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Debate: A questão ambiental impõe limites ao crescimento

econômico no modelo capitalista.

Introdução (Antunes)
Vivemos atualmente em uma sociedade de consumo, onde cada vez mais produtos são
produzidos, adquiridos, descartados e substituídos em larga escala por outros de tecnologia
ainda maior. Esse processo cíclico de consumo é extremamente danoso ao meio ambiente,
uma vez que todo e qualquer produto, para sua produção, necessita em maior ou menor escala
de recursos naturais.

Agrega-se a isso o fato de que a capacidade natural da Terra de absorver os impactos


ambientais causados pela humanidade está próxima do seu limite. Já se sabe hoje em dia que
o planeta não suportaria o aparecimento de mais uma grande nação poluente, como China ou
Estados Unidos.

A partir disso surge a necessidade de se desenvolver formas ou modelos de produção


que não agreguem impactos ao meio ambiente, e que utilizem cada vez menos recursos
naturais.

1. Economia Linear (Antunes)


A economia linear é uma forma de organização da sociedade baseada na extração
crescente de recursos naturais, em que os produtos feitos a partir desses recursos são
utilizados até serem descartados como resíduos. Nessa forma de economia, a maximização do
valor dos produtos se dá pela maior quantidade de extração e produção.

A economia linear tem sido considerada uma forma de organização econômica inviável.
Isso porque, a longo prazo, os limites planetários terão chegado a um nível insustentável de
manutenção desse modelo.

1.1 Desvantagens da economia linear

● Limitação de suprimento
Em uma economia linear, a incerteza sobre a disponibilidade de recursos para a
manutenção do sistema é cada vez mais crescente, dadas a existência de limites planetários e
aumento da população.

● Volatilidade dos preços

A flutuação nos preços das commodities (produtos de base em estado bruto) aumenta
significativamente os preços médios. Isso não só causa problemas para os produtores e
compradores de matérias-primas, mas também aumenta os riscos no mercado, tornando os
investimentos no fornecimento de materiais menos atraentes. Isso pode garantir um aumento
de longo prazo nos preços das matérias-primas.

● Materiais críticos

Há uma série de indústrias que fazem uso extensivo de materiais críticos para sua
produção. Estas são a indústria metalúrgica, a indústria de computadores e eletrônicos, a
indústria de equipamentos elétricos e a indústria automotiva e de transporte.

A dependência de materiais críticos faz com que as empresas dependam de flutuações


nos preços dos materiais, não sendo capazes de fazer previsões, tornado-se, portanto, menos
competitivas do que os concorrentes menos dependentes de material.

2. Problemas ambientais no Brasil


2.1 Rompimento da Barragem de Brumadinhos

Em virtude da grande quantidade de rejeitos e da velocidade em que foram liberados, a


lama destruiu grande parte da vegetação local e causou a morte de diversas espécies de
animais. É importante salientar que a região abrigava uma grande área remanescente da Mata
Atlântica, um bioma com grande biodiversidade. Houve,portanto, uma enorme perda. De
acordo com o Instituto Estadual de Florestas (IEF) a área da vegetação impactada representa
147,38 hectares.Os rejeitos da mineração atingiram ainda o rio Paraopeba, que é um dos
afluentes do rio São Francisco. A grande quantidade de lama torna a água imprópria para o
consumo, além de reduzir a quantidade de oxigênio disponível, o que desencadeia grande
mortandade de animais e plantas aquáticas. Em relação ao rio São Francisco, a expectativa é
de que a lama seja diluída antes de atingi-lo.

2.2 Desmatamento e queimadas na Amazônia

Especialistas destacaram rapidamente a ligação entre o desmatamento e os incêndios,


devido à inexistência de uma estação seca severa deste ano. De acordo com a análise dos
especialistas, a estratégia de conversão de floresta em pastagem na Amazônia consiste em
cortar árvores da floresta tropical, esperar que a madeira seque e depois incendiá-la para
limpar completamente a terra e, com as cinzas, fertilizar o solo onde será plantado o capim
para pastagem — um processo que claramente ganhou peso científico com as descobertas do
MAAP.

2.3 Óleo no nordeste

Estão sendo tomadas providências para evitar o contato direto dos banhistas com
piche, que pode provocar irritações e processos alérgicos, especialmente na superfície da
mão , nos olhos e boca. A fim de preservar a vida e a saúde das pessoas, é importante não
tomar banho, pescar ou comer nas praias afetadas.

