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Curso de Direito.
Itajubá-MG
2020
Ana Laura Silva Amaral
Ana Paula Paulino
Guilherme Plácido Corrêa
Patrik Bryan Anselmo
Tulio Daniel Floriano
William Fernandes
Itajubá-MG
2020
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TÍTULO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
1.ABSTRACT
Damage action infects civil code articles,it determines restrictions on the
exercise of the right to property that are done in the private interest by establishing
limits within which the owners can act without prejudice to their neighbors. The
legislation therefore protects the owner or the owner of a property against what is
known for infectious damage,of the infected is the presumed possible damage that is
about to happen soon is the possible and imminent damage that points to the risk of
damage and has as a practical example,the creation of animals in a small area such
as apartments with,the creation of animals in a small area such as apartments
with,where the animal is stressed that it is natural to start barking all the time,
because the owners due to busy life do not have time to walk with the animal, even
the lack of hygiene of the apartment owner himself who did not do the necessary
cleaning,even the lack of hygiene of the apartment owner himself who did not do the
necessary cleaning,it turns out that the odor reaches the neighboring apartments,
causing discomfort between both.
2.. RESUMO
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que não fazer devida limpeza necessária, acaba que o odor chega aos
apartamentos vizinhos, ocasionando mal estar entre ambos.
3. INTRODUÇÃO
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exalações fétidas, a poluição de águas pelo lançamento de resíduos, a presença de
substâncias putrescíveis ou de águas estagnadas e o funcionamento de estábulos
ou de matadouros.
4. DESENVOLVIMENTO
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que deve ser observada para a configuração do exercício regular do direito de
propriedade ou não. Ilustrando, em havendo excesso de barulho decorrente de um
prédio vizinho, o possuidor ou proprietário pode tomar as medidas necessárias
para a sua cessação.
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Posta a situação dos fatos, passamos a examinar e a emitir a nossa opinião
jurídica, amparada em fundamentos Constitucionais e infraconstitucionais, que, ao
nosso ver, é o que responde ao questionamento suscitado por essa Associação
ambientalista. § A proteção constitucional dos animais.
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Afinal, prevê o art. 3º, do Decreto Federal de 10.07.34, editado no Governo
de Getúlio Vargas, que:
Dessa forma, vale ressaltar que a Constituição Federal nos seus artigos 5º e
170ºcitam,
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Desse modo, segundo o Art.5°, XXII e Art.170, II “assegura-se ao cidadão o
direito da propriedade”, sendo assim, assegura-se o direito de ter animais de
estimação em suas casas ou apartamentos, desde que os animais não causem
riscos à saúde e à segurança dos demais moradores, visitantes e funcionários.
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Uma das principais reclamações com relação a animais de estimação em
condomínio é o latido, pois, alguns cachorros latem muito mais alto do que os
outros, principalmente quando estão sozinhos. Outro fator que pode incomodar são
as unhas do cachorro, se elas estiverem muito compridas vão fazer barulho no
apartamento de baixo, como também, o animal pode chegar até mesmo a arranhar a
porta, causando ruídos irritantes e incomodando outras pessoas com mais
facilidade. Outra questão importante a ser ressaltada é sobre o mau cheiro, se não
houver a higienização correta dos dejetos do animal, além do odor, pode ocorrer
outras consequências, como a transmissão de doenças. A falta de higiene no interior
das unidades habitacionais do condômino pode atrair insetos e doenças. Ao mesmo
tempo, há risco para o bem-estar do próprio animal, o que pode ser considerado
abuso e maus-tratos pela Lei de Crimes Ambientais (artigo 32). Ademais, animais
que ficam fechados por um longo período de tempo podem adquirir um alto nível de
estresse levando-os a se tornarem mais agressivos.
Quando o dono do animal não cumpre com seus deveres, cabe a ação do
dano infecto que tem cabimento naquelas situações em que o proprietário ou
possuidor de um imóvel esteja sofrendo, ou tenha justo receio de sofrer, dano ou
prejuízo pelo uso nocivo de: barulho excessivo, desordem, criação de animais, ruína
etc, de prédio vizinho. A ação de dano infecto tem como pressuposto os artigos 1227
e 1280 do Código civil. O artigo 1227 diz “o proprietário ou o possuidor de um prédio
tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego
e à saúde dos que habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha.
O dano infecto é iminente, ou seja, ainda não ocorreu, mas está prestes a
acontecer, e por isso a lei irá fornecer ao proprietário ou possuidor a possibilidade de
exigir uma caução de garantia caso esse dano venha a se concretizar. Nesse
sentido dispõe o art. 1280 do Código Civil: art.1280. O proprietário ou o possuidor
tem direito a exigir do dono do prédio vizinho a demolição, ou a reparação deste,
quando ameace ruína, bem como que lhe preste caução pelo dano iminente. Dessa
forma, a caução mencionada anterior constitui uma da grandes vantagens que a
ação de dano infecto pode oferecer, segundo Venosa (2012,v.V, p. 301) “ Na caução
de dano infecto, aquele que teme a ruína ou prejuízo em sua propriedade pede
garantia a futura reparação”, isto é, a referida medida constitui um importante
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instrumento de proteção a pessoa que possa vir sofrer o dano. Ainda que alguns
danos já tiveram ocorrido, essa ação ainda pode ser utilizada devido a possibilidade
que novos danos venham a ocorrer. Dessa forma, fica evidente que o autor poderá
recorrer à justiça para que se tenha a efetivação do seu direito ao sossego.
