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1.Socialização – conceitos
2.Definição de Socialização
3.Características da socialização
4.Aspectos consideráveis na sociedade
5.Agentes de socialização
6.Tipos de agentes de socialização
6.1.Familia
6.2.Amigos
6.3.Escola
6.4.Meios de comunicação social – Tv
6.5.Livros Revistas
6.6.Actividades/brincadeiras
6.7. Colegas
6.7.1. Entrada no grupo
6.7.2.Isolamento
6.7.3. As relações entre crianças
6.7.4. Cooperação
6.7.5. Autonomia
7.Papel dos agentes
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Processo Socialização na Criança
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SOCIALIZAÇÃO
O termos socialização designa o processo de integração do indivíduo na sociedade, que
decorre desde que a pessoa nasce até que morre. Consiste na aquisição de comportamentos e
atitudes que permitem a integração da pessoa na sociedade. Os comportamentos são modelados por
valores, crenças, normas e padrões específicos da cultura em que o indivíduo está inserido.
CARACTERISTICAS DA SOCIALIZAÇÃO
O processo de socialização é mais intenso na infância , detendo a família um papel decisivo. Contudo o
processo de integração na sociedade decorre ao longo da vida, sempre que ocorre uma adaptação a
situações sociais novas. O processo de socialização pode ser dividido em duas fases: socialização
primária e secundária
Socialização Primária: Processo pelo meio do qual a criança se transforma num membro activo,
Cada indivíduo através do processo de socialização vai adquirindo e interiorizando crenças, comportamentos,
modos de vida da sociedade a que pertence. Contudo, ninguém aprende toda a sua cultura mas está, apesar
disso, condicionado à transmissão de cultura que se realiza através dos grupos sociais a que pertence. Além
disso, o controlo social que a sociedade exerce sobre o indivíduo leva a que ele não se desvie dos actos e
comportamentos padronizados.
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Processo Socialização na Criança
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MECANISMOS DA SOCIALIZAÇÃO
A socialização consiste na aquisição de comportamentos e atitudes , que se efectuam através de
Aprendizagem:
adaptarmos à sociedade em que vivemos e às exigências dos grupos em que estamos inseridos.
Como tal, é um fenómeno que ocorre durante toda a nossa vida, de diferentes formas (dai que se
outras... ), e influenciado e determinado por diversos factores, entre os quais a idade, a inteligência e a
motivação.
Observação ou Imitação:
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Processo Socialização na Criança
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As pessoas, sobretudo as crianças, aprendem observando e imitando os outros. Bandura
desenvolveu uma série de experiências sobre a importância da aprendizagem por observação, aquela
que resulta da interacção e imitação social. Muitos dos nossos comportamentos são então aprendidos
Este tipo de aprendizagem pode ser seguido de reforço directo: a criança é elogiada por ter
imitado um comportamento correcto e desejado. A imitação de um adulto também pode ser estimulada
se a criança observar que ele é elogiado por se ter comportado de determinada forma – é o que se
denomina por reforço vicariante. A criança prevê que se se comportar da mesma forma obterá uma
aprovação semelhante.
Num mundo dominado pelos meios de comunicação social, é de salientar o papel, sobretudo
da televisão, neste tipo de aprendizagem: bebés de 11 meses observam e imitam o que vêm na
televisão, independentemente de ser uma conduta desejável ou não – é o problema dos programas
adquirindo novas formas de resposta. Crianças expostas a cenas violentas apresentavam duas vezes
atitudes mais agressivas perante a mesma situação do que o grupo que não tinha assistido à cena.
