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Policial Rodoviário Federal

Física Aplicada à Perícia de


Acidentes Rodoviários

Prof. Alexei Müller


Física Aplicada à Perícia de Acidentes Rodoviários

Professor Alexei Müller

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Edital

FÍSICA APLICADA À PERÍCIA DE ACIDENTES RODOVIÁRIOS: Mecânica. Cinemática escalar,


cinemática vetorial. Movimento circular. Leis de Newton e suas aplicações. Trabalho. Potência.
Energia cinética, energia potencial, atrito. Conservação de energia e suas transformações.
Quantidade de movimento e conservação da quantidade de movimento, impulso. Colisões.
Estática dos corpos rígidos. Estática dos fluidos. Princípios de Pascal, Arquimedes e Stevin.
Ondulatória. Movimento harmônico simples. Oscilações livres, amortecidas e forçadas. Ondas.
Ondas sonoras, efeito doppler e ondas eletromagnéticas. Frequências naturais e ressonância.
Óptica geométrica: reflexão e refração da luz. Instrumentos ópticos: características e aplicações.

BANCA: Cespe

CARGO: Policial Rodoviário Federal

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Física Aplicada à Perícia
de Acidentes Rodoviários

GRANDEZAS FÍSICAS

Grandeza Física é toda grandeza que pode ser medida. Medir uma grandeza é compará-la com
outra grandeza da mesma espécie, tomada como medida padrão.
Exemplo
Para determinar o comprimento de um fio, devemos comparar seu tamanho com um
comprimento tomado como padrão (fundamental): o metro.
Assim, se o fio tiver o triplo do comprimento do metro, dizemos que ele possui três metros de
comprimento.

Classificação das Grandezas Físicas

Grandezas escalares são aquelas que ficam perfeitamente definidas por um número
(quantidade) e por um significado físico (unidade).

Exemplos de grandezas escalares


•• tempo;
•• massa;
•• volume;
•• comprimento;
•• energia.
Grandezas vetoriais são aquelas que necessitam de um número (módulo), de uma orientação
(direção e sentido) e de um significado físico (unidade) para ficarem perfeitamente definidas.

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Exemplo
Considere um veículo se movimentando sobre a estrada retilínea da figura, com velocidade de
100 km/h.

Observe que, para a grandeza física velocidade ficar caracterizada, precisamos conhecer
•• seu módulo: valor e unidade, 100 km/h;
•• sua direção: horizontal;
•• seu sentido: da esquerda para direita.

Exemplos de grandezas vetoriais


•• força;
•• campo elétrico;
•• aceleração;
•• velocidade.

!
Vetor ( v )
É um ente matemático que vamos representar por um segmento! de reta orientado. Sua
aplicação na Física é para representar grandezas vetoriais. O vetor v que iremos representar
aqui terá um módulo e uma orientação (direção e sentido).
!
Módulo: v ou v = representa o tamanho do vetor, que é proporcional a intensidade da
grandeza que ele representa.
Direção: é definida pela reta que dá suporte ao vetor, por exemplo, vertical, horizontal, etc.
Sentido: é definido pela seta que está numa das extremidades do vetor, por exemplo, da
esquerda para a direita, do norte para o sul, etc.

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Exemplo
Determine o módulo, a direção e o sentido do vetor a seguir

Adição de vetores

1. Adição de dois vetores quaisquer:

Exemplo
Seja V1= 3 u, V2 = 5 u e α = 60° (cos 60° = 0,5), calcule o módulo do vetor resultante:

2. Adição de dois vetores com o mesmo sentido ( α = 0°):


Exemplo
VR = V1 + V2 ⇒ VR = 4 + 3 = 7 u

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3. Adição de dois vetores com direções iguais e sentidos opostos ( α =180°):
Exemplo
VR = V1 – V2 ⇒ VR = 4 – 3 = 1 u

4. Adição de vetores ortogonais ( α =90°):


Exemplo

UNIDADE DE MEDIDA

Quando medimos uma grandeza física, usamos outra grandeza como padrão de medida,
denominada de unidade de medida. Cada grandeza física tem sua unidade padrão. A definição
da unidade padrão de medida de determinada grandeza passou por um processo evolutivo até
atingir a padronização universal. Essa padronização é uma exigência da própria universalidade
da ciência. Imagine se não houvesse padronização no sistema científico de medidas. Cada
cientista poderia, por exemplo, usar um padrão de medida para o comprimento, tais como
polegada, pé, jardas, milhas, quilômetros.

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Sistema Internacional (S.I.)

O S.I., como é conhecido o Sistema Internacional de Unidades, foi desenvolvido em 1960 e é


utilizado para uniformizar a linguagem científica.

Grandezas Fundamentais e Derivadas

Para formar um sistema de unidades físicas, escolhem-se sete grandezas e unidades


fundamentais. As demais grandezas e unidades, derivadas a partir das fundamentais, são as
grandezas e unidades derivadas.

Grandezas Fundamentais

No quadro abaixo, estão representadas as sete grandezas fundamentais.

Algumas Grandezas Derivadas

A partir das grandezas fundamentais, podemos obter outras grandezas denominadas derivadas.

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CINEMÁTICA

Movimento e Repouso

Um corpo está em movimento quando varia sucessivamente a sua posição (seu lugar) com
o passar do tempo em relação a um sistema de referência. Os conceitos de repouso e de
movimento pressupõem sempre a existência de um referencial. Um corpo está em repouso
quando sua posição não varia com o tempo em relação a um referencial. Não existem repouso
e movimento absolutos.
Referencial é um sistema num local escolhido dentro do campo de observação. Serve como
elemento de comparação para determinarmos se ocorre ou não alteração da posição entre o
móvel e o referencial.

O movimento é relativo, depende do referencial adotado pelo observador.

É importante também ressaltar que um corpo pode estar


em movimento em relação a um referencial e em repouso,
parado, em relação a outro referencial. Considere um
ônibus em uma estrada. O motorista deste ônibus estará
em movimento em relação a uma pessoa na estrada e
parado em relação a um passageiro sentado em um banco.
O estado repouso ou movimento de um corpo dependerá
sempre do referencial adotado.

Lembre-se:
Quando o referencial não é indicado, o solo é o referencial usado em estudos de
movimentos na superfície da Terra.

Trajetória
É o caminho descrito pelo móvel ao longo do seu movimento sob o ponto de vista de um
observador. Portanto, a trajetória depende do referencial adotado, ou seja, de quem vê ou
observa o movimento.

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Exemplo
Reta, circunferência, parábola, etc.
Se considerarmos um objeto sendo abandonado de um
avião que se desloca com uma velocidade constante, a
trajetória vista pelo piloto será diferente da trajetória
observada por alguém do solo: sob o ponto de vista
de um observador no solo, a trajetória do objeto será
parabólica; já Para o piloto ou tripulante, a trajetória
do objeto sempre será retilínea, pois esse objeto, por
possuir a mesma rapidez do avião, sempre estará abaixo
do avião.

Lembre-se:
A trajetória descrita por um corpo depende do referencial adotado.

Posição [x]
É o local onde o móvel se encontra no espaço.

A posição de um ponto material é definida pelas suas coordenadas cartesianas: (x,y,z). O


Conjunto de eixos acima é chamado de sistema cartesiano triortogonal. Se oponto material
estiver sempre no mesmo plano sua posição pode ser definida apenas por duas coordenadas
cartesianas: x e y. Já se o ponto material estiver sempre na mesma reta, sua posição poderá ser
definida por uma única coordenada cartesiana: x.
De forma prática, por exemplo, em uma estrada, nossa posição pode ser dada por placas
indicativas de km. Possibilitando indicar a que distância estamos do km 0.

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Vetor Posição ( ; )
Define-se vetor posição em um instante t como um vetor x em que sua origem é tomada a
partir do referencial, e sua outra extremidade, no ponto de observação.
A representação do vetor é feita em relação ao referencial como mostra a figura. Para
representarmos o vetor basta, a partir do referencial, traçarmos o vetor tendo como
extremidade a posição ocupada pelo móvel.

Vetor Deslocamento (∆ ;∆ )
É uma grandeza vetorial que representa a diferença entre o vetor posição final e o vetor posição
inicial.

Sendo o deslocamento uma grandeza vetorial, o seu módulo é obtido pela regra de subtração
vetorial:
! ! !
ΔX = XF − X0

O módulo do vetor deslocamento mede o quanto o móvel se afastou de sua posição inicial em
linha reta.

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Exemplo de deslocamento em movimento unidimensional


Consideremos um carro sobre um trecho de uma estrada reta orientada de Leste para Oeste.
Para responder à pergunta "Onde está o carro?", há de se especificar sua posição em relação a
algum ponto particular. Qualquer lugar bem conhecido sobre o trecho pode servir como ponto
de referência. Em seguida, indicaremos a que distância está o carro do lugar citado e se está a
Leste ou Oeste desse ponto, para que a descrição da posição esteja completa.

Veja que, para facilitar o nosso trabalho, aos pontos a leste da origem foram atribuídos
números positivos e, a oeste, negativos. Assim, em vez de dizermos "o carro está a 3 km a leste
da origem", dizemos, simplesmente, "o carro está no ponto 3 km".
Sabemos que, para que o carro se mova, deve variar sua posição em relação a um referencial, o
ponto 0, por exemplo. Damos o nome de deslocamento a essa variação de posição e podemos
calculá-la fazendo- se posição final X2 menos a posição inicial X1.

Distância Percorrida [d]


Quando um corpo está em movimento, descreve uma trajetória. O comprimento dessa
trajetória é denominado de distância percorrida.

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A distância percorrida por um móvel nos mostrará sempre o quanto o móvel andou. Caso a
trajetória não seja sempre retilínea a distância percorrida será igual ao comprimento desta
trajetória.

Observação
O módulo do deslocamento irá coincidir com a distância percorrida se o movimento ocorrer em
linha reta e sempre no mesmo sentido.

Exemplo d x ∆X
Se um móvel parte da posição A e vai até a posição B, ele poderá seguir as trajetórias 1, 2 ou 3,
que o módulo do vetor deslocamento será igual a 20m (menor distância em linha reta entre os
pontos). Se o móvel seguir a trajetória 1, ele apenas percorrerá uma distância maior do que se
fosse pela trajetória 3.

A distância percorrida é uma grandeza escalar que representa a medida do comprimento da


trajetória descrita por um móvel.
distância = 30 m; deslocamento = 20 m
distância = 20 m; deslocamento = 20 m
distância = 25 m; deslocamento = 20 m

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Exercícios:

1. Complete o quadro abaixo, indicando a distância percorrida e o deslocamento nos respectivos


trechos:

AB ABC ABCD ABCDA


distância
deslocamento

2. Um corpo se desloca em linha reta 30 km para o Norte e, em seguida 40 km para o Leste.


Calcule a distância percorrida e o módulo do deslocamento.

3. A figura ao lado representa o deslocamento de um móvel em várias etapas. Cada vetor tem
um módulo igual a 20 m. Calcule a distância percorrida pelo móvel e o módulo do vetor
deslocamento no trecho de A para B:

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4. Um navio encontra-se em alto mar. A partir de um dado instante, esse navio se movimenta
sempre segundo uma linha reta, primeiro 20 km no sentido norte-sul, depois 8 km no sentido
oeste leste e, finalmente, 26 km no sentido sul norte. Qual o módulo do deslocamento desse
navio?

Intervalo de Tempo (∆t)


Intervalo de tempo é a diferença entre o instante final e o instante inicial do movimento.

Velocidade ( )
A velocidade descreve o movimento do móvel, portanto, é uma grandeza vetorial. Tem módulo,
direção e sentido. E vetor velocidade, tem direção e sentido sempre tangentes à trajetória
descrita pelo corpo que está em movimento e seu módulo será identificado como a “rapidez”
com a qual o móvel se movimenta.

Observações
1. Uma velocidade somente será constante, quando em todos os instantes mantiver
constantes seu módulo, sua direção e seu sentido.

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2. Dois corpos deslocam-se com velocidades iguais quando em todos os instantes forem
iguais seus módulos, suas direções e seus sentidos.

Velocidade Escalar Média (vm)


É a razão entre a distância percorrida e o intervalo de tempo gasto para percorrê-la.

Exercícios de Aula

1. Calcule a velocidade média de um automóvel que percorreu 100 km em 2h.

2. Qual a distância percorrida por um automóvel com velocidade média de 70 km/h em 3h?

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3. Quanto tempo leva uma moto para percorrer 300 km com velocidade média de 60 km/h?

Unidades:

Usual: S.I.:
d: quilômetro = km d: metro = m
t: hora = h t: segundo = s
v: quilômetro por hora = km/h v: metro por segundo= m/s

Transformações de unidades

Observação

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Aceleração ( )
A aceleração é responsável por indicar como varia o vetor velocidade. Como a velocidade
pode variar tanto em módulo quanto em direção e em sentido, vamos analisar dois tipos de
acelerações: aceleração tangencial (linear) e aceleração centrípeta (normal).

Aceleração Tangencial ( )
Indica como varia o módulo do vetor velocidade na unidade de tempo. É a taxa de variação do
módulo da velocidade em função do tempo. O vetor aceleração tangencial coincide em direção
com o vetor velocidade, podendo ter o mesmo sentido (identificando movimento acelerado)
ou sentido contrário (movimento retardado).
Módulo da aceleração tangencial at

Aceleração Centrípeta ( )
Indica como varia a direção do vetor velocidade.

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Módulo da aceleração centrípeta (ac)

Unidades no S.I.:
a: metro por segundo ao quadrado = m/s2
v: metro por segundo = m/s
∆t: segundo = s
R: metro = m

Aceleração média (am)


Calculamos a aceleração (escalar) média pela fórmula

Δv v − vo
am = ou am = f
Δt Δt

Exemplos

1. Uma revista especializada em automóveis informa que a velocidade de um determinado


modelo varia de zero a 100 km/h em 4 s. Qual é a aceleração média desse automóvel? O que
ela significa?

2. Um automóvel partindo do repouso tem a sua velocidade aumentada para 20 m/s em 8s, qual
é a aceleração média desse automóvel? O que ela significa?

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3. Um motorista conduz o seu automóvel a 90 km/h, o veículo é freado e para em 5s. Qual é a sua
aceleração média?

Observação
Se um móvel apresenta uma aceleração de 5 m/s2, quer dizer que na média o módulo de sua
velocidade varia 5m/s a cada segundo.

MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME (MRU)

Considere um corpo deslocando-se sobre uma trajetória retilínea com as seguintes


características

•• FR = 0 ;

•• a=0;

•• v constante;
•• o móvel percorre distâncias iguais em tempos iguais;
•• a trajetória é retilínea;
•• o movimento ocorre sempre em um só sentido.

Exemplo
Um móvel em MRU move-se com velocidade de módulo 2 m/s, na direção horizontal e com
sentido para a direita:

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Observa-se que a cada segundo, o corpo percorre 2 m, ou seja:
vconstante = 2 m/s,
vconstante ≠ 0 (módulo e direção),
MRU Características a = 0 (nula) (tangencial e centrípeta),
(o corpo percorre espaços iguais em tempos iguais).

Equação:

Equação Horária
Relaciona a posição que o corpo está em cada instante

x = x0 + v.Δt

Resumo dos gráficos

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MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO (MRUV)

Considere um corpo deslocando-se sobre uma trajetória retilínea com as seguintes


características

FR ≠ 0 e constante o módulo da velocidade varia


uniformemente com o tempo;

a ≠ 0 e constante em intervalos de tempos iguais ocorrem


iguais variações no módulo da velocidade.

Exemplo
Um móvel em MRUV move-se com aceleração de módulo 2 m/s2, na direção horizontal e com
sentido para a direita:

Observa-se que a cada segundo, a velocidade do corpo variou 2 m/s, ou seja:


∆vconstante = 2 m/s em cada ∆t = 1s,
at constante ≠ 0 (módulo e direção),

MRUV Características at constante (at ≠ 0),


(variações de velocidade iguais em intervalos de tempos iguais).

Equações

Δx vo + vf vf − vo
vm = vm = a=
Δt 2 Δt
2
a.Δt
Δx = v o .t + v 2f = v 2o + 2.a.Δx
2

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Equações horárias
X x t vxt

    

Resumo dos gráficos

MOVIMENTOS EM CAMPO GRAVITACIONAL

Queda real

Quando um corpo cai, na presença do ar, sofre ação de três forças simultaneamente:
a força de atração gravitacional (P), a força de atrito (resistência) em relação ao ar
(Fa) e a força de empuxo que o ar exerce sobre ele (E).
FR = P – Fa – E
a = variável (diminui)

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Movimento de Queda Livre (MQL)

Quando um corpo está caindo em relação ao solo, podemos dizer que seu
movimento é de queda livre, somente se não houver qualquer tipo de resistência
ao seu movimento, onde, a única força que atua sobre ele é o próprio peso
(movimento no vácuo).
FR = P
a=g
Logo, o MQL é um MRUV com aceleração conhecida, g.

Exemplos

1. Uma pedra foi deixada cair do alto de uma torre e atingiu o chão com uma velocidade de 27m/s.
Supondo que, do início ao fim do movimento, o módulo da aceleração da pedra foi constante e
2
igual a 9m/s , qual é a altura da torre?
a) 3,0m
b) 13,5m
c) 27,0m
d) 40,5m
e) 81,0m

2. Um corpo cai livremente, a partir do repouso, durante 5s. A distância percorrida e sua
2
velocidade no final do 5°s de queda será (adote g = 10 m/s )
a) 50m e 50m/s
b) 50m e 250m/s
c) 125m e 50m/s
d) 50m e 125m/s
e) 125m e 250m/s

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Lançamento Vertical

Exemplos

1. Um corpo é lançado verticalmente para cima com velocidade inicial de 40 m/s, num local onde
2
g = 10 m/s .

2. Uma pequena esfera é jogada verticalmente para cima (↑) numa sala. Qual a direção e o
sentido da aceleração, respectivamente, a) na subida, b) no ponto mais alto da trajetória e c) na
descida?
a) a: ↑ b: c:
b) a: ↑ b: c: ↑
c) a: ↑ b: ↑ c:
d) a: b: ↑ c: ↑
e) a: b: c:

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Características do MQL
1. a = g = 9,8 m/s2 ≈ 10m/s2 (na superfície da Terra ou em pequenas alturas),
2. g (↓) (sempre aponta para baixo),
3. hmáxima ⇒ v=0,
4. vsaída = vchegada,
5. tsubida = tdescida (mesmo ponto de saída e de chegada),
6. g = 10m/s2 ⇒ 10 m/s.s (subindo o valor da velocidade diminui 10 m/s em cada 1s e
descendo o valor da velocidade aumenta 10 m/s em cada 1s),
7. MQL = MRUV (O MQL é um caso particular de MRUV).

Lançamento Horizontal

Quando um corpo é lançado horizontalmente, desprezando qualquer tipo de resistência ao


movimento, ele descreverá uma trajetória como a do exemplo a seguir.

Na horizontal (x) MRU Na vertical (y) MQL

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Exemplos

1. A figura a seguir representa as trajetórias dos projéteis A e B, desde seu lançamento simultâneo
do topo de uma torre até atingirem o solo, considerado perfeitamente horizontal. A altura
máxima é a mesma para as duas trajetórias, e o efeito do ar, desprezível nesses movimentos.

Selecione a alternativa que preenche corretamente as lacunas do parágrafo abaixo.


O projétil A atinge o solo ............... o projétil B. Sobre a componente horizontal da velocidade
no ponto mais alto da trajetória, pode-se afirmar que ela é ............... .
a) antes que – nula para ambos os projéteis.
b) antes que – maior para o projétil B do que para o projétil A.
c) antes que – menor para o projétil B do que para o projétil A.
d) ao mesmo tempo que – menor para o projétil B do que para o projétil A.
e) ao mesmo tempo que – maior para o projétil B do que para o projétil A.

2. Um avião da Cruz Vermelha voando horizontalmente a 180m de altura com uma velocidade
de 100 m/s, deixa cair um pacote de medicamentos. Desprezando a resistência do ar e sendo
2
g = 10 m/s , determine:
(A) o tempo gasto para o pacote atingir o solo;
(B) o alcance do pacote.

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Lançamento Oblíquo

Na horizontal (x) MRU Na vertical (y) MQL

Exemplo
Um objeto é lançado no ponto 0, com velocidade inicial de 40 m/s, formando uma ângulo de 60°
com a horizontal (cos 60° = 0,5). No exato momento do lançamento, um carro com velocidade
constante de 10m/s passa pelo ponto 0, deslocando-se no sentido crescente do eixo X, como
mostra a figura a seguir.

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Desprezando-se os atritos com o ar, no instante em que o objeto atingir o solo, a posição
ocupada pelo carro sobre o eixo X será
a) A
b) B
c) C
d) D
e) E

Observação
Para o maior alcance do móvel o ângulo θ de inclinação deve ser igual a 45°.

MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME (MCU)

!
FR = constante

! !
FR sempre forma 90° com v

!
A FR é chamada de força centrípeda

Período: T
É o tempo gasto em uma volta

Unidade
S.I.: s (segundo)

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Frequência: f
Informa o número de voltas efetuadas na unidade de tempo

Unidades
Usual: rpm (volta por minuto).
S.I.: Hz (hertz, volta por segundo).