Para que o condômino possa estar com seu animal de estimação e não
ocasionar problemas com seu vizinho é importante: manter o animal sempre limpo,
bem cuidado, com a pelagem em ordem, odor agradável, livre de pulgas e com a
vacinação em dia, principalmente por questões de saúde, como também, sempre
que o animal fizer os seus dejetos recolher a sujeira, para evitar o mau cheiro e
doenças transmissíveis. Por isso é importante que o dono determine um espaço
para que o cachorro faça suas necessidades, para isso, pode-se utilizar jornais,
tapetes sintéticos laváveis ou tapetes higiênicos descartáveis, por exemplo.
Ademais, quando frequente o ruído das unhas do animal em contato com o piso,
nesse caso, a solução é manter as unhas aparadas ou cobrir o piso com tapete. Por
fim, zelar para preservar o equilíbrio mental do animal. Para tanto, proporcionando a
ele exercícios e distrações para que o animal possa se exercitar, gastar suas
energias e não ficar estressado.
A grande situação que estamos vivendo nos últimos dias por causa do novo
corona vírus (COVID 19), tem feito que a grande maioria da população fique dentro
de suas residências para que haja mais controle do vírus e menos mortes,
entretanto, os cães desses moradores também sofrem com essas mudanças, pois,
estando dentro de casa ficam mais agitados e inquietos, latindo demais quando seus
donos não estão e aranhando as portas.
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Diante disso, os animais de estimação, principalmente os cães, começam a
latir mais ou já são assim, tirando o sossego e descanso dos vizinhos daquele
condomínio. Além disso, outro fato que devemos ressaltar, seria que os eles podem
ter muita liberdade, e fazendo suas necessidades onde não devia, trazendo até
mesmo doenças e levando em consideração a higiene que os moradores gostariam
de manter. Além do que, quando se trata de um animal de grande porte os
moradores ficam com medo por exemplo de dividir o elevador, que este animal
escape e venha atacá-los repentinamente.
Friso que o animal não pode colocar em risco a saúde e a segurança dos
demais moradores e não pode tirar o sossego destes moradores. Então, o cão não
pode ficar latindo a noite inteira, por exemplo. Se for um animal bravo, deve circular
com focinheira nas áreas comuns. E, é claro, quando for circular com seu animal nas
áreas comuns, sempre levar um saquinho para recolher as necessidades.
Outrossim, o supremo tribunal de justiça – STJ decidiu que não se pode proibir.
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Por isto, o STJ deixou claro em sua decisão que a convenção do condomínio
não pode proibir irrestritamente animais, mas pode impor limites, observando o que
determina o Código Civil em seu art. 1336, e a Lei 4591/64 em seu art. 19.
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A ação de dano infecto tem cabimento naquelas situações em que o
proprietário ou possuidor de um imóvel esteja sofrendo, ou tenha justo receio de
sofrer, dano ou prejuízo pelo uso nocivo de: – barulho excessivo – desordem –
criação de animais – armazenagem de produtos perigosos, como inflamáveis e
explosivos – exalações fétidas – entre outros, ou ruína, de prédio vizinho.
A ação de dano infecto tem destaca-se que o receio deve ser real, e não
baseado em um temor infundado.
Portanto, diante dos fatos narrados nesse problema social de dano infecto,
principalmente em condomínio, e anda mais agora em tempos de pandemia,
acredito que se deve haver maior consciência e bom senso dos donos dos animais.
Além disso a criação de leis especificas para tal problema ou então rigor do Estado
nas que já estão em vigor em nosso país, pois temos os nossos direitos expressos
na constituição e nos códigos etc.
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Privado, Rel. Pedro Baccarat, 24.08.2006, v.u., Voto
1.465). O art. 1.277 do CC/2002 acaba por trazer, na
sua essência, uma preocupação com a proteção
ambiental, nos termos do que consta o art. 225 da
Constituição Federal. Nesse sentido, preconiza o
Enunciado n. 319 do CJF/STJ, aprovado na IV Jornada
de Direito Civil, que “A condução e a solução das
causas envolvendo conflitos de vizinhança devem
guardar estreita sintonia com os princípios
constitucionais da intimidade, da inviolabilidade da
vida privada e da proteção do meio ambiente”. A
proteção é mais ampla do que se imagina, pois nos
termos do art. 21 do CC/2002 e do art. 5.º, X, da
Constituição, a vida privada e a intimidade também
merecem amparo nas questões de vizinhança. ”
Ainda que não haja lei estabelecendo limite quantitativo para a manutenção
de animais em residência, a liberdade não é ilimitada, sofrendo restrições
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decorrentes do exercício do direito de vizinhança (servidões legais), especialmente
pelo uso anormal da propriedade.