esse tipo de comportamento é criticado pelas pessoas que a rodeiam (pais, professores, outros
adultos), e por vezes alvo de castigo – efeito inibidor. No entanto, se os referidos pais e professores
exibem esse mesmo tipo de comportamento agressivo, a criança apresentará o mesmo tipo de
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Processo Socialização na Criança
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São muitos os factores que influenciam a aprendizagem por observação: a proximidade e o
peso afectivo são dois deles. Por isso os pais, professores e amigos são os modelos mais comuns. A
(é mais frequente a imitação de modelos entre pessoas do mesmo género e com idades próximas);
pelo estatuto (são imitados os modelos que apresentam estatuto social mais elevado e prestigiado); e
também pela atenção (quanto mais o observador estiver atento ao comportamento apresentado pelo
Identificação:
É assim que, por exemplo, num processo de identificação de uma criança com um dos
progenitores, existe imitação que, por sua vez, constitui um dos processos essenciais de
aprendizagem.
PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO
Cada modelo de socialização baseia-se no papel que os pais desempenham na educação da cr iança.
resposta
AGENTES DE SOCIALIZAÇÃO
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Processo Socialização na Criança
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Os mecanismos de socialização são postos em acção por um certo número de agentes sociais
religiosos, politicos, etc. Os meios de comunicação social têm também, na sociedade contemporânea,
dos indivíduos.
A Família: tem um papel determinante nos primeiros anos de vida. É aí que as crianças
adquirem a linguagem e os hábitos do seu grupo social. Estes primeiros anos de formação são
muito importantes na vida dos indivíduos. Normalmente, são os pais a adaptar os filhos à
sociedade. Mas na sociedade actual é através dos filhos que os pais têm conhecimento de
A Escola: permite à criança entrar num meio social novo que vai ter sobre ela uma influência
métodos de reflexão e conhecimentos que lhe vão ser úteis durante toda a vida, impõe-lhe
novas regras e uma disciplina que a liberta parcialmente do meio e completa a sua formação,
aprendendo a conhecer os outros e o meio que a rodeia. A escola desempenha uma função de
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Processo Socialização na Criança
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socialização deliberada que se manifesta a dois tipos: a socialização formal, que assume a
informais (contactos com colegas e professores), são transmitidos valores, tais como: ordem,
Os Grupos Sociais: durante toda a vida o homem pertence a grupos sociais e outras
instituições que continuam a sua socialização. Mas os meios mais eficazes de que a sociedade
Família
A socialização é um processo que ocorre, em primeiro lugar, no seio da família, sendo
desenvolvida pela acção dos progenitores. O objectivo da socialização e adaptar a criança às
características da sociedade, ou seja, ela deverá adquirir os padrões que são aceitáveis na sociedade.
Assim os pais são os primeiros agentes de transmissão das normas culturais e fazem-no, em primeiro
lugar, apresentando o seu filho às exigências da vida familiar. Todas as famílias têm as suas regras,
que determinam a divisão do trabalho entre os membros, a natureza das disposições para comer e
dormir, a forma como cada membro da família trato o outro, a partilha dos recursos, tais como a
televisão, etc. Em muitos aspectos a família espelha a sociedade, assim as regras aprendidas em
família, podem ser aplicadas à vida noutros grupos sociais.
O desenvolvimento da criança tem lugar, inevitavelmente, para uma ampla maioria das crianças, na
família, sendo o primeiro e o mais importante contexto de crescimento físico, psicológico e social.
As famílias são idealmente adequadas para a educação da criança: são grupos restritos e íntimos, que
facilitam à criança a aquisição de regras de comportamento consistentes. Estas estão ligadas a outras
famílias, ao trabalho, ao lazer, aos quais as crianças são gradualmente apresentadas. As famílias são
habitualmente compostas por indivíduos profundamente dedicados aos filhos, cuja segurança e
cuidados podem, desta forma, ser garantidos. Por isso, a família é a unidade básica dentro da qual a
criança é apresentada à vida social.
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subsequentemente, fontes exteriores à família, tais como os companheiros, a
escola, os media.