Observação

Exemplo
Uma roda gigante efetua 6 voltas em MCU num intervalo de tempo de 3 minutos. Determine:
a) o período em segundos,
b) a frequência em hertz.

Velocidade tangencial ou linear:


Constante em módulo no MCU.

Unidade no S.I. : m/s

!"
Velocidade angular: ϖ

Constante no MCU.

Unidade no S.I.: rad/s

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Relação v x ϖ

Aceleração centrípeta:
Constante em módulo no MCU.

2
Unidade no S.I.: m/s

Observações

Exemplos

1. Identifique as relações entre as grandezas associadas aos pontos A e B no movimento horário


abaixo e desenhe os vetores velocidade linear nos pontos A e B:

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2. Identifique as relações entre as grandezas associadas aos pontos A e B no movimento horário


abaixo:

INTRODUÇÃO À DINÂMICA

Anteriormente, estudamos a parte da Física denominada Cinemática, que descreve e analisa os


movimentos dos corpos.
Agora, passaremos a estudar a Dinâmica, que vai relacionar os movimentos com as suas causas.

Força

“Puxão ou empurrão”.

Quando aplicamos uma força em um corpo, ela pode gerar no mesmo uma aceleração,
ou seja, a força pode provocar variação na velocidade.
Força é a grandeza física responsável pela modificação dos estados de repouso ou
movimento dos corpos.

Quanto à aplicação a força pode ser


a) de contato: cessa o contato cessa a força;
b) de campo: não necessita contato.
Exemplo de força de campo: campo gravitacional (peso).

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Relação entre força e aceleração

A aceleração gerada por uma força tem sempre a mesma direção e o mesmo sentido da força
que a gerou.
Vamos considerar três automóveis deslocando-se em uma linha reta e com velocidade
constante. Inicialmente nenhuma força atua sobre elas.
Num certo instante, em cada automóvel é aplicada uma força de módulo constante, como
mostram as figuras a seguir.

Na figura ao lado não haverá mudança na


trajetória. A força aumentará o módulo
da velocidade.

Na figura ao lado não haverá mudança na


trajetória. A força diminuirá o módulo da
velocidade.

Na figura ao lado haverá mudança na


trajetória. A velocidade manterá o seu
módulo constante.

!"
Força Resultante ( FR )

É o somatório de todas as forças que atuam sobre um corpo.

Observações
1. Força resultante na mesma direção do movimento não muda a trajetória, muda apenas o
módulo da velocidade.
2. Força resultante perpendicular ao movimento transforma a trajetória retilínea em
curvilínea, muda a direção e o sentido da velocidade, porém não modifica o seu módulo.

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3. at = aceleração tangencial indica variação no módulo da velocidade.

4. ac = aceleração centrípeta indica variação na direção da velocidade.

LEIS DE NEWTON (PRINCÍPIOS DA DINÂMICA)

Primeira Lei de Newton (Princípio da Inércia)

Todo o corpo em repouso ou em Movimento Retilíneo Uniforme tende a permanecer em


repouso ou em Movimento Retilíneo Uniforme, enquanto a resultante das forças externas que
agem sobre ele for nula.

Se = 0  = 0   não haverá variação na velocidade.

“Se a força resultante sobre um corpo é zero, não haverá aceleração e consequentemente não
haverá variação na velocidade, logo, se o corpo estiver em repouso ele continuará em repouso
e, se ele estiver em MRU continuará em MRU.”

Por que, no interior de um ônibus, as pessoas se desequilibram quando o mesmo freia?

Por que, quando um cavalo arranca subitamente, o cavaleiro é projetado para trás?

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Segunda Lei de Newton (Princípio da Massa)

Quando um corpo, em estado de inércia, sofre a ação de uma força, consequentemente sofrerá
uma alteração em sua velocidade o que indica o surgimento de uma aceleração.
A segunda lei relaciona três grandezas: força, massa e aceleração.

A aceleração adquirida por um corpo, quando impulsionado por uma força, é


diretamente proporcional a esta força e inversamente proporcional à sua massa.

→ →
FR = m.a

Unidades de medida:
No S.I.:
m: quilograma = kg
a: metro por segundo ao quadrado = m/s2
F: newton = N

Observação
1N é a força resultante necessária para fazer um corpo de 1 kg adquirir aceleração de 1 m/s2.

Terceira Lei de Newton (Princípio da Ação e Reação)

A toda de força de ação corresponde uma força de reação de mesmo módulo,


mesma direção, porém de sentido contrário.

Características das forças de Ação e Reação


1. Possuem mesmos módulos (intensidade).
2. Possuem mesmas direções.
3. Os sentidos são contrários.
4. Atuam em corpos diferentes.

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5. O corpo que tiver maior massa terá menor aceleração.


6. Faz a reação o corpo que sofre a ação.


1. Peso de um corpo ( P )
O peso de um corpo é a força de atração gravitacional que a Terra exerce sobre ele.

O vetor que representa a força Peso tem direção perpendicular ao plano da Terra e seu sentido
aponta para o centro da Terra.

→ →
FR = m.a

→ →
P = m.g

A unidade de medida do peso é o newton (N).


→ → →

2. Força normal ( FN , N , R ) N

Quando um corpo comprime uma superfície sólida, esta reage empurrando o corpo com uma
força que forma com a superfície um ângulo de 90°, força essa chamada de normal, força
Normal ou reação Normal.
Exemplos
Indique o vetor Força Normal que atua sobre o bloco m em cada item

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3. Força de atrito ( )
É uma força de oposição ao deslizamento de uma superfície sólida sobre outra.

µ: coeficiente de atrito, grandeza que relaciona as imperfeições existentes entre as superfícies


em contato.

Força de atrito estática ( )


É a força que o corpo sofre quando há tendência ao deslizamento sobre a superfície, impedindo
o início do deslizamento.
Fae = F (módulo)

Força de atrito estática máxima ( )


É a maior força de atrito que o corpo sofre, ainda sem deslizar, quando superada o corpo
começará a deslizar.

= µe .N

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Força de atrito cinética ( )


Força exercida sobre o corpo quando o corpo está deslizando sobre a superfície.

= µe .N

Observação
1. Fae >
 µe > µc

2. Freio ABS

O Freio ABS do alemão Antiblockier-Bremssystem, embora mais frequentemente traduzido


para o inglês como Anti-lock Braking System) é um sistema de frenagem (travagem) que evita
que a roda bloqueie (quando o pedal de freio é pisado fortemente)e entre em derrapagem,
deixando o automóvel sem aderência à pista. Assim, evita-se o descontrole do veículo
(permitindo que obstáculos sejam desviados enquanto se freia) e aproveita-se mais o atrito
cinético de rolamento, que é maior que o atrito cinético de deslizamento. A derrapagem é uma
das maiores causas ou agravantes de acidentes; na Alemanha, por exemplo, 40% dos acidentes
são causados por derrapagens.
Exemplos

1. Qual o valor da força de atrito sobre um bloco de madeira em repouso sobre uma mesa
horizontal?

2. Qual o valor da força de atrito sobre um bloco que desliza sobre um plano horizontal, tracionado
por uma força, também horizontal, de 20N? Sabe-se que a velocidade do bloco é constante.

3. Um bloco de massa 2,5 kg está sendo arrastado por uma força F constante de valor 20N, numa
superfície horizontal, de modo a imprimir-lhe uma certa velocidade constante. Sabendo-se que
há atrito entre o bloco e a superfície, qual o valor do coeficiente de atrito entre ambos?

4. Um bloco de 5 kg sobre uma superfície horizontal desliza com velocidade constante igual a
2m/s. Sendo g=10m/s2, e o coeficiente de atrito cinético igual a 0,3, calcule a força de atrito
sobre o bloco.

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4. Tensão ( )
É a força transferida através de cordas, fios ou cabos.
Exemplo

1. Seja um corpo m de massa m = 5 kg.

Determine T na corda nas seguintes situações:


a) m está em repouso;
b) m começa a subir com aceleração constante de valor a = 2 m/s2;
c) m está subindo e começa a parar com uma aceleração de valor a = 3 m/s2;
d) m está descendo com velocidade constante.

2. Determine a aceleração do sistema a seguir e a tensão no fio que une os blocos A e B, sabendo
que mA= 6 kg, mB = 4 kg e g= 10 m/s2.

3. Dois blocos A e B, com massas 3 kg e 2 kg, respectivamente, apoiados sobre uma superfície
plana e sem atrito, sofrem a ação de uma força F horizontal, de 10N. A força que o bloco A
exerce sobre o bloco B, em newtons, é igual a

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a) 1
b) 8
c) 6
d) 4
e) 2

5. Força Centrípeta ( Fc )

É a força que age e modifica a direção da velocidade de um corpo é chamada força centrípeta.
Aponta para o centro da trajetória e é responsável pela mudança na direção do movimento do
móvel. Qualquer tipo de força pode funcionar como força centrípeta.
O módulo da força centrípeta é dado pela fórmula

Observações
1. A Força Centrípeta é perpendicular ao vetor velocidade.
2. A Força Centrípeta não aumenta e não diminui o módulo da velocidade.
3. A Força Centrípeta transforma a trajetória retilínea em curvilínea.
4. Quando cessa a Força Centrípeta o móvel sai na tangente, numa trajetória retilínea.
5. Fc ∝ v2 ; Fc ∝ m; Fc ∝ 1
r

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Exercícios

1. Um carro deve fazer uma curva de raio 100 metros numa pista plana e horizontal, com
2
velocidade constante e igual a 72 km/h. Admitindo-se g = 10 m/s , qual o coeficiente de atrito
para que o carro não saia da pista?

2. Um carro deve fazer uma curva de raio 70 metros numa pista plana e horizontal, com velocidade
constante igual a 90 km/h. Qual o coeficiente de atrito para que o carro não saia da pista?

TRABALHO MECÂNICO (W, τ )

Forma de transferência de energia com aplicação de força

W = F.∆X.cos θ

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Unidades no S.I.
W: joule= J
F: newton = N
∆X: metro= m

Observações
1. O que é um joule? 1J é o trabalho realizado pelo agente que aplica uma força de 1N, que
provoca no corpo um deslocamento de 1m na mesma orientação da força aplicada.
2.

3. Área do gráfico F x X = W

POTÊNCIA MECÂNICA (P)

É a rapidez com se realiza um trabalho.

Como o trabalho W é dado em joules (J) e o tempo é dado em segundos (s) a potência, no S.I. é
dada em J/s, ou seja em watt (W). Quer dizer que uma força desenvolve uma potência de 1 W
quando realiza um trabalho de 1 J em 1 s.

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Observação
1cv = 736 W
1 hp = 746 W
Quando um móvel desenvolve velocidade constante

P= F.v

Exemplo
(UFRGS) O resgate de trabalhadores presos em uma mina subterrânea no norte do Chile foi
realizado através de uma cápsula introduzida numa perfuração do solo até o local em que se
encontravam os mineiros, a uma profundidade na ordem de 600 m. Um motor com potência
total aproximadamente igual a 200,0 kW puxava a cápsula de 250 kg contendo um mineiro
de cada vez. Considere que para o resgate de um mineiro de 70 kg de massa a cápsula gastou
10 minutos para completar o percurso e suponha que a aceleração da gravidade local é
2
9,8 m/s . Não se computando a potência necessária para compensar as perdas por atrito, a
potência efetivamente fornecida pelo motor para içar a cápsula foi de
a) 686 W.
b) 2.450 W.
c) 3.136 W.
d) 18.816 W.
e) 41.160 W.

ENERGIA MECÂNICA

A Energia Mecânica de um corpo é a soma de sua energia cinética com sua energia potencial.

Em = Ec + EP ------------------------------------- Unidade no SI: J (joule)

Energia Cinética (Ec)

Todo corpo que se encontra em movimento, fica dotado de uma energia devido a este estado
de movimento, chamada de Energia Cinética.

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Um corpo de massa m, movendo-se com velocidade v, possui uma energia cinética calculada
por:

m.v2
EC =
2

Unidades no S.I.
E: joule = J
m: quilograma = kg
v: metro por segundo= m/s

Exemplo
Para um dado observador, dois automóveis A e B, de massas iguais, movem-se com velocidades
constantes de 20 km/h e 30 km/h, respectivamente. Para o mesmo observador, qual a razão EA/
EB entre as energias cinéticas desses automóveis?
a) 1/3
b) 4/9
c) 2/3
d) 3/2
e) 9/4

Energia Potencial

Energia potencial é aquela forma de energia que todo corpo possui devido a sua posição não
natural. Encontramos dois tipos de energia potencial:

Energia Potencial Gravitacional (Eg)

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Um corpo de massa m, situado a uma altura h de um referencial, possui uma energia potencial
gravitacional calculada por:

Eg = m.g.h

Unidades no S.I.
E: joule= J
m: quilograma = kg
g: metro por segundo ao quadrado = m/s2
h: metro = m

Exemplo
Um corpo de 5 kg de massa está a altura de 20 m. Considerando g = 10m/s2, a energia potencial
gravitacional do corpo nessa posição em relação ao solo é igual a
a) 1.000 J.
b) 750 J.
c) 500 J.
d) 100 J.
e) 50 J.

Força Elástica

F
Lei de Hooke: =K
X

A força elástica de uma mola de constante elástica K que sofre uma deformação x é calculada
por:

F = K.x

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Energia Potencial Elástica (Ee)

Quando um corpo elástico está comprimido ou distendido, portanto não se encontra em sua
posição natural, ele fica dotado de uma energia chamada de Energia Potencial Elástica.

Unidades no S.I.
E: joule = J
K: Newton por metro = N/m
x: metro = m
F: Newton = N

TEOREMA DA CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA

“Na ausência de forças dissipativas, a Energia Mecânica, de um sistema, permanece


constante, isto é, a cada acréscimo de Energia Cinética, ocorre igual decréscimo de
Energia Potencial e vice-versa”.

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Exemplo

1. Uma esfera de massa 2 kg foi abandonada a uma certa altura do solo, na no vácuo. Faça a
análise da energia mecânica ao longo da queda:

2. Um bloco de 4 kg de massa e velocidade de 10 m/s, movendo-se sobre um plano horizontal,


choca-se contra uma mola de constante elástica K = 10.000 N/m, o valor da deformação máxima
que a mola poderia atingir, em cm, é
a) 1
b) 2
c) 4
d) 20
e) 40

TEOREMA DA VARIAÇÃO DA ENERGIA CINÉTICA

O trabalho realizado por uma força resultante é numericamente igual a variação da


energia cinética que este corpo sofre.

Exemplo

1. Um automóvel de 1t tem a sua velocidade aumentada de 10 m/s para 30 m/s. Qual foi o
trabalho realizado pela força resultante que atuou no corpo?

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!
IMPULSO ( I )

Chama-se impulso de uma força a grandeza vetorial definida por

l = F. ∆t

A orientação do impulso é a mesma da força que lhe dá origem.


Gráfico F x t

Área numericamente igual ao impulso.


Unidades no S.I.
I: newton vezes segundo = N.s
F: newton = N
t: segundo = s

Exemplo
Um automóvel sofre a ação de uma força 700 N durante 10 s, calcule o impulso dado pela força.

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!" !
Quantidade de movimento linear ou momento ( Q , p )

Todo corpo de massa m que se movimenta com uma velocidade v , está dotado de uma
quantidade de movimento .

Q = m.v

Unidades no Sl:
Q: quilograma vezes metro por segundo = kg.m/s
m:quilograma = kg
v: metro por segundo = m/s

Exemplo
(PRF – 2009) Uma condição necessária e suficiente para que um veículo de 1.000 kg apresente
uma quantidade de movimento NULA é que
a) esteja trafegando em uma trajetória retilínea.
b) esteja somente em queda livre.
c) apresente velocidade constante e diferente de zero.
d) seja nula a resultante de forças que nele atua.
e) esteja parado, ou seja, em repouso.

TEOREMA DO IMPULSO

O Impulso aplicado a um corpo é numericamente igual a variação da sua quantidade de


movimento.

Exemplo
Um observador, situado em um sistema de referência inercial, constata que um corpo de massa
igual a 2 kg, que se move com velocidade constante de 15 m/s no sentido positivo do eixo x,
recebe um impulso de 40 N.s em sentido oposto ao de sua velocidade. Para esse observador,
com que velocidade, especificada em módulo e sentido, o corpo se move imediatamente após
o impulso?

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a) – 35m/s
b) 35m/s
c) – 10m/s
d) – 5m/s
e) 5m/s

TEOREMA DA CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO

Num sistema onde a resultante das forças externas é nula, a quantidade de movimento
do sistema, antes e depois de um choque permanece constante.

Exemplo
Consideremos dois carrinhos A e B deslocando-se numa trajetória retilínea, inicialmente em
sentidos contrários.

Q = QA + QB = mA.vA + mB.vB
Q = 2 kg.6m/s + 1 kg.( – 4 m/s)
Qantes = 8 kg.m/s

Q = QA + QB = mA.vA´ + mB.vB´
Q = 2 kg.1m/s + 1 kg.6 m/s
Qdepois = 8 kg.m/s

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CHOQUES MECÂNICOS

Após o choque, duas partículas que viajam no espaço podem seguir separadas ou podem seguir
juntas sua trajetória, caracterizando um choque elástico ou um choque inelástico.
Observe o quadro abaixo:

Choque Perfeitamente
Choque Elástico Choque Inelástico
Inelástico
Após o choque os corpos se- Após o choque os corpos se-
Após o choque os corpos
guem separados sem deforma- guem separados com deforma-
seguem juntos
ções ções
A quantidade de movimento A quantidade de movimento A quantidade de movimento
permanece constante permanece constante permanece constante
A energia cinética permanece A energia cinética diminui após Há a maior dissipação de
constante o choque energia cinética após o choque

Exemplo
(PRF – 2009) Um condutor, ao desrespeitar a sinalização, cruza seu veículo de 5.000 kg por
uma linha férrea e é atingido por um vagão ferroviário de 20t que trafegava a 36 km/h. Após
o choque, o vagão arrasta o veículo sobre os trilhos. Desprezando-se a influência do atrito e a
natureza do choque como sendo perfeitamente inelástico, qual a velocidade em que o veículo
foi arrastado?
a) 9 m/s.
b) 10 m/s.
c) 8 m/s.
d) 12 m/s.
e) nula.

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HIDROSTÁTICA

Estuda fluidos (substâncias que se encontram no estado líquido ou no estado gasoso) em


equilíbrio estático e as manifestações dos corpos neles mergulhados.

Massa específica (µ) ou densidade absoluta (d)

Definimos como massa específica ou densidade absoluta de uma substância a razão entre a
massa da substância e o seu respectivo volume.

m
µ=
v

Vamos considerar três substâncias com o mesmo volume:

Observamos que cada um deles apresenta massa diferente, apesar dos volumes serem iguais,
aquele de maior massa tem a maior massa específica.

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Unidades
Se uma massa de um grama (1g) de certa substância ocupa um volume de 1 centímetro cúbico
3 3
1 cm a densidade terá como unidade 1 g/cm . Já se a massa for de 1 quilograma (1 kg) e o
volume for de um metro cúbico (1 m3) a unidade ficará no Sistema Internacional e será 1 kg/
3
m.
cgs: g/cm3    S.I.: kg/m3

Conversão

Observações
1 m3 = 1.000 dm3
1 dm3 = 1 L
1 m3 = 1.000 L
1 cm3 = 1 mL
1 kg/L = 1 g/cm3
A massa específica da água ao nível do mar com temperatura de 4°C é de 1 g/cm3 = 1.000 kg/m3.

Pressão (p)

É definida como a razão entre a componente normal de uma força aplicada por um corpo e a
respectiva área de aplicação da força.

FN
P=
A

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Unidades (S.I.)
Se uma força de um newton (1 N) é aplicada perpendicularmente a uma superfície de um metro
2 2
quadrado (1 m ) a pressão exercida sobre a superfície será de 1 N/m , ou 1 Pa (um pascal).

Exemplos

   

Se uma pessoa for pisada conforme a figura ao lado, qual de seus dois pés sofrerá maior
incômodo? Por quê?

Ao caminharmos na neve, com sapatos comuns, nossos pés penetram com mais facilidade
nessa superfície, por quê?

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Exercício
Qual a pressão, em N/m2, gerada pelo salto de um senhora de 90 kg, sabendo que a área do
2
salto é de 3 cm ?
a) 3 x 106
b) 3 x 103
c) 3 x 102
d) 3 x 108
e) 3 x 104

Pressão atmosférica (pa , po)

É a pressão exercida pelo ar sobre uma superfície qualquer. O ar que rodeia a Terra é a nossa
2
atmosfera. O peso da coluna de ar em 1m de área da superfície da Terra é aproximadamente
igual a 100.000N.

Como a pressão atmosférica é a pressão exercida por uma coluna de ar, que mede em relação
ao nível do mar, aproximadamente 40 km, a medida que aumenta a altitude, a coluna de ar terá
cada vez menor altura, consequentemente terá menor peso, o que consequentemente reduz a
pressão da pressão exercida por ela.