Na sentença, o juiz citou o artigo 1.277, caput, do Código Civil, e afirmou que,
"sempre que houver uma interferência prejudicial que atinja a segurança, o sossego
e a saúde, decorrente do uso anormal da propriedade, nasce o direito do vizinho de
reclamar do outro que cesse a conduta". "A lei não exige culpa nem dolo, bastando o
uso nocivo do direito de propriedade", completou.
"No caso dos autos, a ré, embora exerça louvável atividade, fê-lo em local
inadequado, na medida em que recolheu e cuidou dos animais em rua estritamente
residencial. Se a ré adquiriu o imóvel para essa finalidade, deveria ter adquirido em
local afastado, onde os latidos, miados e odores não prejudicassem quem está ao
seu redor", disse o magistrado.
Helaehil também citou fotos anexadas aos autos que indicam que a ré teria
pelo menos 15 cachorros soltos no quintal, além do depoimento da própria mulher,
que admitiu a presença de 12 cães e 17 gatos: "Por melhores que sejam os
cuidados empregados pela ré para manter todos em boas condições de saúde e
higiene, é inverossímil que tantos cães e gatos juntos não façam barulho excessivo
ou produzam odores que não possam ser notados pelos vizinhos".
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isso, ele limitou em até cinco animais, somando cachorros e gatos. E negou o
pedido de indenização por danos morais por considerar que a ré somente exerceu
uma atividade para o bem-estar dos animais.
5. CONCLUSÃO
Portanto, a partir do artigo conclui-se que, ação de dano infecto tem por
escopo a proteção dos direitos de vizinhança, impondo limites ao exercício do direito
de propriedade, coibindo a prática de atos que ofereçam riscos à saúde e à
segurança das pessoas, ou ao seu patrimônio. Dessa forma, o artigo possui enfoque
principalmente quando se trata da importância da ação do dano infecto naquelas
situações em que o proprietário ou possuidor do imóvel esteja sofrendo ou tenha
justo receio de vir a sofrer dano ou prejuízo causado pelo barulho excessivo de
animais de estimação, no qual, o vizinho que está sendo prejudicado busca no
Judiciário a retomada de seu sossego em face do barulho alheio.
Ademais, viu-se que o proprietário do animal tem seu direito resguardado pela
Constituição em seu art. 5, inciso XXII e no art. 170, inciso II, que asseguram ao
cidadão o direito de propriedade. Desse modo, é notório que, o cidadão tem direito
de usufruir de sua propriedade com gozo e isso inclui ter animais de estimação em
casa, como também, a propriedade se torna um elemento capaz de fazer com que o
homem se sinta realizado e, havendo assim, a perpetuação da dignidade humana.
Outrossim, não podendo nenhuma convenção de condomínio proibir a permanência
de animais no interior do local, pois estaria violando o direito de propriedade que é
permitido pela Constituição e, sendo ela a lei maior de um País nenhuma outra lei
pode ser contrária a ela.
Entretanto, há o direito da outra parte, que não poderá sofrer prejuízos ao seu
direito ao sossego, à salubridade e à segurança e isso se encontra explícito pela
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ação do dano infecto que tem como pressuposto o artigo 1277 do Código Civil, que
diz “ pode o proprietário ou possuidor de algum prédio fazer cessar as interferências
prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde, dos que habitam, provocados pela
propriedade vizinha. ”
Dessa forma, fica evidente que é possível ter animais de estimação em casa,
desde que, haja um respeito recíproco entre o proprietário do animal e os vizinhos,
uma vez que, para que se garanta a paz entre a convivência social, é imprescindível
manter o animal sempre limpo, com a pelagem em ordem, com odor agradável, com
a vacinação em dia, por questões de saúde, como também, manter sempre limpo o
local onde o animal se encontra, desse modo, evitando a propagação de doenças.
Outrossim, zelar para preservar o equilíbrio mental do animal, proporcionando a ele
exercícios e distrações. Além disso, vale ressaltar que é imprescindível que o animal
tenha sempre os devidos cuidados, uma vez que, se houver maus tratos por parte
do dono isso lhe caberá sanções e isso está respaldado pela lei n° 9.605 de 12 de
fevereiro de 1998.
Por fim, é notório que as duas partes têm seus direitos resguardados pela lei,
desse modo, quando se trata do direito de vizinhança a lei impõe alguns requisitos
que já foram citados acima e que necessitam ser respeitados para que a convivência
social seja possível e para que o direito de cada indivíduo seja respeitado. Em suma,
vimos que é possível resolver os conflitos, o melhor caminho é a solução amigável,
obtida com diálogo, bom senso, solidariedade e boa-fé e assim, garantindo que o
convívio social seja algo possível.
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