Amigos/ Colegas
A função dos relacionamentos com os companheiros é proporcionar à criança a oportunidade de
prender as aptidões que apenas podem ser adquiridas entre iguais, como as que envolvem cooperação
e competição, assim a experiencia da interagir com outras crianças cumpre funções únicas que não
podem ser cumpridas por nenhum membro da família.
Os relacionamentos entre companheiros garantem contributos únicos para o desenvolvimento da
criança e só o fazem porque o parceiro tem um estatuto igual. Os relacionamentos familiares não são
igualitários e por essa razão não podem ensinar as crianças de um modo tão eficaz como as aptidões
dos grupos de companheiros, tais como a alternância de vez, a partilha, as qualidades de liderança,
lealdade, comformidade, ou o modo de fazer face à hostilidade e ao desportivismo.
De facto, o grupo de companheiros é, em muitos aspectos, uma sociedade em miniatura.
Escola
A escola exerce uma papel importante na consolidação do processo da socialização. A escola
será determinante para o desenvolvimento cognitivo e social da criança, é na escola que se constrói
potencialidades.
A criança quando nasce, já é membro de um grupo social, pois as suas necessidade básicas
estão inevitavelmente ligadas às outras pessoas e estão programadas para serem satisfeitas em
sociedade.
O grupo social onde a criança nasce necessita também desta incorporação para manter-se e
sobreviver e , por isso, além de satisfazer as suas necessidades transmite-lhe a cultura acumulada ao
longo de todo o curso do desenvolvimento da espécie humana. Esta transmissão cultural envolve
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valores, normas, costumes, atribuição de papeis, ensino da linguagem, habilidades e conteúdos
escolares, bem como tudo aquilo que cada grupo social foi acumulando ao longo da história e que é
A escola deve trabalhar valores como: afecto, solidariedade, dialogo, respeito, confiança,
das relações afectivas, a capacidade de participar nas situações sociais, a competência comunicativa,
apenas passam uma grande quantidade de tempo ali, mas além disso a escola constitui também uma
iniciação num tipo de sistema totalmente diferente do da família. É um sistema muito mais amplo, é
organizado com mais formalidade e os fins que serve e os papeis que os indivíduos desempenham no
seu seio são diferentes daqueles que a criança está habituada em casa. A função prioritária da escola
Assim, a escola tem um conjunto de regras que têm de ser cumpridas pelas crianças, tais como
escola.
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As crianças desde de muito tenra idade que são cognitivamente activas quando vêm televisão,
particularmente quando os conteúdos transmitidos são compreensíveis e interessantes, as crianças
prestam muita atenção e aprendem-nos.
Assim a televisão é um meio através do qual as crianças constroem a sua identidade,
verificando-se assim que de facto esta constitui um meio de socialização.
Aqui o processo de imitação constitui uma forma importante de aprendizagem na criança, pois a
televisão fornece modelos de comportamento que as crianças imitam.
Assim, desde muito cedo as crianças, através da televisão vão decidindo quais os seus valores e
interesses, fazendo escolhas que vão constituindo a sua identidade, sendo que este processo se torna
mais sólido quando intervém a influência do seu grupo de pares, que partilham esses mesmos
interesses.
“Num mundo dominado pelos meios de comunicação social, é de salientar o papel, sobretudo da
televisão, na aprendizagem por observação: bebés de 11 meses observam e imitam o que vêm na
televisão, independentemente de ser uma conduta desejável ou não – é o problema dos programas
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Livros/ revistas
Colecção Camila – EDIÇÔES ASA
Colecção de livros ilustrados destinada a crianças a partir dos 3 anos, cuja protagonista – a
adorável Camila – reúne todas as características habituais de uma menina dessa idade: a inocência e a
também elas, retratam situações comuns do dia-a-dia de uma criança dessa faixa etária: os medos e
Em suma, uma colecção concebida expressamente para criar uma forte identificação entre os
pequenos leitores e a personagem central, tanto pelas situações em que esta se vê envolvida como
pelas suas reacções, em tudo semelhantes às de uma qualquer criança daquela idade. O texto é
simples e divertido e as ilustrações são vivas e de grande formato, visando a captação do interesse dos
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Processo Socialização na Criança
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Camila faz chichi nas calcinhas
dramatismos.
