Você está na página 1de 266

Livro Eletrônico

Aula 00

Noções de Direito Administrativo p/ ANS - Técnico em Regulação

Professor: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

AULA 00: Organização administrativa da União;


Administração Direta e Indireta.

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO 2

2. CRONOGRAMA 5

3. INTRODUÇÃO À AULA 00 7
0
4. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA. 7
4.1 INTRODUÇÃO 7
4.2 DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO 10
4.3 ÓRGÃOS 18
4.3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS 24
4.4 PRINCÍPIOS 41

5. ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 45


5.1 AUTARQUIAS 48
5.2 FUNDAÇÕES PÚBLICAS 79
5.3 EMPRESAS PÚBLICAS 88
5.4 SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA 99
5.5 AGÊNCIAS REGULADORAS, AGÊNCIAS EXECUTIVAS E CONSÓRCIOS PÚBLICOS 120
5.5.1 AGÊNCIAS REGULADORAS 121
5.5.2 AGÊNCIAS EXECUTIVAS 127
5.5.3 CONSÓRCIOS PÚBLICOS 130

6. TERCEIRO SETOR 150


6.1 SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS (SISTEMA S) 152
6.2 ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (=OS): 155
6.3 ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (=OSCIP): 167
6.4 ENTIDADES DE APOIO: 178

7. RESUMO DA AULA 194

8. QUESTÕES 211

9. REFERÊNCIAS 2

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

1. Apresentação

Bem vindos ao curso de noções de Direito Administrativo,


preparatório para o concurso da ANS – Técnico em Regulação.
A banca organizadora do concurso é o FUNCAB e as provas serão
aplicadas dia 21 de Fevereiro de 2016.
Esse concurso é tão esperado pela expectativa para o número de
nomeados que está grande, sem contar que a remuneração do cargo de
Técnico em Regulação é simplesmente R$ 5.689,52, e isso é só o
começo.
Você deve estar pensando: Esse curso é suficiente para a minha
aprovação?
É sim! E vou explicar a razão.
O nosso material é super completo, pois possui vídeos e aulas
em pdf. Veja bem, são aulas em pdf e não apostilas.
Nessas aulas em pdf você vai ter todo o conteúdo cobrado em
seu edital, nada mais, nada menos. Assim, você não precisa ir até uma
livraria, ficar folheando sumários para ver se o livro que você quer
adquirir atende ao edital.
Ademais, o nosso pdf é cheio de questões comentadas da banca
do seu concurso e de concursos do mesmo estilo que a sua banca.
Assim, você não vai precisar procurar questões em sites de questões –
eu já fiz isso para você!
Outro elemento fundamental do nosso pdf para a sua aprovação
são os resumos ao final de cada aula.
Por fim, se você tiver dúvidas, você pode tirá-las em nosso
fórum!
Se você continua em dúvida, veja as avaliações que tivemos de
nossos alunos nos últimos cursos ministrados:

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Uma inovação que estou prestes a adotar é a disponibilização de


um número de whatsapp para que você tenha um meio mais direto de
tirar as dúvidas comigo. Isso deve ser implantando nos próximos dias!

Meu amigo tenha isso em mente: SE VOCÊ ESTUDAR, VOCÊ VAI


PASSAR E SE VOCÊ PASSAR, VOCÊ VAI SER CHAMADO!

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Hoje eu estou aqui desse lado, tentando passar o caminho das


pedras pra você, mas lembre-se de que eu já estive aí, onde você está
agora.
Segue um resumo do meu currículo pra você me conhecer
melhor:

Daniel Mesquita: Professor de Direito Administrativo no Estratégia


Concursos desde o início do site. Procurador do Distrito Federal.
Bacharel em Direito pela Universidade de Brasília – UnB. Mestre em
"Constituição e Sociedade” pelo Instituto Brasiliense de Direito Público -
IDP. Pós-graduado em direito público. Pós-graduando em Direito
Societário pelo INSPER. Coautor do livro Direito Administrativo da Série
Advocacia Pública, da editora Método. Coautor do livro Direito
Administrativo 4001 questões comentadas, Ed. Método. Coautor do
livro Direito Constitucional 4001 questões comentadas, Ed. Método.
Artigo no livro Licitações, Contratos e Convênios Administrativos, Ed.
Fórum, ano 2013, n.1, jan. 2013. Professor de Direito Administrativo,
Ética no Serviço Público e de Estatuto da OAB. Ex-Procurador Federal.
Ex-Presidente da Associação dos Procuradores do Distrito Federal,
biênio 2010/2012. Ex-Analista Judiciário do Tribunal Superior Eleitoral.
Ex-Técnico judiciário no Superior Tribunal de Justiça. Foi examinador
de direito administrativo em diversas bancas de concurso publico,
dentre elas, as de ingresso nas carreiras da AGU, da administração
pública federal, na OAB, no Ministério Público e no Poder Judiciário.
Aprovações em concurso público: Técnico do Superior Tribunal de
Justiça; Analista do Tribunal Superior Eleitoral; Procurador
Federal/AGU; Procurador do Distrito Federal.

Veja que já fui aprovado em vários concursos e que já fui,


inclusive, examinador de bancas de concurso.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Mas nem tudo na vida são louros. Na minha fase de concursando


obtive também derrotas e reprovações. Desanimei por algumas vezes,
mas continuei firme em meu objetivo, pois só não passa em concurso
quem pára de estudar!
Espero que a minha experiência possa ajudá-lo no estudo do
direito administrativo.
Vamos tomar cuidado com os erros mais comuns, aprofundar
nos conteúdos mais recorrentes e dar a matéria na medida certa, assim
como um bom médico prescreve um medicamento.
Para que esse medicamento seja suficiente, ele deve atacar
todos os sintomas e, ao mesmo tempo, deve ser eficiente contra o foco
da doença. Isso quer dizer que não podemos deixar nenhum ponto do
edital para trás.
Todos esses instrumentos você terá a sua disposição para
encarar a batalha.

2. Cronograma

Abaixo, segue o conteúdo do nosso curso bem como o


cronograma:

DISPONÍVEL CONTEÚDO

Noções de organização administrativa.


Disponível em 29/11/2015 Administração direta e indireta, centralizada e
descentralizada.

Aula 01 Ato administrativo: conceito, requisitos, atributos,


Disponível em 01/12/2015 classificação e espécies.

Poderes administrativos. Hierárquico, disciplinar,


Aula 02
regulamentar e de polícia. Uso e abuso do
Disponível
poder.

Aula 03 Controle e responsabilização da administração.


Disponível em 30/11/2015 Controles administrativo, judicial e legislativo.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

DISPONÍVEL CONTEÚDO

Aula 04
Responsabilidade civil do Estado.
Disponível em 30/11/2015

Aula 05 Agentes públicos. Espécies e classificação.


Disponível em 01/12/2015 Cargo, emprego e função públicos.

Lei nº 8.112/1990 e suas alterações (Regime


Aula 06 Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União,
Disponível em 04/12/2015 das Autarquias e das Fundações Federais).
Parte I: provimento

Lei nº 8.112/1990 e suas alterações (Regime


Aula 07 Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União,
Disponível em 07/12/2015 das Autarquias e das Fundações Federais).
Parte II: direitos.

Lei nº 8.112/1990 e suas alterações (Regime


Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União,
Aula 08
das Autarquias e das Fundações Federais).
Disponível em 07/12/2015
Parte III: deveres e processo administrativo
disciplinar.

Noções de licitação pública: Lei nº 8.666/1993 -


Aula 09 Lei de Licitações e Contratos da Administração
Disponível em 09/12/2015 Pública. Modalidades, dispensa e inexigibilidade.
Parte I

Noções de licitação pública: Lei nº 8.666/1993 -


Aula 10 Lei de Licitações e Contratos da Administração
Disponível em 11/12/2015 Pública. Modalidades, dispensa e inexigibilidade.
Parte II

Noções de licitação pública: Lei nº 8.666/1993 -


Aula 11 Lei de Licitações e Contratos da Administração
Disponível em 14/12/2015 Pública. Parte III (Contratos e compras) +
Convênios e termos similares.

Aula 12 Lei nº 10.520/2002 – Lei do Pregão. Decreto nº


Disponível em 18/12/2015 5.450/2005 (Pregão Eletrônico)

IN MPOG/SLTI 04/2010 (Redação dada pela


Aula 13
Instrução Normativa N° 2, de 12 de janeiro de
Disponível em 21/12/2015
2015)

IN MPOG/SLTI 02/2008 e suas alterações,


Aula 14 Decreto nº 2.271/1997 (Contratação de serviços
Disponível em 23/12/2015 pela Administração Pública Federal direta,
autárquica e fundacional).

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

3. Introdução à aula 00

Bem vindos à nossa aula 00 do curso de Direito Administrativo


para ANS- Técnico em Regulação.
Nesta aula, abordaremos um dos pontos mais importantes de todo
edital: “Noções de organização administrativa. Administração direta e
indireta, centralizada e descentralizada. ”.
Num concurso como este, a matéria é muito extensa. Não há como
você ler a matéria hoje e apreender tudo até no dia da prova. Por isso,
programe-se para ler os resumos na semana que antecede a prova.
Lembre-se: o planejamento é fundamental.
Chega de papo, vamos à luta!

4. Administração Pública direta e indireta.

4.1 Introdução

Para Fernanda Marinela, administração é todo o aparelhamento do


Estado pré-ordenado à realização de serviços, visando à satisfação das
necessides coletivas. Conforme a competência dos órgãos e de seus
agentes, é o instrumental de que dispõe o Estado para colocar em
prática as opções políticas do Governo.
Em sentido amplo, na lição de Di Pietro (2009, p. 54), a
Administração Pública se subdivide em órgãos governamentais e órgãos
administrativos (sentido subjetivo) e função política e administrativa
(sentido objetivo).
Em sentido estrito, a Administração Pública é subdividida nas
pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem funções

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

administrativas (sentido subjetivo) e na atividade exercida por esses


entes (sentido objetivo).

Marinela destaca que é possível apontar dois


critérios para conceituar a Administração Pública:
a) Critério formal, orgânico ou subjetivo: vislumbra a
Administração Pública como o conjunto de órgãos, a estrutura
estatal. Nesse sentido, a expressão Administração Pública deve
ser grafada com as primeiras letras maiúsculas;
b) Critério material ou objetivo: a administração pública deve ser
entendida como a atividade administrativa exercida pelo Estado
ou, ainda, função administrativa. Nessa aplicação, a expressão
administração pública deve ser grafada com letras iniciais
minúsculas.
Nesta aula, estudaremos a Administração Pública em seu sentido
subjetivo, ou seja, quais institutos que movimentam a atividade
administrativa, qual a estruturação das pessoas, entidades e órgãos que
irão desempenhar as funções administrativas. Essa organização se dá
normalmente por leis e, excepcionalmente, por decreto e normas
inferiores. Afinal de contas, o que são órgãos? O que é uma autarquia?
Qual a diferença entre empresa pública e sociedade de economia mista?
Dos elementos que compõem o sentido subjetivo da Administração
Pública, só será excluído do objeto desta aula o estudo dos agentes
públicos.
Para estruturar a Administração Pública Federal e sistematizar as
pessoas jurídicas que a integram, foi introduzido o Decreto-Lei nº
200/67, que, apesar de inúmeras alterações legislativas posteriores,
continua em vigor, tendo sido recepcionado pela CF/88 como lei
ordinária.
O referido decreto-lei foi responsável pela divisão da Administração
Pública em Direta e Indireta (art. 4º):

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

1) Administração Direta: serviços integrados na estrutura


administrativa da Presidência da República e dos Ministérios;
2) Administração Indireta: compreende as seguintes entidades,
dotadas de personalidade jurídica própria – autarquias,
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações
públicas. Para o DL 200/67, somente 4 entidades compõem a
administração indireta.

Essa mesma organização prevista expressamente


para a ordem federal é observada para os demais âmbitos políticos
(esferas estaduais, municipais e distritais), que guardam com a
estrutura federal certo grau de simetria.
O estudo da Administração Púbica direta e indireta se inicia com a
seguinte pergunta: se o Estado brasileiro é um só, por que existem
vários órgãos, entes públicos e empresas na execução e no comando da
coisa pública?
Isso ocorre porque não há como um só órgão, por exemplo, a
Presidência da República, promover a execução de todos os contratos,
serviços públicos, atividades econômicas de interesse público existentes
no país, de norte a sul.
Quando a atividade administrativa é exercida pelo próprio Estado,
ou seja, pelos seus órgãos, denomina-se forma centralizada de
prestação dos serviços ou prestação direta. Nessa hipótese, a prestação
é feita pela própria Administração Direta, que é composta pelas pessoas
políticas: União, Municípios e DF. Entretanto, nem sempre é cabível
atuar de forma centralizada.
Para que seja possível executar bem as atividades inerentes ao
Estado, deve haver uma repartição de atribuições e a divisão de
competências entre os gestores. Já na Roma antiga se dizia: divide e
governa.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

4.2 Descentralização e desconcentração

A partir da necessidade de divisão do poder para uma maior


especialidade e eficiência na prestação dos serviços públicos,
encontramos duas palavras chaves e importantíssimas para o seu
concurso:

DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO

Vamos falar primeiro da

Descentralização

No tocante à descentralização, é importante, antes de mais nada,


fixar a distinção entre descentralização política e descentralização
administrativa.
Descentralização política ocorre sempre que pessoas jurídicas
de direito público concorram com competências políticas, com soberania
ou autonomia para legislar, ditar seus propósitos e governar, havendo
deslocamento e distribuição entre entes políticos, o que é feito pela
Constituição Federal.
NUNCA SE ESQUEÇA: DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA =
CAPACIDADE DE EDITAR LEIS (União, Estados, municípios e DF).
Descentralização administrativa (que é a que interessa para
nosso estudo) ocorre quando o ente político – União, Estados, DF ou
Municípios - desempenha algumas de suas funções por meio de outras
pessoas jurídicas. A descentralização pressupõe duas pessoas jurídicas
distintas: o Estado e a entidade que executará o serviço, por ter
recebido do Estado essa atribuição. Nessa situação, o que existe é a
criação de entes personalizados, com poder de autoadministração,
capacidade de gerir os próprios negócios, mas com obediência a leis e
regras impostas pelo ente central. Ou seja, uma autarquia, por
Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 256
Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

exemplo, faz parte da descentralização administrativa, por isso não é


capaz de editar leis.

Nada impede que ocorram, ao mesmo tempo, a


descentralização política e a administrativa. Obviamente, um Estado
(ente descentralizado politicamente) pode criar suas próprias autarquias
(ente decorrente da descentralização administrativa).

Para proteger o interesse público,


buscando-se maior eficiência e especialização no exercício da função
pública, o Estado poderá transferir a responsabilidade pelo exercício de
atividades administrativas que lhe são pertinentes a pessoas jurídicas
auxiliares por ele criadas com esse fim (que compõem a Administração
Indireta) ou para particulares. Nesse caso, ele passa a atuar
indiretamente, pois o faz por intermédio de outras pessoas, seres
juridicamente distintos (MARINELA, Fernanda; 2014).
Professor, as atividades administrativas podem ser exercidas por
particulares? Como assim?
Sim, meu amigo, é o caso das empresas concessionárias e
permissionárias de serviços públicos ou que cooperam com o Estado na
realização de seus fins (ex: entes de cooperação – ONGs, organizações
sociais, OSCIPs etc.) em razão de diversos vínculos jurídicos.

Para que esse ponto fique mais claro, vamos falar


das formas de descentralização administrativa existentes. Conforme
entende a doutrina brasileira (especialmente Marinela e Di Pietro), a
descentralização administrativa admite as seguintes formas:
1) Descentralização territorial ou geográfica: ocorre com
entidade local geograficamente delimitada, dotada de personalidade

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

jurídica própria de direito público, com capacidade administrativa


genérica para exercer a totalidade ou a maior parte dos encargos
públicos de interesse da coletividade. Isso ocorre em Estados unitários,
como França, Portugal, Itália, Brasil Império.
Alguns doutrinadores admitem essa forma no Brasil de hoje, para
definir a situação dos territórios federais. Nesse caso, eles não têm
autonomia, embora gozem de capacidade legislativa, o que não é
comum em uma descentralização administrativa.
2) Descentralização por serviços, funcional ou técnica
(ou outorga de serviços públicos): o Estado cria uma entidade
(pessoa jurídica de direito público ou privado) e a ela transfere,
mediante previsão em lei, a titularidade e a execução de
determinado serviço público. A nova entidade passa a ter capacidade de
autoadministração e patrimônio próprio. Normalmente é conferida por
prazo indeterminado.
É o que ocorre com as entidades da Administração Indireta –
autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia
mista – que são criadas com o fim específico de prestação de
determinado serviço (capacidade específica, decorrente do princípio da
especialidade, que será tratado abaixo).
3) Descentralização por colaboração (ou delegação de
serviços): o Estado transfere, por contrato ou ato unilateral (nada
impede que mediante lei também), unicamente a execução do serviço,
para que o ente delegado (pessoa jurídica de direito privado
previamente existente) o preste ao público em seu próprio nome e por
sua conta e risco, sob fiscalização estatal. Nessa hipótese, o Poder
Público conserva a titularidade do serviço, podendo dispor sobre ele de
acordo com o interesse público. A delegação é normalmente efetivada
por prazo determinado. É o que ocorre nos contratos de concessão e
permissão, em que o Estado transfere ao concessionário ou ao
permissionário apenas a execução temporária de determinado serviço.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Assim, decore:
Descentralização territorial ou geográfica: Estado unitário cria
ente para administrar determinada parcela do território.
Descentralização por serviços, funcional ou técnica (ou
outorga de serviços públicos): Estado cria ente (com personalidade
jurídica própria) e transfere a titularidade e a execução dos serviços –
caso das autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de
economia mistas.
Descentralização por colaboração (ou delegação de
serviços): Estado transfere a empresas apenas a execução dos
serviços (caso das concessionárias).

Já definimos o que é descentralização, agora vamos falar da:

Desconcentração

Desconcentração é a reorganização administrativa interna, dentro


de uma pessoa jurídica. Constitui uma redistribuição interna de
competências. Pode ocorrer na Administração Direta e na Indireta.

Segundo lição de Marinela, a


desconcentração, que, como visto, é um fenômeno de distribuição
interna de partes de competências decisórias, agrupadas em unidades
individualizadas, refere-se à organização interna de cada pessoa
jurídica. Não prejudica a unidade monolítica do Estado, pois todos os
órgãos e agentes permanecem ligados por um consistente vínculo
denominado hierarquia, podendo ser em razão da matéria, do grau de
hierarquia ou do território.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

É o que ocorre, por exemplo, quando a União distribui as


atribuições de sua competência a órgãos de sua própria estrutura, tais
como Ministério da Educação, Presidência da República, Casa Civil,
Ministério da Defesa, etc; ou quando uma autarquia – por exemplo o
INSS – estabelece uma divisão interna de funções, criando, por
exemplo, gerências executivas, gerências regionais, etc.
Assim, temos os seguintes exemplos:
Descentralização:

==0==
INSS

UNIÃO

PETROBRÁS IBAMA

Desconcentração:

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação. 0

Teoria e exercícios comentados.


Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Não confunda descentralização e


desconcentração!!! Anote os pontos distintivos!!!
A descentralização realiza-se por pessoas diversas, físicas ou
jurídicas, e não há vínculo hierárquico entre a Administração Central e a
pessoa estatal descentralizada, mas apenas um poder de controle, de
fiscalização. Já a desconcentração se refere a uma só pessoa,
caracterizando-se na distribuiçãoo de responsabilidades e competências
dentro dela mesma, com a manutenção do liame unificador da
hierarquia.

Hierarquia X Controle
Hierarquia: vínculo de autoridade que une órgãos e agentes, por
meio de escalões sucessivos, relação de autoridade superior a inferior.
Consiste no poder de comando, de fiscalização, de revisão, de punir, de
delegar e de avocar competências.
Controle: poder que a Administração Central exerce sobre a
pessoa descentralizada. Nesse caso, não há qualquer relação de
subordinação, mas somente uma relação de fiscalização quanto ao
cumprimento da lei, obediência às suas finalidades preestabelecidas e a
busca do interesse público. ATENÇÃO!!! Depende de previsão legal,
logo, diferentemente da hierarquia, não se presume e se manifesta tão
só nos aspectos autorizados pela lei.

DESCENTRALIZAÇÃO DESCONCENTRAÇÃO

Cria-se uma nova pessoa jurídica Criação de órgãos internos para


para exercer a competência distribuição da competência do

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

definida em lei. ente central.

Controle e fiscalização (sem Hierarquia


subordinação)

Espécies: Transferência entre órgãos da


 Descentralização territorial mesma pessoa política
ou geográfica (ente administra
território);
 Descentralização por
serviços, funcional ou técnica
ou outorga de serviços públicos
(autarquias, fundações, empresas
públicas e sociedades de economia
mistas).
 Descentralização por
colaboração ou delegação de
serviços (permissionárias e
concessionárias de serviço público)

O estudo da desconcentração não fica completo se não falarmos


dos órgãos.

1) (UEG – 2013 - PC-GO - Agente de Polícia) Na doutrina


acerca da organização administrativa,

a) a criação de vários órgãos no âmbito de uma mesma pessoa


jurídica é chamada de descentralização do poder.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

b) a distribuição das atividades de escalões superiores para


escalões inferiores dentro da mesma entidade denomina-se
desconcentração.
c) a desconcentração pode ocorrer por meio da constituição de
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e
fundações.
d) os órgãos públicos possuem personalidade jurídica, pelo que se
responsabilizam diretamente perante terceiros.

Letra (A) Alternativa errada, pois a criação de vários orgãos no


âmbito de uma mesmo pessoa jurídica, se configura concentração e não
descentralização.
Letra (B) Alternativa correta. A desconcentração é exatamente
assim, onde ocorre a distribuiçao das atividades de escalões superiores
para inferiores, dentro da mesmo entidade. Segundo lição de Marinela,
a desconcentração, que, como visto, é um fenômeno de distribuição
interna de partes de competências decisórias, agrupadas em unidades
individualizadas, refere-se à organização interna de cada pessoa
jurídica. Não prejudica a unidade monolítica do Estado, pois todos os
órgãos e agentes permanecem ligados por um consistente vínculo
denominado hierarquia, podendo ser em razão da matéria, do grau de
hierarquia ou do território.
Letra (C) Alterantiva errada. Neste caso, estamos diante da
descentralização e não desconcentração.
Letra (D) Alternativa errada. Atente-se que Órgão Público não tem
persolidade jurídica.
Gabarito – Letra B.

2) (UEG – 2013 - PC-GO - Escrivão de Polícia Civil) Compõem a


administração indireta:

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) União, estados, municípios e Distrito Federal.


b) autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de
economia mista.
c) serviços sociais autônomos e entidades filantrópicas.
d) órgãos públicos e o terceiro setor.
Administração Indireta: compreende as seguintes entidades,
dotadas de personalidade jurídica própria – autarquias, empresas
públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas.
Para o DL 200/67, somente 4 entidades compõem a administração
indireta.
Gabarito – Letra B.

4.3 Órgãos

Órgãos são centros internos de competência administrativa e não


possuem personalidade jurídica própria. Eles são integrantes de pessoas
jurídicas de direito público (União, INSS, INCRA e etc.). Estas últimas
sim possuem personalidade jurídica própria.
Constatado que o órgão não tem personalidade jurídica, entende-
se que um órgão, via de regra, não tem vontade própria e não pode ser
sujeito de direitos e obrigações, não podendo celebrar contrato nem
formular pedido perante a Justiça em nome próprio. Ele deve atuar em
nome da pessoa jurídica de direito público a qual integra, ou seja, se o
carro do Ministério da Educação bate em um particular, quem vai atuar
perante o Judiciário é a União e não o Ministério da Educação.

Professor, se o órgão não tem personalidade jurídica, ele não pode


entrar com uma ação na justiça para reaver um direito, é isso?

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Em regra sim. Por exemplo, a CGU é um órgão vinculado à


Presidência da República. Se ela busca promover uma ação para
ressarcir um dano que um cidadão causou ao seu patrimônio, ela deve
se valer da Advocacia da União e entrar com uma ação na Justiça em
nome da União, ou seja, é a União (que tem personalidade jurídica
própria) quem vai ser a autora da ação.

0
Como toda regra tem exceção, os órgãos públicos podem ter
representação própria, isto é, seus próprios procuradores e atuarem em
juízo em seu próprio nome em situações excepcionais.
Conforme leciona José dos Santos Carvalho Filho, para se
reconhecer a personalidade judiciária de um órgão público, é preciso
que sejam atendidas as seguintes condições: a) ser ele integrante da
estrutura superior da pessoa federativa; b) ter a necessidade de
proteção de direitos e competências outorgadas pela Constituição; c)
não se tratar de direito de natureza meramente patrimonial.

1) A jurisprudência do STF reconhece a ocorrência de situações em


que o Poder Legislativo necessite praticar em juízo, em nome
próprio, uma série de atos processuais na defesa de sua
autonomia e independência frente aos demais Poderes, nada
impedindo que assim o faça por meio de um setor pertecente a
sua estrutura administrativa, também responsável pela
consultoria e assessoramento jurídico de seus demais órgãos
(ADI 1.557/DF, STF- Tribunal Pleno, Rel.ª Min.ª Ellen Gracie,
julgamento: 31.03.2004, DJ: 18.06.2004).

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

2) Para se aferir a legitimação ativa dos órgãos legislativos, é


necessário qualificar a pretensão em análise para se concluir se
está, ou não, relacionada a interesses e prerrogativas
institucionais (REsp 1.164.017/PI, STJ-Primeira Seção, Rel. Min.
Castro Meira. DJe: 06.04.2010).
3) Em mandado de segurança, admite-se personalidade judiciária a
órgão sem personalidade jurídica própria (RMS 15.877/DF, STJ-
Primeira Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julg:
18.05.2004, DJ: 21.06.2004).

Professor, se a pessoa jurídica não tem vontade própria, como é


que vamos considerar que a manifestação daquela pessoa que trabalha
naquele órgão é a manifestação do Estado?
Como vimos, a atuação do órgão, em regra, é imputada à pessoa
jurídica a cuja estrutura ele pertence (no exemplo dado, a CGU se vale
da personalidade jurídica da União para ir a juízo): relação
órgão/pessoa jurídica da qual pertence.
Na relação servidor/órgão é basicamente a mesma coisa. Assim,
todo aquele servidor que trabalha no órgão pratica atos em nome
deste, ou seja, o ato não vai ser de Fulado da Silva, servidor público,
mas da CGU.
Isso quer dizer que o Brasil adota a teoria do órgão (elaborada na
Alemanha) para explicar como se dá a atribuição ao Estado dos atos
das pessoas naturais que age em nome deles.
Para explicar esse fenômeno (de transposição da vontade e do ato
do servidor para a vontade e o ato do Estado), foram criadas 3 teorias:
teoria do mandato, teoria da representação e teoria do órgão (ou da
imputação).

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Mas não se esqueça: o BRASIL ADOTA A TEORIA DO


ÓRGÃO!

Conforme lição de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (2010, p.


117-119), podemos definir essas três teorias da seguinte forma:

Teoria do mandato Teoria da Teoria do órgão ou


representação da imputação

O agente público O agente público Entende-se que a


(pessoa física) age em (pessoa física) “seria pessoa jurídica de
nome e sob uma espécie de tutor direito público
responsabilidade da ou curador do Estado, manifesta sua vontade
pessoa jurídica de que o representaria por meio dos órgãos.
direito público porque nos atos que Estes são a estrutura
recebe um mandato necessitasse praticar” da própria
(=uma procuração), (Alexandrino, 2010, p. administração. Se o
com poderes 118). agente público se
específicos para manifesta, considera-
representação. se que foi o próprio
Estado quem se
manifestou (=
imputação).

A teoria do mandato é descabida porque o Estado não tem vontade


própria, não há como ele outorgar um mandato. Não se admite que o
Estado, que não tem vontade própria e não tem como exteorizá-la,

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

possa assinar um contrato, instrumento esse que depende


impreterivelmente da autonomia da vontade.
A teoria da representação, por sua vez, é inconcebível, pois o
incapaz, exatamente por possuir essa condição, não pode escolher ou
conferir poderes a um representante.
Além disso, a representação pressupõe duas figuras perfeitamente
independentes, com suas vontades, o que, na verdade, não acontece
nesse caso, já que a vontade do Estado e a do agente se confundem.

Segundo a teoria do órgão, adotada no Brasil, as


pessoas físicas foram qualificadas como órgãos das pessoas jurídicas
cuja vontade formam e exteriorizam, de tal forma que, quando os
agentes que compõem os órgãos públicos manifestam a sua vontade, é
como se o próprio Estado o fizesse, não sendo assim uma vontade de
alguém dele distinto, compondo uma relação orgânica.Portanto, a
vontade do agente público, manifestada nessa qualidade, e a vontade
do Estado se confundem, formam um todo único, e esse “poder” dado à
pessoa física decorre de imputação legal.

Mas quem cria o órgão? A autoridade superior? A lei?


A criação dos órgãos públicos representa um processo de
desconcentração da atividade administrativa e, em razão do princípio da
legalidade, essa estruturação não pode ser realizada pelo
administrador, dependendo de previsão legal. A lei que cria o órgão
público também estabelece a sua estrutura organizacional, fixa
competências e impõe limites às pessoas físicas.
Nos termos do art. 84, VI, “a”, da Constituição Federal:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não


implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Ou seja, a estruturação e as atribuições dos órgãos poderão ser


disciplinadas por meio de decreto do Chefe do Executivo, desde que
não haja aumento de despesas nem sua criação ou extinção. Assim, a
autoridade não pode criar ou extinguir um órgão.

O decreto do chefe do Poder Executivo, a partir da Emenda


Constitucional no 32, de 2001, na lição de José Levi Mello do Amaral
Júnior, é o “único instrumento normativo apto a versar sobre
atribuições e estruturação intestinas dos Ministérios e órgãos da
administração pública ("intestinas" pois, em razão do princípio da
legalidade, não pode haver, in casu, influxo restritivo sobre direitos de
particulares). Portanto, as atribuições e a estruturação intestinas dos
Ministérios e órgãos da administração pública não mais tocam à lei,
devendo ser veiculadas em decreto autônomo – vale repetir, espécie
normativa primária – desde que não implique aumento de despesa ou
criação ou extinção de órgãos públicos”.
Assim, o Presidente da República pode, por exemplo, reestruturar
um Ministério e outros órgãos da Administração, desde que não haja
aumento de despesa, mas não pode criar ou extinguir um órgão
público.
Quem faz isso, cria ou extingue órgão na letra fria da Constituição,
é a lei. É o Poder Legislativo quem edita a lei que cria ou extingue um
órgão.
A única participação que o chefe do Poder Executivo (Presidente,
Governador ou Prefeito) tem numa lei que cria ou extingue órgãos do
Poder Executivo é enviar o projeto à Câmara ou à Assembléia

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Legislativa. Nesses casos, só o chefe do Poder Executivo tem a iniciativa


de encaminhar o projeto de lei, conforme o art. 61, § 1º, II, “e”, da CF:

e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública,


observado o disposto no art. 84, VI (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001)

CUIDADO: Não confunda descentralização e


desconcentração administrativa com descentralização do Estado
federativo (descentralização política). As duas primeiras são as que
vimos acima, decorrem da subdivisão de atribuições que ocorre na
Administração Pública. Já a descentralização do Estado federativo (=
descentralização política) é a divisão do Estado em entidades políticas.
É o que ocorre no Brasil: a República (Brasil) se dividiu em vários
estados federados (RJ, SP, MG, GO, BA etc.).

4.3.1 Classificação dos órgãos

Vamos às classificações mais importantes dos órgãos públicos,


abordadas por Carvalho Filho:

 Quanto à pessoa federativa: Conforme a estrutura em


que estejam integrados, existe uma divisão dos órgãos em Federal,
Estaduais, distritais e Municipais.
 Quanto à situação estrutural: Nessa classificação
diferencia-se aqueles que possuem direção e os subordinados:

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

 Diretivos: Possuem comando e direção;


 Subordinados: Aqueles que estão incubidos de exercer as
fnções rotineiras de execução.
 Quanto à composição: Podem os órgãos serem compostos
por um só agente ou por vários, conforme a dispõe Carvalho Filho:
 Singulares: Compostos de um só agente, exp.: Chefe do
Executivo;
 Coletivos: Integrados por vários agentes: (a) Órgãos de
representação Unitária: “A representação volitiva do
órgão é representada pela manifestação volitiva do Direitor
ou Coordenador”. (b) Órgãos de representação Plúrima:
“A exteriorização da vontade do órgão, se tratando de
expressar ato inerente à função institucional como um todo,
emana da unicidade ou da maioria da vontade dos agentes
a compõem, geralmente votação.”.

Além dessas classificações, Marinela destaca outros critérios de


classificação, todos bem aceitos na doutrina.
Adotando-se como critério a sua posição estatal, os órgãos
públicos podem ser:
1) Independentes: originados na Constituição e representativos
de cada um dos Poderes do Estado (Executivo, Legislativo e
Judiciário), colocados no ápice da pirâmide governamental, sem
subordinação hierárquica ou funcional, apenas se sujeitando ao
controle de um Poder sobre o outro. Suas atribuições são
exercidas por agentes políticos. Exs: Corporações Legislativas,
Chefias do Executivo, Tribunais Judiciários e Juízes Singulares.
2) Autônomos: localizados na cúpula da Administração,
imediatamente abaixo dos órgãos independentes e diretamente
subordinados a seus chefes. Possuem ampla autonomia
administrativa, técnica e financeira, caracterizando-se como

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

órgãos diretivos, com funções de planejamento, supervisão,


coordenação e controle das atividades que constituem sua área
de competência. Exs: Ministérios, Secretarias Estaduais e
Municipais, Consultoria-Geral da República, Procuradoria Geral
de Justiça, etc.
3) Superiores: detêm poder de direção, controle, decisão e
comando dos assuntos de sua competência específica, mas
sempre sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de
uma chefia mais alta. Nâo gozam de autonomia administrativa e
financeira. Exs: Gabinetes, Secretarias-Gerais, Procuradorias
Administrativas e Judiciais, Coordenadorias, Departamentos e
Divisões.
4) Subalternos: todos aqueles que se acham hierarquizados a
órgãos mais elevados, com reduzido poder decisório e
predominância de atribuições de execução. Exs: seções e
serviços (seção de expediente, de pessoal, de material , de
portaria, zeladoria).

Conforme a sua esfera de atuação, são divididos em:


1) Centrais: exercem atribuições em todo o território nacional,
estadual ou municipal. Exs: Ministérios e Secretarias.
2) Locais: atuam sobre uma parte do território. Exs: Delegacias
Regionais da Receita, Delegacias de Polícia, etc.

Podem ser diferenciados de acordo com a sua estrutura, tendo


como critério a possibilidade de ter ou não outros órgãos agregados,
órgãos a ele vinculados, funcionando como desdobramentos.
1) Simples (ou unitários): constituídos por um só centro de
competência, não tendo outros órgãos agregados à sua
estrutura para realizar desconcentradamente a sua função
principal. Ex: seção administrativa.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

2) Compostos: reúnem outros órgãos vinculados à sua estrutura,


menores e com função principal idêntica, gerando uma
desconcentração com funções auxiliares diversificadas,
exercendo atividade-meio. Exs: hospitais e postos frente à
Secretaria de Saúde; escolas frente à Secretaria de Educação.

Não confunda os órgãos quanto à estrutura,


simples ou compostos, com os órgãos quanto à atuação funcional. No
primeiro caso, o elemento determinante é a presença de órgãos
agregados enquanto a segunda classificação diz respeito à composição
interna do órgao, no que se refere aos agentes que o compõem,
dividindo-se, nesse caso, em:
1) Singulares: possuem um só titular, atuando e decidindo por
um único agente, que é o seu chefe e representante. Ex:
Presidência da República, Governadoria, Prefeitura e Diretoria
de uma escola.
2) Colegiados: atuam e decidem pela expressão de vontade de
seus membros e de conformidade com a respectiva regência
legal, estatutária ou regimental. Sâo compostos por duas ou
mais pessoas. Exs: Conselhos, Tribunais, Assembléias
Legislativas, Congresso Nacional, etc.

Por fim, os órgãos também podem ser classificados conforme as


funções que exercem:
1) Ativos: responsáveis por funções primordiais, apresentando
condutas comissivas e expressando decisões estatais para o
cumprimento dos fins da pessoa jurídica. Podem ser
subdivididos em:

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) Órgãos de direção superior: decidem, ordenam, dirigem e


planejam, formando e manifestando a vontade originária
do Estado e assumindo responsabilidade jurídica e política
das decisões.
b) Órgãos de execução: sujeitos à subordinação hierárquica;
são subalternos, competindo-lhes a manifestação
secundária de vontade do Estado.
2) Consultivos: assumem atividade de aconselhamento e
elucidação; participam da ação estatal para auxiliar e
preparar sua manifestação de vontade, dando auxílio técnico
ou jurídico específico e especializado, como por exemplo na
emissão de pareceres.
3) De controle: exercem controle e fiscalização de órgãos ou
agentes.

Assim, temos as seguintes classificações:


José dos Santos Carvalho Filho:
 Quanto à pessoa federativa: Federal, Estaduais, distritais e
Municipais.
 Quanto à situação estrutural: Diretivos ou Subordinados
 Quanto à composição: Singulares ou Coletivos (de representação
unitária ou representação plúrima).

Fernanda Marinela
 Quanto à posição estatal: Independentes (Poderes do Estado),
autônomos (órgãos de cúpula), superiores* (poder de direção nos
assuntos de sua competência, mas sujeitos à uma hierarquia e
controle superiores) ou subalternos (hierarquia inferior).
Coloquei * nos superiores, pois o nome parece mas não é. Ele é
superior, mas dentro de sua competência específica. Contudo, ele
é subordinado a órgãos maiores do que ele.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

 Quanto à esfera de atuação: centrais (em todo território) ou


locais (em parte do território).
 Quanto à sua estrutura: Simples (ou unitários - um só centro de
competência) ou compostos (composto de outros órgãos
vinculados à sua estrutura).
 Quanto à atuação funcional: Singulares (um só titular) ou
colegiados (decisão pela vontade de seus membros).
 Quanto às funções que exercem: Ativos (funções primordiais,
subdivididos em órgãos de direção superior e órgãos de
execução), consultivos (aconselhamento) e de controle.
Não deixe de ler esse resuminho antes da prova, pois ultimamente
as bancas vêm cobrando muito a classificação dos órgãos!

3) (VUNESP – 2013 – TJ-SP – Advogado) Em relação à


desconcentração da atividade administrativa, assinale a alternativa
correta.
a) É suficiente para assegurar a eficiência na gestão administrativa.
b) Trata-se de execução de atividade pelo Estado de forma indireta
e mediata
c) Ocorre por meio da criação de entes da administração indireta
d) Trata-se de forma de repartição interna da competência
atribuída a ente estatal
e) Somente ocorre na administração indireta, por meio de
empresas públicas.

Não se esqueçam!!

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Desconcentração Adm. Direta


Descentralização Adm. Indireta

Ai fica fácil né? Temos a letra D como resposta correta.

Gabarito: D

4) (VUNESP -2013 – TJ-SP – Advogado) Os órgãos situados no


alto da estrutura organizacional da Administração Pública, logo abaixo
dos órgãos independentes, podem ser classificados como:
a) autônomos.
b) subalternos
c) superiores
d) subordinados.
e) complexos.

Vimos na aula algumas das classificações dos órgãos. Porém,


exitem outras. A questão em comento cobra a classificação quanto à
posição estatal. Vamos ver a ordem?
Órgãos independentes
Órgãos autônomos
Órgãos Superiores
Órgãos Subalternos
Portanto, logo abaixo dos órgãos independentes teremos os órgãos
autônomos.
Gabarito: A

5) (VUNESP – 2012 – DPE-MS – Defensor Público)


Considerando a classificação dos órgãos públicos, pode-se afirmar que
os órgãos autônomos são aqueles

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) situados no alto da estrutura organizacional da Administração


Pública, logo abaixo dos órgãos independentes e a estes subordinados;
possuem ampla autonomia administrativa, financeira e técnica;
exercem funções de direção, planejamento, supervisão e controle,
observadas, no entanto, as diretrizes traçadas pelos órgãos
independentes.
b) que têm sua origem na Constituição, situando-se no ápice da
pirâmide organizacional, sem subordinação hierárquica ou funcional;
representam os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, efetuando
as ações políticas do governo.
c) de direção, controle, decisão e comando, em assuntos da
respectiva competência; não gozam de autonomia administrativa e
financeira; possuem funções técnicas e de planejamento na área de
suas correspondentes atribuições.
d) com reduzido poder decisório e predominância de atribuições
executivas, devendo cumprir decisões e executar serviços rotineiros,
que atendem aos administrados; são dotados de um único centro de
competências ou atribuições.

Vimos na questão acima que os órgãos autônomos estão logo


abaixo dos órgãos independentes e a estes estão subordinados. Além
dessa característica, os órgãos autônomos possuem ampla autonomia
administrativa, financeira e técnica; exercem funções de direção,
planejamento, supervisão e controle, observadas, no entanto, as
diretrizes traçadas pelos órgãos independentes.
Gabarito: A

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

6) (FCC - 2013 - AL-RN - Analista Legislativo) Os órgãos


públicos, quanto à posição estatal, classificam-se em independentes,
autônomos, superiores e subalternos. Nessa categoria, o Senado
Federal enquadra-se como órgão público
a) autônomo.
b) independente.
c) superior.
d) subalterno.
e) autônomo e subalterno, concomitantemente.

Pessoal, os órgãos independentes são aqueles representativos de


poderes que não se subordinam hierarquicamente a nenhum outro. Ex.:
Chefia do Executivo, casas legislativas, etc. Portanto, o Senado Federal
é um órgão independente.
Os órgãos autônomos são os órgãos da cúpula administrativa,
abaixo dos órgãos independentes e subordinados aos seus chefes
diretamente. São exemplos: os Ministérios, a Defensoria Pública da
União e as Secretarias Estaduais.
Já os órgãos superiores são órgãos que detém o comando dos
assuntos sob sua alçada, mas estão sempre sujeitos à subordinação a
uma chefia mais alta, pois não detém autonomia financeira nem
administrativa. São exemplos: os gabinetes, as secretarias-gerais, as
inspetorias-gerais, os departamentos.
Por fim, os órgãos subalternos são as escolas, portarias do
governo, hospitais, orgãos que são comandados pelo governo.
Gabarito: B

7) (FCC – 2014 – TRT 16ª Região (MA) – Analista Judiciário –


Área Administrativa) Considere a seguinte assertiva: A Câmara dos
Deputados classifica-se, quanto à posição estatal, como órgão
independente. Isto porque, dentre outras características, não possui

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

qualquer subordinação hierárquica ou funcional, estando sujeita apenas


a controle constitucional.
A assertiva em questão está:
a) correta, pois trata-se de órgão independente e autônomo,
expressões sinônimas quanto à classificação dos órgãos
públicos.
b) incorreta, pois não se trata de órgão independente e sim
autônomo.
c) correta, pois trata-se de órgão independente, estando a
fundamentação também correta.
d) incorreta, pois embora seja órgão independente, ele está sujeito
à subordinação hierárquica e funcional.
e) incorreta, pois trata-se de órgão autônomo e sujeito à
subordinação hierárquica e funcional.

Letra (A). Independente e autônomo não são expressões


sinônimas. Órgão independente é aquele originado na Constituição e
representativo de cada um dos Poderes do Estado (Executivo,
Legislativo e Judiciário), colocado no ápice da pirâmide governamental,
sem subordinação hierárquica ou funcional, apenas se sujeitando ao
controle de um Poder sobre o outro. Já órgão autônomo é aquele
localizado na cúpula da Administração, imediatamente abaixo do órgãos
independente e diretamente subordinado a seus chefes. Logo, está
INCORRETA.
Letra (B). A Câmara dos Deputados é um exemplo de órgão
independente. Logo, está ERRADA.
Letra (C). Está CORRETA, com base nos comentários feitos aos
itens anteriores.
Letra (D). Justamente por ser um órgão independente, não está
sujeito à subordinação hierárquica ou funcional. Logo, está INCORRETA.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Letra (E). A Câmara dos Deputados é um exemplo de órgão


independente. Logo, está ERRADA.
Gabarito: C

8) (FCC – 2014 – TRT 16ª Região (MA) – Técnico Judiciário –


Administrativa) Luísa, candidata a uma vaga de concurso público, em
seu exame oral, foi questionada pelos examinadores acerca da
classificação dos órgãos públicos, especificamente quanto à posição
estatal, devendo exemplificar os órgãos públicos superiores. Luísa
forneceu cinco exemplos de órgãos públicos superiores, equivocando-se
acerca de um deles, qual seja,
a) Divisões.
b) Departamentos.
c) Ministérios.
d) Coordenadorias.
e) Gabinetes.

Primeiramente, cabe conceituar órgão superior como sendo aquele


que detém poder de direção, controle, decisão e comando dos assuntos
de sua competência específica, mas sempre sujeitos à subordinação e
ao controle hierárquico de uma chefia mais alta, nâo gozando de
autonomia administrativa e financeira.
As Letras A, B, D e E trazem exemplos de órgãos superiores. Por
isso, não devem ser marcadas, já que a questão pede o item que não é
órgão superior.
A Letra C traz um exemplo de órgão autônomo, que é aquele
localizado na cúpula da Administração, imediatamente abaixo dos
órgãos independentes e diretamente subordinados a seus chefes. Possui
ampla autonomia administrativa, técnica e financeira, caracterizando-se
como órgão diretivo, com funções de planejamento, supervisão,

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

coordenação e controle das atividades que constituem sua área de


competência. Portanto, é o item a ser marcado.
Gabarito: C

9) (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário)Em relação aos


órgãos e agentes da Administração Pública é correto afirmar:
a) a atuação dos órgãos não é imputada à pessoa jurídica que eles
integram, mas tendo a prerrogativa de representá-la juridicamente por
meio de seus agentes, desde que judiciais.
b) a atividade dos órgãos públicos não se identifica e nem se
confunde com a da pessoa jurídica, visto que há entre a entidade e seus
órgãos relação de representação ou de mandato.
c) os órgãos públicos são dotados de personalidade jurídica e
vontade própria, que são atributos do corpo e não das partes porque
estão ao lado da estrutura do Estado.
d) como partes das entidades que integram os órgãos são meros
instrumentos de ação dessas pessoas jurídicas, preordenados ao
desempenho das funções que lhe forem atribuídas pelas normas de sua
constituição e funcionamento.
e) ainda que o agente ultrapasse a competência do órgão não
surge a sua responsabilidade pessoal perante a entidade, posto não
haver considerável distinção entre a atuação funcional e pessoal.

O órgão deve atuar em nome da pessoa jurídica de direito público


a qual integra, dessa forma, a atuação do órgão, nesse sentido, é
imputada à pessoa jurídica a cuja estrutura ele pertence (teoria do
órgão e não teoria da representação ou teoria do mandato). Alternativa
“a” e “b” erradas.
Constatado que o órgão não tem personalidade jurídica, letra “c”
errada.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

A alternativa “e” está errada, pois se o agente ultrapassar a


competência do órgão ele responde perante a administração, que
deverá reparar o particular de eventual prejuízo. Em regresso, a
administração deve cobrar do agente público que atuou com abuso de
poder ou, até mesmo, do particular que se passou como agente público.
Nesta última hipótese, aplica-se a teoria da aparência para resguardar a
vítima.
O agente público poderá responder, até mesmo, disciplinarmente
nessa hipótese.
Gabarito: Letra “d”, pois reflete a aplicação da teoria do órgão.

