dia? Você consegue


rir com as crianças? Consegue rir de si mesma?
São tantas as demandas do cotidiano de uma mãe que mui-
tas vezes entramos no modo automático e fazemos apenas
aquilo que “tem que” ser feito, o que consideramos indispensá-
vel... O risco que isso traz, além de rugas de preocupação, é
acabarmos agindo como um robô e estabelecendo relações fun-
cionais, não afetivas.
É preciso resgatar nosso riso! É preciso resgatar a potência
de nosso sorriso. Assim como o choro, o riso também é curativo.
Permita-se sorrir. Com as crianças, com as amigas, com a família
e, principalmente, consigo mesma!
O cérebro entende o movimento da face e manda mensagens
de relaxamento para o corpo todo. Experimente.
Lembre-se de algo que a faça rir. Ou sorrir. Escreva no seu
caderno. Ria de si mesma.

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DIA 14

Expresse o que está sentindo

Você expressa o que sente?


Expressar o que sentimos é fundamental para nossa saúde
emocional e relacional. Se você guarda tudo para si, como as
outras pessoas saberão como apoiá-la? Sei que a imensa maioria
de nós não aprendeu (ainda) a se conectar com os próprios sen-
timentos. De fato, nós desaprendemos isso ao longo de nossa
infância e adolescência e chegamos à vida adulta desconectadas
daquilo que pulsa em nós.
É preciso resgatar nossa conexão com os próprios sentimen-
tos. Permitir-se sentir — ser afetada pelos sentidos e perceber
isso — é um resgate de nossa condição humana. Isso nos reu-
maniza e faz brotar em nós a empatia.
Permita-se sentir e expressar o que sente. Fale em primeira
pessoa: “Eu me sinto...”. Isso ajuda o ouvinte a ouvi-la melhor.
Expresse o que está vivo em você, sem criticar o outro, sem exi-
gir nada. Sentimento não é julgamento. Sentimento é aquilo que
pulsa em você. E não há sentimento “bom” ou “ruim”: todos eles
existem para nos mostrar algo — aquilo que valorizamos, de
que precisamos, aquilo que é realmente importante para nós: as
nossas necessidades.

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DIA 15

Reserve uma hora do dia só para você

Chegamos a nossa terceira semana do desafio. Já foram 14


dias cultivando o autocuidado juntas. Como está sendo para
você? Está conseguindo reservar um tempo todo dia para se
cuidar?
Tempo para cuidar da relação consigo mesma é fundamental
na criação de espaço interno para cuidar das outras relações.
Você já percebeu que depois de ter um tempinho só para si
fica mais fácil ter um olhar mais amoroso para as demandas da
vida materna? Então, priorize-se!!! Pelo bem de todas as suas
relações.
Cuidar de si, atenta às próprias necessidades e buscando co-
criar as condições para atendê-las da forma que melhor lhe con-
vém, é parte de nossa responsabilidade não só com nós mesmas,
mas também como mães e, sobretudo, como seres humanos
buscando ser a mudança que queremos ver no mundo, na socie-
dade e em nossos filhos.
Reserve uma hora do dia só para você e use-a como quiser!!

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DIA 16

Diga SIM!

Você já disse “sim” para si mesma hoje?


Nós, mulheres, aprendemos desde muito cedo a dizer “sim”
para os outros. E para nós mesmas? Você tem dificuldade de
dizer “sim” para si mesma?
Precisamos resgatar nossa coragem de dizer “sim” ao que
serve à vida! Ao que nos nutre! Ao que nos faz bem! Ao que nos
alimenta a alma!
Quando você diz sim para si mesma, está ensinando a seus fi-
lhos que você merece ser valorizada, que é importante cuidar de
si mesma, que cada pessoa é preciosa. Mesmo que isso signifi-
que dizer “não” a eles (ou ao/à companheiro/a, aos familiares, à
sociedade). Confio que você encontrará o equilíbrio entre as
necessidades deles e as suas — porque no fundo, são as mesmas,
já que somos todos humanos.
Deixe a culpa materna de lado e diga “sim” para você!
A que você precisa dizer “sim” hoje para cuidar melhor de si
mesma?

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DIA 17

Elogie-se!

O que você aprecia em si mesma?


