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CENTRO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO – UNIBRA


CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

MARIA DA CONCEIÇÃO ALVES BARBOSA


MARIA DA PIEDADE SILVA ARAÚJO
ROSEANE BATINGA DA SILVA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E


TRATAMENTO DA LESÃO POR PRESSÃO

RECIFE
2018
2

MARIA DA CONCEIÇÃO ALVES BARBOSA


MARIA DA PIEDADE SILVA ARAÚJO
ROSEANE BATINGA DA SILVA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E


TRATAMENTO DA LESÃO POR PRESSÃO

Artigo apresentado ao Centro Universitário Brasileiro


– UNIBRA, como requisito parcial para obtenção do
grau de Bacharel em Enfermagem.

Orientador: Prof.° Sérgio Augusto

RECIFE
2018
3

MARIA DA CONCEIÇÃO ALVES BARBOSA


MARIA DA PIEDADE SILVA ARAÚJO
ROSEANE BATINGA DA SILVA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E


TRATAMENTO DA LESÃO POR PRESSÃO

Artigo aprovado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em


Enfermagem, pelo Centro Universitário Brasileiro – UNIBRA, por uma comissão
examinadora formada pelos seguintes professores:

__________________________________________________

Prof. Titulação Nome do Professor (a)


Professor (a) orientador (a)

__________________________________________________
Prof. Titulação Nome do Professor (a)
Professor (a) orientador (a)

__________________________________________________
Prof. Titulação Nome do Professor (a)
Professor (a) orientador (a)

Recife, ____/____/____

Nota: _________
4

Dedicamos este trabalho a nossos


familiares.
5

AGRADECIMENTOS

Deus esteve conosco desde o primeiro dia e por isso agradecemos todo força e
segurança que nos ajudaram a alcançar essa grande meta.

Queremos agradecer anossos professores por nos disponibilizar conhecimento, com


paciência e disponibilidade, sabemos que sem eles não teríamos superado esta
prova de fogo. Agradecemos em especial nossos professores orientadores, que nos
acompanharam ao longo desses últimos semestres com muita dedicação.

A nossos familiares e amigos queremos deixar uma palavra de gratidão por terem
acreditado na nossa capacidade e por não nos deixarem desistir.

A todos aqueles que não mencionamos, mas que fizeram parte dessa trajetória de
alguma forma, nós agradecemos, pois todos nos influenciaram a atingir o que hoje
podemos comemorar.
6

“Constatar a realidade nos torna capazes de


intervir nela”

(Paulo Freire)
7

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................09
1.1 Etiologia da Lesão Por Pressão........................................................................10
1.2 Graus das Lesões Por Pressão.........................................................................13
1.3 Prevenção, tratamento e cuidados de enfermagem a Lesão Por Pressão...14
2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO.....................................................................16
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................................17
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................21
REFERÊNCIAS..........................................................................................................22
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA


LESÃO POR PRESSÃO

Maria da conceição alves barbosa


Maria da piedade silva araújo
Roseane batinga da silva
Sergio augusto1

A Lesão por pressão (LPP) se caracteriza por ser uma ferida de estrutura crônica,
que apresenta necrose tecidual em um local específico do corpo. A nomenclatura
anterior para a LPP era a úlcera por pressão, no entanto, em 2016, o Nationa
lPressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), órgão norte americano, passou a
denominá-la como lesão por pressão. O enfermeiro para atuar com lesões deve
estar em aprendizado permanente, necessitando ser habilitado para desempenhar
tal função, além de possuir conhecimento atualizado em curativos e sobre as
inúmeras coberturas empregadas e dispostas no mercado atualmente, tudo isso
exige conhecimento do enfermeiro das características e a finalidade dos curativos
voltados para o tratamento.Diante disso, por ser a enfermagem o principal agente na
prevenção e tratamento da lesão por pressão, pois é ele o profissional capacitado
para aplicar os cuidados corretos no tratamento e prevenção da LPP, com isso
busca-se através desse estudo aprimorar o conhecimento acerca das principais
funções desempenhadas pelo enfermeiro no cuidado prestado ao paciente em fator
de risco a desenvolver lesão por pressão.

Palavras-chave:lesão por pressão, condutas terapêuticas, assistência de


enfermagem.

