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Teoria Econômica
Raimundo N. Casé de Brito
2ª Edição
Curitiba
2018
Ficha Catalográfica elaborada pela Fael. Bibliotecária – Cassiana Souza CRB9/1501
FAEL
Direção Acadêmica Francisco Carlos Sardo
Coordenação Editorial Raquel Andrade Lorenz
Revisão Jefferson M. G. Mendes
Projeto Gráfico Sandro Niemicz
Imagem da Capa Shutterstock.com/Sergey Nivens
Arte-Final Evelyn Caroline dos Santos Betim
Apresentação
Produto Interno Bruto (PIB), dos níveis de emprego e dos preços dos produ-
tos e serviços, bem como das relações econômicas internacionais, um equilíbrio
daquilo que é melhor para a sociedade, sem deixar de levar em consideração os
aspectos políticos e econômicos do país em questão.
A obra Teoria Econômica não se limita a proporcionar apenas um con-
texto teórico; vai muito mais além, apresentando capítulos ricos em detalhes
e exemplos sobre economia, capazes de transformar o conhecimento explí-
cito dessa área em um instrumento norteador da construção do conheci-
mento implícito, o qual, certamente, os leitores deste livro irão adquirir.
Os autores fazem uma viagem ao passado da teoria econômica, quando
ainda não era tida como ciência, não somente para relatar a história, mas,
principalmente, com o objetivo de compreender os princípios que delinea-
ram o funcionamento da economia contemporânea, bem como as tendên-
cias das economias do mundo globalizado que irão influenciar a vida coti-
diana dos países, empresas e cidadãos.
Tudo isso está semeado nas linhas a seguir, por meio das quais os autores
nos remetem a uma leitura fácil e agradável, capaz de cativar e projetar para
a construção do processo econômico e de suas inter-relações, visando possibi-
litar a nós, leitores, o uso de conhecimentos adquiridos na aplicação direta de
situações-problema, envolvendo pessoas e/ou o mundo corporativo.
É nesse caminho que conseguimos identificar a razão e o sentido para
os acontecimentos econômicos, sociais e políticos do Brasil e do mundo, apli-
cando, sobretudo, uma visão crítica e consciente daquilo que acontece em
nosso dia a dia.
Portanto, a leitura desta obra irá desenvolver em seus leitores, indubita-
velmente, uma maneira mais consciente para analisar, entender e comentar
os acontecimentos econômicos, sociais e políticos da atualidade.
Osnir Jugler*
– 4 –
Sumário
1 Introdução à economia | 7
5 Estruturas de mercado | 51
7 Contabilidade social | 67
14 A globalização | 151
Referências | 171
– 6 –
1
Introdução à economia
– 8 –
Introdução à economia
Reflita
Lembre-se de que estamos falando de uma ciência social que se
propõe a estudar um problema de natureza social e a oferecer
uma respectiva solução.
– 9 –
Teoria Econômica
O que e quanto produzir? Como
produzir? Para quem produzir?
– 10 –
Introdução à economia
a renda for desigual, a distribuição dos bens e serviços será desigual, pois a
renda permite a aquisição dos bens.
Para analisar as questões anteriores, vamos utilizar a curva de possibilidade
de produção e o custo de oportunidade como modelos, que serão vistos no
terceiro capítulo.
Ao vermos todas essas questões que fundamentam os problemas econô-
micos, você terá de conhecer as características básicas do sistema econômico.
– 11 –
Teoria Econômica
– 12 –
Introdução à economia
– 13 –
Teoria Econômica
Conclusão
Neste capítulo, apresentamos o problema fundamental da ciência
econômica a escassez de produtos para consumo. A comunidade precisa
decidir como poderá ter os bens e serviços para melhorar seu bem-estar.
Como resolver esses problemas? Qual o sistema econômico mais eficiente?
Essas questões foram respondidas neste capítulo por meio das teorias da lei
da escassez.
Em seguida, enfatizamos os problemas fundamentais resultantes da
escassez, em que se procura buscar as respostas de quanto produzir, como
produzir, para quem produzir. Ao término do capítulo, descrevemos para
você o sistema econômico, as relações da economia com outras ciências e a
divisão do estudo econômico.
– 14 –
2
História do pensamento
econômico
– 16 –
História do pensamento econômico
– 17 –
Teoria Econômica
– 18 –
História do pensamento econômico
– 19 –
Teoria Econômica
– 20 –
História do pensamento econômico
– 21 –
Teoria Econômica
Reflita
Qual a importância das ideias econômicas desenvolvidas por
Adam Smith, Karl Marx e John Maynard Keynes na atualidade?
Ao final deste capítulo, você observou que, para conhecer as ideias das
escolas econômicas a partir de Adam Smith, abordamos, como a teoria do
valor-trabalho e a teoria do consumidor. Também tivemos oportunidade
de ver definições como mais-valia e demanda efetiva. É importante atentar
para essas teorias e definições, pois podem ser aplicadas no comportamento
econômico dos indivíduos e das empresas.
A seguir, no próximo capítulo, trataremos do funcionamento do
mercado. Como se trata da economia de mercado, são as leis e forças de
demanda e oferta que conduzem em regras básicas para encontrar o equilíbrio.