Muitas mulheres sofrem e se culpam por serem menos que
perfeitas como mães. É compreensível: vivemos em uma socie-
dade em que a culpa e a vergonha são instrumentos de coerção e
de dominação.
Antes de ser mãe, você é humana. E imperfeita, como todo
ser humano. Lembre-se disso todos os dias. Você é HU-MA-NA.
A boa notícia é que podemos escolher a que direcionamos os
holofotes: às nossas supostas falhas ou aos nossos pontos fortes
e às nossas conquistas. Com certeza, você faz várias coisas apre-
ciáveis em sua vida. Sem dúvida, tem várias qualidades que fa-
zem de você a mãe perfeita para suas crianças.
Hoje, foque apenas naquilo que aprecia em si mesma. Faça
uma lista de tudo aquilo de que gosta em você. Deixe-a em um
lugar da casa onde você possa vê-la com frequência. Aprecie-se.

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DIA 18

Seja sempre empática consigo mesma!

Você acolhe suas emoções e necessidades com empatia e sem


julgamentos?
Escute a si mesma para se conhecer melhor. Quando para-
mos para conhecer os nossos sentimentos e refletir sobre as
nossas aspirações e necessidades, temos mais clareza sobre as
ações que poderíamos realizar para satisfazê-las.
Todos os nossos sentimentos derivam de necessidades que
estão sendo ou não atendidas. Conhecer os próprios sentimen-
tos é fundamental para cuidar melhor de si mesma, pois é a par-
tir deles que suas necessidades ficarão mais claras e que você
poderá agir em direção ao que realmente vai cuidar de você.
Aceite todos os seus sentimentos, porque, quando uma emo-
ção é completamente ouvida, ela se transforma. Olhe para todas
as suas necessidades como algo legítimo e merecedor de aten-
ção. Investigue formas de atendê-las que de fato cuidem de você
e de suas relações.
Você saberá ouvir e acolher as outras pessoas na medida em
que aprender a ouvir e acolher a si mesma. Quando não aceita
algo em si mesma, corre o risco de projetar isso nas outras pes-
soas (e os filhos são alvos fáceis). Quando você não se permite
empatizar consigo mesma, corre o risco de se intoxicar (buscan-
do atender às necessidades com excesso de comida, cigarro,
bebidas ou outras fugas) e/ou culpar os outros pelo que sente.
Quando você se permitir empatizar consigo mesma, se senti-
rá tão plena com a atenção que se der que isso transbordará e
naturalmente criará espaço interno para empatizar com os ou-
tros.
Reflita sobre que necessidade você quer nutrir hoje e como
vai fazer isso.

21
DIA 19

Converse com uma amiga. Fortaleça a sua rede


de amizades.

Você já sabe o que é rede de apoio.


Quais são as pessoas que apoiam você com seus filhos, para
que você possa também se cuidar e fazer outras coisas além de
maternar?
Essas são as pessoas que fazem parte de sua “rede de apoio”,
aquelas que estão ali quando você precisa. São as pessoas que
sabem que ser mãe exige muita coragem, tempo, disposição e
energia. As pessoas que entendem que, antes de ser mãe, você é
humana e também precisa e é digna de acolhimento, colo, reco-
nhecimento, tempo para si, tempo de lazer, cuidados e tudo o
que possa contribuir para uma vida mais digna.
Criar rede é prerrogativa básica de saúde mental, emocional
e relacional.
Por isso, precisamos de uma rede de apoio ampla, fortalecida
e ativa. Rede de apoio precisa existir ao longo de toda a vida,
pelo bem de todas as nossas relações!
Chega de acreditar que devemos dar conta de tudo sozinhas!
Chega de compactuar com a solidão materna e com todas as
consequências negativas para mães e crianças.
Então, mulheres, precisamos nos reunir, nos apoiar, nos aco-
lher, ouvir umas às outras, cuidar umas das outras. Quando nos
unimos, crescemos juntas.
Faça uma lista de todas as pessoas que fazem parte de sua
rede de apoio ou que você gostaria que fizessem parte dela. Es-
creva uma mensagem para dizer a elas como são importantes
para você! Alimente sua rede de apoio!