O espalhamento de óleo ameaça tartarugas, aves e o peixe-boi marinho, o mamífero


dos oceanos com maior risco de extinção no Brasil. Segundo especialistas, o petróleo cru pode
afetar a digestão dos animais e o desenvolvimento de algas para a cadeia alimentar dessas
espécies.

3. Os limites para o crescimento sustentável


O desenvolvimento sustentável é definido como a capacidade de manter o crescimento
econômico de um determinado território de forma a conservar os recursos naturais para que
eles sejam garantidos para as gerações futuras. A aplicação do desenvolvimento sustentável
não implica estacionar ou conter o processo de desenvolvimento dos diferentes territórios.
Falar em sustentabilidade implica fazer com que esse crescimento das nações não imponha
limites naturais para que ele ocorra no futuro.

O debate sobre a questão da sustentabilidade em todo mundo está diretamente ligado à


forma com que os diferentes países se desenvolveram. O chamado “mundo desenvolvido”,
formado pelo eixo do norte, é composto pelos lugares que primeiro se industrializaram e se
urbanizaram, instalando os paradigmas da modernidade em suas estruturas sociais. Por outro
lado, o grupo dos países periféricos, composto pelo eixo do sul, é de recente desenvolvimento
industrial ou ainda nem por esse processo passou.

Diante desse panorama, há duas necessidades principais a serem atendidas:

● Diminuir o elevado nível de consumo e a exploração dos recursos naturais


pelos países ricos, que é extremamente elevado;
● Garantir que os países pobres também se modernizam, mas sem atingir os
padrões de agressão ao meio natural promovidos pelas principais potências
econômicas do planeta.

Alguns estudos realizados tanto por instituições científicas quanto pela Organização das
Nações Unidas revelam que precisaríamos de vários planetas iguais à Terra em termos de
recursos naturais casos todos os países mantivessem o mesmo nível de consumo do mundo
desenvolvido. Outros dados apontam que o nosso planeta não aguentaria um nível econômico
equivalente a quatro países como os Estados Unidos, que são os que mais consomem e,
consequentemente, mais poluem e mais reduzem a oferta de bens naturais.

O que podemos dizer é que o sistema capitalista precisa, de certa forma, frear a busca
incessante pelo lucro sem a medição das consequências, em que países são sempre
pressionados a manterem superávit e crescimentos de seus Produtos Internos Brutos.

4. Tamanho da população mundial (Marcela)


Um relatório publicado pela ONU revelou que a população do planeta só deve parar de crescer
por volta do ano de 2100, quando índices estarão bem diferentes em diversos países. Até lá, a
ONU estima que o mundo terá mais de 10,9 bilhões de pessoas, e fixa a população atual em
7,7 bilhões. As novas projeções populacionais indicam que, de agora até 2050, nove países
vão responder por mais da metade do crescimento estimado para a população global: Índia,
Nigéria, Paquistão, República Democrática do Congo, Etiópia, Tanzânia, Indonésia, Egito e
Estados Unidos (em ordem decrescente de aumento esperado). Por volta de 2027, estima-se
que a Índia vá superar a China como o país mais populoso do mundo.

O Brasil contará então com 17,9 milhões de habitantes. A maior parte do crescimento virá da
Índia e da Nigéria, que cessará eventualmente quando o número médio de filhos por mulher
também diminuir. Nesse aspecto, a taxa cairá de 4,5 filhos por mulher — número atual — para
2,1 na África Subsaariana. Nessa região, o relatório aponta que a expectativa média de vida
após os 65 anos ganhará mais 15 — uma meta antiga da ONU, igualar a média dos países
mais precários do mundo à média mundial observada entre 1990 e 1995.

A Austrália e a Nova Zelândia serão ainda mais destaque na longevidade, visto que é esperado
que as mulheres desses países atinjam a impressionante média de 90 anos. A expectativa de
vida ao nascimento para o mundo — que aumentou de 64,2 anos em 1990 para 72,6 anos em
2019 — deve aumentar ainda mais, para 77,1 anos em 2050. Embora um progresso
considerável tenha sido feito na superação das diferenças de longevidade entre os países,
lacunas amplas permanecem. Em 2019, a expectativa de vida ao nascimento nos países
menos desenvolvidos está 7,4 anos atrás da média global, o que se deve amplamente a níveis
persistentemente altos de mortalidade infantil e materna, bem como a violência, conflito e o
impacto contínuo da epidemia de HIV.