– 22 –
História do pensamento econômico
Conclusão
Apresentamos a você as ideias econômicas desenvolvidas pelas escolas
clássica, marxista, neoclássica e keynesiana. A escola clássica, com Smith,
Ricardo, Malthus e Say, além de exporem os conceitos, defenderam o
liberalismo econômico, o comércio internacional e discutiram a questão
da população. A escola marxista, com Marx, aperfeiçoou a teoria do valor-
trabalho, criou o conceito de mais-valia e previu as crises do sistema capitalista.
A corrente neoclássica, com as escolas de Viena, desenvolveu a teoria do valor-
utilidade e a teoria da utilidade marginal; a escola de Lausane, com a teoria do
equilíbrio geral, foi a maior contribuição da escola para a ciência econômica.
Essa teoria demonstra a interdependência dos preços no sistema econômico e
também distinguiu economia pura da economia aplicada.
A Escola de Cambridge, na Inglaterra, teve como principal autor Alfred
Marshall, que criou o conceito de utilidade marginal, a teoria do consumidor e
outros instrumentos de análise microeconômica. Por fim, a escola keynesiana
com Keynes, criou o princípio da demanda efetiva e defendeu a intervenção
do governo no sistema econômico.
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3
Demanda, oferta e
equilíbrio de mercado
Reflita
Quais os fatores que determinam o aumento ou a redução de
preços dos bens e serviços?
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Demanda, oferta e equilíbrio de mercado
– 27 –
Teoria Econômica
– 28 –
Demanda, oferta e equilíbrio de mercado
Reflita
O comportamento da demanda significa o aumento ou a redu-
ção dela em função da alteração do preço e da renda.
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Teoria Econômica
Fonte: O autor.
A observação do quadro mostra que, ao preço de $ 3,00, as demandas
individuais são: consumidor A, 8 litros; consumidor B, 5 litros e o consumi-
dor C, 12 litros. A demanda de mercado é a soma das demandas individuais,
ou seja, 8 litros + 5 litros + 12 litros = 25 litros. Quando o preço diminui para
$ 2,50, $ 2,00 e $ 1,50, o processo se repete.
Depois de você saber os principais aspectos e características da demanda
de mercado, conhecerá os aspectos da oferta de mercado.
– 31 –
Teoria Econômica
– 32 –
Demanda, oferta e equilíbrio de mercado
Análise do equilíbrio:
I. Quando existir excesso de demanda, compradores se dispõem a
pagar mais; e produtores, diante da escassez, elevam preços;
II. Quando existir excesso de oferta, surgem pressões para os preços
serem reduzidos: produtores percebem que não podem vender tudo
o que desejam; e compradores percebem a abundância e querem
pagar menos;
Ao fim deste capítulo, você precisa verificar se pode explicar a diferença
entre a lei da demanda e a lei da oferta e quando ocorre o equilíbrio do mer-
cado. Observe que o funcionamento do mercado pode ser explicado pelo
modelo das leis de demanda e oferta. A compreensão desse modelo nos ajuda
na vida pessoal e nos negócios.
No próximo capítulo, analisaremos a produção, os custos e o lucro.
Veremos como podemos saber se a mão de obra e o capital estão bem utili-
zados e Também estudaremos o comportamento dos custos totais, médios
e marginais além disso, verificaremos como se calcula o lucro e quando
ele maximizado.
Conclusão
Neste capítulo, foi abordado o funcionamento do mercado. Esse funcio-
namento é baseado na lei de oferta e lei da demanda. As variáveis que se rela-
cionam com a demanda são o preço, a renda e a preferência dos consumidores.
A hipótese Ceteris Paribus (do latim coeteris paribus) significa que na
análise de duas variáveis, as outras variáveis são consideradas constantes.
Exemplo: sendo a demanda função dos preços e da renda do consumidor,
quando se analisa a demanda em função do preço, a renda é considerada
constante. Os preços relativos são os preços de um bem ou serviço quando
comparados aos preços de outros bens e serviços. Exemplo: quantas sacas
de soja compram um alqueire de terra? É o preço relativo da soja em relação
à terra.
As variáveis que influenciam a oferta são o preço, o custo da mão de
obra e do capital e a tecnologia. Para analisar o comportamento da demanda
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Teoria Econômica
– 34 –
4
Produção, custos e
maximização do lucro
– 36 –
Produção, custos e maximização do lucro
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Teoria Econômica
Q = f ( N, K)
Sendo:
Q – quantidade
f – em função de
N – mão de obra (fator variável)
K – capital (fator fixo)
O nível de produção depende apenas das alterações na quantidade utili-
zada de mão de obra (fator variável).
Produtividade média da mão de obra
PMeN = produção total / número de trabalhadores;
Produtividade média do capital
PMeK = produção total / número de
máquinas e equipamentos.
Produtividade marginal do fator é a relação entre a variação do produto
total e a variação da quantidade utilizada do fator.
Podemos calcular a produtividade marginal da mão de obra e do capital.
Veja as fórmulas a seguir:
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Produção, custos e maximização do lucro
Produtividade marginal do trabalho
PMgN = variação da produção total
/ variação da mão de obra;
Produtividade marginal do capital
PMeK = variação da produção total / variação do capital.