Ao nível do mar a pressão é igual a uma atmosfera po = 1atm

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Experiência de Torricelli (1643)

Torricelli tomou um tubo oco com aproximadamente 1 m de comprimento, encheu-o


completamente com mercúrio (Hg) e emborcou-o dentro de uma cuba de testes, que também
continha mercúrio. O experimento foi realizado ao nível do mar. Ele constatou que o mercúrio
baixou até uma altura de 76 cm em relação à superfície do mercúrio que estava na cuba.
Concluiu que a pressão atmosférica ao nível do mar equivale ao peso de uma coluna de 76cm
de Hg.

5 2
Ao nível do mar po = 1,13 x 10 N/m = 1 atm = 76 cm Hg = 10 m H2O

Pressão hidrostática (pH)

É a pressão exercida por fluidos, em equilíbrio estático, sobre corpos mergulhados no seu
interior.

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A pressão exercida exclusivamente pelo líquido de densidade d sobre a superfície (A) que
contém um ponto (x), num local de aceleração da gravidade g é dada pela expressão

ph = d.g.h

Essa também é a pressão que o líquido exerce sobre o ponto x e é chamada de pressão
hidrostática ou pressão manométrica.
Já a pressão total exercida sobre um ponto no interior de um líquido em repouso que está
submetido a pressão atmosférica será igual a

pTotal = pa + ph

Observação
A cada 10m de variação de profundidade na água a pressão varia, aproximadamente, de uma
atmosfera.

Exemplo
Se uma pessoa está mergulhada no mar a 20 metros de profundidade a pressão total exercida
sobre a pessoa será a pressão atmosférica (1atm) somada a pressão da coluna de 20m de água
sobre o corpo.
Logo
PTotal = 1 atm + 20 m de água = 1 atm + 2 atm = 3 atm.

Lei de Stevin

A diferença de pressão ∆p entre dois pontos de um líquido em equilíbrio estático é diretamente


proporcional a diferença de profundidade ∆h entre os dois.

∆p α ∆h

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Logo

∆p = d.g.∆h

Paradoxo hidrostático
Em qual dos pontos a pressão total é maior?

Vasos comunicantes

Vasos comunicantes com fluidos não miscíveis


Na linha horizontal traçada no encontro dos fluidos não miscíveis a pressão é a mesma

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pTotal (A) = pTotal (B)
po +pHA = po + pHB
pHA = pHB
dA.g.hA = dB.g.hB
dA. hA = dB.hB

Exemplo
Calcule a densidade do óleo

Manômetro
Manômetro de tubo aberto

Como as pressões em A e em B são iguais podemos calcular a pressão que o gás exerce sobre o
Hg, e também podemos calcular a pressão manométrica:
Sendo a po = 1 atm = 76 cm Hg, teremos
pgás = pA = pB = po+ pH ,
pgás = 1 atm + 24 cm Hg = 76 cm Hg + 24 cm Hg.
A pressão manométrica é a pressão é a pressão chamada de hidrostática, logo
Pmanométrica = 24cm Hg.

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Princípio de Pascal

Os líquidos transmitem integralmente as variações de pressões que suportam

Logo, a variação de pressão em Am é igual a variação de pressão em AM

∆p(Am) = ∆p(AM)

A força é diretamente proporcional a área,

F ∝ A.

Onde a área é maior a força é maior, logo usando adequadamente o princípio de Pascal
podemos multiplicar forças. Daí temos máquinas hidráulicas como os macacos hidráulicos,
elevadores hidráulicos, freios hidráulicos, prensas hidráulicas e direções hidráulicas.

Máquinas hidráulicas

Calcule a força necessária para elevar um automóvel de 1.200 kg, sabendo que os êmbolos A1 e
2 2
A2 têm áreas, respectivamente, iguais a 0,4m e 2,4m .

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O peso do carro é dado por
P = m.g
P = 1.200.10 = 12.000 N.
Calculado a força teremos
∆p1=∆p2

Exercício
Calcule F

Observação
Quando um êmbolo é empurrado o outro pela transmissão da variação da pressão também é,
dessa forma há variação nos volumes provocada pelos seus movimentos.

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∆Vm = ∆VM

A m .hm = A M .hM

Dessa forma observa-se que o êmbolo de área maior (AM) sofre um deslocamento menor (hm) e
o êmbolo de área menor (Am) sofre o maior deslocamento (hM).

Conclusão

Princípio de Arquimedes

Todo corpo, total ou parcialmente mergulhado em um fluido, sofre a ação de uma força desse
fluido com direção vertical e sentido de baixo para cima, cujo módulo é igual ao módulo do
peso de fluido que o corpo desloca.

Lembre-se

E = PFD

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Análise

Quando a força de empuxo é maior do que o peso do corpo o mesmo sobe, até ficar flutuando
em equilíbrio com uma fração de seu volume imersa.

Nessa condição,
P=E
dc < df
Quando o corpo está parcialmente mergulhado o EMPUXO é calculado com o volume de líquido
deslocado que é diferente e sempre menor do que o volume do corpo.

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ÓPTICA

Introdução à Óptica

Optica Geométrica
É uma abordagem para a óptica que trata a luz como onda.

Luz
É uma onda eletromagnética e transversal que impressiona o nosso sistema visual.

Fontes de Luz

Fonte Primária ou Corpo Luminoso


São corpos que emitem luz própria.

Exemplos
Lâmpada acesa, estrelas, chama da vela.

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Fonte Secundária ou Corpo Iluminado
São corpos que refletem a luz de outras fontes de luz.

Exemplos
Lua, Terra, pessoa.

Meios de Propagação da Luz

Meio Transparente
É o meio que permite propagação da luz e possibilita ver os objetos com nitidez da imagem
através de si.

Exemplos
Ar, vidro, água.

Meio Translúcido
É o meio que permite a propagação da luz mas não permitindo uma visualização nítida dos
objetos através de si.

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Exemplos
Vidro fosco, papel vegetal, nevoeiro.

Meio Opaco
É o meio que impede a propagação da luz, não permitindo a visualização dos objetos através de
si.

Exemplos
Madeira, concreto, chapas metálicas.

Obs.:
Há uma relatividade na conceituação de transparência, translucidez e opacidade.
Por exemplo, a água suja pode ser opaca.

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Princípios da Óptica Geométrica

1. Princípio da Propagação Retilínea da Luz


Em um meio homogêneo, transparente e isotrópico, a luz se propaga em linha reta.

2. Princípio da Independência dos Raios


Quando dois raios de luz se cruzam, um não interfere na trajetória do outro, cada um se
comportando como se o outro não existisse.

3. Princípio da Reversibilidade
Se revertermos o sentido de propagação de um raio de luz ele continua a percorrer a mesma
trajetória, em sentido contrário.

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Fenômenos que ocorrem devido à propagação retilínea da luz


Sombra e Penumbra.

Fonte puntiforme
Quando a fonte é puntiforme pode ocorrer a formação da sombra.

Fonte extensa
Quando a fonte é extensa pode ocorrer a sombra que varia de intensidade. A parte que é
atingida por alguns raios de luz é denominada penumbra.

Ângulo visual
É ângulo formado pelos raios que partem dos extremos do objeto analisado.

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Reflexão da Luz

Leis da Reflexão

1ª lei: O raio incidente, ri, a normal à superfície refletora, N, e o raio refletido, rr, estão no
mesmo plano.
2ª lei: O ângulo de incidência é congruente ao ângulo de reflexão.

! !
i=r

Tipos de Reflexão

Reflexão difusa Reflexão especular


Superfícies irregulares Superfícies polidas

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Espelho Plano

Classificação da Imagem

Imagem virtual, direta e igual.

Estigmatismo do Espelho Plano


Todo prolongamento do raio de luz refletido passa por P’. O espelho plano é um sistema óptico
é estigmático para um ponto P quando fornece uma única imagem P' para o referido ponto.

Simetria
A distância da imagem ao espelho é igual a distância do objeto ao espelho.

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Imagem Enantiomorfa
A imagem e o objeto não se sobrepõem.

Translações
A velocidade da imagem depende do referencial adotado.
Em relação – ao espelho vi = vo
– ao objeto vi = 2. vo

A translação da imagem é igual ao dobro da translação do espelho.

Associação de Espelhos

Espelhos paralelos

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Espelhos Angulares

O número de imagens (N) é dado pela seguinte equação:


360
N= − 1 , onde α é o ângulo entre os espelhos.
α
A equação só é válida para valores de que sejam múltiplos inteiros de 360°; caso contrário, o
número de imagens não é inteiro.

Campo Visual de um espelho plano


Se um observador está posicionado nas proximidades da face refletora de um espelho plano, ao
observar através desta, esse observador conseguirá visualizar uma região chamada de CAMPO
DE VISÃO do espelho. Observe ao lado como pode-se determinar esse campo de visão.

Uma forma bem prática de se traçar o CAMPO DE VISÃO de um espelho seria transferir o
observador (imaginariamente) para trás do espelho, à mesma distância que ele se encontra
na frente, sobre uma linha perpendicular ao plano do espelho. A partir desse momento, para
o observador imaginário, atrás do espelho, este passa a funcionar como uma “JANELA BERTA”.
Esse observador só terá visão até os limites dos cantos da “janela”.

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Exemplos

1. As ondas eletromagnéticas, como as ondas luminosas, propagam-se independentemente do


meio. No vácuo, todas as ondas eletromagnéticas possuem
a) a mesma amplitude.
b) a mesma frequência.
c) a mesma velocidade.
d) o mesmo comprimento de onda.
e) o mesmo período.

2. Das alternativas seguintes, aponte aquela que traz exclusivamente fontes luminosas primárias.
a) Lanterna acesa, espelho plano e vela apagada.
b) Olho de gato, Lua e palito de fósforo aceso.
c) Lâmpada acesa, arco voltaico e vaga-lume aceso.
d) Planeta Marte, fio aquecido ao rubro e parede de cor clara.
e) Vídeo de uma TV em funcionamento, Sol e lâmpada apagada.

3. O motorista de um carro olha no espelho retrovisor interno e vê o passageiro do banco traseiro.


Se o passageiro olhar para o mesmo espelho verá o motorista. Esse fato explica-se pelo
a) princípio da independência dos raios luminosos.
b) fenômeno de refração que ocorre na superfície do espelho.
c) fenômeno de absorção que ocorre na superfície do espelho.
d) princípio da propagação retilínea dos raios luminosos.
e) princípio da reversibilidade dos raios luminosos.

4. Um pedaço de tecido vermelho, quando observado em uma sala iluminada com luz azul, parece
a) preto.
b) branco.
c) vermelho.
d) azul.
e) amarelo.

5. O ângulo entre um raio de luz que incide em um espelho plano e a normal à superfície do
espelho (conhecido como ângulo de incidência) é igual a 35°. Para esse caso, o ângulo entre a
superfície do espelho e o raio refletido é igual a
a) 20°.
b) 35°.
c) 45°.
d) 55°.
e) 65°.

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6. Um observador P se encontra em frente a um espelho plano E. Sendo O um objeto fixo, para


que posição deve olhar o observador para ver a imagem de O?

a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.

7. Uma criança se aproxima de um espelho plano com velocidade v, na direção da normal ao


espelho. Podemos afirmar que sua imagem
a) se afasta do espelho com velocidade v.
b) se aproxima do espelho com velocidade v.
c) se afasta do espelho com velocidade 2v.
d) se aproxima do espelho com velocidade 2v.
e) afasta-se do espelho com velocidade v/2.

8. Conforme a figura abaixo, os lados espelhados dos dois espelhos planos formam entre si um
ângulo de 90°.

Uma garota posiciona-se no ponto P da figura. Ela verá, de si mesma,


a) 3 imagens.
b) 2 imagens.
c) 1 imagem.
d) infinitas imagens.
e) nenhuma imagem.

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Espelhos Esféricos

São superfícies refletoras que têm a forma de uma calota esférica. São côncavos ou convexos
conforme esteja a superfície refletora, respectivamente, na parte interna ou externa da calota
esférica.

Espelho Côncavo polido por dentro Espelho Convexo polido por fora

Elementos Geométricos dos Espelhos Esféricos

R = 2f

EP: eixo principal


F: foco
R: raio de curvatura
C: centro de curvatura
f: distância focal

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Propriedades do espelho côncavo


1ª Todo raio que incide paralelo ao eixo principal ao refletir retorna numa direção que passa
pelo foco.

2ª Todo raio de luz que incide passando pelo foca reflete e retorna paralelo ao eixo principal.

3ª Todo raio que incide passando pelo centro de curvatura reflete e retorna sobre si próprio.

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4ª Todo raio que incide sobre o vértice reflete e retorna formando um ângulo de reflexão
mesma medida de o ângulo de incidência;

Conjugação de imagens num espelho côncavo

1º Objeto além do centro de curvatura

Imagem:

Real

Invertida, inversa

Menor
  

2º Objeto no centro de curvatura

Imagem:

Real

Invertida, inversa

Igual

  

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3º Objeto entre o centro de curvatura e o foco

Imagem:

Real

Invertida, inversa

Maior

  

4º Objeto no foco

Imagem imprópria

  

5º Objeto entre o foco e o vértice

Imagem:

Virtual

Direta, direita

Maior

  

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Propriedades do espelho convexo
1ª Todo raio que incide paralelo ao eixo principal reflete e retorna como se viesse do foco

2ª Todo raio que incide na direção do foco reflete e retorna paralelo ao eixo principal

3ª Todo raio que incide sobre o centro óptico reflete e retorna sobre si mesmo.

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4ª Todo raio que incide sobre o vértice reflete e retorna com ângulo de reflexão igual ao ângulo
de incidência

Conjugação de imagem no espelho convexo

Caso único

Imagem:

Virtual

Direta, direita

Menor
  

Equação dos pontos conjugados (Gauss)

1 1 1
= +
f di d0

fo: distância focal


di: distância da imagem
do: distância do objeto

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Aumento linear transversal A

i d
A= − i
0 d0

i: altura da imagem
o: altura do objeto

Convenção
(-) virtual

(+) real

A = 1 imagem igual ao objeto

A > 1 imagem maior que o objeto

A < 1 imagem menor que o objeto

A (+) imagem direta

A (-) imagem invertida

Exemplos

1. Um objeto real projeta uma imagem direita e 3 vezes maior através de um espelho côncavo.
Sabendo-se que a distância focal desse espelho é 10 cm, qual é, aproximadamente, a distância
do objeto ao espelho?

2 Um objeto de 15 cm de altura é colocado perpendicularmente ao eixo principal de um espelho


côncavo de 50 cm de distância focal. Sabendo-se que a imagem formada mede 7,5 cm de altura,
podemos afirmar que
a) o raio de curvatura é igual a 75 cm.
b) o objeto está entre o foco e o vértice do espelho.
c) o objeto está a 75 cm do vértice.
d) o objeto está a 150 cm do vértice do espelho.
e) o objeto está a 50 cm do vértice.

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3. Um objeto linear real forma, num espelho esférico, uma imagem direita e três vezes maior que
o objeto. Sabendo que a distância entre o objeto e a imagem é de 80 cm, podemos afirmar que
o espelho é
a) côncavo, e a distância focal é 15cm.
b) côncavo, e a distância focal é 30cm.
c) convexo, e a distância focal é 30cm.
d) convexo, e a distância focal é 15cm.
e) convexo, e a distância focal é 7,5 cm.

Refração da luz

A refração e ocorre quando a luz muda de meio de propagação, por exemplo, do ar para a água.
Essa mudança provoca uma variação na velocidade de propagação da luz, por causa da diferença
de densidade do meio de propagação. A alteração de velocidade pode vir acompanhada de um
desvio na direção de propagação do raio de luz, quando isso ocorre muda a posição da imagem
a ser vista.

A refração é um fenômeno que ocorre quando a luz muda a sua velocidade de propagação por
mudar de meio.

Índice de refração absoluto (n):

c
n=
v
v: velocidade de propagação da luz no meio
8
c: velocidade de propagação da luz no vácuo (c = 3.10 m/s= 300.000 km/s)

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Índice de refração relativo (na,b):

na
na,b =
nb

Leis da refração

1ª lei: O raio incidente, ri, a normal à superfície que separa os dois meios, N, e o raio refratado,
rr, estão no mesmo plano.

2ª lei: lei de Snell-Descartes

! !
n1 .sen i = n2 .sen r

Exemplo 1:

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Exemplo 2:

Exemplo 3:

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Exemplos:

1. A miragem se explica por um fenômeno de


a) absorção total.
b) refração total.
c) interferência total.
d) reflexão total.
e) difração total.

2. Um raio de luz monocromático se propaga no vidro com velocidade 200.000 km/s. Sendo a
velocidade da luz no vácuo 300.000 km/s, o índice de refração do vidro para este tipo de luz é

3. Quando um feixe de luz branca incide num prisma de vidro, ele se refrata ao entrar e sair do
prisma, decompondo-se nas cores do espectro. A cor que menos desvia é a
a) violeta.
b) verde.
c) vermelha.
d) laranja.
e) azul.

Lentes esféricas

É um sistema óptico constituído por três meios homogêneos e transparentes, separados


por duas superfícies esféricas ou por uma superfície esférica e outra plana. O meio é a lente
propriamente dita.
•• LENTES CONVERGENTES: Apresentam as extremidades mais finas do que a parte central.

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LENTES CONVERGENTES
•• Apresentam as extremidades mais finas do que a parte central.
•• Transformam um feixe paralelo em um feixe convergente.

•• LENTES DIVERGENTES: Apresentam as extremidades mais espessas do que a parte central.

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LENTES DIVERGENTES
•• Apresentam as extremidades mais espessas do que a parte central.
•• Transformam um feixe paralelo em um feixe divergente.

Propriedades das lentes convergentes


1ª Raio que incide paralelo ao eixo principal refrata e emerge convergindo para o foco imagem.

2ª Raio que incide do foco objeto refrata e emerge paralelo ao eixo principal.

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3ª Raio que incide sobre o centro óptico se refrata e emerge sem desviar.

Conjugação de imagens na lente convergente

1º: Objeto além do centro de curvatura

Imagem:

Real

Invertida, Inversa

Menor
  

2º: Objeto no centro de curvatura

Imagem:

Real

Invertida, inversa

Igual
  

3º: Objeto entre o centro de curvatura e o foco

Imagem:

Real

Invertida, inversa

Maior
  

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4º: Objeto no foco

Imagem imprópria

  

5º: Objeto entre o foco e a lente

Imagem:

Virtual

Direta, direita

Maior
  

Propriedades das lentes divergentes


1ª: Raio que incide paralelo ao eixo principal refrata e emerge como se viesse do foco objeto.

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2ª: Todo raio que incide no foco imagem refrata e emerge paralelo ao eixo principal.

3ª: Raio que incide sobre o centro óptico emerge sem desviar.

Conjugação de imagem na lente divergente.

Caso único:

Imagem:

Virtual

Direta, direita

Menor
  

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Equação dos pontos conjugados (Gauss)

1 1 1
= +
f d1 d0

fo: distância focal


di: distância da imagem
do: distância do objeto

Aumento linear transversal A

i d
A= =− 1
0 d0

i: altura da imagem
o: altura do objeto

Convenção
(-) virtual

(+) real

A = 1 imagem igual ao objeto

A > 1 imagem maior que o objeto

A < 1 imagem menor que o objeto

A (+) imagem direta

A (-) imagem invertida

Convergência ou vergência C
É o inverso da distância focal.

1
C=
f

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Unidade:
di(dioptrias) = m-1

Exemplos:

1. A imagem de um objeto real é reduzida à sua terça parte quando colocada à frente de um
espelho côncavo de foco 5 cm. Qual a distância entre o objeto e o espelho?

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2. Uma pessoa, a 40 cm de um espelho côncavo, se vê 3 vezes maior e com imagem direita. A
distância focal é

3. De quanto será reduzida a imagem de um objeto real colocado em frente a um espelho convexo
de distância focal 10 cm? Sabe-se que a distância entre o espelho e a imagem, do objeto real é
5 cm.

4. Uma lente convergente, funcionando como lupa, possui 10,0 cm de distância focal. Um
observador observa a imagem de um objeto colocado a 8,0 cm da lente. O aumento linear, em
módulo, é de

Ondulatória

Onda
É uma perturbação que se propaga em um determinado meio.
Exemplos: Luz, som, onda na superfície da água, etc.

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Propriedade Fundamental
Onda transfere energia sem transportar matéria.

Uma pessoa provoca uma perturbação numa corda, nota-se que esta perturbação propaga-se
para a direita, conforme a figura. Esta perturbação não desloca a corda horizontalmente faz
apenas com que os pontos da corda subam e desçam (verticalmente), transferindo a energia
recebida da pessoa, através da perturbação, até a sua outra extremidade. Enquanto isso, o
bloco B apenas vibra com a corda, sem ser transportado na direção da propagação da onda.