1
Orientador: Professor, do Centro Universitário Brasileiro (UNIBRA). Recife, Pernambuco, Brasil.
9

1. INTRODUÇÃO

A pele é o maior órgão do corpo humano e exerce inúmeras funções, dentre


essas estão a de proteção, que preserva o organismo e defende de inúmeros fatores
externos, sejam eles de origem mecânica, físicos ou biológicos, tudo isso através de
células específicas e componentes da proteína que forma a estrutura da pele
(SANTOS et al., 2013)

A Lesão por pressão (LPP) se caracteriza por ser uma ferida de estrutura
crônica, que apresenta necrose tecidual em um local específico do corpo. A
nomenclatura anterior para a LPP era a úlcera por pressão, no entanto, em 2016,
oNationalPressureUlcerAdvisoryPanel (NPUAP), passou a denominá-la como lesão
por pressão (GOMESet al., 2017)

Segundo Moraes et al., (2016, p.2303):

Os fatores de risco que estão ligados ao surgimento das LPP são a


hipertensão arterial sistêmica, diabetes, inconsciência, imobilização, perda
de sensibilidade, perda de função motora, perda de continência urinária ou
fecal, presença de espasmos musculares, deficiências nutricionais,
anemias, índice de massa corporal muito alto ou muito baixo, doenças
circulatórias, doença arterial periférica, imunodeficiência ou uso de
corticosteroide e tabagismo.

Os pacientesque se encontram em um quadro clínico crítico estão mais


predisponentes a serem acometidos pelas LPP, com isso, é comum que pacientes
internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), apresentem com o tempo de
internação lesões no corpo, devido à gravidade da condição clínica que exige
restrição ao leito, terapias complexas, procedimentos invasivos, além do tempo de
internação hospitalar, que passa a ser mais longo que o de pacientes em condições
clínicas melhores (SANTOS et al., 2013)

Oscuidados de enfermagem relacionados a LPP,devem possuir caráter


multidisciplinar, começando pela avaliação e identificação daquele paciente que tem
maior risco de desenvolver a lesão e esta avaliação deve envolver os familiares
desse paciente, uma vez que o auxílio na identificação de lesões é muito importante.
10

As medidas de prevenção relacionadas à técnica aplicada, vai estar ligada a


distribuição da pressão, mudança periódica de decúbito, controle da incontinência,
cuidados com a pele e nutrição (ASCARI., 2014)

Mesmo com os inúmeros avanços relacionados aos cuidados em saúde, as


lesões por pressão continuam sendo uma importante causa de morbimortalidade
morbidade e mortalidade, com impacto na qualidade de vida do paciente e de seus
familiares, gerando um problema social e econômico (LUZet al., 2012)

O diagnóstico é feito de forma clínica e não há dificuldades na sua


identificação, o principal método de prevenção e tratamento é a mudança frequente
de decúbito, para amenizar a pressão nas proeminências ósseas ou no local da
lesão (FRANSSINI; HAHN., 2012)

A prevenção é a principal abordagem utilizada pelos profissionais de saúde


que prestam cuidados ao paciente. Essa deve ser adotada de forma multidisciplinar
e precisa ter início logo após a identificação do paciente predisponente a lesão,
devendo fazer parte da equipe a cuidadora e a família do paciente. Métodos de
alívio e compartilhamento da pressão, mudança de decúbito, cuidados com a pele e
nutrição são as principais medidas envolvidas (ALMEIDAet al., 2012)

Diante disso, por ser a enfermagem o principal agente na prevenção e


tratamento da lesão por pressão, pois é ele o profissional capacitado para aplicar os
cuidados corretos no tratamento e prevenção da LPP, com isso busca-se através
desse estudo aprimorar o conhecimento acerca das principais funções
desempenhadas pelo enfermeiro no cuidado prestado ao paciente em fator de risco
a desenvolver lesão por pressão.

1.1. Etiologia da Lesão Por Pressão

A pele envolve toda a estrutura do corpo e é considerada o maior órgão.


Compreendendo as membranase mucosasque revestem todas essas estruturas,
sejam externas ou internas do organismo, é dividida em duas diferentes camadas, a
epiderme e a derme, que estão ligadas entre si. A epiderme é a camada mais
externa, constituída por trêstipos de linhagem celular, os queratinócitos,
11

osmelanócitos e as células de Langerhans.E a derme é a camada mais profunda


que é constituída por tecido conjuntivo (SILVA et al., 2017)

Como qualquer outro órgão, a pele está sujeita a sofrer agressões oriundas
de fatorespatológicosintrínsecoseextrínsecosqueirãocausarodesenvolvimentode
alterações na sua constituiçãocomo, por exemplo, as feridas cutâneas, podendo
levarà sua incapacidade funcional(SILVA et al., 2017)

Segundo Vasconcelos e Caliri (2017, p.2):

Em 2009, a Organização Mundial de Saúde definiu segurança do paciente


como a redução ao mínimo aceitável do risco de danos desnecessários
durante a atenção à saúde. Nessa concepção, a lesão por pressão (LP),
reconhecida como um evento adverso, se ocorrer após a admissão do
indivíduo no serviço de saúde, e como uma das cinco causas mais comuns
de danos aos pacientes, apresenta-se como importante desafio. A LP é
definida como um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes,
geralmente, sobre uma proeminência óssea, ou relacionada ao uso de
dispositivo médico ou a outro artefato. A lesão pode se apresentar em pele
íntegra ou como úlcera aberta, pode ser dolorosa, e ocorre como resultado
da pressão intensa e/ou prolongada em combinação com o cisalhamento. A
tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode também ser
afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua
condição.