Na tabela a seguir, você poderá ver ilustrados os conceitos anteriores.
Tabela 1– Produto total, produtividade média e marginal do fator variável
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Teoria Econômica
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Produção, custos e maximização do lucro
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Teoria Econômica
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Produção, custos e maximização do lucro
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Teoria Econômica
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Produção, custos e maximização do lucro
Portanto:
CMg = ΔCT ÷ .Q
Δ (delta) é o símbolo de variação na matemática.
A tabela 3 e as figuras 4 e 5 ilustram os custos de produção em uma
situação de curto prazo.
Tabela 3 – Custos de produção
Fonte: O autor.
– 45 –
Teoria Econômica
Fonte: O autor.
Esses dois gráficos tem como fonte Vasconcellos (2004, p. 68) e
demonstram as curvas relativas às variações ocorridas entre os custos de
produção que constam na tabela 3 anterior.
Na economia de mercado e, principalmente, na visão dos neoclás-
sicos, o objetivo maior da firma é a maximização dos lucros, tanto a
curto como a longo prazo. Para o desenvolvimento desse item, vejamos
os conceitos de lucro total, receita total, custo total, receita marginal e
custo marginal.
Custo Total (CT) = custo fixo total (CFT) + custo variável total (CVT)
CT = CfT + CVT
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Produção, custos e maximização do lucro
Receita marginal
RMg = variação da receita total / variação
de uma unidade vendida
Custo marginal
CMg = variação do custo total / variação
de uma unidade vendida
Fonte: O autor.
– 47 –
Teoria Econômica
Fonte: O autor.
A seguir, são demonstrados dois exemplos de maximização de lucros.
Observe na tabela 4, com o preço de venda em R$ 5,00 o nível de máximo
lucro esta na produção de 7 ou 8 unidades. Quando o preço considerado
passa a ser de R$ 8,00 (tabela 5), o nível de máximo lucro passa ser 10 ou 11
unidades. Isso demonstra a condição de maximização lucros, em que receita
marginal (RMg) = custo marginal (CMg).
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Produção, custos e maximização do lucro
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Teoria Econômica
Conclusão
O tema abordado foi produção, custos e maximização do lucro. Vimos
que a produção é função da combinação de insumos, e a eficiência da pro-
dução ocorre quando os insumos são combinados de forma ótima. Os custos
de produção são derivados da combinação técnica de insumos. A eficiência
econômica da produção ocorre quando se consegue produzir a um menor
custo possível. A curva de possibilidade de produção é um modelo de análise
para a tomada de decisão sobre o que e quanto produzir. O lucro máximo
ocorre no nível produção em que o custo marginal (CMg) é igual à receita
marginal (RMg). E os custos de oportunidade, também denominados custos
implícitos ou custos alternativos, são custos que se referem à utilização dos
recursos produtivos.
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5
Estruturas de
mercado
Reflita
Quais as diferenças entre uma empresa no mercado competi-
tivo e uma empresa monopolista?
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Estruturas de mercado
5.1.2 Monopólio
O monopólio é uma situação de mercado completamente oposta ao
mercado competitivo. Nesse modelo, existe um só produtor e o produto
não tem substituto próximo. Outra diferença é que há barreiras à entrada de
novas empresas.
A curva de demanda da firma monopolista é a própria curva de demanda
do mercado, pois a firma é única no mercado. O monopolista tem poder de
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Teoria Econômica
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Estruturas de mercado
5.1.3 Oligopólio
O oligopólio é um modelo de estrutura de mercado comum nas economias
capitalistas. O que caracteriza o modelo é a existência de poucas firmas, produto
homogêneo ou diferenciado e barreiras para entrada de outras empresas.
A economia brasileira tem vários setores oligopolizados. Entre esses seto-
res podem ser relacionadas montadoras de veículos, indústria de bebidas e
indústria do aço.
Nas firmas oligopolistas, a decisão sobre quantidade a ser ofertada e pre-
ços funciona na forma de cartel ou liderança preço. No cartel, os produtores
se organizam de maneira formal ou informal para tomar decisões. Na maioria
dos países, o cartel é proibido, inclusive no Brasil. Quando atua na forma
de liderança de preços, uma firma reconhecida como líder fixa o preço e as
empresas lideradas adotam o preço fixado. No Brasil, a indústria de bebidas
adota essa forma de decisão.
– 55 –
Teoria Econômica
5.2.2 Monopsônio
Existe monopsônio quando só há um comprador. É o inverso do mono-
pólio quando há só um vendedor. Suponhamos, no mercado de trabalho que
uma empresa se instale em um local bem interiorano e seja a única emprega-
dora. Essa empresa se caracteriza como um monopsônio. Vamos supor, ainda,
que um laboratório fabrique um tipo de vacina que só o Ministério da Saúde
seja o comprador. Então o Ministério funciona como um monopsônio.