10) (FCC – 2014 – TCE/PI – Auditor Fiscal de Controle Externo)


A Administração pública pode desempenhar as atividades públicas de
forma centralizada ou descentralizada. Na administração
descentralizada,
a) o Estado-Administração atua por meio de seus órgãos internos
e agentes públicos, ligados, entre si, por vínculo hierárquico,
prestando serviços públicos típicos.
b) o Estado-Administração atua por meio de entidades ou pessoas
jurídicas, que necessariamente têm natureza de direito
privado.
c) parte das atividades da Administração direta são atribuídas à
Administração indireta, constituída por pessoas administrativas
autônomas e por isso destituídas de relação ou vínculo com a
Administração direta.
d) a atuação da Administração se dá por meio de pessoas
jurídicas, com natureza de direito público ou de direito privado,
que compõe a denominada Administração pública indireta.
e) o Estado transfere a mera execução de suas atividades a
outras entidades, nascendo o fenômeno da delegação.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Letra (A). Trata-se do instituto da desconcentração e não da


descentralização, que ocorre quando o ente político – União,
Estados, DF ou Municípios - desempenha algumas de suas funções
por meio de outras pessoas jurídicas. Portanto, está ERRADA.
Letra (B). A descentralização pode ser feita tanto em relação a
pessoas jurídicas de direito privado como de direito público. Logo,
está INCORRETA.
Letra (C). Há sim vínculo entre entidade da Administração
Indireta e a Administração Direta, consistindo no controle finalístico
(poder de fiscalização), que não é uma relação de hierarquia.
Portanto, está ERRADA.
Letra (D). A descentralização ocorre quando o ente político –
União, Estados, DF ou Municípios - desempenha algumas de suas
funções por meio de outras pessoas jurídicas, de direito público ou
privado. Com isso, é composta a Administração Pública Indireta.
Portanto, está CERTA.
Letra (E). Se a atividade for transferida para outra pessoa
jurídica da administração indireta, o Estado transfere a titularidade
e a execução do serviço (fenômeno da outorga); se for transferida
para pessoa jurídica de direito privado ou particular, transfere
somente a execução (fenômeno da delegação, ex: concessionárias).
Logo, está ERRADA.
Gabarito: D

11) (FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário) Compõe a


Administração pública direta da União
a) o Departamento de Polícia Federal.
b) o Banco Central do Brasil.
c) a Agência Nacional de Aviação Civil.
d) a Caixa Econômica Federal.
e) a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

A Administração Direta é composta pelos órgãos que estão ligados


diretamente ao poder central, seja federal estadual ou municipal, quais
sejam: os próprios organismos dirigentes, seus ministérios e
secretarias. Por isso a única alternativa correta é a letra “a”, pois o DPF
compõe a estrutura do poder central da União.
Em contrapartida, a Administração Indireta, por sua vez, é
composta por entidades que foram criadas com personalidade jurídica
própria para realizar atividades de Governo que necessitam ser
desenvolvidas de forma descentralizada, sendo elas as autarquias (Ex:
BACEN), fundações, empresas públicas (Ex: CAIXA e ECT), sociedades
de economia mista, as quais se somam as participações societárias em
entidades privadas, e as agências reguladoras (Ex: ANAC).
Gabarito: letra “a”.

12) (FCC – 2014 – Câmara Municipal de São Paulo/SP –


Procurador Legislativo) No que tange aos órgãos públicos, é correto
afirmar:
a) O Chefe do Poder Executivo pode, por decreto, promover a
extinção de órgãos públicos, quando seus cargos estiverem
vagos.
b) As Câmaras Municipais não são propriamente órgãos
públicos, mas entes autárquicos, dado a autonomia que lhes
é conferida pela Constituição.
c) A teoria do mandato é a explicação adotada pela doutrina
atual para explicar a expressão da vontade estatal pelos
órgãos públicos e pelos agentes administrativos que os
compõem.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

d) Somente se pode proceder à criação de um órgão público


mediante lei de iniciativa da Chefia do Poder Executivo, sob
pena de inconstitucionalidade por vício de iniciativa.
e) Como regra, os órgãos públicos são destituídos de
capacidade processual; porém, a doutrina e a jurisprudência
nacionais vêm reconhecendo tal capacidade a órgãos de
status constitucional, quando necessária à defesa de suas
prerrogativas e competências institucionais.

Letra (A). A criação ou extinção dos órgãos públicos


dependem de lei (e não decreto) de iniciativa privativa do Chefe do
Poder Executivo (art. 61, §1º, “e”, da CF). É possível dispor mediante
decreto sobre: organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de
órgãos públicos; e extinção de funções ou cargos públicos (e não de
órgãos, como diz a questão), quando vagos (art. 84, inciso VI, da CF).
Logo, está ERRADA.
Letra (B). A Câmara Municipal é sim um órgão público.
Portanto, está INCORRETA.
Letra (C). A teoria do mandato entende que o agente público
(pessoa física) age em nome e sob responsabilidade da pessoa jurídica
de direito público porque recebe um mandato (=uma procuração), com
poderes específicos para representação. Entretanto, essa teoria é
descabida porque o Estado não tem vontade própria, não há como ele
outorgar um mandato. Assim, a doutrina atual adota a teoria do órgão
ou da imputação, entendendo que a pessoa jurídica de direito público
manifesta sua vontade por meio dos órgãos. Portanto, está INCORRETA.
Letra (D). Excepcionalmente, a CF traz situações em que
essa iniciativa é reservada a outro órgão (ex: art. 96, II, “c”, da CF).
Assim, não é sempre de iniciativa do Chefe do Executivo. Logo, está
ERRADA.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Letra (E). Admite-se excepcionalmente órgão público em


juízo em busca de prerrogativas funcionais, agindo como sujeito ativo.
Essa situação especial normalmente é aceita para órgãos mais elevados
na estrutura estatal, aqueles de patamar constitucional. Inclusive, a
jurisprudência do STF reconhece a ocorrência de situações em que o
Poder Legislativo necessite praticar em juízo, em nome próprio, uma
série de atos processuais na defesa de sua autonomia e independência
frente aos demais Poderes, nada impedindo que assim o faça por meio
de um setor pertecente a sua estrutura administrativa, também
responsável pela consultoria e assessoramento jurídico de seus demais
órgãos (ADI 1.557/DF, STF- Tribunal Pleno, Rel.ª Min.ª Ellen Gracie,
julgamento: 31.03.2004, DJ: 18.06.2004). Portanto, está CERTA.
Gabarito: E

13) (FCC – 2014 – TRT 2ª Região – Técnico Judiciário) A


Administração pública de determinada esfera promoveu planejamento e
reestruturação de sua organização, cujo resultado recomendou a
criação de uma autarquia para desempenho de serviço público, uma
empresa estatal para desempenho de atividade econômica e uma
fundação para atrelar recursos e patrimônios fundiários necessários
para ditar a política agrária. O movimento levado a efeito pelo ente
federado demonstra que a organização administrativa seguiu o modelo
de
a) descentralização, por meio da qual há distribuição de
competências entre as pessoas jurídicas envolvidas, que detêm
capacidade de autoadministração e não se subordinam por vínculo
hierárquico com o Chefe do Executivo.
b) desconcentração, utilizando pessoas jurídicas distintas para
distribuição de competências.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

c) descentralização administrativa vertical, na qual se instaura


hierarquia entre os entes das diversas pessoas políticas criadas.
d) descentralização política, na qual se instaura vínculo hierárquico
entre os diversos entes e pessoas jurídicas envolvidas, subordinados ao
Chefe do Poder Executivo.
e) desconcentração política, na qual se instaura vínculo hierárquico
entre as diversas pessoas políticas e jurídicas envolvidas, não obstante
esses entes guardem algum grau de autonomia.
Essa é bem tranquila, não é mesmo? A criação de autarquias,
empresas públicas e fundações é fruto da descentralização e não há
subordinação e sim vinculação. Assim, facilmente encontramos na letra
A o gabarito.
Gabarito: A

4.4 Princípios

Neste tópico é importante ter em mente que os princípios gerais da


Administração são aplicáveis também no estudo da Administração direta
e indireta. Contudo, há enfoques específicos desses princípios na
estruturação da Administração direta e indireta e há princípios
exclusivos no estudo desse ponto do direito administrativo.
Vamos à análise.
 Princípio da legalidade: aqui, esse princípio tem a
importante função de dizer que “somente por lei específica
poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso,
definir as áreas de sua atuação” (redação do art. 37, XIX, da
Constituição – CF);

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Amigos, MUITA ATENÇÃO para esse dispositivo constitucional. Nas


provas de concurso, os examinadores gostam de cobrá-lo. Se você
realmente quer passar nesse concurso, não se esqueça do seguinte: (a)
só “lei específica” cria autarquia; (b) só lei específica “autoriza a
instituição” de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação; (c) a “lei complementar” define as áreas de atuação das
fundações.
Você verá abaixo que a lei não cria empresa pública, sociedade de
economia mista e fundação. O ato que cria essas entidades é o registro
de seus atos constitutivos (contratos sociais, estatutos sociais etc.) na
repartição competente (cartório, junta comercial etc.).
Ainda sobre a autorização legislativa, se, por exemplo, o Banco do
Brasil quiser criar uma empresa subsidiária (= o Banco do Brasil vai
participar da composição societária dessa empresa, mas será outra
pessoa jurídica vinculada ao BB) administradora de cartões de crédito,
por exemplo, deverá haver uma lei específica autorizando a criação
dessa empresa subsidiária.
 Princípio da especialidade: a entidade da administração
indireta possui uma competência específica. Não é possível,
por exemplo, o INSS se encarregar de construir estradas.
São entidades com personalidade própria, patrimônio
próprio, auto-administração e capacidade específica para
executar determinado fim do Estado.
 Princípio do controle ou tutela: a entidade da
administração indireta é vinculada ao ente político que a
instituiu. O INSS (autarquia), por exemplo, é vinculado ao
Ministério da Previdência (órgão da União). É vinculação e

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

não subordinação hierárquica. Isso quer dizer que não pode


haver ingerência do órgão instituidor nos serviços da
entidade, a menos que haja previsão legal ou caso esteja
havendo descumprimento de suas atividades legais. No
âmbito federal, o DL 200/67 chama o princípio do
controle/tutela de supervisão ministerial. Veja o que diz o
Decreto-lei 200/67 sobre o tema:

Art. 19. Todo e qualquer órgão da Administração Federal, direta ou


indireta, está sujeito à supervisão do Ministro de Estado competente,
excetuados unicamente os órgãos mencionados no art. 32, que estão
submetidos à supervisão direta do Presidente da República.
Art. 20. O Ministro de Estado é responsável, perante o Presidente da
República, pela supervisão dos órgãos da Administração Federal
enquadrados em sua área de competência.
Parágrafo único. A supervisão ministerial exercer-se-á através da
orientação, coordenação e contrôle das atividades dos órgãos subordinados
ou vinculados ao Ministério, nos têrmos desta lei.

Além desses princípios, Marinela lembra que o Decreto-Lei nº


200/67, ao definir a organização da Administração Pública Federal,
estabeleceu, em seus artigos 6º e seguintes, os princípios básicos, ditos
fundamentais, norteadores dessa estrutura e das atividades
desenvolvidas por ela, quais sejam:
1) Princípio do planejamento: introduz para a Administração o
dever de elaborar planos e programas, visando promover o
desenvolvimento econômico-social do país, assegurando aos
cidadãos o direito à prosperidade (art. 7º);
2) Princípio da coordenação: visa harmonizar as ações
administrativas, mantendo-se nos limites do planejamento,
objetivando evitar duplicidade de atuação, soluções
divergentes e desperdício de recursos financeiros (arts. 8º e
9º);

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

3) Princípio da descentralização administrativa: consiste em


atribuir à pessoa distinta daquela do Estado poderes suficientes
para que, atuando por sua conta e risco, mas sob ordenamento
e controle estatal, desempenhe atividade pública ou de
utilidade pública (art. 10);
4) Princípio da delegação de competência: subentende a
transmissão de poderes decisórios atribuídos originalmente à
autoridade superior para a autoridade subordinada,
caracterizando-se pelo caráter transitório e facultativo,
processando-se segundo o ordenamento jurídico e mediante
ato próprio (arts. 11 e 12);
5) Princípio do controle: exige o acompanhamento sistemático
da execução dos planos e programas governamentais pelos
órgãos e chefias competentes, balizando-se pela observância
do ordenamento legal de regência (arts. 13 e 14). Baseia-se
especialmente na relação de hierarquia presente na
Administração Pública.

14) (FCC - 2013 - AL-PB – Procurador) É característica do


regime jurídico das entidades da Administração Indireta:
a) a existência de entidades de direito público, como as
autarquias e empresas públicas, dotadas de prerrogativas semelhantes
às dos entes políticos.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

b) a ausência de subordinação hierárquica entre as pessoas


administrativas descentralizadas e os órgãos da Administração Direta
responsáveis pela sua supervisão.
c) a obrigatoriedade de contratação de pessoal das
entidades descentralizadas por meio do regime celetista.
d) que a existência legal das entidades descentralizadas
decorra diretamente da promulgação de lei instituidora
e) a obediência de todas as entidades descentralizadas à Lei
Complementar no 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Acabamos de ver pessoal! Pelo princípio do controle ou da


tutela, destacamos que a Administração Indireta é vinculada ao ente
político que a instituiu. Não há relação de subordinação hierárquica
entre a Administração indireta e os órgão surpevisores!!
Gabarito da questão então é a letra b.

5. Entidades da Administração Indireta

Agora a coisa começa a ficar animada, meu amigo. Vamos tratar


de cada um dos entes descentralizados que compõem a Administração
Indireta.
A Administração Pública Indireta é formada por entidades que
possuem personalidade jurídica própria e são responsáveis pela
execução de atividades administrativas que necessitam ser
desenvolvidas de forma descentralizada.
De acordo com o DL 200/1967, a Administração Indireta é
composta das seguintes entidades: autarquias, fundações públicas,
empresas públicas e sociedades de economia mista.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Para facilitar o estudo, vamos, primeiramente, nos deter a


algumas características que são aplicáveis a todas as entidades da
Administração Indireta, indistintamente:
1) Personalidade jurídica própria: podem ser sujeitos de direitos
e obrigações, sendo, consequentemente, responsáveis pelos seus atos.
2) Patrimônio próprio (independentemente de sua origem). OBS:
é claro que, quando de sua criação, a entidade responsável transfere parte de
seu patrimônio que, daí em diante, passa a pertencer a esse novo ente e
servirá para viabilizar a prestação de suas atividades, bem como para garantir
o cumprimento de suas obrigações, apesar do regime especial a que se
submetem esses bens.
3) Capacidade de autoadministração e receita própria:
autonomia administrativa, técnica e financeira, cumpridas as previsões legais
e protegido o interesse público. OBS: Não importa se a receita é decorrente da
Administração Direta, mediante participação no orçamento, ou é resultado de
suas próprias atividades, uma vez que, transferida para essa nova pessoa, ela
terá liberdade de disposição, desde que obedecidas as regras postas pelo
ordenamento jurídico.
4) Criação depende de previsão legal: Trata-se de lei ordinária
que terá como finalidade específica criar autarquias ou autorizar a criação das
demais pessoas jurídicas. Assim, a lei não poderá cuidar de vários assuntos e
da criação dessas pessoas, além do que cada uma delas terá uma lei própria.
No caso da fundação, apesar de autorizada sua criação por lei ordinária,
a lei complementar deverá especificar as suas possíveis áreas de atuação,
possíveis finalidades.

Já vimos, pelo princípio da legalidade, que a lei cria as autarquias e


autoriza a criação das demais pessoas jurídicas. Quando a lei cria (caso das
autarquias), basta a edição da lei e a pessoa jurídica já estará pronta para
existir. Já quando a lei autoriza a criação (caso das fundações submetidas ao
regime privado, empresas públicas e sociedades de economia mista), a
entidade só passará a existir juridicamente com o registro de seus atos

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

constitutivos no órgão competente (Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas,


se tiver natureza civil, ou Junta Comercial, se tiver natureza comercial).
Importante lembrar do caso das fundações públicas, que, segundo
doutrina e jurisprudência majoritárias, podem se submeter ao regime público
(considerada espécie de autarquia, autarquia fundacional, sendo criada por lei)
ou ao regime privado (denominada fundação governamental, submetida ao
mesmo regime das empresas públicas e sociedades de economia mista, sendo
que a lei autoriza sua criação).
Convém destacar que, se há dependência de lei para criar, por
paralelismo de forma, para extinguir também se exige a previsão legal.
5) Não podem ter fins lucrativos, já que são criadas para a busca
do interesse público, inclusive quando exploradoras da atividade econômica.
OBS: isso não significa que não possam obter lucro, mas que não podem ser
criadas com esse objetivo.
6) Finalidade específica, definida pela lei de criação. A entidade
fica vinculada ao fim que a instituiu, em decorrência do princípio da
especialidade. Caso descumpra esse escopo, sua atuação será ilegal, não
podendo um ato administrativo contrariar o que foi definido por lei.
7) Não estão subordinadas à Administração Direta, mas estão
sujeitas a controle quanto à legalidade (= vinculação)
Esse controle poderá ser realizado dentro da própria pessoa jurídica
(controle interno) ou por pessoas ou órgãos estranhos à sua estrutura
(controle externo. Exs: entidade da Administração Direta que a criou, Tribunal
de Contas, Poder Judiciário, cidadão).
No que tange ao controle feito pela Administração Direta (supervisão
ministerial), pode ser: (a) ordinário – legitimidade, mérito, preventivo ou
repressivo, tudo conforme previsão legal; (b) extraordinário – ocorre em
circunstâncias excepcionais, graves distorções que independem de lei.
Os fins desse mecanismo de controle são: assegurar o cumprimento dos
objetivos fixados em seus atos de criação; harmonizar sua atuação com a
política e programação do Governo; zelar pela obtenção de eficiência
administrativa; zelar pela autonomia administrativa, operacional e financeira.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Agora apresentaremos as principais características


de cada uma delas.

5.1 Autarquias

Segundo José dos Santos Carvalho Filho, pode-se conceituar


autarquia como a pessoa jurídica de direito público, integrante da
Administração Indireta, criada por lei para desempenhar funções que,
despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas do Estado.
As autarquias, como vimos acima, são criadas por lei específica. A
lei simplesmente diz: “está criado o INSS”, por exemplo. Normalmente,
a lei já informa a qual Ministério estará a autarquia vinculada
(supervisão ministerial). Muitas vezes, a lei também informa que a
autarquia terá independência administrativa e autonomia financeira.
As autarquias exercem atividades administrativas típicas do
Estado: INSS (previdência), DETRAN (trânsito), CADE (defesa da
concorrência), CVM (bolsa de valores), etc.
Vamos citar algumas autarquias, conforme os seus objetivos: a)
assistenciais – INCRA; b) previdenciárias – INSS; c) culturais – UFAL,
UFBA, além de outras universidades federais; d) profissionais –
Conselho de Medicina, de Odontologia, de Administração; e)
administrativas (categoria residual) – INMETRO, BACEN, IBAMA; f) de
controle- agências reguladoras.
Elas têm personalidade jurídica de direito público. Por serem
regidas pelo direito público e por prestarem atividades típicas do
Estado, as autarquias gozam de PRERROGATIVAS (ou de atributos
especiais) assim como a União, os estados-membros e os municípios.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

E quais prerrogativas seriam essas? Dentre elas, destacamos:


 os seus atos administrativos gozam da presunção de
legitimidade e veracidade (são legais, legítimos e verdadeiros até
que se prove o contrário), são autoexecutáveis (podem ser praticados
independentemente da presença do Poder Judiciário) e imperativos
(coercitivos, obrigatórios);
 possibilidade de revisão de seus atos seja para invalidá-los,
quando ilegais, ou revogá-los, quando inconvenientes, como exercício
do princípio da autotutela;
 os seus bens são inalienáveis (a princípio), imprescritíveis
(são insuscetíveis de usucapião) e impenhoráveis (quando uma
autarquia perde uma ação na justiça ela vai fazer o pagamento do
devido por precatório).
A regra da inalienabilidade não é absoluta, já que, se
preenchidos os requisitos legais, tais como retirada de sua destinação
pública, autorização legislativa, avaliação prévia, demonstração de
interesse público e licitação, os bens poderão ser transferidos, conforme
regras do art. 17 da Lei nº 8.666/93.
os bens autárquicos, do mesmo modo, não podem ser objeto
de usucapião;
Em virtude de decisões judiciais, os débitos não são
assegurados por execução sobre bens e também não são exigíveis de
imediato, obedecendo ao mecanismo procedimental de precatório (art.
100, CF).
Os pagamentos serão realizados conforme ordem
cronológica de apresentação dos precatórios, sendo que os
encaminhados até primeiro de julho de cada ano devem ser pagos no
exercício financeiro seguinte, consoante previsão orçamentária. Os

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

débitos judiciais das autarquias seguirão fila própria dessa pessoa


jurídica.
 gozam de imunidade de impostos (art. 150, VI, “a” e §
2º, da Consitituição).
É vedada a instituição de impostos sobre o patrimônio, a renda
e os serviços das autarquias, desde que vinculados às suas
finalidades essenciais ou às que delas decorram (imunidade
tributária condicionada).
Sendo assim, sobre os demais bens e serviços
pertencentes/prestados a/por essas pessoas jurídicas que tiverem
destinação diversa da definida para sua criação, incidirão normalmente
os respectivos impostos.

Essa garantia de imunidade só afasta a cobrança


de impostos, não impedindo a cobrança dos demais tributos, como as
taxas e as contribuições.
 A competência para julgar ações em que há interesse de
autarquia federal é da Justiça Federal (art. 109, I, CF). Além disso,
também será de sua competência o julgamento de mandados de
segurança contra atos de autoridade federal, como é o caso dos
agentes de autarquias federais (art. 109, VIII, CF).
Exceção: foros específicos (causas relativas à falência, acidentes
de trabalho, sujeitas à Justiça Eleitoral e do Trabalho); autarquia
estadual ou municipal (Justiça Estadual).
 Na interposição de ação judicial, a autarquia deverá ser
representada por procuradores de carreira e não por advogados
autônomos.

A Súmula nº 644 do STF diz: “Ao titular do


cargo de procurador de autarquia não se exige a apresentação de
instrumento de mandato para representá-la em juízo”. Isso porque o

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

vínculo existente entre a Administração Pública e o procurador decorre


de lei.
 A União poderá intervir nas causas em que figurarem, como
autoras ou rés, autarquias, fundações públicas, sociedades de economia
mista e empresas públicas federais.
Além disso, as pessoas jurídicas de direito público poderão, nas
causas cuja decisão possa ter reflexos, ainda que indiretos, de natureza
econômica, intervir, independentemente da demonstração de interesse
jurídico, para esclarecer questões de fato e de direito, podendo juntar
documentos e memoriais reputados úteis ao exame da matéria e, se for
o caso, recorrer, hipótese em que, para fins de deslocamento de
competência, serão consideradas parte.
 prazos processuais inerentes à Fazenda Pública (prazo em
quádruplo para contestar e em dobro para recorrer).

Apesar da previsão do prazo em quádruplo para


contestar, a jurisprudência vem entendendo que esse benefício atinge
todas as respostas do réu, sendo aplicado também para a reconvenção
e a exceção.

No que tange ao prazo em dobro para


recorrer, segundo a doutrina, esse benefício não atinge as
contrarrazões de recurso, mas poderá ser aproveitado em caso de
agravo regimental no STJ, conforme entendimento da Súmula nº 116
do STJ.
Outrossim, terá prazo em dobro no procedimento sumário (art.
277 do CPC).

É importante ressaltar que essas regras quanto à


dilatação do prazo não são aplicáveis em ações regidas por lei especial,
como é o caso do mandado de segurança e da ação civil pública.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

 O Poder Público não adianta as despesas processuais e, se


for vencido na ação, deverá ressarcir aquelas pagas pela outra parte ao
final.

Exceção: honorários periciais, em que o depósito


deve ser prévio (Súmula nº 232 do STJ).
 Quanto à execução, as autarquias se submetem a normas
especiais. É possível a instauração de execução contra a Fazenda
Pública (quando a autarquia é devedora), quando fundada em título
extrajudicial, segundo regras específicas do CPC (arts. 730 e 731).
Nesse caso, mais uma vez, ela vai pagar o seu débito por meio de
precatório (art. 100 da CF).
Para a cobrança de seus créditos (a autarquia é credora), as
autarquias se valem do regime de execução fiscal, inscrevendo esses
valores na dívida ativa, conforme procedimento estabelecido pela Lei nº
6.830/80, com aplicação subsidiária do CPC.
 Segundo Súmula nº 339 do STJ, é cabível ação monitória
contra a Fazenda Pública.
 goza da garantia do duplo grau de jurisdição
obrigatório (as sentenças proferidas contra as autarquias só produzem
seus efeitos após confirmadas pelo tribunal). OBS: a mesma garantia é
prevista para as sentenças que julgam procedentes embargos à
execução de dívida ativa da Fazenda Pública
Exceções:
a) condenação de valor certo não excedente a 60 salários-
mínimos;
b) decisão com fundamento em jurisprudência do plenário do
STF ou em Súmula de qualquer Tribunal Superior competente.
 As pessoas jurídicas de direito público estão dispensadas de
depósito prévio, para interposição de recurso.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

OBS: o INSS não está obrigado a efetuar depósito prévio do


preparo por gozar das prerrogativas e privilégios da Fazenda Pública
(Súmula nº 483 do STJ).
 No que tange à rescisória, o Poder Público fica dispensado
do depósito prévio de 5% do valor da causa, exigido do autor a título de
multa, caso a ação seja julgada improcedente. Entretanto, segundo a
jurisprudência, essa regra não beneficiaria as autarquias.

Exceção de autarquia que é beneficiada pela dispensa


do referido depósito prévio na ação rescisória: INSS (Sùmula nº 175 do
STJ).
 possibilidade de alteração unilateral dos contratos
celebrados, além de gozar de outras cláusulas exorbitantes, que
garantem prerrogativas não extensíveis ao contratado (rescindir
unilateralmente o contrato por razões de interesse público ou por
descumprimento contratual por parte do contratado; fiscalização do
contrato; aplicação de penalidades ao contratado; ocupação provisória
dos bens do contratado para garantir a continuidade do serviço);
 pode requisitar bens de particulares;
 poder de promover desapropriações;
 seus bens não podem ser penhorados;
Os bens não podem ser objeto de penhora, restrição judicial
para garantia do juízo (penhor, hipoteca e anticrese), nem mesmo
arresto ou sequestro.
 Independentemente da atividade desenvolvida, a
responsabilidade civil da autarquia será objetiva (= não depende da
apuração de dolo ou culpa de quem praticou o dano) como regra (art.
37, §6º, da CF), principalmente quando se tratar de atos comissivos, e
seguirá, excepcionalmente, a teoria da responsabilidade subjetiva (=
deve ser demonstada a culpa ou dolo do agente estatal) para as
condutas omissivas.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Não resta dúvida de que o Estado responde pelos danos gerados


pela autarquia, considerando ser ela prestadora de serviços públicos
(deveres do Estado) e ter sido o próprio Estado quem decidiu
descentralizar. Todavia, essa responsabilidade guarda uma ordem de
preferência, devendo primeiro a autarquia assumi-la e, somente se essa
não tiver recursos para arcar com o dano, é que o Estado será
provocado (responsabilidade subsidiária).

A Jurisprudência do STJ considera a autarquia


responsável pela conservação das rodovias (= DNIT) e pelos danos
causados a terceiros em decorrência de má conservação, contudo
remanesce ao Estado a responsabilidade subsidiária. Agravo regimental
provido em parte para afastar a responsabilidade solidária da União,
persistindo a responsabilidade subsidiária (AgRg no REsp 875604/ES,
STJ-Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, 09.06.2009, DJe:
25.06.2009).
Quando a autarquia indeniza a vítima por prejuízos causados
por seus agentes, a Constituição garante-lhe o direito de regresso em
face do infrator que agiu com culpa ou dolo (o servidor público que
tapou o buraco mal e porcamente, por exemplo). Essa ação de
ressarcimento (direito de regresso) é imprescritível.
Em contrapartida, como a Administração Pública se submete a
controle e aos princípios, as autarquias sofrem as mesmas restrições
tipicas daquele que cuida da coisa pública.

E quais seriam as principais restrições?

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 54 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

 as autarquias devem realizar concurso público para


poderem contratar servidores para cargos efetivos (servidor
estatutário);
 só podem adquirir bens ou serviços se realizarem licitação,
nos termos da Lei nº 8.666/93, salvo as hipóteses de
dispensas e inexigibilidades de licitação previstas em lei;
 submetem-se ao controle dos tribunais de contas.
A prescrição das dívidas que uma autarquia porventura tenha
perante outrem, bem como de todo e qualquer direito ou ação contra a
Fazenda Pública em si, ocorre em 5 anos (art. 1º do Decreto
20.910/52).

O tema analisado no presente caso (prazo


prescricional de 5 anos) não estava pacificado, visto que o prazo
prescricional nas ações indenizatórias contra a Fazenda Pública era
defendido de maneira antagônica nos âmbitos doutrinário e
jurisprudencial. Efetivamente, as Turmas de Direito Público do STJ
divergiam sobre o tema, pois existem julgados de ambos os órgãos
julgadores no sentido da aplicação do prazo prescricional de 3 anos
previsto no Código Civil de 2002 nas ações indenizatórias ajuizadas
contra a Fazenda Pública. Entretanto, o atual e consolidade
entendimento do STJ sobre o tema é no sentido da aplicação do prazo
prescricional de 5 anos (quinquenal) – previsto do Decreto 20.910/32.
Isso porque, o referido decreto é norma especial para regular
especificamente a relação da Fazenda Pública e prevalece sobre a
norma geral do Código Civil (REsp 1.251.993/PR, STJ-Primeira Seção,
Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgamento: 12.12.2012, DJe:
19.12.2012).
No que tange ao prazo prescricional para as ações contra atos
relativos a concursos para provimento de cargos e empregos na

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 55 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Administração Direta Federal e nas autarquias federais, é de um ano,


conforme previsão da Lei nº 7.144/83 (art. 1º).
O regime de pessoal para aqueles que atuam em autarquias é o
mesmo aplicável aos entes da Administração Direta que as criou. São
considerados agentes públicos, na categoria servidores públicos
estatutários.
Dentre eles, estão, ainda, os dirigentes máximos das autarquias,
nomeados para exercer cargo em comissão pelo Presidente da
República (nos Estados, pelo Governador), que poderá exonerá-los
livremente. Essa nomeação poderá ficar condicionada à aprovação do
Senado Federal, quando existir previsão expressa na CF ou em lei (ex:
BACEN, agências reguladoras).

E os conselhos profissionais, como o CRM, o COFITO, o


CREA? O que eles são, autarquias ou pessoas jurídicas de direito
privado?
Os conselhos de classe ou profissionais são autarquias, chamados
de autarquias corporativas ou profissionais. Isso porque, eles são
criados por lei e têm por função fiscalizar as profissões. Exercem
atividades de tributação e outras típicas de poder de polícia (como
aplicar multas), que só podem ser executadas pelo Estado.

O STF manteve a natureza de autarquia federal


aos Conselhos de Fiscalização Profissional (ADIN nº 1.717/DF).
Ressalte-se que, apesar dos Conselhos de Classe terem
reconhecida a sua natureza autárquica, cumprindo o regime jurídico
pertinente às autarquias, em diversos aspectos se discute qual a regra
a ser aplicada, em razão de se admitir que é uma entidade sui generis.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 56 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

No que tange às anuidades dos Conselhos Profissionais, constituem


espécie tributária e, como tal, submetem-se ao princípio da reserva
legal.

1) O pagamento de anuidades devidas aos Conselhos Profissionais


constitui contribuição de interesse das categorias profissionais,
de natureza tributária, sujeita a lançamento de ofício (REsp
1.235.676/SC, STJ-Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, julgamento: 07.04.2011, DJe: 15.04.2011).
2) Súmula nº 66 do STJ: “Compete à Justiça Federal processar e
julgar execução fiscal promovida por Conselho de Fiscalização
Profissional.”
Exige-se que essas entidades realizem concurso público para
admissão de pessoal.
Em regra, as autarquias corporativas se inserem na Administração
Indireta e, por isso, se submetem ao controle do TCU.

Entretanto, a OAB é exceção a essa regra. O Supremo Tribunal


Federal (órgão máximo do Poder Judiciário brasileiro) decidiu que a OAB
não faz parte do que se entende por “autarquias especiais” e, por isso,
não se submete ao controle do TCU (julgamento da ADIN 3.026).
Segundo jurisprudência do STJ e do STF, a OAB seguirá um regime
sui generis (benefícios do regime privado, sem abrir mão dos privilégios
do regime público), que não se confunde com as demais corporações
incumbidas do exercício profissional:
a) As contribuições pagas pelos filiados à OAB não têm natureza
tributária, não se aplicando a execução fiscal;
b) Não está subordinada à fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial realizada pelo TCU;
Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 57 de 256
Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

c) O provimento dos empregos da OAB não precisa ocorrer por


meio de concurso público;
d) Não faz parte da Administração Pública Direta nem Indireta;
e) Apesar da indefinição de sua natureza jurídica, suas ações
continuam sendo julgadas na Justiça Federal. Entretanto, o STF
reconhecee que a matéria é de repercussão geral (RE 595.332).

Não procede a alegação de que a OAB sujeita-


se aos ditames impostos à Administração Pública Direta e Indireta.
A OAB não é uma entidade da Administração Indireta da União. A
Ordem é um serviço público independente, categoria ímpar no
elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro.
A OAB não está incluída na categoria na qual se inserem essas que
se tem referido como “autarquias especiais” para pretender-se
afirmar equivocada independência das hoje chamadas “agências”.
Por não consubstanciar uma entidade da Administração Indireta, a
OAB não está sujeita a controle da Administração, nem a qualquer
das suas partes está vinculada. Essa não vinculação é formal e
necessária. A OAB, cujas características são autonomia e
independência, não pode ser tida como congênere dps demais
órgãos de fiscalização profissional. A OAB não está voltada
exclusivamente a finalidade corporativas, possuindo finalidade
institucional. Incabível a exigência de concurso público para
admissão dos contratados sob o regime trabalhista pela OAB (ADI
3.026/DF, STF- Tribunal Pleno, Rel. Min. Eros Grau, julg:
08.06.2006, DJ: 29.09.2006).

Por fim, as autarquias territoriais (segundo Carvalho Filho,


desmembramentos geográficos em certos países, aos quais o poder
central outorga algumas prerrogativas de ordem política e

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 58 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

administrativa, permitindo-lhes uma relativa liberdade de ação) não


gozam de autonomia, em que pese o fato de exercerem algumas
funções privativas de Estado, por meio da delegação. No Brasil, é o
caso dos Territórios. OBS: não podem ser confundidas com as
autarquias administrativas e não compõem a Administração Indireta.

15) (UEG – 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Administrador de


Empresas)
Considera-se entidade da Administração Pública com personalidade
jurídica própria de direito público:
a) Autarquia
b) Secretaria de Estado
c) Empresa pública
d) Gabinete Civil da Governadoria
O art. Art. 5º dispõe que: “Para os fins desta lei, considera-se: I -
Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade
jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas
da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada”.
Gabarito – Letra A.

16) (VUNESP – 2013 – MPE-ES – Agente especializado) João da


Silva foi legalmente nomeado para ingressar no serviço público por
meio de um vínculo contratual regido pela Consolidação das Leis do
Trabalho. Isso significa que João da Silva

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 59 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) foi contratado para assumir um cargo público na Administração


Direta.
b) foi obrigatoriamente contratado para ocupar um cargo no
serviço público por tempo determinado.
c) foi contratado para assumir um cargo público efetivo na
Administração Indireta.
d) foi contratado para assumir um emprego público.
e) foi contratado para ocupar um cargo público em comissão.

Essa questão é bem tranquila, não é mesmo? Se João ingressou no


serviço público regido pela CLT, isso significa que ele foi contratado
para assumir um emprego público.
Gabarito: D

17) (VUNESP – 2012 – SPTrans – Advogado) Assinale a


alternativa correta no tocante à Administração Indireta.
a) As empresas públicas podem revestir-se de qualquer das formas
admitidas em direito, enquanto que as sociedades de economia mista
devem ter a forma de sociedades anônimas.
b) A Administração Indireta é o próprio Estado atuando,
executando algumas de suas funções de forma desconcentrada.
c) A autarquia, a empresa pública e a sociedade de economia mista
poderão explorar atividade econômica de produção ou comercialização
de bens ou de prestação de serviços.
d) É possível, juridicamente, criar autarquia interestadual,
mediante a convergência de diversas unidades federadas para fins de
planejamento, fomento e desenvolvimento regional.
e) A Ordem dos Advogados do Brasil é uma autarquia especial
federal integrante da Administração Indireta da União.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 60 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Essa é fácil, não é mesmo? Sabemos que as Empresas Públicas


podem revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. Já as
SEM possuem uma única forma: sociedades anônimas.
Gabarito: A

18) (VUNESP – 2011 – SAP-SP – Analista Administrativo) As


autarquias
a) possuem natureza administrativa e personalidade jurídica de
direito privado.
b) não possuem dever de licitar.
c) podem ser criadas por meio de decreto do Poder Executivo.
d) estão sujeitas a controle exercido pela entidade a que se
vinculam.
e) somente poderão ser criadas pela União e Estados-Membros.

Já vimos outras questões cobrando o mesmo tema. Portanto,


vamos ao treino! Já sabemos que as autarquias possuem personalidade
jurídica de direito público, possuem o dever de licitar, podem ser
criadas por todos os entes federativos desde que seja por lei. Por fim,
estão sujeitas a controle exercido pela entidade a que se vinculam.
Portanto, letra D é o gabarito.
Gabarito: D

19) (VUNESP – 2011 – TJ-SP – Titular de Serviços de Notas e de


Registros) Sobre a administração indireta, é correto afirmar que
a) as sociedades de economia mista e as fundações públicas, por
serem pessoas jurídicas de direito privado, não precisam respeitar o
princípio da publicidade.
b) as causas cíveis em que é parte a sociedade de economia mista
são de competência da Justiça Federal.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 61 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

c) autarquia é pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com


capacidade de autoadministração, para o desempenho de serviço
público descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos
limites da lei.
d) a fundação, por desempenhar atividade no âmbito social, não
está sujeita ao controle administrativo ou tutela por parte da
administração direta, sendo, por isso, dotada de autoadministração.

Essa questão é bem tranquila. Trouxe apenas para revisarmos


alguns pontos, ok?
A) As SEM e as Fundações devem respeitar ao princípio de
publicidade. Lembrem-se que as fundações podem ser direito
público ou privado.
B) Sociedades de Economia Mista ----- Justiça comum.
C) É isso mesmo. Perfeito.
D) Não há qualquer correlação. A fundação, ainda que desempenhe
atividade no âmbito social, está sujeita a tutela por parte da
administração direta.

Gabarito: C

20) (VUNESP – 2009 – TJ-SP – Juiz) A natureza jurídico-


administrativa da OAB foi exaustivamente debatida pelo Supremo
Tribunal Federal na ADI 3026-4/DF. Alguns pontos fundamentais foram
anotados, tais como:
a) não é uma autarquia especial.
b) não presta serviço público.
c) integra a Administração Pública indireta e sujeita-se ao controle
estatal.
d) não possui finalidade institucional.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 62 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Em regra, as autarquias corporativas se inserem na Administração


Indireta e, por isso, se submetem ao controle do TCU. Entretanto, a
OAB é exceção a essa regra. O Supremo Tribunal Federal decidiu que a
OAB não faz parte do que se entende por “autarquias especiais” e, por
isso, não se submete ao controle do TCU (julgamento da ADIN 3.026).
Gabarito: A

21) (VUNESP – 2009 – CESP – Advogado) No tocante ao regime


jurídico das autarquias, é correto afirmar que
a) não se submetem à lei de licitações; não admitem nenhuma
forma de contratação de seus agentes que não seja por concurso
público.
b) são pessoas jurídicas de direito público de capacidade
exclusivamente administrativa; são protegidas pela imunidade recíproca
tributária.
c) podem ser criadas por decreto; submetem-se ao regime da
responsabilidade objetiva.
d) fazem parte da administração direta; devem contratar por meio
de licitação.
e) são pessoas jurídicas de direito público de capacidade política;
são criadas por autorização legal.

Bem tranquila, não é mesmo? Já estudamos que as autarquias são


pessoas jurídicas de direito público de capacidade exclusivamente
administrativa e são protegidas pela imunidade recíproca tributária.
Gabarito: B

22) (FCC – 2014 – AL/PE – Agente Legislativo) Acerca da


Administração pública brasileira, é correto afirmar que

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 63 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) o Banco Central do Brasil, ao exercer atividade regulatória


em todo o território nacional sobre instituições financeiras, é exemplo
de descentralizacão administrativa.
b) compreende tanto Secretarias e Ministérios, quanto
fundações públicas, autarquias e empresas estatais, todos eles dotados
de personalidade jurídica própria, mas os dois primeiros desprovidos de
autonomia administrativa.
c) sob o aspecto formal, refere-se ao conjunto de funções
administrativas exercidas precipuamente pelo Poder Executivo com
vistas a satisfazer as necessidades coletivas sentidas no plano concreto.
d) seus órgãos e entidades submetem-se a um mesmo regime
jurídico, de direito público e derrogatório do direito comum, e a
jurisdição administrativa independente.
e) seus órgãos e entidades, por expressa disposição
constitucional, são isentos do pagamento de tributos e submetem-se ao
regime de precatórios.

Letra (A). A descentralização ocorre quando o ente político –


União, Estados, DF ou Municípios - desempenha algumas de suas
funções por meio de outras pessoas jurídicas. No caso do item, trata-se
de agência reguladora, que integra a Administração Pública Indireta,
fruto de descentralização. Portanto, está CERTA.
Letra (B). As Secretarias e Ministérios são órgãos e, por isso, não
possuem personalidade jurídica própria. Logo, está INCORRETA.
Letra (C). O item traz o aspecto material ou objetivo da
Administração Pública. Segundo o critério formal, orgânico ou subjetivo,
a Administração Pública é entendida como o conjunto de órgãos, a
estrutura estatal. Portanto, está ERRADA.
Letra (D). Não há um único regime jurídico, já que as empresas
públicas e sociedades de economia mista submetem-se a regime
jurídico de direito privado. Além disso, só quem exerce jurisdição

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 64 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

própria no Brasil é o Poder Judiciário, não existindo jurisdição


administrativa. Logo, está INCORRETA.
Letra (E). Nem todas as entidades da Administração Pública são
isentas do pagamento de tributos e submetem-se ao regime de
precatório, como, por exemplo, as empresas públicas e as sociedades
de economia mista. Portanto, está ERRADA.
Gabarito: A

23) (FCC – 2014 – TJ/AP – Analista Judiciária – Área Judiciária e


Administrativa) A criação de pessoas jurídicas para composição e
estruturação da Administração indireta é uma opção de organização
administrativa de competência do Poder Executivo. Para tanto, pode se
valer de propostas de edição de lei para criação de determinados entes
ou para autorização da instituição na forma prevista na legislação. A
efetiva criação desses entes
a) acarreta dissociação de qualquer vínculo ou relação jurídica
com o Executivo, na medida em que possuem personalidade jurídica
própria.
b) não afasta o vínculo hierárquico com a Administração
pública central, na medida em que integram a estrutura do Poder
Executivo.
c) é expressão do modelo de descentralização, mantendo a
Administração pública central apenas o controle finalístico sobre
aqueles, expressão do poder de tutela.
d) acarreta a derrogação do regime jurídico de direito público e
aplicação do direito privado, o que confere maior celeridade à
Administração pública.
e) consubstancia-se em desconcentração, na medida em que
não possuem personalidade jurídica própria.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 65 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Letra (A). Não há subordinação (relação de hierarquia) em relação


à Administração Direta, porém estão sujeitos a controle finalístico
chamado de supervisão ou tutela ministerial. Logo, está INCORRETA.
Letra (B). Não há subordinação (relação de hierarquia) em relação
à Administração Direta. Portanto, está ERRADA.
Letra (C). Na descentralização, existe a criação de entes
personalizados, com poder de autoadministração, capacidade de gerir
os próprios negócios, mas com obediência a leis e regras impostas pelo
ente central. Não há subordinação (relação de hierarquia) em relação à
Administração Direta, porém estão sujeitos a controle finalístico
chamado de supervisão ou tutela ministerial. Portanto, está CERTA.
Letra (D). Pelo contrário, o regime jurídico aplicado é o de direito
público, lembrando que, no caso das empresas públicas e sociedades de
economia mista, trata-se de regime híbrido (público e privado, a
depender da situação). Logo, está INCORRETA.
Letra (E). É caso de descentralização, conforme visto no
comentário ao item C. Além disso, possuem sim personalidade jurídica
própria. Logo, está ERRADA.
Gabarito: C

24) (FCC- 2014 – TCE/RS – Auditor Público Externo –


Engenharia Civil – Conhecimentos Básicos) A Administração indireta
pode ser estruturada por meio da
a) instituição de pessoas jurídicas de diversas naturezas, que
não guardam vínculo hierárquico com a Administraçao direta.
b) instituição de pessoas jurídicas com personalidade jurídica
própria, vinculadas hierarquicamente à Administração centralizada.
c) instituição de pessoas jurídicas com personalidade jurídica
própria, todas criadas por meio de lei.
d) criação de órgãos integrantes de sua estrutura, vinculadas
hierarquicamente à Administração centralizada.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 66 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

e) criação de órgãos distintos da Administração direta,


vinculados hierarquicamente à Administração central.

Letra (A). As pessoas jurídicas que estruturam a Administração


Indireta podem ser de direito público (ex: autarquias) e de direito
privado (ex: empresas públicas e sociedades de economia mista). Além
disso, de fato não há relação hierárquica entre a entidade da
Administração Indireta e seu ente político criador, existindo mero
controle finalístico. Logo, está CERTA.
Letra (B). Não há relação hierárquica entre a entidade da
Administração Indireta e seu ente político criador, existindo mero
controle finalístico. Portanto, está INCORRETA.
Letra (C). Nem todas são criadas por meio de lei, algumas são
autorizadas por lei para só então serem criadas por meio de registro de
seu ato constitutivo em junta comercial ou em cartório de pessoas
jurídicas (como é o caso das empresas públicas e sociedades de
economia mista). Logo, está ERRADA.
Letra (D). Trata-se do conceito de desconcentração e não
descentralização, sendo que é esta que gera a Administração Indireta.
Portanto, está INCORRETA.
Letra (E). Está ERRADA, aproveitando-se o comentário feito no
item anterior.
Gabarito: A

25) (FCC – 2013 – MPE-SE – Analista – Direito) O Estado de


Sergipe pretende instituir pessoa jurídica e a ela atribuir a titularidade e
a execução de um determinado serviço público, que é de sua exclusiva
titularidade.
Pretende, ainda, atribuir à referida pessoa personalidade jurídica
de natureza pública, com igual capacidade e dotada de todos os
privilégios e prerrogativas suas. Para tanto, deverá

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 67 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) instituir sociedade de economia mista, obtendo, para tanto, a


competente autorização legislativa.
b) instituir empresa pública, obtendo, para tanto, a competente
autorização legislativa.
c) criar autarquia estadual, por meio de lei específica.
d) criar autarquia estadual, mediante decreto de competência do
Chefe do Executivo estadual, conforme autoriza o Art. 84, VI, “a”, da
CF.
e) criar autarquia estadual, empresa pública ou sociedade de
economia mista, desde que o faça por meio de lei específica.