Camila e a «zanga» dos pais
adulto.
Jogos e brincadeiras
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Brincar desenvolve as habilidades da criança de forma natural, pois através das brincadeiras
aprende a socializar-se com as outras crianças, desenvolve a motricidade, a mente, a criatividade. Os
brinquedos favorecem a brincadeira livre e a fantasia. A criança coloca no objecto com que está a
brincar, o significado que ela deseja no momento. A brincadeira não é um mero passatempo, ajuda no
desenvolvimento das crianças, promove os processos de socialização e de descoberta do mundo.
Colegas
GRUPO
1. O conceito de grupo
Um grupo é uma unidade social constituída por duas ou mais pessoas cuja relação consiste
numa interacção regulada por determinados valores e normas, marcada por uma relativa estabilidade,
coesão e permanência e orientada por aspirações, sentimentos e objectivos comuns que permitem a
cada membro referir-se aos outros como «nós».
Um grupo não é um aglomerado de pessoas (caso dos passageiros de um avião, dos
espectadores de um jogo de futebol, dos espectadores numa sala de cinema ou das pessoas que
esperam pela abertura de um banco) nem uma categoria sociológica (caso dos grupos etários, das
classes sociais, dos «grupos» sócio-profissionais).
Um aglomerado de pessoas é um conjunto de pessoas, que embora possam interagir por
alguns momentos, têm como característica essencial a proximidade física ou estarem espacialmente
juntas.
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Processo Socialização na Criança
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Uma categoria sociológica é um conjunto de pessoas que têm alguma característica em
comum, como a pertença a uma mesma etnia, e desempenho da mesma profissão, o mesmo credo
religioso, mas a grande maioria dos seus membros não se conhece, nunca interagiu e é pouco
provável que o venha a fazer.
Exemplificando, os jogadores profissionais de futebol do continente europeu são uma categoria
sociológica e a equipa de futebol do Benfica é um grupo.
Deve notar-se que a interacção esporádica e ocasional não faz nenhum conjunto de pessoas
um grupo.
Os grupos primários são unidades sociais cujos membros comunicam directamente, sendo a
relação entre eles presencial, baseada mais em veículos afectivos do que funcionais e caracterizada
por intimidade e convivencialidade. Os grupos primários são normalmente pequenos e o contacto entre
os seus membros é frequente.
Exemplo:. Uma turma, uma família, um grupo de amigos.
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Os grupos secundários são unidades sociais cujos membros comunicam mais indirecta do que
directamente entre si (podendo alguns nunca virem a conhecer-se), sendo escassa a vinculação
afectiva e limitando-se a solidariedade a um campo de interesses normalmente de natureza laboral e
funcional.
Os grupos secundários, de maiores dimensões do que os grupos primários, são
tendencialmente mais formais e hierarquizados do que os grupos primários.
Exemplo:. Um sindicato, uma empresa, um partido político, uma associação de pais.
Um grupo formal é um grupo hierarquizado segundo normas que definem com exactidão o
papel dos seus membros, estando as regras de funcionamento, na maior parte dos casos, expressa
por escrito num regulamento interno. São grupos relativamente estáveis e duráveis.
A família, uma empresa, uma assembleia de escola, um conselho executivo, um partido
político, são exemplos de grupos formais.
Um grupo informal é um grupo cujos membros estão mais vincados por laços afectivos, gostos
e interesses comuns do que por objectivos e normas de funcionamento formalmente definidas. Não há
hierarquias fixas, podendo haver, contudo, liderança, desde que reconhecida pelos membros do grupo.
São grupos efémeros, como é o caso dos grupos de amigos do liceu.