As lesões por pressão (LPP) são feridas que ocorrem como consequência da
isquemia provocada pela compressão extrínseca e prolongada da pele, tecidos
superficiais e proeminências dos ossos, o que configura um problema grave no
âmbito da assistência à saúde. As proeminências ósseas são comumente locais
mais agredidos, e os pacientes idosos e em estado grave são os mais afetados (LUZ
et al., 2012)

O NPUAP é utilizado como basepara as ações em realizadas pela equipe de


saúde. Em 2016, a NPUAP divulgou novas orientações a respeitoda classificação
destas lesões e um novo conceito foi estabelecido. Esse conceito, conforme
apontado no estudo Moraes et al., (2016, p.2295) que define que a LPP é:
12

Um dano localizado na pele e/ou tecido mole subjacente geralmente sobre


proeminência óssea ou pode ainda estar relacionado a equipamentos
médicos ou outro tipo de dispositivo. A lesão pode apresentar-se como pele
intacta ou como úlcera aberta e pode ser dolorosa. Ocorre como um
resultado de intensa e/ou prolongada pressão ou de pressão combinada
com cisalhamento. A tolerância do tecido mole para a pressão e
cisalhamento também pode ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão,
doenças associadas e condição do tecido mole.

As LPP são consideradas com um agravo de saúde que causa dor e


sofrimento para o paciente, além de ser de difícil recuperação e devido a isso
acarretar em maior tempo de internação. As LPP acarretam em altos gastos para as
unidades de saúde, além de servir como uma avaliação para a qualidade da do
cuidado de enfermagem prestado. A LPP é vista como uma condição adversa de
saúde pela OMS e que desenvolve ações que buscam provocar a atenção dos
profissionais de saúde para essa abordagem (PEREIRA et al., 2017)

Pereira et al., 2017, p.34 relatam sobre a incidência das lesões por pressão:

É relevante a redução das LPP mediante a implementação de medidas de


prevenção e a identificação de fatores de risco, que pode ocorrer por meio
de educação permanente da equipe multiprofissional, com prática baseada
em evidências, em que se estabelece relação com o conhecimento e as
experiências clínicas.

Estudos apontam que a idade também se apresenta como um fator de risco


para a formação das LPP, uma vez que as características da pele da pessoa e do
tecido subcutâneo sofre mudanças conforme a idade avança, o que cria um
ambiente propício para a formação das lesões (SILVA et al., 2013)
Além disso, a fisiopatologia da PPP é uma consequência de diversas
condições, em virtude dos muitos aspectos clínicos como a dieta ineficaz, hidratação
da pele, circunstânciada pele, além do fator idade e questões ligadas ao déficit do
autocuidado (FERNANDES et al., 2017)

Em pacientes graves, essas lesões podem se formar logo no início da


internação, o que afeta diretamente o tempo de hospitalização, o que exige da
13

equipe de saúde estratégias permanentes e eficientes logo nos primeiros momentos


de internação (SILVAet al., 2013)

Diferente do que se imagina, a pressão exercida pelo corpo quando se


encontra em decúbito dorsal não distribui de forma homogênea na superfície que o
apoia. Algumas partes do corpo, principalmente as proeminências ósseas,
concentram pressões maiores, devido a isso, essas são as regiões mais acometidas
pelas LP (SILVA; GARCIA, 2014)

Caldiniet al., (2017, p.599)baseado no NANDA Internacional define risco de


lesão por pressão:

Um estado de vulnerabilidade de dano celular na pele e no tecido


subjacente, resultante da compressão dos tecidos moles, geralmente sobre
uma proeminência óssea, durante um período de tempo capaz de ocasionar
isquemia local e, consequentemente, necrose. Apesar de ser um tema
amplamente discutido na literatura e na prática assistencial, ainda se
observam altos níveis de incidência e prevalência de lesão por pressão,
repercutindo de forma direta na dinâmica assistencial e na qualidade de vida
do paciente com risco ou com lesão instalada.