Pessoal, se o Estado de Sergipe pretende instituir pessoa jurídica e


a ela atribuir a titularidade e a execução de um determinado
serviço público, e atribuir à referida pessoa personalidade jurídica
de natureza pública, então deverá ser uma autarquia estadual, por
meio de lei específica.
Gabarito: C

26) (FCC – 2013 – TRT 18ª Região – Analista Judiciário) As


autarquias integram a Administração indireta. São pessoas
a) políticas, com personalidade jurídica própria e têm poder de
criar suas próprias normas.
b) jurídicas de direito público, cuja criação e indicação dos fins e
atividades é autorizada por lei, autônomas e não sujeitas à tutela da
Administração direta.
c) jurídicas de direito semi-público, porque sujeitas ao regime
jurídico de direito público, excepcionada a aplicação da lei de licitações.
d) políticas, com personalidade jurídica própria, criadas por lei,
com autonomia e capacidade de autoadministração, não sujeitas,
portanto, ao poder de tutela da Administração.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 68 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

e) jurídicas de direito público, criadas por lei, com capacidade de


autoadministração, mas sujeitas ao poder de tutela do ente que as
criou.
Como vimos, as autarquias são pessoas jurídicas de direito
publico, criadas por lei, com autonomia e capacidade de
autoadministração, não sujeitas, portanto, ao poder de tutela da
Administração.
Gabarito: E

27) (FCC – 2014 – TJ/AP – Técnico Judiciário – Área Judiciária e


Administrativa) As autarquias possuem personalidade jurídica própria,
autonomia financeira e autoadministração. Partindo dessa premissa, é
correto afirmar que
a) o ente instituidor mantém em relação à autarquia poder
hierárquico e poder disciplinar, em razão do controle de tutela.
b) a despeito de assumirem obrigações em nome próprio por
ser sujeito de direitos, é o ente instituidor quem responde por seus
atos.
c) não se submetem ao controle de tutela do ente instituidor,
para conformá-las aos cumprimento dos objetivos públicos em razão
dos quais foram criadas
d) seus recursos e patrimônio, independentemente da origem,
configuram recursos e patrimônio do ente instituidor.
e) têm liberdade para gerir seus quadros funcionais sem
interferências indevidas do ente instituidor.

Letra (A). Não há subordinação (relação de hierarquia) em relação


à Administração Direta, embora estejam sujeitas a controle finalístico
chamado de supervisão ou tutela ministerial. Logo, está INCORRETA.
Letra (B). As autarquias respondem por seus próprios atos, já que
possuem personalidade jurídica própria. Portanto, está ERRADA.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 69 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Letra (C). As autarquias, embora não haja subordinação (relação


de hierarquia) em relação à Administração Direta, estão sujeitas a
controle finalístico chamado de supervisão ou tutela ministerial. Logo,
está INCORRETA.
Letra (D). As autarquias possuem autonomia financeira e
patrimônio próprios. Portanto, está ERRADA.
Letra (E). As autarquias possuem capacidade de
autoadministração, assim como os outros entes integrantes da
Administração Indireta. Logo, está CORRETA.
Gabarito: E

28) (FCC – 2014 – TJ/AP – Técnico Judiciário – Área Judiciária e


Administrativa) A Administração pública, por lei, criou autarquia
atribuindo-lhe competência para prestar serviço público de saneamento
básico. Para preenchimento dos cargos públicos efetivos criados
poderá:
a) realizar concurso público ou, diante da justificativa, pautada
na situação de emergência, contratar empregados diretamente pelo
prazo de 5 anos.
b) prover os cargos por livre nomeação, desde que haja a
edição de ato regulamentar autorizador.
c) prover os cargos por meio de concurso público de provas ou
de provas e títulos, de acordo com a natureza e complexibilidade do
cargo, na forma prevista em lei.
d) realizar processo de seleção, desde que para contratação de
empregados públicos, por prazo não superior a 5 anos.
e) justificar a impossibilidade de realizar concurso público e
transformar os empregados de fundação governamental em servidores
públicos da autarquia recém instituída.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 70 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Letra (A). No caso de contratação por tempo determinado para


atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, o
prazo máximo é de 4 anos, conforme art. 4º da Lei nº 8.745/93. Logo,
está INCORRETA.
Letra (B). As autarquias devem realizar concurso público para
poderem contratar servidores para cargos efetivos (servidor
estatutário). Portanto, está ERRADA.
Letra (C). Está de acordo com o art. 37, inciso II, da CF. Logo,
está CERTA.
Letra (D). As autarquias devem realizar concurso público para
poderem contratar servidores para cargos efetivos (servidor
estatutário). São regidas pelo regime estatutário (servidores públicos) e
não celetista (empregados públicos). Portanto, está INCORRETA.
Letra (E). As autarquias devem realizar concurso público para
poderem contratar servidores para cargos efetivos (servidor
estatutário). Não há previsão dessa exceção prevista no item. Logo,
está ERRADA.
Gabarito: C

29) (FCC – 2014 – TCE/RS – Auditor Público Externo –


Engenharia Civil – Conhecimentos Básicos) Uma autarquia estadual
precisa reformar suas instalações, e adaptá-las ao atendimento que
será prestado ao público em decorrência de uma nova atribuição que
lhe foi outorgada por lei. Para tanto,
a) poderá realizar licitação, sob qualquer das modalidades
previstas na lei, ou promover contratação direta, mediante prévia
pesquisa de mercado, tendo em vista que as autarquias não se sujeitam
ao regime de direito público.
b) deverá realizar regular licitação, tendo em vista que as
autarquias, submetidas ao regime de direito público, sujeitam-se a
obrigatoriedade do certame.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 71 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

c) poderá contratar diretamente outra empresa que integre a


Administração indireta, tendo em vista que os regimes jurídicos são
semelhantes.
d) deverá realizar licitação caso o valor da contratação supere
R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), tendo em vista que até
esse montante incide hipótese de dispensa de licitação.
e) deverá contratar diretamente empresa de engenharia para
promover as obras, tendo em vista que as autarquias não se sujeitam
ao princípio que obriga a realização de licitação.

Letra (A). As autarquias se sujeitam sim ao regime de direito


público. Logo, está INCORRETA.
Letra (B). As autarquias sujeitam-se ao regime de direito
público, em que a licitação é obrigatória para o caso de contratação de
obras, serviços, compras e alienações. Portanto, está CORRETA.
Letra (C). Está ERRADA, aproveitando-se o mesmo comentário
do item acima.
Letra (D). Com base no art. 24, inciso I, da Lei nº 8.666/93, a
licitação só será dispensada no caso de o valor da contratação não
ultrapassar R$ 15.000,00. Logo, está ERRADA.
Letra (E). Está INCORRETA, considerando-se o comentário ao
item B.
Gabarito: B

30) (FCC – 2014 – TJ/CE – Juiz) O diretor de órgão integrante


da estrutura de autarquia estadual assina termo de ajustamento de
conduta com o Ministério Público Estadual, visando à regularização de
práticas administrativas da referida autarquia, as quais, no entender
do parquet, ofendem direitos dos usuários do serviço público prestados
pela entidade autárquica. Nessa situação, o descumprimento do termo
de conduta propiciará a execução judicial do acordo em relação

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 72 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) à autarquia, em litisconsórcio necessário com Estado-


membro, pois em razão da relação de tutela, este sempre deverá ser
chamado a intervir em demandas que digam respeito ao exercício de
atividades descentralizadas.
b) à autarquia a que pertence o referido órgão, visto que em
razão da teoria da imputação, o órgão é uma unidade sem
personalidade jurídica própria, que congrega atribuições exercidas por
agentes que o integram e expressam a vontade do ente estatal.
c) ao agente público, que é responsável direto pela
manifestação de vontade que produziu e que deverá cumprir
pessoalmente as obrigações ali assumidas.
d) ao órgão da autarquia, visto que este tem personalidade
jurídica própria, distinta da entidade administrativa na qual está
inserido, a qual responderá apenas em caráter subsidiário.
e) ao Estado-membro, pois, conforme a teoria da
representação, é atribuível ao ente político a manifestação de todo e
qualquer órgão ou entidade que estejam em sua esfera e que o
representam nas relações com os demais sujeitos de direito.

Letra (A). Não resta dúvida de que o Estado responde pelos


danos gerados pela autarquia, considerando ser ela prestadora de
serviços públicos (deveres do Estado) e ter sido o próprio Estado quem
decidiu descentralizar. Todavia, essa responsabilidade guarda uma
ordem de preferência, devendo primeiro a autarquia assumi-la e,
somente se essa não tiver recursos para arcar com o dano, é que o
Estado será provocado (responsabilidade subsidiária). Assim, em regra,
não cabe litisconsórcio necessário. Logo, está INCORRETA.
Letra (B). A responsabilidade será da autarquia e não de seu
órgão integrante, já que órgão não possui personalidade jurídica. Nesse
caso, aplica-se a teoria do órgão ou da imputação volitiva, que
estabelece que o Estado manifesta sua vontade por meio dos órgãos

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 73 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

que integram a sua estrutura, de tal forma que quando os agentes


públicos que estão lotados nos órgãos manifestam a sua vontade, esta
é atribuída ao Estado. Portanto, está CERTA.
Letra (C). As pessoas jurídicas de direito público e as de
direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo
ou culpa (art. 37, §6º, da CF). Trata-se da responsabilidade civil
objetiva do Estado. Logo, está ERRADA.
Letra (D). Órgão público não possui personalidade jurídica.
Portanto, está INCORRETA.
Letra (E). A teoria da representação (o Estado seria
representado por seus agentes) não é aplicada e sim a teoria do órgão
ou da imputação volitiva, vista no comentário ao item B. Logo, está
ERRADA.
Gabarito: B

31) (FCC – 2014 – PGE/RN – Procurador do Estado de Terceira


Classe) Determinada autarquia estadual ofereceu em garantia bens de
sua titularidade, para obtenção de financiamento em projeto de
desenvolvimento regional com a participação de outras entidades da
Administração pública. Referido ato, praticado por dirigente da
entidade,
a) não pode ser revisto pela autoridade prolatora, em face da
preclusão, cabendo, contudo, a anulação pela autoridade superior,
mediante análise de conveniência e oportunidade.
b) pode ser impugnado por meio de recurso dirigido ao Chefe
do Executivo, independentemente de previsão legal, com base no
princípio da hierarquia.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 74 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

c) pode ser revisto, de ofício, pela Secretaria de Estado à qual


se encontra vinculada a entidade autárquica, em decorrência do
princípio da supervisão.
d) comporta revisão, com base no princípio da tutela, se
verificado desvio da finalidade institucional da entidade, nos limites
definidos em lei.
e) comporta controle administrativo apenas em relação ao seu
mérito, sendo passível de impugnação pela via judicial para controle das
condições de legalidade.

Letra (A). No caso de anulação, não se analisa conveniência e


oportunidade e sim legalidade do ato. Logo, está INCORRETA.
Letra (B). Só é possível recurso se houver previsão legal.
Portanto, está ERRADA.
Letra (C). A revisão deve seguir limites delineados pela lei, sob
pena de violar a autonomia da entidade da Administração Indireta. O
princípio da tutela ou controle decorre da vinculação da entidade da
administração indireta ao ente político que a instituiu (é vinculação e
não subordinação hierárquica). Isso quer dizer que não pode haver
ingerência do órgão instituidor nos serviços da entidade, a menos que
haja previsão legal ou caso esteja havendo descumprimento de suas
atividades legais. Logo, está INCORRETA.
Letra (D). Está CERTA, já que os atos praticados pelas entidades
da Administração Indireta podem ser revistos pelo ente político que as
instituiu, desde que haja previsão legal ou descumprimento da
finalidade institucional da entidade, com base no princípio da tutela ou
controle. Logo, está CERTA.
Letra (E). O controle administrativo comporta tanto o mérito
quanto a legalidade. Portanto, está ERRADA.
Gabarito: D

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 75 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

32) (FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário) Uma pessoa jurídica


que se enquadre no conceito de autarquia
a) é essencialmente considerada um serviço autônomo.
b) deve necessariamente possuir um regime jurídico especial.
c) terá garantia de estabilidade de seus dirigentes.
d) subordina-se hierarquicamente a algum Ministério, ou órgão
equivalente no plano dos demais entes federativos.
e) não integra a Administração Indireta.

O Decreto-Lei 200/67 que dispões sobre a Organização


Administrativa, nos diz que a Autarquia é o serviço autônomo, criado
por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para
executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram,
para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada.
Gabarito: Letra “a”.

33) (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário -


Execução de Mandados) Analise as características abaixo.
I. Personalidade jurídica de direito público.
II. Criação por lei.
III. Capacidade de autoadministração.
IV. Especialização dos fins ou atividades.
V. Sujeição a controle ou tutela.
Trata-se de
a) empresa pública.
b) fundação.
c) autarquia.
d) sociedade de economia mista.
e) órgão público.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 76 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Essa respondemos facilmente por exclusão. Se tem personalidade


jurídica não pode ser órgão – letra “e” descartada.
O princípio da legalidade tem uma faceta adicional quando se
trata de criação dos entes estatais. Aqui, esse princípio tem a
importante função de dizer que “somente por lei específica poderá ser
criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”
(redação do art. 37, XIX, da Constituição – CF);
Você reparou um detalhe?
A lei específica cria a autarquia, mas não cria empresa pública,
de sociedade de economia mista e fundação. O ato que cria essas
entidades é o registro de seus atos constitutivos (contratos sociais,
estatutos sociais etc.) na repartição competente (cartório, junta
comercial etc.).
Ainda sobre a autorização legislativa, se, por exemplo, o Banco do
Brasil quiser criar uma empresa subsidiária (= o Banco do Brasil vai
participar da composição societária dessa empresa, mas será outra
pessoa jurídica vinculada ao BB) administradora de cartões de crédito,
por exemplo, deverá haver uma lei específica autorizando a criação
dessa empresa subsidiária.
Voltando à questão: se foi criada por lei específica, não pode ser as
letras “a”, “b” e “d”, restando como gabarito a letra “c” – autarquia.

34) (UEG - SANEAGO –ADVOGADO - 2008) A entidade da


administração indireta dotada de prerrogativas em razão da sua
personalidade de direito público denomina-se:
a) Empresa pública
b) Sociedade de economia mista
c) Organização social
d) Autarquia

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 77 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Como vimos sobre o estudo das autarquias, elas têm personalidade


jurídica de direito público. Por serem regidas pelo direito público e por
prestarem atividades típicas do Estado, as autarquias gozam de
prerrogativas (ou de atributos especiais) assim como a União, os
estados-membros e os municípios.
Gabarito: Letra “d”.

35) (FCC – 2014 – TJ/AP – Técnico Judiciário – Área Judiciária e


Administrativa) A Administração pública pode instituir pessoas com
personalidade jurídica própria, desde que o faça por meio de lei
específica, para prestar serviços públicos. O enunciado diz respeito à
a) autarquia, que tem personalidade de direito público e
submete-se a regime jurídico de direito público.
b) sociedade de economia mista, que tem personalidade de
direito privado e submete-se a regime de direito privado parcialmente
derrogado pelo regime público.
c) empresa pública, que tem personalidade de direito público
e, por isso, submete-se a regime de direito público.
d) autarquia, que tem personalidade de direito público e
submete-se a regime jurídico de direito privado.
e) empresa pública, que tem personalidade de direito privado
e, por isso, submete-se a regime jurídico privado.

Letra (A). Segundo José dos Santos Carvalho Filho, pode-se


conceituar autarquia como a pessoa jurídica de direito público,
integrante da Administração Indireta, criada por lei para desempenhar
funções que, despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas
do Estado. Portanto, está CORRETA.
Letra (B). A questão trata da autarquia,que sempre é criada para
prestar serviços públicos, sendo que a sociedade de economia mista

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 78 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

pode ser criada, após autorização em lei, para exploração de atividades


econômicas. Logo, está INCORRETA.
Letra (C). A empresa pública possui personalidade de direito
privado e submete-se a um regime jurídico híbrido (em regra, privado,
mas com algumas regras públicas). Portanto, está ERRADA.
Letra (D). A autarquia submete-se a regime jurídico de direito
público. Logo, está INCORRETA.
Letra (E). A empresa pública submete-se a regime jurídico híbrido
ou misto, isso porque mistura regras de direito público com as de
direito privado, ora se aproximando mais de um, ora de outro. Portanto,
está ERRADA.
Gabarito: A

5.2 Fundações públicas

As fundações são entidades (=possuem personalidade jurídica


própria, ao contrário dos órgãos) que não possuem fins lucrativos,
exercendo atividades de fim social: religiosos, morais, culturais ou de
assistência.

É uma pessoa jurídica composta por um


patimônio personalizado, que presta atividades não lucrativas e
atípicas do Poder Público, mas de interesse coletivo, como educação,
cultura, pesquisa, entre outros, sempre merecedoras de amparo
estatal. Trata-se da personificação de uma finalidade.
Elas podem ser de direito público ou de direito privado, de
acordo com sua criação, tendo como critério o seu fundador: se o
instituidor é um particular, consiste em fundação privada, estando
completamente fora da Administração Pública e se submetendo às

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 79 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

regras do Direito Civil (arts. 62 e seguintes do Código Civil); se


instituída por um ente do Poder Público, é fundação pública.
Se a fundação é de direito público, ela é chamada de “autarquia
fundacional” ou “fundação autárquica”. Nesse caso elas possuem
características idênticas às autarquias, aplicando-se todas as
regras do regime jurídico aplicável às autarquias, vistas no
tópico anterior.
Com o advento da Constituição de 1988, hoje não há mais dúvidas
de que a fundação pública integra a Administração Pública Indireta.
Exemplos de fundações públicas de direito público: FUNCEP
(Fundação Centro de Formação de Servidores Públicos); Fundação da
Casa Popular; Fundação Brasil Central; FUNAI;IBGE; IPEA (Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada).

E se ela for de direito privado? Existe fundação de direito


privado criada pelo Estado?
Existe sim. Se tiver personalidade de direito privado, a fundação
pública continua com todas as restrições impostas às autarquias e às
fundações de personalidade jurídica de direito público (obrigatoriedade
de licitação e de concurso público, controle pelo tribunal de contas etc.),
mas não possuem as prerrogativas das fundações autárquicas.
Nesse diapasão, a doutrina reconhece para essas pessoas o
tratamento igual ao da empresa pública e da sociedade de economia
mista, ou seja, um regime híbrido.
Em uma fundação privada, de direito privado, regida pelo Direito
Civil, o instituidor só exerce papel na instituição, tornando-se o seu ato
irrevogável. No entanto, quando se trata de fundação pública de direito
privado, essa característica é mais flexível, já que a Administração pode
alterar ou revogar a lei que autoriza a sua criação, com base no
princípio da indisponibilidade do interesse público.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 80 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

No caso da fundação pública (seja ela de direito público ou de


direito privado) não há falar em atribuição do Ministério Público para
“velar” pela fundação, como ocorre com as fundações privadas, por
determinação do art. 66 do Código Civil. Não há qualquer problema
quanto à essa ausência de fiscalização rigorosa e permanente pelo
Ministério Público, uma vez que as fundações públicas são controladas
internamente (pelo Poder Executivo) e também pelo TCU.
Quanto à sua receita, as fundações públias podem receber dotação
orçamentária e seus bens podem ter regime especial, desde que
indispensáveis à prestação de serviços públicos.
As fundações públicas não têm privilégios processuais e podem
responder objetivamente pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, desde que sejam prestadoras de
serviços públicos.
O agente que atua na fundação pública no regime privado não é
servidor público, sendo denominado servidor de ente governamental de
direito privado. Por ser pessoa privada, não pode ter cargos públicos,
estando dessa maneira regrado pelo sistema trabalhista (CLT). Seus
dirigentes estão sujeitos a remédios constitucionais, como mandado de
segurança e ação popular.
Lembre-se de que a lei específica autoriza a criação da fundação
pública e a lei complementar define as áreas de sua atuação.
Exemplos de fundações públicas de direito privado: FUNPRESP-Exe
e FUNPRESP-Jud (fundações de previdência complementar para
servidores públicos federais), criadas recentemente.

1) É absolutamente incorreta a afirmação normativa de que as


fundações públicas são pessoas de direito privado. Na verdade,
são pessoas de direito público, consoante, aliás, universal
entendimento, que só no Brasil foi contendido. Saber-se se uma
pessoa criada pelo Estado é de Direito Privado ou de Direito

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 81 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Público é meramente uma questão de examinar o regime


jurídico estabelecido na lei que a criou. Se lhe atribuiu a
titularidade de poderes públicos, e não meramente o exercício
deles, e disciplinou-a de maneira a que sua relações sejam
regidas pelo Direito Público, a pessoa será de Direito Público,
ainda que lhe atribua outra qualificação. Na situação inversa, a
pessoa será de Direito Privado, mesmo inadequadamente
denominada (STJ, REsp 480632/RS, Min. Franciulli Netto, DJ:
28.10.2003).
2) A distinção entre fundações públicas e privadas decorre da
forma como foram criadas, da opção legal pelo regime jurídico a
que se submetem, da titularidade de poderes e também da
natureza dos serviços por ela prestados. A norma questionada
aponta para a possibilidade de serem equiparados os servidores
de toda e qualquer fundação privada, instituída ou mantida pelo
Estado, aos das fundações públicas. Sendo diversos os regimes
jurídicos, diferentes são os direitos e os deveres que se
combinam e formam os fundamentos da relação empregatícia
firmada. A equiparação de regime, inclusive o remuneratório,
que se aperfeiçoa pela equiparação de vencimentos, é prática
vedada pelo art. 37, XIII, da CF e contrária à Súmula nº 339 do
STF. Precedentes. ADI julgada procedente (ADI 191, STF-
Tribunal Pleno, Rel. Min. Cármen Lúcia, julg: 29.11.2007, DJe:
07.03.2008).

Em artigo de Patrícia Viana Ferreira, disponível no


http://jus.com.br/artigos/14069/fundacao-publica-personalidade-
juridica-de-direito-publico-ou-privado#ixzz3STXXaF00 a autora trouxe

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 82 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

critérios para diferenciar as fundações públicas de regime público e de


regime privado. Leia o comparativo com atenção:

“Para definir se a fundação é pública ou privada a análise da lei


instituidora é imprescindível, tendo os doutrinadores fixado alguns
critérios de diferenciação que nela podem ser identificados:
a) inexigibilidade de inscrição de seus atos constitutivos no
Registro Civil das Pessoas Jurídicas para as de direito público,
porque a sua personalidade já decorre da lei (Di Pietro);
b) titularidade de poderes públicos e não meramente o exercício
deles (Bandeira de Melo);
c) origem dos recursos, serão de direito público aquelas cujos
recursos tiverem previsão própria no orçamento da pessoa
federativa e que, por isso mesmo, sejam mantidas por tais verbas,
sendo de direito privado aquelas que sobreviverem basicamente com as
rendas dos serviços que prestem e com outras rendas e doações
oriundas de terceiros (Carvalho Filho);
d) natureza das atividades, para Justen Filho se a fundação "envolver
um processo de descentralização de competências próprias e inerentes
à Administração direta, o único regime jurídico admissível será o
público".
e) regime jurídico, titularidade de poderes e natureza dos serviços
prestados (STF – ADI 191/RS: "A distinção entre fundações públicas e
privadas decorre da forma como foram criadas, da opção legal pelo
regime jurídico a que se submetem, da titularidade de poderes e
também da natureza dos serviços por elas prestados ).”

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 83 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

36) (FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO-MS/Analista Judiciário) São


características das autarquias e fundações públicas:
a) Processo especial de execução para os pagamentos por elas
devidos, em virtude de sentença judicial; Impenhorabilidade dos seus
bens.
b) Imunidade tributária relativa aos impostos sobre o patrimônio,
renda ou serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas
decorrentes; Prazos simples em juízo.
c) Presunção de veracidade, imperatividade e executoriedade dos
seus atos; Não sujeição ao controle administrativo.
d) Prazos dilatados em juízo; Penhorabilidade dos seus bens.
e) Processo de execução regido pelas normas aplicáveis aos entes
privados; Imunidade tributária relativa aos impostos sobre o
patrimônio, renda ou serviços vinculados às suas finalidades essenciais
ou às delas decorrentes.
Veja bem, o prazo apontado pela letra “b” está errado, tendo em
vista que não se trata de prazo simples. Vimos que as autarquias e
fundações públicas gozam dos privilégios da Fazenda Pública em juízo.
Assim, ela goza do prazo em quádruplo para contestar e em dobro para
recorrer, além de se sujeitar ao duplo grau de jurisdição obrigatório,
como dispõe o Código de Processo Civil.
A letra “c” está errada, pois há controle administrativo interno nas
autarquias e fundações (controle do superior hierárquico com relação
aos atos dos seus subordinados) bem como a supervisão ministerial
com relação ao Ministério ao qual está vinculada a autarquia ou
fundação.
Os bens das autarquias e fundações públicas são impenhoráveis,
item “d” errado.
As execuções de sentenças judiciais contra esses entes ocorre por
meio do sistema de precatórios (art. 100, caput, da Constituição).
Assim, a letra “e” está errada.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 84 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Resta, então, a letra “a” como correta. Realmente os bens das


autarquias e fundações públicas são impenhoráveis e elas se submetem
a processo especial de execução para os pagamentos por elas devidos,
em virtude de sentença judicial, os famosos “precatórios”.
Gabarito: A

37) (FCC - 2013 - DPE-AM - Defensor Público)Mediante iniciativa


do Governador, o Estado do Amazonas aprova lei, cujos artigos iniciais
estão assim redigidos:
“Artigo 1o - Fica o Poder Executivo autorizado a instituir, por
escritura pública, sob a denominação de (...), uma (...) que se regerá
por esta lei, pelas normas civis, por seu estatuto e com as finalidades
discriminadas no artigo 2o .
§ 1o - A .... será uma entidade civil, sem fins lucrativos, com prazo
de duração indeterminado e adquirirá personalidade jurídica a partir da
inscrição, no Registro competente, do seu ato constitutivo, com o qual
serão apresentados o Estatuto e o respectivo decreto de aprovação”.
Diante do texto legislativo acima, pode-se concluir que a entidade
a ser criada será uma
a) empresa pública.
b) autarquia.
c) fundação de direito privado.
d) sociedade de economia mista.
e) associação pública.

A questão se refere ao Decreto-Lei 200/67:

Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:


IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de
direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização
legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução
por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa,
patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e
funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.
§ 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 85 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua


constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as
demais disposições do Código Civil concernentes às fundações.

A questão então trata da Fundação Pública de Direito Privado.


Gabarito: letra c.

38) (FCC – 2014 – MPE/PA – Promotor de Justiça) A doutrina e a


jurisprudência nacional reconhecem a existência de dois tipos de
fundação governamental: as de direito público e as de direito
privado. NÃO faz parte dos traços comuns dessas duas espécies
a) a inexigibilidade de inscrição de seus atos constitutivos no
Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
b) a imunidade tributária no que se refere ao patrimônio, à
renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais
ou às delas decorrentes.
c) a vedação de acumulação de cargos e empregos públicos.
d) a submissão às normas gerais de licitação estabelecidas por
lei federal.
e) o controle pelos Tribunais de Contas.

Letra (A): Conforme observado na diferenciação das


fundações de direito público e de direito privado acima identificada, não
é necessária a inscrição dos atos constitutivos no Registro Civil das
Pessoas Jurídicas para as de direito público, porque a sua personalidade
já decorre da lei (Di Pietro). Logo, está CORRETA.
Letra (B). As fundações públicas de direito privado também
gozam de imunidade tributária recíproca, já que o art. 150, §2º, da CF,
menciona que essa imunidade abrange as fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público. Portanto, está INCORRETA.
Letra (C). A proibição de acumular estende-se a empregos e
funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas,

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 86 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades


controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público (art. 37, inciso
XVII, da CF). O dispositivo não diferencia espécies de fundações
públicas, abrangendo tanto a de direito público como a de direito
privado. Logo, está ERRADA.
Letra (D). Ambas as fundações públicas submetem-se à lei
geral de licitações e contratos (Lei nº 8.666/93). Portanto, está
INCORRETA.
Letra (E). Ambas as fundações públicas estão sujeitas à
fiscalização e controle pelo TCU. Logo, está ERRADA.
Gabarito: A

39) (FCC – 2014 – TRT 16ª Região (MA) – Analista Judiciário –


Área Judiciária) Facundo, Auditor Fiscal da Receita Federal, pretende
multar a Fundação “Vida e Paz”, fundação instituída e mantida pelo
Poder Público, haja vista que a mesma jamais pagou imposto sobre seu
patrimônio, renda e serviços. Nesse caso,
a) Facundo apenas pode cobrar tributo pelos serviços exercidos
pela fundação, mas não sobre a renda e o patrimônio, os quais
detém imunidade tributária.
b) correta a postura de Facundo, vez que a citada fundação não
detém imunidade tributária.
c) correta a postura de Facundo, pois apenas as autarquias
possuem imunidade tributária.
d) incorreta a postura de Facundo, vez que a fundação possui
imunidade tributária relativa aos impostos sobre seu patrimônio,
renda e serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou as
delas decorrentes.
e) Facundo apenas pode cobrar tributo sobre a renda da fundação,
mas não sobre seus serviços e patrimônio, os quais detém
imunidade tributária.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 87 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Letra (A). A imunidade tributária abrange os serviços também.


Logo, está INCORRETA.
Letra (B). A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “a”, da
CF alcança as fundações instituídas e mantidas pelo poder público (art.
150, §2º, da CF. Portanto, está ERRADA.
Letra (C). Está INCORRETA, considerando o comentário feito ao
item anterior. Logo, está INCORRETA.
Letra (D). Está de acordo com o art. 150, §2º, da CF. Logo, está
CERTA.
Letra (E). A imunidade tributária abrange também a renda.
Portanto, está ERRADA.
Gabarito: D

5.3 Empresas Públicas

Antes de mais nada, cabe lembrar que a expressão “empresa


estatal ou governamental” é utilizada para designar todas as
sociedades, civis ou empresariais, de que o Estado tenha o controle
acionário, abrangendo a empresa pública e a sociedade de economia
mista, que serão vistas neste e no próximo tópicos. Embora ambas
sigam regimes parecidos, têm importantes diferenças quanto ao seu
conceito, finalidade e constituição.
As empresas públicas têm personalidade jurídica de direito
privado, ou seja, são “empresas” do Estado, mas submetem-se a
certas regras especiais decorrentes da finalidade pública que persegue.
São constituídas sob qualquer das formas admitidas em
direito, com capital formado unicamente por recursos públicos,
de pessoas da Administração Direta ou Indireta. Podem ser federal,
estadual ou municipal, a depender da predominância acionária.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 88 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Exemplos: BNDES; Radiobrás; ECT; CEF; Casa da Moeda do Brasil;


FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos); EMBRAPA; SERPRO;
INFRAERO.

Como assim, professor? O Estado cria uma empresa privada?


Isso mesmo, a Constituição autoriza o Estado a criar uma empresa
privada para exercer atividade econômica relevante. Será relevante a
atividade que seja “necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo”. Veja a redação dos arts. 173, § 1º, e
175 da CF:

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração


direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando
necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse
coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade
de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica
de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços,
dispondo sobre:
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob
regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação
de serviços públicos.

Assim, entende-se que o Estado pode criar empresas públicas para


dois propósitos: (a) promover atividades econômicas ou (b) prestar
serviços públicos. Só será permitida a criação se a atividade da
empresa for de relevante interesse coletivo ou necessária à segurança
nacional.
Como vimos acima, a lei específica autoriza a criação das empresas
públicas, quem cria, efetivamente, é o registro dos atos de criação da
empresa no órgão competente (cartório ou junta comercial).

Aqui você já deve SEPARAR O JOIO DO TRIGO!

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 89 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Se o examinador quiser complicar um pouco a sua situação, ele vai


explorar esse ponto da matéria. Por isso, OLHO ABERTO!
As regras aplicáveis às empresas públicas que prestam serviço
público são diferentes das regras aplicáveis àquelas que exercem
atividade econômica (o mesmo ocorre com as sociedades de economia
mista que serão o nosso próximo objeto de estudo).
Essas empresas estatais (EP e SEM), apesar de terem
personalidade jurídica de direito privado, não têm regime
verdadeiramente privado. A doutrina prefere denominá-lo como regime
híbrido ou misto, isso porque ele mistura regras de direito público com
as de direito privado, ora se aproximando mais de um, ora de outro.
Para as exploradoras de serviços públicos, seu regime muito se apoxima
do direito público; já para as exploradoras da atividade econômica,
mais se aproxima do direito privado.
Isso porque, as que prestam serviço público atuam em substituição
ao Estado para fornecer uma conveniência diretamente à população.
Já as que exercem atividade econômica não podem ter
prerrogativas de Estado, pois atuam num ambiente de concorrência
com outras empresas. Por isso que a Constituição determina que “as
empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão
gozar de privilégios fiscais (=imunidade tributária) não extensivos às do
setor privado”.
Além disso, em regra, os bens das empresas estatais são
penhoráveis na justiça (salvo quando afetos diretamente à prestação de
um serviço público, como veremos abaixo), a responsabilidade civil das
empresas estatais que prestam serviços púbico é objetiva (art. 37. §
6º, da CF), enquanto a das empresas que exercem atividade econômica
é responsabilidade subjetiva.
Com relação à obrigatoriedade de licitação, a Constituição informa
que a regra é a adoção da licitação para toda “administração púbica
direta e indireta de qualquer dos Poderes” (art. 37, XXI, da

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 90 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Constituição). Contudo, importante observar que a Petrobrás, por


exemplo, não vai fazer licitação para vender gasolina nos postos de
combustíveis. Assim, as empresas estatais contratam bens e serviços
por licitação apenas se relacionados à atividade meio (de movimentação
da máquina interna) – não há licitação para os bens relacionados à
atividade fim da empresa.

O art. 173, §1º, da CF, reconhece a possibilidade de um regime


especial para as empresas públicas e sociedades de economia mista e
suas subsidiárias, por intermédio de um estatuto jurídico próprio para
sua função e formas de fiscalização, com regras quanto aos direitos
civis, comerciais, trabalhistas e tributários, licitação e contratos,
conselhos de administração e fiscal e mandatos dos administradores.
Entretanto, ainda não há estatuto próprio sujeitando-se ao regime
geral.

Em alguns casos, excepcionalmente, existe a imunidade tributária


recíproca para as empresas estatais.
O STF reconhece a imunidade tributária recíproca quando a
empresa pública ou sociedade de economia mista for comprovadamente
prestadora de serviços públicos, em duas situações:
1) Serviço obrigatório e exclusivo para o Estado. Ex: ECT
2) Fora desse contexto, quando atendidos 3 requisitos (ex:
Infraero):
a) aplica-se aos bens, patrimônio e serviços utilizados pela
empresa, mas na satisfação de objetivos institucionais
próprios do ente federado;
b) a atividade não pode ser destinada primordialmente a
aumentar o patrimônio do Estado ou de particulares;

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 91 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

c) a desoneração não deve comprometer os princípios da livre


concorrência e do exercício da atividade profissional ou
econômica lícita.
OBS: a matéria também é objeto de discussão para as
empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam
serviços de saúde, hipótese em que o STF, julgando o RE nº 580.264,
declarou repercussão geral para o tema e no julgamento do mérito
reconheceu a imunidade tributária recíproca.
No tocante à responsabilidade civil, para as empresas
públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviços
públicos, aplica-se a responsabilidade objetiva (art. 37, §6º, CF). Faz-se
mister lembrar que a titularidade da atividade não sai das mãos do
Estado e que este transfere para as empresas estatais somente a sua
execução. Sendo assim, o Estado responde subsidiariamente pelos
danos causados, o que significa dizer que primeiro responde a empresa
e, se essa não tiver patrimônio suficiente, responde o Estado.

O STF definiu, no RE nº 591.874, que há responsabilidade civil


objetiva (dever de indenizar danos causados independentemente de
culpa) das empresas que prestam serviço público, mesmo em relação
a terceiros, ou seja, aos não usuários (ex: se um ônibus de uma
concessionária de transporte público de sua cidade atropela um
pedestre no meio da rua a responsabilidade da empresa prestadora do
serviço será objetiva, mesmo não sendo o pedestre um usuário do
serviço de transporte público).
Quanto aos bens e regime de precatório, a questão é complexa.
Marinela adota a orientação de que os bens pertencentes às pessoas
privadas (exs: empresas públicas, sociedades de economia mista) são
bens privados, todavia, quando prestadoras de serviços públicos, se

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 92 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

eles estiverem diretamente ligados à prestação de serviços


públicos, estarão sujeitos ao regime público.
Justificam esse tratamento especial: o princípio da continuidade
dos serviços públicos; o fato de os bens serem decorrentes da
transferência do ente que as criou; a cláusula de reversão ao ente
público que lhes deu origem; a possibilidade de a lei instituidora dar
essa especialidade para esses bens; e o dever de licitar dessas
empresas. OBS: lembrando que, conforme sedimentado pelo STF, os
bens da ECT, que é tratada como Fazenda Pública, são
impenhoráveis, independentemente de estarem ou não diretamente
ligados à prestação de serviço público. Ademais, aplica-se o regime do
precatório no caso da ECT.

Os dois grupos (as que prestam serviço público e


as que exercem atividade econômica), entretanto, possuem
características comuns, mais especificamente, restrições comuns:
 Devem contratar mediante concurso público (normalmente
pelo regime celetista);
OBS: Os empregados das empresas estatais também se
submetem ao teto remuneratório, salvo se a empresa não
receber recursos da Administração Direta para pagamento de
seu pessoal ou custeio em geral, e estão incluídos no regime
da não acumulação de cargos e empregos públicos.
O STF entende que os empregados públicos não fazem jus à
estabilidade prevista no art. 41 da CF, salvo aqueles
admitidos em período anterior ao advento da EC nº 19/98.
Entretanto, afirma que, em atenção aos princípios da
impessoalidade e isonomia, que regem a admissão por
concurso público, a dispensa do empregado de empresas
públicas e sociedades de economia mista que prestam

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 93 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

serviços públicos deve ser motivada, assegurando-se, assim,


que tais princípios, observados no momento daquela
admissão, sejam também respeitados por ocasião da
dispensa (RE 589.998, STF- Tribunal Pleno, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julg: 20.03.2013, DJe: 12.09.2013).
OBS: isso também se aplica para as sociedades de economia
mista.
 Licitação obrigatória (salvo para a atividade fim das que
atuam em atividade econômica);
Quando prestadoras de serviços públicos, seguem as normas
gerais para licitação (Lei nº 8.666/93 e Lei nº 10.520/02).
Quando exploradoras de atividade econômica, podem se
sujeitar a um regime simplificado para realização de
licitações e contratações, a ser previsto em um estatuto
jurídico proprio, com a finalidade de ser mais dinâmico e
mais barato para viabilizar a competição em condições de
igualdade com as demais empresas. OBS: não signfica
ausência de procedimento licitatório, não devendo resultar
em um sistema de plena discricionariedade, mas um sistema
mais simples.
Entretanto, em razão da ausência desse estatuto até hoje, o
entendimento que prevalece é o de que essas empresas
devem seguir a norma geral (Lei nº 8.666/93).
OBS: isso também se aplica para as sociedades de economia
mista.
 Se submetem a controle pelos tribunais de contas e pela
Administração Direta;
 Não se sujeitam à falência;
 Podem responder mandado de segurança quando o ato
praticado pelo gestor da empresa envolver atos de
administração interna (=atividade meio), como, por exemplo,

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 94 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

o diretor da empresa pública age ilegalmente ao realizar uma


licitação para comprar material de escritório ou ao contratar
empregados. Por outro lado, não cabe mandado de
segurança contra os atos de gestão comercial (=atividade
fim) praticados pelos administradores de empresas públicas.
OBS: isso também se aplica para as sociedades de economia
mista.
 As empresas governamentais (sociedades de economia mista
e empresas públicas) e os entes de cooperação (serviços
sociais autônomos e organizações sociais) qualificam-se
como pessoas jurídicas de direito privado e, nessa condição,
não dispõem dos benefícios processuais inerentes à
Fazenda Pública (União, Estados-membros, DF, Municípios
e respectivas autarquias), notadamente da prerrogativa
excepcional da ampliação dos prazos recursais (CPC, art.
188). Precedentes (AI-AgR 349.477/PR, STF-Segunda Turma,
Rel. Min. Celso de Mello, julg: 11.02.2003, DJ: 28.02.2003).

Além disso, essas pessoas jurídicas só terão a sua


representação processual regular se for apresentada a
necessária procuração, conforme exigido pelo CPC (art. 36),
diferentemente das pessoas jurídicas de direito público.
 As empresas públicas da União respondem ações judiciais na
Justiça Federal. As sociedades de economia mista
respondem na Justiça Comum.

A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) é uma empresa


pública que recebe tratamento de Fazenda Pública e, em razão disso,

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 95 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

em vários pontos do regime jurídico terá tratamento diferenciado. A


aplicação desse tratamento especial também tem como fundamento a
exclusividade na prestação do serviço postal. Esse regime especial
decorre do Decreto-Lei nº 509/69 que, em seu art. 12, dispõe: “A ECT
gozará de isenção de direitos de importação de materiais e
equipamentos destinados aos seus serviços, dos privilégios concedidos
à Fazenda Pública, quer em relação à imunidade tributária, direta ou
indireta, impenhorabilidade de seus bens, rendas e serviços, quer no
concernente a foro, prazos e custas processuais”. Além disso, o Pleno
do STF, no julgamento do RE 220.906-9 (DJ: 24.11.2002), afirmou que
a ECT tem os mesmos privilégios conferidos à Fazenda Pública, dentre
os quais o da impenhorabilidade de seus bens, rendas e serviços,
devendo a execução contra ela fazer-se mediante precatório.

40) (VUNESP – 2012 – TJ-MG – Juiz) Com relação ao


entendimento do Supremo Tribunal Federal acerca dos serviços postais,
assinale a alternativa correta.
a) O serviço postal é serviço público exclusivo da União, prestado
pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em situação de
privilégio.
b) Os veículos utilizados pela ECT para prestação dos serviços
postais podem ser penhorados, desde que em decorrência de execução
fiscal pelo não pagamento do IPVA.
c) A ECT é empresa pública submetida ao regime privado, razão
pela qual suas dívidas judiciais não se submetem ao regime de
precatório
Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 96 de 256
Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

d) O Estado de Minas Gerais pode cobrar o ICMS incidente sobre o


serviço de transporte de encomendas realizado pela ECT, tendo em
vista que a imunidade tributária do artigo 150, VI, ‘a’, CF, não se aplica
às empresas privadas.

Apesar de tratar-se de uma questão específica, é interessante que


o candidato tenha esse conhecimento! Afinal, ao falarmos em concurso
público, nenhum conhecimento é demais! Portanto, saibam que o
serviço postal é serviço público exclusivo da União, prestado pela
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em situação de
privilégio. A imunidade tributária recíproca é o privilégio de que trata a
questão.
Gabarito: A

41) (VUNESP – 2011 – SAP-SP – Analista Administrativo) A


respeito das Empresas Públicas, é correto afirmar que
a) são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito
público.
b) no tocante à organização societária, adotam qualquer forma
admitida em direito.
c) podem ser criadas por meio de Decreto do Poder Executivo, sem
qualquer autorização legislativa.
d) somente poderão ser instituídas pela União e Estados-Membros.
e) devem possuir como objeto social apenas a exploração de
atividade econômica.

Vamos relembrar as características das empresas públicas? São


entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, adotam
qualquer forma admitida em direito, sua criação é autorizada por lei e
seu objeto social pode ser para exploração de atividade econômica ou
prestação de serviço público. Portanto, temos a letra B como gabarito.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 97 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Gabarito: B

42) (UEG- SANEAGO – Advogado – 2008) Sobre a regência legal


das entidades da Administração Pública indireta, é CORRETO afirmar:
a) As empresas públicas organizam-se pelo direito privado com
incidência de algumas normas de direito público.
b) As empresas públicas e sociedades de economia mista
organizam-se pelas regras de direito privado sem incidência de normas
de direito público.
c) As autarquias regem-se pelo direito privado com incidência de
normas de direito público.
d) As autarquias regem-se pelo direito privado.
É importante que você saiba que tanto as empresas públicas como
as sociedades de economia mista são entidades de natureza híbrida.
Segundo Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo tais entidades são
pessoas jurídicas de direito privado, porém nenhuma dessas entidades
atua integralmente sob regência do direito privado. Assim afirmam “as
empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de
serviços públicos, embora sejam, também, pessoas jurídicas de direito
privado, estão sujeitas a diversas regras e princípios de direito público,
especialmente como decorrência do postulado da continuidade dos
serviços públicos.”
Assim podemos concluir que as empresas públicas organizam-se
pelo direito privado com incidência de algumas normas de direito
público.
Gabarito: Letra “a”.

43) (FCC – 2013 – TRT 18ª Região – Técnico Judiciário) A


criação de empresas estatais e de autarquias é expressão de

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 98 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) desconcentração na organização administrativa, na medida em


que configura delegação a outros órgãos públicos de competências
administrativas.
b) desconcentração, na medida em que transfere a titularidade de
serviços e competências para órgãos que não integram a organização
administrativa.
c) descentralização, na medida em que permite a execução de
competências estatais por entes regularmente criados para tanto,
embora não dotados de personalidade jurídica própria.
d) descentralização, na medida em que permite a transferência da
titularidade de serviços estatais para outros entes, ainda que não
integrem a Administração direta do Estado.
e) descentralização ou desconcentração, na medida em que
consistem na transferência de competências estatais para outros entes,
dotados de personalidade jurídica própria e integrantes da
Administração direta do Estado.

Já vimos que a criação de autarquias e empresas públicas é fruto


de uma descentralização. Há a transferência de titularidade de serviços
estatais para outros entes e não integram a Administração Direta.
Gabarito: D

5.4 Sociedades de Economia Mista

As sociedades de economia mista (SEM) também são empresas


privadas criadas pelo Estado. Também devem ser criadas para exercer
atividade econômica ou prestar serviço público de relevante interesse
social ou relacionado à segurança nacional. O regime jurídico aplicado
para cada um dos dois grupos (atividade e serviço) também é
diferenciado. Também são criadas ante a existência de autorização legal

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 99 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

e para os fins definidos (princípio da especialidade). Também se


submetem a controle do ente que o criou e do tribunal de contas.
Também contratam sob o regime celetista.
Uai, professor, então qual a diferença entre as empresas públicas
(EP) e as sociedades de economia mista (SEM)?
São as seguintes:

MUITA ATENÇÃO!!! Você não vai escorregar


nessa!
Ao contrário das empresas públicas – que podem ser constituídas
sob qualquer forma admitida no direito comercial – as SEM devem ser
constituidas sempre sob a forma de uma sociedade anônima (=SA).
Outra diferença com relação às empresas públicas é que o capital
que constitui a SEM é misto: parte do poder público, parte da iniciativa
privada, enquanto o capital da empresa pública é 100% público, não se
exigindo que seja de um único ente, podendo ser de mais de uma
pessoa jurídica da Administração Direta ou da Direta com a Indireta.
Entretanto, a Administração Pública (Administração Direta ou Indireta)
tem que ter a maioria do capital votante, ou seja, deve ter o controle
acionário.
A terceira importante diferença é que, mesmo as SEM da União
respondem por ações judiciais na justiça comum estadual enquanto as
ações em que a empresa pública federal seja autora, ré, assistente ou
oponente serão julgadas pela Justiça Federal (art. 109, I, CF).