Deve notar-se que um grupo primário não é necessariamente um grupo informal: a família é um
grupo formal.
3. Redes de comunicação
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As redes de comunicação centralizada caracterizam-se por uma maior rapidez e eficácia
(menos erros e impasses) na resolução de tarefas simples e, em geral, por uma menor satisfação dos
seus membros na realização das tarefas.
As redes em forma de círculo são um exemplo de descentralização da comunicação. Não há
ninguém que ocupe uma posição central e controladora pelo que a comunicação entre os membros é
aberta mas sujeita a mais distorções. Os grupos informais ilustram este tipo de rede comunicativa
(todos comunicam com todos em posição de relativa igualdade, porque não há hierarquia rígida e
formalmente definida).
As redes descentralizadas (ou mais descentralizadas) são mais eficazes na resolução de
problemas complexos e a satisfação com a interacção grupal é maior do que nas redes centralizadas
ou mais centralizadas.
Conceitos-chave:
Grupo – Conjunto estruturado de indivíduos entre os quais existe interacção estável, percepção
de si
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Grupos secundários – Grupos de contacto indirecto. Os contactos directos são passageiros e
pouco envolventes. As relações interindividuais são impessoais e mais formais do que no caso dos
grupos primários.
Os membros do grupo, quando se propõem realizar uma tarefa comum, apresentam uma certa coesão
que os força a agir na consecução dos objectivos mantendo-os unidos, isto é, coesos.
Uma das condições básicas para que os membros do grupo cooperem é a CONFIANÇA que se deverá
desenvolver entre eles.
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Nos grupos, onde a cooperação é elevada, as pessoas sentem-se motivadas pelo trabalho produzido e
mantêm um alto nível de frequência de comportamentos que os levam à solução dos problemas.
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Processo Socialização na Criança
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Coesão de um grupo é o resultado de todas as forças que actuam sobre os membros para que
permaneçam no grupo. O conceito de coesão poderá também ser o de “atracção interpessoal”.
As pessoas que constituem o grupo devem sentir alguma atracção entre si, mantendo uma boa
relação. Deste modo, as pessoas partilham algo de comum, partilham uma determinada IDENTIDADE.
É pelo facto das pessoas cooperarem, e apresentarem atitudes semelhantes, que se tornam coesas,
existindo entre elas, atracção interpessoal.
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Processo Socialização na Criança
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Num grupo, o grau de satisfação dos seus membros diminui à medida que aumenta o número de
participantes, porque estes têm menos probabilidades de se expressarem e de apresentarem os seus
pontos de vista.
O elevado número de elementos, no grupo, aumenta os problemas interpessoais, diminui a acção e a
realização da tarefa.
A partir de um certo número, a produtividade do grupo é inversa ao número dos seus participantes.
Nº de elementos Vantagens/desvantagens
2 É um grupo eficaz quando existe entre eles uma certa intimidade, isto é,
quando cada um conhece o outro de forma aprofundada.
O seu trabalho é eficaz na procura de ideias ou soluções quando entre os
dois existe uma grande amizade e confiança.
3 É um grupo útil e produtivo quando é necessário resolver problemas precisos
e, de certo modo, definidos.
No entanto, se se trata de tomar decisões, é um grupo menos produtivo do
que um grupo de 5 ou 6 elementos.
5 ou 6 Parece ser, segundo as experiências, o mais produtivo e o mais rico em interacções.
Neste caso é possível a divisão do trabalho e todos poderão
intervir e expressar-se o mais possível, sem que se perca a visão do conjunto
e o objectivo do grupo.
Mais de 6 O grupo com mais de 6 elementos perde a sua unidade quer no plano da amizade,
quer no plano das relações interpessoais, quer na cooperação, quer no plano da
acção.
Os elementos de um grupo não têm necessariamente que ter estruturas pessoais semelhantes, para
serem funcionais.