Até 2050, uma em cada seis pessoas no mundo terá mais de 65 anos (16%) — um aumento na
comparação com a taxa de uma em cada 11 (9%) em 2019. As regiões em que a parcela da
população com 65 anos ou mais deve dobrar entre 2019 e 2050 incluem o Norte da África e o
Oeste da Ásia, o Centro e o Sul da Ásia, o Leste e o Sudeste da Ásia e a América Latina e
Caribe. Até 2050, uma em cada quatro pessoas vivendo na Europa e América do Norte poderá
ter 65 anos ou mais.

Num planeta que abrigará mais de 10 bilhões de pessoas, cuidar dos recursos naturais é algo
que parece imprescindível, afinal eles não se multiplicarão como a população daqui para frente.

5. Pegada ecológica e bio capacidade


Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia a pressão
do consumo das populações humanas sobre os recursos naturais

Já a biocapacidade, representa a capacidade dos ecossistemas em produzir recursos


úteis e absorver os resíduos gerados pelo ser humano.

Sendo assim, a Pegada Ecológica contabiliza os recursos naturais biológicos


renováveis (grãos e vegetais, carne, peixes, madeira e fibras, energia renovável etc.),
segmentados em Agricultura, Pastagens, Florestas, Pesca, Área Construída e Energia e
Absorção de Dióxido de Carbono (CO2).
Dados mais recentes demonstram que estamos utilizando cerca de 50% a mais do que
o que temos disponível em recursos naturais, ou seja, precisamos de um planeta e meio para
sustentar nosso estilo de vida atual. Podemos dizer que esta é uma forma irracional de
exploração da natureza, que gera o esgotamento do capital natural mais rápido do que sua
capacidade de renovação. Esta situação não pode perdurar, pois, desta forma, enfrentaremos
em breve uma profunda crise socioambiental e uma disputa por recursos.

Projeções para o ano de 2050 apontam que, se continuarmos com este padrão,
necessitamos de mais de dois planetas para mantermos nosso consumo. É necessário um
esforço mundial para reverter essa tendência, fazendo com que passemos a viver dentro da
biocapacidade planetária.

Outro grave efeito da excessiva exploração da natureza é a perda acelerada da


biodiversidade, ou seja, o desaparecimento ou declínio do número de populações de espécies
de plantas e animais.

6. Soluções (João)

6.1 Crescimento não linear

“Cada vez mais se ouve falar em economia circular, cujo objetivo é romper com a lógica
do atual modelo, a economia linear. Pode-nos explicar melhor esta transição?”

Edwin Zaccai, Professor da Universidade Livre de Bruxelas (ULB) e diretor do Centro


de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável, responde:

A economia circular pode, efetivamente, ser definida como o modelo contrário da


economia linear.

Numa economia clássica – ou linear-, produzimos, consumimos e depois eliminamos.


Enquanto, numa economia circular, a ideia é no final do processo reciclar os produtos ou parte
deles e recolocá-los no mercado.

Na verdade, o modelo de economia circular tem vindo a ser usado ao longo dos últimos
anos, mas sem uma nomenclatura oficial. Economia circular é uma expressão relativamente
nova, embora sempre tenha havido sistemas de reciclagem.
Algumas normas implementadas provaram ser um sucesso, como a reciclagem de
embalagens por fabricantes ou a reciclagem de eletrodomésticos e de aparelhos eletrônicos
em determinados sectores. E todas estas mudanças estão a na direção certa.

Quando compra um computador ou um produto eletrônico, paga um pequeno custo


adicional para reciclar o mesmo. É para isso que serve essa contribuição. É uma ajuda para
que a indústria se torne cada vez mais sustentável e desperdice menos.

Portanto, a ideia é fortalecer essa circularidade para poupar recursos e tentar também
ter benefícios econômicos.

6.2 Tecnologia limpa

(João)

O conceito de Tecnologia Limpa pode ser entendido como sendo um conjunto de


soluções que viabilizem novos modelos de se pensar e de se usar os recursos naturais.

De maneira prática, as tecnologias limpas são novos processos industriais ou


alterações realizadas em processos já existentes, sempre com o objetivo de que o consumo de
matérias-primas, o consumo energético, os impactos ambientais e o desperdício sejam sempre
minimizados ou mesmo zerados.

Obviamente que a evolução de tecnologias limpas não tem como interesse a diminuição
do desenvolvimento econômico. Muito pelo contrário, o intuito é suprir de forma consciente e
sustentável a necessidade de serviços, bens e produtos da sociedade atual.

Além disso, os modelos de produções que são baseados em tecnologias limpas têm
sempre como intuito a reciclagem total dos resíduos gerados no processo produtivo, assim
como o objetivo claro de não gerar emissões e resíduos.