Classificação

I. Quanto à natureza da onda


a. Mecânica – é gerada por uma perturbação num meio material. As ondas mecânicas não se
propagam no vácuo.
Exemplos: onda na superfície da água, onda numa corda de violão, onda sonora.
O som não se propaga no vácuo, pois é uma onda mecânica.
b. Eletromagnética – produzida por variações de um campo elétrico e de um campo
magnético. Não precisa de um meio material de propagação, logo pode propagar-se no
vácuo e em alguns meios materiais.
Exemplos: ondas de rádio, ondas de televisão, micro-onda.
A luz pode se propagar no vácuo, pois é uma onda eletromagnética.

II. Quanto à direção de oscilação


a. Onda Transversal – É aquela em que a direção de propagação é perpendicular à direção de
vibração.

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Exemplo: ondas numa corda, onda na superfície da água, todas as ondas eletromagnéticas.

Todas as ondas eletromagnéticas são transversais.

b. Onda Longitudinal – É aquela em que a direção de propagação coincide com a direção


de vibração. No espaço em todas as direções, afastando-se da fonte, como indicado no
desenho.
O som, transmitindo-se no ar, produz compressões e rarefações. De acordo com a sequência
sonora emitida pela fonte sonora, há camadas de ar mais comprimidas ou menos comprimidas,
conforme está representado na figura por meio de regiões claras e de regiões escuras.

Quando o som é transmitindo pelo ar, produz compressões e rarefações no mesmo. Há as


camadas de ar mais comprimidas e há as menos comprimidas, conforme está representado na
figura por meio de regiões mais escuras e de regiões mais claras, respectivamente.
Um outro exemplo ocorre numa mola.

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Cada espira vibra na mesma direção que a direção de propagação da onda.


A direção de oscilação é paralela à direção de propagação a onda.
c. Mista – É a onda que apresenta características transversais e longitudinais simultaneamente,
como ocorre com a onda no interior da água.

1. Propagação da onda

2. Crista da onda

3. Vale da onda

A. Águas profundas

B. Águas rasas

  

III. Quanto ao número de direções em eu a onda se propaga:

a. Unidimensional:
Se propaga ao longo de uma única dimensão.
Exemplo: onda numa corda

b. Bidimensional
Se propaga ao longo de uma superfície, ou seja, duas dimensões.

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c. Tridimensional
Se propaga no espaço, em três dimensões.

Elementos de uma onda

C – cristas ou picos
V – vales ou depressões.
e. e. – eixo de equilíbrio.
A – amplitude: é a distância entre o eixo de equilíbrio e a crista ou a distância entre o vale e eixo
de equilíbrio. S.I [A] = m (metro).
λ – comprimento de onda: é a distância entre dois pontos em fase numa onda. Por exemplo
distância entre duas cristas sucessivas ou entre dois vales sucessivos.
S.I [λ] = m (metro).

PERÍODO (T)
É o tempo transcorrido para que a onda complete uma oscilação completa.

t
T=
n

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S.I [T] = s (segundo)


t = tempo total.
n = nº de oscilações.

FREQUÊNCIA (f)
É o número de oscilações completas efetuadas na unidade de tempo.

n
f=
t

S.I [f] = Hz (hertz)


n = nº de oscilações.
t = tempo total.

RELAÇÃO ENTRE O PERÍODO (T) E A FREQUÊNCIA (f).

1 1
T= f=
f T

Velocidade (v)
Em ondulatória a velocidade é tratada como uma grandeza escalar. A velocidade de propagação
de uma onda depende do meio em que ela se propaga.
Se a onda se propaga num mesmo meio sua velocidade é constante:

d
V=
t

d = distância total percorrida pela onda


t = tempo gasto para percorrer essa distância.
Numa oscilação completa, a distância percorrida pela onda equivale ao comprimento de onda,
λ, e o tempo corresponde ao período, T, daí a equação pode ser escrita da seguinte forma

λ
v=
T

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Como o período, T, é o inverso da frequência, f, ou seja, 1 , a equação pode ser escrita da
seguinte forma: f

V = !.f

S.I. [v] = m/s (metro/segundo)

Observações
Se a onda se propaga num mesmo meio a velocidade, v, fica constante, daí, temos

1
!∝
f

Se a onda muda de meio não há variação na frequência, f, daí temos

V ∝!

Exemplos

1. A figura representa uma onda mecânica propagando-se num determinado meio.

As grandezas representadas por x e y significam, respectivamente


a) frequência e velocidade.
b) timbre e amplitude.
c) amplitude e comprimento de onda.
d) frequência e amplitude.
e) amplitude e velocidade.

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2. Na figura, está representada uma onda que, em 2,0 segundos, propaga-se de uma extremidade
a outra de uma corda.

O comprimento de onda (cm), a frequência (ciclos/s) e a velocidade de propagação (cm/s),


respectivamente, são
a) 3, 5, 15.
b) 3,15, 5.
c) 5, 3, 15.
d) 5, 15, 3.
e) 15, 3, 5.

A onda representada na figura abaixo se desloca entre os pontos A e B, distantes 2 m, num


intervalo de tempo de 4 s.

3. Qual o período dessa onda?


a) 0,2 s.
b) 0,5 s.
c) 1,0 s.
d) 3,0 s.
e) 4,0 s.

4. Qual a velocidade de propagação da onda?


a) 0,5 m/s.
b) 1,0 m/s.
c) 2,0 m/s.
d) 2,5 m/s.
e) 3,0 m/s.

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ONDAS ELETROMAGNÉTICAS

•• São constituídas por campos elétricos e campos magnéticos variáveis;


•• O campo elétrico forma 90o com o campo magnético;
•• São ondas transversais (os campos são perpendiculares à direção de propagação);
•• Propagam-se no vácuo com a velocidade c = 3.105 km/s = 3.108 m/s;
•• Podem propagar-se em alguns meios materiais, com velocidades menores que do que
apresentam no vácuo.

Espectro Eletromagnético

É constituído por: Ondas de Rádio- amplitude modulada (AM, podem ser ondas médias ou
ondas curtas), frequência modulada (FM) – Ondas de televisão (TV, podem ser de VHF ou UHF);
Micro-ondas; Infravermelho (ondas de calor), Luz (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil
ou lilás e violeta); ultravioleta; raios X; raios γ.

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Luz

f: frequência,
E: energia do fóton*,
Q: quantidade de movimento linear,
PP: poder de penetração,
T: período,
λ: comprimento de onda.

Obs.:
* Fóton é menor porção de energia que a onda eletromagnética transporta.

Exemplos

5. Comparadas com a luz visível, as micro-ondas têm


a) velocidade de propagação menor no vácuo.
b) fótons de energia maior.
c) frequência menor.
d) comprimento de onda igual.
e) comprimento de onda menor.

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6. Selecione a alternativa que completa corretamente as lacunas nas afirmações abaixo.
O módulo da velocidade de propagação da luz no ar é ........................... que o da luz no vidro.
No vácuo, o comprimento de onda da luz é .............................. que o das ondas de rádio.
a) maior – menor.
b) maior – maior.
c) menor – o mesmo.
d) o mesmo – menor.
e) o mesmo – maior.

7. No vácuo, todas as ondas eletromagnéticas possuem mesma .......................... .


As ondas sonoras propagam-se em uma direção ................. a direção das vibrações do meio.
a) energia – frequência – paralela.
b) matéria – velocidade – perpendicular.
c) energia – amplitude – perpendicular.
d) matéria – intensidade – paralela.
e) energia – velocidade – paralela.

Fenômenos Ondulatórios

Reflexão – é o fenômeno que ocorre com as ondas, quando atingem a superfície de separação
entre dois meios e voltam para o meio de onde se originaram.
A frequência, o módulo da velocidade de propagação e o comprimento de onda das ondas
incidentes são iguais para as ondas refletidas, e a fase pode variar ou não.

Exemplo
Reflexão de pulsos em cordas
A figura representa uma corda flexível presa firmemente a uma parede e tracionada pela mão
do operador. Um pulso (semionda) é produzido e se propaga com velocidade v constante. Cada
ponto da corda é puxado para cima e para baixo, uma vez, pelo pulso que passa. Quando este

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atinge a parede, esta é puxada para cima e, pelo Princípio de Ação e Reação, ela puxa a corda
para baixo: o pulso sofre uma inversão de fase e retorna à corda (reflete), percorrendo-a com a
mesma velocidade v.

Com inversão de fase

A figura representa a mesma corda dotada de um anel leve e lubrificado, pelo qual passa uma
barra vertical fixa. A corda está tracionada e um pulso a percorre com velocidade constante v. À
chegada do pulso ao anel, este, por ser leve e estar livre, não reage sobre a corda, comportando-
se como qualquer ponto dela: ele sobe e desce, e a onda retorna à corda (reflete) sem inverter
a fase e com velocidade v.

Sem inversão de fase

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Reflexão de ondas bi e tridimensionais

Existem dois princípios básicos na reflexão de ondas bi e tridimensionais (som, luz, ondas na
superfície de líquidos, etc.):
•• a onda (ou raio) incidente, a onda (ou raio) refletida e a normal no ponto de incidência são
coplanares.
•• o ângulo de incidência e o ângulo de reflexão são iguais (i = r).
Como as frentes de onda são perpendiculares aos raios de onda, o aspecto das ondas é o da
figura.

Absorção

Todos os meios materiais, quando atravessados por ondas (mecânicas ou eletromagnéticas)


absorvem uma parcela da energia da onda, transformando-a em calor . Dependendo do meio,
isso ocorre em maior ou menor grau. Por exemplo, os corpos opacos absorvem fortemente a
luz, ao contrário dos corpos transparentes que a absorvem pouco. Outro exemplo de absorção
é o enfraquecimento verificado numa onda que percorre uma corda esticada. O vácuo é o único
meio onde não ocorre absorção.

Refração

É o fenômeno que ocorre com as ondas quando passam de um meio de propagação para outro.
A frequência, o período e a fase das ondas não mudam. Contudo, o módulo da velocidade de
propagação e o comprimento de onda se alteram, podendo ocorrer mudança na direção de
propagação.

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Exemplo
Refração de ondas na superfície de um líquido
As ondas na superfície da água refratam-se ao passar de uma região mais profunda para outra
mais rasa. O módulo da velocidade e o comprimento de onda aumentam na região profunda.

FA = fB   λA < λB   VA < VB

Difração

É o fenômeno que consiste em uma onda contornar obstáculos, passando por fendas.
O comprimento de onda, a frequência e a velocidade de propagação não se alteram.
As figuras representam recipientes com água, cuja superfície é cortada por um obstáculo fixo
com uma abertura. Na primeira figura, o comprimento de onda é muito pequeno em relação à
abertura e, na segunda figura, ele tem dimensões da mesma ordem da abertura.

  

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Na difração, a energia não se distribui igualmente em todas as direções. Quanto menor for o
comprimento de onda em relação ao tamanho da fenda ou o obstáculo atingido, maior será a
região de sombra, como se vê nas figuras.
É um fenômeno que pode ocorrer com qualquer tipo de onda bi ou tridimensional como luz,
som, raios X, ondas de rádio, etc.
-7
O comprimento de onda da luz é muito pequeno, cerca de 5x10 m . Logo, para que o fenômeno
da difração luminosa ocorra, os obstáculos e as aberturas devem ser também muito pequenos
como, por exemplo, a fenda de uma agulha ou um fino rasgo de gilete numa folha de papel.
O comprimento de onda do som no ar varia de 1,7 cm a 17 m e, consequentemente, a difração
sonora ocorre mesmo que os obstáculos sejam grandes, sendo facilmente observados.

Exemplo
A figura abaixo representa um automóvel de faróis acesos, tocando a buzina num dos lados
de uma esquina. Pelo outro lado da esquina caminha um pedestre que ouve a buzina, mas
não consegue ver diretamente a luz dos faróis do automóvel, isso porque as ondas sonoras
conseguem contornar o obstáculo, que é a esquina, mas, para as ondas luminosas, a esquina é
um obstáculo grande demais em comparação ao seu comprimento de onda, e os raios seguem
em linha reta, não a contornando. O som sofre difração na esquina, mas a luz não.

Uma situação interessante acontece com as ondas de rádio. O comprimento de onda médio
da faixa de AM é muito maior que o comprimento de onda médio da faixa de FM, logo é muito
mais fácil para uma onda de AM contornar um morro, por exemplo. O mesmo raciocínio vale
para a faixa de VHF em comparação com a faixa de UHF.

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Observação
A difração só ocorre se o comprimento de onda e a fenda forem da mesma ordem de grandeza.

Interferência

A interferência é resultado da superposição de duas ou mais ondas.


A interferência pode ser Construtiva ou Destrutiva.

Construtiva
Quando duas ondas se superpõem, ocorrendo uma interferência construtiva, a amplitude da
onda resultante será dada pela soma das amplitudes das ondas superpostas.
Note que, após a interferência, as ondas seguem se propagando com as mesmas características
anteriores

Destrutiva
Quando duas ondas se superpõem, ocorrendo uma interferência destrutiva, a amplitude da
onda resultante será dada pela subtração das amplitudes das ondas superpostas.
Note que, após a interferência, as ondas seguem se propagando com as mesmas características
anteriores.

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Difração seguida de interferência

Onde uma crista e um vale se superpõem, ocorre uma interferência destrutiva.


Onde duas cristas ou dois vales se superpõem, ocorre uma interferência construtiva.

Onda Estacionária

É o resultado da superposição de duas ondas de mesma velocidade, mesmo comprimento


de onda, mesma frequência, mesma amplitude, mas de sentidos opostos. Os fenômenos
responsáveis pela formação de uma onda estacionárias são reflexão e interferência.

N1, N2 – Nós ou Nodos: são pontos de interferência destrutiva.


V1, V2 ... – Ventres: são pontos de interferência construtiva.

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Polarização

É o fenômeno pelo qual uma onda de vários planos de vibração é transformada em uma onda
de apenas um plano de vibração.

Onda natural ou não polarizada: é aquela que possui vários planos de vibração.

Observação
A polarização ocorre somente com ondas transversais; não ocorre com ondas longitudinais.

Ressonância

Fenômeno que acontece quando um sistema vibra forçado por outro sistema, mas com uma
característica: o sistema que provoca a vibração deve estar perto do outro e vibra com uma
frequência igual à frequência natural desse outro. Um sistema físico recebe energia por meio
de excitações de frequência igual a uma de suas frequências naturais de vibração. Assim, o
sistema físico passa a vibrar com amplitudes cada vez maiores.
Cada sistema físico capaz de vibrar possui uma ou mais frequências naturais, isto é, que são
características do sistema, mais precisamente da maneira como este é construído.
Cada sistema possui sua frequência natural, que lhe é característica. Quando ocorrem
excitações periódicas sobre o sistema, como quando o vento sopra com frequência constante
sobre uma ponte durante uma tempestade, acontece um fenômeno de superposição de ondas
que alteram a energia do sistema, modificando sua amplitude.
Se a frequência natural de oscilação do sistema e as excitações constantes sobre ele estiverem
sob a mesma frequência, a energia do sistema será aumentada, fazendo com que vibre com
amplitudes cada vez maiores.

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Exemplo
Ponte Tacoma Narrows, nos Estados Unidos, em 7 de novembro de 1940. Num determinado
momento o vento soprou com frequência igual à natural de oscilação da ponte, fazendo com
que esta começasse a aumentar a amplitude de suas vibrações até que sua estrutura não
pudesse mais suportar, fazendo com que sua estrutura rompesse.

Efeito Doppler

É a percepção de uma frequência diferente da realmente emitida, em virtude do movimento


relativo de aproximação ou afastamento entre a fonte e o observador.
Quando ocorre uma aproximação, o observador percebe uma frequência maior; quando o
movimento é de afastamento, o observador percebe uma frequência menor.
Aproximação                 Afastamento

Quando o movimento é de aproximação, a frequência percebida pelo observador é maior que


a real e quando o movimento é de afastamento a frequência percebida é menor que a real.
Relacionando a frequência aparente com a velocidade da onda e da fonte tem-se:

fo fF
=
vs ± vo vs ± v F
,

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Com fF = frequência da fonte (real)


fo = frequência percebida pelo observador (aparente)
vo = velocidade do observador
vF = velocidade da fonte
vs = velocidade da onda
No uso da fórmula deve-se respeitar a seguinte convenção de sinais:

Sentido de referência sempre de O para F.


Quando os sentidos de vo e vF coincidem com o sentido de referência adota-se +;
Quando são contrários ao sentido de referência, adota-se o sinal – .

Exemplo

10. Um trem A percorre uma trajetória retilínea com velocidade de 72 km/h, rumo a outro trem
B, que vem em sentido oposto, com velocidade de 54 km/h. O condutor do trem A ao avistar
o trem B, apita com frequência de 700 Hz. Considerando a velocidade do som igual a 340 m/s,
qual é a frequência percebida pelo condutor do trem B?

vs = 340 m/s
vF = 72 km/h = 20 m/s
vo = 54 km/h = 15 m/s
fF = 700 Hz

fo fF fo 700 f 700
= ⇒ = ⇒ o = ⇒
vs + vo vs − v F 340 + 15 340 − 20 355 320
355.700
fo = ⇒ fo ≅ 776,7 Hz.
320

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Observação
As ondas luminosas também podem sofrer o efeito Doppler. Entretanto, como a velocidade da
luz é muito elevada, ele só é perceptível se a fonte for extremamente veloz. É o caso de estrelas
ou galáxias que se afastam da Terra.
Quando a fonte está se afastando, a luz recebida por nós tem frequência aparente menor que
a frequência real emitida. Dizemos que houve um desvio para o vermelho (RED SHIFT). Caso a
fonte esteja se aproximando, ocorrerá o oposto, ou seja, um desvio para o azul (BLUE SHIFT).
Radares funcionam com base no efeito Doppler.

Exemplos

11. Quando a luz passa de um meio menos refringente para um mais refringente
a) a frequência aumenta.
b) a frequência diminui.
c) o comprimento de onda aumenta.
d) o comprimento de onda diminui.
e) a velocidade aumenta.

12. Selecione a alternativa que completa corretamente as lacunas nas afirmações seguintes:
I – As ondas luminosas ......... ser polarizadas.
II – Na água, as ondas .............. propagam-se mais rapidamente que no ar.
III – O fenômeno de interferência .......... ocorrer com ondas sonoras.
a) não podem – luminosas – não pode
b) podem – sonoras – pode
c) podem – luminosas – pode
d) não podem – sonoras – pode
e) podem – luminosas – não pode

13. Faz-se incidir um trem de ondas planas, de um único comprimento de onda λ, sobre um
obstáculo com duas fendas, F1 e F2, conforme mostra a figura. O meio à direita e à esquerda
das fendas é o mesmo. Considerando-se essa situação, pode-se afirmar que

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a) logo após passar pelas fendas, as ondas continuam sendo planas.


b) a frequência das ondas se altera ao passar pelas fendas.
c) logo após passar pelas fendas, a velocidade de propagação das ondas diminui.
d) as ondas que passam por F1 e F2 continuam se propagando em linha reta à direita do
obstáculo, sem se encontrarem.
e) as ondas se difratam em F1 e F2, superando-se à direita do obstáculo.

ONDAS SONORAS

O som é uma onda mecânica que sensibiliza a audição do ser humano. Para isso sua frequência
deve estar entre 20Hz e 20.000Hz (20kHz).
Por ser uma onda mecânica, a propagação das ondas sonoras exige a presença de um meio
material.
As ondas mecânicas de frequência inferior a 20 Hz são chamadas de infrassons, e as de
frequência superior a 20 kHz, de ultrassons.
Certos animais (como morcegos e golfinhos) emitem e percebem sons de frequência superior a
20 kHz. Cães também podem ouvir ultrassons. Os ultrassons, por terem pequenos comprimentos
de onda, têm larga aplicação na indústria. São utilizados, por exemplo, na limpeza de peças
metálicas minúsculas, de forma irregular, para descobrir falhas em juntas metálicas soldadas.
Os ultrassons são muito empregados também na Medicina.

Qualidades fisiológicas do som

1. ALTURA
Qualidade que depende da frequência do som. Se a frequência é alta o som é agudo, se a
frequência é baixa o som é grave.
Som grave (BAIXO)            Som agudo (ALTO)

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2. INTENSIDADE
Qualidade que depende da energia que o som transporta. Quando transporta muita energia
o som é forte se transporta pouca energia, é fraco. Tanto a intensidade sonora quanto a
intensidade auditiva estão associadas à energia transportada pela onda e a amplitude.
Som FRACO            Som FORTE

Para determinar a quantidade de energia que a onda sonora que atravessa determinada área
utiliza-se a grandeza Intensidade, I.
A intensidade média, Im, é calculada pela fórmula:

ΔE
Im = ,
Δt.ΔA
ΔE
Como =P
Δt m
então
P
Im =
ΔA

Onde:

ΔE = energia transportada pelo som


Δt = tempo de passagem do som
ΔA = área pela qual o som passa
Pm = potência média
Se a energia transferida for constante a potência e a intensidade também serão constantes.
Unidades (S.I.)