Súmula nº 517 do STF: “As sociedades de


economia mista só tem foro na Justiça Federal quando a União intervém
como assistente ou opoente”.
Há outra particularidade, mas especificamente com relação às
licitações da Petrobrás, que presta atividade econômica. Ela deve
comprar bens e serviços relativos à atividade meio mediante licitação,

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 100 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

mas a lei lhe autorizou a utilizar uma licitação diferenciada, mais


branda, e o STF entendeu que essa previsão legal está correta.

Antigamente, o entendimento do STF era pela impossibilidade do


controle pelo TCU em face das sociedades de economia mista, em razão
de seus bens e seus direits não serem considerados como bens
públicos. Entretanto, o Supremo alterou sua posição no julgamento
conjunto dos Mandados de Segurança – MS nº 25.092 e 25.181,
proferido em 10/11/2005, passando a admitir esse controle,
ressalvando a impossibilidade de esse Tribunal interferir na política de
administração dessa empresa. Essa alteração de posição foi fundada no
fato de que um prejuízo causado a uma sociedade de economia mista
afetaria o capital do Poder Público (maioria do capital votante),
havendo, com isso, lesão ao erário e levando-se em conta o regime
híbrido dessas empresas.

As empresas públicas e as sociedades de


economia mista, integrantes da administração indireta, estão sujeitas à
fiscalização do Tribunal de Contas, não obstante os seus servidores
estarem sujeitos ao regime celetista (MS 25.092/DF, Rel. Min. Carlos
Velloso, Tribunal Pleno, DJ: 17.03.2006).
Assim, como as empresas públicas, dependem de autorização
legislativa específica para sua criação (art. 37, XIX, CF). Ou seja, não
poderá o Poder Legislativo fazer uma autorização genérica, sendo
preciso que a lei designe que entidade pretende gerar, qual seu objetivo
e quais as atribuições conferidas a ela. Por paralelismo jurídico, exige-
se lei para autorizar sua extinção também, não podendo ser por mero
ato administrativo.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 101 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Além disso, exige-se lei, da mesma forma, para autorizar a criação


e a extinção de pessoas jurídicas subsidiárias a essas empresas
estatais.

Ao contrário das autarquias, essas empresas estatais,


para que passem a existir efetivamente, dependem, além da lei, do registro
dos atos constitutivos no órgão competente (Cartório de Registro de Pessoas
Jurídicas, quando de natureza civil, e Junta Comercial, quando de natureza
empresarial).
Em relação às licitações e contratos, aplica-se a mesma coisa que já foi
exposta no tópico acima (“empresas públicas”).

É importante relembrar a situação especial da


Petrobras, que, com natureza de sociedade de economia mista
exploradora da atividade econômica, tem a possibilidade de adotar um
procedimento simplificado de licitação, mesmo antes da EC nº 19/98,
em razão da determinação da Lei nº 9.478/97 (art. 67) e do Decreto nº
2.745/98 (editado pelo Presidente da República para definir esse
procedimento). Em janeiro de 2006, o TCU proferiu decisão no processo
nº 008.210/2004-7 (AC 39/2006), suspendendo a adoção do
procedimento simplificado para a Petrobras, por reconhecer a
inconstitucionalidade da referida lei. Entretanto, a matéria foi levada ao
STF e discutida inicialmente no MS nº 25.888. Em decisão liminar, a
Corte Suprema reconheceu o direito de a Petrobras continuar utilizando
o processo simplificado até o julgamento de mérito (que até esse
momento não foi proferido), já que a Petrobras, ao cumprir as
exigências da Lei nº 8.666/93, parece estar em confronto com normas
constitucionais. Destaca-se um trecho da citada decisão: “A submissão
legal da Petrobrás a um regime diferenciado de licitação (previsto na Lei
nº 9.478/97) parece estar justificado pelo fato de que, com a
relativização do monopólio do petróleo trazida pela EC nº 9/95, a
empresa passou a exercer a atividade econômica de exploração do

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 102 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

petróleo em regime de livre competição com as empresas privadas


concessionárias da atividade, as quais, frise-se, não estão submetidas
às regras rígidas de licitação e contratação da Lei nº 8.666/93”. OBS: a
Eletrobras, provavelmente, vai passar por todas essas questões
também, já que foi editada a Lei nº 11.943/09 autorizando
procedimento licitatório simplificado a ser definido em decreto do
Presidente da República.
Exemplos: Banco do Brasil; Petrobras; maioria dos bancos
estaduais e o Instituto de Resseguros do Brasil; BNB (Banco do
Nordeste do Brasil); ELETROBRÁS; BASA (Banco da Amazônia);
TELEBRÁS.

1) De acordo com o entendimento pacificado no STJ, as ações


movidas contra as sociedades de economia mista não se
sujeitam ao prazo prescricional previsto no Decreto nº
20.910/32 (5 anos), porquanto possuem personalidade jurídica
de direito privado, estando submetidas às normas do Código
Civil: prazo prescricional 3 anos (REsp 1.145.416/RS, STJ-
Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julg:
06.09.2011, DJe: 14.09.2011). Isso também serve para as
empresas públicas e fundações públicas de direito privado.
2) São válidos e eficazes os contratos firmados pelas sociedades de
economia mista exploradoras de atividade econômica de
produção ou comercialização de bens ou de prestação de
serviços (art. 173, §1º, CF) que estipulem cláusula
compromissória submetendo à arbitragem eventuais litígios
decorrentes do ajuste (REsp 612.439/RS, STJ-Segunda Turma,
Rel. Min. João Otávio de Noronha, julg: 25.10.2005, DJ:
14.09.2006).

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 103 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

44) (VUNESP – 2013 – TJ-RJ – Juiz) Na Administração Pública


Indireta,
a) as autarquias e as fundações governamentais poderão possuir
personalidade jurídica de direito público ou privado.
b) não cabe mandado de segurança contra ato praticado em
licitação promovida por empresa pública.
c) as sociedades de economia mista só têm foro na justiça federal
quando a união intervém como assistente ou opoente.
d) somente a União poderá criar, por meio de lei, Agências
Reguladoras.
Vamos aos itens, pessoal?
A) Item incorreto. Como vimos, as autarquias possuem
personalidade jurídica de direito público. As fundações poderão possuir
personalidade de direito público ou privado.
B) Item incorreto. Aqui temos a súmula 333 do Superior
Tribunal de Justiça que afirma caber mandado de segurança contra ato
praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou
empresa pública.
C) Item correto. Pessoal, em regra, as SEM têm foro na justiça
comum. Porém, quando a União intervir como assistente ou oponente, o
foro será na justiça federal. Essa é uma questão muito cobrada!
Portanto, levem esse conceito para prova, ok?
D) Item incorreto. As agências reguladoras podem ser criadas
no âmbito da União, Estados, Municípios e Distrito Federal.
Gabarito: C

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 104 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

45) (VUNESP – 2012 – SPTrans – Advogado Pleno) Sobre o


regime jurídico das sociedades de economia mista, é correto afirmar
que
a) devido a sua natureza híbrida, embora sejam pessoas jurídicas
de direito público, não estão sob o controle do Estado.
b) sujeitam-se ao regime próprio das empresas privadas quanto às
obrigações civis, mas possuem privilégios trabalhistas e tributários
equivalentes aos dos entes públicos.
c) segundo entendimento doutrinário e jurisprudencial, são
favorecidas com o prazo quinquenal de prescrição das ações de
indenização contra ela ajuizadas.
d) podem ser constituídas, juridicamente, por qualquer das formas
admitidas em direito, desde que sejam pluripessoais e com predomínio
de capital do poder público.
e) os seus bens, integrantes do seu patrimônio, são considerados
bens privados, mesmo aqueles provenientes do Ente Federativo que a
instituiu.

Pessoal, apesar da controvérsia que surgiu diante do gabarito,


trouxe essa questão para que vocês levem o entendimento dessa banca
para a sua prova, ok? Assim, os bens da SEM são considerados
privados, mesmo aqueles provenientes do Ente Federativo que a
instituiu.
Gabarito: E

46) (VUNESP – 2012 – SPTrans – Advogado Pleno) No que


tange às pessoas jurídicas paraestatais e o instituto da falência, é
correto afirmar que

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 105 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) somente as empresas públicas podem ter sua falência


decretada.
b) somente as sociedades de economia mista são submetidas ao
regime falimentar.
c) tanto as empresas públicas quanto as sociedades de economia
mista podem ter sua falência decretada.
d) a lei de falências e de recuperação judicial e extrajudicial não se
aplica às empresas públicas e nem às sociedades de economia mista.
e) somente as empresas públicas e as sociedades de economia
mista que desempenham atividade econômica é que se sujeitam à lei
de falências e de recuperação judicial e extrajudicial.

Esse tema sempre aparece nas provas! Portanto, levem o gabarito


para a sua prova, ok? A lei de falências e de recuperação judicial e
extrajudicial não se aplica às empresas públicas e nem às SEM.
Gabarito: D

47) (VUNESP – 2009 – TJ-SP – Advogado) Estabelecido no texto


constitucional que a atividade econômica pertence à iniciativa privada
sob regime da livre concorrência, é de se concluir que
a) à empresa pública que se dedica exclusivamente à exploração
de atividade econômica não se aplicam os princípios gerais que
norteiam a atuação da Administração Pública.
b) a intervenção direta do Estado no domínio econômico ocorre por
exceção e justificadamente.
c) a intervenção direta do Estado no domínio econômico só ocorre
diante da imperativa necessidade de se reservar, mediante lei, o
monopólio de determinada atividade empresarial considerada de
relevante interesse coletivo.
d) somente por lei específica pode ser criada empresa pública.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 106 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Essa é uma questão interessante para que os candidatos saibam


que a intervenção direta do Estado no domínio econômico não é regra.
Portanto, letra B é o gabarito.
Gabarito: B

48) (FCC – 2014 – TRT 2ª Região – Analista Judiciário) A


propósito de semelhanças ou distinções entre as empresas públicas e as
sociedades de economia mista sabe-se que,
a) as empresas públicas submetem-se integralmente ao regime
jurídico de direito público, na medida em que seu capital é 100%
público, enquanto as sociedades de economia mista podem se submeter
ao regime jurídico de direito privado, caso a participação privada no
capital represente maioria com poder de voto.
b) as sociedades de economia mista admitem participação privada
em seu capital, enquanto as empresas públicas não; ambas se
submetem ao regime jurídico típico das empresas privadas, embora
possam ter que se submeter à regra de exigência de licitação para
contratação de bens e serviços
c) as duas pessoas jurídicas de direito público integram a
Administração indireta e podem ser constituídas sob quaisquer das
formas disponíveis às empresas em geral, distinguindo-se pela
composição do capital, 100% público nas sociedades de economia mista
e com participação privada empresas públicas.
d) as duas pessoas jurídicas de direito público submetem-se ao
regime jurídico de direito privado, com exceção à forma de constituição,
na medida em que são criadas por lei específica, enquanto as empresas
não estatais são instituídas na forma da legislação societária vigente.
e) ambas submetem-se ao regime jurídico de direito público, não
se lhes aplicando, contudo, algumas normas, a fim de lhes dar

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 107 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

celeridade e competitividade na atuação, tal como a lei de licitações e a


realização de concurso público para contratação de seus servidores.
Sabemos que as empresas públicas e sociedades de economia
mista possuem personalidade de direito privado. Dessa forma já
eliminamos as letras “a”, “c”, “d” e “e”.
Gabarito: B

49) (FCC – 2014 – Prefeitura de Cuiabá – Procurador Municipal)


Observe as seguintes características, no tocante a determinadas
entidades da Administração Indireta:
I. sua criação deve ser autorizada por lei específica.
II. a contratação de seus servidores deve ser feita por concurso
público, porém, eles não titularizam cargo público e tampouco fazem
jus à estabilidade prevista no art. 41 da Constituição Federal de 1988.
III. seus servidores estão sujeitos à proibição de acumulação de
cargos, empregos e funções públicas, com as exceções admitidas pela
Constituição; porém, nem sempre é aplicável a essas entidades a regra
do teto remuneratório.

Estamos nos referindo às


a) empresas públicas e às sociedades de economia mista.
b) autarquias e às sociedades de economia mista.
c) fundações governamentais e às empresas públicas.
d) sociedades de economia mista e aos consórcios públicos.
e) agências e às empresas públicas

Observem que as características listadas nos itens I, II e III estão


em perfeita consonância com as características das empresas públicas e
sociedades de economia mista.
Gabarito: A

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 108 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

50) (FCC – 2014 – AL/PE – Agente Legislativo) Nos últimos


meses, a INFRAERO realizou uma série de investimentos em
modernização e ampliação da capacidade dos aeroportos próximos às
cidades-sede da Copa do Mundo 2014 visando a atender ao aumento da
demanda dos usuários, previsto para esse período. Dentre os
aeroportos que receberam investimentos inclui-se o Aeroporto
Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre. Atualmente, a
INFRAERO está organizada sob a forma de sociedade anônima - com
capital social totalmente integralizado pela União - e vinculada à
Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC- PR).
Portanto, quanto à sua natureza jurídica, é
a) sociedade de economia mista, pois está organizada sob a forma
de sociedade anônima.
b) empresa pública, dado que constituída por capital 100% público.
c) autarquia de regime especial, pois nela há traços
essencialmente públicos (atividade reguladora e prestacional e
vinculação a órgão da Presidência da República), mas também
privados (forma de organização em sociedade por ações).
d) fundação governamental, tendo em vista seu caráter regulador
e fomentador do setor aéreo nacional.
e) sociedade de economia integralmente pública, sendo esta, aliás,
única forma jurídica em que se admite a exploração pelo Estado
de atividade econômica necessária aos imperativos de
segurança nacional.

Letra (A). O capital que constitui a sociedade de economia mista


é misto: parte do poder público, parte da iniciativa privada, enquanto o
capital da empresa pública é 100% público. Assim, a questão não trata
de sociedade de economia mista e sim de empresa pública. Logo, está
INCORRETA.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 109 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Letra (B). Como visto acima, o capital da empresa pública é 100%


público, sendo o caso da questão. Além disso, a empresa pública pode
ser constituída sob qualquer forma admitida no direito, abrangendo a
sociedade anônima. Assim, o enunciado trata de uma empresa pública.
Portanto, está CERTA.
Letra (C). A questão trata de uma sociedade anônima (pessoa
jurídica de direito privado), sendo que a autarquia é pessoa jurídica de
direito público. Além disso, nas autarquias, somente há traços públicos.
Logo, está ERRADA.
Letra (D). A questão trata de uma sociedade anônima (pessoa
jurídica de direito privado), sendo que a fundação governamental é
pessoa jurídica de direito público. Além disso, agência reguladora é que
possui caráter regulador e fomentador. Portanto, está INCORRETA.
Letra (E). Está ERRADA, considerando o comentário ao item A.
Gabarito: B

51) (FCC – 2014 – TCE/PI – Assessor Jurídico) A Administração


indireta é composta por diversos entes, com personalidade jurídica
própria e características próprias. Sobre eles, é correto afirmar que
a) as autarquias tanto desempenham funções sob regime
jurídico de direito público, quanto de direito privado,
conforme o que dispuser a lei que instituiu o ente.
b) o desempenho de funções próprias do Estado, que não se
amoldam à realização sob regime de direito privado, é típico
das autarquias.
c) o desempenho de funções próprias do Estado, que não se
amoldam à realização sob regime de direito privado, é típico
das fundações.
d) as empresas estatais são dotadas de autonomia ou
autoadministração, qualidades que não podem ser atribuídas

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 110 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

às autarquias em razão do regime jurídico de direito público a


que estão submetidas.
e) as empresas estatais, quando criadas por lei, podem exercer
funções típicas de Estado, por delegação, submetendo-se a
regime jurídico de direito público.

Letra (A). As autarquias só desempenham funções sob regime


jurídico de direito público. Portanto, está ERRADA.
Letra (B). As autarquias são pessoas jurídicas de direito público,
integrantes da Administração Indireta, criadas por lei para
desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam
próprias e típicas do Estado. Logo, está CORRETA.
Letra (C). Item INCORRETO, já que se trata das autarquias,
conforme comentado acima.
Letra (D). As autarquias também possuem autonomia ou
autoadministração, sendo uma das características da entidades
integrantes da Administração Pública Indireta. Portanto, está ERRADA.
Letra (E). As empresas estatais têm sua criação autorizada por
lei, mas só são criadas posteriormente, com o registro em junta
comercial ou cartório. Além disso, submetem-se a regime jurídico de
direito privado. Logo, está INCORRETA.
Gabarito: B

52) (FCC/2011/TRE-TO/Analista Judiciário) Constitui traço


distintivo entre sociedade de economia mista e empresa pública:
a) forma de organização, isto é, forma jurídica.
b) desempenho de atividade de natureza econômica.
c) criação autorizada por lei.
d) sujeição a controle estatal.
e) personalidade jurídica de direito privado.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 111 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Percebe como isso cai bastante? Como vimos, a empresa pública


tem forma livre de organização e a sociedade de economia mista só
pode ser SA. A resposta correta é alternativa “a”
Todas as demais alternativas são características comuns das
empresas públicas e sociedades de economia mista.

53) (FCC/2011/TRT/23ªREGIÃO(MT)/Analista Judiciário) NÃO é


característica da sociedade de economia mista:
a) criação autorizada por lei.
b) personalidade jurídica de direito privado.
c) derrogação parcial do regime de direito privado por normas de
direito público.
d) estruturação sob qualquer forma societária admitida em direito.
e) desempenho de atividade econômica.

Cuidado: é para afirmar o item incorreto!


Sabemos que a sociedade de economia mista tem a sua criação
autorizada por lei (item “a” correto), tem personalidade jurídica de
direito privado (item “b” correto), é regulada por um misto de normas
de direito privado e de direito público na SEM (item “c” correto), pode
ser criada para desempenhar atividade econômica (item “e” correto),
mas só pode ser constituída como sociedate anônima (SA), o que faz
da letra “d” o item incorreto.

54) (FCC/2011/TRF/1ªREGIÃO/Analista Judiciário) NÃO é


considerada característica da sociedade de economia mista
a) a criação independente de lei específica autorizadora.
b) a personalidade jurídica de direito privado.
c) a sujeição a controle estatal.
d) a vinculação obrigatória aos fins definidos em lei.
e) o desempenho de atividade de natureza econômica.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 112 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Mais uma vez: marque a incorreta!


As sociedades de economia mista têm personalidade jurídica de
direito privado, se submetem à sujeição e controle estatal, se vinculam
aos fins determinados na lei que autorizou sua crição e podem
desempenhar atividade de natureza econômica.
Só não é característica das SEM a “criação independente de lei
específica autorizadora”, pois esse é justamente o requisito para a
criação dessa entidade da administração indireta. Assim, o gabarito é o
item “a”.

55) (FCC – 2014 – TCE/PI – Auditor Fiscal de Controle Externo)


Com objetivo de implementar políticas públicas e desenvolver ações
governamentais, os entes federados podem optar por criar entidades
com personalidades jurídicas próprias e deles distintas. É exemplo das
referidas entidades a sociedade de economia mista que
a) detém personalidade de direito privado e é criada por lei sob a
forma de sociedade anônima.
b) tem a criação autorizada por lei específica, o respectivo ato
constitutivo arquivado no registro próprio e personalidade de
direito privado.
c) detém personalidade de direito privado, cuja criação é por lei
autorizada, sob forma de sociedade limitada, para exploração
de atividade econômica.
d) detém personalidade de direito público, cuja criação é por lei
autorizada quando exploradora de atividade econômica.
e) é dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada
por lei, sob a forma de sociedade anônima.

Letra (A). É autorizada por lei, sendo criada após registro na


junta comercial (se for empresária – exploradoras de atividade

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 113 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

econômica) ou no cartório de pessoas jurídicas (se for civil –


prestadoras de serviço público). Logo, está INCORRETA.
Letra (B). Está CERTA, considerando os comentários já
expostos no item anterior.
Letra (C). A sociedade de economia mista tem que ter forma
de sociedade anônima. Além disso, pode ser para fins de exploração
econômica ou para prestação de serviço público. Logo, está ERRADA.
Letra (D). A sociedade de economia mista é pessoa jurídica de
direito privado. Além disso, tanto no caso de ser exploradora de
atividade ecnômica como prestadora de serviço público, deve ter sua
criação autorizada por lei. Portanto, está INCORRETA.
Letra (E). Está ERRADA, nos mesmos fundamentos trazidos no
item A.
Gabarito: B

56) (FCC/2011/PGE-MT/Procurador) O regime jurídico aplicável


às entidades integrantes da Administração indireta
a) sujeita todas as entidades, independentemente da natureza
pública ou privada, aos princípios aplicáveis à Administração Pública.
b) é integralmente público, para autarquias, fundações e empresas
públicas, e privado para sociedades de economia mista.
c) é sempre público, independentemente da natureza da entidade.
d) é sempre privado, independentemente da natureza da entidade.
e) é o mesmo das empresas privadas, para as empresas públicas e
sociedades de economia mista, exceto em relação à legislação
trabalhista.

Na letra “b” o examinador, mais uma vez, tentou confundir pessoa


jurídica de direito público com pessoa jurídica de direito privado. E você
já está preparado para não cair mais nessa. Apenas as fundações
podem ser de direito privado ou público, as autarquias serão sempre de

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 114 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

direito público e, por fim, as empresas públicas e sociedades de


economia mista são de direito privado, com regras de direito público e
de direito privado, por isso tal item está errado.
As letras “c” e “d” estão erradas pelos motivos que já comentamos.
Vimos acima que as empresas públicas e as SEM não têm o mesmo
regime das empresas privadas, pois devem realizar concurso público, se
submetem a controle etc. Assim, item “e” está errado.
A resposta correta é letra “a”, pois corresponde ao caput do art. 37
da Constituição: “Art. 37. A administração pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e...”.
Gabarito: A

57) (FCC/2011/TCM-BA/Procurador Especial de Contas) A


propósito das características e regime jurídico a que se submetem as
entidades da Administração indireta, é correto afirmar:
a) A autarquia é pessoa jurídica de direito público, com as mesmas
prerrogativas e sujeições da Administração direta, exceto no que diz
respeito ao regime de seus bens.
b) A criação de sociedade de economia mista e de empresa pública
depende de autorização legislativa, assim como a criação de
subsidiárias dessas entidades.
c) A criação de sociedade de economia mista somente é possível
para exploração de atividade econômica stricto sensu.
d) As empresas públicas podem explorar atividade econômica e
prestar serviços públicos, com a participação minoritária de particulares
em seu capital social.
e) A autarquia é pessoa jurídica de direito privado, porém
submetida aos princípios aplicáveis à Administração Pública, o que lhe
confere um regime híbrido de prerrogativas e sujeições.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 115 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Diferentemente do que diz a letra “a”, os bens das autarquias são


públicos, sujeitos a semelhante prerrogativa da Administração Indireta.
A resposta da letra “b” está correta, pois se compatibiliza com o
princípio da legalidade ensinado acima.
A letra “c”, ao restringir a exloração das sociedades de economia
mista apenas às atividades econômicas errou, uma vez que elas podem
também prestar serviços públicos (art. 173, § 1º, da CF).
ATENÇÃO! Não existe a possibilidade de participação de
particulares na hipótese proposta na letra “d”, pois o capital é
exclusivamente público nas empresas públicas.
O conceito na letra “e” é de empresa estatal (que é de direito
privado) e não de autarquia (que é de direito público), por isso está
errado.
Gabarito: B

58) (FCC – 2014 – TJ/AP – Técnico Judiciário – Área Judiciária e


Administrativa) As autarquias, empresas públicas e sociedades de
economia mista são entidades estatais. É correto afirmar quanto a
referidas instituições que as
a) autarquias e empresas públicas integram a Administração
pública direta, enquanto que as sociedades de economia mista, por
possuírem personalidade de direito privado, integram a Administração
pública indireta.
b) empresas públicas detêm personalidade de direito público e
integram a Administração pública indireta, as autarquias, da mesma
forma, detêm personalidade jurídica de direito público, mas integram a
Administração pública direta.
c) autarquias detêm personalidade jurídica de direito público,
enquanto as empresas públicas e sociedades de economia mista detêm

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 116 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

personalidade jurídica de direito privado, integrando, todas elas, a


denominada Administração pública indireta.
d) sociedades de economia mista prestadoras de serviço
público integram a Administração pública direta, enquanto as
exploradoras de atividade econômica integram a Administração pública
indireta.
e) autarquias, empresas públicas e sociedade de economia
mista detêm personalidade jurídica de direito privado, razão pela qual
integram a denominada Administração pública indireta.

Letra (A). Primeiramente, as autarquias e empresas públicas


integram a Administração Pública Indireta. Além disso, o fato de uma
entidade ser de direito privado não é condição para que ela integre essa
Administração, que abrange tanto pessoas jurídicas de direito público
como privado. Logo, está INCORRETA.
Letra (B). As empresas públicas possuem personalidade de direito
privado. Além disso, as autarquias integram a Administração Pública
Indireta. Portanto, está ERRADA.
Letra (C). Segundo José dos Santos Carvalho Filho, pode-se
conceituar autarquia como a pessoa jurídica de direito público,
integrante da Administração Indireta, criada por lei para
desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam
próprias e típicas do Estado. As empresas públicas e sociedades de
economia mista realmente possuem personalidade de direito privado,
sendo conhecidas como empresas estatais ou governamentais. De
acordo com o DL 200/1967, a Administração Indireta é composta das
seguintes entidades: autarquias, fundações públicas, empresas públicas
e sociedades de economia mista. Logo, está CORRETA.
Letra (D). As sociedades de economia mista, sejam prestadoras de
serviço público ou exploradoras de atividade econômica, integram a
Administração Pública Indireta. Portanto, está INCORRETA.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 117 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Letra (E). As autarquias possuem personalidade jurídica de direito


privado. Além disso, o fato de uma entidade ser de direito privado não é
condição para que ela integre a Administração Pública Indireta, que
abrange tanto pessoas jurídicas de direito público como privado.
Gabarito: C

59) (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Área Judiciária). Distinguem-se as autarquias das sociedades de
economia mista que exploram atividade econômica, dentre outras
características, em função de
a) não serem dotadas de autonomia e personalidade jurídica
própria, embora submetidas ao regime jurídico de direito privado.
b) seu regime jurídico de direito público, exceto quanto ao
processo de execução ao qual se submetem, típico do direito privado.
c) sua criação ser autorizada por lei, bem como por se
submeterem tanto ao regime jurídico público, quanto ao regime jurídico
privado.
d) serem criadas por lei, bem como em função de seu regime
jurídico de direito público.
e) se submeterem a processo especial de execução, que excetua o
regime dos precatórios, embora não afaste a prescritibilidade de seus
bens.

As Autarquias são criadas por lei, enquanto as sociedades de


economia mista são autorizadas por lei; As autarquias possuem regime
de direito público, enquando as SEM são de direito privado.
O item correto portanto, é a letra d.

60) (FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário -


Execução de Mandados) As empresas estatais submetem-se ao regime

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 118 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

jurídico típico das empresas privadas, aplicando-se a elas, no entanto,


algumas normas de direito público, como
a) submissão à regra do concurso público para contratação de
servidores públicos.
b) submissão à regra geral de obrigatoriedade de licitação,
atividades meio e atividades fim da empresa.
c) juízo privativo.
d) regime especial de execução, sujeito a pagamento por ordem
cronológica de apresentação de precatórios.
e) impenhorabilidade e imprescritibilidade de seus bens,
independentemente de afetação ao serviço público.

Segundo a Contituição:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos


Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo
com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração.

A obrigatoriedade da licitação só se exige, especificamente no


caso das empresas estatais exploradoras de atividade econômica,
quando o objeto do contrato estiver diretamente relacionado à
atividade-meio da empresa.
Não existe foro privativo para essas entidades. O que pode haver é
o seguinte: Se se tratar de “Empresa Pública” federal, o foro
competente, exceto para as causas de falência, de acidente de trabalho,
e as sujeitas à Justiça Eleitoral e Trabalhista, é o da Justiça Federal; se
se tratar de “Sociedade de Economia Mista” (ainda que federais) e
“Empresas Públicas” estaduais ou municipais, o foro competente é o da
Justiça Estadual.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 119 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

As empresas estatais que exploram atividades econômicas não se


submetem ai regime especial de execução de precatório.
Os bens das empresas estatais não são considerados bens
públicos, portanto não possuem as características a eles inerentes.
Gabarito da questão é a letra A.

61) (FCC – 2013 – TRT/15 ª Região – Analista Judiciária – Área


Judiciária) Determinado ente integrante da Administração indireta
federal teve sua criação autorizada por lei, presta serviço público
regularmente, embora não tenha participado de licitação para outorga
de concessão, sujeita-se ao regime jurídico de direito privado, embora
com derrogações do regime jurídico de direito público. A descrição
proposta é compatível com uma
a) autarquia.
b) fundação.
c) empresa pública reguladora.
d) sociedade de economia mista.
e) agência executiva.

Ora, conforme visto acima, trata-se unicamente de uma sociedade


de economia mista, cuja descrição no comando da questão descreve
perfeitamente suas características.
Gabarito: Letra “D”.

5.5 Agências reguladoras, agências executivas e


consórcios públicos

Uai, professor, não eram só quatro os entes que fazem parte


da Administração Indireta?

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 120 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

É, de acordo com o DL 200, sim. Entretanto, esse DL é de 1967.


De lá pra cá muita coisa mudou. Várias leis recentes criaram outras
entidades da Administração Indireta. Dentre elas, temos: agências
reguladoras, agências executivas e consórcios públicos.

5.5.1 Agências reguladoras

As agências reguladoras surgiram como autarquias de regime


especial. Não há disposição legal para conceituar esse regime especial,
sendo ainda aceita a idéia da liberdade em face das demais autarquias
(maior estabilidade e independência em relação ao ente que as criou).

Como nasceu a necessidade dessas agências??? O


Governo Federal, objetivando reduzir o déficit público e sanear as
finanças públicas, criou o Programa Nacional de Desestatização
(PND),que permitia a transferência à iniciativa privada de atividades
(=serviços públicos) que o Estado exercia de forma dispendiosa e
indevida, tendo todos os seus parâmetros previstos em lei. O
afastamento do Estado dessas atividades passou a exigir a instituição
de órgãos reguladores.
Vieram do direito norte-americano e foram criadas com o objetivo
de dar uma maior independência a essas entidades frente ao Poder
Executivo.
Essa independência é extremamente necessária no cenário das
agências reguladoras, porque elas funcionam como um ente que
regulamenta importantes setores da economia que são as grandes
prestadoras de serviços públicos, tais como, telefonia, energia elétrica,
transportes terrestres, transportes aquaviários, saúde etc.
Assim, a agência reguladora estabelece normas técnicas que
devem ser seguidas pelos respectivos setores.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 121 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Essas normas servem para determinar a melhor forma de aplicar


as leis, diante da alta complexidade técnica de determinadas atividades,
e também, na maioria das vezes, exercem o poder de polícia para
aplicar multa, suspender concessões etc. daqueles que descumprem as
leis e resoluções. OBS: em relação ao poder de regular e normatizar as
diversas atividades, está vedada a invasão de competência legislativa,
devendo ater-se a aspectos técnicos, providências subalternas à lei,
disciplinadas por meio de regulamento, não podendo distorcer ou
contrariar a disposição legal.
Nessa necessidade de atuação independente das agências (de
modo a buscar a maior excelência possível nesses serviços públicos,
fixando metas para o mercado sem influências políticas indevidas), a
diretoria de uma agência reguladora não é colocada e tirada pelo
Presidente ou por um Ministro na hora em que eles bem entedem. A
diretoria deve cumprir um mandato fixo, previsto em lei.
OBS: Esses prazos dos mandatos serão fixados na norma de
criação de cada agência e, em caso de vacância no curso do mandato,
este será completado por sucessor investido na mesma forma; contudo,
a durração do mandato não pode ultrapassar a legislatura do
Presidente, sob pena de engessar o futuro governante, violando as
idéias de democracia e de república.
Ademais, seus dirigentes devem ser nomeados pelo Presidente da
República, mas, ao contrário das demais autarquias, essa
nomeação depende de prévia aprovação pelo Senado Federal
(investidura especial).
Os Conselheiros e os Diretores somente perderão o mandato em
caso de renúncia, de condenação judicial transitada em julgado ou de
processo administrativo disciplinar, admitindo-se que a norma criadora
de cada agência estabeleça outras condições.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 122 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

ATENÇÃO!!! Terminado o mandato, o ex-dirigente


ficará impedido, por um período de 4 meses, contado da data do
término de seu mandato, para o exercício de atividades ou de prestar
qualquer serviço no setor regulado pela respectiva agência, o que a
doutrina denomina de quarentena.
Exceções ao prazo de 4 meses:
a) ANEEL e ANP: prazo de 12 meses;
b) ANATEL: prazo de 1 ano.
Essa proibição existe porque a quantidade de informações
privilegiadas que o ex-dirigente levaria consigo tornaria inexistente a
distinção entre os interesses de reguladores e regulados.
Além disso, ao contrário dos demais entes da Administração
Indireta, a agência reguladora tem as funções regulatória, normativa e,
muitas das vezes, fiscalizadora. As agências atuam disciplinando e
fiscalizando determinados setores da economia e de serviços públicos. A
ANATEL atua na telecomunicação. A ANEEL no setor de energia elétrica.
A ANS no de planos de saúde, etc.
Essas autarquias vêm assumindo o inédito papel de poder
concedente na concessão, permissão e autoriação de serviços, além do
controle de atividades econômicas monopolizadas. Isso quer dizer que
são as agências reguladoras que fazem licitação para conceder, por
exemplo, o serviço de transmissão de dados via internet por meio da
tecnologia 4G.
Há também as agências reguladoras que servem para fomentar
deteminada atividade de interesse social, como a ANCINE, que busca
incentivar o cinema nacional.
Ressalte-se que se admite a criação dessas agências também na
ordem estadual e municipal.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 123 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Alguns doutrinadores (minoria) não consideram que as agências


reguladoras são um quinto ente da Administração Indireta, pois elas são
consideradas como “autarquias em regime jurídico especial”.
Fernanda Marinela traz a seguinte divisão das agências reguladoras
em espécies:
1) Serviços públicos propriamente ditos. Exs: ANEEL, ANATEL, ANTT,
ANTAQ, ANAC
2) Atividades de fomento e fiscalização de atividade privada. Ex:
ANCINE
3) Atividades econômcas integrantes da indústria do petróleo. Ex:
ANP
4) Atividades que o Estado e o particular prestam. Exs: ANVISA, ANS
5) Agência reguladora do uso de bem público. Ex: ANA
Cuidado!!! Nem sempre o órgão que possui a nomenclatura de
agência é relamente uma agência reguladora. Exs: AEB (Agência
Espacial Brasileira), que é autarquia comum; ABIN, que integra a
Administração Direta; Apex-Brasil (Agência de Promoção de Exportação
do Brasil), que é serviço social autônomo; ABDI (Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial), que também é serviço social autônomo.
Além disso, existem autarquia que receberam o regime especial e papel
de agência reguladora, mas não ganharam a denominação “agência”.
Ex: CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Há diversas leis que tratam das agências reguladoras (p. ex.: Lei
nº 9.782/99, nº 9.472/97 e 9.427/97). Apesar das especificidades de
cada uma, Zanonni (2011, p. 119-120) conseguiu traçar algumas
caracterísicas comuns. Pedimos licença ao ilustre autor para
transcrever o seguinte trecho de sua obra:

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 124 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

 exercem função regulatória sobre determinado serviço


público ou de relevante atividade econômica;
 possuem poder normativo na sua área de atuação
(competência muito contestada pela doutrina tradicional,
pois, segundo o art. 84, IV, da CF, compete privativamente
ao Presidente da República expedir decretos e regulamentos
para a fiel execução das leis) – CUIDADO! Esses atos
normativos não são primários (não são regulamentos
autônomos);
 atuam na solução administrativa dos conflitos da sua
área de atuação, por meio de agentes altamente
especializados, inclusive quanto às reclamações dos cidadãos
(ainda assim, qualquer lesão ou ameaça de lesão, conforme
previsto no art. 5º, XXV, da CF, pode ser submetida à
apreciação judicial);
 contam com instrumentos legais que asseguram relativa
independência do Poder Executivo;
 possuem maior imparcialidade em relação aos interessados
na atividade objeto de regulação (Administração Pública,
entidades sob regulação e cidadãos usuários);
 no âmbito federal, a nomeação de seus dirigentes está
sujeita à prévia aprovação pelo Senado, por voto secreto,
após arguição pública (art. 52, III, f, da CF);
 seus dirigentes são nomeados para o exercício de mandatos
fixos, estando afastada a possibilidade de exoneração ad
nutum (em regra, os dirigentes só perdem o cargo em caso
de renúncia, condenação judicial transitada em julgado ou
processo administrativo disciplinar);
 a direção é formulada por um colegiado, composto por
vários diretores ou conselheiros, fato que dificulta a
ingerência em suas atividades;

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 125 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

 seus dirigentes sujeitam-se a uma “quarentena”, de


conteúdo moralizador, quando deixam seus cargos, ficando
impedidos de exercer atividades privadas na área de atuação
da agência, normalmente por quatro meses após o fim do
mandato (dessa forma, o ex-dirigente perceberá uma
remuneração compensatória);
 inexistência de revisão de seus atos por meio de recurso
hierárquico impróprio (que seria julgado pela Administração
Direta), em virtude da autonomia decisória de cada
entidade, livre de ingerências políticas;
 submetem-se aos controles externos exercidos pelo
Legislativo e Judiciário, além de se submeterem à direção
superior exercida pelo Chefe do Poder Executivo (art. 84, II,
a CF), ainda que esta função esteja enfraquecida.

E quanto ao regime de seus servidores, professor? Os que


trabalham nas agências reguladoras se submetem ao regime celetista
ou estatutário?
O STF, no julgamento da liminar da ADI 2310, definiu que o regime
celetista é incompatível com as funções de natureza pública dos
servidores das agências reguladoras, que exigem qualificação técnica
com atividade exercida de forma regular e contínua, atividades
exclusivas do Estado, tal qual o poder de polícia. Por isso, foi editada a
Lei nº 10.871/2004, que criou diversos cargos nessas agências e que
afirma ser estatutário o regime dos ocupantes de cargos de
provimento efetivo dessas entidades. Essa lei também deixa claro que
esses cargos somente podem ser providos por meio de concurso
público.
As leis de algumas agências reguladoras (exs: ANP. ANEEL,
ANVISA, ANA) autorizam a contratação temporária sem concurso
público para o preenchimento de seu pessoal. Entretanto, o regime de

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 126 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

contrato temporário autorizado pelo atual texto constitucional exige


hipótese de excepcional interesse público. Logo, esses contratos por
tempo determinado não podem ser utilizados pelas agências
reguladoras para suprir suas necessidades permanentes de servidores,
até porque já foi reconhecido pelo STF que o regime deve ser o de
cargo público, com concurso público.
Por fim, no que tange ao procedimento licitatório, algumas leis
criadoras de agências reguladoras (ex: ANATEL) tentaram esquivá-las
da obediências às formas licitatórias da Lei nº 8.666/93. Entretanto, o
STF decidiu, em sede de liminar, que as agências reguladoras estão
sujeitas à norma geral das licitações (ADI nº 1.668).
Vistos os principais aspectos das agências reguladoras, vamos,
sem demora ao estudo das agências executivas, para que o examinador
não te confunda na hora da prova.

5.5.2 Agências executivas

A agência executiva, por sua vez, é uma qualificação a ser


concedida, por decreto presidencial específico, a autarquias e fundações
públicas, após indicação do Ministério supervisor da respectiva
entidade, desde que preenchidas algumas condições, visando a uma
maior eficiência e redução de custos. São responsáveis por atividades e
serviços exclusivos do Estado, como, por exemplo, fiscalização,
exercício do poder de polícia, regulação, fomento, segurança interna,
entre outros. O Projeto Agências Executivas, portanto, não institui uma
nova figura jurídica na administração pública, nem promove qualquer
alteração nas relações de trabalho dos servidores das instituições que
venham a ser qualificadas.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 127 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Conforme nos ensina Maria Sylvia Zanella di Pietro,


"Em regra, não se trata de entidade instituída com a denominação de
agência executiva. Trata-se de entidade preexistente (autarquia ou
fundação governamental) que, uma vez preenchidos os requisitos
legais, recebe a qualificação de agência executiva, podendo perdê-la se
deixar de atender aos mesmos requisitos.”.

O status de agência executiva não é permanente.


Uma vez extinta a qualificação (ou o contrato de gestão celebrado
com o Ministério), ela voltará a ser uma simples autarquia ou fundação.
Por paralelismo jurídico, a desqualificação também se efetivará via
decreto, não levando à extinção da pessoa jurídica, somente a despindo
do qualitativo de agência executiva.

As agências executivas não podem ser confundidas com as


agências reguladoras, porque estas têm como função precípua exercer
controle sobre os particulares, sendo que as agências executivas se
destinam a exercer atividade estatal, com melhor desenvoltura e
operacionalidade, não tendo nada de inovador nisso. Elas continuam
exercendo os normais objetivos das autarquias e fundações.
No estudo da agência executiva, vale a leitura do art. 51 da Lei
9.649/98:
Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a
autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos:
I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento
institucional em andamento;
II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.
§ 1º A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente
da República.
§ 2º O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa
específicas para as Agências Executivas, visando assegurar a sua autonomia
de gestão, bem como a disponibilidade de recursos orçamentários e

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 128 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

financeiros para o cumprimento dos objetivos e metas definidos nos


Contratos de Gestão.

Como se vê, para o Presidente da República qualificar uma


autarquia ou fundação como agência executiva, deve esse ente ter os
seguinte:
 Um plano estratégico de reestruturação e de
desenvolvimento institucional
 Um contrato de gestão com o Ministério supervisor

Os contratos de gestão das agências executivas serão


celebrados com periodicidade mínima de um ano.
Por meio desses contratos de gestão, as autarquias ou fundações
comprometem-se a proceder a uma reestruturação da gestão para se
tornarem mais eficientes, otimizando recursos, reduzindo custos,
aperfeiçoando os serviços que prestam em troca de uma maior
autonomia gerencial, orçamentária e financeira, recebendo algumas
prerrogativas e privilégios. Ou seja, representa apenas uma redução de
controles, além de um compromisso de repasse regular de recursos,
tendo como contrapartida o cumprimento do programa de atuação.
Os Estados e Municípios também poderão instituí-las, desde que
tenham leis específicas para tanto.

O art. 24, §1º, da Lei nº 8.666/93, amplia os limites


para dispensa de licitação, quando se tratar de autarquia ou fundação
qualificadas como agências executivas. A liberalidade é de R$
30.000,00 para obras e serviços de engenharia e de R$ 16.000,00 para
outros bens e serviços.
Exemplo de agência executiva, admitido pela doutrina: INMETRO.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 129 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

5.5.3 Consórcios públicos

Os consórcios públicos, por fim, estão regulados pela Lei


11.107/05. Eles são a constituição, por entidades políticas (União,
Estados, DF e Municípios), de um ente com personalidade jurídica
própria, para promover a gestão associada de serviços públicos de
interesse comum.
Esse ente criado (o consórcio público) pode ter personalidade
jurídica de direito público (no caso de constituir associação pública,
atendendo a lei interna de cada entidade pública que constitui o
consórcio) ou de direito privado (atendendo aos requisitos da legislação
civil).

Ressalte-se que essa nova pessoa jurídica não constitui um


novo ente federativo porque, se contrário fosse, violaria a própria estrutura
federativa do Brasil.
Importante consignar que o consórcio público com personalidade
jurídica de direito público integra a administração indireta de
todos os entes da Federação consorciados, seguindo o mesmo regime
das autarquias (mesma autonomia, mesmos privilégios e mesmos
deveres).
Por outro lado, o consórcio com personalidade de direito privado
(associação privada) não integra essa administração indireta. Contudo,
assim mesmo, deverá esse consórcio observar as normas de direito
público no que concerne à realização de licitação, celebração de
contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que será
regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. Portanto, esse tipo
de consórcio possui um regime híbrido previsto na lei, que conta com
regras semelhantes à empresa pública ou sociedade de economia mista.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 130 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Desse modo, não se esqueça: os consórcios públicos com


personalidade jurídica de direito privado se submetem ao regime de
licitação e devem realizar concurso público para a admissão de pessoal!

E como esses consórcios são constituídos, professor?


A Lei nº 11.107/05 prevê todo o procedimento, que pode ser
resumido da seguinte forma.
As entidades políticas interessadas em participar de um consórcio
público para executar determinado serviço público devem aprovar uma
lei interna que as autorizem a integrar o consórcio.
Além disso, previamente à celebração do contrato, as entidades
devem subscrever previamente um protocolo de intenções. Este deve
definir o número de votos que cada ente da Federação, além de
apresentar as cláusulas necessárias definidas no art. 4º da Lei nº
11.107/05.
Cada ente participante do consórcio deve aprovar uma lei que
ratifique o protocolo de intenções. Ratificado o protocolo, estará
celebrado o contrato de constituição do consórcio público.
ATENÇÃO! Essa ratificação pode ser realizada com reserva. Se esta
reserva for aceita pelos demais entes subscritores, haverá o que a lei
denomina de consorciamento parcial ou condicional.
Na gestão dos consórcios públicos há dois tipos de contratos: o
contrato de rateio e o contrato de programa.
O primeiro disciplina a forma dos repasses de recursos de cada um
dos entes que compõe o consórcio. A única forma de se entregar
recursos ao consórcio é por meio do contrato de rateio. Esse contrato
deverá ser formalizado em cada exercício financeiro e seu prazo de
vigência não será superior ao das dotações que o suportam (salvo se
houver previsão no plano plurianual ou o objeto do contrato for a
prestação de serviços públicos custeados por tarifas ou outros preços
públicos).

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 131 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

E se o ente consorciado não consignar em sua lei


orçamentária crédito suficiente para suportar as despesas assumidas
por meio do contrato de rateio, professor, o que ocorre?
Nesse caso, o ente infrator deverá ser suspenso e, se não
regularizar a falha, poderá ser excluído do consórcio.
O contrato de programa, por sua vez, disciplina como será
prestado o serviço público (obrigações de cada ente, forma de
prestação, hipóteses de extinção etc.).
Curioso notar que o contrato de programa pode ser celebrado
diretamente por entidades de direito público ou privado que integrem a
administração indireta de qualquer dos entes da Federação
consorciados ou conveniados, desde que haja previsão para tanto no
contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação.

CUIDADO: A Lei nº 11.107/05 permite que o


contrato de programa continue vigente mesmo quando extinto o
consórcio público ou o convênio de cooperação que autorizou a gestão
associada de serviços públicos. Desse modo, não haverá
descontinuidade na prestação do serviço público com a extinção do
consórcio público.
Por fim, tendo em mente que os consórcios públicos têm
personalidade jurídica própria, saiba que eles podem celebrar convênios
com a União.

Professor, e se a Lei nº 11.107/05 for omissa quanto ao


funcionamento do consórcio, onde o jurista deverá buscar normas
complementares?

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 132 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Para responder a essa pergunta, basta ler o seguinte dispositivo da


lei:
Art. 15. No que não contrariar esta Lei, a organização e funcionamento
dos consórcios públicos serão disciplinados pela legislação que rege as
associações civis.