5.2.3 Oligopsônio
O que caracteriza o oligopsônio é haver poucas empresas compradoras
do produto ou serviço. É o mercado de insumos em que há poucos com-
pradores que negociam com muitos vendedores. Vamos supor uma cidade
onde haja dois lacticínios e centenas de produtores de leite. Os lacticínios
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Estruturas de mercado
Conclusão
Neste capítulo descrevemos as características das diversas estruturas de
mercado, analisamos a condição de equilíbrio nos diversos modelos de mer-
cado e vimos que as empresas têm lucro normal e lucro extraordinário. Em
qualquer das estruturas de mercado, supõe-se que as empresas maximizam o
lucro total. No caso do oligopólio, a empresa maximiza margem entre receitas
e custos diretos (ou variáveis) de produção.
As estruturas de mercado dependem do número de empresas produ-
toras, homogeneidade ou diferenciação dos produtos e existência ou não de
barreiras à entrada de novas empresas.
No mercado de bens e serviços, a concorrência perfeita se caracteriza pela
formação do preço pelo mercado. Nenhuma firma individualmente tem poder
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Teoria Econômica
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6
Externalidades e
bens públicos
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Externalidades e bens públicos
Para você não ter dúvida se um bem é público, semipúblico
ou privado, faça sempre as indagações a seguir.
O bem é excluível? Pode-se impedir
as pessoas de usar o bem?
O bem é rival? Várias pessoas poderão desfrutar
de um bem sem prejuízo das demais?
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Teoria Econômica
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Externalidades e bens públicos
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Teoria Econômica
Reflita
Qual a melhor solução, em sua opinião: regulamentação ou
incentivos econômicos?
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Externalidades e bens públicos
Saiba mais
O Wikipédia é uma das maiores enciclopédias livres. A página
inicial explica que o Teorema de Coase foi concebido pelo
prêmio nobel de economia Ronald Coase e que, em síntese,
seu modelo baseia-se na capacidade de negociação dos agen-
tes envolvidos a partir dos seus direitos de propriedade.
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Teoria Econômica
Conclusão
Neste capítulo, o tema desenvolvido foi a externalidades e os bens públicos.
Conceituamos os bens públicos, semipúblicos e privados, considerando suas
características básicas de (não) exclusão e (não) rivalidade. Discutimos as
falhas de mercado, que originam as externalidades, ou seja, situação em que
ocorrem benefícios ou custos involuntários a terceiros. Também observamos
as falhas de governo, que acontecem principalmente devido às assimetrias das
informações, sistema inflexíveis de impostos e grupos de pressão. Por fim,
apresentamos as políticas públicas para as externalidades e as privadas.
– 66 –
7
Contabilidade social
– 68 –
Contabilidade social
Método das partidas dobradas constitui a base do sis-
tema contábil moderno, no qual todas as transações de
uma economia são decompostas em dois elementos
básicos: a origem dos recursos e o destino dos recur-
sos, sendo que a soma dos elementos do primeiro
deve ser igual à soma dos elementos do segundo.
A matriz de relações intersetoriais (insumo-produto ou Leontief )
registra também as transações intersetoriais. No entanto, o sistema de contas
nacionais é o mais utilizado. Nesta obra estudaremos o sistema de con-
tas nacionais.
Portanto, não abordaremos o sistema de matriz insumo-produto por ser
um sistema não mais utilizado na contabilidade social pelos países desenvol-
vidos e nem pelo Brasil. Atualmente, somente o sistema das contas nacio-
nais é utilizado para registrar e medir os agregados macroeconômicos. Em
resumo, esses são os conceitos iniciais do sistema de contabilidade social que
auxiliarão você a entender os princípios básicos das contas nacionais, nossos
próximos passos.
– 69 –
Teoria Econômica
– 70 –
Contabilidade social
Fonte: O autor.
Observe que a parte de cima da figura é representada pela renda (Y)
e a parte de baixo é representada pelo consumo (C) e pelo investimento
(I). Neste modelo, para que haja equilíbrio, a função que representa esta
relação é:
Pela ótica da renda:
Y=C+S
Pela ótica da demanda agregada (DA):
DA = C + I
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Teoria Econômica
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Contabilidade social
Fonte: O autor.
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Teoria Econômica
Pela ótica da renda:
Y=C+S+T
Pela ótica da demanda agregada (DA):
DA = C + I + G
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Contabilidade social
Reflita
Você concorda com os cientistas políticos e economistas que
acreditam que os índices de aprovação do Presidente da Repú-
blica são afetados pelas condições econômicas?
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Teoria Econômica
Fonte: O autor.
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Contabilidade social
Pela ótica da renda:
Y=C+S+T
Pela ótica da demanda agregada (DA):
DA = C + I + G + (X-M)
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Teoria Econômica
PNB = PIB + RR – RE
RLFE = RR - RE
PNB = PIB + RLFE
Obs.: Se a RE for maior que RR, temos que RLFE é negativa. Desta
forma, o PIB é maior do que o PNB. Se RE é menor que RR, o PIB é
menor que o PNB.
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Contabilidade social
As atividades primárias, denominadas genericamente
de agropecuária, incluem lavouras, produção animal,
extração vegetal e a silvicultura. As atividades secundárias
compreendem quatro categorias de indústrias: extrativa
mineral, de transformação, de construção e suprimento
de bens públicos e semipúblicos, as atividades terciárias
incluem os serviços, privados e de governo.