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DIA 20

Cuide se si mesma como se você fosse sua me-


lhor amiga. Aliás, seja sua melhor amiga!

Você tem sido sua melhor amiga?


Cuidar de si mesma é sinal de maturidade. Não é egoísmo. É
fundamental para sua saúde emocional, mental, relacional e até
mesmo física: se você não se cuida, seu corpo dá um jeito de lhe
avisar! Então, seja sua melhor amiga: cuide de si mesma como
você cuidaria daquela pessoa que mais ama! Seja você mesma a
pessoa que mais ama! Todos os dias! Não apenas hoje!
Acredito que, depois de 20 dias de desafio, você já entendeu
que o autocuidado precisa ser cultivado diariamente, não é?
Alimente sua fonte de amor! Assim, ela transbordará.
Escreva em seu caderninho ou em um lugar bem visível da
casa: “Eu me amo. Eu me aceito. Eu me cuido.”

23
DIA 21

Celebre!

Olhe bem em seus olhos no espelho e veja como você é forte,


linda, corajosa. Você chegou até aqui! Foram 21 dias de desafio
para cuidar de si mesma e lembrar quem você realmente é. Ce-
lebre!

Cada mulher que cuida de si mesma está cuidando de todas


as suas relações e inspirando outras mulheres.

Então, celebre por ter vencido este desafio. Comemore! Vi-


bre! Você merece, sempre!

Comemore suas vitórias, mesmo que elas lhe pareçam pe-


quenas. Cada mudança é importante. Cada pequeno passo é fun-
damental para aproximar você de sua melhor versão.

Convide uma amiga para um chá. Ou pelo menos ligue para


uma amiga hoje. Conte a ela todas as suas conquistas ao longo
destes 21 dias. Convide-a a fazer também este percurso de au-
tocuidado, recomendando meu perfil no Instagram para que ela
possa me escrever e ganhar também o e-book!

Espalhe o cuidado amoroso ao seu redor. Assim, fortalece-


mos nossas redes de apoio e afeto.

Eu estarei com você, de coração.

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Para ir além

Parabéns! Você persistiu e chegou ao fim deste ciclo. Tenho


certeza que agora você se conhece melhor e tem mais clareza do
que é que cuida realmente de você. Agora, convido você a persis-
tir no autocuidado emocional diariamente. Quanto mais você se
cuida, mais você cuida de suas relações. E mais qualidade de
vida você tem com sua família.

Se esse e-book fez sentido para você e te ajudou de alguma


forma, peço que você me ajude a ajudar mais pessoas, divulgan-
do uma foto sua com a hashtag #eumaternoeumecuido no Insta-
gram e marcando o perfil @autocuidadonamaternagem. Você
pode também usar o filtro “Eu materno, eu me cuido” para fazer
stories bem bonitos! Lembre-se sempre de marcar meu perfil
para que eu possa compartilhar também!

E, se você quer mergulhar ainda mais neste processo, desen-


volvendo sua inteligência emocional e relacional, para criar vín-
culos fortes e saudáveis com seu filho e uma relação mais plena
com seu marido, será muito bem-vinda nas minhas mentorias
maternas, com atendimentos individuais ou em pequenos gru-
pos, e nos cursos e workshops que ofereço regularmente.
Se você quiser saber mais sobre como eu posso continuar
apoiando você a maternar da forma que você sempre desejou,
equilibrando o cuidado com as crianças e consigo mesma, escre-
va para mim: maris@cultivandocuidado.com .

Vejo você em breve!

Com amor e gratidão,


Maris
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ESSE E-BOOK É O ANEXO DO LIVRO “AUTOCUIDADO NA
MATERNAGEM – O CAMINHO DA COMUNICAÇÃO NÃO-
VIOLENTA PARA EQUILIBRAR O CUIDADO COM OS FILHOS E
CONSIGO MESMA”. TODOS OS DIREITOS SÃO RESERVADOS À
AUTORA, SENDO ESTRITAMENTE PROIBIDA A REPRODUÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO DESTE CONTEÚDO SEM A EXPRESSA AUTORI-
ZAÇÃO DA MESMA.

VALORIZE E APOIE O TRABALHO DE UMA MÃE ESCRITORA.


ESTAMOS JUNTAS.

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