⎡⎣ I ⎤⎦ = W / m 2
⎡⎣ ΔE ⎤⎦ = j
⎡⎣ P ⎤⎦ = j
⎡⎣ Δt ⎤⎦ = s
2
⎣⎡ ΔA ⎤⎦ = m

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Nível de Intensidade β
É a intensidade sonora média percebida ou detectada pelo sistema auditivo humano. A
definição matemática dessa grandeza de unidade, é baseada em padrões fisiológicos médios.
Para tanto admite-se que:
A) a intensidade sonora mínima percebida pelo ser humano, limiar auditivo médio seja:
-12 2
IO = 10 W/m
B) o nível de intensidade sonora β varie em escala logarítmica de base 10. O que significa
que sons de 10n vezes maior que a intensidade mínima sejam percebidos com nível de
intensidade n vezes maior, por exemplo um som de intensidade cem (102) vezes maior que
I0 é percebido, em média, como se tivesse intensidade duas vezes maior.
I
β = 10.log , e sua unidade é o decibel (dB).
I0

Exemplo
O nível sonoro NS é medido em decibéis (dB) de acordo com a expressão NS = (10 dB) log (I/Io),
-12
onde I é a intensidade da onda sonora e Io = 10 W/m2 é a intensidade de referência padrão
correspondente ao limiar da audição do ouvido humano.
-16 2
A menor intensidade do som que um ser humano pode ouvir é da ordem de 10 W/cm . Já a
-3 2
maior intensidade suportável (limiar da dor) situa-se em torno de 10 W/cm .
Usa-se uma unidade especial para expressar essa grande variação de intensidades percebidas
pelo ouvido humano; o bel (B). O significado dessa unidade é o seguinte: Dois sons diferem de
1 B quando a intensidade de um deles é 10 vezes maior (ou menor) que a do outro, diferem de
2 B quando a intensidade de um deles é 100 vezes maior (ou menor) que a do outro, diferem
de 3 B quando a intensidade de um deles é 1.000 vezes maior (ou menor) que a do outro, e
assim por diante. Na prática, usa-se o decibel (dB), que corresponde a 1/10 do bel. Quantas
vezes maior é, então, a intensidade dos sons produzidos em concertos de rock (110 dB) quando
comparada com a intensidade do som produzida por uma buzina de automóvel (90 dB)?
a) 1,22
b) 10
c) 20
d) 100
e) 200

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3. TIMBRE
Qualidade que possibilita a diferenciação de dois sons, de mesma altura e intensidade, mas
emitidos por instrumentos diferentes. O timbre é caracterizado pela forma da onda.
Alturas iguais, intensidades iguais e timbres diferentes

Exemplo: Nota dó de um piano é diferente da nota dó de um violão.

Propriedades das ondas sonoras

Reflexão
O cérebro humano só é capaz de diferenciar sons que o atingem o ouvido com um intervalo de
tempo igual ou superior a 0,1 segundo.

O eco ocorre quando os dois sons, direto e refletido, são recebidos num intervalo de tempo
igual ou superior a 0,1s. Dessa maneira, os dois sons são percebidos de forma distinta. Quando
o som se propaga com velocidade de 340m/s no ar, o obstáculo refletor deve estar a uma
distância D igual ou superior a 17m.
A Sensibilidade auditiva humana (que é o tempo mínimo necessário para escutarmos
separadamente o som refletido do emitido) é de 0,1s.
d=v.t
d = 340m/s x 0,1s
d = 34 (ida e volta)
A reverberação ocorre quando a diferença de tempo entre os instantes de recebimento dos
sons é pouco inferior a 0,1s. Não se percebe um novo som, mas há um prolongamento da

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sensação sonora. No caso da velocidade do som no ar ser de 340m/s, a distância deve ser
inferior à 17 m.
O reforço ocorre quando o intervalo de tempo de recebimento do som refletido e do som
direto é praticamente nulo. O ouvinte apenas percebe o som mais intenso do que perceberia se
não houvesse a superfície refletora. D=0.

Refração
Em geral, a velocidade do som em um meio depende da temperatura. No ar, a 15°C, a
velocidade do som é de 340 m/s, variando aproximadamente 6 m/s a cada 10°C de variação na
temperatura. Em meios mais quentes o som se propaga mais rapidamente. A velocidade das
ondas sonoras mudam com a densidade do meio. Em geral, quanto mais denso é o meio, maior
será a velocidade do som, Por exemplo, na água (20°C), a velocidade do som vale 1.480 m/s, e
no ferro, cerca de 5.100 m/s.
Contudo, nos sólidos inelásticos, como o algodão, o feltro, o poliestireno expandido e os
tapetes, não há transmissão de ondas sonoras.

Interferência:
Ocorre quando um ponto do meio é atingido, ao mesmo tempo, por mais de uma perturbação
de natureza sonora.
•• Batimento: ocorre quando há interferência de ondas sonoras cujas frequências são
ligeiramente diferentes.
•• Ressonância: ocorre quando há interferência de ondas sonoras cujas frequências são
exatamente iguais.

f1 = f2

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Exemplos

1. O som é uma onda .................... . Para se propagar, necessita .................... e a altura de um som
refere-se à sua .................... .
a) plana – do ar – intensidade
b) mecânica – de meio material – frequência
c) mecânica – do vácuo – frequência
d) transversal – do ar – velocidade
e) transversal – de meio material – intensidade

2. Considere as afirmações abaixo.


I – O som se propaga no ar com uma velocidade de aproximadamente 340 m/s.
II – As velocidades de propagação do som no ar e no vácuo são aproximadamente iguais.
III – O eco é devido à reflexão do som.
Quais delas são corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

3. Em relação à intensidade sonora, afirma-se que


I – aumenta de acordo com a frequência do som.
II – está relacionada com a energia transportada pela onda sonora.
III – diminui com o timbre do som.
Das afirmativas
a) somente I é correta.
b) somente II é correta.
c) apenas I e II são corretas.
d) apenas I e III são corretas.
e) I, II e III são corretas.

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ESTÁTICA DOS CORPOS RÍGIDOS

Corpo Rígido é aquele em que as posições de suas partículas, do ponto de vista macroscópico
não se alteram em relação a um referencial fixado no próprio corpo.
Centro de massa do corpo rígido é o ponto onde toda a massa poderia estar concentrada e
todas as forças externas poderiam ser aplicadas para que o seu movimento não sofresse
alteração.
Centro de gravidade é o ponto de aplicação da força que a Terra exerce sobre o corpo- o peso.
Em corpos homogêneos e uniformes, de pequenas dimensões, o centro de massa coincide com
o centro de gravidade.

!"
Momento de Força ou Torque M

O efeito da força que está relacionado à rotação de um corpo rígido que depende da força
aplicada e da distância da linha de ação da força ao eixo de rotação.

  

!" "
M = F.d

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Unidade do momento de uma força (S.I.)
M= F.d
[M] = N . m

Condições de equilíbrio
!
I. Fr = 0
!"
II. ∑M = 0

Um corpo está em equilíbrio quando ocorre uma das seguintes situações:


!
v
a) equilíbrio estático – o ponto material está em repouso ( = 0).
!
b) equilíbrio dinâmico – o ponto material está em MRU ( v = constante).

Se um ponto material, sujeito à ação de um sistema de forças coplanares, estiver em equilíbrio,


as somas algébricas das projeções dessas forças sobre dois eixos perpendiculares e pertencentes
ao plano das forças são nulas.
Para isso é feita a decomposição de cada vetor sobre os eixos x e y
!"
                      Rx = 0
M
!"
                      Ry = 0
M

Vx = V.cosθ
Vy = V.senθ

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Exemplos

1. Um corpo de peso 80N é mantido em equilíbrio por fios ideais, conforme indica a figura.
Determine as tensões nas cordas T1 e T2. (Sendo sen 30°= cos 60° = 1/2; sen 60° = cos 30° = 3 )
2

2. Uma massa de 2 kg está suspensa por cordas inextensíveis e de massas desprezíveis, conforme
2
a figura abaixo. A tração na corda horizontal é de (adote g = 10m/s )

Equilíbrio de corpos extensos


Momento resultante MR – se um corpo, preso a um eixo, está sujeito à ação de várias forças,
simultaneamente, o momento resultante desse sistema de forças em relação ao eixo será dado
pela soma algébrica dos momentos gerados por cada uma das forças.

Sinal do momento de uma força


1. Momento com sentido anti-horário
Considere uma barra presa a um eixo, sofrendo uma força que a faça girar com sentido anti-
horário.

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2. Momento com sentido horário
Considere uma barra presa a um eixo, sofrendo uma força que a faça girar com sentido horário.

Exemplo resolvido

MR = M1 + M2 + M3
MR = F1.d1 – F2.d2 + F3.d3
MR = 5N.2,0m – 30N.1,5m + 10N.4,5m
MR = 10 Nm – 45 Nm + 45 Nm
MR = 10 Nm

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Observação
Para barras homogêneas, o peso da barra é uma força que deverá ser concentrada no centro da
barra e que, em relação ao eixo de giro, causará momento como qualquer outra força.

Exemplo

3. Uma pessoa pretende utilizar um pé-de-cabra para arrancar um prego. Dos cinco vetores
representados na foto, o que corresponde à menor força necessária à tarefa é

a) F1.
b) F2.
c) F3.
d) F4.
e) F5.

Equilíbrio de rotação de um corpo extenso


Para ocorrer o equilíbrio de rotação temos:
!"
∑M = 0 , logo:
∑Mah = ∑Mh

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Exemplo
Na barra mostrada na figura, o peso da pessoa sentada tem intensidade de 500 N.

4. Determine a intensidade da força F, considerando que a barra está em equilíbrio (despreze o


peso da barra).

5. A figura abaixo representa uma alavanca constituída por uma barra homogênea e uniforme, de
comprimento de 3 m, e por um ponto de apoio fixo sobre o solo. Sob a ação de um contrapeso
p igual a 60N, a barra permanece em equilíbrio, em sua posição horizontal, nas condições
especificadas na figura. Qual deve ser o peso da barra?

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Equilíbrio de um corpo extenso com dois apoios


A barra da figura é homogênea, possui 3,0 m de comprimento e peso de 30 N. A 2,0 m da
extremidade A, é colocado um corpo de peso 15 N. O sistema encontra-se em equilíbrio apoiado
nas extremidades A e B. Determine as intensidades das forças que os apoios exercem na barra.
Exemplo resolvido

Considerando um ponto de apoio como ponto de rotação (A)


!"
∑M = 0
∑Mah = ∑Mh
MFB = MPB + MPC
FB.3 = 30.1,5+ 15.2
FB.3 = 45 + 30
FB = 75/3 = 25 N
O peso total a ser sustentado pelos apoios é de 30N + 15N = 45N.
Se o apoio B faz uma força de 25N, o apoio A fará uma força de 20N.

Exemplo:

6. Uma barra homogênea de 7 m de comprimento com peso P= 50 N é apoiada nos pontos A e B.


Determine as reações dos apoios sobre a barra.

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OSCILAÇÕES

Oscilar é mover-se de um lado para o outro. Têm oscilações microscópicas e macroscópicas.

Oscilador massa-mola (força elástica restauradora)

Dado o bloco de massa m preso a uma mola de constante elástica k. Ao ser deslocado de
sua posição de equilíbrio, alongando-se ou comprimindo-se a mola, adquire um movimento
harmônico simples. Suponha o movimento de uma só dimensão, adotando o eixo x como
referência com a trajetória do bloco.

Quando o bloco
! oscila passa contínua e alternadamente pela posição 0. A origem do movimento
está na força , que é a força elástica produzida pela mola. Seu módulo F varia de acordo com
F
a Lei de Hooke:
F = kx
!
Em que k é a constante elástica e x é o alongamento sofrido pela !mola sob a ação da
! força F .
Porém, a força que causa o movimento é devida à reação a força F . Chamada de – F , exercida
pela mola sobre o bloco.

Quando o bloco está a direita da origem, a mola está esticada, o que significa que ela está
sendo puxada pelo bloco para a direita, logo a mola puxa o bloco para a esquerda.
!
De acordo com o referencial adotado, a força da mola atua no sentido negativo – F . Já quando
!
o bloco está a esquerda da origem a força exercida pela mola atua no sentido positivo + F . Essa
oposição de sinais ocorre porque a força exercida pela mola atua sempre no sentido de trazer o
bloco para a origem, ponto em que o sistema está em repouso. Logo, a força elástica que tende
sempre a restaurar a posição de repouso do sistema. Por isso, ela é denominada força elástica
restauradora, e sua expressão matemática é
F= – kx

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O sinal negativo indica que o sentido da força elástica restauradora, exercida pela mola sobre o
bloco, é sempre oposto ao sentido da velocidade do bloco.

Movimento Harmônico Simples MHS

É o movimento retilíneo de um ponto material de massa m sujeito à ação de uma força


resultante elástica restauradora
!
A força restauradora é a força resultante FR , também descrita por:
F= – kx
Mas, como a Segunda Lei de Newton diz:
! !
FR = m.a ,
pode-se dizer que, em módulo e sentido,
ma = -kx,
O que permite obter a expressão do módulo e do sentido da aceleração do MHS
k
a= − x ,
m

Esta é a função da aceleração do corpo em MHS em relação a posição x, neste caso chamada
também de elongação.

Exemplo

1. A figura mostra um sistema massa-mola, cujo bloco tem 0,5 kg sobre um plano horizontal sem
atrito.

A mola quando solicitada por uma força de 7,5 N sofre um alongamento de 5,0 cm. Sabe-se que
para o sistema oscilar, o bloco é puxado, alongando a mola em 10 cm. Determine:
A) constante elástica da mola;

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B) o módulo dos valores máximos da força exercida sobre o bloco e da aceleração que o bloco
adquire;

C) o módulo dos valores mínimos da força exercida pela mola sobre o bloco e da aceleração
que ele adquire.

Grandezas características do MHS

O ponto material em MHS efetua uma oscilação completa quando passa duas vezes sucessivas
pela mesma posição, com a mesma velocidade. Na figura tem-se

Quando o ponto O vai da posição +A à posição –A e volta a posição +A ele descreve uma
oscilação completa.
Dessa forma tem-se
Período: (T) é o intervalo de tempo de uma oscilação completa.
Frequência: (f) é o número de oscilações completas efetuadas na unidade de tempo.
Amplitude: (A) é a distância da origem O até à posição +a ou –A, ou seja, é o valor onde o
módulo de x é máximo
A = xmáx

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Exemplo

2. A figura abaixo representa um sistema massa-mola sobre um plano horizontal, oscilando


sem atrito entre as posições -20 cm e +20 cm, efetuando 20 oscilações completas em 80 s.
Determine:

A) a amplitude do movimento;

B) a frequência e o período do movimento.

Frequências e períodos de sistemas oscilantes

Oscilador massa-mola

k
ω=
m
1 k
f=
2π m
m
T = 2π
k

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Pêndulo simples

1 g
f=
2π l

I
T = 2π
g

Exemplos

3. Um bloco de massa m = 0,20 kg está preso a uma mola de constante elástica k = 5,0 N/m,
Suponha que o bloco, apoiado sobre um plano horizontal sem atrito, seja deslocado 8,0 cm de
sua posição de equilíbrio, como indica a figura a seguir, e solto, passando a oscilar.

Adotando a origem do referencial como a posição de equilíbrio do bloco determine:


A) a amplitude do MHS descrito;
B) a frequência angular, a frequência e o período desse movimento;
C) as velocidades e acelerações máximas adquiridas pelo bloco.

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4. A fim de determinar o valor da aceleração da gravidade num determinado lugar, um aluno


construiu um pêndulo simples de 1,20 m de comprimento. Colocando-o a oscilar, com pequenas
oscilações o aluno observou que o pêndulo gastou 43,8 s para efetuar 20 oscilações completas.
Determine:
A) o período do movimento do pêndulo;
B) a aceleração da gravidade no local.

Energia mecânica do oscilador massa-mola

EM = Ec + EE
Desprezando-se forças dissipativas a energia mecânica do oscilador se mantêm constante.

Em x = +A, a energia cinética do bloco é nula, mas e energia potencial elástica do sistema é
máxima.
Para x = 0, a energia cinética do bloco é máxima enquanto a energia potencial elástica é nula.
Em x = – A, a energia cinética volta a ser nula e a energia potencial elástica volta a ser máxima.
Logo em x = ± A:
1
EEmáx = kA2 e EC = 0
2

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Então a Energia mecânica EM é dada por
1
EM = kA2
2
k
Como ω =
m

k = ω2m, daí tem-se:


1
EM = ω 2mA2
2

Graficamente as energias cinética, potencial elástica e mecânica se relacionam:

A velocidade do sistema massa-mola pode ser obtida pela fórmula:

v = ω A 2 − x2

Exemplos

5. A constante elástica da mola de um oscilador massa-mola é k = 200 N/m e a massa do bloco é


0,80 kg. Sabendo-se que ele é posto a oscilar com amplitude de 0,10 m, determine:
A) a sua energia mecânica;

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B) as energias cinética e potencial na posição x = + 0,050 m.

6. Um oscilador massa-mola, cuja massa do bloco é 0,25 kg, oscila com frequência angular de 4,0
rad/s. Sabendo que ele é posto a oscilar com uma amplitude de 0,20 m, determine:
A) a sua energia mecânica;

B) a velocidade do bloco nas posições x = 0,12 m.

Oscilações amortecidas

Na prática todo oscilador harmônico perde energia, principalmente devido ao atrito com o ar.
Uma vez que a energia está ligada a amplitude A, as oscilações resultantes têm amplitudes
decrescentes, desta forma suas oscilações são amortecidas.
Na prática, temos nos automóveis os dispositivos chamados de amortecedores.

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Oscilações forçadas

Para evitar o amortecimento, como nos relógios de pêndulos, há dispositivos movidos a corda
ou a pilha para compensar a perda de energia em cada oscilação. Dessa forma o pêndulo possa
a executar oscilações forçadas, mantendo a sua amplitude A constante.
Assim ocorre quando uma criança brinca num balanço, a cada oscilação elas dão um pequeno
impulso para manter a amplitude constante.

Frequência natural

Geralmente a frequência das oscilações forçadas é diferente da frequência natural do oscilador,


ou seja, a frequência definida por suas características próprias.
As oscilações de diafragmas dos microfones, do cone dos alto-falantes, ou dos tímpanos dos
nossos ouvidos são oscilações forçadas, exercidas e impostas sobre esses sistemas oscilantes
pelas ondas sonoras.

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Um caso muito importante ocorre quando a frequência das oscilações forçadas coincide com
a frequência natural do sistema oscilante trata-se da ressonância. Na ressonância a amplitude
das oscilações tende a aumentar indefinidamente, podendo até ocasionar o colapso do sistema
oscilante. A ressonância possibilita a máxima transferência de energia entre a fonte excitadora,
que produz as oscilações forçadas, e o sistema oscilante, dessa forma sua grande importância
nas engenharias.

    
 Túnel da Conceição em Porto Alegre-RS     Ponte de Tacoma em Washington

Leitura para aprofundamento:

Relações entre MHS e MCU


Com base na figura a seguir, suponha os movimentos de P e de Q. Enquanto P percorre a
circunferência, o ponto Q, que é a sua projeção sobre o diâmetro, faz um movimento oscilatório
de ida e de volta.

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Enquanto P descreve um MCU, Q tem um MHS. Assim é possível deduzir todas as funções do
MHS, a partir do MCU.
A frequência(f) e o período(T) dos dois movimentos são os mesmos:

n t l l
f= ; T= e T= , f= .
t n f T

A Amplitude A do MHS é igual ao raio r do MCU correspondente.


A fase ϕ no instante t é a fase inicial ϕ 0 no instante t0 têm significados semelhantes, embora
no MHS elas não se relacionem com ângulos, a sua unidade é o radiano.
Como o ponto material em MHS não descreve ou varre ângulos durante o seu movimento, a
velocidade angular do MCU, ω, é utilizada no MHS como frequência angular ou pulsação, com
unidade rad/s.
ω= 2πf
Para as demais funções do MHS tem-se:
1. Função da posição x em relação ao tempo t:
x = A.cos (ωt+ ϕ 0)
2. A função da velocidade v em relação ao tempo t:
v= – ωA. sen (ωt+ ϕ 0)
3. A função da aceleração a em relação ao tempo t:
a= ω2A. cos (ωt+ ϕ 0)
4. A função da aceleração em relação à posição:
a= – ω2x

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Exemplo

7. Um ponto material oscila com MHS de frequência 0,50 Hz e amplitude 0,20 m. Sabe-se que no
instante t = 0 ele passa pela posição x = +20m. Determine:
A) a frequência angular e a fase inicial;

B) a função da posição (ou elongação) em relação ao tempo;

C) a função da velocidade em relação ao tempo;

D) a função da aceleração em relação ao tempo;

E) a posição, a velocidade e a aceleração em relação ao tempo;

F) as velocidades e acelerações máximas.