– 79 –
Teoria Econômica
RN = W + J + L + A
– 80 –
Contabilidade social
Saiba mais
Você sabe qual a diferença entre Produto Interno Bruto e Pro-
duto Nacional Bruto e, no caso brasileiro, qual o maior? Para
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Teoria Econômica
Conclusão
Neste capítulo, o tema desenvolvido foi a Contabilidade Social, ou
seja, o registro contábil da atividade produtiva de um país. Enfatizamos seus
princípios básicos, pois só devem ser consideradas apenas as transações com
bens e serviços finais. Em seguida, apresentamos os modelos simplificadores
da economia: iniciamos com uma economia fechada sem governo (famílias
– 82 –
Contabilidade social
Saiba mais
A crise econômica está abalando as economias mundiais e,
portanto, com efeitos significativos na economia brasileira. Mas
você sabe como essa crise internacional afeta o PIB e o PNB
brasileiro? Luciano Lima Pereira procura explicar quais os efei-
tos da crise internacional. Inicialmente, o autor aborda a solidez
do nosso sistema financeiro, e as diferenças do nosso sistema
em relação à Europa e Estados Unidos, ressalta o bom desem-
penho dos últimos anos das nossas exportações ao mesmo
tempo em que alerta para o risco de descapitalização das gran-
des empresas multinacionais.
Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/
economia-e-financas/como-a-crise-internacionalafeta-o-pib-e-o-
-pnb-brasileiros/25533/>.
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8
Determinação
da renda e
do produto
nacional
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Determinação da renda e do produto nacional
Pleno emprego: grau máximo de utilização dos
recursos produtivos (materiais e humanos) de uma
economia. Em uma economia dinâmica, é muito
difícil que ocorra a eliminação total do desemprego,
pois: 1) há atividades, como a agricultura, que não
ocupam continuamente a mesma força de trabalho;
2) é necessário certo tempo para que as pessoas
troquem de emprego; 3) além disso, certas pessoas
podem optar por viverem desempregadas.
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Teoria Econômica
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Determinação da renda e do produto nacional
Saiba mais
Diogo Pinheiro entrevista Júlio Gomes de Almeida, economista
e consultor do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento
Industrial). O economista discorre sobre as condições adver-
sas da economia internacional e apresenta pontos positivos da
nossa economia, se comparado a períodos anteriores de retra-
ção econômica mundial. Enfatiza principalmente o aumento da
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Teoria Econômica
– 90 –
Determinação da renda e do produto nacional
– 91 –
Teoria Econômica
Reflita
O que faz o investimento aumentar durante os períodos de
crescimento econômico e diminuir nos períodos de recessão?
Ao final do capítulo, voltaremos a essa questão e apresentarei
minha reflexão.
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Determinação da renda e do produto nacional
– 93 –
Teoria Econômica
ser utilizada dependerá dos fins, objetivos e metas a serem alcançados. Keynes
propôs a intervenção do governo para corrigir as falhas do mercado.
– 94 –
Determinação da renda e do produto nacional
Reflita
Após o seu processo de reflexão e pesquisa, temos convicção
de que você compreendeu que o produto mais elevado tam-
bém aumenta os lucros da empresa, e com isso reduzem-se as
restrições de financiamento com que algumas empresas enfren-
tam. Além disso, a renda maior eleva a demanda por imóveis,
o que por sua vez aumenta os preços dos imóveis e o investi-
mento nesse setor. O produto maior aumenta o estoque que as
empresas desejam manter, estimulando o investimento em esto-
que. Nesse sentido, prevê-se que um crescimento econômico
deve estimular o investimento, e uma recessão deve reduzi-lo.
– 95 –
Teoria Econômica
Conclusão
Abordamos, neste capítulo, o sistema de contas nacionais para a
medição das transações econômicas de um país em determinado período
de tempo. No modelo Keynesiano básico apresentamos os conceitos de
demanda agregada, oferta agregada e demanda efetiva e o papel do governo
para manter o equilíbrio macroeconômico. Ressaltamos como os agregados
macroeconômicos se comportam em momentos de expansão e retração
econômica e como interferem na renda pessoa disponível, e por conseguinte
na propensão marginal a consumir e a poupar. Por fim conceituamos a política
fiscal e suas formas de intervenção, restritiva e expansionista, para estimular a
demanda agregada ou conter o processo inflacionário.
– 96 –
9
Noções de
economia
monetária
– 98 –
Noções de economia monetária
– 99 –
Teoria Econômica
Reflita
A moeda sem valor intrínseco é denominada moeda de curso
forçado. Isso quer dizer que o objeto que serve de moeda é
em função de um decreto do governo. Por exemplo, compare
as notas de Real (impressos pela Casa da Moeda do Brasil,
por ordem do Banco Central) e as notas de Real de um jogo
de Banco Imobiliário. Por que você pode usar as primeiras para
pagar um cinema e as do Banco Imobiliário não? A resposta é
que o governo brasileiro decretou que seus Reais são moedas
válidas.
