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CONSUMO
INADIMPLÊNCIA
Domínio público
Uma das táticas usadas pelos cobradores para pressionar os
devedores é dar publicidade à cobrança. Seja ligando para a
casa do devedor e falando com qualquer pessoa que atenda
ao telefone, seja ligando para os vizinhos e colocando-os a
par da situação com a desculpa de que precisam dar um
recado, ou até mandando correspondência cujo envelope
denote tratar-se de cobrança.
"O débito é pessoal, portanto, a cobrança dá-se apenas entre
credor e devedor. Além disso, o cobrador não pode interferir
no trabalho, descanso ou lazer do consumidor", informa a
advogada Elisabete Joly Navega.
Por exemplo, infringem a lei listas em corredores de escolas
particulares com nomes dos alunos inadimplentes, assim
como o quadro no caixa da padaria expondo os cheques sem
fundos.
Também atenta contra a lei o envelope que estampa a
expressão "cobrança" ou "aviso de registro no SPC/Serasa".
Ameaças, afirmações falsas ou enganosas do tipo "se não
pagar, vai preso" são inadmissíveis.
Visitar ou telefonar com insistência para o trabalho do
devedor, levando inclusive o problema ao conhecimento do
seu superior -há quem perdeu o emprego por causa disso- ,
nem pensar.
"A técnica utilizada visa primeiro desestabilizar
emocionalmente o devedor. Depois, quando ele, fragilizado,
tenta encontrar uma solução, as empresas de cobrança dão o
"bote'", diz Piton.
Nessa segunda fase, segundo o presidente da Andif, o
cobrador tem outro perfil: é mais cordial. E induz a pessoa a
fechar um acordo, quase sempre cobrando encargos e
acréscimos indevidos.
O consumidor pode pedir indenização por danos morais
decorrentes da humilhação causada pela cobrança abusiva. O
valor será livremente arbitrado pelo juiz. Se houver dano
financeiro, como a perda do emprego, cabe também
indenização por danos materiais.
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