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Questões

1. (PRF – 2009) Ao longo de uma estrada re- d) 3,0 m/s e sentido oposto ao da veloci-
tilínea, um carro passa pelo posto policial dade inicial.
da cidade A, no km 223, às 9h30 min e 20 e) 13 m/s e sentido oposto ao da velocida-
s, conforme registra o relógio da cabine de de inicial.
vigilância. Ao chegar à cidade B, no km 379,
o relógio do posto policial daquela cidade 3. (CESGRANRIO – 2011) Um automóvel de
registra 10h20 min e 40 s. O chefe do poli- massa igual a 800 kg, animado com veloci-
ciamento da cidade A verifica junto ao chefe dade escalar de 10 m/s em trajetória retilí-
do posto da cidade B que o seu relógio está nea, diminui uniformemente sua velocida-
adiantado em relação àquele em 3min e 10 de, por efeito de forças dissipativas, para 8
s. Admitindo-se que o veículo, ao passar no m/s em 4 segundos. A variação do momen-
ponto exato de cada posto policial, apresen- to linear médio, em kgm/s, e a resultante
ta velocidade dentro dos limites permitidos média das forças dissipativas, em N, pos-
pela rodovia, o que se pode afirmar com re- suem módulos respectivamente iguais a
lação à transposição do percurso pelo veí-
culo, entre os postos, sabendo-se que neste a) 1.600 e 400
trecho o limite de velocidade permitida é de b) 1.600 e 800
110 km/h? c) 800 e 800
d) 800 e 1.600
a) Trafegou com velocidade média ABAIXO e) 400 e 800
do limite de velocidade.
b) Trafegou com velocidade média ACIMA 4. (CESGRANRIO – 2001 – Petrobrás)
do limite de velocidade.
c) Trafegou com velocidade sempre ABAI-
XO do limite de velocidade.
d) Trafegou com velocidade sempre ACI-
MA do limite de velocidade
e) Trafegou com aceleração média DEN-
TRO do limite permitido para o trecho.

2. (VUNESP – 2007) A função da velocidade


em relação ao tempo de um ponto mate-
rial em trajetória retilínea, no SI, é v = 5,0 –
2,0t. Por meio dela pode-se afirmar que, no
instante t = 4,0 s, a velocidade desse ponto
material tem módulo Um bloco de massa M, inicialmente em re-
a) 13 m/s e o mesmo sentido da velocida- pouso na vizinhança do ponto A de coorde-
de inicial. nadas x = 0 e y = H, desliza sem atrito sobre
b) 3,0 m/s e o mesmo sentido da velocida- o plano inclinado, conforme a figura acima.
de inicial. Sendo a aceleração da gravidade local igual
c) zero, pois o ponto material já parou e a g, a energia cinética do bloco, em função
não se movimenta mais. da abscissa x = d, é expressa por

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a) M.g.(H-d.tgα) impulso exercido pelo chão sobre essa boli-
b) M.g.d.(1/ tgα) nha é vertical, tem sentido para
c) M.g.d.senα -2
d) M.g.d.cosα a) cima e módulo 3,0 ⋅ 10 N ⋅ s.
-2
e) M.g.d. tgα b) baixo e módulo 3,0 ⋅ 10 N ⋅ s.
-2
c) cima e módulo 6,0 ⋅ 10 N ⋅ s.
-2
5. Na figura está representado um lustre pen- d) baixo e módulo 6,0 ⋅ 10 N ⋅ s.
durado no teto de uma sala. e) cima e módulo igual a zero.

7. (Vunesp – 2007) Na figura estão represen-


tadas duas situações físicas cujo objetivo
é ilustrar o conceito de trabalho de forças
conservativas e dissipativas.

Em I, o bloco é arrastado pela força F so-


Nessa situação, considere as seguintes for- bre o plano horizontal; por causa do atrito,
ças: quando a força F cessa o bloco para. Em II, o
bloco, preso à mola e em repouso no ponto
I – O peso do lustre, exercido pela Terra, O, é puxado pela força F sobre o plano ho-
aplicado no centro de gravidade do lustre. rizontal, sem que sobre ele atue nenhuma
II – A tração que sustenta o lustre, aplicada força de resistência; depois de um pequeno
no ponto em que o lustre se prende ao fio. deslocamento, a força cessa e o bloco volta,
puxado pela mola, e passa a oscilar em tor-
III – A tração exercida pelo fio no teto da no do ponto O.
sala, aplicada no ponto em que o fio se
prende ao teto. Essas figuras ilustram:

IV – A força que o teto exerce no fio, aplica- a) I: exemplo de trabalho de força dissipa-
da no ponto em que o fio se prende ao teto. tiva (força de atrito), para o qual a ener-
gia mecânica não se conserva; II: exem-
Dessas forças, quais configuram um par plo de trabalho de força conservativa
ação-reação, de acordo com a Terceira Lei (força elástica), para o qual a energia
de Newton? mecânica se conserva.
b) I: exemplo de trabalho de força dissipa-
a) I e II.
tiva (força de atrito), para o qual a ener-
b) II e III.
gia mecânica se conserva; II: exemplo
c) III e IV.
de trabalho de força conservativa (força
d) I e III.
elástica), para o qual a energia mecâni-
e) II e IV.
ca não se conserva.
c) I: exemplo de trabalho de força con-
6. (Vunesp – 2007) Uma menina deixa cair
servativa (força de atrito), para o qual
uma bolinha de massa de modelar que se
a energia mecânica não se conserva; II:
choca verticalmente com o chão e pára; a
exemplo de trabalho de força dissipati-
bolinha tem massa 10 g e atinge o chão com
va (força elástica), para o qual a energia
locidade de 3,0 m/s. Pode-se afirmar que o
mecânica se conserva.

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d) I: exemplo de trabalho de força conser- 9. (COMPERVE – 2008) Para demonstrar a


vativa (força de atrito), para o qual a aplicação das leis de conservação da ener-
energia mecânica se conserva; II: exem- gia e da quantidade de movimento, um pro-
plo de trabalho de força dissipativa (for- fessor realizou o experimento ilustrado nas
ça elástica), para o qual a energia mecâ- Figuras 1 e 2, abaixo.
nica não se conserva.
e) I: exemplo de trabalho de força dissi-
pativa (força de atrito); II: exemplo de
trabalho de força conservativa (força
elástica), mas em ambos a energia me-
cânica se conserva.

8. (VUNESP – 2007) A figura representa um


tubo em U contendo um líquido L e fechado
em uma das extremidades, onde está con-
finado um gás G; A e B são dois pontos no
mesmo nível.

Inicialmente, ele fez colidir um carrinho de


massa igual a 1,0 kg, com velocidade de 2,0
m/s, com um outro de igual massa, porém
em repouso, conforme ilustrado na Figura
1. No segundo carrinho, existia uma cera
adesiva de massa desprezível. Após a coli-
são, os dois carrinhos se mantiveram uni-
dos, deslocando-se com velocidade igual a
1,0 m/s, conforme ilustrado na Figura 2.
Considerando-se que a quantidade de mo-
vimento e a energia cinética iniciais do sis-
tema eram, respectivamente, 2,0 kg.m/s e
Sendo po a pressão atmosférica local, pG a 2,0 J, pode-se afirmar que, após a colisão,
pressão do gás onfinado, pA e pB a pressão
total nos pontos A e B (pressão devida à co- a) nem a quantidade de movimento do
luna líquida somada à pressão que atua na sistema nem sua energia cinética foram
sua superfície), pode-se afirmar que: conservadas.
b) tanto a quantidade de movimento do
a) po = pG = pA= pB. sistema quanto sua energia cinética fo-
b) po > pG e pA= pB. ram conservadas.
c) po < pG e pA= pB. c) a quantidade de movimento do sistema
d) po > pG > pA> pB. foi conservada, porém a sua energia ci-
e) po < pG < pA<pB. nética não foi conservada.
d) a quantidade de movimento do sistema
não foi conservada, porém a sua ener-
gia cinética foi conservada.

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10. (COMPERVE – 2008) Quando alguém tenta 11. (PRF – 2009) Uma condição necessária e
flutuar horizontalmente, na água, assume suficiente para que um veículo de 1000 kg
uma posição na qual seu centro de flutuabi- apresente uma quantidade de movimento
lidade, ponto
!" de aplicação da força de em- NULA é que
puxo, e Fe , está localizado em seu corpo, aci-
ma do seu centro de gravidade, onde atua a a) esteja trafegando em uma trajetória re-
!" tilínea.
força peso, Fg , conforme mostrado na Figu-
ra 1, abaixo. Essas duas forças formam um b) esteja somente em queda livre.
binário que tende a girar o corpo até que c) apresente velocidade constante e dife-
elas se alinhem na direção vertical, confor- rente de zero.
me mostrado na Figura 2. d) seja nula a resultante de forças que nele
atua.
e) esteja parado, ou seja, em repouso.

12. (PRF – 2009) Um condutor, ao desrespeitar a


sinalização, cruza seu veículo de 5000 kg por
uma linha férrea e é atingido por um vagão
ferroviário de 20 t que trafegava a 36 km/h.
Após o choque, o vagão arrasta o veículo so-
bre os trilhos. Desprezando-se a influência
do atrito e a natureza do choque como sen-
do perfeitamente inelástico, qual a velocida-
de em que o veículo foi arrastado?
a) 9 m/s.
b) 8 m/s.
c) 10 m/s.
d) 12 m/s.
e) nula.

13. (PRF – 2009) Um veículo desgovernado


perde o controle e tomba à margem da ro-
dovia, permanecendo posicionado com a
lateral sobre o piso e o seu plano superior
Em relação a essas duas forças, é correto rente à beira de um precipício. Uma equipe
afirmar que de resgate decide como ação o tombamen-
a) o empuxo é a força que a água exerce to do veículo à posição normal para viabili-
sobre o corpo, enquanto o peso é a for- zar o resgate dos feridos e liberação da pista
ça exercida pelo corpo sobre a Terra. de rolamento. Diante disso precisam deci-
b) o empuxo é a força que o corpo exerce dir qual o melhor ponto de amarração dos
sobre a água, enquanto o peso é a força cabos na parte inferior do veículo e então
exercida pelo corpo sobre a Terra. puxá-lo. Qual a condição mais favorável de
c) o empuxo é a força que a água exerce amarração e que também demanda o me-
sobre o corpo, enquanto o peso é a for- nor esforço físico da equipe?
ça exercida pela Terra sobre o corpo. a) A amarração no veículo deve ser feita
d) o empuxo é a força que o corpo exerce em um ponto mais afastado possível do
sobre a água, enquanto o peso é a força solo (mais alta), e a equipe deve puxar o
exercida pela Terra sobre o corpo. cabo o mais distante possível do veículo.

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b) A amarração no veículo deve ser feita a) 0N


em um ponto mais afastado possível do b) 2N
solo (mais alta), e a equipe deve puxar o c) 170N
cabo o mais próximo possível do veícu- d) 24N
lo, dentro dos limites de segurança. e) 120N
c) A amarração no veículo deve ser feita
em um ponto mais próximo possível do 16. A aceleração de um corpo em movimento
seu centro de massa, e a equipe deve de translação, num dado instante, não é
puxar o cabo o mais distante possível nula. Então, a soma das forças que no ins-
do veículo. tante considerado estão atuando na partí-
d) A amarração no veículo deve ser feita cula
em um ponto mais próximo possível do
seu centro de massa, e a equipe deve a) será obrigatoriamente nula.
puxar o cabo o mais próximo possível b) pode ser nula.
do veículo, dentro dos limites de segu- c) será obrigatoriamente diferente de
rança. zero.
e) A amarração no veículo deve ser fei- d) pode ser diferente de zero, desde que
ta em um ponto mais afastado do solo seja variável.
(mais alta), entretanto o esforço feito e) nada se pode afirmar, uma vez que não
pela equipe independe de sua posição foi dada a massa do corpo.
em relação ao veículo, desde que den-
tro dos limites de segurança. 17. Quando duas forças não equilibradas são
exercidas sobre um corpo simultaneamen-
14. (PRF – 2007) Um automóvel, de peso 12.000 te, sua aceleração
N, apresentou pane mecânica e ficou para- a) é nula.
do no acostamento de uma rodovia. Um b) aponta na direção da força resultante e
caminhão reboque veio ao local para retirá- em sentido contrário.
-lo. O automóvel será puxado para cima do c) aponta na direção da força resultante e
caminhão com o auxílio de um cabo de aço, no mesmo sentido.
através de uma rampa que tem uma inclina- d) aponta na direção da força menor.
ção de 30 graus com a horizontal. Conside- e) independe da força resultante.
rando que o cabo de aço permanece parale-
lo à rampa e que os atritos são desprezíveis, 18. Uma força de módulo 10 N e outra de mó-
a menor força que o cabo de aço deverá dulo 20 N são exercidas simultaneamente,
exercer para puxar o automóvel será, apro- na mesma direção e em sentidos contrários,
ximadamente, de sobre uma massa igual a 2 kg. Qual o mó-
a) 12 000 N. dulo da aceleração resultante da aplicação
b) 6 000 N. dessas forças?
c) 10400 N. a) 5 m/s .
2

d) 5200 N. b)
2
10 m/s .
e) 4000 N. c)
2
15 m/s .
2
d) 20 m/s .
15. Uma força de módulo 10N e outra de módu- e)
2
60 m/s .
lo 12N são aplicadas simultaneamente a um
corpo. Qual das opções abaixo representa
uma possível intensidade da resultante des-
sas forças?

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19. As forças que compõem um par ação-rea- 23. Em uma partícula atuam duas forças de 50N
ção nunca se neutralizam porque e 120N, perpendiculares entre si. O valor da
força resultante é
a) possuem mesmo módulo, mas direções
diferentes. a) 130N.
b) possuem mesmo módulo e mesmo sen- b) 170N.
tido. c) 70N.
c) suas direções são perpendiculares. d) 6.000N.
d) possuem sentidos opostos, mas módu- e) 140N.
los diferentes.
e) possuem sentidos opostos, mas agem 24. Dois corpos A e B, de massa MA= 3kg e MB=
em corpos diferentes. 6 kg, estão ligados por um fio ideal que pas-
sa por uma polia, conforme o desenho.
20. Um casal de patinadores está parado sobre
patins, numa pista plana onde o atrito é
considerado nulo. Se o homem empurrar a
mulher,
a) os dois se movem no mesmo sentido.
b) os dois se movem em sentidos opostos.
c) apenas a mulher se move.
d) os dois não se movem.
e) é necessário conhecer o peso de cada
um para definir seus movimentos.

21. Uma pedra é lançada contra uma janela de Entre o corpo A e o apoio, há atrito, cujo
vidro, e ele se quebra; nesse caso, a intensi- coeficiente é µ = 0,5. Tomando-se a acele-
2
dade ração da gravidade igual a 10 m/s , pode-se
afirmar que a aceleração dos corpos e a for-
a) da força de ação é maior que a de rea-
ça de tração no fio valem
ção.
2
b) da força de ação é igual à de reação. a) 10m/s e 60N.
2
c) da força de ação é menor que a de rea- b) 5m/s e 30N.
2
ção. c) 2m/s e 30N.
2
d) da força de ação é exatamente o dobro d) 12m/s e 30N.
2
da de reação. e) 4m/s e 50N.
e) da força de reação é nula.
25. Um menino empurra uma caixa que desliza
22. O peso de um corpo depende com atrito sobre um piso horizontal. Para
isso, ele aplica na caixa uma força horizontal
a) apenas de sua massa.
dirigida para a direita. A força de atrito en-
b) apenas da gravidade.
tre a caixa e o piso é constante, e o efeito do
c) da massa e da gravidade.
ar no movimento da caixa é desprezível. No
d) da massa e da resistência do ar.
instante inicial, representado na figura abai-
e) da massa e do volume do corpo.
xo, a força aplicada pelo menino é F, cujo
módulo é maior do que o da força de atri-
to, e a velocidade da caixa é vo. Selecione a
alternativa que preenche corretamente as
lacunas do parágrafo abaixo.

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O enunciado seguinte refere-se às questões


27 e 28.
Um automóvel de 1000 kg de massa, mo-
vendo-se com a velocidade de 20 m/s, é fre-
ado, tendo sua velocidade uniformemente
diminuída e parando após percorrer 25m.

Se F permanecer constante, a velocidade da 27. O intervalo de tempo entre o instante da


caixa será ............... . Se o módulo de F dimi- aplicação dos freios e o instante em que o
nuir, permanecendo contudo maior do que carro para, em segundos é
o da força de atrito, a velocidade da caixa,
a) 0,5.
nos instantes subsequentes, será ................
b) 1,5.
Se o módulo de F diminuir, tornando-se
c) 2,0.
igual ao da força de atrito, a velocidade da
d) 2,5.
caixa, nos instantes subsequentes, será
e) 3,0.
.............. .
a) constante – decrescente – nula. 28. O módulo da força resultante que atua so-
b) crescente – decrescente – nula. bre o carro durante a freada, em N, é
c) crescente – crescente – constante. 3
a) 1,0.10 .
d) constante – crescente – nula. 3
b) 2,5.10 .
e) crescente- decrescente – constante. 3
c) 3,0.10 .
3
d) 7,0.10 .
26. Um corpo de massa m=5,0kg é puxado hori- 3
e) 8,0.10 .
zontalmente sobre uma mesa, por uma for-
ça F de módulo 15,0N, conforme mostra a
29. Para manter um carrinho em movimento
figura abaixo.
retilíneo, com velocidade constante sobre
uma mesa horizontal, verifica-se que é pre-
ciso puxá-lo com uma força constante, pa-
ralela à superfície da mesa. Isso indica que,
sem levar em conta a resistência do ar,
a) apenas a força está sendo exercida so-
bre o carrinho.
b) apenas a força e o peso estão sendo
exercidas sobre o carrinho.
c) a força de reação à força também está
Observa-se que o corpo acelera a 2 m/s2. O
sendo exercida sobre o carrinho.
módulo da força de atrito presente vale
d) a força de atrito, que está sendo exerci-
a) 0. da sobre o carrinho, é igual, em módu-
b) 1,0 N. lo, à força aplicada.
c) 3,0 N. e) a força de atrito, que está sendo exer-
d) 5,0 N. cida sobre o carrinho, é menor, em mó-
e) 10,0 N. dulo, do que a força aplicada.

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30. Um corpo movimenta-se com aceleração 34. Existe uma força resultante quando
2
constante de 10m/s . Isso significa que em
cada a) um objeto inicialmente em repouso é
colocado em movimento
a) segundo ele percorre 10m. b) é necessário manter um corpo em
b) segundo sua velocidade varia de 10m/s. MRU.
c) 10m sua velocidade varia de 1m/s. c) é necessário manter um movimento
d) 10m sua velocidade dobra. uniforme.
e) 10m sua velocidade varia de 10m/s. d) é necessário manter um corpo em re-
pouso.
31. Um móvel, partindo do repouso, atinge a e) em todas as situações acima citadas.
velocidade de 12m/s após 36s. Qual a ace-
leração média do móvel nesse intervalo de 35. Um jipe choca-se frontalmente com um
tempo? automóvel estacionado. A massa do jipe é
aproximadamente o dobro da massa do au-
a) Zero. tomóvel. Considerando que durante o tem-
2
b) (1/3) m/s . po de colisão atuam apenas as forças que
2
c) (1/2) m/s . os dois veículos se exercem mutuamente,
2
d) 2 m/s . pode-se afirmar que, nesse mesmo interva-
2
e) 3 m/s . lo de tempo,
32. O cinto de segurança é de uso obrigatório a) a força média que o automóvel exerce
em nosso estado. Numa freada brusca, a sobre o jipe é maior em módulo do que
tendência do corpo do motorista ou dos a força média que o jipe exerce sobre o
passageiros é permanecer em movimento automóvel.
por b) a força média que o jipe exerce sobre o
automóvel é maior em módulo do que
a) ressônacia. a força média que o automóvel exerce
b) inércia. sobre o jipe.
c) ação e reação. c) a aceleração média que o automóvel
d) atrito. sofre é maior em módulo do que a ace-
e) gravitação. leração média que o jipe sofre.
d) a aceleração média que o jipe sofre é
33. De acordo com as leis da mecânica newto- maior em módulo do que a aceleração
niana, se um corpo de massa constante média que o automóvel sofre.
a) tem velocidade de módulo constante; e) a variação de velocidade que o jipe ex-
é nula a resultante das forças atuando perimenta é maior em módulo do que a
nele. variação de velocidade que o automó-
b) descreve uma trajetória retilínea com vel experimenta.
velocidade constante; não há forças
atuando nele. 36. (Enem – 2009) O Brasil pode se transformar
c) descreve um movimento com veloci- no primeiro país das Américas a entrar no
dade constante; é nula a resultante das seleto grupo das nações que dispõem de
forças nele aplicadas. trens-bala. O Ministério dos Transportes
d) possui velocidade vetorial constante; prevê o lançamento do edital de licitação
não há força aplicada no corpo. internacional para a construção da ferrovia
e) está em movimento retilíneo e unifor- de alta velocidade Rio-São Paulo. A viagem
me, porque existem forças nele aplica- ligará os 403 quilômetros entre a Central do
das. Brasil, no Rio, e a Estação da Luz, no centro

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da capital paulista, em uma hora e 25 minu- 39. Um corpo de massa igual a 5kg é levantado
tos. verticalmente, com velocidade constante,
2
Disponível em: http://oglobo.globo.com. a uma altura de 5 m. Sendo g = 10 m/s , o
Acesso em: 14 jul. 2009. trabalho realizado pela força peso do corpo
durante esse levantamento, vale
Devido à alta velocidade, um dos problemas
a ser enfrentado na escolha do trajeto que a) – 250 J.
será percorrido pelo trem é o dimensiona- b) 250 J.
mento das curvas. Considerando-se que c) 25 J.
uma aceleração lateral confortável para os d) – 25 J.
passageiros e segura para o trem seja de e) 5 J.
0,1 g, em que g é a aceleração da gravidade
2
(considerada igual a 10 m/s ), e que a velo- 40. Um corpo possui uma energia cinética de
cidade do trem se mantenha constante em 30 J. É exercida, então, sobre ele, uma força
todo o percurso, seria correto prever que centrípeta de 5 N e, em consequência, ele
as curvas existentes no trajeto deveriam ter se desloca ao longo de um arco de círculo
raio de curvatura mínimo de, aproximada- de 2 m de extensão. Ao final desse trecho,
mente, cessa a força centrípeta, e passa a ser exer-
cida sobre ele uma força resultante cons-
a) 80 m. tante de 1,5 N ao longo de um percurso de
b) 430 m. 10 m. Essa força coincide, em direção e sen-
c) 800 m. tido, com a velocidade do corpo no instante
d) 1.600 m. em que deixou de ser exercida a força cen-
e) 6.400 m. trípeta. Qual é a energia cinética do corpo
no final do percurso de 10 m?
37. Um elevador transporta 8 pessoas, com ve-
locidade constante, do térreo até o 8º andar a) 5J.
de um edifício, em 40s. Se realizar a mesma b) 25J.
tarefa em 20s, então c) 30J.
d) 45J.
a) realizará um trabalho duas vezes maior. e) 55J.
b) realizará um trabalho duas vezes me-
nor. 41. Um balde cheio de argamassa, pesando ao
c) desenvolverá uma potência igual à ini- todo 200N, é puxado verticalmente por um
cial. cabo para o alto de uma construção, à velo-
d) desenvolverá uma potência duas vezes cidade constante de 0,5m/s. Considerando-
menor. -se a aceleração da gravidade igual a 10m/
e) desenvolverá uma potência duas vezes 2
s , a energia cinética do balde e a potência a
maior. ele fornecida durante o seu movimento va-
lerão, respectivamente,
38. Uma força horizontal de 20N arrasta por 5
m um peso de 30N, sobre uma superfície a) 2,5J e 10W.
horizontal. Os trabalhos realizados pela for- b) 2,5J e 100W.
ça de 20N e pela força peso, nesse desloca- c) 5J e 100W.
mento, valem, respectivamente, d) 5J e 400W.
e) 10J e 10W.
a) 100 J e zero.
b) 100 J e 150 J.
c) 100 J e 300 J.
d) 150 J e 600 J.
e) 600 J e 150 J.