Energia eólica, solar, biomassa, maremotriz, biocombustível, entre outras, são


exemplos pilares dessa ecotecnologia na área de produção energética. Essas tecnologias
limpas não se esgotam, mesmo com o uso constante, são infinitas, ao contrário do petróleo e
carvão, por exemplo, que são recursos finitos na natureza.

A tecnologia limpa faz parte do conceito de sustentabilidade para que possamos viver
bem, com conforto, mas respeitando o meio ambiente.

Sua adoção é importantíssima para alcançar o desenvolvimento sustentável e é


incentivada por governos e ONGs. Por ser algo relativamente novo para muitos empresários e
por requerer um custo de investimento inicial que possa não parecer monetariamente vantajoso
em curto prazo, a sua implementação caminha devagar, a passos lentos.

Porém, é possível utilizar algumas tecnologias limpas de maneira bem simples,


trazendo economia no bolso da população e nos custos empresariais. Veja quais são as quatro
principais tecnologias limpas atualmente:

Painéis solares – Relativamente complexo no início (compra de equipamentos e


instalação), em pouco tempo é possível recuperar todo o dinheiro investido e depois aproveitar
uma conta de energia elétrica baixíssima. Existe uma variedade de opções de instalações de
painéis solares em casas, estabelecimentos comerciais e até em indústrias.

Reaproveitamento da água da chuva, torneiras e chuveiros – Requer uma mudança


nos encanamentos do imóvel, porém é responsável por grande economia de água. A água
reaproveitada é direcionada para descargas e torneiras de pia e jardim.
Biocombustíveis – A simples mudança de gasolina para etanol já é um grande avanço
para a melhoria do ar e diminuição de poluição. São renováveis, infinitos e menos prejudiciais.

Luzes de LED – A simples mudança para luzes, painéis e tecnologias LED provoca a
diminuição de energia, além de serem produtos com uma vida útil muito mais longa em
comparação com luzes incandescentes. A LED utiliza 10 vezes menos energia, economizando
até 90% no valor da conta de luz.

O desenvolvimento e a adoção de tecnologias limpas é parte essencial na busca pelo


desenvolvimento sustentável.

7. O que é Consumo Compartilhado? (Jimenez)


Há algum tempo estamos vivenciando a escassez de água em algumas cidades no
Brasil e isto nos deixa cara a cara com a questão da finitude dos recursos naturais.

Quando se fala em economia não se trata apenas de recursos financeiros, mas este
conceito se aplica à administração dos recursos naturais (que não podem ser fabricados), uma
vez que estão começando a faltar.

O Consumo compartilhado também conhecido como Consumo colaborativo é uma nova


prática comercial que proporciona o acesso a bens e/ou serviços sem que haja a aquisição de
um novo produto através de troca monetária entre as partes. Compartilhar, emprestar, alugar e
trocar substitui o verbo comprar no consumo compartilhado.

A ideia existente por trás do consumo compartilha é uma nova tendência do século XXI:
decorrentes do surgimento da internet e do crescimento das redes sociais.

Nunca houve tamanha necessidade de preocupação com o meio ambiente e


valorização de hábitos mais sustentáveis devido às recentes crises econômicas de impacto
global.

Com o desenvolvimento de novas tecnologias, a noção de posse perde sentido diante


da conveniência do acesso. Nosso ambiente está em mudança frequente! Então, as
informações e os produtos se tornam antiquados/inúteis muito rápido. A antiga ideia de possuir
algo não se mostra mais tão vantajosa.

7.1 Obter o que deseja (Jimenez)


Ter acesso ao que se deseja apenas durante o tempo que for necessário é uma atitude
mais dinâmica do que estabelecer compromissos e arcar com as responsabilidades a longo
prazo que a posse acarreta. Esse tipo de consumo baseado no compartilhamento agrega valor
à experiência em detrimento apenas do ter.

No consumo compartilhado o intuito é a busca de experiências e não somente objetos


de compra, os consumidores estão mais voltados à satisfação de sua necessidade e ao real
objetivo que uma troca comercial possui. E não como a compra como algo que possui bem
estar, como a mídia nos apresenta: “Você deve comprar pra ser feliz! Não importa se você usa
determinado produto ou não!”.

No consumo compartilhado, a estrutura de oferta e demanda não é rígida e limitada


como na compra tradicional: não há moeda fixa, nem posse única ou total de um objeto. A
prática comercial no consumo colaborativo/compartilhado é uma interação entre partes
interessadas em ter acesso ao que o outro oferece.

