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PARTE 2 - APS

A partir do texto abaixo, elabore um texto de opinião, de


aproximadamente 15 linhas, em que você deverá expressar a sua opinião
sobre o tema:

“Covid 19 e comprometimento social”

TEXTO 1

Somos todos responsáveis


População depende do comprometimento de cada um com posturas
conhecidas que levam à contenção da epidemia

Editorial
23/03/2020 - 00:00 / Atualizado em 23/03/2020 - 07:47

A epidemia mundial de coronavírus lembra pestes na Idade Média, pandemias

também de doenças respiratórias como a Gripe Espanhola, em 1917/18, e a Sars,

mais recente, há 17 anos. Mas nunca houve nada igual, pela velocidade com que o

vírus se espalha pelo planeta, representando grave perigo para as populações.

Identificado na cidade chinesa de Wuhan, no fim do ano passado, e depois de se

espalhar pela Ásia, contaminar a Europa e entrar nas Américas, o coronavírus

passou a ser uma das maiores ameaças na História à ordem econômica, social e

política. Mesmo que fosse possível sociedades não serem contaminadas, elas

seriam atingidas, porque é impossível saírem ilesas de uma recessão mundial como

a que está em gestação avançada.


O Brasil, um dos dez maiores PIBs do mundo, sofrerá danos severos. Pelo

tamanho da crise que se aproxima e devido às características da epidemia, a

questão não é só do governo, do Congresso, dos poderes republicanos. É de

responsabilidade de todos. A superação dos grandes e múltiplos problemas que aí

estão — na saúde, na economia, no campo social e, por consequência, na política

—, e que se agravarão, precisará de uma mobilização e engajamento da sociedade

talvez nunca vistos. Não se trata de uma causa política, ideológica. Mas de

sobrevivência, em sentido amplo.

A responsabilidade pelo sucesso ou fracasso será de todos. Na entrevista


coletiva do Ministério da Saúde concedida no sábado, o secretário-executivo da
pasta, João Gabbardo, pediu à população para não esperar o poder público para
tomar atitudes. Disse, acertadamente, que como a imprensa há dias dá total
prioridade ao noticiário do coronavírus, com repetidas informações práticas de como
todos precisam se comportar, cada um deve saber a sua parte. É essencial se
recolher, para evitar a retransmissão de um vírus veloz.

Neste sentido, foi frustrante, deseducativo e despido de qualquer espírito de

cidadania, o carioca encher praias e bares no penúltimo fim de semana. Bem como

idosos, grupo vulnerável ao vírus, continuarem no calçadão de Copacabana e

praças, correndo risco de contrair a doença e ainda se transformar em uma

plataforma ambulante de contaminação. É descabido o prefeito Crivella pensar em

pedir ao Exército soldados para mandar pessoas de idade avançada para casa, por

ser um desatino converter militares em guardas de costume. Mas inconsequência de

idosos é inaceitável.

Pode ser que a falta de sol no fim de semana tenha ajudado a esvaziar as ruas.

A melhor hipótese é que esteja afinal aumentando a consciência da seriedade do


momento, à medida que o número de contaminados e mortos cresce. É necessário

entender que bastam alguns poucos irresponsáveis para muitos padecerem.

Os empresários são um elo estratégico na crise. São eles que empregam a

maior parte da força de trabalho e que, se nada for feito, serão obrigados a demitir

em massa, porque a recessão fará com que suas receitas desabem. Ou

desapareçam. A previsão para a economia americana é que a taxa de desemprego,

na faixa de 4%, das mais baixas de que se tem registro, dispare para 20%. No

Brasil, o índice se encontrava em janeiro em 11,2%. Estava em queda, vai subir

outra vez, não se sabe até onde.

Foi decretado pelo Congresso estado de calamidade pública, a pedido do

Planalto, para o governo não obedecer à meta fiscal. Não conseguiria mesmo. Com

as receitas em queda vertiginosa, as empresas precisam de dinheiro para pagar a

folha de salários. Os bancos públicos serão mobilizados. É possível que também

possam atrasar impostos.

Acionistas e executivos das empresas precisam também entender que são

parte do esforço coletivo de reconstrução para o bem de todos, pessoas físicas e


jurídicas. Empresas já recebem mais de R$ 300 bilhões anuais em incentivos, ou

4,5% do PIB, dinheiro do contribuinte. Para sobreviverem, como a sociedade deseja

e precisa, alguns novos bilhões do Erário terão de ser repassados para o seu caixa.

Será preciso muita seriedade de gestores e acionistas na administração desses

recursos. A prioridade tem de ser a manutenção do emprego. O restabelecimento de

margens de lucro pode ficar para depois. A questão social se torna grave junto com

a econômica, só que ela explode rapidamente nas ruas.

O chamamento à responsabilidade alcança os políticos. Muitos demonstram a

mesma inconsciência de tantos diante do maremoto que se aproxima do país. Ano


de eleições municipais, aspirantes a 2022 se agitam. Não causariam tantos danos se

não fossem o presidente da República e os governadores de São Paulo e Rio de

Janeiro, os dois maiores estados.

É louvável que João Doria e Wilson Witzel estejam ativos diante da crise e

procurem prestar contas diariamente por meio da imprensa. Mas enquanto

Bolsonaro e os dois governadores fazem guerra de decretos e medidas provisórias

para saber quem terá a primazia de fechar ou abrir portos, aeroportos e estradas —

a União é que deve tratar do assunto, por óbvio —, a situação exige a cooperação

entre todas as esferas do poder.

Disso depende um país. Antes da crise, entre trabalhadores sem carteira de

trabalho, trabalhadores domésticos e autônomos eram 46,8 milhões. Há ainda

milhões que estão no mercado formal e que podem perder o emprego com a crise e

aumentar a população deste Brasil pobre, a depender do entendimento entre os

brasileiros.

Ainda, não deixe de observar algumas normas técnicas para a realização


de seu trabalho.

São elas:

I) FORMATO

O formato é a formatação geral de apresentação do trabalho acadêmico, e

geralmente segue as normas abaixo:

• Margens: 3cm superior à esquerda, 2 cm inferior à direita.

• Fonte: Arial ou Times


• Cor da fonte: preta em todo o trabalho

• Tamanho da fonte do corpo do texto: 12 pts

• Tamanho da fonte de 10pts para:

o Citações longas; o

Notas de rodapé; o

Legendas; o

Paginação;

• Espaçamento entre linhas 1,5 para todo corpo do texto e de 1,0 (simples) para:

o Citações diretas (mais de 3 linhas); o

Notas de rodapé;

II) CAPA DO TRABALHO

A capa do trabalho deverá ter, OBRIGATORIAMENTE, a seguinte

apresentação:

CENTRO UNIVERSITÁRIO
UNICARIOCA

TÍTULO DO TRABALHO

por:
NOME DO ALUNO TURMA DO ALUNO

Trabalho entregue ao Prof. Dr.


Ricardo Araujo F. Soares, na
disciplina Comunicação e Expressão

Rio de Janeiro
1º Semestre/2020

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