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42. A velocidade de um carro de Fórmula Um é 46. Um carro anda durante 1 hora com velo-
reduzida de 324 km/h para 108 km/h num cidade média de 80 km/h e durante meia
intervalo de tempo igual a 1,0s. Sua acelera- hora com velocidade média de 100 km/h.
ção tangencial média, em módulo, quando Sua velocidade média em todo o percurso
comparada com a aceleração da gravidade é, em km/h, aproximadamente, de
2
(g = 10 m/s ), é
a) 62.
a) 3g. b) 80.
b) 4g. c) 87.
c) 6g. d) 90.
d) 8g. e) 100.
e) 12g.
47. Um trem de carga de 200m de comprimen-
43. Um atleta correu 720 m num intervalo de to, movendo-se com velocidade constante
tempo de 90 s. Qual foi a sua velocidade de 72 km/h, gasta 0,5min para atravessar
média em km/h? completamente um túnel. O comprimento
a) 23,2. do túnel é, em metros,
b) 25,0. a) 60.
c) 28,8. b) 180.
d) 30,2. c) 200.
e) 32,5. d) 260.
e) 400.
44. Sendo a distância entre duas cidades 48km
e considerando-se a velocidade máxima 48. Um menino larga do repouso um balão
permitida de 80km/h, o tempo mínimo, em cheio de água do alto de um edifício e mar-
minutos, para um veículo completar o per- ca um intervalo de tempo de 2s entre a lar-
curso é igual a gada e o instante em que vê o balão explo-
a) 20. dir na calçada. Considerando desprezível o
b) 28. atrito com o ar e a aceleração da gravidade
2
c) 36. igual a 10m/s , qual a altura aproximada do
d) 40. edifício que pode ser calculada a partir des-
e) 48. ses dados?

45. Para transpor uma ponte de 60 m de com- a) 10m.


primento, um trem precisa de 15 s em mo- b) 40m.
vimento uniforme com velocidade de 10 c) 20m.
m/s. Qual é o comprimento do trem? d) 60m.
e) 30m.
a) 90m.
b) 180m.
c) 5,0m.
d) 9,0m.
e) 600m.

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49. A figura representa a trajetória de um mó- d) 10000.


vel em um movimento circular uniforme, no e) 18000.
sentido horário.
51. Um ponto material movimenta-se a partir
do ponto A sobre o diagrama anexo, da se-
guinte forma: 6 unidades (u) para o Sul; 4u
para o Leste e 3u para o Norte. O módulo do
deslocamento vetorial desse móvel foi de:

Quando o móvel está na posição P, a sua


aceleração é melhor indicada pelo vetor
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

50. Numa pista atlética retangular de lados


a = 160 m e b = 60 m, um atleta corre com a) 13 u.
velocidade de módulo constante v = 5 m/s, b) 7 u.
no sentido horário, conforme mostrado na c) 5 u.
figura. d) 3 u.
e) 1 u.

52. Um automóvel percorre um trecho retilíneo


de uma estrada, indo da cidade A até a cida-
de B, distante 150 km da primeira. Saindo
às 10 h de A, para às 11 h em um restau-
rante situado no ponto médio do trecho AB,
onde o motorista gasta exatamente 1 h para
almoçar. A seguir, prossegue viagem e gasta
mais 1 h para chegar a cidade B. A velocida-
de média do automóvel no trecho AB foi de
a) 60 km/h.
b) 75 km/h.
Em t = 0s, o atleta encontra-se no ponto A. c) 50 km/h.
O módulo do deslocamento do atleta, após d) 210 km/h.
60s de corrida, em m, é e) 40 km/h.

a) 100.
b) 220.
c) 300.

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53. Numa pista de prova, um automóvel, par- 57. O gráfico da velocidade v em função do
tindo do repouso, atinge uma velocidade tempo t caracteriza o deslocamento de um
escalar de 108 km/h em 6s. Qual sua acele- veículo em movimento uniformemente ace-
ração escalar média? lerado.
2
a) 4 m/s
b) 5 m/s2
c) 8 m/s2
d) 9 m/s2
e) 18 m/s2

54. Um automóvel anda com velocidade de 108


km/h. Quando freado, para em 7,5s. Deter-
mine o módulo da aceleração média intro-
duzida pelos freios
2
a) 1 m/s .
2
b) 2 m/s .
2 A partir dos dados apresentados neste grá-
c) 3 m/s .
2 fico, é possível afirmar que a aceleração do
d) 4 m/s .
2 veículo nos 8s iniciais do movimento, em m/
e) 5 m/s . 2
s , é igual a
55. Numa pista curta, um avião acelera a par- a) 1,25.
tir do repouso e em 20s deve decolar. Se o b) 1,75.
avião, na decolagem, mantiver a aceleração c) 2,25.
2
de 5,0 m/s , sua velocidade no final da pista d) 2,50.
será de e) 3,50.
a) 100 m/s.
b) 108 m/s. 58. O gráfico abaixo indica as posições ocupa-
c) 36 m/s. das por dois automóveis, A e B, em função
d) 200 km/h. do tempo, sobre uma trajetória retilínea.
e) 400 km/h.

56. Um automóvel que trafega com velocidade


constante de 10 m/s, em uma pista reta e
horizontal passa a acelerar uniformemente
à razão de 60 m/s em cada minuto, manten-
do essa aceleração durante meio minuto. A
velocidade instantânea do automóvel, ao
final desse intervalo de tempo, e sua veloci-
dade média, no mesmo intervalo de tempo,
são, respectivamente,
a) 30 m/s e 15 m/s.
b) 30 m/s e 20 m/s. A partir da análise do gráfico, pode-se con-
c) 20 m/s e 15 m/s. cluir que
d) 40 m/s e 20 m/s.
a) os dois automóveis têm iguais velocida-
e) 40 m/s e 25 m/s.
des em módulo.

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b) os dois automóveis têm velocidades c) permanece constante – maior


iguais somente no ponto P. d) diminui – maior
c) os dois automóveis se encontram na e) diminui – menor
mesma posição no ponto P.
d) a aceleração do automóvel A é maior 62. Numa prensa hidráulica, o êmbolo me-
2
do que a do automóvel B. nor tem área de 10cm enquanto o êmbo-
2
e) a aceleração do automóvel B é maior do lo maior tem sua área de 100cm . Quando
que a do automóvel A. uma força de 5N é aplicada no êmbolo me-
nor, o êmbolo maior move-se. Pode-se con-
59. Um corpo parte do repouso e descreve um cluir que
movimento retilíneo com aceleração cons-
tante, durante 8s. Sabe-se que a velocidade a) a força exercida no êmbolo maior é de
média do corpo neste intervalo de tempo 500N.
2
foi de 16 m/s. Qual é, em m/s , o módulo da b) o êmbolo maior desloca-se mais que o
aceleração desse corpo? êmbolo menor.
c) os dois êmbolos realizam o mesmo tra-
a) 0,5 balho.
b) 1 d) o êmbolo maior realiza um trabalho
c) 2 maior que o êmbolo menor.
d) 4 e) o êmbolo menor realiza um trabalho
e) 16 maior que o êmbolo maior.

60. (UFRGS) Uma grande aeronave para trans- 63. Um bloco de cortiça flutua livremente na
porte de passageiros precisa atingir a ve- água. Sabendo-se que a densidade relativa
locidade de 360 km/h para poder decolar. da cortiça é 0,25, que fração do volume do
Supondo que essa aeronave desenvolve, na bloco fica acima da superfície líquida?
pista, uma aceleração constante de 2,5 m/
2
s , qual é a distância mínima que ela neces- a) 1/5.
sita percorrer sobre a pista antes de deco- b) 1/4.
lar? c) 1/2.
d) 3/4.
a) 10.000 m e) 4/5.
b) 5.000 m
c) 4.000 m 64. Quando uma pedra de massa específica
3
d) 2.000 m igual a 3,2g/cm é inteiramente submersa
e) 1.000 m em determinado líquido, sofre uma perda
aparente de peso igual à metade do peso
61. Selecione a alternativa que completa corre- que ela apresenta fora do líquido. A massa
tamente as lacunas nas afirmações baixo. específica desse líquido é
3
I – Na atmosfera terrestre, a pressão atmos- a) 1,2 g/cm .
3
férica ......................... à medida que aumen- b) 1,6 g/cm .
3
ta a altitude. c) 2,0 g/cm .
3
d) 3,2 g/cm .
II – No mar, a pressão na superfície é e)
3
4,8 g/cm .
.........................do que a pressão a dez me-
tros de profundidade.
a) aumenta – maior
b) permanece constante – menor

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65. Selecione a alternativa que apresenta as
palavras que preenchem corretamente as
lacunas nas seguintes afirmações referentes
a líquidos em repouso.
1. Quando um corpo flutua num líqui-
do, seu peso é equilibrado pela força de
.................... .
2. Quando um corpo flutua parcialmente
submerso num líquido e depois é colocado
num segundo líquido mais denso, ele afun-
da .................... que no primeiro.
3. A força resultante exercida sobre um cor-
po que flutua totalmente submerso no inte-
rior de um líquido é .................... .
a) empuxo – menos – zero
b) empuxo – mais – zero
c) reação – menos – diferente de zero
d) reação – mais – diferente de zero
e) empuxo – mais – diferente de zero

Gabarito: 1. A 2. D 3. A 4. A 5. C 6. A 7. A 8. C 9. C 10. C 11. E 12. B 13. E 14. B 15. B 16. A 17. C 
18. A 19. E 20. B 21. B 22. C 23. A 24. B 25. C 26. D 27. D 28. E 29. D 30. B 31. B 32. B 33. C 34. A 
35. C 36. A 37. E 38. A 39. A 40. D 41. B 42. C 43. C 44. C 45. A 46. C 47. E 48. C 49. C 50. A 51. C 
52. B 53. B 54. D 55. A 56. E 57. C 58. C 59. D 60. D 61. E 62. C 63. D 64. B 65. A

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Questões Cespe

Indique C se a afirmativa estiver correta e E 6. Considere um corpo em movimento retilí-


se a afirmativa estiver errada. neo sobre uma superfície horizontal com
atrito. Uma prova de que sua energia é con-
Com relação a mecânica, julgue os itens a servada é o aquecimento da superfície.
seguir.
( )  Certo   ( ) Errado
1. Se um corpo rígido encontrar-se em equilí-
brio estático, então, necessariamente, ne-
nhuma força ou torque estará atuando so- Com relação à ondulatória julgue a afirma-
bre esse corpo. tiva seguinte
( )  Certo   ( ) Errado 7. As ondas que se propagam na superfície da
água em regiões mais profundas deslocam-
2 Se um veículo, trafegando em uma rodovia, -se com velocidade maior que as que se pro-
percorrer 225 km em 2 horas e 15 minutos, pagam em regiões mais rasas. Esse compor-
então, nesse percurso, a sua velocidade mé- tamento das ondas, atribuído ao fenômeno
dia será de 100 km/h. de difração, explica o poder de destruição
dos tsunamis, ou ondas gigantes.
( )  Certo   ( ) Errado
( )  Certo   ( ) Errado

3. Um corpo em movimento circular uniforme


é submetido a uma aceleração centrípeta Com relação ao MHS julgue a afirmativa
tangencial à sua trajetória. seguinte
( )  Certo   ( ) Errado
8. Em um pêndulo simples, a força restaurado-
ra é a força elástica da corda à qual o objeto
4. De acordo com a terceira lei de Newton, a está preso.
força de ação e a força de reação corres-
pondente não atuam em um mesmo corpo, ( )  Certo   ( ) Errado
mas em corpos distintos.
( )  Certo   ( ) Errado 9. Conhecida a constante elástica da mola, é
possível calcular a energia mecânica total
de um sistema massa-mola medindo-se a
5. Se uma pedra de 0,5 kg for lançada do solo amplitude máxima de seu movimento.
para o alto com velocidade de 10,0 m/s e
retornar à mesma posição em que foi lança- ( )  Certo   ( ) Errado
da com uma velocidade de 8,0 m/s, então o
trabalho total efetuado pela força de atrito
do ar terá sido igual a 10,0 J.
( )  Certo   ( ) Errado

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Com relação à mecânica julgue a afirmação Com relação ao MHS julgue a afirmação se-
seguinte guinte

10. No movimento circular uniforme, o vetor 14. Para oscilações de pequena amplitude,
que representa a força centrípeta é sempre quando se aumenta em 44% o comprimen-
perpendicular ao vetor velocidade instantâ- to do fio do pêndulo, seu período aumenta
nea e paralelo ao vetor aceleração centrípe- em 20%.
ta.
( )  Certo   ( ) Errado
( )  Certo   ( ) Errado

Com relação à mecânica julgue as afirma-


Com relação à hidrostática julgue a afirma- ções seguintes
ção seguinte
15. A velocidade escalar média de um automó-
11. Tem-se um tubo em forma de “U”, cheio de vel durante 60km é 30km/h, e, durante os
um líquido. As seções transversais dos ra- 60km restantes é 10km/h. A velocidade mé-
mos esquerdo e direito do recipiente têm, dia no percurso total é 15km/h.
respectivamente, raios re e rd. Em cada ramo
apoiam-se, sobre pistões de massas despre- ( )  Certo   ( ) Errado
zíveis, corpos de massas me e md. A relação
entre essas grandezas é, portanto me/md = 16. Um corpo percorre uma trajetória circular
re/rd. com velocidade escalar constante porque a
( )  Certo   ( ) Errado força resultante sobre ele é nula.
( )  Certo   ( ) Errado

Com relação à mecânica julgue as afirma-


ções seguintes 17. É mais difícil parar um caminhão carregado
que perde os freios, do que quando ele está
12. Dois corpos de massas diferentes são soltos vazio.
simultaneamente da mesma altura e caem ( )  Certo   ( ) Errado
sob a ação da gravidade. Desprezando o
atrito do ar, quando tocam o solo possuem
a mesma quantidade de movimento. 18. Dois projéteis lançados no vácuo com a
mesma velocidade inicial do mesmo ponto
( )  Certo   ( ) Errado
de partida, mas com ângulos de lançamen-
to de 30° e de 60°, têm o mesmo alcance.
13. Um corpo se move em trajetória retilínea ( )  Certo   ( ) Errado
a 40 km/h durante 20 min e, em seguida,
sua velocidade muda bruscamente para 80
km/h, a qual é mantida por 30 min. A veloci-
dade média do percurso todo vale, portan-
to, 65 km/h.
( )  Certo   ( ) Errado

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O gráfico abaixo representa o movimento O gráfico abaixo representa as velocidades


de um bloco de massa m = 3kg lançado so- em função do tempo para dois carros, A e
bre uma superfície horizontal, com veloci- B, em uma estrada reta. Em t = 0 eles se en-
dade inicial de módulo igual a 6m/s. Julgue contram no quilômetro zero.
os itens abaixo.

Julgue os itens abaixo.


19. A força de atrito que atua no movimento
entre os instantes t1 e t2 é menor do que a 23. A velocidade média desenvolvida pelo car-
força de atrito que atua entre os instantes t2 ro A nas primeiras duas horas da viagem é
e t3. 70km/h.

( )  Certo   ( ) Errado ( )  Certo   ( ) Errado

20. A força de atrito que atua entre os instantes 24. Ao final das primeiras duas horas de via-
t0 e t1 é nula. gem, o carro B ultrapassa o carro A.

( )  Certo   ( ) Errado ( )  Certo   ( ) Errado

21. A distância percorrida entre os instantes t1 25. Durante as primeiras quatro horas de via-
e t2 é menor do que a distância percorrida gem, cada carro se desloca em movimento
entre os instantes t2 e t3. uniformemente acelerado.

( )  Certo   ( ) Errado ( )  Certo   ( ) Errado

22. A distância percorrida pelo bloco entre os 26. Nas primeiras duas horas de viagem, a ace-
instantes t0 e t3 é de 26m. leração do carro B é maior do que a acelera-
ção do carro A.
( )  Certo   ( ) Errado
( )  Certo   ( ) Errado

27. Ao final das primeiras quatro horas de via-


gem, a distância entre os dois carros é de 20
km.
( )  Certo   ( ) Errado

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O gráfico abaixo representa a velocidade !
33. O vetor velocidade linear v do corpo varia
em função do tempo para um corpo em
continuamente porque age sobre o corpo
movimento. Com base nesta representa-
uma força centrípeta, responsável pelo mo-
ção, julgue os itens.
vimento.
( )  Certo   ( ) Errado

34. A velocidade angular ω se mantém cons-


tante apesar de ser diretamente proporcio-
nal a v.
( )  Certo   ( ) Errado
!
35. O vetor aceleração centrípeta ac se man-
tém inalterado e aponta para o centro da
28. de 0 a tF o movimento é acelerado. curva.
2

( )  Certo   ( ) Errado ( )  Certo   ( ) Errado

29. de tF a tF o movimento é retardado. 36. O! trabalho realizado pela força centrípeta


2 Fc em uma volta completa é igual a 2πrFC .
( )  Certo   ( ) Errado
( )  Certo   ( ) Errado

30. a aceleração é constante.


37. Se o fio se romper, o corpo se moverá, a
( )  Certo   ( ) Errado partir daí, em linha reta, na direção tangen-
te à curva no ponto onde o fio se rompeu.
31. o gráfico pode representar a velocidade de ( )  Certo   ( ) Errado
um corpo em queda livre.
( )  Certo   ( ) Errado
Considere uma pessoa pedalando uma bi-
cicleta sobre uma estrada plana e julgue os
32. o gráfico pode representar a velocidade de itens seguintes.
uma pedra lançada para cima que volta ao
solo.
38. Se não existissem forças de atrito entre o
( )  Certo   ( ) Errado solo e os pneus da bicicleta, o ciclista não
teria como acelera-la ao pedalar.
( )  Certo   ( ) Errado
Considere um corpo em movimento cir-
cular uniforme, com trajetória de raio R,
sobre uma mesa lisa, preso a uma extre- 39. Quando o ciclista pedala, fazendo aumentar
midade de um fio inextensível. A outra a velocidade da bicicleta, a força de atrito
extremidade do fio está fixa ao centro da total do solo sobre a bicicleta aponta na di-
mesa. reção do movimento.
Julgue os itens a seguir. ( )  Certo   ( ) Errado

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40. O sentido da força de atrito total do solo 44. A energia cinética de m1 é totalmente trans-
sobre a bicicleta depende de estar o ciclista ferida para m2.
acelerando ou freando a bicicleta.
( )  Certo   ( ) Errado
( )  Certo   ( ) Errado
45. A energia cinética do sistema não se conser-
!
Um bloco de peso P , submetido a uma va.
!
força F na direção horizontal, encontra-se ( )  Certo   ( ) Errado
sobre um plano inclinado com atrito, como
indica a figura abaixo. Em t = 0, sua veloci-
dade é nula. Sejam µ e e µ c os coeficientes 46. Numa colisão elástica a energia de cada par-
de atrito estático e cinético, respectiva- tícula é a mesma, antes e depois da colisão.
mente, entre a superfície do plano inclina- ( )  Certo   ( ) Errado
do e o bloco.