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Os grupos tomam decisões que envolvem maior risco do que as pessoas tomam individualmente.
Quando a decisão do grupo é muito arriscada, em caso de falhar, nenhum dos elementos do grupo se
considera, individualmente, responsável pelo acontecimento.
Caso a decisão tomada pelo grupo, tenha sucesso, o mérito é, quase sempre, assumido por todos em
conjunto.
O risco é valorizado porque se apresenta como sinal de audácia e coragem, o que, em caso de
sucesso, traz muitos benefícios pessoais para os elementos do grupo.
Os indivíduos que constituem o grupo têm determinados objectivos a atingir que podem ser designados
como os objectivos do grupo. Estes objectivos, devem coincidir com os de cada elemento que interage
com o grupo, considerados na sua individualidade.
Através do grupo, cada indivíduo atinge muito mais rapidamente o seu objectivo porque os esforços de
muitos e diferenciação de papéis facilita o desempenho e aumenta a produtividade, reduzindo,
significativamente, o tempo da sua realização.
As decisões tomadas em grupo tendem a ser mais ricas e ajustadas aos objectivos do que as decisões
tomadas individualmente. O empenho e a intervenção de vários elementos enriquecem a tomada de
decisões, permitem a progressão, a variedade e a validade das decisões.
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4. DIVISÃO DE TAREFAS
Uma das vantagens do grupo é o facto de vários indivíduos poderem intervir numa tarefa comum, cada
um contribuindo com as suas habilidades, capacidades e aptidões.
Cada um pode maximizar o seu potencial não só em proveito próprio, mas também dos outros.
A divisão de tarefas exige a diferenciação de papéis dos diferentes elementos do grupo, o que,
consequentemente, cria expectativas mútuas.
O grupo é tanto mais coeso e produtivo, quanto maior for a amizade e confiança entre os seus
membros.
Normalmente, os grupos produtivos estendem a sua actividade a outras áreas, como seja o lazer e o
divertimento. As pessoas que interagem no grupo aumentam a sua capacidade de comunicação e dão-
se a conhecer uns aos outros, o que permite a criação de laços de amizade e inter ajuda.
6. SEGURANÇA
As ideias, valores e atitudes expressas ou defendidas pelo grupo tendem a ser expressas por cada um
dos seus elementos, sem que temam as reacções do público.
O facto de saberem que mais alguém partilha dessas ideias, dá-lhes segurança e força para as
manifestar.
Defender algo que assume individualmente é muito mais perigoso e difícil, em termos de integridade
pessoal e social, do que defender algo que é defendido por um grupo. O indivíduo não tem que se
defender sozinho, em qualquer circunstância que expresse a opinião do grupo porque este, sendo
coeso, o defende e apoia.
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Todo o grupo sofre a influência social da comunidade onde se insere. Existe uma dinâmica externa ao
grupo, ao qual este não pode ser alheio. O grupo pode interferir positivamente na realidade social, ou
pelo contrário pode ser por ela condenado.
O grupo passa a ser respeitado cada vez que apresentar ideias inovadoras e mostrar a força por ela
exercida.
Muitas vezes, as decisões são tomadas tendo em vista os interesses da maioria dos elementos do
grupo. Neste caso, interessa mais uma decisão de consenso do que uma decisão mais válida e
correcta, mas que não interessa à totalidade do grupo.
2. PENSAMENTO DE GRUPO
Por vezes os elementos do grupo assumem comportamentos que conduzem a tomada de decisões
ineficazes. Pensando que são os melhores no campo de tomada de decisão ou busca de soluções,
menosprezam os grupos concorrentes, rejeitando toda a informação divergente.
Deste modo, o grupo pode tornar-se ineficaz, na consecução dos seus objectivos.