Com essas considerações, você vai para a sua prova sabendo o que
é, como se constitui, quais são as espécies de contratos dentre muitos
outros aspectos dos consórcios públicos.
Atenção para o quadro resumo:

Agências Agência executiva Consórcios públicos


reguladoras
Criadas com o É a qualificação dada São a constituição,
objetivo de dar uma à autarquia, fundação por entidades políticas
maior independência a pública ou órgão da (União, Estados, DF e
essas entidades frente administração direta Municípios), de um
ao Poder Executivo. que celebre contrato ente com
Tem as funções de gestão com o personalidade jurídica
regulatória, normativa próprio ente político própria, para
e, muitas das vezes, com o qual está promover a gestão
fiscalizadora de vinculado. associada de serviços
setores da economia e públicos.
de serviços públicos. Celebram contrato
de rateio e contrato
de programa.

62) (VUNESP – 2013 – MPE-ES – Agente Especializado) Assinale


a alternativa que contempla os dois tipos de contratos que podem ser

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 133 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

firmados pelos entes consorciados, conforme expressamente previsto


na Lei n.º 11.107/2005.
a) De rateio e de convênio.
b) De programa e de rateio.
c) De gestão e de gerenciamento.
d) De parceria e de gestão.
e) De administração e de gerenciamento.

Como estudado anteriormente, na gestão dos consórcios públicos


há dois tipos de contratos: o contrato de rateio e o contrato de
programa.
Gabarito: B

63) (VUNESP – 2013 – TJ-SP – Advogado) No atual cenário


brasileiro, na Administração Pública indireta, possuem personalidade
jurídica de direito público:
a) Fundações.
b) Sociedades de Economia Mista.
c) Partidos Políticos.
d) Organizações Religiosas.
e) Associações Públicas.

Pessoal, o Consórcio Público pode ser Associação Pública ou Pessoa


Jurídica de Direito Privado. Constituindo ASSOCIÇÃO PÚBLICA o
consórcio público adquire personalidade jurídica de direito público.
Portanto, temos a letra E.
Gabarito: E

64) (VUNESP – 2013 – TJ-SP – Advogado) Nos termos da Lei n.º


11.107/2005, o Consórcio Público.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 134 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) será constituído por contrato cuja celebração dependerá da


prévia subscrição de protocolo de intenções.
b) não poderá firmar convênio nem receber subvenções sociais ou
econômicas de outras entidades e órgãos do governo.
c) não poderá constituir pessoa jurídica de direito privado, sendo
seus objetivos determinados pelos entes da Federação que se
consorciarem.
d) não poderá constituir associação pública, mas se auto- riza a
emissão de documentos de cobrança e a arrecadação de tarifas.
e) será constituído por meio de termo de cooperação, celebrado
previamente ao contrato, contendo os objetivos de todos os
cooperados.

Acabamos de estudar que previamente à celebração do contrato,


as entidades devem subscrever previamente um protocolo de
intenções. Este deve definir o número de votos que cada ente da
Federação, além de apresentar as cláusulas necessárias definidas no
art. 4º da Lei nº 11.107/05. Portanto, temos na letra A o gabarito.

Gabarito: A

65) (VUNESP – 2013 – MPE-ES – Agente especializado) A


respeito das entidades da Administração Indireta, é correto afirmar que
é uma regra comum a todas elas:
a) têm legitimidade ativa para ajuizar ação civil pública.
b) possuem personalidade jurídica de direito público.
c) possuem juízo privativo tanto na Justiça Federal quanto na
Estadual.
d) estão sujeitas à falência.
e) seus bens são impenhoráveis.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 135 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Quanto as entidades da Administração Indireta, é regra comum


que elas tenham legitimidade ativa para ajuizar ação civil pública.
Gabarito: A

66) (VUNESP – 2013 – MPE-SP – Agente Especializado) Sobre as


agências reguladoras, é correto afirmar que
a) seus dirigentes são nomeados em cargo de confiança e podem
ser exonerados ad nutum.
b) seus servidores são submetidos ao regime jurídico de trabalho
celetista.
c) as decisões das agências devem ser referendadas pelo
respectivo chefe do Poder Executivo.
d) as decisões proferidas pelas agências são em caráter definitivo,
não podendo ser questionadas no Poder Judiciário.
e) estão sujeitas à tutela ou controle administrativo exercido pelo
Ministério a que se encontram vinculadas.

Não se esqueçam que as agências reguladoras ficam sujeitas à


tutela exercida pelo Ministério a que se encontram vinculadas. E esse
fato nada tem a ver com subordinação, hein?
Gabarito: E

67) (VUNESP – 2011 – TJ-SP – Titular de Serviços e Notas e de


Registros) Sobre consórcios públicos, é correto dizer que
a) os consórcios públicos serão realizados mediante constituição de
autarquia, sendo vedada a instituição por pessoa jurídica de direito
privado.
b) a União somente participará de consórcios públicos em que
também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam
situados os Municípios consorciados.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 136 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

c) o consórcio público será celebrado mediante contrato de rateio,


sendo vedada outra espécie de contratação.
d) o consórcio público não poderá exercer atividades de
arrecadação de tarifas e outros preços públicos.

Pessoal, quanto aos consórcios públicos, a União somente


participará naqueles em que também façam parte todos os Estados em
cujos territórios estejam situados os Municiípios consorciados.
Gabarito: B

68) (VUNESP – 2010 – MPE-SP – Analista de promotoria) Sobre


a execução e a fiscalização do contrato de gestão das Organizações
Sociais, é correto afirmar que
a) a competência para a fiscalização da execução do contrato é do
Ministério Público.
b) os responsáveis pela fiscalização da execução do contrato de gestão,
ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade na
utilização de recursos ou bens de origem pública por organização social,
dela darão ciência ao Poder Judiciário, sob pena de responsabilidade
solidária.
c) havendo indícios fundados de malversação de bens ou recursos de
origem pública, os responsáveis pela fiscalização do contrato
determinarão a indisponibilidade de bens dos responsáveis pela
ilegalidade.
d) os resultados atingidos com a execução do contrato de gestão devem
ser analisados, anualmente, por Promotores de Justiça especialmente
designados para essa função.
e) na hipótese de decretação de indisponibilidade de bens da entidade
ou de sequestro de bens dos dirigentes, o poder público será o
depositário e gestor desses bens até o término da ação.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 137 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Essa é uma questão um pouco mais avançada. Mas é melhor


abrangermos todo o conteúdo, não é mesmo? Então levem para a sua
prova que quanto a execução e a fiscalização do contrato de gestão das
Organizações Sociais, em caso de decretação de indisponibilidade de
bens da entidade ou de sequestro de bens dos dirigentes, o poder
público será o depositário e gestor desses bens até o término da ação.
Gabarito: E

69) (FCC – 2014 – TRT 18ª Região – Juiz do Trabalho) Ao criar


uma entidade da Administração indireta, o ente político pode optar por
constituí-la sob regime de direito privado. Dentre as entidades que
podem ser instituídas sob tal regime, estão
a) as autarquias, as fundações e as agências executivas.
b) as sociedades de economia mista, os consórcios públicos e as
fundações.
c) as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as
agências reguladoras.
d) as autarquias corporativas, as empresas públicas e as
sociedades de economia mista.
e) as agências reguladoras, as sociedades de economia mista e as
fundações.

Com o que vimos até agora já é possível responder a esta questão.


Vamos lá?
Autarquias: direito público
Fundações: direito público ou privado
Sociedade de Economia Mista: direito privado
Empresas Públicas: direito privado
Consórcios: direito público ou privado.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 138 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Gabarito: B

70) (FCC – 2014 – TRT 18ª Região – Juiz do Trabalho) O status


de “agência executiva” constitui uma qualificação criada pela chamada
“reforma gerencial” da Administração pública federal. NÃO é
característica típica de tal figura jurídica,
a) a necessidade de elaboração de um plano estratégico de
reestruturação e de desenvolvimento institucional, voltado para a
melhoria da qualidade da gestão e para a redução de custos da
entidade candidata à qualificação.
b) a ampliação da autonomia gerencial, orçamentária e financeira
do órgão ou entidade assim qualificado.
c) a outorga de tal qualificação por decreto presidencial.
d) a exigência de prévia celebração de contrato de gestão com o
respectivo Ministério supervisor, para obtenção da qualificação.
e) a previsão de mandato fixo aos seus dirigentes, vedada a sua
exoneração ad nutum.

Todas são características das agências executivas, exceto a


previsão de mandato fixo aos seus dirigentes, vedada exoneração ad
nutum. Tal característica é típica das agências reguladoras.
Gabarito: E

71) (FCC – 2014 – SEFAZ/PE – Auditor Fiscal do Tesouro


Estadual – Conhecimentos Gerais) A propósito das semelhanças e
distinções entre as agências executivas e as agências reguladoras, é
correto destacar que
a) as agências reguladoras devem exercer funções atinentes a
um determinado setor indicado por ocasião de sua instituição, para o
qual devem apresentar especialização técnica.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 139 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

b) as agências executivas são dotadas de discricionariedade


técnica e poder normativo referente a um determinado setor de
mercado constante de contrato de gestão firmado com a Administração
pública.
c) ambas são criadas por meio de lei editada para essa
específica finalidade, constituindo, portanto, nova categoria de ente
integrante da Administração indireta.
d) as agências reguladoras podem celebrar contrato de gestão
com a Administração pública de modo a aumentar sua autonomia
gerencial, negocial e contratual, afastando a incidência da lei de
licitações nos casos afetos a sua finalidade institucional.
e) as agências executivas podem qualificar qualquer órgão da
Administração pública, buscando, com fundamento no princípio da
especialidade, editar normas primárias para disciplinar determinado
setor de mercado.

Letra (A). As agências reguladoras exercem função


regulatória sobre determinado serviço público ou de relevante
atividade econômica, de acordo com o disposto na lei que as
instituem. Logo, está CORRETA.
Letra (B). São as agências reguladoras que possuem
discricionariedade técnica e poder normativo. Já o contrato de gestão
refere-se às agências executivas. Portanto, está INCORRETA.
Letra (C). A agência reguladora é criada por lei, por ser uma
autarquia de regime especial. Já a agência executiva é uma qualificação
a ser concedida, por decreto presidencial específico, a autarquias e
fundações públicas, ou seja, não consiste em uma nova figura jurídica
na administração pública. Logo, está ERRADA.
Letra (D). Não há o afastamento da lei de licitações, por isso
o item está INCORRETO.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 140 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Letra (E). Agência executiva é uma qualificação concedida a


autarquias e fundações públicas e não qualquer órgão da Administração
Pública. Portanto, está ERRADA.
Gabarito: A

72) (FCC – 2014 – Prefeitura de Recife/PE – Procurador)


Considere:
I. É característica recorrente nas agências reguladoras estabelecidas no
Brasil a partir da década de 90 a definição de mandato aos seus
dirigentes, com duração fixada em suas respectivas leis instituidoras.
II. Para as empresas públicas, a Constituição Federal prevê uma espécie
de investidura especial aos seus diretores, que dependerá de prévia
aprovação do poder legislativo respectivo.
III. Nas sociedades de economia mista, desde que se preservem o
capital social exclusivamente público e a maioria do capital votante nas
mãos da União, é possível a transferência das demais ações a outros
entes federados.
Está correto o que consta em
a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) II e III, apenas.

Item I. A diretoria das agências reguladoras deve cumprir um


mandato fixo, cujo prazo será previsto na lei de criação de cada
agência. Logo, está CORRETO.
Item II. Não há essa previsão na CF para o caso das empresas
públicas, sendo que a nomeação de dirigentes é feita livremente pelo
Chefe do Executivo. No caso das agências reguladoras, exige-se
aprovação pelo Legislativo. Portanto, está INCORRETO.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 141 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Item III. Nas sociedades de economia mista, diferentemente


das empresas públicas, a constituição do capital é mista (parte privado
e parte público, sendo que o Poder Público deve ter a maioria das ações
com direito a voto) e não exclusivamente pública. Portanto, está
EERADO.
Assim, apenas o item I está CERTO (letra B).
Gabarito: B

73) (FCC – 2015 – TRT 6ª Região (PE) – Juiz do Trabalho


Substituto) Uma fundação pública que tem como finalidade a pesquisa e
desenvolvimento de medicamentos e tratamentos na área de saúde
pública apresentou ao Ministério da Saúde um plano estratégico de
reestruturação e desenvolvimento institucional, objetivando a ampliação
de sua autonomia. De acordo com as disposições constitucionais e
legais aplicáveis, a referida fundação poderá
a) ser declarada, por Portaria do Ministro da Saúde, fundação
de apoio e amparo à pesquisa, que poderá celebrar contratos de gestão
para prestação de serviços à Administração pública, com dispensa de
licitação.
b) ter a sua autonomia ampliada mediante a edição de lei
específica, que altere sua natureza para agência reguladora ou agência
executiva.
c) ter sua natureza alterada mediante atribuição de
qualificação, por decreto governamental, de fundação de apoio à
pesquisa, passando a caracterizar-se como fundação privada.
d) ser alçada à categoria de agência reguladora, mediante a
adequação de seus estatutos para refletir o grau de autonomia
compatível com tal categorização.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 142 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

e) celebrar contrato de gestão com o Ministério da Saúde, com


a fixação de metas de desempenho, recebendo, por ato do Presidente
da República, a qualificação de agência executiva.

Letra (A). Entidades de apoio são instituídas diretamente por


servidores públicos, em nome próprio e com recursos próprios, para
exercerem atividades de interesse social relativas aos serviços
prestados pelas entidades estatais em que esses servidores públicos
atuem. A cooperação se faz por meio de convênios, estabelecendo
assim o vínculo jurídico. Assim, não depende de portaria do ministro e
também não se faz por meio de contrato de gestão. Além disso, as
entidades de apoio são pessoas jurídicas de direito privado e a fundação
da questão é pública. Portanto, está INCORRETA.
Letra (B). A agência executiva é uma qualificação a ser
concedida, por decreto presidencial específico, a autarquias e fundações
públicas, após indicação do Ministério supervisor da respectiva
entidade, desde que preenchidas algumas condições, visando a uma
maior eficiência e redução de custos. Assim, não é caso de lei específica
e sim de decreto presidencial. Logo, está ERRADA.
Letra (C). As entidades de apoio são pessoas jurídicas de direito
privado. Assim, não há razão de qualificar uma fundação de apoio à
pesquisa em uma fundação privada por meio de decreto
governamental. Além disso, a questão trata de uma fundação pública.
Portanto, está INCORRETA.
Letra (D). As agências reguladoras são autarquias de regime
especial e a questão trata de uma fundação pública. Logo, está
ERRADA.
Letra (E). A agência executiva é uma qualificação a ser
concedida, por decreto presidencial específico, a autarquias e fundações
públicas, após indicação do Ministério supervisor da respectiva
entidade, desde que preenchidas algumas condições, visando a uma

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 143 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

maior eficiência e redução de custos. Os requisitos exigidos são: ter um


plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional em
andamento; e ter celebrado contrato de gestão com o respectivo
Ministério supervisor. Portanto, está CORRETA.
Gabarito: E

74) (FCC – 2014 – AL-PE – Analista Legislativo) Considere as


seguintes afirmações acerca dos consórcios públicos regidos pela Lei nº
11.107/2005:
I. Os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio
público mediante contrato de rateio.
II. O contrato de programa continuará vigente mesmo quando
extinto o consórcio público ou o convênio de cooperação que autorizou
a gestão associada de serviços públicos.
III. O consórcio público com personalidade jurídica de direito
privado integra a administração indireta de todos os entes da Federação
consorciados, o que não se dá com os de personalidade jurídica de
Direito público.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) I.

Pessoal, como vimos o contrato de rateio disciplina a forma dos


repasses de recursos de cada um dos entes que compõe o consórcio. A
única forma de se entregar recursos ao consórcio é por meio do
contrato de rateio.
Ademais, a Lei nº 11.107/05 permite que o contrato de programa
continue vigente mesmo quando extinto o consórcio público ou o

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 144 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

convênio de cooperação que autorizou a gestão associada de serviços


públicos. Desse modo, não haverá descontinuidade na prestação do
serviço público com a extinção do consórcio público.
Gabarito: B

75) (FCC – 2014 – PGE/RN – Procurador do Estado de Terceira


Classe) Considere as afirmações abaixo acerca da disciplina legal dos
consórcios públicos, na forma prevista na Lei Federal n° 11.107/2007.
I. Os consórcios públicos podem ser constituídos como associação
pública, integrando a Administração indireta dos entes da federação
consorciados, ou como pessoa jurídica de direito privado.
II. O contrato de consórcio público somente pode ser celebrado com a
ratificação, mediante lei, do protocolo de intenções anteriormente
firmado pelos entes consorciados.
III. Os contratos de rateio firmados no âmbito de consórcios públicos
devem, necessariamente, contar com a anuência da União, quando
envolverem atuação em regiões metropolitanas.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III.
b) I.
c) I e II.
d) II.
e) II e III.
Item I. O consórcio público pode ter personalidade jurídica de
direito público (no caso de constituir associação pública, atendendo a lei
interna de cada entidade pública que constitui o consórcio) ou de direito
privado (atendendo aos requisitos da legislação civil). Importante
consignar que o consórcio público com personalidade jurídica de direito
público integra a administração indireta de todos os entes da
Federação consorciados. Portanto, o item está CORRETO.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 145 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Item II. No caso de consórcio público, previamente à


celebração do contrato, as entidades devem subscrever previamente
um protocolo de intenções. Cada ente participante do consórcio deve
aprovar uma lei que ratifique o protocolo de intenções. Ratificado o
protocolo, estará celebrado o contrato de constituição do consórcio
público. Logo, o item está CERTO.
Item III. Não há essa previsão na lei que trata dos consórcios
públicos. Portanto, está INCORRETA.
Os itens corretos são: I e II (letra C).
Gabarito: C

76) (FCC – 2013 – AL-RN – Analista Legislativo) Considere as


seguintes assertivas:
I. A desconcentração está relacionada ao tema “hierarquia”.
II. Na desconcentração, há uma distribuição de competências
dentro da mesma pessoa jurídica.
III. Quando, por exemplo, o poder público (União, Estados e
Municípios) cria uma pessoa jurídica de direito público, como a
autarquia, e a ela atribui a titularidade e a execução de determinado
serviço público, ocorre a chamada desconcentração.
IV. Quando, por exemplo, a execução do serviço público é
transferida para um particular, por meio de concessão ou permissão,
ocorre a chamada descentralização.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II.
b) II, III e IV.
c) I e III.
d) I, II e IV.
e) III e IV.
Vamos aos itens?

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 146 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

I – Perfeito. A desconcentração está relacionada a “hierarquia”. Por


outro lado, a descentralização está relacionada a “controle”.
II – Esse é o exato conceito de desconcentração.
III – O caso em tela é de descentralização.
IV – Isso mesmo!
Gabarito: D

77) (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário)


Existem vários critérios de classificação dos órgãos públicos, tais como,
os critérios de “esfera de ação”, “posição estatal”, “estrutura”, dentre
outros.
No que concerne ao critério “posição estatal”, as Casas
Legislativas, a Chefia do Executivo e os Tribunais são órgãos públicos
a) autônomos.
b) superiores.
c) singulares.
d) centrais.
e) independentes.

A doutrina nos fala que são órgãos independentes, aqueles


previstos na Constituição Federal, e representativos dos poderes
(Legislativo, Executivo e Judiciário), não havendo subordinação quer
seja hierárquica ou funcional, sujeitas aos controles constitucionais de
uns pelos outros. Suas atribuições são exercidas por agentes políticos.
Gabarito: Letra “e”.

78) (FCC – 2013 – TRT/15ª Região – Analista Judiciário – Área


Judiciária) É compatível com a disciplina legal dos consórcios públicos
que os entes públicos que deles participem
a) prescindam de concurso público para a contratação de seus
servidores públicos.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 147 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

b) prescindam da realização de licitação para a contratação de


obras e serviços públicos.
c) transfiram ao referido consórcio competências constitucionais
que lhes tenham sido atribuídas, possibilitando a ampliação do espectro
de atribuições desse ente.
d) transfiram ao referido consórcio público quadro de servidores
de sua titularidade, possibilitando a atuação do ente sem a necessidade
de realização de concurso público.
e) promovam a delegação de competências constitucionais entre
si, possibilitando a ampliação da esfera de atribuições de cada ente
político.
Dispõe o artigo 241 da Constituição Federal:
Art. 241, CF:
"A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por
meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os
entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem
como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens
essenciais à continuidade dos serviços transferidos".

Logo, entes públicos que participem de consórcio público podem


transferir total ou parcialmente competências constitucionais que lhe
tenham sido atribuídas.
Gabarito: Letra “C”.

79) (UEG-2008- AGENTE- PCGO)Acerca da organização


administrativa, é CORRETO afirmar:
a) as sociedades de economia mista não integram a administração
indireta.
b) a administração indireta é composta de órgãos internos do
Estado.
c) a administração indireta compõe-se de pessoas jurídicas.
d) as autarquias não integram a administração indireta.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 148 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Depois de estudarmos administração pública indireta, você já pode


concluir uma coisa: toda a sua organização é composta por pessoa
jurídica.
Gabarito: Letra “c”.

80) (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa) A respeito das entidades integrantes da
Administração indireta, é correto afirmar que
a) se submetem, todas, ao regime jurídico de direito público, com
observância aos princípios constitucionais e às demais regras aplicáveis
à Administração pública.
b) as empresas públicas e sociedades de economia mista que
explorem atividade econômica submetem- se ao regime tributário
próprio das empresas privadas.
c) as autarquias regem-se pelo princípio da especialização e
submetem-se ao regime jurídico de direito público, gozando de
capacidade política.
d) apenas as empresas públicas podem explorar atividade
econômica e sempre em caráter supletivo à iniciativa privada,
submetidas ao regime próprio das empresas privadas, salvo em matéria
tributária.
e) apenas as sociedades de economia mista sujeitam- se ao
regime de direito privado, podendo orientar suas atividades para a
obtenção de lucro.
Como vimos, as empresas Públicas e SEM, pertencentes da
Administração Indireta, sujeitam-se ao regime jurídico de Direito
Privado.
As autarquias realmente são regidas pelo princípio da
especialização, consequência direta da lei responsável pela sua criação.
Assim, não podem se afastar das finalidades (especialidades)
estabelecidas previamente pela lei, sob pena de responsabilização de

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 149 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

seus dirigentes. Todavia, não é correto afirmar que possuem capacidade


legislativa (prerrogativa de criação de leis), característica própria e
exclusiva das entidades estatais (União, Estados, Municípios e Distrito
Federal).
As empresas públicas e sociedades de economia mista podem ser
instituídas para prestar serviços públicos ou explorar atividades
econômicas, nos termos da lei que autorizou a respectiva criação.
Tanto as empresas públicas quanto as sociedades de economia
mista são submetidas ao regime jurídico de direito privado, não
podendo usufruir de benefícios ou incentivos fiscais que não sejam
assegurados também às empresas privadas que atuam no mesmo
setor.

O art. 173, § 1º, II, da Constituição Federal, dispõe que as empresas


públicas e sociedades de economia mista estão sujeitas ao “regime
jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários”.

Gabarito: letra B.

6. Terceiro Setor

Preste atenção: estamos deixando de lado agora as entidades que


integram a Administração Pública para tratar das entidades não
estatais, mas que prestam apoio ao Estado, exercendo atividades de
utilidade pública, ou seja, as entidades do terceiro setor não fazem
parte nem da Administração Direta nem da Administração Indireta.

Essas pessoas jurídicas são conhecidas por entes


de cooperação ou entidades paraestatais, porque colaboram ou
cooperam com o Estado no desempenho de uma atividade de interesse

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 150 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

coletivo, embora não integrem a Administração, residindo apenas ao


lado dela.
Não desanime! Estamos caminhando para o fim desta aula.
As entidades do terceiro setor têm personalidade jurídica de
direito privado, não têm fins lucrativos e são geridas por pessoas
da sociedade civil (não há gestão estatal). São as famosas ONGs.
Essas entidades realizam projetos de interesse do Estado,
prestando serviços não exclusivos e viabilizando o seu desenvolvimento.
Por isso, recebem ajuda por parte dele, desde que preenchidos
determinados requisitos estabelecidos por lei específica para cada
modalidade. Sujeitam-se a controle pela Administração Pública e pelo
Tribunal de Contas (porque recebem recursos públicos para executar
suas finalidades). O seu regime jurídico é predominantemente privado,
contudo parcialmente derrogado por regras de direito público.
Elas não fazem parte do 1º setor (público), em que se encontra o
Estado, entendido como um todo em que se incluem a Administração
Direta e Indireta, nem do 2º setor (em regra, privado), em que se tem
o mercado, no qual vigora a livre-iniciativa e que tem no lucro a sua
singular motivação.
São de natureza híbrida, por isso são chamadas de terceiro setor.
Dentre essas entidades, destacam-se: Sistema S (Serviços Sociais
Autônomos), Organizações Sociais (OS), Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público (Oscip) e Entidades de Apoio. Logo abaixo,
vamos à definição de cada uma delas, mas antes, ainda faltam alguns
detalhes relacionados ao terceiro setor.

O terceiro setor é marcado pela presença de


entidades de natureza privada, sem fins lucrativos, que exercem
atividades de interesse social e coletivo e que, por esse motivo,
recebem incentivos do estado dentro de uma atividade de fomento. São

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 151 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

conhecidas como instituições de benemerência ou, tecnicamente, entes


de cooperação.

Atualmente, já se reconhece um quarto setor,


sinônimo da economia informal, o qual sobrevive por intermédio de
criativos artifícios para fugir das garras do leão do imposto de renda.

O Estado poderá intervir diretamente no mercado (2º setor) em


hipóteses excepcionais, tais como: nos casos das empresas públicas e
sociedades de economia mista quando exploradoras da atividade
econômica, nos casos de imperativos da segurança nacional ou
relevante interesse coletivo; de forma indireta, quando fiscaliza ou
planeja as diversas atividades, sendo este planejamento determinante
para o setor público e indicativo para o privado; ainda, por meio de
monopólios.

6.1 Serviços Sociais Autônomos (Sistema S)

É um rótulo atribuído às pessoas jurídicas de direito privado,


integrantes da iniciativa privada, com algumas características
peculiares. Não prestam serviços públicos delegados pelo Estado, mas
exercem atividade privada de interesse público (serviços não exclusivos
do Estado. É o sistema “S” – Sebrae, Sesi, Sesc, Senac...
São criados por lei para exercer atividades de interesse de
determinados grupos sociais ou de determinadas categorias
profissionais, sem fins lucrativos. Recebem dotações orçamentárias e

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 152 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

contribuições parafiscais do Estado para incentivarem (fomento)


determinado ramo profissional.

São instituídos por meio de autorização


legislativa, mas, para existirem efetivamente, é também preciso que
sejam criados pelas respectivas Confederações Nacionais.
Não gozam de privilégios administrativos, nem fiscais e nem
processuais, concedidos à Fazenda Pública, cabendo-lhes apenas
aqueles que a lei especial, expressamente, lhes conceder. Na verdade,
o maior privilégio dos entes que compõem o sistema S é receber
$$$ público, por meio de contribuições parafiscais (contribuição social
sobre a folha de salário dos empregados, por exemplo) ou dotações
orçamentárias. Justamente por isso, as entidades do Sistema S são
fiscalizadas pelo Tribunal de Contas da União.
Leia, com ATENÇÃO, às espécies de controle a que se submetem
as entidades do sistema S:
 Prestam contas;
 São submetidas à auditoria do TCU de ofício ou demanda por
terceiros;
 São submetidas à auditoria da CGU;
 Suas licitações, contratações e seleções públicas de pessoal
podem ser objeto de representações e denúncias junto ao
TCU;
Quanto ao regime tributário, o entendimento da maioria é que
eles não gozam da imunidade recíproca (art. 150, VI, “a”, CF), que só é
aplicável às pessoas jurídicas de direito público, Todavia, é possível que
esses entes se beneficiem de outros privilégios tributários, em razão do
seu caráter assistencial (art. 150, VI, “c”, CF). Ressalte-se que o
benefício da imunidade só incide sobre os impostos, sendo necessário
o pagamento das demais espécies tributárias, e limita-se ao patrimônio,

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 153 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

à renda e aos serviços ligados diretamente às suas finalidades


essenciais.
Quanto à necessidade de licitação, o TCU tem o seguinte
entendimento com relação ao sistema S (todos eles obtidos na
publicação encontrada no seguinte link:
http://www.camara.gov.br/internet/comissao/index/mista/orca/apresen
tacao/2013/RAP_SistemaS_25-06-2013.pdf).
 “...os Serviços Sociais Autônomos não estão sujeitos à
observância aos estritos procedimentos estabelecidos
na Lei nº 8.666/93, e sim aos seus regulamentos
próprios devidamente publicados, consubstanciados nos
princípios gerais do processo licitatório.” (Decisão 907/1997
– Plenário).
 Se os regulamentos próprios afrontarem gravemente os
princípios da gestão pública (da igualdade ou da eficiência,
por exemplo), o TCU pode determinar a modificação desses
regulamentos (Acórdão 2.522/2009 - 2ª C).
 Se houver lacuna no regulamento próprio ou não existir regra
específica no regulamento da entidade, aplica-se a Lei n.
8.666/93 subsidiariamente;
 Também aplica-se a Lei n. 8.666/93 subsidiariamente se o
regulamento próprio contrariar os princípios gerais da
Administração Pública, os específicos relativos a licitações ou
à execução de despesa;
 “esses regulamentos são obrigados a seguir os princípios
basilares da administração pública e do direito
administrativo: o princípio da supremacia do interesse
público sobre o interesse privado e o princípio da
indisponibilidade do interesse público. Desses dois princípios
derivam os princípios da oficialidade, o princípio da verdade
material e o princípio do formalismo moderado que regem e

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 154 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

norteiam os atos processuais praticados pelo Tribunal de


Contas da União.” (Acórdão 307/2011 - Plenário).
Como entidades privadas, os componentes do Sistema S não
precisam fazer concurso público, regra confirmada recentemente
por decisão do STF no RE nº 789.874. Os atos de admissão e
aposentadoria não são apreciados pelo TCU.
O regime de pessoal dos que atuam nos serviços sociais
autônomos é o da CLT.
A competência para julgar as ações em que forem autores ou réus
é da Justiça Estadual.
Os atos de seus dirigentes são passíveis de mandado de
segurança, ação popular, responsabilidade pessoal por danos,
improbidade administrativa e responsabilização criminal.
Exemplos de serviços sociais autônomos: SESI, SESC, SENAC,
SENAI, SEBRAE, SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural),
SEST, SENAT (Serviço Nacional de Aprendizagem do Trasporte). Foram
instituídos mais dois recentes, que ganharam o nome de Agência,
fugindo do antigo rótulo de sistema “s”: Apex-Brasil-Agência de
Promoção de Exportação do Brasil e ABDI (Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial).

6.2 Organizações Sociais (=OS):

O primeiro cuidado que você deve ter no estudo das OS é que,


como as demais entidades do terceiro setor, as OS têm personalidade
jurídica de direito privado e são criadas por particulares.
São ONGs criadas pela sociedade civil, regidas pela Lei nº
9.637/98, que sofreu alteração pela Lei nº 12.269/10. Essa mesma lei
também criou o Programa Nacional de Publicização.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 155 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Assim como as agências executivas, as OS são uma qualificação


das ONGs pelo Poder Executivo (pelo Ministro de Estado da área de
atividade correspondente ao objeto social da OS).
As organizações sociais não têm fins lucrativos e exercem
atividades dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento
tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura ou à
saúde, ou seja, atividades de interesse público. ATENÇÃO!!! Não se
admitem outras finalidades estatutárias.

São pessoas jurídicas de direito privado, não


integram a Administração, não têm fins lucrativos e são criadas por
particulares para a execução, por meio de parcerias, de serviços
públicos não exclusivos do Estado, previstos em lei. Apesar de atuarem
em nome próprio, recebem apoio do Estado.
Os Estados e os Municípios poderão qualificar entidades como
organizações sociais, desde que aprovem suas leis próprias, já que se
trata de matéria de prestação de serviço público, em que a competência
é de cada entidade estatal.
Essas organizações são livremente qualificadas pelo Ministro ou
titular do órgão supervisor do seu ramo de atividade e pelo Ministro do
Planejamento, Orçamento e Gestão, desde que preencham alguns
requisitos formais e substanciais, previstos nos arts. 2º ao 4º da Lei nº
9.637/98.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 156 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Art. 2o São requisitos específicos para que as entidades privadas


referidas no artigo anterior habilitem-se à qualificação como organização
social:
I - comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre:
a) natureza social de seus objetivos relativos à respectiva área de
atuação;
b) finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de
seus excedentes financeiros no desenvolvimento das próprias atividades;
c) previsão expressa de a entidade ter, como órgãos de deliberação
superior e de direção, um conselho de administração e uma diretoria definidos
nos termos do estatuto, asseguradas àquele composição e atribuições
normativas e de controle básicas previstas nesta Lei;
d) previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação superior,
de representantes do Poder Público e de membros da comunidade, de notória
capacidade profissional e idoneidade moral;
e) composição e atribuições da diretoria;
f) obrigatoriedade de publicação anual, no Diário Oficial da União, dos
relatórios financeiros e do relatório de execução do contrato de gestão;
g) no caso de associação civil, a aceitação de novos associados, na
forma do estatuto;
h) proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido
em qualquer hipótese, inclusive em razão de desligamento, retirada ou
falecimento de associado ou membro da entidade;
i) previsão de incorporação integral do patrimônio, dos legados ou das
doações que lhe foram destinados, bem como dos excedentes financeiros
decorrentes de suas atividades, em caso de extinção ou desqualificação, ao
patrimônio de outra organização social qualificada no âmbito da União, da
mesma área de atuação, ou ao patrimônio da União, dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios, na proporção dos recursos e bens por estes
alocados;
II - haver aprovação, quanto à conveniência e oportunidade de sua
qualificação como organização social, do Ministro ou titular de órgão
supervisor ou regulador da área de atividade correspondente ao seu objeto
social e do Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado.

Art. 3o O conselho de administração deve estar estruturado nos termos


que dispuser o respectivo estatuto, observados, para os fins de atendimento
dos requisitos de qualificação, os seguintes critérios básicos:
I - ser composto por:
a) 20 a 40% (vinte a quarenta por cento) de membros natos
representantes do Poder Público, definidos pelo estatuto da entidade;
b) 20 a 30% (vinte a trinta por cento) de membros natos representantes
de entidades da sociedade civil, definidos pelo estatuto;
c) até 10% (dez por cento), no caso de associação civil, de membros
eleitos dentre os membros ou os associados;
d) 10 a 30% (dez a trinta por cento) de membros eleitos pelos demais
integrantes do conselho, dentre pessoas de notória capacidade profissional e
reconhecida idoneidade moral;
e) até 10% (dez por cento) de membros indicados ou eleitos na forma
estabelecida pelo estatuto;

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 157 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

II - os membros eleitos ou indicados para compor o Conselho devem ter


mandato de quatro anos, admitida uma recondução;
III - os representantes de entidades previstos nas alíneas "a" e "b" do
inciso I devem corresponder a mais de 50% (cinqüenta por cento) do
Conselho;
IV - o primeiro mandato de metade dos membros eleitos ou
indicados deve ser de dois anos, segundo critérios estabelecidos no
estatuto;
V - o dirigente máximo da entidade deve participar das reuniões do
conselho, sem direito a voto;
VI - o Conselho deve reunir-se ordinariamente, no mínimo, três vezes
a cada ano e, extraordinariamente, a qualquer tempo;
VII - os conselheiros não devem receber remuneração pelos serviços
que, nesta condição, prestarem à organização social, ressalvada a ajuda de
custo por reunião da qual participem;
VIII - os conselheiros eleitos ou indicados para integrar a diretoria da
entidade devem renunciar ao assumirem funções executivas.

Art. 4o Para os fins de atendimento dos requisitos de qualificação,


devem ser atribuições privativas do Conselho de Administração, dentre
outras:
I - fixar o âmbito de atuação da entidade, para consecução do seu
objeto;
II - aprovar a proposta de contrato de gestão da entidade;
III - aprovar a proposta de orçamento da entidade e o programa de
investimentos;
IV - designar e dispensar os membros da diretoria;
V - fixar a remuneração dos membros da diretoria;
VI - aprovar e dispor sobre a alteração dos estatutos e a extinção da
entidade por maioria, no mínimo, de dois terços de seus membros;
VII - aprovar o regimento interno da entidade, que deve dispor, no
mínimo, sobre a estrutura, forma de gerenciamento, os cargos e respectivas
competências;
VIII - aprovar por maioria, no mínimo, de dois terços de seus membros,
o regulamento próprio contendo os procedimentos que deve adotar para a
contratação de obras, serviços, compras e alienações e o plano de cargos,
salários e benefícios dos empregados da entidade;
IX - aprovar e encaminhar, ao órgão supervisor da execução do contrato
de gestão, os relatórios gerenciais e de atividades da entidade, elaborados
pela diretoria;
X - fiscalizar o cumprimento das diretrizes e metas definidas e aprovar
os demonstrativos financeiros e contábeis e as contas anuais da entidade,
com o auxílio de auditoria externa.

Como visto, elas são geridas por um conselho de administração


e uma diretoria. ATENÇÃO PARA ESSE PONTO: de 20 a 40% de

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 158 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

membros natos do conselho de administração devem ser de


representantes do Poder Público.

As organizações sociais podem receber auxílio do Poder Público na


forma de:
 recursos públicos $$$
 permissão de uso de bens públicos e
 cessão de servidores públicos, com ônus para a
Administração Pública.

Quando se fala do fomento às atividades sociais desempenhadas


pelas OS’s, destacam-se os arts. 11 a 15 da Lei nº 9.637/98:
Art. 11. As entidades qualificadas como organizações sociais são
declaradas como entidades de interesse social e utilidade pública, para todos
os efeitos legais.
Art. 12. Às organizações sociais poderão ser destinados recursos
orçamentários e bens públicos necessários ao cumprimento do contrato de
gestão.
§ 1o São assegurados às organizações sociais os créditos previstos no
orçamento e as respectivas liberações financeiras, de acordo com o
cronograma de desembolso previsto no contrato de gestão.
§ 2o Poderá ser adicionada aos créditos orçamentários destinados ao
custeio do contrato de gestão parcela de recursos para compensar
desligamento de servidor cedido, desde que haja justificativa expressa
da necessidade pela organização social.
§ 3o Os bens de que trata este artigo serão destinados às organizações
sociais, dispensada licitação, mediante permissão de uso, consoante
cláusula expressa do contrato de gestão.
Art. 13. Os bens móveis públicos permitidos para uso poderão ser
permutados por outros de igual ou maior valor, condicionado a que os novos
bens integrem o patrimônio da União.
Parágrafo único. A permuta de que trata este artigo dependerá de prévia
avaliação do bem e expressa autorização do Poder Público.
Art. 14. É facultado ao Poder Executivo a cessão especial de servidor
para as organizações sociais, com ônus para a origem.
§ 1o Não será incorporada aos vencimentos ou à remuneração de origem
do servidor cedido qualquer vantagem pecuniária que vier a ser paga pela

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 159 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

organização social.
§ 2o Não será permitido o pagamento de vantagem pecuniária
permanente por organização social a servidor cedido com recursos
provenientes do contrato de gestão, ressalvada a hipótese de adicional
relativo ao exercício de função temporária de direção e assessoria.
§ 3o O servidor cedido perceberá as vantagens do cargo a que fizer jus
no órgão de origem, quando ocupante de cargo de primeiro ou de segundo
escalão na organização social.
Art. 15. São extensíveis, no âmbito da União, os efeitos dos arts. 11 e
12, § 3o, para as entidades qualificadas como organizações sociais pelos
Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, quando houver
reciprocidade e desde que a legislação local não contrarie os
preceitos desta Lei e a legislação específica de âmbito federal.

Assim como os serviços sociais autônomos, por serem entidades


privadas, não precisam fazer concursos públicos e nem licitação
para comprar bens e serviços. As OS também devem ter
regulamento próprio para compras. Nesse sentido, o dispositivo da Lei
n. 9.637/98:
Art. 17. A organização social fará publicar, no prazo máximo de noventa dias
contado da assinatura do contrato de gestão, regulamento próprio
contendo os procedimentos que adotará para a contratação de obras e
serviços, bem como para compras com emprego de recursos provenientes do
Poder Público.

Por outro lado, por receberem recursos do Estado, seus atos


devem ser publicados e estão sujeitos a prestar contas ao
respectivo tribunal de contas e à Administração, estando submetidos
também às regras de improbidade administrativa.

Quanto a questão da necessidade ou não de realização de


licitação, deixe-me deixar a coisa mais clara:

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 160 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Para a Administração contratar os serviços de uma organização


social, não é necessário licitar (art. 24, XXIV, da 8666: XXIV - para a
celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações
sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para
atividades contempladas no contrato de gestão.)
Por outro lado, para a organização social contratar bens e serviços
com os SEUS RECURSOS PRÓPRIOS não é necessário licitar, mas sim
adotar o regulamento próprio mencionado no art. 17 da Lei n.
9.637/98, acima transcrito.
Por fim, para a organização social contratar bens e serviços com
RECURSOS REPASSADOS PELA UNIÃO é necessário licitar, em
razão do Decreto 5504/05, veja:
Art. 1o Os instrumentos de formalização, renovação ou aditamento de
convênios, instrumentos congêneres ou de consórcios públicos que envolvam
repasse voluntário de recursos públicos da União deverão conter cláusula que
determine que as obras, compras, serviços e alienações a serem
realizadas por entes públicos ou privados, com os recursos ou bens
repassados voluntariamente pela União, sejam contratadas mediante
processo de licitação pública, de acordo com o estabelecido na legislação
federal pertinente.
§ 1o Nas licitações realizadas com a utilização de recursos repassados nos
termos do caput, para aquisição de bens e serviços comuns, será
obrigatório o emprego da modalidade pregão, nos termos da Lei no 10.520,
de 17 de julho de 2002, e do regulamento previsto no Decreto no 5.450,
de 31 de maio de 2005, sendo preferencial a utilização de sua forma
eletrônica, de acordo com cronograma a ser definido em instrução
complementar.
(...)
§ 5o Aplica-se o disposto neste artigo às entidades qualificadas como
Organizações Sociais, na forma da Lei no 9.637, de 15 de maio de 1998, e
às entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público, na forma da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999, relativamente
aos recursos por elas administrados oriundos de repasses da União, em face
dos respectivos contratos de gestão ou termos de parceria.

Espere aí, professor, as OS recebem recursos públicos,


permissão de uso de bens públicos, servidores públicos, não precisam
fazer concurso para admitir seus funcionários nem licitação para

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 161 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

comprar seus bens de consumo com recursos próprios e ainda podem


contratar com o poder público sem licitação? Isso é possível?
É isso mesmo, pessoal, a OS pode ser contratada pelo poder
público para prestar um serviço, que esteja dentro de suas finalidades,
sem licitação.
Esses dispositivos foram questionados perante o Supremo Tribunal
Federal, na ADI 1923.
No julgamento da medida liminar nessa ADI, o STF entendeu que
“a Lei 9.637/98 institui um programa de publicização de atividades e
serviços não exclusivos do Estado, transferindo-os para a gestão
desburocratizada a cargo de entidades de caráter privado e, portanto,
submetendo-os a um regime mais flexível, dinâmico e eficiente”
(trecho do voto do Min. Gilmar Mendes extraído do Informativo-STF nº
474.
Com isso, no julgamento da medida liminar, foi considerada
constitucional a Lei nº 9.637/98 e todas as “benesses” conferidas às
organizações sociais.

O instrumento que rege a relação entre o Estado e a OS chama-se


contrato de gestão. No contrato de gestão serão fixadas as
atribuições, responsabilidades e obrigações do Estado e da OS. Além
disso, esse contrato prevê o programa de trabalho e – o mais
importante – estipula metas a serem atingidas, inclusive com prazos
de execução e critérios objetivos de avaliação de desempenho.
Na sua elaboração, devem ser observados os princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e economicidade,
além da especificação do programa de trabalho proposto pela
organização, as metas, prazo e critérios de avaliação de desempenho e
a estipulação dos limites e critérios de despesa com remuneração e

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 162 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

vantagens a serem percebidas pelos dirigentes e empregados das


organizações. Observe a previsão legal:
Art. 7o Na elaboração do contrato de gestão, devem ser observados os
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
economicidade e, também, os seguintes preceitos:
I - especificação do programa de trabalho proposto pela organização
social, a estipulação das metas a serem atingidas e os respectivos prazos de
execução, bem como previsão expressa dos critérios objetivos de avaliação
de desempenho a serem utilizados, mediante indicadores de qualidade e
produtividade;
II - a estipulação dos limites e critérios para despesa com remuneração
e vantagens de qualquer natureza a serem percebidas pelos dirigentes e
empregados das organizações sociais, no exercício de suas funções.
Parágrafo único. Os Ministros de Estado ou autoridades supervisoras da
área de atuação da entidade devem definir as demais cláusulas dos contratos
de gestão de que sejam signatários.

Em princípio, contrato de gestão não se confunde


com concessão de serviço público. Enquanto instrumento a ser
formalizado com organizações sociais, o contrato de gestão não tem por
objeto a atribuição a particulares da prestação de serviço pública, por
conta e risco próprios.
Diante de tantos parâmetros objetivos previstos no contrato de
gestão, fala-se que, na OS o controle exercido pelo Estado sobre ela é
de resultado.
Esse controle de resultados foi um dos motivos que ensejaram o
reconhecimento da constitucionalidade da Lei nº 9.637/98 pelo STF.
Veja o seguinte trecho do mesmo voto do Min. Gilmar Mendes:
Ressaltou que a busca da eficiência dos resultados, mediante a flexibilização
de procedimentos, justifica a implementação de um regime especial, regido
por regras que respondem a racionalidades próprias do direito público e do
direito privado. Registrou, ademais, que esse modelo de gestão pública tem
sido adotado por diversos Estados-membros e que as experiências
demonstram que a Reforma da Administração Pública tem avançado de forma
promissora.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 163 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

IMPORTANTE: se a OS descumprir as cláusulas do contrato de


gestão, a entidade poderá ser desqualificada e deixará de ser uma
organização social.

A qualificação “organização social” é temporária,


enquanto vigente o contrato, sendo possível a desqualificação por meio
de ato do Poder Executivo, quando do descumprimento das condições
contratuais, exigindo processo administrativo prévio com o contraditório
e a ampla defesa, respondendo os dirigentes solidariamente pelos
danos, além da possibilidade de reversão dos bens e devolução dos
valores recebidos e demais sanções cabíveis (art. 16 da Lei nº
9.637/98).
Por fim, com relação à fiscalização, confira os seguintes
dispositivos da Lei nº 9.637/98:
Art. 8o A execução do contrato de gestão celebrado por organização
social será fiscalizada pelo órgão ou entidade supervisora da área de atuação
correspondente à atividade fomentada.
§ 1o A entidade qualificada apresentará ao órgão ou entidade do Poder
Público supervisora signatária do contrato, ao término de cada exercício ou a
qualquer momento, conforme recomende o interesse público, relatório
pertinente à execução do contrato de gestão, contendo comparativo
específico das metas propostas com os resultados alcançados, acompanhado
da prestação de contas correspondente ao exercício financeiro.
§ 2o Os resultados atingidos com a execução do contrato de gestão
devem ser analisados, periodicamente, por comissão de avaliação, indicada
pela autoridade supervisora da área correspondente, composta por
especialistas de notória capacidade e adequada qualificação.
§ 3o A comissão deve encaminhar à autoridade supervisora relatório
conclusivo sobre a avaliação procedida.

Art. 9o Os responsáveis pela fiscalização da execução do contrato de gestão,


ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade na
utilização de recursos ou bens de origem pública por organização social, dela
darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de
responsabilidade solidária.