Toda esta configuração se mostra compatível com as relações que estabelecemos na


internet, em uma comunicação que não é mais frontal, mas na qual ocorre produção de
conteúdo de ambos os lados. Não há mais separação entre vendedor e comprador, mas sim
uma relação mútua entre partes.

7.2 Sustentabilidade (Jimenez)

Outra tendência atual é a preocupação com o meio ambiente e a preferência por


atitudes mais sustentáveis, que atendam às necessidades dos consumidores sem causar tanto
impacto na natureza.

Por meio do consumo colaborativo, tem-se acesso a uma maior gama de produtos sem
que haja necessidade de aumentar a produção dos mesmos; eles são compartilhados,
reutilizados, pertencem a uma coletividade e não apenas a um indivíduo.

A princípio, pode parecer que o consumo compartilhado acarreta uma desvalorização


do dinheiro, mas isso não é necessariamente verdade.

O aluguel de diferentes tipos de bens e serviços já se constitui em oportunidades de


negócios milionárias, principalmente no mercado norte-americano.
7.3 Benefícios proporcionados (Jimenez)

O consumo compartilhado não traz apenas ganhos à economia, mas acaba sendo
responsável por mudanças na condução dos negócios e posicionamento das empresas.

Neste novo contexto, o marketing não está mais focado no produto, mas no que ele
representa para o consumidor e em quais experiências ele pode proporcionar.

Conclusão (Jimenez)
A postura da sociedade é quase tão importante quanto à dos setores econômicos. A
população deve assumir uma conduta ética de consumo, de forma a estimular a
sustentabilidade e deixar para trás o pensamento de “quanto mais, melhor”, adotando a lógica
do “isso me basta”.

Dessa forma, o consumidor sustentável deve ser mais fiel à sustentabilidade do que ao
consumo. A população já está mudando o seu modo de pensar sobre a relação empresarial
com o meio ambiente e sobre a sua própria responsabilidade quanto ao consumo.

Empresas inteligentes podem tirar vantagens sobre isso. Investir na sustentabilidade


pode ser visto como inovação e aumentar a competitividade no mercado. Unir a estratégia
econômica com a de responsabilidade social pode estimular os consumidores a também
investirem em produtos sustentáveis.

É como todos sempre dizem: “Sempre sobra para o consumidor” ou “Tal aumento
sempre é repassado para o consumido”. Mas o que não falam, e que ainda por cima poucos
têm noção, é que o lado mais forte e mais importante do ciclo econômico é justamente o
consumidor. Se não houver consumo, não haverá produção muitos menos nenhum dos
processos necessários para que essa produção intercorra, por conta disso, a adoção de uma
postura ética de consumo é a chave para que consigamos transformar de forma mais rápida e
eficiente o sistema linear em sistema circular.

Referências
ALVES, Rodolfo. Desenvolvimento sustentável. Disponível em:
<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/desenvolvimento-sustentavel.htm>. Acesso
em: 23 out. 2019.
CRISTINA, Yara. O que é Consumo Compartilhado? Disponível em:
<http://www.resenhavirtual.com.br/blog/o-que-e-consumo-compartilhado/>. Acesso em: 22 out.
2019.

LEGNAIOLI, Stella. Economia linear: o que é e por que é preciso mudar. Disponível em:
<https://www.ecycle.com.br/7073-economia-linear.html>. Acesso em: 22 out. 2019.

LEONARD, Annie. The Story of Stuff. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?


v=7qFiGMSnNjw>. Acesso em: 22 out. 2019.

NAÇÕES UNIDAS. População Mundial deve chegar a 97 bilhões de pessoas em 2050.


Disponível em: <https://nacoesunidas.org/populacao-mundial-deve-chegar-a-97-bilhoes-de-
pessoas-em-2050-diz-relatorio-da-onu/>. Acesso em: 23 out. 2019.

PORTAL PENSAMENTO VERDE. A Economia e a Sustentabilidade Ambiental. Disponível


em: <https://www.pensamentoverde.com.br/economia-verde/a-economia-e-a-sustentabilidade-
ambiental/>. Acesso em: 22 out. 2019.

_____. Exemplos de tecnologia limpa. Disponível em:


<https://www.pensamentoverde.com.br/economia-verde/exemplos-de-tecnologia-limpa/>.
Acesso em: 22 out. 2019.

PORTAL WWF. Pegada Ecológica Global. Disponível em:


<https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/pegada_ecologica/pegada_ecologica_gl
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SILVA, Adir. Os Limites do Crescimento. Disponível em: <https://jornalggn.com.br/noticia/os-


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