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Noções de economia monetária
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Teoria Econômica
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Noções de economia monetária
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Teoria Econômica
Saiba mais
O Banco Central, com o objetivo de aproximar a Instituição
com a Sociedade, lançou seu Programa de Educação Finan-
ceira. A publicação Moeda – Surgimento e evolução inicia
com uma mostra panorâmica a respeito das funções do Banco
Central do Brasil, ressaltando sua importância para a sociedade.
Na contextualização das informações, faz um breve histórico
sobre essa instituição, remontando ao aparecimento da moeda
e dos sistemas financeiros. A obra aborda também o surgimento
e evolução histórica dos Bancos Centrais no mundo e, no
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Noções de economia monetária
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Teoria Econômica
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Noções de economia monetária
Conclusão
A moeda é um instrumento ou objeto aceito pela coletividade para
intermediar as transações econômicas, funciona como reserva de valor, unidade
de conta e um meio de troca. Seus principais tipos são: moeda-metálica,
emitida pelo Banco Central; papel-moeda: emitida pelo Banco Central; e
moeda-escritural ou bancária, depósitos à vista nos bancos comerciais.
Ressaltamos a importância do controle da oferta monetária, ou seja, a
soma da moeda em poder do público. Em seguida, apresentamos as funções
clássicas do Banco Central do Brasil, como órgão executor da política
monetária, banco emissor de papel-moeda e moeda-metálica e também
fiscalizador das instituições financeiras. Apresentamos os instrumentos de
política monetária: controle das emissões, depósitos compulsórios ou reservas
obrigatórias, operações com mercado aberto e de redesconto. Por fim, você
aprendeu sobre os tipos de política monetária: restritiva ou expansionista.
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10
Formação econômica
brasileira
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Formação econômica brasileira
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Teoria Econômica
– 112 –
Formação econômica brasileira
– 113 –
Teoria Econômica
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Formação econômica brasileira
Reflita
A renda de todos os grupos aumentava, mesmo que de forma
muito desigual. Mas qual o problema de um modelo que aumenta
a renda? Ao contrário, proliferam os mecanismos disfarçados de
transferência de recursos, facilitados pela ação do Estado.
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Teoria Econômica
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Formação econômica brasileira
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Teoria Econômica
Saiba mais
O artigo dos autores Fernando A. Veloso, André Villela e
Fabio Giambiagi, Determinantes do “Milagre” Econômico Brasi-
leiro (1968-1973), em Uma Análise Empírica, procurou deter-
minar os principais condicionantes do “milagre” econômico.
Também, no artigo, foi ressaltado, com bastante propriedade,
a situação internacional e as condições favoráveis de crédito
no período. Os autores abordaram o Programa de Ação Eco-
nômica do Governo (PAEG) e, principalmente, ilustraram o
trabalho com uma série de informações macroeconômicas do
período e análise conjuntural. Verifique no site: <http://www.
scielo.br/pdf/rbe/v62n2/06.pdf>.
– 118 –
Formação econômica brasileira
– 119 –
Teoria Econômica
– 120 –
Formação econômica brasileira
Reflita
É possível no mundo globalizado um país conduzir sua política
econômica?
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Teoria Econômica
– 122 –
Formação econômica brasileira
Conclusão
Saímos de uma economia agrário-exportadora para economia
industrializada, de um estado pequeno, para um estado que interveio diretamente
no domínio econômico e social, notadamente a partir da grande depressão
de 1929. A partir daí, até os cinquenta anos que se seguiram, o Estado teve
uma participação efetiva no crescimento econômico: investindo, financiando,
avalizando, fornecendo a infraestrutura básica e toda política econômica voltada
para o crescimento. No entanto a deterioração das contas públicas e a inflação
elevada acabam interrompendo uma trajetória de crescimento nunca antes visto
na nossa economia. Os efeitos foram amargos, como inflação descontrolada,
declaração de moratória da dívida e perda do poder aquisitivo da população e
acentuação das desigualdades regionais e individuais.
– 123 –
11
Aspectos de inflação
Reflita
Sobre os principais instrumentos ou ferramentas econômicas que
são utilizadas pelo governo para controlar a inflação brasileira.
– 126 –
Aspectos de inflação
– 127 –
Teoria Econômica
– 128 –
Aspectos de inflação
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Teoria Econômica
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Aspectos de inflação
– 131 –
Teoria Econômica
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Aspectos de inflação
Conclusão
A inflação é resultado de algum desequilíbrio no sistema econômico. As
causas estão relacionadas ao aumento na demanda maior que a capacidade
de oferta, elevação dos custos e indexação generalizada dos preços. Os efeitos
da inflação influenciam a distribuição da renda, as finanças públicas e as
expectativas dos agentes econômicos. Para controlar a inflação, é utilizada a
política fiscal e a política monetária.
Neste capítulo, você também pôde observar por que e como surgiram os
planos Cruzado, Collor e Real, além de seus efeitos.
– 133 –
12
Noções de economia
internacional
– 136 –
Noções de economia internacional
– 137 –
Teoria Econômica
– 138 –
Noções de economia internacional
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Teoria Econômica
Reflita
Como a taxa de câmbio pode influenciar nas exportações e nas
importações dos países especialmente no Brasil?