Art. 10. Sem prejuízo da medida a que se refere o artigo anterior, quando
assim exigir a gravidade dos fatos ou o interesse público, havendo indícios
fundados de malversação de bens ou recursos de origem pública, os
responsáveis pela fiscalização representarão ao Ministério Público, à
Advocacia-Geral da União ou à Procuradoria da entidade para que

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 164 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

requeira ao juízo competente a decretação da indisponibilidade dos bens da


entidade e o seqüestro dos bens dos seus dirigentes, bem como de agente
público ou terceiro, que possam ter enriquecido ilicitamente ou causado dano
ao patrimônio público.
§ 1o O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto
nos arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil.
§ 2o Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o
bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações mantidas pelo demandado no
País e no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais.
§ 3o Até o término da ação, o Poder Público permanecerá como
depositário e gestor dos bens e valores seqüestrados ou indisponíveis e velará
pela continuidade das atividades sociais da entidade.

Em relação às extinções e à absorção de atividades e serviços por


organizações sociais, importante considerar os arts. 18, 19 e 22 da Lei
nº 9.637/98:
Art. 18. A organização social que absorver atividades de entidade federal
extinta no âmbito da área de saúde deverá considerar no contrato de gestão,
quanto ao atendimento da comunidade, os princípios do Sistema Único de
Saúde, expressos no art. 198 da Constituição Federal e no art. 7o da Lei
no 8.080, de 19 de setembro de 1990.
Art. 19. As entidades que absorverem atividades de rádio e televisão
educativa poderão receber recursos e veicular publicidade institucional de
entidades de direito público ou privado, a título de apoio cultural, admitindo-
se o patrocínio de programas, eventos e projetos, vedada a veiculação
remunerada de anúncios e outras práticas que configurem
comercialização de seus intervalos.
Art. 22. As extinções e a absorção de atividades e serviços por
organizações sociais de que trata esta Lei observarão os seguintes preceitos:
I - os servidores integrantes dos quadros permanentes dos órgãos e das
entidades extintos terão garantidos todos os direitos e vantagens decorrentes
do respectivo cargo ou emprego e integrarão quadro em extinção nos órgãos
ou nas entidades indicados no Anexo II, sendo facultada aos órgãos e
entidades supervisoras, ao seu critério exclusivo, a cessão de
servidor, irrecusável para este, com ônus para a origem, à
organização social que vier a absorver as correspondentes atividades,
observados os §§ 1o e 2o do art. 14;
II - a desativação das unidades extintas será realizada mediante
inventário de seus bens imóveis e de seu acervo físico, documental e
material, bem como dos contratos e convênios, com a adoção de providências
dirigidas à manutenção e ao prosseguimento das atividades sociais a cargo
dessas unidades, nos termos da legislação aplicável em cada caso;
III - os recursos e as receitas orçamentárias de qualquer natureza,
destinados às unidades extintas, serão utilizados no processo de inventário e
para a manutenção e o financiamento das atividades sociais até a assinatura
do contrato de gestão;

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 165 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

IV - quando necessário, parcela dos recursos orçamentários poderá ser


reprogramada, mediante crédito especial a ser enviado ao Congresso
Nacional, para o órgão ou entidade supervisora dos contratos de gestão, para
o fomento das atividades sociais, assegurada a liberação periódica do
respectivo desembolso financeiro para a organização social;
V - encerrados os processos de inventário, os cargos efetivos vagos e os
em comissão serão considerados extintos;
VI - a organização social que tiver absorvido as atribuições das
unidades extintas poderá adotar os símbolos designativos destes,
seguidos da identificação "OS".
§ 1o A absorção pelas organizações sociais das atividades das unidades
extintas efetivar-se-á mediante a celebração de contrato de gestão, na
forma dos arts. 6o e 7o.
§ 2o Poderá ser adicionada às dotações orçamentárias referidas no inciso
IV parcela dos recursos decorrentes da economia de despesa incorrida pela
União com os cargos e funções comissionados existentes nas unidades
extintas.

CUIDADO!!! Essas organizações não podem prover a absorvição de


todo um serviço público estatal (como, por exemplo, absorver toda a
prestação da saúde de um Estado), sob pena de ofender o art. 175 da
CF, que estabelece que a Administração presta serviços diretamente ou
por intermédio de concessão e permissão, sempre precedidas de
licitação. Sem contar que os serviços de saúde, ensino e educação são
deveres do Estado, estando obrigado a prestá-los diretamente, não
podendo, simplesmente, transpassá-los a essas organizações sociais.
Contudo, é possível, por exemplo, o Estado transferir a administração
de um hospital público a uma OS.
Por fim, no tocante ao Programa Nacional de Publicização (PNP),
veja o que preceitua a Lei nº 9.637/98:
Art. 20. Será criado, mediante decreto do Poder Executivo, o
Programa Nacional de Publicização - PNP, com o objetivo de estabelecer
diretrizes e critérios para a qualificação de organizações sociais, a fim de
assegurar a absorção de atividades desenvolvidas por entidades ou órgãos
públicos da União, que atuem nas atividades referidas no art. 1o, por
organizações sociais, qualificadas na forma desta Lei, observadas as
seguintes diretrizes:
I - ênfase no atendimento do cidadão-cliente;
II - ênfase nos resultados, qualitativos e quantitativos nos prazos
pactuados;

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 166 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

III - controle social das ações de forma transparente.

Exemplos de organizações sociais: ABTLus (Associação Brasileira


de Tecnologia Luz Síncrotron), IDSM (Instituto de Desenvolvimento
Sustentável Mamirauá), CGEE (Centro de Gestão e Estudos
Estratégicos), IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicada), RNP
(Associação Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), dentre outras.

6.3 Organização da Sociedade Civil de Interesse Público


(=OSCIP):

As OSCIPs são ONGs criadas por iniciativa privada, que obtêm um


certificado emitido pelo poder público federal ao comprovar o
cumprimento de certos requisitos, especialmente aqueles derivados de
normas de transparência administrativa e vedação à finalidade de lucro.
Regulada pela Lei nº 9.790/99, regulamentada pelo Decreto Federal nº
3.100/99, alterado pelo Decreto Federal nº 7.568/2011.
Esse certificado é emitido perante o Ministério da Justiça.

Para Marinela, é conceituada como pessoa


jurídica de direito privado, instituída por particular, sem fins lucrativos,
para a prestação de serviços sociais não exclusivos do Estado (serviços
socialmente úteis), sob incentivo e fiscalização desse Estado e que
consagre, em seus estatutos, uma série de normas sobre estrutura,
funcionamento e prestação de contas (art. 4º).
Para os efeitos da Lei nº 9.790/99, considera-se sem fins lucrativos
a pessoa jurídica de direito privado que não distribui, entre os seus
sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores,
eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos,
bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos
Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 167 de 256
Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente


na consecução do respectivo objeto social (art. 1º, §1º).

Existem entidades que não são passíveis de


qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público,
conforme prevê o art. 2º da Lei nº 9.790/99:
Art. 2o Não são passíveis de qualificação como Organizações da
Sociedade Civil de Interesse Público, ainda que se dediquem de qualquer
forma às atividades descritas no art. 3o desta Lei:
I - as sociedades comerciais;
II - os sindicatos, as associações de classe ou de representação de
categoria profissional;
III - as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos,
cultos, práticas e visões devocionais e confessionais;
IV - as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas
fundações;
V - as entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou
serviços a um círculo restrito de associados ou sócios;
VI - as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e
assemelhados;
VII - as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas
mantenedoras;
VIII - as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas
mantenedoras;
IX - as organizações sociais;
X - as cooperativas;
XI - as fundações públicas;
XII - as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado
criadas por órgão público ou por fundações públicas;
XIII - as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de
vinculação com o sistema financeiro nacional a que se refere o art. 192 da
Constituição Federal.

A outorga da qualificação como OSCIP é ato


VINCULADO ao cumprimento dos requisitos legais, não existindo,
portanto, discricionariedade no deferimento pela Administração.
E quais são esses requisitos previstos na Lei nº 9.790/99???
Confira os seguintes dispositivos:

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 168 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Art. 3o A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer


caso, o princípio da universalização dos serviços, no respectivo âmbito de
atuação das Organizações, somente será conferida às pessoas jurídicas de
direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham pelo
menos uma das seguintes finalidades:
I - promoção da assistência social;
II - promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e
artístico;
III - promoção gratuita da educação, observando-se a forma
complementar de participação das organizações de que trata esta Lei;
IV - promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar
de participação das organizações de que trata esta Lei;
V - promoção da segurança alimentar e nutricional;
VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável;
VII - promoção do voluntariado;
VIII - promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à
pobreza;
IX - experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e
de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito;
X - promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e
assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar;
XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da
democracia e de outros valores universais;
XII - estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas,
produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos
que digam respeito às atividades mencionadas neste artigo.
Parágrafo único. Para os fins deste artigo, a dedicação às atividades nele
previstas configura-se mediante a execução direta de projetos, programas,
planos de ações correlatas, por meio da doação de recursos físicos, humanos
e financeiros, ou ainda pela prestação de serviços intermediários de apoio a
outras organizações sem fins lucrativos e a órgãos do setor público que
atuem em áreas afins.
Art. 4o Atendido o disposto no art. 3o, exige-se ainda, para qualificarem-
se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, que as
pessoas jurídicas interessadas sejam regidas por estatutos cujas normas
expressamente disponham sobre:
I - a observância dos princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência;
II - a adoção de práticas de gestão administrativa, necessárias e
suficientes a coibir a obtenção, de forma individual ou coletiva, de benefícios
ou vantagens pessoais, em decorrência da participação no respectivo
processo decisório;
III - a constituição de conselho fiscal ou órgão equivalente, dotado de
competência para opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e
contábil, e sobre as operações patrimoniais realizadas, emitindo pareceres
para os organismos superiores da entidade;
IV - a previsão de que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo
patrimônio líquido será transferido a outra pessoa jurídica qualificada nos
termos desta Lei, preferencialmente que tenha o mesmo objeto social

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 169 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

da extinta;
V - a previsão de que, na hipótese de a pessoa jurídica perder a
qualificação instituída por esta Lei, o respectivo acervo patrimonial disponível,
adquirido com recursos públicos durante o período em que perdurou aquela
qualificação, será transferido a outra pessoa jurídica qualificada nos termos
desta Lei, preferencialmente que tenha o mesmo objeto social;
VI - a possibilidade de se instituir remuneração para os dirigentes da
entidade que atuem efetivamente na gestão executiva e para aqueles que a
ela prestam serviços específicos, respeitados, em ambos os casos, os valores
praticados pelo mercado, na região correspondente a sua área de atuação;
VII - as normas de prestação de contas a serem observadas pela
entidade, que determinarão, no mínimo:
a) a observância dos princípios fundamentais de contabilidade e das
Normas Brasileiras de Contabilidade;
b) que se dê publicidade por qualquer meio eficaz, no encerramento do
exercício fiscal, ao relatório de atividades e das demonstrações financeiras da
entidade, incluindo-se as certidões negativas de débitos junto ao INSS
e ao FGTS, colocando-os à disposição para exame de qualquer cidadão;
c) a realização de auditoria, inclusive por auditores externos
independentes se for o caso, da aplicação dos eventuais recursos objeto do
termo de parceria conforme previsto em regulamento;
d) a prestação de contas de todos os recursos e bens de origem pública
recebidos pelas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público será
feita conforme determina o parágrafo único do art. 70 da Constituição
Federal.
Parágrafo único. É permitida a participação de servidores públicos na
composição de conselho de Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público, vedada a percepção de remuneração ou subsídio, a qualquer
título.

Como visto, as áreas de atuação das OSCIPs são: assistência


social, cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico,
educação gratuita, saúde gratuita, segurança alimentar e nutricional,
meio ambiente e desenvolvimento sustentável, promoção do
voluntariado, promoção do desenvolvimento econômico e social e
combate à pobreza, experimentação de novos modelos de produção,
comércio, emprego e crédito, assessoria jurídica gratuita, promoção da
ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de
outros valores universais, desenvolvimento de tecnologias alternativas,
produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e
científicos que digam respeito a todas as atividades aqui mencionadas.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 170 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Para sua qualificação como OSCIP, é preciso a habilitação junto ao


Ministério da Justiça, com o preenchimento de requisitos legais, como
condição para sua existência. ATENÇÃO!!! Não se trata de uma entidade
nova, é pessoa jurídica já constituída que ganha esse status
temporário, durável enquanto houver a parceria.
E quais são os trâmites desse pedido de habilitação dentro do
Ministério da Justiça??? Veja os arts. 5º e 6º da Lei nº 9.790/99:
Art. 5o Cumpridos os requisitos dos arts. 3o e 4o desta Lei, a pessoa
jurídica de direito privado sem fins lucrativos, interessada em obter a
qualificação instituída por esta Lei, deverá formular requerimento escrito ao
Ministério da Justiça, instruído com cópias autenticadas dos seguintes
documentos:
I - estatuto registrado em cartório;
II - ata de eleição de sua atual diretoria;
III - balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício;
IV - declaração de isenção do imposto de renda;
V - inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes.

Art. 6o Recebido o requerimento previsto no artigo anterior, o Ministério


da Justiça decidirá, no prazo de trinta dias, deferindo ou não o pedido.
§ 1o No caso de deferimento, o Ministério da Justiça emitirá, no prazo de
quinze dias da decisão, certificado de qualificação da requerente como
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
§ 2o Indeferido o pedido, o Ministério da Justiça, no prazo do § 1o, dará
ciência da decisão, mediante publicação no Diário Oficial.
§ 3o O pedido de qualificação somente será indeferido quando:
I - a requerente enquadrar-se nas hipóteses previstas no art.
o
2 desta Lei;
II - a requerente não atender aos requisitos descritos nos arts.
3o e 4o desta Lei;
III - a documentação apresentada estiver incompleta.

Art. 17. O Ministério da Justiça permitirá, mediante requerimento dos


interessados, livre acesso público a todas as informações pertinentes às
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público.

Se na OS o contrato celebrado com o poder público é


o contrato de gestão, na OSCIP o instrumento celebrado com o poder

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 171 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

público é o chamado termo de parceria, com foco no cumprimento de


metas e resultados previamente estabelecidos.
Nesse termo de parceria deve constar:

Art. 10, § 2o São cláusulas essenciais do Termo de Parceria:


I - a do objeto, que conterá a especificação do programa de trabalho
proposto pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público;
II - a de estipulação das metas e dos resultados a serem atingidos e os
respectivos prazos de execução ou cronograma;
III - a de previsão expressa dos critérios objetivos de avaliação de
desempenho a serem utilizados, mediante indicadores de resultado;
IV - a de previsão de receitas e despesas a serem realizadas em seu
cumprimento, estipulando item por item as categorias contábeis usadas pela
organização e o detalhamento das remunerações e benefícios de pessoal a
serem pagos, com recursos oriundos ou vinculados ao Termo de Parceria, a
seus diretores, empregados e consultores;
V - a que estabelece as obrigações da Sociedade Civil de Interesse Público,
entre as quais a de apresentar ao Poder Público, ao término de cada
exercício, relatório sobre a execução do objeto do Termo de Parceria,
contendo comparativo específico das metas propostas com os resultados
alcançados, acompanhado de prestação de contas dos gastos e receitas
efetivamente realizados, independente das previsões mencionadas no inciso
IV;
VI - a de publicação, na imprensa oficial do Município, do Estado ou da
União, conforme o alcance das atividades celebradas entre o órgão parceiro e
a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, de extrato do Termo
de Parceria e de demonstrativo da sua execução física e financeira, conforme
modelo simplificado estabelecido no regulamento desta Lei, contendo os
dados principais da documentação obrigatória do inciso V, sob pena de não
liberação dos recursos previstos no Termo de Parceria.

A celebração do termo de parceria estará


condicionada à prévia consulta aos Conselhos de Políticas Públicas das
áreas correspondentes.
A Oscip não pode favorecer um determinado grupo social
específico, o interesse é público. Não pode estar ligado a partidos
políticos, nem a religião, nem a sindicatos, etc.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 172 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Por isso, a lei veda que cooperativas, fundações públicas e


privadas, sociedades comerciais, sindicatos e associações de classe,
organizações partidárias, instituições religiosas, planos de saúde,
hospitais que visam o lucro etc. sejam caracterizadas como OSCIP.
ATENÇÃO: A lei também veda que uma organização social – OS –
seja caracterizada como uma OSCIP. Assim, nenhuma entidade pode
ser, ao mesmo tempo, uma OS e uma OSCIP.
A execução do objeto do Termo de Parceria será acompanhada e
fiscalizada por órgão do Poder Público da área de atuação
correspondente à atividade fomentada, e pelos Conselhos de Políticas
Públicas das áreas correspondentes de atuação existentes, em cada
nível de governo.
Essa fiscalização ocorre conforme previsto nos §§ 1º a 3º do art.
11 da Lei nº 9.790/99:
Art. 11. A execução do objeto do Termo de Parceria será acompanhada e
fiscalizada por órgão do Poder Público da área de atuação correspondente à
atividade fomentada, e pelos Conselhos de Políticas Públicas das áreas
correspondentes de atuação existentes, em cada nível de governo.
§ 1o Os resultados atingidos com a execução do Termo de Parceria
devem ser analisados por comissão de avaliação, composta de comum acordo
entre o órgão parceiro e a Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público.
§ 2o A comissão encaminhará à autoridade competente relatório
conclusivo sobre a avaliação procedida.
§ 3o Os Termos de Parceria destinados ao fomento de atividades nas
áreas de que trata esta Lei estarão sujeitos aos mecanismos de controle
social previstos na legislação.

Se verificada qualquer irregularidade, os fiscais deverão dar


imediata ciência ao Tribunal de Contas respectivo e ao Ministério
Público, sob pena de responsabilidade solidária.
Se houver indícios fundados de malversação de bens ou recursos
de origem pública, os responsáveis pela fiscalização representarão ao
Ministério Público, à Advocacia-Geral da União, para que requeiram ao
juízo competente a decretação da indisponibilidade dos bens da

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 173 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

entidade e o seqüestro dos bens dos seus dirigentes e dos beneficiários


do ato ilícito. Confira o art. 13 da Lei nº 9.790/99:
Art. 13. Sem prejuízo da medida a que se refere o art. 12 desta Lei,
havendo indícios fundados de malversação de bens ou recursos de origem
pública, os responsáveis pela fiscalização representarão ao Ministério Público,
à Advocacia-Geral da União, para que requeiram ao juízo competente a
decretação da indisponibilidade dos bens da entidade e o seqüestro dos bens
dos seus dirigentes, bem como de agente público ou terceiro, que possam ter
enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público, além de
outras medidas consubstanciadas na Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, e
na Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990.
§ 1o O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto
nos arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil.
§ 2o Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o
bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações mantidas pelo demandado no
País e no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais.
§ 3o Até o término da ação, o Poder Público permanecerá como
depositário e gestor dos bens e valores seqüestrados ou indisponíveis e velará
pela continuidade das atividades sociais da organização parceira.

Não há previsão de cessão de servidores ou de bens públicos, mas


pode haver repasse de dinheiro público.
A organização parceira fará publicar, no prazo máximo de trinta
dias, contado da assinatura do Termo de Parceria, regulamento próprio
contendo os procedimentos que adotará para a contratação de obras e
serviços, bem como para compras com emprego de recursos
provenientes do Poder Público, observados os princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência
(art. 14).

Caso a organização adquira bem imóvel com recursos


provenientes da celebração do Termo de Parceria, este será gravado
com cláusula de inalienabilidade (art. 15).
Assim como a OS, a OSCIP pode perder a qualificação quando
descumpridas as disposições contidas no termo de parceria. Isso
ocorrerá em processo administrativo, resguardando-se o direito do

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 174 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

interessado à ampla defesa. Observe o que preceitua os arts. 7º e 8º da


Lei nº 9.790/99:
Art. 7o Perde-se a qualificação de Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, a pedido ou mediante decisão proferida em processo
administrativo ou judicial, de iniciativa popular ou do Ministério Público, no
qual serão assegurados, ampla defesa e o devido contraditório.
Art. 8o Vedado o anonimato, e desde que amparado por fundadas
evidências de erro ou fraude, qualquer cidadão, respeitadas as
prerrogativas do Ministério Público, é parte legítima para requerer, judicial ou
administrativamente, a perda da qualificação instituída por esta Lei.

ATENÇÃO: O Decreto nº 5.504/05 determina a exigência de


utilização do pregão, preferencialmente na forma eletrônica, para entes
públicos ou privados, nas contratações de bens e serviços comuns,
realizadas em decorrência de transferências voluntárias de recursos
públicos da União, decorrentes de convênios ou instrumentos
congêneres, ou consórcios públicos.
Em razão dessa norma, estão obrigadas a contratar via pregão
(com recursos transferidos pela União), inclusive, as
organizações sociais e as entidades qualificadas como
organizações da sociedade civil de interesse público.

É vedada às entidades qualificadas como Organizações


da Sociedade Civil de Interesse Público a participação em campanhas de
interesse político-partidário ou eleitorais, sob quaisquer meios ou
formas (art. 16).
Quanto às pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos
qualificadas com base em outros diplomas legais, confira o que
preceitua o art. 18 da Lei nº 9.790/99:
Art. 18. As pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos,
qualificadas com base em outros diplomas legais, poderão qualificar-se como
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, desde que atendidos
aos requisitos para tanto exigidos, sendo-lhes assegurada a manutenção
simultânea dessas qualificações, até cinco anos contados da data de vigência
desta Lei. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 175 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

§ 1o Findo o prazo de cinco anos, a pessoa jurídica interessada em


manter a qualificação prevista nesta Lei deverá por ela optar, fato que
implicará a renúncia automática de suas qualificações
anteriores. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)
§ 2o Caso não seja feita a opção prevista no parágrafo anterior, a pessoa
jurídica perderá automaticamente a qualificação obtida nos termos desta Lei.

Exemplos de OSCIP: AMAR (Amparo às Mães de Alto Risco); APAS


(Associação de Promoção e Assistência Social); ABAC (Associação
Brasileira de Apoio ao Crédito); ABRAES (Associação Brasileira de
Educação Social); ABTS (Associação Brasileira para o Terceiro Setor);
AAAV (Associação Amigos da Amazônia); Arte Vida/DF; Instituto
Joãozinho Trinta/RJ, dentre outras.

Para encerrar este tópico, apresento importantes diferenças entre a


OS e a OSCIP (figuras introduzidas pela Reforma Administrativa) que
você não pode deixar de levar para a sua prova são:

OS OSCIP

Celebra contrato de gestão. Celebra termo de parceria.

Qualificada pelo Ministro de Estado Qualificada pelo Ministro da


da área de atividade Justiça.
correspondente ao objeto social.

A lei prevê hipótese de licitação Não há previsão de dispensa de


dispensável para que o poder licitação para contratar uma
público contrate os serviços OSCIP.
prestados pela OS.

Há previsão de cessão especial de Não há previsão de cessão de


servidor público para a OS. servidor púlico para a OSCIP.

Os Estados a utilizam para Cooperam com o Estado


substituir órgãos extintos ou para

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 176 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

repassar ao privado a
administração de um serviço
público (como a administraçao de
um hospital público)

20% a 40% do Conselho de Não há presença obrigatória do


Administração é representante do poder público na administração
poder público

81) (UEG – 2012 - PC-GO - Delegado de Polícia) Quanto às


organizações da sociedade civil de interesse público - OSCIP, é
CORRETO afirmar:
a) a OSCIP exerce atividade de natureza privada.
b) a OSCIP recebe ou pode receber delegação para gestão de serviço
público.
c) a OSCIP é criada por lei para desempenhar serviços sociais não
exclusivos do Estado.
d) o Estado incentiva e fiscaliza os serviços desempenhados pela
OSCIP, sendo indispensável o termo de convênio para prever as
obrigações.
As atividades exercidas pelas OSCIPs são de interesse público,
contudo, não são exclusivas do Estado. Portanto as OSCIPs exercem
atividades privadas em seu próprio nome com o objetivo de alcançar
aquela atividade que lhe fora designada.
Gabarito – Letra A.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 177 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

6.4 Entidades de apoio:

Por fim, chegamos ao último conceito!


Entidades de apoio, segundo Di Pietro, são “pessoas jurídicas de
direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por servidores
públicos, porém em nome próprio, sob forma de fundação, associação
ou cooperativa, para a prestação, em caráter privado, de serviços
sociais não exclusivos do Estado, mantendo vínculo jurídico com
entidades da administração direta ou indireta, em regra por meio de
convênio”.
Não compõem a Administração Indireta, estão ao lado do Estado
com o qual cooperam, atuando normalmente junto a hospitais públicos
e universidades públicas. Essa cooperação se faz por meio de
convênios, estabelecendo assim o vínculo jurídico.

Nos convênios, as entidades se confundem. O


ente de apoio exerce a atividade que deveria ser exercida pela
Administração, tendo a mesma sede, o mesmo local de prestação de
serviço, assumindo a gestão dos recursos públicos da entidade e o seu
quadro de pessoal que, em regra, é composto por servidores públicos.
Enfim, tudo pertence à Administração, embora seja arrecadada pelo
ente de apoio que o faz sob as regras do direito privado.
Quanto à criação, são instituídas diretamente por servidores
públicos, em nome próprio e com recursos próprios, para exercerem
atividades de interesse social relativas aos serviços prestados pelas
entidades estatais em que esses servidores públicos atuem.
Atuam na área de pesquisa, desenvolvimento científico e
tecnológico, saúde e educação. Podem ser fundações, associações e

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 178 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

cooperativas. Recebem recursos públicos e podem receber bens e


servidores.
Essas entidades recebem fomento do Estado, quer por meio de
dotações orçamentárias específicas, quer por meio de cessão provisória
de servidores públicos e também por permissão provisória de uso de
bens públicos.
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, essas entidades não se
sujeitam a regime jurídico-administrativo, uma vez que prestam
atividade de natureza privada. Assim, seus contratos são de direito
privado, celebrados sem licitação e seus empregados são celetistas,
contratados sem concurso público.
As únicas fundações de apoio que são reguladas por lei são as de
“apoio às instituições federais de ensino superior e de pesquisa
científica e tecnológica”. Elas estão previstas na Lei nº 8.958/94.
Tais entidades deverão ser constituídas na forma de fundações de
direito privado, sem fins lucrativos, e serão regidas pelo Código Civil.
Sujeitam-se, portanto, à fiscalização do Ministério Público nos termos
do CC e do CPC, à legislação trabalhista e, em especial, ao prévio
registro e credenciamento nos Ministérios da Educação e da Ciência e
Tecnologia, renovável bienalmente. Não são criadas por lei nem
mantidas pela União.
ATENÇÃO: Essa lei acrescentou uma hipótese legal em que não é
necessária a realização de licitação: quando o poder público contrata
bem ou serviço de instituição brasileira incumbida regimental ou
estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento
institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso,
desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-
profissional e não tenha fins lucrativos.

As fundações de apoio às universidades


públicas têm personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio e

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 179 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

administração próprios, não fazendo parte da Administração Pública


Indireta, razão pela qual as ações em que atuaram como parte deverão
ser julgadas pela Justiça Comum Estadual (CC 89935/RS, STJ-Primeira
Seção, Rel. Min. Francisco Falcão, julg: 22.10.2008, DJ: 10.11.2008).
Exemplos de entidades de apoio: FUNDEPES (ligada à UFAL);
FAPEX (ligada à UFBA); FCPC (ligada à UFCE); FINATEC (ligada à UnB);
FUNDEP (ligada à UFMG); CERTI (ligada à UFSC); Fundação de
Desenvolvimento da UNICAMP; FUSP (ligada à USP).

Vá para a prova com o seguinte quadro conceitual em mente,


lembrando que nenhuma entidade do terceiro setor tem fins lucrativos:

TERCEIRO SETOR
Serviços Entidades de
Sociais OS OSCIP apoio:
Autônomos
Sistema “S”: É qualificação das São ONGs Atuam na área
criados para ONGs pelo Poder criadas por de pesquisa,
exercer Executivo. iniciativa desenvolvimento
atividades de Exercem privada, que científico e
interesse de atividades obtêm um tecnológico.
determinados dirigidas ao certificado Dispensa
grupos sociais ensino, à emitido pelo licitação para
ou categorias pesquisa Ministério da contratar com o
profissionais, científica, ao Justiça ao poder público.
sem fins desenvolvimento comprovar o
lucrativos. tecnológico, à cumprimento de
Fomento de proteção e certos
ramo preservação do requisitos,
profissional. meio ambiente, à especialmente
cultura ou à aqueles
saúde, ou seja, derivados de
atividades de normas de
interesse público. transparência
Celebram administrativa.
contratos de Celebram
gestão. termos de

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 180 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

parceria.

82) (VUNESP – 2012 – SPTrans – Advogado Pleno) Assinale a


alternativa correta a respeito das Organizações Sociais e dos contratos
de gestão.
a) As entidades qualificadas como organizações sociais não
poderão ser declaradas como entidades de interesse social ou de
utilidade pública.
b) É vedada ao Poder Executivo a cessão de servidor para as
organizações sociais.
c) Às organizações sociais poderão ser destinados recursos
orçamentários e bens públicos necessários ao cumprimento do contrato
de gestão.
d) Os responsáveis pela fiscalização da execução do contrato de
gestão, ao tomarem conhecimento de irregularidades na utilização de
recursos públicos por organização social, dela darão ciência ao Poder
Judiciário, sob pena de responsabilidade solidária.
e) O contrato de gestão deve ser submetido, após aprovação pelo
Conselho de Administração da entidade, ao Ministério Público ou
autoridade supervisora da área correspondente à atividade fomentada.

É isso ai, pessoal! Recursos orçamentários e bens públicos


necessários ao cumprimento do contrato de gestão poderão ser
destinados às organizações sociais!!

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 181 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Gabarito: C

83) (VUNESP – 2010 – MPE-SP – Analista de Promotoria) De


acordo com a lei, as Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público, para que assim possam ser classificadas, devem ter como uma
das suas finalidades, além de outras, a
a) comercialização de planos de saúde e assemelhados.
b) manutenção de instituições hospitalares privadas gratuitas e não
gratuitas.
c) representação de categorias profissionais por meio de
associações de classe.
d) promoção da segurança alimentar e nutricional.
e) disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais e
confessionais.

Vamos relembrar as áreas de atuação das OSCIPs? Assistência


social, cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico,
educação gratuita, saúde gratuita, segurança alimentar e
nutricional, meio ambiente e desenvolvimento sustentável, promoção
do voluntariado, promoção do desenvolvimento econômico e social e
combate à pobreza, experimentação de novos modelos de produção,
comércio, emprego e crédito, assessoria jurídica gratuita, promoção da
ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de
outros valores universais, desenvolvimento de tecnologias alternativas,
produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e
científicos que digam respeito a todas as atividades aqui mencionadas.
Gabarito: D

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 182 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

84) (IBFC – Fund. José Pedro de Oliveira – agente adm) No que


tange aos órgãos da Administração Pública descentralizada, analise os
itens a seguir:
I- Agência executiva é a qualificação dada à autarquia ou fundação
que celebra contrato de gestão com a Administração Pública visando à
melhor eficiência e à redução dos custos das atividades que lhe são
delegadas.
II- O controle exercido pela Administração Pública Direta em
relação aos entes descentralizados é denominado de autotutela,
constituindo-se em manifestação do poder administrativo hierárquico.
III- Os serviços sociais autônomos integram a administração
pública indireta atuando em cooperação nos setores, atividades e
serviços que lhes são atribuídos.
IV- O poder público ao instituir uma fundação poderá atribuir-lhe
personalidade de direito público ou de direito privado.
Assinale a alternativa correta:
a) Os itens II, III e IV estão corretos.
b) Os itens II e III estão incorretos.
c) Os itens I, II e III estão corretos.
d) Os itens I, II e IV estão incorretos.

Pessoal, essa é uma questão interessante pois podemos revisar


vários pontos da aula. As únicas características elencadas que
correspondem a verdade estão nas assertivas I e IV. De fato, ao
celebrar contrato de gestão e tornarem-se agência executiva, elas
devem empenhar-se em aumentar a eficiência de sua atividade. Esse é
o objetivo do Ministério correspondente que a orienta.
As fundações, podem ser de direito público ou privado. Mais
uma vez, lembre-se de que a lei específica autoriza a criação da
fundação e a lei complementar define as áreas de sua atuação.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 183 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Os itens II e III estão errados. O item II confunde o


conceito de autotutela com supervisão ministerial e o item III errou ao
enquadrar os serviços sociais como parte da administração. Na verdade,
são paraestatais, ou seja, particulares que atuam ao lado do Estado.
Não integram a adminsitraçao, seja ela direta ou indireta.
Gabarito: letra “b”

85) (FCC – 2014 – TJ/AP – Juiz) No tocante à aplicação das


regras do regime jurídico administrativo a entidades da Administração
indireta, entidades de colaboração e particulares, é correto afirmar:
a) Em razão de sua natureza de autarquia federal, a Ordem
dos Advogados do Brasil está sujeita à fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial pelo Tribunal de Contas da
União.
b) Pelas regras constitucionais vigentes, as entidades
autárquicas e fundacionais da Administração indireta podem adotar para
seus servidores regime jurídico funcional distinto do aplicado pela
Administração direta.
c) É dispensável a licitação para a celebração de contrato de
prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no
âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades
contempladas no contrato de gestão.
d) As subsidiárias das empresas públicas e sociedades de
economia mista estão desobrigadas de aplicar a seus empregados o
teto máximo de remuneração estabelecido no art. 37, XI da
Constituição Federal.
e) Os conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas
são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado e não
mantém com os órgãos da Administração pública qualquer vínculo
funcional ou hierárquico.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 184 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Letra (A). O Supremo Tribunal Federal (órgão máximo do Poder


Judiciário brasileiro) decidiu que a OAB não faz parte do que se entende
por “autarquias especiais” e, por isso, não se submete ao controle do
TCU (julgamento da ADIN 3.026). Portanto, está INCORRETA.
Letra (B). O regime de pessoal para aqueles que atuam em
autarquias é o mesmo aplicável aos entes da Administração Direta que
as criou (estatutário, no âmbito da União: Lei n. 8.112/90). Essa
mesma regra se aplica para as fundações públicas. Logo, está ERRADA.
Letra (C). Está de acordo com o art. 24, inciso XXIV, da Lei nº
8.666/93. Portanto, está CERTA.
Letra (D). O teto máximo de remuneração previsto no art. 37, XI,
da CF, aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia
mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de
despesas de pessoal ou de custeio em geral (art. 37, §9º, da CF). Logo,
está INCORRETA.
Letra (E). Os conselhos de classe ou profissionais são autarquias,
chamados de autarquias corporativas ou profissionais. Isso
porque, eles são criados por lei e têm por função fiscalizar as
profissões. Exercem atividades de tributação e outras típicas de poder
de polícia (como aplicar multas), que só podem ser executadas pelo
Estado. Assim, são pessoas jurídicas de direito público e são alcançadas
pelo controle finalístico da Administração Direta. Portanto, está
ERRADA.
Gabarito: C

86) (FCC – 2013 – AL/PE – Analista Legislativo – Direito


Constitucional, Administrativo e Eleitoral) Considerando o processo de
descentralização administrativa, são formas do referido fenômeno:

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 185 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) as concessionárias e permissionárias para as quais são


transferidas a execução e titularidade de serviços públicos, na forma do
artigo 175 da CF.
b) as autarquias, as fundações governamentais e os consórcios
públicos, que, no entanto, não detém a gestão dos serviços, mas
apenas estão autorizados a executá-los.
c) as autarquias e os consórcios públicos, instituídos para
gestão associada de serviços públicos de que trata o artigo 241 da
Constituição Federal, na forma da Lei nº 11.107/2005.
d) as entidades de direito público criadas pelos entes estatais,
excluindo-se dessa forma de distribuição de competências as entidades
com personalidade de direito privado, instituídas pelo Poder Público,
porque a elas não se pode transferir a titularidade e a execução de
serviços públicos.
e) as sociedades de economia mista e as empresas públicas
criadas por lei com personalidade de direito privado.

Letra (A). No caso de concessionárias e permissionárias, só é


transferida a execução de serviços públicos, permanecendo a
titularidade com o ente administrativo. Logo, está ERRADA.
Letra (B). No caso das autarquias, possuem sim a
titularidade dos serviços públicos. Portanto, está INCORRETA.
Letra (C). As autarquias e os consórcios públicos são
realmente formas do processo de descentralização administrativa, que
ocorre quando o ente político – União, Estados, DF ou Municípios -
desempenha algumas de suas funções por meio de outras pessoas
jurídicas. Logo, está CORRETA.
Letra (D). As entidades com personalidade de direito privado,
instituídas pelo Poder Público (empresas públicas e sociedades de
economia mista), são também formas do processo de descentralização
administrativa. Portanto, está INCORRETA.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 186 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Letra (E). As empresas públicas e sociedades de economia


mista têm sua criação autorizada por lei, sendo criadas posteriormente,
com o registro na junta comercial ou cartório, a depender do caso.
Logo, está ERRADA.
Gabarito: C

87) (FCC – 2014 – TRT 24ª Região (MS) – Juiz do Trabalho


Substituto) No que tange às chamadas entidades paraestatais e as que
atuam em regime de colaboração com a Administração pública, é
correto afirmar que
a) os serviços sociais (Sistema “S”), visto que são custeados
com contribuições parafiscais compulsórias, são obrigados a realizar
concurso público para admissão de seus empregados, nos moldes do
art. 37, II, da Constituição Federal.
b) as chamadas fundações de apoio são entidades de direito
público, criadas por lei, para prestar suporte ao desenvolvimento de
atividades administrativas pelos órgãos públicos e seus funcionários
estão sujeitos ao regime jurídico único.
c) os consórcios públicos são arranjos por meio dos quais as
empresas privadas podem atuar conjuntamente na prestação de um
serviço público delegado.
d) no âmbito federal, em caso de absorção, por organização
social, de atividades e serviços de órgão extinto, pode haver cessão de
servidor do quadro permanente do órgão extinto à referida organização
social, sendo que tal cessão é irrecusável para o servidor.
e) as organizações da sociedade civil de interesse público que
celebrem termo de parceria e recebam recursos públicos para
desempenho de suas atividades são impedidas de remunerar seus
dirigentes.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 187 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Letra (A). Como entidades privadas, não precisam fazer concurso


público, regra confirmada recentemente por decisão do STF no RE nº
789.874. Logo, está INCORRETA.
Letra (B). Entidades de apoio, segundo Di Pietro, são “pessoas
jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por
servidores públicos, porém em nome próprio, sob forma de fundação,
associação ou cooperativa, para a prestação, em caráter privado, de
serviços sociais não exclusivos do Estado, mantendo vínculo jurídico
com entidades da administração direta ou indireta, em regra por meio
de convênio”. Seus empregados são celetistas, contratados sem
concurso público. Portanto, está ERRADA.
Letra (C). Os consórcios públicos são a constituição, por
entidades políticas (União, Estados, DF e Municípios), de um ente
com personalidade jurídica própria, para promover a gestão associada
de serviços públicos de interesse comum. Portanto, está INCORRETA.
Letra (D). No caso de extinções e absorção de atividades e serviços
por organizações sociais, os servidores integrantes dos quadros
permanentes dos órgãos e das entidades extintos terão garantidos
todos os direitos e vantagens decorrentes do respectivo cargo ou
emprego e integrarão quadro em extinção nos órgãos ou nas entidades,
sendo facultada aos órgãos e entidades supervisoras, ao seu critério
exclusivo, a cessão de servidor, irrecusável para este, com ônus para a
origem, à organização social que vier a absorver as correspondentes
atividades (art. 22, I, da Lei nº 9.637/98). Logo, está CORRETA.
Letra (E). Os dirigentes podem sim ser remunerados pelo
desempenho de suas atividades, de acordo com o art. 4º, inciso VI, da
Lei nº 9.790/99. Portanto, está ERRADA.
Gabarito: D

88) (FCC – 2014 – PGE/RN – Procurador do Estado de Terceira


Classe) Determinada empresa pública pleiteou à Administração pública

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 188 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a qualificação de organização social para, mediante contrato de gestão,


prestar serviços na área da saúde. O pedido
a) pode ser indeferido se a empresa tiver fins lucrativos,
passível de deferimento no caso de ser filantrópica e a atividade
pretendida constar expressamente do objeto social.
b) deve ser indeferido, tendo em vista que essa qualificação
somente se mostra possível para empresas públicas que tenham sido
criadas especificamente para esse fim.
c) pode ser deferido, desde que não haja repasse de verbas
públicas para essa pessoa jurídica, em razão de sua natureza jurídica
ser de direito privado.
d) deve ser indeferido, tendo em vista que a qualificação
pleiteada somente poderia ser deferida à pessoas jurídicas de direito
privado, sem fins lucrativos, que desenvolvessem atividades no setor de
saúde.
e) pode ser deferido se a empresa pública tiver sido constituída
sob a forma de sociedade anônima e desde que não seja de capital
aberto.

Segundo Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, organização


social é a qualificação jurídica dada a pessoa jurídica de direito privado,
sem fins lucrativos, instituída por iniciativa de particulares, e que
recebe delegação do Poder Público, mediante contrato de gestão, para
desempenhar serviço público de natureza social. Nenhuma entidade
nasce com o nome de organização social; a entidade é criada como
associação ou fundação e, habilitando-se perante o poder público,
recebe a qualificação; trata-se de título jurídico outorgado e cancelado
pelo poder público.
Como podemos perceber, uma empresa pública não pode ser
qualificada como organização social, já que, embora seja pessoa

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 189 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

jurídica de direito privado, é instituída por iniciativa do Estado e não de


particulares. Assim, os itens C e D já foram eliminados.
A Letra A está INCORRETA porque, pelas razões expostas, não
há possibilidade de deferimento, mesmo que seja filantrópica e a
atividade pretendida conste expressamente do objeto social.
A Letra B está ERRADA porque a qualificação não é possível
para empresas públicas.
Por fim, a Letra D está CORRETA, uma vez que o pedido deve
ser indeferido porque não se trata de pessoa jurídica de direito privada
criada por particulares.
Gabarito: D

89) (FCC – 2014 – MPE/PA – Promotor de Justiça) No tocante às


chamadas organizações sociais, a legislação federal aplicável a tais
entidades
a) obriga a publicação anual, em jornal de circulação
diária no Estado ou nos municípios em que se der a atuação da
entidade, dos relatórios financeiros e do relatório de execução do
contrato de gestão.
b) veda a remuneração dos membros da diretoria da
entidade.
c) prevê responsabilidade individual e solidária dos
dirigentes pelos danos ou prejuízos decorrentes de sua ação ou
omissão, em caso de desqualificação da entidade pelo descumprimento
das disposições contidas no contrato de gestão.
d) estabelece como hipótese de inexigibilidade de
licitação a celebração de contratos de prestação de serviços com as
organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de
governo, para atividades contempladas no contrato de gestão.
e) permite que apenas associações civis sejam
qualificadas como organizações sociais.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 190 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Letra (A). É requisito específico para que entidades


privadas habilitem-se à qualificação como organização social:
obrigatoriedade de publicação anual, no Diário Oficial da União, dos
relatórios financeiros e do relatório de execução do contrato de gestão
(art. 2º, inciso I, alínea “f”, da Lei nº 9.637/98). Logo, está
INCORRETA.
Letra (B). É atribuição privativa do Conselho de
Administração das Organizações Sociais fixar a remuneração dos
membros da diretoria (art. 4º, inciso V, da Lei nº 9.637/98). Portanto,
está ERRADA.
Letra (C). O Poder Executivo poderá proceder à
desqualificação da entidade como organização social, quando
constatado o descumprimento das disposições contidas no contrato de
gestão. A desqualificação será precedida de processo administrativo,
assegurado o direito de ampla defesa, respondendo os dirigentes da
organização social, individual e solidariamente, pelos danos ou prejuízos
decorrentes de sua ação ou omissão (art. 16, “caput” e §1º, da Lei nº
9.637/98). Logo, está CERTA.
Letra (D). Trata-se de licitação dispensável e não
inexigível (ver art. 24, XXIV, da Lei nº 8.666/93). Logo, está
INCORRETA.
Letra (E). Pessoas jurídicas de direito privado de uma
forma geral podem ser qualificadas como organizações sociais e não
somente associações civis (art. 1º da Lei nº 9.637/98). Portanto, está
ERRADA.
Gabarito: C

90) (FCC – 2014 – TCE/GO – Analista de Controle Externo –


Jurídica) As Organizações Sociais e as Organizações da Sociedade Civil
de Interesse Público (OSCIP) apresentam características peculiares que

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 191 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

as distinguem uma das outras, justamente em razão de serem


entidades diversas, previstas em legislações próprias. Sobre o tema,
considere as seguintes assertivas:
I. Não celebram contratos de gestão com o Poder Público, mas termos
de parceria.
II. O Poder Público não participa de seus quadros diretivos.
III. Não há trespasse de servidores públicos para nelas prestar serviço.
IV. O objeto da atividade delas é muito mais amplo que o das
Organizações Sociais, compreendendo, inclusive, finalidades de
benemerência social.
As OSCIPs distinguem-se das Organizações Sociais, entre outros pontos
relevantes, pelo descrito em
a) II, III e IV, apenas.
b) I, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.

Item I. As Organizações Sociais celebram contrato de gestão


com o Poder Público enquanto as OSCIP’s celebram termo de
parceria. Logo, está CORRETO.
Item II. Quanto à participação do poder público nos conselhos
de administração, nas Organizações Sociais essa disposição é
obrigatória enquanto nas OSCIP’s é facultativa. Portanto, está
CORRETO.
Item III. Quanto à prerrogativa de cessão de servidores, nas
Organizações Sociais isso advém de disposição expressa da lei
enquanto nas OSCIP’s não há previsão legal. Logo, está CERTO.
Item IV. Os objetivos sociais das Organizações Sociais e das
OSCIP’s são parecidos porém os das OSCIP’s são mais abrangentes.
Logo, está CERTO.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 192 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Todos os itens estão corretos (letra E).


Gabarito: E

91) (FCC – 2014 – DPE/CE – Defensor Público de Entrância


Inicial) Em relação a entidades que integram ou auxiliam a
Administração Pública, observe as seguintes características:
1. Não necessita realizar concurso público para promover contratação
de pessoal para exercer atividades de caráter permanente.
2. Não sofre incidência de impostos, no tocante a seu patrimônio, renda
e serviços, desde que relacionados às suas finalidades essenciais, por
vedação constitucional.
3. No âmbito federal, seus dirigentes são protegidos contra o
desligamento imotivado.
Possuem tais características, respectivamente:
a) agência reguladora; fundação pública; sociedade de economia
mista.
b) empresa pública; organização social; consórcio público.
c) sociedade de economia mista; empresa pública; fundação pública.
d) organização da sociedade civil de interesse público; autarquia;
agência reguladora.
e) fundação pública; sociedade de economia mista; autarquia.