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3. TRANSFORMAÇÃO DO EU EM NÓS
O grupo poderá condicionar alguma liberdade de acção dos elementos que o compõem. À medida que
o grupo se desenvolve e estrutura, criam-se certas expectativas mútuas entre os seus membros que
obrigam à representação de determinados papéis, em favor da coesão e do conformismo que, muitas
vezes, se torna útil para o funcionamento do grupo.
A coesão do grupo, apesar de possibilitar a transposição de uma resposta unitária para o exterior do
grupo, pode ter como consequência o aniquilar das próprias pessoas e a sua submissão ao NÓS, que
é o grupo.
O indivíduo, uma vez inserido no grupo, deve participar em todas as decisões. Deve dar a sua opinião,
contribuindo para o enriquecimento da tarefa e simultaneamente, para a coesão do grupo e o
desenvolvimento das relações interpessoais.
1. COOPERAR
Significa que deve colaborar na procura dos objectivos que o grupo fixou. Deve-se aproveitar a riqueza
das ideias de todos os membros do grupo. Para isso é necessária a plena colaboração de cada um.
2. RESPEITAR OS OUTROS
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Cada indivíduo no grupo é uma pessoa, uma unidade social que merece ser ouvida e compreendida.
Cada um deve esforçar-se para compreender o sentido das intervenções dos outros. Não dar atenção
ou evitar o outro é manifestar desrespeito, o que não facilita o trabalho em grupo.
Mesmo que se possuam ideias preconcebidas sobre algum dos elementos do grupo, devemos ter a
abertura e a disponibilidade suficientes para o ouvirmos e compreender o seu ponto de vista. É
importante que se respeite, aceite e ajude os mais tímidos e aqueles que apresentam maior dificuldade
em intervir e expressar as suas ideias.
Cada elemento deve participar activamente na definição dos objectivos do grupo, deve ajudar a
encontrar as soluções mais adequadas e intervir no plano das decisões. Todos devem ter a
possibilidade de intervir e nenhum deve monopolizar as intervenções.
O indivíduo deve colocar ao serviço do grupo toda a sua competência e capacidade de trabalho. Todos
os elementos do grupo devem conhecer os seus colegas, os aspectos e qualidades de cada um, que
mais contribuem para o funcionamento do grupo considerando que todos são importantes para atingir
os objectivos e as finalidades do grupo.
O grupo só evolui e progride em função da maleabilidade dos seus membros para se adaptarem a
novas situações.
O comportamento conformista imobiliza e impossibilita a abertura de novos valores e ideias. O
participante do grupo deve, ele próprio, pôr-se em causa e procurar saber cada vez mais, adquirir o
máximo de informação para mobilizar o grupo para novas tomadas de posição e soluções mais
realistas e adaptadas.
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No grupo cria-se uma rede de comunicações e de relações interpessoais que é fundamental para o seu
bom funcionamento. Os bloqueios podem afectar toda a vida do grupo.
Entende-se por barreiras à comunicação todo um conjunto de obstáculos que dificultam ou impedem a
comunicação entre os diversos intervenientes.
EXEMPLOS DE BARREIRAS:
2. JUÍZOS DE VALOR
Os indivíduos devem ter muito cuidado com os juízos de valor e as apreciações que fazem acerca do
que os outros dizem ou fazem.
Esses juízos de valor poderão transformar-se em preconceitos que irão bloquear a relação porque o
outro é sempre visto em função deles. Este é o caminho para acabar com o diálogo e a relação.
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O egocentrismo impede que aceitemos a relatividade das nossas ideias e tomadas de posição. Impede
que aceitemos os outros porque nos preocupamos somente com a aprovação da nossa ideia.
Pensamos que o que defendemos é o melhor para o grupo e não escutamos sequer a opinião e o
ponto de vista do outro.
É fundamental que se aceitem diferentes perspectivas que poderão ser tão válidas como as nossas.
A riqueza do grupo está exactamente na diversidade de ideias pessoais que contribuem para a busca
de soluções eficazes.
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