– 140 –
Noções de economia internacional
Conclusão
A teoria das vantagens comparativas explica como a diferença na dis-
ponibilidade de recursos de produção favorece o comércio internacional.
Maior disponibilidade de recursos naturais, por exemplo, significa que os
custos desses recursos são menores e o país tem vantagem comparativa em
relação a outro país com menor disponibilidade desse fator. A taxa de câm-
bio é decisiva nos negócios internacionais, pois o preço que o exportador
recebe ou o importador paga é em moeda nacional. As políticas comerciais
relacionadas com taxa de câmbio e tarifas também influenciam o comércio
entre países. Finalmente, o balanço de pagamento é o instrumento de regis-
tro de todas as operações.
– 141 –
13
Noções de economia
do setor público
– 144 –
Noções de economia do setor público
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Teoria Econômica
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Noções de economia do setor público
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Teoria Econômica
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Noções de economia do setor público
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Teoria Econômica
Conclusão
No início deste capítulo, foram apresentadas as razões por que o setor
público tem aumentado sua participação na economia. Essa participação
implica funções alocativa, distributiva e estabilizadora do governo. Para exer-
cer essas funções, o governo arrecada tributos e efetua gastos correntes e de
capital. As receitas e gastos são aprovados pelo Congresso Nacional no Orça-
mento Geral da União. O resultado do Orçamento é superávit ou déficit. O
superávit e o déficit são classificados em primário, operacional e nominal.
Quando há déficit, o governo financia o déficit tomando empréstimos inter-
nos e externos.
– 150 –
14
A globalização
– 152 –
A globalização
– 153 –
Teoria Econômica
Reflita
Capitalismo a síntese de correr riscos! Máxima do mercado
financeiro: quanto maior o risco maior é o retorno esperado, e
quanto menor o risco menor o retorno esperado.
– 154 –
A globalização
– 155 –
Teoria Econômica
O mundo vive em torno de uma fábrica global, não importa onde são pro-
duzidos e por quem são produzidos, desde que tenham uniformidade no
processo produtivo e que apresentem os maiores lucros e, ao mesmo tempo,
a diminuição de riscos. Brum (2005, p. 77) afirma que:
O produtor compra matéria-prima em qualquer lugar do mundo, onde
for melhor e mais barata; instalada fábricas nos países que oferecem
segurança, incentivos e onde a mão de obra sai mais em conta; e vende
a mercadoria no mundo inteiro. Cada vez mais, produtos, capital e
tecnologia perdem a identidade nacional pela intensificação das fusões,
incorporações, associações e compras de empresas de grupos econômi-
cos em escala mundial e pela terceirização da produção. Partes, peças e
componentes passam a ser produzidos em diferentes países, de acordo
com as vantagens comparativas por eles oferecidas. Já se concretiza, por
exemplo, a ideia de “fábrica global”, e diferentes companhias se unem
para a produção e lançamento do “carro mundial” no mercado.
– 156 –
A globalização
Saiba Mais
A profa. Dra. Maria de Lourdes RollembergMollo, do
Departamento de Economia da Unb, no artigo Globalização da
Economia, Exclusão Social e Instabilidade, conceitua inicialmente
o que é a globalização da economia. No artigo, autora diz que se
trata da continuação do processo de internacionalização do capital,
que se iniciou com a extensão do comércio de mercadorias e
serviços, passou pela expansão dos empréstimos e financiamentos
e, em seguida, generalizou o deslocamento do capital industrial
por meio do desenvolvimento das multinacionais. Também
caracteriza suas principais etapas: a) deslocamento espacial das
diferentes etapas do processo produtivo, de forma a integrar
vantagens nacionais diferentes; b) desenvolvimento tecnológico
acentuado, nas áreas de telemática e informática; c) simplificação
do trabalho, para permitir o deslocamento espacial da mão de obra;
d) igualdade de padrões de consumo, para permitir aumento de
escala; e) mobilidade externa de capitais, buscando rentabilidade
máxima e curto prazo; e f) difusão (embora desigual) dos preços e
padrões de gestão e produção. Encerra dissertando as profundas
transformações do Estado nos últimos anos principalmente devido
ao seu processo de desregulamentação e privatização. Acesse o
texto na íntegra no seguinte site: <http://www.cefetsp.br/edu/eso/
globalizacao/globalizacaoeconomia.html>.
– 157 –
Teoria Econômica
Conclusão
O processo de globalização intensificou e acelerou o fenômeno da inte-
gração das nações, impulsionado pelo avanço da tecnologia e dos transpor-
tes. A globalização assume múltiplas faces, por isso abordamos uma das mais
importantes: a globalização financeira, muitas vezes com natureza especula-
tiva e imprevisível. A globalização econômica tem como características prin-
cipais as modificações das relações de trabalho, o avanço da produtividade e
profundas modificações na intervenção do Estado na economia, o que veio
fortalecer a corrente liberal do pensamento econômico, o neoliberalismo.
– 158 –
15
Desenvolvimento
econômico
15.1 Crescimento e
desenvolvimento econômico
A Teoria do Crescimento e Desenvolvimento discute estratégias a longo
prazo, isto é, as questões relacionadas com o crescimento econômico equili-
brado e autosustentado.