47. Em uma colisão inelástica não há conserva-


ção da energia total do sistema.
( )  Certo   ( ) Errado

48. Numa colisão elástica a energia cinética to-


Julgue os itens abaixo. tal e o momento linear total das partículas
se conservam.
41. A reação normal exercida pela superfície do ( )  Certo   ( ) Errado
plano sobre o bloco é µ eP cosθ , quando ele
está em repouso.
49. Uma partícula de massa m1 e v1 sofre uma
( )  Certo   ( ) Errado colisão elástica e frontal com uma partícula
de massa m2 que estava inicialmente em re-
pouso. A velocidade da partícula de massa
Uma criança brinca com um pedaço de m2 depois do choque é 2m1.v1/(m1 + m2).
“massa de modelar” de massa m1 e a ati-
ra, horizontalmente, em direção a um car- ( )  Certo   ( ) Errado
rinho, inicialmente em repouso, de massa
m2. Ao atingir o carrinho, a massa de mo-
50. Referindo-se ao item (3), se m2 > m1 a partí-
delar prende-se nele e ambos se movimen-
cula de massa m1 deslocará no mesmo sen-
tam, em um plano horizontal liso. Conside-
tido que a partícula de massa m2.
rando o sistema formado pelas massas m1
e m2, julgue os itens abaixo. ( )  Certo   ( ) Errado

42. A quantidade de movimento do sistema se


conserva. Com relação à ondulatória julgue as afir-
( )  Certo   ( ) Errado mações seguintes
Na cena da figura abaixo, criado por Nicho-
las Lancret, suponha que o balanço esteja
43. A energia mecânica do sistema se conserva.
em movimento e que, no instante registra-
( )  Certo   ( ) Errado do pela imagem, encontra-se no ponto de

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velocidade máxima. Considere que a dis- Com relação à óptica julgue as afirmações
tância entre o centro de massa do sistema seguintes
balanço-moça e o ponto de suspensão do
balanço seja de 3,0m. Acerca dessa situa- A figura abaixo mostra uma seção trans-
ção, julgue os itens subsequentes, despre- versal de uma gota de chuva considerada
zando as forças dissipativas. esférica sendo atingida por um raio de luz
monocromático. Ele incide e refrata se na
superfície da gota; em seguida, reflete se
na superfície interior; e, finalmente, refra-
ta se, produzindo o raio emergente. Esse
é o princípio da formação do arco íris, em
dias chuvosos.

ra io d e lu z s e c ç ã o tra n v e rs a l
in c id e n te d e u m a g o ta c h u v a

ra io lu z
e m e rg e n te

Nicholas Lancret. O balanço.

51. O período do sistema depende da massa da Com o auxílio das informações apresenta-
moça. das, julgue os itens abaixo.

( )  Certo   ( ) Errado 56. Considerando a luz solar como um feixe de


raios paralelos, então os seus ângulos de in-
cidência sobre a superfície da gota de chuva
52. Supondo que a frequência natural do siste-
variam de 0° a 90°.
ma seja igual a 0,29 Hz, então a aceleração
da gravidade local é maior que 9,9 m/s2. ( )  Certo   ( ) Errado
( )  Certo   ( ) Errado
57. Se o índice de refração da gota de chuva
fosse independente da frequência da luz,
53. A frequência natural do sistema depende
não haveria dispersão da luz solar.
da força aplicada pelo homem.
( )  Certo   ( ) Errado
( )  Certo   ( ) Errado

54. Se a tensão na corda que o homem segura Com relação à ondulatória julgue as afir-
for constantemente nula, o movimento do mações seguintes
sistema balanço-moça será harmônico sim-
ples. 58. O efeito Doppler ocorre por consequência
do movimento da fonte sonora, do recep-
( )  Certo   ( ) Errado tor, ou de ambos, alterando a frequência do
som.
55. A quantidade de energia mecânica do siste- ( )  Certo   ( ) Errado
ma balanço-moça será menor quanto maior
for a amplitude do seu movimento.
( )  Certo   ( ) Errado

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59. Uma onda sonora com comprimento de 60. A direção de propagação de uma onda so-
propagação de onda 7m é transmitida na nora é a mesma em que o ar vibra durante a
extremidade de uma barra metálica, onde passagem da onda.
sua velocidade de propagação é de 3.500
m/s. Acoplando-se a outra extremidade ( )  Certo   ( ) Errado
numa segunda barra metálica, onde a velo-
cidade agora vale 5000 m/s, o comprimento 61. A frequência de uma onda sonora refletida
de onda nesta barra vale 10m. nas paredes de uma sala de concertos é di-
( )  Certo   ( ) Errado ferente da frequência de onda incidente.
( )  Certo   ( ) Errado

As fotos abaixo mostram a sala de concer-


tos Symphony Hall, em Boston, nos EUA. 62. Caso uma onda sonora de frequência igual a
Essa sala de concertos, inaugurada em 343 Hz encontre uma janela aberta, de for-
1900, foi planejada pelo físico Wallace C. mato circular e de diâmetro igual a 1 m, ao
Sabine, um pioneiro da Acústica. Durante atravessá-la, a onda será refratada.
um espetáculo, ondas sonoras produzidas ( )  Certo   ( ) Errado
pelos artistas chegam aos espectadores
por meio do transporte de energia. Em
uma sala de concertos, elas podem ir dire- 63. Supondo que a Symphony Hall tenha uma
tamente ao espectador ou refletir-se nas janela aberta e que a densidade do ar na
paredes e no teto antes de atingi-lo. Em parte interna da sala a mesma da densida-
relação a esse tema e considerando o mó- de do ar fora dela, então uma onda sonora
dulo da velocidade de uma onda sonora no terá seu comprimento de onda alterado ao
ar igual a 343 m/s, julgue os itens a seguir. transpor essa janela.
( )  Certo   ( ) Errado

Um indivíduo percebe que o som da buzina


de um carro muda de tom à medida que o
veículo se aproxima ou se afasta dele. Na
aproximação, a sensação é de que o som
é mais agudo, no afastamento, mais gra-
ve. Esse fenômeno é conhecido em Físico
como efeito Doppler. Considerando a si-
Interior do Symphony Hall, Boston, EUA
tuação descrita, julgue os itens que se se-
guem.

64. As variações na tonalidade do som da bu-


zina percebidas pelo indivíduo devem-se a
variações da frequência da fonte sonora.
( )  Certo   ( ) Errado

Fachada externa do Symphony Hall

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65. Quando o automóvel se afasta, o número 72. Um pulso de ondas sonoras, refletido por
de cristas de onda por segundo que chegam um objeto movendo-se paralelamente á sua
ao ouvido do indivíduo é maior. direção de propagação, retorna com frequ-
ência alterada.
( )  Certo   ( ) Errado
( )  Certo   ( ) Errado
66. Ser uma pessoa estiver se movendo com o
mesmo vetor velocidade do automóvel, não As ondas têm presença marcante na vida
mais terá a sensação de que o som muda de das pessoas. Elas ocorrem em conversas e
tonalidade. músicas, na televisão e em ruídos diversos.
( )  Certo   ( ) Errado Algumas ondas têm como características a
necessidade de um meio material para se
propagarem e, às vezes, são chamadas de
67. Observa-se o efeito Doppler apenas para ondas materiais, a exemplo do som e de
ondas que se propagam em meios mate- uma onda se propagando em uma corda.
riais. Por outro lado, há também ondas que não
( )  Certo   ( ) Errado precisam de um meio material, como, por
exemplo, a radiação eletromagnética (luz).
Contudo, em qualquer dos casos, a presen-
68. Uma emissora de rádio transmite na frequ- ça de um meio afeta bastante a propaga-
ência de 100MHz. Considere que as ondas ção das ondas. Acerca da propagação on-
se propagam com velocidade idêntica à da dulatória, julgue os seguintes itens:
luz no vácuo. O correspondente compri-
mento de onda é igual a 3m. 73. O efeito chamado de difração somente com
a luz.
( )  Certo   ( ) Errado
( )  Certo   ( ) Errado
69. Ao atravessarem uma janela aberta, os raios
solares sofrem forte difração. 74. Se uma onda se propaga com velocidade
v em uma corda, cada ponto dessa corda
( )  Certo   ( ) Errado também se move com velocidade v.
( )  Certo   ( ) Errado
70. O fenômeno do eco é totalmente incom-
patível com um modelo corpuscular para o
som. 75. O movimento de cada ponto de uma corda,
durante um movimento ondulatório, é har-
( )  Certo   ( ) Errado mônico.
( )  Certo   ( ) Errado
71. Num laboratório onde se obtêm pressões
extremamente baixas, o som é fortemente
amplificado. 76. A velocidade de propagação de uma onda
independe do meio.
( )  Certo   ( ) Errado
( )  Certo   ( ) Errado

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77. O efeito chamado de interferência somente Com relação à mecânica julgue as afirma-
ocorre com ondas materiais. ções seguintes
( )  Certo   ( ) Errado 82. Em um ponto que se encontra na metade
do caminho entre as posições de equilíbrio
e de deslocamento máximo, a velocidade
Com relação ao MHS julgue as afirmações do corpo é a metade da velocidade máxima
seguintes atingida em sua trajetória.
78. Dispondo-se de 16cm de barbante e d um ( )  Certo   ( ) Errado
cilindro de chumbo com massa de 50g,
pode construir-se um pêndulo simples, cujo
período de pequenas oscilações é de 1 se- 83. No ponto de deslocamento máximo, o cor-
gundo. po não possui energia cinética.

Dados: g = 9,8 m/s2; 9,8 ≅ π ( )  Certo   ( ) Errado

Obs.: Despreze a massa do barbante.


84. Em qualquer ponto da trajetória, a força
( )  Certo   ( ) Errado restauradora e a velocidade do corpo têm
sempre sentidos contrários.
79. Considere o pêndulo simples do item ante- ( )  Certo   ( ) Errado
rior. Pode afirmar-se que a aceleração é ins-
tantaneamente nula nos extremos da traje-
tória. 85. A energia cinética máxima do corpo é sem-
pre igual à sua energia potencial máxima.
( )  Certo   ( ) Errado
( )  Certo   ( ) Errado

80. Ainda com relação ao pêndulo simples do


item (90), pode afirmar-se que, no ponto de 86. A energia potencial máxima do corpo é
velocidade máxima da trajetória, a resultan- sempre igual à sua energia mecânica total.
te das forças no cilindro de chumbo é nula. ( )  Certo   ( ) Errado
( )  Certo   ( ) Errado
Com relação à ondulatória julgue as afir-
81. Pela lei de Hooke, a força que uma mola mações seguintes
ideal exerce em um corpo rígido é propor-
cionalmente ao quadrado do alongamento Considere a situação em que uma onda se
dessa. propaga do meio I para o meio II, sendo que
a velocidade de propagação vI, é maior que
( )  Certo   ( ) Errado a velocidade de propagação vII, no meio II.
Representando por f0 a frequência da fonte
Um coro de massa m, preso a uma mola de e por λI e λII os comprimentos de onda nos
constante k, oscila em torno de sua posi- meios I e II, respectivamente, julgue os itens
ção de equilíbrio, desenvolvendo um movi- seguintes.
mento harmônico simples. Julgue os itens
seguintes.

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87. Como vI > vII, então λI > λII . Com relação à óptica julgue as afirmações
seguintes
( )  Certo   ( ) Errado
95. Sob incidência de luz branca, um tecido lis-
trado é visto nas cores branca, vermelha e
88. A frequência f0 é a mesma para ambos os
azul. Se fizer incidir sobre ele um feixe de
meios.
luz monocromática de cor vermelha, o teci-
( )  Certo   ( ) Errado do será visto em preto e dois tons de ver-
melho.

89. Um pulso propagando do meio I para o ( )  Certo   ( ) Errado


meio II é parcialmente refletido na junção
dos dois meios.
96. Suponha que um objeto se aproxima com
( )  Certo   ( ) Errado velocidade constante em relação ao globo
ocular de uma pessoa que observa o seu
movimento. Pode-se, então, dizer que, du-
90. Ao se propagar do meio II para o meio I, a rante esse movimento, a distância focal do
luz jamais sofrerá reflexão total. olho desse observador aumenta.
( )  Certo   ( ) Errado ( )  Certo   ( ) Errado

91. O fato de as ondas quebrarem na praia não 97. Uma placa de vidro perfeitamente transpa-
está relacionado com a variação da profun- rente, de índice de refração igual a 1,5, é
didade do mar. colocada em um recipiente contendo glice-
( )  Certo   ( ) Errado rina, cujo índice de refração é igual a 1,5. Se
a placa está totalmente submersa, pode-se,
então, dizer que a placa de vidro não será
92. O sistema de radar utilizado pela polícia visível.
rodoviária para medir a velocidade de veí-
culos baseia-se no fato de que a velocidade ( )  Certo   ( ) Errado
da onda refletida pelo carro em movimento
depende da velocidade deste último. 98. Nas estradas, em dias quentes, as camadas
( )  Certo   ( ) Errado de ar próximas ao asfalto te, índice de refra-
ção menor que as camadas superiores. Esse
fato, juntamente com os fenômenos de re-
93. Uma onda sofre reflexão parcial sobre a su- fração e da reflexão total da luz solar, é sufi-
perfície plana de um objeto. O comprimen- ciente para explicar a impressão de “asfalto
to de onda da onda refletida depende do molhado” que às vezes se tem ao dirigir nas
índice de refração do material que causou a estradas.
reflexão.
( )  Certo   ( ) Errado
( )  Certo   ( ) Errado

94. O volume com que se ouve uma onda sono-


ra é uma medida direta de sua frequência.
( )  Certo   ( ) Errado

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As figuras abaixo representam olhos hu- 104. Uma lente, convergente no ar, que ao ser
manos. imersa na água, passa a ser divergente, é
feita de material com índice de refração
menor que o da água (dado: o índice de re-
fração da lente é maior que o do ar).
( )  Certo   ( ) Errado

105. A imagem projetada em um anteparo por


um projetor de slides é virtual.
( )  Certo   ( ) Errado

106. Em alguns discos fonográficos e, mais niti-


damente, em disco digital-laser, é possível
Se r1 e r2 indicam raios de luz que incidem observar o espectro da luz visível, quando
sobre os olhos, julgue os itens abaixo. a luz é refletida sob certos ângulos. Este
efeito é devido exclusivamente à polariza-
99. A figura (a) representa um olho normal. ção da luz.

( )  Certo   ( ) Errado ( )  Certo   ( ) Errado

100. A figura (b) representa um olho míope. A figura abaixo ilustra o funcionamento de
um binóculo comum. No corte, observam-
( )  Certo   ( ) Errado
-se as lentes objetiva e ocular e um par de
prismas. O feixe de luz atravessa os pris-
101. A figura (c) representa um olho hipermé- mas, seguindo a trajetória mostrada em
trope. detalhe na figura.
( )  Certo   ( ) Errado Acerca do funcionamento desse instru-
mento óptico, julgue os itens abaixo.
102. A lente que aparece na figura (b) pode ter
um grau de +4 dioptrias.
( )  Certo   ( ) Errado

103. Suponha, agora, que a lente da figura (c)


seja utilizada num certo experimento. Co-
loca-se um objeto em frente à lente, a uma
distância igual à metade de sua distância
focal f. A imagem que se formará será vir- 107. O binóculo não funcionaria se não existisse
tual e situada no foco-objeto. o fenômeno da difração.
( )  Certo   ( ) Errado ( )  Certo   ( ) Errado

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108. A função desempenhada pela lente obje- Uma bala de revólver de massa igual a 10g
tiva é a mesma que a de um espelho con- foi disparada, com velocidade v, na direção
vexo. de um bloco de massa igual a 4 kg, suspen-
so por um fio, conforme ilustrado na figura
( )  Certo   ( ) Errado acima. A bala ficou encravada no bloco e o
conjunto subiu até uma altura h igual a 30
109. A reflexão interna total que ocorre em cada cm.
um dos prismas é fundamentalmente um Considerando essas informações e assu-
fenômeno refrativo. mindo que a aceleração da gravidade seja
( )  Certo   ( ) Errado igual a 10 m/s², julgue o item abaixo.

113. Se toda a energia cinética que o conjun-


110. Se uma pessoa observasse uma paisagem to adquiriu imediatamente após a colisão
com o binóculo descrito, mas do qual ti- fosse transformada em energia potencial,
vessem sido retiradas as lentes objetiva e a velocidade do conjunto após a colisão e
ocular, então essa pessoa veria a paisagem a velocidade com que a bala foi disparada
invertida. seriam, respectivamente, superiores a 2,0
m/s e a 960 m/s.
( )  Certo   ( ) Errado
( )  Certo   ( ) Errado

(Prf 2013) Considerando que um veículo


com massa igual a 1.000 kg se mova em li- Considerando que um corpo de massa
nha reta com velocidade constante e igual igual a 1,0 kg oscile em movimento harmô-
a 72 km/h, e considerando, ainda, que a nico simples de acordo com a equação x(t)
aceleração da gravidade seja igual a 10 m/ = 6,0cos [3π+ π/3], em que t é o tempo, em
s², julgue os itens a seguir. segundos, e x(t) é dada em metros, julgue
os itens que se seguem.
111. Quando o freio for acionado, para que o
veículo pare, a sua energia cinética e o tra- 114. A força resultante que atua no corpo é ex-
balho da força de atrito, em módulo, deve- pressa por F(t) = – (3p)² x(t).
rão ser iguais.
( )  Certo   ( ) Errado
( )  Certo   ( ) Errado

115. O período do movimento é igual a 0,5s


112. Antes de iniciar o processo de frenagem,
a energia mecânica do veículo era igual a ( )  Certo   ( ) Errado
200.000 J.
( )  Certo   ( ) Errado

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O fenômeno de redução na frequência do


som emitido pela buzina de um veículo em
movimento, observado por um ouvinte, é
denominado efeito Doppler. Essa diferen-
ça na frequência deve-se ao deslocamento
no número de oscilações por segundo que
atinge o ouvido do ouvinte. Os instrumen-
tos utilizados pela PRF para o controle de
velocidade se baseiam nesse efeito. A res-
peito do efeito Doppler, julgue o item abai-
xo.

116. Considere que um PRF, em uma viatura


que se desloca com velocidade igual a 90
km/h, se aproxime do local de um aciden-
te onde já se encontra uma ambulância
parada, cuja sirene esteja emitindo som
com frequência de 1.000 Hz. Nesse caso, se
a velocidade do som no ar for igual a 340
m/s, a frequência do som da sirene ouvido
pelo policial será superior a 1.025 Hz.
( )  Certo   ( ) Errado

Gabarito: 1. Errado 2. Certo 3. Errado 4. Certo 5. Errado 6. Errado 7. Certo 8. Errado 9. Certo 10. Certo 
11. Errado 12. Certo 13. Errado 14. Certo 15. Certo 16. Certo 17. Certo 18. Errado 19. Errado 20. Certo 
21. Errado 22. Certo 23. Certo 24. Errado 25. Errado 26. Certo 27. Errado 28. Errado 29. Errado 30. Certo 
31. Errado 32. Certo 33. Certo 34. Certo 35. Errado 36. Errado 37. Errado 38. Certo 39. Certo 40. Certo 
41. Errado 42. Certo 43. Errado 44. Certo 45. Errado 46. Errado 47. Errado 48. Certo 49. Certo 50. Errado 
51. Errado 52. Certo 53. Errado 54. Certo 55. Errado 56. Certo 57. Certo 58. Errado 59. Certo 60. Certo 
61. Errado 62. Errado 63. Errado 64. Errado 65. Errado 66. Certo 67. Errado 68. Certo 69. Errado 70. Errado 
71. Errado 72. Errado 73. Errado 74. Errado 75. Errado 76. Errado 77. Errado 78. Errado 79. Errado 
80. Certo 81. Errado 82. Errado 83. Certo 84. Errado 85. Certo 86. Certo 87. Certo 88. Certo 89. Certo 
90. Errado 91. Errado 92. Errado 93. Errado 94. Errado 95. Certo 96. Errado 97. Certo 98. Certo 99. Errado 
100. Certo 101. Certo 102. Errado 103. Certo 104. Certo 105. Errado 106. Errado 107. Errado 108. Errado 
109. Certo 110. Certo 111. Certo 112. Certo 113. Certo 114. Certo 115. Errado 116. Certo

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