Letra (A). A agência reguladora necessita realizar concurso


público, sendo uma autarquia de regime especial. Logo, está
INCORRETA.
Letra (B). A organização social não possui a imunidade tributária
descrita no item II, tratando-se de pessoa jurídica de direito privado.
Portanto, está ERRADA.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 193 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Letra (C). Empresa pública não possui a imunidade tributária


descrita no item II, tratando-se de pessoa jurídica de direito privado.
Logo, está INCORRETA.
Letra (D). As OSCIP’s não necessitam realizar concurso público,
tratando-se de pessoas jurídicas de direito privado que não fazem parte
da Administração Pública, apenas cooperando com ela. As autarquias
são alcançadas pela imunidade tributária descrita no item II, tratando-
se de pessoas jurídicas de direito público. Por fim, os dirigentes das
agências reguladoras (autarquias em regime especial) são protegidos
da dispensa imotivada (em regra, os dirigentes só perdem o cargo em
caso de renúncia, condenação judicial transitada em julgado ou
processo administrativo disciplinar). Logo, está CORRETA.
Letra (E). Sociedade de economia mista não possui a imunidade
tributária descrita no item II, tratando-se de pessoa jurídica de direito
privado. Logo, está INCORRETA.
Gabarito: D

7. Resumo da aula

Descentralização ocorre quando o ente político – União, Estados,


DF ou Municípios - desempenha algumas de suas funções por meio de
outras pessoas jurídicas. A descentralização pressupõe duas pessoas
jurídicas distintas: o Estado e a entidade que executará o serviço, por
ter recebido do Estado essa atribuição. Nessa situação, o que existe é a
criação de entes personalizados, com poder de autoadministração,
capacidade de gerir os próprios negócios, mas com obediência a leis e
regras impostas pelo ente central.
Conforme entende Marinela, a descentralização administrativa
admite as seguintes formas:

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 194 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

1) Descentralização territorial ou geográfica: ocorre com


entidade local geograficamente delimitada, dotada de
personalidade jurídica própria de direito público, com
capacidade administrativa genérica para exercer a totalidade ou
a maior parte dos encargos públicos de interesse da
coletividade. Isso ocorre em Estados unitários, como França,
Portugal, Itália, Brasil Império.
2) Descentralização por serviços, funcional ou técnica
(ou outorga de serviços públicos): o Estado cria uma entidade
(pessoa jurídica de direito público ou privado) e a ela transfere,
mediante previsão em lei, a titularidade e a execução de
determinado serviço público. A nova entidade passa a ter capacidade de
autoadministração e patrimônio próprio. Normalmente é conferida por
prazo indeterminado.
É o que ocorre com as entidades da Administração Indireta –
autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia
mista – que são criadas com o fim específico de prestação de
determinado serviço (capacidade específica, decorrente do princípio da
especialidade, que será tratado abaixo).
3) Descentralização por colaboração (ou delegação de
serviços): o Estado transfere, por contrato ou ato unilateral (nada
impede que mediante lei também), unicamente a execução do serviço,
para que o ente delegado (pessoa jurídica de direito privado
previamente existente) o preste ao público em seu próprio nome e por
sua conta e risco, sob fiscalização estatal. Nessa hipótese, o Poder
Público conserva a titularidade do serviço, podendo dispor sobre ele de
acordo com o interesse público. A delegação é normalmente efetivada
por prazo determinado. É o que ocorre nos contratos de concessão e
permissão, em que o Estado transfere ao concessionário ou ao
permissionário apenas a execução temporária de determinado serviço.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 195 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Desconcentração, por sua vez, é a reorganização administrativa


interna, dentro de uma pessoa jurídica. Constitui uma redistribuição
interna de competências. Pode ocorrer na Administração Direta e na
Indireta.
É o que ocorre, por exemplo, quando a União distribui as
atribuições de sua competência a órgãos de sua própria estrutura, tais
como Ministério da Educação, Presidência da República, Casa Civil,
Ministério da Defesa, etc; ou quando uma autarquia – por exemplo o
INSS – estabelece uma divisão interna de funções, criando, por
exemplo, gerências executivas, gerências regionais, etc.
Não confunda descentralização e desconcentração!!! Anote os
pontos distintivos!!!

DESCENTRALIZAÇÃO DESCONCENTRAÇÃO

Cria-se uma nova pessoa jurídica Criação de órgãos internos para


para exercer a competência distribuição da competência do
definida em lei. ente central.

Controle e fiscalização (sem Hierarquia


subordinação)

Espécies: Transferência entre órgãos da


 Descentralização territorial mesma pessoa política
ou geográfica (ente administra
território);
 Descentralização por
serviços, funcional ou técnica
ou outorga de serviços públicos
(autarquias, fundações, empresas
públicas e sociedades de economia
mistas).
 Descentralização por

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 196 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

colaboração ou delegação de
serviços (permissionárias e
concessionárias de serviço público)

Órgãos são centros internos de competência administrativa e não


possuem personalidade jurídica própria.
Constatado que o órgão não tem personalidade jurídica, entende-
se que um órgão, via de regra, não tem vontade própria e não pode ser
sujeito de direitos e obrigações, não podendo celebrar contrato nem
formular pedido perante a Justiça em nome próprio.
Os órgãos públicos podem ter representação própria, isto é, seus
próprios procuradores, apesar de, em regra, não terem capacidade para
estar em juízo, salvo em situações excepcionais em que lhes é atribuída
a personalidade judiciária.
Conforme leciona José dos Santos Carvalho Filho, para se
reconhecer a personalidade judiciária de um órgão público, é preciso
que sejam atendidas as seguintes condições: a) ser ele integrante da
estrutura superior da pessoa federativa; b) ter a necessidade de
proteção de direitos e competências outorgadas pela Constituição; c)
não se tratar de direito de natureza meramente patrimonial.
Conforme lição de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (2010, p.
117-119), podemos definir essas três teorias da seguinte forma:

Teoria do mandato Teoria da Teoria do órgão ou


representação da imputação

O agente público O agente público Entende-se que a


(pessoa física) age em (pessoa física) “seria pessoa jurídica de
nome e sob uma espécie de tutor direito público
responsabilidade da ou curador do Estado, manifesta sua vontade
pessoa jurídica de que o representaria por meio dos órgãos.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 197 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

direito público porque nos atos que Estes são a estrutura


recebe um mandato necessitasse praticar” da própria
(=uma procuração), (Alexandrino, 2010, p. administração. Se o
com poderes 118). agente público se
específicos para manifesta, considera-
representação. se que foi o próprio
Estado quem se
manifestou (=
imputação).

Mas não se esqueça: o BRASIL ADOTA A TEORIA DO ÓRGÃO!


Nos termos do art. 84, VI, “a”, da Constituição Federal, a
estruturação e as atribuições dos órgãos poderão ser disciplinadas por
meio de decreto do Chefe do Executivo, desde que não haja aumento
de despesas nem sua criação ou extinção. Assim, a autoridade não
pode criar ou extinguir um órgão.
Quem faz isso, cria ou extingue órgão, é a lei. É o Poder Legislativo
quem edita a lei que cria ou extingue um órgão.
Vamos às classificações de órgãos mais importantes:
José dos Santos Carvalho Filho:
 Quanto à pessoa federativa: Federal, Estaduais, distritais e
Municipais.
 Quanto à situação estrutural: Diretivos ou Subordinados
 Quanto à composição: Singulares ou Coletivos (de representação
unitária ou representação plúrima).
Fernanda Marinela
 Quanto à posição estatal: Independentes (Poderes do Estado),
autônomos (órgãos de cúpula), superiores* (poder de direção nos
assuntos de sua competência, mas sujeitos à uma hierarquia e
controle superiores) ou subalternos (hierarquia inferior).

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 198 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Coloquei * nos superiores, pois o nome parece mas não é. Ele é


superior, mas dentro de sua competência específica. Contudo, ele
é subordinado a órgãos maiores do que ele.
 Quanto à esfera de atuação: centrais (em todo território) ou
locais (em parte do território).
 Quanto à sua estrutura: Simples (ou unitários - um só centro de
competência) ou compostos (composto de outros órgãos
vinculados à sua estrutura).
 Quanto à atuação funcional: Singulares (um só titular) ou
colegiados (decisão pela vontade de seus membros).
 Quanto às funções que exercem: Ativos (funções primordiais,
subdivididos em órgãos de direção superior e órgãos de
execução), consultivos (aconselhamento) e de controle.

Vamos à análise de alguns princípios específicos aplicáveis ao


estudo da Administração Pública Direta e Indireta:
 Princípio da legalidade: aqui, esse princípio tem a importante
função de dizer que “somente por lei específica poderá ser
criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as
áreas de sua atuação” (redação do art. 37, XIX, da
Constituição – CF);
 Princípio da especialidade: a entidade da administração
indireta possui uma competência específica. Não é possível,
por exemplo, o INSS construir estradas. São entidades com
personalidade própria, patrimônio próprio, auto-
administração e capacidade específica para executar
determinado fim do Estado.
 Princípio do controle ou tutela: a entidade da administração
indireta é vinculada ao ente político que a instituiu. O INSS

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 199 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

(autarquia), por exemplo, é vinculado ao Ministério da


Previdência (órgão da União). É vinculação e não
subordinação hierárquica. Isso quer dizer que não pode haver
ingerência do órgão instituidor nos serviços da entidade, a
menos que haja previsão legal ou caso esteja havendo
descumprimento de suas atividades legais. No âmbito
federal, o DL 200/67 chama o princípio do controle/tutela de
supervisão ministerial.

De acordo com o DL 200/1967, a Administração Indireta é


composta das seguintes entidades: autarquias, fundações públicas,
empresas públicas e sociedades de economia mista.
Para facilitar o estudo, vamos, primeiramente, nos deter a algumas
características que são aplicáveis a todas as entidades da Administração
Indireta, indistintamente:
1) Personalidade jurídica própria;
2) Patrimônio próprio (independentemente de sua origem);
3) Capacidade de autoadministração e receita própria;
4) Criação dependente de previsão legal;
5) Não podem ter fins lucrativos, já que são criadas para a busca do
interesse público, inclusive quando exploradoras da atividade
econômica;
6) Finalidade específica, definida pela lei de criação;
7) Não estão subordinadas à Administração Direta, mas estão sujeitas a
controle quanto à legalidade;

Segundo José dos Santos Carvalho Filho, pode-se conceituar


autarquia como a pessoa jurídica de direito público, integrante da
Administração Indireta, criada por lei para desempenhar funções que,
despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas do Estado.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 200 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

As autarquias exercem atividades administrativas típicas do


Estado: INSS (previdência), DETRAN (trânsito), CADE (defesa da
concorrência), CVM (bolsa de valores), etc.
Elas têm personalidade jurídica de direito público. Por serem
regidas pelo direito público e por prestarem atividades típicas do
Estado, as autarquias gozam de prerrogativas (ou de atributos
especiais) assim como a União, os estados-membros e os municípios:
os seus atos administrativos gozam da presunção de legitimidade
e veracidade, são autoexecutáveis e imperativos;
possibilidade de revisão de seus atos;
os seus bens são inalienáveis, imprescritíveis e impenhoráveis;
os bens autárquicos, do mesmo modo, não podem ser objeto de
usucapião;
Seus débitos obedecem ao mecanismo procedimental de
precatório;
gozam de imunidade de impostos
A competência para julgar ações em que há interesse de
autarquia federal é da Justiça Federal;
Na interposição de ação judicial, a autarquia deverá ser
representada por procuradores de carreira e não por advogados
autônomos;
prazos processuais inerentes à Fazenda Pública (prazo em
quádruplo para contestar e em dobro para recorrer);
O Poder Público não adianta as despesas processuais e, se for
vencido na ação, deverá pagá-las ao final;
Segundo Súmula nº 339 do STJ, é cabível ação monitória contra
a Fazenda Pública;
em regra, goza da garantia do duplo grau de jurisdição
obrigatório;
possibilidade de alteração unilateral dos contratos celebrados;
poder de promover desapropriações;

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 201 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Independentemente da atividade desenvolvida, a


responsabilidade civil da autarquia será objetiva como regra.

Em contrapartida, como a Administração Pública se submete a


controle e aos princípios, as autarquias sofrem as mesmas restrições
tipicas daquele que cuida da coisa pública:
devem realizar concurso público;
só podem adquirir bens ou serviços se realizarem licitação;
submetem-se ao controle dos tribunais de contas.

Os conselhos de classe ou profissionais são autarquias, chamados


de autarquias corporativas ou profissionais. Isso porque, eles são
criados por lei e têm por função fiscalizar as profissões. Exercem
atividades de tributação e outras típicas de poder de polícia (como
aplicar multas), que só podem ser executadas pelo Estado.
Em regra, as autarquias corporativas se inserem na Administração
Indireta e, por isso, se submetem ao controle do TCU.
As fundações são entidades (=possuem personalidade jurídica
própria, ao contrário dos órgãos) que não possuem fins lucrativos,
exercendo atividades de fim social: religiosos, morais, culturais ou de
assistência.
Se a fundação é de direito público, ela é chamada de “autarquia
fundacional” ou “fundação autárquica”. Nesse caso elas possuem
características idênticas às autarquias, aplicando-se todas as
regras do regime jurídico aplicável às autarquias.
Antes de mais nada, cabe lembrar que a expressão “empresa
estatal ou governamental” é utilizada para designar todas as
sociedades, civis ou empresariais, de que o Estado tenha o controle
acionário, abrangendo a empresa pública e a sociedade de economia
mista.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 202 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

As empresas públicas têm personalidade jurídica de direito


privado, mas submetem-se a certas regras especiais decorrentes da
finalidade pública que persegue.
São constituídas sob qualquer das formas admitidas em
direito, com capital formado unicamente por recursos públicos,
de pessoas da Administração Direta ou Indireta. Podem ser federal,
estadual ou municipal, a depender da predominância acionária.
A Constituição autoriza o Estado a criar uma empresa privada para
exercer atividade econômica relevante. Será relevante a atividade que
seja “necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante
interesse coletivo”.
Assim, entende-se que o Estado pode criar empresas públicas para
dois propósitos: (a) promover atividades econômicas ou (b) prestar
serviços públicos. Só será permitida a criação se a atividade da
empresa for de relevante interesse coletivo ou necessária à segurança
nacional.
As regras aplicáveis às empresas públicas que prestam serviço
público são diferentes das regras aplicáveis àquelas que exercem
atividade econômica.
Os dois grupos (as que prestam serviço público e as que exercem
atividade econômica), entretanto, possuem características comuns,
mais especificamente, restrições comuns:
 Devem contratar mediante concurso público (normalmente
pelo regime celetista);
 Licitação obrigatória (salvo para a atividade fim das que
atuam em atividade econômica);
 Se submetem a controle pelos tribunais de contas e pela
Administração Direta;
 Não se sujeitam à falência;
Podem responder mandado de segurança quando o ato
praticado pelo gestor da empresa envolver atos de administração

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 203 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

interna (=atividade meio). Por outro lado, não cabe mandado de


segurança contra os atos de gestão comercial (=atividade fim)
praticados pelos administradores de empresas públicas;
As empresas governamentais (sociedades de economia mista
e empresas públicas) e os entes de cooperação (serviços sociais
autônomos e organizações sociais) qualificam-se como pessoas jurídicas
de direito privado e, nessa condição, não dispõem dos benefícios
processuais inerentes à Fazenda Pública;
As empresas públicas da União respondem ações judiciais na
Justiça Federal.
As sociedades de economia mista (SEM) também são empresas
privadas criadas pelo Estado. Também devem ser criadas para exercer
atividade econômica ou prestar serviço público de relevante interesse
social ou relacionado à segurança nacional. O regime jurídico aplicado
para cada um dos dois grupos (atividade e serviço) também é
diferenciado. Também são criadas ante a existência de autorização legal
e para os fins definidos (princípio da especialidade). Também se
submetem a controle do ente que o criou e do tribunal de contas.
Também contratam sob o regime celetista.
Ao contrário das empresas públicas – que podem ser constituídas
sob qualquer forma admitida no direito comercial – as SEM devem ser
constituidas sempre sob a forma de uma sociedade anônima (=SA).
Outra diferença com relação às empresas públicas é que o capital
que constitui a empresa é misto: parte do poder público, parte da
iniciativa privada. Entretanto, a Administração Pública tem que ter a
maioria do capital votante, ou seja, deve ter o controle acionário.
Por fim, a terceira importante diferença é que, mesmo as SEM da
União respondem por ações judiciais na justiça comum estadual.
As agências reguladoras surgiram como autarquias de regime
especial. Não há disposição legal para conceituar esse regime especial,

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 204 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

sendo ainda aceita a idéia da liberdade em face das demais autarquias


(maior estabilidade e independência em relação ao ente que as criou).
A diretoria deve cumprir um mandato fixo, previsto em lei.
Ademais, seus dirigentes devem ser nomeados pelo Presidente da
República, mas, ao contrário das demais autarquias, essa
nomeação depende de prévia aprovação pelo Senado Federal
(investidura especial).
Características das agências reguladoras:
 exercem função regulatória sobre determinado serviço
público ou de relevante atividade econômica;
 possuem poder normativo na sua área de atuação;
 atuam na solução administrativa dos conflitos da sua
área de atuação;
 contam com instrumentos legais que asseguram relativa
independência do Poder Executivo;
 possuem maior imparcialidade em relação aos interessados
na atividade objeto de regulação;
 no âmbito federal, a nomeação de seus dirigentes está
sujeita à prévia aprovação pelo Senado, por voto secreto,
após arguição pública;
 seus dirigentes são nomeados para o exercício de mandatos
fixos, estando afastada a possibilidade de exoneração ad
nutum;
 a direção é formulada por um colegiado;
 seus dirigentes sujeitam-se a uma “quarentena”;
 inexistência de revisão de seus atos por meio de recurso
hierárquico impróprio;
 submetem-se aos controles externos exercidos pelo
Legislativo e Judiciário;

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 205 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

A agência executiva, por sua vez, é uma qualificação a ser


concedida, por decreto presidencial específico, a autarquias e fundações
públicas, após indicação do Ministério supervisor da respectiva
entidade, desde que preenchidas algumas condições, visando a uma
maior eficiência e redução de custos. São responsáveis por atividades e
serviços exclusivos do Estado, como, por exemplo, fiscalização,
exercício do poder de polícia, regulação, fomento, segurança interna,
entre outros. O Projeto Agências Executivas, portanto, não institui uma
nova figura jurídica na administração pública, nem promove qualquer
alteração nas relações de trabalho dos servidores das instituições que
venham a ser qualificadas.
Os consórcios públicos, por fim, estão regulados pela Lei
11.107/05. Eles são a constituição, por entidades políticas (União,
Estados, DF e Municípios), de um ente com personalidade jurídica
própria, para promover a gestão associada de serviços públicos de
interesse comum.
Importante consignar que o consórcio público com personalidade
jurídica de direito público integra a administração indireta de
todos os entes da Federação consorciados, seguindo o mesmo regime
das autarquias (mesma autonomia, mesmos privilégios e mesmos
deveres).
Lembre-se da distinção entre agências reguladoras, agências
executivas e consórcios públicos.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 206 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00
Agências Agência executiva Consórcios públicos
reguladoras
Criadas com o É a qualificação dada
São a constituição,
objetivo de dar uma à autarquia, fundação
por entidades políticas
maior independência a pública ou órgão da(União, Estados, DF e
essas entidades frente administração direta
Municípios), de um
ao Poder Executivo. que celebre contrato
ente com
Tem as funções de gestão com o personalidade jurídica
regulatória, normativa próprio ente político
própria, para
e, muitas das vezes, com o qual está
promover a gestão
fiscalizadora de vinculado. associada de serviços
setores da economia e públicos.
de serviços públicos. Celebram contrato
de rateio e contrato
de programa.
As entidades do terceiro setor têm personalidade jurídica de direito
privado, não têm fins lucrativos e são geridas por pessoas da sociedade
civil (não há gestão estatal). São as famosas ONGs.
Essas entidades realizam projetos de interesse do Estado,
prestando serviços não exclusivos e viabilizando o seu desenvolvimento.
Por isso, recebem ajuda por parte dele, desde que preenchidos
determinados requisitos estabelecidos por lei específica para cada
modalidade. Sujeitam-se a controle pela Administração Pública e pelo
Tribunal de Contas. O seu regime jurídico é predominantemente
privado, contudo parcialmente derrogado por regras de direito público.
São de natureza híbrida, por isso são chamadas de terceiro setor.
Dentre essas entidades, destacam-se: Sistema S (Serviços Sociais
Autônomos), Organizações Sociais, Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Público (Oscip) e Entidades de Apoio.
Serviços Sociais Autônomos é um rótulo atribuído às pessoas
jurídicas de direito privado, integrantes da iniciativa privada, com
algumas características peculiares. Não prestam serviços públicos
delegados pelo Estado, mas exercem atividade privada de interesse
público (serviços não exclusivos do Estado. É o sistema “S” – Sebrae,
Sesi, Sesc, Senac...

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 207 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

São criados por lei para exercer atividades de interesse de


determinados grupos sociais ou de determinadas categorias
profissionais, sem fins lucrativos. Recebem dotações orçamentárias e
contribuições parafiscais do Estado para incentivarem (fomento)
determinado ramo profissional.
Organizacões sociais são pessoas jurídicas de direito privado,
não integram a Administração, não têm fins lucrativos e são criadas por
particulares para a execução, por meio de parcerias, de serviços
públicos não exclusivos do Estado, previstos em lei. Apesar de atuarem
em nome próprio, recebem apoio do Estado.
Assim como as agências executivas, as OS são uma qualificação
das ONGs pelo Poder Executivo (pelo Ministro de Estado da área de
atividade correspondente ao objeto social da OS).
As organizações sociais não têm fins lucrativos e exercem
atividades dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento
tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura ou à
saúde, ou seja, atividades de interesse público. ATENÇÃO!!! Não se
admitem outras finalidades estatutárias.
O instrumento que rege a relação entre o Estado e a OS chama-se
contrato de gestão.
As OSCIPs são ONGs criadas por iniciativa privada, que obtêm um
certificado emitido pelo poder público federal ao comprovar o
cumprimento de certos requisitos, especialmente aqueles derivados de
normas de transparência administrativa e vedação à finalidade de lucro.
Regulada pela Lei nº 9.790/99, regulamentada pelo Decreto Federal nº
3.100/99, alterado pelo Decreto Federal nº 7.568/2011.
Para Marinela, é conceituada como pessoa jurídica de direito
privado, instituída por particular, sem fins lucrativos, para a prestação
de serviços sociais não exclusivos do Estado (serviços socialmente
úteis), sob incentivo e fiscalização desse Estado e que consagre, em

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 208 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

seus estatutos, uma série de normas sobre estrutura, funcionamento e


prestação de contas.
Se na OS o contrato celebrado com o poder público é o contrato de
gestão, na OSCIP o instrumento celebrado com o poder público é o
chamado termo de parceria, com foco no cumprimento de metas e
resultados previamente estabelecidos.
A lei veda que cooperativas, fundações públicas e privadas,
sociedades comerciais, sindicatos e associações de classe, organizações
partidárias, instituições religiosas, planos de saúde, hospitais que visam
o lucro etc. sejam caracterizadas como OSCIP.
ATENÇÃO: A lei também veda que uma organização social – OS –
seja caracterizada como uma OSCIP. Assim, nenhuma entidade pode
ser, ao mesmo tempo, uma OS e uma OSCIP.
Entidades de apoio, segundo Di Pietro, são “pessoas jurídicas de
direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por servidores
públicos, porém em nome próprio, sob forma de fundação, associação
ou cooperativa, para a prestação, em caráter privado, de serviços
sociais não exclusivos do Estado, mantendo vínculo jurídico com
entidades da administração direta ou indireta, em regra por meio de
convênio”.
Atuam na área de pesquisa, desenvolvimento científico e
tecnológico, saúde e educação. Podem ser fundações, associações e
cooperativas. Recebem recursos públicos e podem receber bens e
servidores.
Também não se esqueça das principais diferenças entre a OS e a
OSCIP:

OS OSCIP

Celebra contrato de gestão. Celebra termo de parceria.

Qualificada pelo Ministro de Estado Qualificada pelo Ministro da


da área de atividade Justiça.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 209 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

correspondente ao objeto social.

A lei prevê hipótese de licitação Não há previsão de dispensa de


dispensável para que o poder licitação para contratar uma
público contrate os serviços OSCIP.
prestados pela OS.

Há previsão de cessão especial de Não há previsão de cessão de


servidor público para a OS. servidor púlico para a OSCIP.

Os Estados a utilizam para Cooperam com o Estado


substituir órgãos extintos ou para
repassar ao privado a
administração de um serviço
público (como a administraçao de
um hospital público)

20% a 40% do Conselho de Não há presença obrigatória do


Administração é representante do poder público na administração
poder público

Não vá para a prova sem o conceito das entidades que compõem o


terceiro setor:

TERCEIRO SETOR
Serviços Entidades de
Sociais OS OSCIP apoio:
Autônomos
Sistema “S”: É qualificação das São ONGs Atuam na área
criados para ONGs pelo Poder criadas por de pesquisa,
exercer Executivo. iniciativa desenvolvimento
atividades de Exercem privada, que científico e
interesse de atividades obtêm um tecnológico.
determinados dirigidas ao certificado Dispensa
grupos sociais ensino, à emitido pelo licitação para
ou categorias pesquisa Ministério da contratar com o
profissionais, científica, ao Justiça ao poder público.
sem fins desenvolvimento comprovar o

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 210 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

lucrativos. tecnológico, à cumprimento de


Fomento de proteção e certos
ramo preservação do requisitos,
profissional. meio ambiente, à especialmente
cultura ou à aqueles
saúde, ou seja, derivados de
atividades de normas de
interesse público. transparência
Celebram administrativa.
contratos de Celebram
gestão. termos de
parceria.

8. Questões

1) (UEG – 2013 - PC-GO - Agente de Polícia) Na doutrina acerca


da organização administrativa,

a) a criação de vários órgãos no âmbito de uma mesma pessoa


jurídica é chamada de descentralização do poder.
b) a distribuição das atividades de escalões superiores para
escalões inferiores dentro da mesma entidade denomina-se
desconcentração.
c) a desconcentração pode ocorrer por meio da constituição de
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e
fundações.
d) os órgãos públicos possuem personalidade jurídica, pelo que se
responsabilizam diretamente perante terceiros.

2) (UEG – 2013 - PC-GO - Escrivão de Polícia Civil) Compõem a


administração indireta:
a) União, estados, municípios e Distrito Federal.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 211 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

b) autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de


economia mista.
c) serviços sociais autônomos e entidades filantrópicas.
d) órgãos públicos e o terceiro setor.

3) (VUNESP – 2013 – TJ-SP – Advogado) Em relação à


desconcentração da atividade administrativa, assinale a alternativa
correta.
a) É suficiente para assegurar a eficiência na gestão administrativa.
b) Trata-se de execução de atividade pelo Estado de forma indireta
e mediata
c) Ocorre por meio da criação de entes da administração indireta
d) Trata-se de forma de repartição interna da competência
atribuída a ente estatal
e) Somente ocorre na administração indireta, por meio de
empresas públicas.

4) (VUNESP -2013 – TJ-SP – Advogado) Os órgãos situados no


alto da estrutura organizacional da Administração Pública, logo abaixo
dos órgãos independentes, podem ser classificados como:
a) autônomos.
b) subalternos
c) superiores
d) subordinados.
e) complexos.

5) (VUNESP – 2012 – DPE-MS – Defensor Público) Considerando


a classificação dos órgãos públicos, pode-se afirmar que os
órgãos autônomos são aqueles

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 212 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) situados no alto da estrutura organizacional da Administração


Pública, logo abaixo dos órgãos independentes e a estes subordinados;
possuem ampla autonomia administrativa, financeira e técnica;
exercem funções de direção, planejamento, supervisão e controle,
observadas, no entanto, as diretrizes traçadas pelos órgãos
independentes.
b) que têm sua origem na Constituição, situando-se no ápice da
pirâmide organizacional, sem subordinação hierárquica ou funcional;
representam os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, efetuando
as ações políticas do governo.
c) de direção, controle, decisão e comando, em assuntos da
respectiva competência; não gozam de autonomia administrativa e
financeira; possuem funções técnicas e de planejamento na área de
suas correspondentes atribuições.
d) com reduzido poder decisório e predominância de atribuições
executivas, devendo cumprir decisões e executar serviços rotineiros,
que atendem aos administrados; são dotados de um único centro de
competências ou atribuições.

6) (FCC - 2013 - AL-RN - Analista Legislativo) Os órgãos


públicos, quanto à posição estatal, classificam-se em
independentes, autônomos, superiores e subalternos. Nessa
categoria, o Senado Federal enquadra-se como órgão público
a) autônomo.
b) independente.
c) superior.
d) subalterno.
e) autônomo e subalterno, concomitantemente.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 213 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

7) (FCC – 2014 – TRT 16ª Região (MA) – Analista Judiciário –


Área Administrativa) Considere a seguinte assertiva:
A Câmara dos Deputados classifica-se, quanto à posição
estatal, como órgão independente. Isto porque, dentre outras
características, não possui qualquer subordinação hierárquica
ou funcional, estando sujeita apenas a controle
constitucional.
A assertiva em questão está:
a) correta, pois trata-se de órgão independente e autônomo,
expressões sinônimas quanto à classificação dos órgãos públicos.
b) incorreta, pois não se trata de órgão independente e sim
autônomo.
c) correta, pois trata-se de órgão independente, estando a
fundamentação também correta.
d) incorreta, pois embora seja órgão independente, ele está
sujeito à subordinação hierárquica e funcional.
e) incorreta, pois trata-se de órgão autônomo e sujeito à
subordinação hierárquica e funcional.

8) (FCC – 2014 – TRT 16ª Região (MA) – Técnico Judiciário –


Administrativa) Luísa, candidata a uma vaga de concurso
público, em seu exame oral, foi questionada pelos
examinadores acerca da classificação dos órgãos públicos,
especificamente quanto à posição estatal, devendo
exemplificar os órgãos públicos superiores. Luísa forneceu
cinco exemplos de órgãos públicos superiores, equivocando-
se acerca de um deles, qual seja,
a) Divisões.
b) Departamentos.
c) Ministérios.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 214 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

d) Coordenadorias.
e) Gabinetes.

9) (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário)Em relação aos


órgãos e agentes da Administração Pública é correto afirmar:
a) a atuação dos órgãos não é imputada à pessoa jurídica que
eles integram, mas tendo a prerrogativa de representá-la juridicamente
por meio de seus agentes, desde que judiciais.
b) a atividade dos órgãos públicos não se identifica e nem se
confunde com a da pessoa jurídica, visto que há entre a entidade e seus
órgãos relação de representação ou de mandato.
c) os órgãos públicos são dotados de personalidade jurídica e
vontade própria, que são atributos do corpo e não das partes porque
estão ao lado da estrutura do Estado.
d) como partes das entidades que integram os órgãos são
meros instrumentos de ação dessas pessoas jurídicas, preordenados ao
desempenho das funções que lhe forem atribuídas pelas normas de sua
constituição e funcionamento.
e) ainda que o agente ultrapasse a competência do órgão não
surge a sua responsabilidade pessoal perante a entidade, posto não
haver considerável distinção entre a atuação funcional e pessoal.

10) (FCC – 2014 – TCE/PI – Auditor Fiscal de Controle Externo)


A Administração pública pode desempenhar as atividades
públicas de forma centralizada ou descentralizada. Na
administração descentralizada,
a) o Estado-Administração atua por meio de seus órgãos
internos e agentes públicos, ligados, entre si, por vínculo hierárquico,
prestando serviços públicos típicos.
b) o Estado-Administração atua por meio de entidades ou
pessoas jurídicas, que necessariamente têm natureza de direito privado.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 215 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

c) parte das atividades da Administração direta são atribuídas


à Administração indireta, constituída por pessoas administrativas
autônomas e por isso destituídas de relação ou vínculo com a
Administração direta.
d) a atuação da Administração se dá por meio de pessoas
jurídicas, com natureza de direito público ou de direito privado, que
compõe a denominada Administração pública indireta.
e) o Estado transfere a mera execução de suas atividades a
outras entidades, nascendo o fenômeno da delegação.

11) (FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário) Compõe a


Administração pública direta da União
a) o Departamento de Polícia Federal.
b) o Banco Central do Brasil.
c) a Agência Nacional de Aviação Civil.
d) a Caixa Econômica Federal.
e) a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

12) (FCC – 2014 – Câmara Municipal de São Paulo/SP –


Procurador Legislativo) No que tange aos órgãos públicos, é
correto afirmar:
a) O Chefe do Poder Executivo pode, por decreto, promover a
extinção de órgãos públicos, quando seus cargos estiverem vagos.
b) As Câmaras Municipais não são propriamente órgãos
públicos, mas entes autárquicos, dado a autonomia que lhes é conferida
pela Constituição.
c) A teoria do mandato é a explicação adotada pela doutrina
atual para explicar a expressão da vontade estatal pelos órgãos públicos
e pelos agentes administrativos que os compõem.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 216 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

d) Somente se pode proceder à criação de um órgão público


mediante lei de iniciativa da Chefia do Poder Executivo, sob pena de
inconstitucionalidade por vício de iniciativa.
e) Como regra, os órgãos públicos são destituídos de
capacidade processual; porém, a doutrina e a jurisprudência nacionais
vêm reconhecendo tal capacidade a órgãos de status constitucional,
quando necessária à defesa de suas prerrogativas e competências
institucionais.

13) (FCC – 2014 – TRT 2ª Região – Técnico Judiciário) A


Administração pública de determinada esfera promoveu
planejamento e reestruturação de sua organização, cujo
resultado recomendou a criação de uma autarquia para
desempenho de serviço público, uma empresa estatal para
desempenho de atividade econômica e uma fundação para
atrelar recursos e patrimônios fundiários necessários para
ditar a política agrária. O movimento levado a efeito pelo
ente federado demonstra que a organização administrativa
seguiu o modelo de
a) descentralização, por meio da qual há distribuição de
competências entre as pessoas jurídicas envolvidas, que detêm
capacidade de autoadministração e não se subordinam por vínculo
hierárquico com o Chefe do Executivo.
b) desconcentração, utilizando pessoas jurídicas distintas para
distribuição de competências.
c) descentralização administrativa vertical, na qual se instaura
hierarquia entre os entes das diversas pessoas políticas criadas.
d) descentralização política, na qual se instaura vínculo
hierárquico entre os diversos entes e pessoas jurídicas envolvidas,
subordinados ao Chefe do Poder Executivo.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 217 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

e) desconcentração política, na qual se instaura vínculo


hierárquico entre as diversas pessoas políticas e jurídicas envolvidas,
não obstante esses entes guardem algum grau de autonomia.

14) (FCC - 2013 - AL-PB – Procurador) É característica do


regime jurídico das entidades da Administração Indireta:
a) a existência de entidades de direito público, como as
autarquias e empresas públicas, dotadas de prerrogativas semelhantes
às dos entes políticos.
b) a ausência de subordinação hierárquica entre as pessoas
administrativas descentralizadas e os órgãos da Administração Direta
responsáveis pela sua supervisão.
c) a obrigatoriedade de contratação de pessoal das entidades
descentralizadas por meio do regime celetista.
d) que a existência legal das entidades descentralizadas
decorra diretamente da promulgação de lei instituidora
e) a obediência de todas as entidades descentralizadas à Lei
Complementar no 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

15) (UEG – 2006 - TJ-GO - Técnico Judiciário - Administrador de


Empresas)
Considera-se entidade da Administração Pública com personalidade
jurídica própria de direito público:
a) Autarquia
b) Secretaria de Estado
c) Empresa pública
d) Gabinete Civil da Governadoria

16) (VUNESP – 2013 – MPE-ES – Agente especializado) João da


Silva foi legalmente nomeado para ingressar no serviço
público por meio de um vínculo contratual regido pela

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 218 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

Consolidação das Leis do Trabalho. Isso significa que João da


Silva
a) foi contratado para assumir um cargo público na Administração
Direta.
b) foi obrigatoriamente contratado para ocupar um cargo no
serviço público por tempo determinado.
c) foi contratado para assumir um cargo público efetivo na
Administração Indireta.
d) foi contratado para assumir um emprego público.
e) foi contratado para ocupar um cargo público em comissão.

17) (VUNESP – 2012 – SPTrans – Advogado) Assinale a


alternativa correta no tocante à Administração Indireta.
a) As empresas públicas podem revestir-se de qualquer das formas
admitidas em direito, enquanto que as sociedades de economia mista
devem ter a forma de sociedades anônimas.
b) A Administração Indireta é o próprio Estado atuando,
executando algumas de suas funções de forma desconcentrada.
c) A autarquia, a empresa pública e a sociedade de economia mista
poderão explorar atividade econômica de produção ou comercialização
de bens ou de prestação de serviços.
d) É possível, juridicamente, criar autarquia interestadual,
mediante a convergência de diversas unidades federadas para fins de
planejamento, fomento e desenvolvimento regional.
e) A Ordem dos Advogados do Brasil é uma autarquia especial
federal integrante da Administração Indireta da União.

18) (VUNESP – 2011 – SAP-SP – Analista Administrativo) As


autarquias

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 219 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) possuem natureza administrativa e personalidade jurídica de


direito privado.
b) não possuem dever de licitar.
c) podem ser criadas por meio de decreto do Poder Executivo.
d) estão sujeitas a controle exercido pela entidade a que se
vinculam.
e) somente poderão ser criadas pela União e Estados-Membros.

19) (VUNESP – 2011 – TJ-SP – Titular de Serviços de Notas e de


Registros) Sobre a administração indireta, é correto afirmar
que
a) as sociedades de economia mista e as fundações públicas, por
serem pessoas jurídicas de direito privado, não precisam respeitar o
princípio da publicidade.
b) as causas cíveis em que é parte a sociedade de economia mista
são de competência da Justiça Federal.
c) autarquia é pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com
capacidade de autoadministração, para o desempenho de serviço
público descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos
limites da lei.
d) a fundação, por desempenhar atividade no âmbito social, não
está sujeita ao controle administrativo ou tutela por parte da
administração direta, sendo, por isso, dotada de autoadministração.

20) (VUNESP – 2009 – TJ-SP – Juiz) A natureza jurídico-


administrativa da OAB foi exaustivamente debatida pelo
Supremo Tribunal Federal na ADI 3026-4/DF. Alguns pontos
fundamentais foram anotados, tais como:

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 220 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) não é uma autarquia especial.


b) não presta serviço público.
c) integra a Administração Pública indireta e sujeita-se ao controle
estatal.
d) não possui finalidade institucional.

21) (VUNESP – 2009 – CESP – Advogado) No tocante ao regime


jurídico das autarquias, é correto afirmar que
a) não se submetem à lei de licitações; não admitem nenhuma
forma de contratação de seus agentes que não seja por concurso
público.
b) são pessoas jurídicas de direito público de capacidade
exclusivamente administrativa; são protegidas pela imunidade recíproca
tributária.
c) podem ser criadas por decreto; submetem-se ao regime da
responsabilidade objetiva.
d) fazem parte da administração direta; devem contratar por meio
de licitação.
e) são pessoas jurídicas de direito público de capacidade política;
são criadas por autorização legal.

22) (FCC – 2014 – AL/PE – Agente Legislativo) Acerca da


Administração pública brasileira, é correto afirmar que
a) o Banco Central do Brasil, ao exercer atividade regulatória
em todo o território nacional sobre instituições financeiras, é exemplo
de descentralizacão administrativa.
b) compreende tanto Secretarias e Ministérios, quanto
fundações públicas, autarquias e empresas estatais, todos eles dotados

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 221 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

de personalidade jurídica própria, mas os dois primeiros desprovidos de


autonomia administrativa.
c) sob o aspecto formal, refere-se ao conjunto de funções
administrativas exercidas precipuamente pelo Poder Executivo com
vistas a satisfazer as necessidades coletivas sentidas no plano concreto.
d) seus órgãos e entidades submetem-se a um mesmo regime
jurídico, de direito público e derrogatório do direito comum, e a
jurisdição administrativa independente.
e) seus órgãos e entidades, por expressa disposição
constitucional, são isentos do pagamento de tributos e submetem-se ao
regime de precatórios.

23) (FCC – 2014 – TJ/AP – Analista Judiciária – Área Judiciária e


Administrativa) A criação de pessoas jurídicas para
composição e estruturação da Administração indireta é uma
opção de organização administrativa de competência do
Poder Executivo. Para tanto, pode se valer de propostas de
edição de lei para criação de determinados entes ou para
autorização da instituição na forma prevista na legislação. A
efetiva criação desses entes
a) acarreta dissociação de qualquer vínculo ou relação jurídica
com o Executivo, na medida em que possuem personalidade jurídica
própria.
b) não afasta o vínculo hierárquico com a Administração
pública central, na medida em que integram a estrutura do Poder
Executivo.
c) é expressão do modelo de descentralização, mantendo a
Administração pública central apenas o controle finalístico sobre
aqueles, expressão do poder de tutela.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 222 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

d) acarreta a derrogação do regime jurídico de direito público e


aplicação do direito privado, o que confere maior celeridade à
Administração pública.
e) consubstancia-se em desconcentração, na medida em que
não possuem personalidade jurídica própria.

24) (FCC- 2014 – TCE/RS – Auditor Público Externo –


Engenharia Civil – Conhecimentos Básicos) A Administração
indireta pode ser estruturada por meio da
a) instituição de pessoas jurídicas de diversas naturezas, que
não guardam vínculo hierárquico com a Administraçao direta.
b) instituição de pessoas jurídicas com personalidade jurídica
própria, vinculadas hierarquicamente à Administração centralizada.
c) instituição de pessoas jurídicas com personalidade jurídica
própria, todas criadas por meio de lei.
d) criação de órgãos integrantes de sua estrutura, vinculadas
hierarquicamente à Administração centralizada.
e) criação de órgãos distintos da Administração direta,
vinculados hierarquicamente à Administração central.

25) (FCC – 2013 – MPE-SE – Analista – Direito) O Estado de


Sergipe pretende instituir pessoa jurídica e a ela atribuir a
titularidade e a execução de um determinado serviço público,
que é de sua exclusiva titularidade. Pretende, ainda, atribuir
à referida pessoa personalidade jurídica de natureza pública,
com igual capacidade e dotada de todos os privilégios e
prerrogativas suas. Para tanto, deverá
a) instituir sociedade de economia mista, obtendo, para tanto, a
competente autorização legislativa.
b) instituir empresa pública, obtendo, para tanto, a competente
autorização legislativa.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 223 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

c) criar autarquia estadual, por meio de lei específica.


d) criar autarquia estadual, mediante decreto de competência
do Chefe do Executivo estadual, conforme autoriza o Art. 84, VI, “a”, da
CF.
e) criar autarquia estadual, empresa pública ou sociedade de
economia mista, desde que o faça por meio de lei específica.

26) (FCC – 2013 – TRT 18ª Região – Analista Judiciário) As


autarquias integram a Administração indireta. São pessoas
a) políticas, com personalidade jurídica própria e têm poder de
criar suas próprias normas.
b) jurídicas de direito público, cuja criação e indicação dos fins
e atividades é autorizada por lei, autônomas e não sujeitas à tutela da
Administração direta.
c) jurídicas de direito semi-público, porque sujeitas ao regime
jurídico de direito público, excepcionada a aplicação da lei de licitações.
d) políticas, com personalidade jurídica própria, criadas por lei,
com autonomia e capacidade de autoadministração, não sujeitas,
portanto, ao poder de tutela da Administração.
e) jurídicas de direito público, criadas por lei, com capacidade
de autoadministração, mas sujeitas ao poder de tutela do ente que as
criou.

27) (FCC – 2014 – TJ/AP – Técnico Judiciário – Área Judiciária e


Administrativa) As autarquias possuem personalidade jurídica
própria, autonomia financeira e autoadministração. Partindo
dessa premissa, é correto afirmar que
a) o ente instituidor mantém em relação à autarquia poder
hierárquico e poder disciplinar, em razão do controle de tutela.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 224 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

b) a despeito de assumirem obrigações em nome próprio por


ser sujeito de direitos, é o ente instituidor quem responde por seus
atos.
c) não se submetem ao controle de tutela do ente instituidor,
para conformá-las aos cumprimento dos objetivos públicos em razão
dos quais foram criadas
d) seus recursos e patrimônio, independentemente da origem,
configuram recursos e patrimônio do ente instituidor.
e) têm liberdade para gerir seus quadros funcionais sem
interferências indevidas do ente instituidor.

28) (FCC – 2014 – TJ/AP – Técnico Judiciário – Área Judiciária e


Administrativa) A Administração pública, por lei, criou
autarquia atribuindo-lhe competência para prestar serviço
público de saneamento básico. Para preenchimento dos
cargos públicos efetivos criados poderá:
a) realizar concurso público ou, diante da justificativa, pautada
na situação de emergência, contratar empregados diretamente pelo
prazo de 5 anos.
b) prover os cargos por livre nomeação, desde que haja a
edição de ato regulamentar autorizador.
c) prover os cargos por meio de concurso público de provas ou
de provas e títulos, de acordo com a natureza e complexibilidade do
cargo, na forma prevista em lei.
d) realizar processo de seleção, desde que para contratação de
empregados públicos, por prazo não superior a 5 anos.
e) justificar a impossibilidade de realizar concurso público e
transformar os empregados de fundação governamental em servidores
públicos da autarquia recém instituída.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 225 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

29) (FCC – 2014 – TCE/RS – Auditor Público Externo –


Engenharia Civil – Conhecimentos Básicos) Uma autarquia
estadual precisa reformar suas instalações, e adaptá-las ao
atendimento que será prestado ao público em decorrência de
uma nova atribuição que lhe foi outorgada por lei. Para tanto,
a) poderá realizar licitação, sob qualquer das modalidades
previstas na lei, ou promover contratação direta, mediante prévia
pesquisa de mercado, tendo em vista que as autarquias não se sujeitam
ao regime de direito público.
b) deverá realizar regular licitação, tendo em vista que as
autarquias, submetidas ao regime de direito público, sujeitam-se a
obrigatoriedade do certame.
c) poderá contratar diretamente outra empresa que integre a
Administração indireta, tendo em vista que os regimes jurídicos são
semelhantes.
d) deverá realizar licitação caso o valor da contratação supere
R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), tendo em vista que até
esse montante incide hipótese de dispensa de licitação.
e) deverá contratar diretamente empresa de engenharia para
promover as obras, tendo em vista que as autarquias não se sujeitam
ao princípio que obriga a realização de licitação.

30) (FCC – 2014 – TJ/CE – Juiz) O diretor de órgão integrante


da estrutura de autarquia estadual assina termo de
ajustamento de conduta com o Ministério Público Estadual,
visando à regularização de práticas administrativas da
referida autarquia, as quais, no entender
do parquet, ofendem direitos dos usuários do serviço público
prestados pela entidade autárquica. Nessa situação, o
descumprimento do termo de conduta propiciará a execução
judicial do acordo em relação

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 226 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) à autarquia, em litisconsórcio necessário com Estado-


membro, pois em razão da relação de tutela, este sempre deverá ser
chamado a intervir em demandas que digam respeito ao exercício de
atividades descentralizadas.
b) à autarquia a que pertence o referido órgão, visto que em
razão da teoria da imputação, o órgão é uma unidade sem
personalidade jurídica própria, que congrega atribuições exercidas por
agentes que o integram e expressam a vontade do ente estatal.
c) ao agente público, que é responsável direto pela
manifestação de vontade que produziu e que deverá cumprir
pessoalmente as obrigações ali assumidas.
d) ao órgão da autarquia, visto que este tem personalidade
jurídica própria, distinta da entidade administrativa na qual está
inserido, a qual responderá apenas em caráter subsidiário.
e) ao Estado-membro, pois, conforme a teoria da
representação, é atribuível ao ente político a manifestação de todo e
qualquer órgão ou entidade que estejam em sua esfera e que o
representam nas relações com os demais sujeitos de direito.