Pinho e Vasconcellos (2006, p. 485) informam as diferenças entre cres-
cimento e desenvolvimento econômico, explicando que:
Crescimento e desenvolvimento econômico são conceitos diferentes.
Crescimento econômico refere-se ao crescimento contínuo da “renda
per capita” ao longo do tempo, portanto é quantitativo.
Desenvolvimento econômico trata do crescimento econômico
acompanhado de adequada alocação de recursos nos diversos setores
econômicos, melhorando os indicadores de bem-estar econômico e
social (pobreza, desemprego, condições de saúde, alimentação, edu-
cação, habitação).
– 160 –
Desenvolvimento econômico
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Teoria Econômica
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Desenvolvimento econômico
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Teoria Econômica
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Desenvolvimento econômico
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Teoria Econômica
Saiba Mais
Você sabe com propriedade conceitual o que é desenvolvi-
mento sustentável? Esse artigo do WWF-Brasil apresenta o
conceito de desenvolvimento sustentável, considerando a
necessidade de satisfazer as gerações presentes e futuras de
bens e serviços, sem diminuir sua qualidade. Aborda também
o que é preciso fazer para se alcançar o desenvolvimento sus-
tentável e, ao final, questiona se os modelos dos países indus-
trializados devem ser seguidos. Esse texto é muito interessante
e ajudará você a entender melhor a questão ambiental. O site
é o seguinte: <http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_
ambientais/desenvolvimento_sustentavel/index.cfm>.
– 166 –
Desenvolvimento econômico
15.3.3 Arrancada
Na etapa da arrancada, ocorre o crescimento de forma contínua e as
instituições econômicas funcionam bem. Rostow caracteriza a arrancada com
as transformações econômicas e políticas a seguir:
– 167 –
Teoria Econômica
– 168 –
Desenvolvimento econômico
22 Sociais:
22 Estrutura social: interação entre indivíduos, grupos, etc;
22 Mobilidade social: mudança de status social;
22 Representação no sistema político: nível de representação social no
Executivo, Legislativo, Judiciário;
22 Participação social: articulação da sociedade;
22 Sistema de concentração da propriedade.
Reflita
Se o padrão de desenvolvimento atual é perverso ou insus-
tentável, isso não se deve a uma característica intrínseca, mas
à conjugação de interesses sociais (e, portanto, econômicos e
– 169 –
Teoria Econômica
Conclusão
A teoria do crescimento e desenvolvimento discute estratégias em longo
prazo, enquanto o crescimento tem natureza quantitativa, o desenvolvimento
qualitativo. As fontes de crescimento, como a força de trabalho, estoque
de capital, melhoria da mão de obra, melhoria tecnológica e eficiência
organizacional representam a possibilidade de celeridade no processo de
crescimento socioeconômico. A sociedade, até alcançar o desenvolvimento,
passa por cinco etapas distintas: pré-requisitos para a arrancada: taxa de
acumulação de capital; a arrancada: ocorre o crescimento de forma contínua
e as instituições funcionam bem; crescimento autossustentável: tecnologia
disseminada aos diversos setores da atividade econômica; e o período de
consumo de massas: concentração da produção nos bens de consumo
duráveis de alta tecnologia e serviços. Para mensurar e acompanhar o
crescimento das nações, utilizamos os indicadores, que podem ser vitais,
ou seja, relacionados às condições de vida da sociedade; os econômicos,
as nossas estruturas produtivas e os sociais, relacionados à organização, à
mobilidade e participação social.
– 170 –
Referências
Teoria Econômica
– 172 –
Referências
– 173 –
A obra Teoria Econômica não se limita a proporcionar apenas um con-
texto teórico; vai muito mais além, apresentando capítulos ricos em detalhes
e exemplos sobre economia, capazes de transformar o conhecimento explícito
dessa área em um instrumento norteador da construção do conhecimento
implícito, o qual, certamente, os leitores deste livro irão adquirir.
Os autores fazem uma viagem ao passado da teoria econômica, quando
ainda não era tida como ciência, não somente para relatar a história, mas,
principalmente, com o objetivo de compreender os princípios que delinearam
o funcionamento da economia contemporânea, bem como as tendências das
economias do mundo globalizado que irão influenciar a vida cotidiana dos
países, empresas e cidadãos.
Tudo isso está semeado nas linhas a seguir, por meio das quais os auto-
res nos remetem a uma leitura fácil e agradável, capaz de cativar e projetar
para a construção do processo econômico e de suas inter-relações, visando
possibilitar a nós, leitores, o uso de conhecimentos adquiridos na aplicação
direta de situações-problema, envolvendo pessoas e/ou o mundo corporativo.
É nesse caminho que conseguimos identificar a razão e o sentido para
os acontecimentos econômicos, sociais e políticos do Brasil e do mundo, apli-
cando, sobretudo, uma visão crítica e consciente daquilo que acontece em
nosso dia a dia.
Portanto, a leitura desta obra irá desenvolver em seus leitores, indu-
bitavelmente, uma maneira mais consciente para analisar, entender e comen-
tar os acontecimentos econômicos, sociais e políticos da atualidade.
ISBN 978-85-53370-11-5
9 7885 53 3 7011 5