31) (FCC – 2014 – PGE/RN – Procurador do Estado de Terceira


Classe) Determinada autarquia estadual ofereceu em
garantia bens de sua titularidade, para obtenção de
financiamento em projeto de desenvolvimento regional com a
participação de outras entidades da Administração pública.
Referido ato, praticado por dirigente da entidade,
a) não pode ser revisto pela autoridade prolatora, em face da
preclusão, cabendo, contudo, a anulação pela autoridade superior,
mediante análise de conveniência e oportunidade.
b) pode ser impugnado por meio de recurso dirigido ao Chefe
do Executivo, independentemente de previsão legal, com base no
princípio da hierarquia.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 227 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

c) pode ser revisto, de ofício, pela Secretaria de Estado à qual


se encontra vinculada a entidade autárquica, em decorrência do
princípio da supervisão.
d) comporta revisão, com base no princípio da tutela, se
verificado desvio da finalidade institucional da entidade, nos limites
definidos em lei.
e) comporta controle administrativo apenas em relação ao seu
mérito, sendo passível de impugnação pela via judicial para controle das
condições de legalidade.

32) (FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário) Uma pessoa jurídica


que se enquadre no conceito de autarquia
a) é essencialmente considerada um serviço autônomo.
b) deve necessariamente possuir um regime jurídico especial.
c) terá garantia de estabilidade de seus dirigentes.
d) subordina-se hierarquicamente a algum Ministério, ou órgão
equivalente no plano dos demais entes federativos.
e) não integra a Administração Indireta.

33) (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário -


Execução de Mandados) Analise as características abaixo.
I. Personalidade jurídica de direito público.
II. Criação por lei.
III. Capacidade de autoadministração.
IV. Especialização dos fins ou atividades.
V. Sujeição a controle ou tutela.
Trata-se de
a) empresa pública.
b) fundação.
c) autarquia.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 228 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

d) sociedade de economia mista.


e) órgão público.

34) (UEG - SANEAGO –ADVOGADO - 2008) A entidade da


administração indireta dotada de prerrogativas em razão da
sua personalidade de direito público denomina-se:
a) Empresa pública
b) Sociedade de economia mista
c) Organização social
d) Autarquia

35) (FCC – 2014 – TJ/AP – Técnico Judiciário – Área Judiciária e


Administrativa) A Administração pública pode instituir
pessoas com personalidade jurídica própria, desde que o faça
por meio de lei específica, para prestar serviços públicos. O
enunciado diz respeito à
a) autarquia, que tem personalidade de direito público e
submete-se a regime jurídico de direito público.
b) sociedade de economia mista, que tem personalidade de
direito privado e submete-se a regime de direito privado parcialmente
derrogado pelo regime público.
c) empresa pública, que tem personalidade de direito público
e, por isso, submete-se a regime de direito público.
d) autarquia, que tem personalidade de direito público e
submete-se a regime jurídico de direito privado.
e) empresa pública, que tem personalidade de direito privado
e, por isso, submete-se a regime jurídico privado.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 229 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

36) (FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO-MS/Analista Judiciário)


São características das autarquias e fundações públicas:
a) Processo especial de execução para os pagamentos por elas
devidos, em virtude de sentença judicial; Impenhorabilidade dos seus
bens.
b) Imunidade tributária relativa aos impostos sobre o
patrimônio, renda ou serviços vinculados às suas finalidades essenciais
ou às delas decorrentes; Prazos simples em juízo.
c) Presunção de veracidade, imperatividade e executoriedade
dos seus atos; Não sujeição ao controle administrativo.
d) Prazos dilatados em juízo; Penhorabilidade dos seus bens.
e) Processo de execução regido pelas normas aplicáveis aos
entes privados; Imunidade tributária relativa aos impostos sobre o
patrimônio, renda ou serviços vinculados às suas finalidades essenciais
ou às delas decorrentes.

37) (FCC - 2013 - DPE-AM - Defensor Público)Mediante iniciativa


do Governador, o Estado do Amazonas aprova lei, cujos
artigos iniciais estão assim redigidos:
“Artigo 1o - Fica o Poder Executivo autorizado a instituir, por
escritura pública, sob a denominação de (...), uma (...) que se regerá
por esta lei, pelas normas civis, por seu estatuto e com as finalidades
discriminadas no artigo 2o .
§ 1o - A .... será uma entidade civil, sem fins lucrativos, com
prazo de duração indeterminado e adquirirá personalidade jurídica a
partir da inscrição, no Registro competente, do seu ato constitutivo,
com o qual serão apresentados o Estatuto e o respectivo decreto de
aprovação”.
Diante do texto legislativo acima, pode-se concluir que a
entidade a ser criada será uma
a) empresa pública.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 230 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

b) autarquia.
c) fundação de direito privado.
d) sociedade de economia mista.
e) associação pública.

38) (FCC – 2014 – MPE/PA – Promotor de Justiça) A doutrina e a


jurisprudência nacional reconhecem a existência de dois tipos
de fundação governamental: as de direito público e as de
direito privado. NÃO faz parte dos traços comuns dessas
duas espécies
a) a inexigibilidade de inscrição de seus atos constitutivos no
Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
b) a imunidade tributária no que se refere ao patrimônio, à
renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às
delas decorrentes.
c) a vedação de acumulação de cargos e empregos públicos.
d) a submissão às normas gerais de licitação estabelecidas por
lei federal.
e) o controle pelos Tribunais de Contas.

39) (FCC – 2014 – TRT 16ª Região (MA) – Analista Judiciário –


Área Judiciária) Facundo, Auditor Fiscal da Receita Federal,
pretende multar a Fundação “Vida e Paz”, fundação instituída
e mantida pelo Poder Público, haja vista que a mesma jamais
pagou imposto sobre seu patrimônio, renda e serviços. Nesse
caso,
a) Facundo apenas pode cobrar tributo pelos serviços exercidos
pela fundação, mas não sobre a renda e o patrimônio, os quais detém
imunidade tributária.
b) correta a postura de Facundo, vez que a citada fundação
não detém imunidade tributária.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 231 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

c) correta a postura de Facundo, pois apenas as autarquias


possuem imunidade tributária.
d) incorreta a postura de Facundo, vez que a fundação possui
imunidade tributária relativa aos impostos sobre seu patrimônio, renda
e serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou as delas
decorrentes.
Facundo apenas pode cobrar tributo sobre a renda da fundação,
mas não sobre seus serviços e patrimônio, os quais detém imunidade
tributária.

40) (VUNESP – 2012 – TJ-MG – Juiz) Com relação ao


entendimento do Supremo Tribunal Federal acerca dos
serviços postais, assinale a alternativa correta.
a) O serviço postal é serviço público exclusivo da União, prestado
pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em situação de
privilégio.
b) Os veículos utilizados pela ECT para prestação dos serviços
postais podem ser penhorados, desde que em decorrência de execução
fiscal pelo não pagamento do IPVA.
c) A ECT é empresa pública submetida ao regime privado, razão
pela qual suas dívidas judiciais não se submetem ao regime de
precatório
d) O Estado de Minas Gerais pode cobrar o ICMS incidente sobre o
serviço de transporte de encomendas realizado pela ECT, tendo em
vista que a imunidade tributária do artigo 150, VI, ‘a’, CF, não se aplica
às empresas privadas.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 232 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

41) (VUNESP – 2011 – SAP-SP – Analista Administrativo) A


respeito das Empresas Públicas, é correto afirmar que
a) são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito
público.
b) no tocante à organização societária, adotam qualquer forma
admitida em direito.
c) podem ser criadas por meio de Decreto do Poder Executivo, sem
qualquer autorização legislativa.
d) somente poderão ser instituídas pela União e Estados-Membros.
e) devem possuir como objeto social apenas a exploração de
atividade econômica.

42) (UEG- SANEAGO – Advogado – 2008) Sobre a regência legal


das entidades da Administração Pública indireta, é CORRETO
afirmar:
a) As empresas públicas organizam-se pelo direito privado com
incidência de algumas normas de direito público.
b) As empresas públicas e sociedades de economia mista
organizam-se pelas regras de direito privado sem incidência de normas
de direito público.
c) As autarquias regem-se pelo direito privado com incidência de
normas de direito público.
d) As autarquias regem-se pelo direito privado

43) (FCC – 2013 – TRT 18ª Região – Técnico Judiciário) A


criação de empresas estatais e de autarquias é expressão de
a) desconcentração na organização administrativa, na medida
em que configura delegação a outros órgãos públicos de competências
administrativas.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 233 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

b) desconcentração, na medida em que transfere a titularidade


de serviços e competências para órgãos que não integram a
organização administrativa.
c) descentralização, na medida em que permite a execução de
competências estatais por entes regularmente criados para tanto,
embora não dotados de personalidade jurídica própria.
d) descentralização, na medida em que permite a transferência
da titularidade de serviços estatais para outros entes, ainda que não
integrem a Administração direta do Estado.
e) descentralização ou desconcentração, na medida em que
consistem na transferência de competências estatais para outros entes,
dotados de personalidade jurídica própria e integrantes da
Administração direta do Estado.

44) (VUNESP – 2013 – TJ-RJ – Juiz) Na Administração Pública


Indireta,
a) as autarquias e as fundações governamentais poderão possuir
personalidade jurídica de direito público ou privado.
b) não cabe mandado de segurança contra ato praticado em
licitação promovida por empresa pública.
c) as sociedades de economia mista só têm foro na justiça federal
quando a união intervém como assistente ou opoente.
d) somente a União poderá criar, por meio de lei, Agências
Reguladoras.

45) (VUNESP – 2012 – SPTrans – Advogado Pleno) Sobre o


regime jurídico das sociedades de economia mista, é correto
afirmar que

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 234 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) devido a sua natureza híbrida, embora sejam pessoas jurídicas


de direito público, não estão sob o controle do Estado.
b) sujeitam-se ao regime próprio das empresas privadas quanto às
obrigações civis, mas possuem privilégios trabalhistas e tributários
equivalentes aos dos entes públicos.
c) segundo entendimento doutrinário e jurisprudencial, são
favorecidas com o prazo quinquenal de prescrição das ações de
indenização contra ela ajuizadas.
d) podem ser constituídas, juridicamente, por qualquer das formas
admitidas em direito, desde que sejam pluripessoais e com predomínio
de capital do poder público.
e) os seus bens, integrantes do seu patrimônio, são considerados
bens privados, mesmo aqueles provenientes do Ente Federativo que a
instituiu.

46) (VUNESP – 2012 – SPTrans – Advogado Pleno) No que


tange às pessoas jurídicas paraestatais e o instituto da
falência, é correto afirmar que
a) somente as empresas públicas podem ter sua falência
decretada.
b) somente as sociedades de economia mista são submetidas ao
regime falimentar.
c) tanto as empresas públicas quanto as sociedades de economia
mista podem ter sua falência decretada.
d) a lei de falências e de recuperação judicial e extrajudicial não se
aplica às empresas públicas e nem às sociedades de economia mista.
e) somente as empresas públicas e as sociedades de economia
mista que desempenham atividade econômica é que se sujeitam à lei
de falências e de recuperação judicial e extrajudicial.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 235 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

47) (VUNESP – 2009 – TJ-SP – Advogado) Estabelecido no texto


constitucional que a atividade econômica pertence à iniciativa
privada sob regime da livre concorrência, é de se concluir
que
a) à empresa pública que se dedica exclusivamente à exploração
de atividade econômica não se aplicam os princípios gerais que
norteiam a atuação da Administração Pública.
b) a intervenção direta do Estado no domínio econômico ocorre por
exceção e justificadamente.
c) a intervenção direta do Estado no domínio econômico só ocorre
diante da imperativa necessidade de se reservar, mediante lei, o
monopólio de determinada atividade empresarial considerada de
relevante interesse coletivo.
d) somente por lei específica pode ser criada empresa pública.

48) (FCC – 2014 – TRT 2ª Região – Analista Judiciário) A


propósito de semelhanças ou distinções entre as empresas
públicas e as sociedades de economia mista sabe-se que,
a) as empresas públicas submetem-se integralmente ao regime
jurídico de direito público, na medida em que seu capital é 100%
público, enquanto as sociedades de economia mista podem se submeter
ao regime jurídico de direito privado, caso a participação privada no
capital represente maioria com poder de voto.
b) as sociedades de economia mista admitem participação
privada em seu capital, enquanto as empresas públicas não; ambas se
submetem ao regime jurídico típico das empresas privadas, embora
possam ter que se submeter à regra de exigência de licitação para
contratação de bens e serviços

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 236 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

c) as duas pessoas jurídicas de direito público integram a


Administração indireta e podem ser constituídas sob quaisquer das
formas disponíveis às empresas em geral, distinguindo-se pela
composição do capital, 100% público nas sociedades de economia mista
e com participação privada empresas públicas.
d) as duas pessoas jurídicas de direito público submetem-se ao
regime jurídico de direito privado, com exceção à forma de constituição,
na medida em que são criadas por lei específica, enquanto as empresas
não estatais são instituídas na forma da legislação societária vigente.
e) ambas submetem-se ao regime jurídico de direito público,
não se lhes aplicando, contudo, algumas normas, a fim de lhes dar
celeridade e competitividade na atuação, tal como a lei de licitações e a
realização de concurso público para contratação de seus servidores.

49) (FCC – 2014 – Prefeitura de Cuiabá – Procurador Municipal)


Observe as seguintes características, no tocante a
determinadas entidades da Administração Indireta:
I. sua criação deve ser autorizada por lei específica.
II. a contratação de seus servidores deve ser feita por concurso
público, porém, eles não titularizam cargo público e tampouco fazem
jus à estabilidade prevista no art. 41 da Constituição Federal de 1988.
III. seus servidores estão sujeitos à proibição de acumulação de
cargos, empregos e funções públicas, com as exceções admitidas pela
Constituição; porém, nem sempre é aplicável a essas entidades a regra
do teto remuneratório.
Estamos nos referindo às
a) empresas públicas e às sociedades de economia mista.
b) autarquias e às sociedades de economia mista.
c) fundações governamentais e às empresas públicas.
d) sociedades de economia mista e aos consórcios públicos.
e) agências e às empresas públicas

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 237 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

50) (FCC – 2014 – AL/PE – Agente Legislativo) Nos últimos


meses, a INFRAERO realizou uma série de investimentos em
modernização e ampliação da capacidade dos aeroportos
próximos às cidades-sede da Copa do Mundo 2014 visando a
atender ao aumento da demanda dos usuários, previsto para
esse período. Dentre os aeroportos que receberam
investimentos inclui-se o Aeroporto Internacional do
Recife/Guararapes – Gilberto Freyre. Atualmente, a
INFRAERO está organizada sob a forma de sociedade
anônima - com capital social totalmente integralizado pela
União - e vinculada à Secretaria de Aviação Civil da
Presidência da República (SAC- PR). Portanto, quanto à sua
natureza jurídica, é
a) sociedade de economia mista, pois está organizada sob a
forma de sociedade anônima.
b) empresa pública, dado que constituída por capital 100%
público.
c) autarquia de regime especial, pois nela há traços
essencialmente públicos (atividade reguladora e prestacional e
vinculação a órgão da Presidência da República), mas também privados
(forma de organização em sociedade por ações).
d) fundação governamental, tendo em vista seu caráter
regulador e fomentador do setor aéreo nacional.
e) sociedade de economia integralmente pública, sendo esta,
aliás, única forma jurídica em que se admite a exploração pelo Estado
de atividade econômica necessária aos imperativos de segurança
nacional.

51) (FCC – 2014 – TCE/PI – Assessor Jurídico) A Administração


indireta é composta por diversos entes, com personalidade

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 238 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

jurídica própria e características próprias. Sobre eles, é


correto afirmar que
a) as autarquias tanto desempenham funções sob regime
jurídico de direito público, quanto de direito privado, conforme o que
dispuser a lei que instituiu o ente.
b) o desempenho de funções próprias do Estado, que não se
amoldam à realização sob regime de direito privado, é típico das
autarquias.
c) o desempenho de funções próprias do Estado, que não se
amoldam à realização sob regime de direito privado, é típico das
fundações.
d) as empresas estatais são dotadas de autonomia ou
autoadministração, qualidades que não podem ser atribuídas às
autarquias em razão do regime jurídico de direito público a que estão
submetidas.
e) as empresas estatais, quando criadas por lei, podem exercer
funções típicas de Estado, por delegação, submetendo-se a regime
jurídico de direito público.

52) (FCC/2011/TRE-TO/Analista Judiciário) Constitui traço


distintivo entre sociedade de economia mista e empresa
pública:
a) forma de organização, isto é, forma jurídica.
b) desempenho de atividade de natureza econômica.
c) criação autorizada por lei.
d) sujeição a controle estatal.
e) personalidade jurídica de direito privado.

53) (FCC/2011/TRT/23ªREGIÃO(MT)/Analista Judiciário) NÃO é


característica da sociedade de economia mista:
a) criação autorizada por lei.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 239 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

b) personalidade jurídica de direito privado.


c) derrogação parcial do regime de direito privado por normas
de direito público.
d) estruturação sob qualquer forma societária admitida em
direito.
e) desempenho de atividade econômica.

54) (FCC/2011/TRF/1ªREGIÃO/Analista Judiciário) NÃO é


considerada característica da sociedade de economia mista
a) a criação independente de lei específica autorizadora.
b) a personalidade jurídica de direito privado.
c) a sujeição a controle estatal.
d) a vinculação obrigatória aos fins definidos em lei.
e) o desempenho de atividade de natureza econômica.

55) (FCC – 2014 – TCE/PI – Auditor Fiscal de Controle Externo)


Com objetivo de implementar políticas públicas e desenvolver
ações governamentais, os entes federados podem optar por
criar entidades com personalidades jurídicas próprias e deles
distintas. É exemplo das referidas entidades a sociedade de
economia mista que
a) detém personalidade de direito privado e é criada por lei sob
a forma de sociedade anônima.
b) tem a criação autorizada por lei específica, o respectivo ato
constitutivo arquivado no registro próprio e personalidade de direito
privado.
c) detém personalidade de direito privado, cuja criação é por
lei autorizada, sob forma de sociedade limitada, para exploração de
atividade econômica.
d) detém personalidade de direito público, cuja criação é por
lei autorizada quando exploradora de atividade econômica.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 240 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

e) é dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada


por lei, sob a forma de sociedade anônima.

56) (FCC/2011/PGE-MT/Procurador) O regime jurídico aplicável


às entidades integrantes da Administração indireta
a) sujeita todas as entidades, independentemente da natureza
pública ou privada, aos princípios aplicáveis à Administração Pública.
b) é integralmente público, para autarquias, fundações e
empresas públicas, e privado para sociedades de economia mista.
c) é sempre público, independentemente da natureza da
entidade.
d) é sempre privado, independentemente da natureza da
entidade.
e) é o mesmo das empresas privadas, para as empresas
públicas e sociedades de economia mista, exceto em relação à
legislação trabalhista.

57) (FCC/2011/TCM-BA/Procurador Especial de Contas) A


propósito das características e regime jurídico a que se
submetem as entidades da Administração indireta, é correto
afirmar:
a) A autarquia é pessoa jurídica de direito público, com as
mesmas prerrogativas e sujeições da Administração direta, exceto no
que diz respeito ao regime de seus bens.
b) A criação de sociedade de economia mista e de empresa
pública depende de autorização legislativa, assim como a criação de
subsidiárias dessas entidades.
c) A criação de sociedade de economia mista somente é possível
para exploração de atividade econômica stricto sensu.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 241 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

d) As empresas públicas podem explorar atividade econômica e


prestar serviços públicos, com a participação minoritária de particulares
em seu capital social.
e) A autarquia é pessoa jurídica de direito privado, porém
submetida aos princípios aplicáveis à Administração Pública, o que lhe
confere um regime híbrido de prerrogativas e sujeições.

58) (FCC – 2014 – TJ/AP – Técnico Judiciário – Área Judiciária e


Administrativa) As autarquias, empresas públicas e
sociedades de economia mista são entidades estatais. É
correto afirmar quanto a referidas instituições que as
a) autarquias e empresas públicas integram a Administração
pública direta, enquanto que as sociedades de economia mista, por
possuírem personalidade de direito privado, integram a Administração
pública indireta.
b) empresas públicas detêm personalidade de direito público e
integram a Administração pública indireta, as autarquias, da mesma
forma, detêm personalidade jurídica de direito público, mas integram a
Administração pública direta.
c) autarquias detêm personalidade jurídica de direito público,
enquanto as empresas públicas e sociedades de economia mista detêm
personalidade jurídica de direito privado, integrando, todas elas, a
denominada Administração pública indireta.
d) sociedades de economia mista prestadoras de serviço
público integram a Administração pública direta, enquanto as
exploradoras de atividade econômica integram a Administração pública
indireta.
e) autarquias, empresas públicas e sociedade de economia
mista detêm personalidade jurídica de direito privado, razão pela qual
integram a denominada Administração pública indireta.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 242 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

59) (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Área Judiciária). Distinguem-se as autarquias das sociedades
de economia mista que exploram atividade econômica,
dentre outras características, em função de
a) não serem dotadas de autonomia e personalidade jurídica
própria, embora submetidas ao regime jurídico de direito privado.
b) seu regime jurídico de direito público, exceto quanto ao
processo de execução ao qual se submetem, típico do direito privado.
c) sua criação ser autorizada por lei, bem como por se
submeterem tanto ao regime jurídico público, quanto ao regime jurídico
privado.
d) serem criadas por lei, bem como em função de seu regime
jurídico de direito público.
e) se submeterem a processo especial de execução, que
excetua o regime dos precatórios, embora não afaste a prescritibilidade
de seus bens.

60) (FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário -


Execução de Mandados) As empresas estatais submetem-se
ao regime jurídico típico das empresas privadas, aplicando-se
a elas, no entanto, algumas normas de direito público, como
a) submissão à regra do concurso público para contratação de
servidores públicos.
b) submissão à regra geral de obrigatoriedade de licitação,
atividades meio e atividades fim da empresa.
c) juízo privativo.
d) regime especial de execução, sujeito a pagamento por
ordem cronológica de apresentação de precatórios.
e) impenhorabilidade e imprescritibilidade de seus bens,
independentemente de afetação ao serviço público.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 243 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

61) (FCC – 2013 – TRT/15 ª Região – Analista Judiciária – Área


Judiciária) Determinado ente integrante da Administração
indireta federal teve sua criação autorizada por lei, presta
serviço público regularmente, embora não tenha participado
de licitação para outorga de concessão, sujeita-se ao regime
jurídico de direito privado, embora com derrogações do
regime jurídico de direito público. A descrição proposta é
compatível com uma
a) autarquia.
b) fundação.
c) empresa pública reguladora.
d) sociedade de economia mista.
e) agência executiva.

62) (VUNESP – 2013 – MPE-ES – Agente Especializado) Assinale


a alternativa que contempla os dois tipos de contratos que
podem ser firmados pelos entes consorciados, conforme
expressamente previsto na Lei n.º 11.107/2005.
a) De rateio e de convênio.
b) De programa e de rateio.
c) De gestão e de gerenciamento.
d) De parceria e de gestão.
e) De administração e de gerenciamento.

63) (VUNESP – 2013 – TJ-SP – Advogado) No atual cenário


brasileiro, na Administração Pública indireta, possuem
personalidade jurídica de direito público:
a) Fundações.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 244 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

b) Sociedades de Economia Mista.


c) Partidos Políticos.
d) Organizações Religiosas.
e) Associações Públicas.

64) (VUNESP – 2013 – TJ-SP – Advogado) Nos termos da Lei n.º


11.107/2005, o Consórcio Público.
a) será constituído por contrato cuja celebração dependerá da
prévia subscrição de protocolo de intenções.
b) não poderá firmar convênio nem receber subvenções sociais ou
econômicas de outras entidades e órgãos do governo.
c) não poderá constituir pessoa jurídica de direito privado, sendo
seus objetivos determinados pelos entes da Federação que se
consorciarem.
d) não poderá constituir associação pública, mas se auto- riza a
emissão de documentos de cobrança e a arrecadação de tarifas.
e) será constituído por meio de termo de cooperação, celebrado
previamente ao contrato, contendo os objetivos de todos os
cooperados.

65) (VUNESP – 2013 – MPE-ES – Agente especializado) A


respeito das entidades da Administração Indireta, é correto
afirmar que é uma regra comum a todas elas:
a) têm legitimidade ativa para ajuizar ação civil pública.
b) possuem personalidade jurídica de direito público.
c) possuem juízo privativo tanto na Justiça Federal quanto na
Estadual.
d) estão sujeitas à falência.
e) seus bens são impenhoráveis.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 245 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

66) (VUNESP – 2013 – MPE-SP – Agente Especializado) Sobre as


agências reguladoras, é correto afirmar que
a) seus dirigentes são nomeados em cargo de confiança e podem
ser exonerados ad nutum.
b) seus servidores são submetidos ao regime jurídico de trabalho
celetista.
c) as decisões das agências devem ser referendadas pelo
respectivo chefe do Poder Executivo.
d) as decisões proferidas pelas agências são em caráter definitivo,
não podendo ser questionadas no Poder Judiciário.
e) estão sujeitas à tutela ou controle administrativo exercido pelo
Ministério a que se encontram vinculadas.

67) (VUNESP – 2011 – TJ-SP – Titular de Serviços e Notas e de


Registros) Sobre consórcios públicos, é correto dizer que
a) os consórcios públicos serão realizados mediante constituição de
autarquia, sendo vedada a instituição por pessoa jurídica de direito
privado.
b) a União somente participará de consórcios públicos em que
também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam
situados os Municípios consorciados.
c) o consórcio público será celebrado mediante contrato de rateio,
sendo vedada outra espécie de contratação.
d) o consórcio público não poderá exercer atividades de
arrecadação de tarifas e outros preços públicos.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 246 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

68) (VUNESP – 2010 – MPE-SP – Analista de promotoria) Sobre


a execução e a fiscalização do contrato de gestão das
Organizações Sociais, é correto afirmar que
a) a competência para a fiscalização da execução do contrato é do
Ministério Público.
b) os responsáveis pela fiscalização da execução do contrato de gestão,
ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade na
utilização de recursos ou bens de origem pública por organização social,
dela darão ciência ao Poder Judiciário, sob pena de responsabilidade
solidária.
c) havendo indícios fundados de malversação de bens ou recursos de
origem pública, os responsáveis pela fiscalização do contrato
determinarão a indisponibilidade de bens dos responsáveis pela
ilegalidade.
d) os resultados atingidos com a execução do contrato de gestão devem
ser analisados, anualmente, por Promotores de Justiça especialmente
designados para essa função.
e) na hipótese de decretação de indisponibilidade de bens da entidade
ou de sequestro de bens dos dirigentes, o poder público será o
depositário e gestor desses bens até o término da ação.

69) (FCC – 2014 – TRT 18ª Região – Juiz do Trabalho) Ao criar


uma entidade da Administração indireta, o ente político pode
optar por constituí-la sob regime de direito privado. Dentre
as entidades que podem ser instituídas sob tal regime, estão
a) as autarquias, as fundações e as agências executivas.
b) as sociedades de economia mista, os consórcios públicos e as
fundações.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 247 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

c) as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as


agências reguladoras.
d) as autarquias corporativas, as empresas públicas e as
sociedades de economia mista.
e) as agências reguladoras, as sociedades de economia mista e
as fundações.

70) (FCC – 2014 – TRT 18ª Região – Juiz do Trabalho) O status


de “agência executiva” constitui uma qualificação criada pela
chamada “reforma gerencial” da Administração pública
federal. NÃO é característica típica de tal figura jurídica,
a) a necessidade de elaboração de um plano estratégico de
reestruturação e de desenvolvimento institucional, voltado para a
melhoria da qualidade da gestão e para a redução de custos da
entidade candidata à qualificação.
b) a ampliação da autonomia gerencial, orçamentária e
financeira do órgão ou entidade assim qualificado.
c) a outorga de tal qualificação por decreto presidencial.
d) a exigência de prévia celebração de contrato de gestão com o
respectivo Ministério supervisor, para obtenção da qualificação.
e) a previsão de mandato fixo aos seus dirigentes, vedada a sua
exoneração ad nutum.

71) (FCC – 2014 – SEFAZ/PE – Auditor Fiscal do Tesouro


Estadual – Conhecimentos Gerais) A propósito das
semelhanças e distinções entre as agências executivas e as
agências reguladoras, é correto destacar que
a) as agências reguladoras devem exercer funções atinentes a
um determinado setor indicado por ocasião de sua instituição, para o
qual devem apresentar especialização técnica.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 248 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

b) as agências executivas são dotadas de discricionariedade


técnica e poder normativo referente a um determinado setor de
mercado constante de contrato de gestão firmado com a Administração
pública.
c) ambas são criadas por meio de lei editada para essa
específica finalidade, constituindo, portanto, nova categoria de ente
integrante da Administração indireta.
d) as agências reguladoras podem celebrar contrato de gestão
com a Administração pública de modo a aumentar sua autonomia
gerencial, negocial e contratual, afastando a incidência da lei de
licitações nos casos afetos a sua finalidade institucional.
e) as agências executivas podem qualificar qualquer órgão da
Administração pública, buscando, com fundamento no princípio da
especialidade, editar normas primárias para disciplinar determinado
setor de mercado.

72) (FCC – 2014 – Prefeitura de Recife/PE – Procurador)


Considere:
I. É característica recorrente nas agências reguladoras
estabelecidas no Brasil a partir da década de 90 a definição
de mandato aos seus dirigentes, com duração fixada em suas
respectivas leis instituidoras.
II. Para as empresas públicas, a Constituição Federal prevê
uma espécie de investidura especial aos seus diretores, que
dependerá de prévia aprovação do poder legislativo
respectivo.
III. Nas sociedades de economia mista, desde que se preservem o
capital social exclusivamente público e a maioria do capital votante nas
mãos da União, é possível a transferência das demais ações a outros
entes federados.
Está correto o que consta em

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 249 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) II e III, apenas.

73) (FCC – 2015 – TRT 6ª Região (PE) – Juiz do Trabalho


Substituto) Uma fundação pública que tem como finalidade a
pesquisa e desenvolvimento de medicamentos e tratamentos
na área de saúde pública apresentou ao Ministério da Saúde
um plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento
institucional, objetivando a ampliação de sua autonomia. De
acordo com as disposições constitucionais e legais aplicáveis,
a referida fundação poderá
a) ser declarada, por Portaria do Ministro da Saúde, fundação
de apoio e amparo à pesquisa, que poderá celebrar contratos de gestão
para prestação de serviços à Administração pública, com dispensa de
licitação.
b) ter a sua autonomia ampliada mediante a edição de lei
específica, que altere sua natureza para agência reguladora ou agência
executiva.
c) ter sua natureza alterada mediante atribuição de
qualificação, por decreto governamental, de fundação de apoio à
pesquisa, passando a caracterizar-se como fundação privada.
d) ser alçada à categoria de agência reguladora, mediante a
adequação de seus estatutos para refletir o grau de autonomia
compatível com tal categorização.
e) celebrar contrato de gestão com o Ministério da Saúde, com
a fixação de metas de desempenho, recebendo, por ato do Presidente
da República, a qualificação de agência executiva.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 250 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

74) (FCC – 2014 – AL-PE – Analista Legislativo) Considere as


seguintes afirmações acerca dos consórcios públicos regidos
pela Lei nº 11.107/2005:
I. Os entes consorciados somente entregarão recursos ao
consórcio público mediante contrato de rateio.
II. O contrato de programa continuará vigente mesmo quando
extinto o consórcio público ou o convênio de cooperação que autorizou
a gestão associada de serviços públicos.
III. O consórcio público com personalidade jurídica de direito
privado integra a administração indireta de todos os entes da Federação
consorciados, o que não se dá com os de personalidade jurídica de
Direito público.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) I.

75) (FCC – 2014 – PGE/RN – Procurador do Estado de Terceira


Classe) Considere as afirmações abaixo acerca da disciplina
legal dos consórcios públicos, na forma prevista na Lei
Federal n° 11.107/2007.
I. Os consórcios públicos podem ser constituídos como
associação pública, integrando a Administração indireta dos
entes da federação consorciados, ou como pessoa jurídica de
direito privado.
II. O contrato de consórcio público somente pode ser
celebrado com a ratificação, mediante lei, do protocolo de
intenções anteriormente firmado pelos entes consorciados.
III. Os contratos de rateio firmados no âmbito de consórcios

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 251 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

públicos devem, necessariamente, contar com a anuência da


União, quando envolverem atuação em regiões
metropolitanas.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III.
b) I.
c) I e II.
d) II.
e) II e III.

76) (FCC – 2013 – AL-RN – Analista Legislativo) Considere as


seguintes assertivas:

I. A desconcentração está relacionada ao tema “hierarquia”.


II. Na desconcentração, há uma distribuição de competências
dentro da mesma pessoa jurídica.
III. Quando, por exemplo, o poder público (União, Estados e
Municípios) cria uma pessoa jurídica de direito público, como a
autarquia, e a ela atribui a titularidade e a execução de determinado
serviço público, ocorre a chamada desconcentração.
IV. Quando, por exemplo, a execução do serviço público é
transferida para um particular, por meio de concessão ou permissão,
ocorre a chamada descentralização.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II.
b) II, III e IV.
c) I e III.
d) I, II e IV.
e) III e IV.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 252 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

77) (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista


Judiciário)Existem vários critérios de classificação dos órgãos
públicos, tais como, os critérios de “esfera de ação”, “posição
estatal”, “estrutura”, dentre outros.
No que concerne ao critério “posição estatal”, as Casas
Legislativas, a Chefia do Executivo e os Tribunais são órgãos públicos
a) autônomos.
b) superiores.
c) singulares.
d) centrais.
e) independentes.

78) (FCC – 2013 – TRT/15ª Região – Analista Judiciário – Área


Judiciária) É compatível com a disciplina legal dos consórcios
públicos que os entes públicos que deles participem
a) prescindam de concurso público para a contratação de seus
servidores públicos.
b) prescindam da realização de licitação para a contratação de
obras e serviços públicos.
c) transfiram ao referido consórcio competências
constitucionais que lhes tenham sido atribuídas, possibilitando a
ampliação do espectro de atribuições desse ente.
d) transfiram ao referido consórcio público quadro de
servidores de sua titularidade, possibilitando a atuação do ente sem a
necessidade de realização de concurso público.
e) promovam a delegação de competências constitucionais
entre si, possibilitando a ampliação da esfera de atribuições de cada
ente político.

79) (UEG-2008- AGENTE- PCGO)Acerca da organização


administrativa, é CORRETO afirmar:

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 253 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) as sociedades de economia mista não integram a


administração indireta.
b) a administração indireta é composta de órgãos internos do
Estado.
c) a administração indireta compõe-se de pessoas jurídicas.
d) as autarquias não integram a administração indireta.
Depois de estudarmos administração pública indireta, você já
pode concluir uma coisa todas a sua organização é composta por
pessoa jurídica indireta.

80) (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário -


Área Administrativa) A respeito das entidades integrantes da
Administração indireta, é correto afirmar que
a) se submetem, todas, ao regime jurídico de direito público,
com observância aos princípios constitucionais e às demais regras
aplicáveis à Administração pública.
b) as empresas públicas e sociedades de economia mista que
explorem atividade econômica submetem- se ao regime tributário
próprio das empresas privadas.
c) as autarquias regem-se pelo princípio da especialização e
submetem-se ao regime jurídico de direito público, gozando de
capacidade política.
d) apenas as empresas públicas podem explorar atividade
econômica e sempre em caráter supletivo à iniciativa privada,
submetidas ao regime próprio das empresas privadas, salvo em matéria
tributária.
e) apenas as sociedades de economia mista sujeitam- se ao
regime de direito privado, podendo orientar suas atividades para a
obtenção de lucro.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 254 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

81) (UEG – 2012 - PC-GO - Delegado de Polícia) Quanto às


organizações da sociedade civil de interesse público - OSCIP,
é CORRETO afirmar:
a) a OSCIP exerce atividade de natureza privada.
b) a OSCIP recebe ou pode receber delegação para gestão de serviço
público.
c) a OSCIP é criada por lei para desempenhar serviços sociais não
exclusivos do Estado.
d) o Estado incentiva e fiscaliza os serviços desempenhados pela
OSCIP, sendo indispensável o termo de convênio para prever as
obrigações.

82) (VUNESP – 2012 – SPTrans – Advogado Pleno) Assinale a


alternativa correta a respeito das Organizações Sociais e dos
contratos de gestão.
a) As entidades qualificadas como organizações sociais não
poderão ser declaradas como entidades de interesse social ou de
utilidade pública.
b) É vedada ao Poder Executivo a cessão de servidor para as
organizações sociais.
c) Às organizações sociais poderão ser destinados recursos
orçamentários e bens públicos necessários ao cumprimento do contrato
de gestão.
d) Os responsáveis pela fiscalização da execução do contrato de
gestão, ao tomarem conhecimento de irregularidades na utilização de
recursos públicos por organização social, dela darão ciência ao Poder
Judiciário, sob pena de responsabilidade solidária.
e) O contrato de gestão deve ser submetido, após aprovação pelo
Conselho de Administração da entidade, ao Ministério Público ou
autoridade supervisora da área correspondente à atividade fomentada.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 255 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

83) (VUNESP – 2010 – MPE-SP – Analista de Promotoria) De


acordo com a lei, as Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Público, para que assim possam ser classificadas,
devem ter como uma das suas finalidades, além de outras, a
a) comercialização de planos de saúde e assemelhados.
b) manutenção de instituições hospitalares privadas gratuitas e não
gratuitas.
c) representação de categorias profissionais por meio de
associações de classe.
d) promoção da segurança alimentar e nutricional.
e) disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais e
confessionais.

84) (IBFC – Fund. José Pedro de Oliveira – agente adm) No que


tange aos órgãos da Administração Pública descentralizada,
analise os itens a seguir:
I- Agência executiva é a qualificação dada à autarquia ou
fundação que celebra contrato de gestão com a Administração Pública
visando à melhor eficiência e à redução dos custos das atividades que
lhe são delegadas.
II- O controle exercido pela Administração Pública Direta em
relação aos entes descentralizados é denominado de autotutela,
constituindo-se em manifestação do poder administrativo hierárquico.
III- Os serviços sociais autônomos integram a administração
pública indireta atuando em cooperação nos setores, atividades e
serviços que lhes são atribuídos.
IV- O poder público ao instituir uma fundação poderá atribuir-
lhe personalidade de direito público ou de direito privado.
Assinale a alternativa correta:

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 256 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

a) Os itens II, III e IV estão corretos.


b) Os itens II e III estão incorretos.
c) Os itens I, II e III estão corretos.
d) Os itens I, II e IV estão incorretos

85) (FCC – 2014 – TJ/AP – Juiz) No tocante à aplicação das


regras do regime jurídico administrativo a entidades da
Administração indireta, entidades de colaboração e
particulares, é correto afirmar:
a) Em razão de sua natureza de autarquia federal, a Ordem
dos Advogados do Brasil está sujeita à fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial pelo Tribunal de Contas da
União.
b) Pelas regras constitucionais vigentes, as entidades
autárquicas e fundacionais da Administração indireta podem adotar para
seus servidores regime jurídico funcional distinto do aplicado pela
Administração direta.
c) É dispensável a licitação para a celebração de contrato de
prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no
âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades
contempladas no contrato de gestão.
d) As subsidiárias das empresas públicas e sociedades de
economia mista estão desobrigadas de aplicar a seus empregados o
teto máximo de remuneração estabelecido no art. 37, XI da
Constituição Federal.
e) Os conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas
são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado e não
mantém com os órgãos da Administração pública qualquer vínculo
funcional ou hierárquico.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 257 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

86) (FCC – 2013 – AL/PE – Analista Legislativo – Direito


Constitucional, Administrativo e Eleitoral) Considerando o
processo de descentralização administrativa, são formas do
referido fenômeno:
a) as concessionárias e permissionárias para as quais são
transferidas a execução e titularidade de serviços públicos, na forma do
artigo 175 da CF.
b) as autarquias, as fundações governamentais e os consórcios
públicos, que, no entanto, não detém a gestão dos serviços, mas
apenas estão autorizados a executá-los.
c) as autarquias e os consórcios públicos, instituídos para
gestão associada de serviços públicos de que trata o artigo 241 da
Constituição Federal, na forma da Lei nº 11.107/2005.
d) as entidades de direito público criadas pelos entes estatais,
excluindo-se dessa forma de distribuição de competências as entidades
com personalidade de direito privado, instituídas pelo Poder Público,
porque a elas não se pode transferir a titularidade e a execução de
serviços públicos.
e) as sociedades de economia mista e as empresas públicas
criadas por lei com personalidade de direito privado.

87) (FCC – 2014 – TRT 24ª Região (MS) – Juiz do Trabalho


Substituto) No que tange às chamadas entidades
paraestatais e as que atuam em regime de colaboração com
a Administração pública, é correto afirmar que
a) os serviços sociais (Sistema “S”), visto que são custeados
com contribuições parafiscais compulsórias, são obrigados a realizar
concurso público para admissão de seus empregados, nos moldes do
art. 37, II, da Constituição Federal.
b) as chamadas fundações de apoio são entidades de direito
público, criadas por lei, para prestar suporte ao desenvolvimento de

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 258 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

atividades administrativas pelos órgãos públicos e seus funcionários


estão sujeitos ao regime jurídico único.
c) os consórcios públicos são arranjos por meio dos quais as
empresas privadas podem atuar conjuntamente na prestação de um
serviço público delegado.
d) no âmbito federal, em caso de absorção, por organização
social, de atividades e serviços de órgão extinto, pode haver cessão de
servidor do quadro permanente do órgão extinto à referida organização
social, sendo que tal cessão é irrecusável para o servidor.
e) as organizações da sociedade civil de interesse público que
celebrem termo de parceria e recebam recursos públicos para
desempenho de suas atividades são impedidas de remunerar seus
dirigentes.

88) (FCC – 2014 – PGE/RN – Procurador do Estado de Terceira


Classe) Determinada empresa pública pleiteou à
Administração pública a qualificação de organização social
para, mediante contrato de gestão, prestar serviços na área
da saúde. O pedido
a) pode ser indeferido se a empresa tiver fins lucrativos,
passível de deferimento no caso de ser filantrópica e a atividade
pretendida constar expressamente do objeto social.
b) deve ser indeferido, tendo em vista que essa qualificação
somente se mostra possível para empresas públicas que tenham sido
criadas especificamente para esse fim.
c) pode ser deferido, desde que não haja repasse de verbas
públicas para essa pessoa jurídica, em razão de sua natureza jurídica
ser de direito privado.
d) deve ser indeferido, tendo em vista que a qualificação
pleiteada somente poderia ser deferida à pessoas jurídicas de direito

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 259 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

privado, sem fins lucrativos, que desenvolvessem atividades no setor de


saúde.
e) pode ser deferido se a empresa pública tiver sido constituída
sob a forma de sociedade anônima e desde que não seja de capital
aberto.

89) (FCC – 2014 – MPE/PA – Promotor de Justiça) No tocante às


chamadas organizações sociais, a legislação federal aplicável
a tais entidades
a) obriga a publicação anual, em jornal de circulação diária no
Estado ou nos municípios em que se der a atuação da entidade, dos
relatórios financeiros e do relatório de execução do contrato de gestão.
b) veda a remuneração dos membros da diretoria da entidade.
c) prevê responsabilidade individual e solidária dos dirigentes
pelos danos ou prejuízos decorrentes de sua ação ou omissão, em caso
de desqualificação da entidade pelo descumprimento das disposições
contidas no contrato de gestão.
d) estabelece como hipótese de inexigibilidade de licitação a
celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações
sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para
atividades contempladas no contrato de gestão.
e) permite que apenas associações civis sejam qualificadas
como organizações sociais.

90) (FCC – 2014 – TCE/GO – Analista de Controle Externo –


Jurídica) As Organizações Sociais e as Organizações da
Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) apresentam
características peculiares que as distinguem uma das outras,
justamente em razão de serem entidades diversas, previstas
em legislações próprias. Sobre o tema, considere as
seguintes assertivas:

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 260 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

I. Não celebram contratos de gestão com o Poder Público, mas termos


de parceria.
II. O Poder Público não participa de seus quadros diretivos.
III. Não há trespasse de servidores públicos para nelas prestar serviço.
IV. O objeto da atividade delas é muito mais amplo que o das
Organizações Sociais, compreendendo, inclusive, finalidades de
benemerência social.
As OSCIPs distinguem-se das Organizações Sociais, entre outros pontos
relevantes, pelo descrito em
a) II, III e IV, apenas.
b) I, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.

91) (FCC – 2014 – DPE/CE – Defensor Público de Entrância


Inicial) Em relação a entidades que integram ou auxiliam a
Administração Pública, observe as seguintes características:
1. Não necessita realizar concurso público para promover
contratação de pessoal para exercer atividades de caráter
permanente.
2. Não sofre incidência de impostos, no tocante a seu patrimônio,
renda e serviços, desde que relacionados às suas finalidades essenciais,
por vedação constitucional.
3. No âmbito federal, seus dirigentes são protegidos contra o
desligamento imotivado.
Possuem tais características, respectivamente:
a) agência reguladora; fundação pública; sociedade de
economia mista.
b) empresa pública; organização social; consórcio público.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 261 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

c) sociedade de economia mista; empresa pública; fundação


pública.
d) organização da sociedade civil de interesse público;
autarquia; agência reguladora.
e) fundação pública; sociedade de economia mista; autarquia.

Gabarito:

22) A 44) C
1) B 23) C 45) E
2) B 24) A 46) D
3) D 25) C 47) B
4) A 26) E 48) B
5) A 27) E 49) A
6) B 28) C 50) B
7) C 29) B 51) B
8) C 30) B 52) A
9) D 31) D 53) D
10) D 32) A 54) A
11) A 33) C 55) B
12) E 34) D 56) A
13) A 35) A 57) B
14) B 36) A 58) C
15) A 37) C 59) D
16) D 38) A 60) A
17) A 39) D 61) D
18) D 40) A 62) B
19) C 41) B 63) E
20) A 42) A 64) A
21) B 43) D 65) A

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 262 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

66) E 75) C 84) B


67) B 76) D 85) C
68) E 77) E 86) C
69) B 78) C 87) D
70) E 79) C 88) D
71) A 80) B 89) C
72) B 81) A 90) E
73) E 82) C 91) D
74) B 83) D

9. Referências

ALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito Administrativo


Descomplicado. 18ª Ed., São Paulo, Método, 2010.
AMARAL JÚNIOR, José Levi Mello do. Decreto autônomo: questões
polêmicas. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/revista/Rev_49/artigos/art_Levi.ht
m
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Intervenção no VI Fórum da
Reforma do Estado. Rio de Janeiro, 1º. de outubro de 2007.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito
Administrativo, 13ª Ed., Lumen Juris Editora, Rio de Janeiro, 2005.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 22ª Ed.
Editora Atlas, São Paulo, 2009.
GASPARINI, Diogenes. Direito Administrativo, 13ª Ed., Editora
Saraiva, São Paulo, 2008.
MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo, 8ª Ed., Niterói:
Impetrus, 2014.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 23ª ed.,
São Paulo: Malheiros Editores, 1998.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO
Direito Administrativo p/ ANS- Técnico em
Regulação.
0
Teoria e exercícios comentados.
Prof. Daniel Mesquita Aula 00

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo,


27ª Ed., Malheiros Editores, São Paulo, 2010.
RABELO, Gabriel e MARSULA, Eliane. 1001 Questões Comentadas
de Direito Administrativo – ESAF – Ed. Método, 2011.
ZANNONI, Leandro. Direito Administrativo – Série Advocacia
Pública, Vol. 3, Ed. Forense, Rio de Janeiro, Ed. Método, São Paulo,
2011.
Informativos de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em
www.stf.jus.br, e do Superior Tribunal de Justiça, em www.stj.jus.br.

Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 256


Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita

00000000000 - DEMO

Você também pode gostar