1.2. Graus das Lesões Por Pressão

SOUZA et al., (2017), destaca sobre os graus da LPP e aponta que ela pode
estar dividida em 7 estágios ou tipos, sendo possível defini-las através das escalas
preditivas:o estágio 1 apresenta-se sobre a forma de pele íntegra com uma área
localizada de eritema não branqueável, que pode se mostrar diferente em pele de
pigmentação escura. A presença de eritema branqueável ou alterações na
sensação, temperatura ou consistência podem preceder mudanças visuais. As
mudanças de cor não incluem a descoloração roxa ou marrom, que pode indicar
LPP em tecidos profundos; O estágio 2 se apresenta com perda parcial da
espessura da pele com derme exposta. Neste estágio, o tecido adiposo e tecidos
mais profundos não estão visíveis.

Estas lesões comumente resultam de microclima adverso e cisalhamento na


pele sobre a pelve e cisalhamento no calcanhar; O estágio 3 se mostra com a perda
total da espessura da pele na qual o tecido adiposo é visível na úlcera. O tecido de
14

granulação e a borda despregada da lesão normalmente estão presentes e esfacelo


ou escara se tornam visíveis;no estágio 4 ocorre a perda de toda a espessura da
pele e há a exposição ou palpação direta de tecidos como fáscia, músculo, tendão,
ligamento, cartilagem ou osso na úlcera. A profundidade da lesão vai variarde
acordo com a localização anatômica (SOUZA et al., 2017)

Outras lesões por pressão são: a não estadiável pela perda total da
espessura da pele e tecido em que a extensão do dano tecidual no interior da úlcera
não pode ser confirmada porque está coberto por esfacelo ou escara. Se o esfacelo
ou escara for removido, a LPP poderá ser classificada como estágio 3 ou 4;e a
lesãotissular profunda se apresenta em pele intacta ou não intacta com área
localizada de vermelho escuro persistente não branqueável, descoloração marrom
ou roxa ou separação da epiderme revelando um leito da ferida escuro ou com
flictena de sangue(SOUZA et al., 2017)

As manifestações clínicas apresentam dor e mudanças frequentes na


temperatura que precedem alterações na cor da pele. Essa lesão pode evoluir
rapidamente mostrando a real dimensão da lesão tecidual ou pode resolver sem
perda tecidual. Se o tecido necrótico, subcutâneo, tecido de granulação, fáscia,
músculo ou outras estruturas subjacentes são visíveis, isso indica uma LPP não
estadiável, ou lesão de estágio 3 ou 4 (SOUZA et al., 2017)

Além destas, existem ainda outras duas LPP com definições adicionais: é a
LPP Relacionada a Dispositivo Médico, onde se faz em decorrência do uso
de dispositivos concebidos e aplicados para fins de diagnóstico ou
terapêutico. A LPP resultante geralmente está em conformidade com o
padrão ou formato do dispositivo;e a LPP em membrana mucosa, que
ocorre em membrana mucosa sendo encontrada nas regiões recobertas por
mucosas com a utilização um dispositivo médico nesse local (MORAESet
al., 2016, p.2295-2299)

1.3. Prevenção, tratamento e cuidados de enfermagem a Lesão Por


Pressão

A LPP pode ser prevenida e o conhecimento de seus fatores de risco é


atribuição da equipe de enfermagem, para reconhecer precocemente, o paciente
15

com possível risco para lesão. São muitas as formas de prevenir a lesão por pressão
e a utilização de escalas preditivas se caracteriza como sendo uma dessas formas,
estas servem para auxiliar o estabelecimento de medidas preventivas, voltadas para
a assistência de enfermagem (SANTOS et al., 2013)

Manter a integridade da pele do paciente é papel do enfermeiro e sua


avaliação deve envolver a prevenção e o tratamento das LPP. O enfermeiro deve
desenvolver ações, em conjunto com a equipe de enfermagem que busquem evitar
o surgimento de lesões por pressão no paciente. A equipe de enfermagem cuida do
paciente em tempo integral, em virtude disso passa a ser responsável pela
prevenção de lesões. É fundamental que o enfermeiro possua conhecimento
científico, habilidade técnica e competência para desenvolver a sistematização da
assistência de enfermagem (SAE) (STUQUE et al., 2017)

Promover os cuidados adequados com a pele do paciente acamado, nutrição


e mobilidade adequados, com a intenção de aliviar a pressão e promover a
circulação, são cuidados que ajudam a prevenir o surgimento das lesões e, quando
estas se apresentam ainda no estágio I, há a possibilidade de reverter a lesão, além
de controlar as mais profundas (SILVA; DICK; MARTINI, 2012)

O enfermeiro possui papel fundamental no que diz respeito a assistência


holística do paciente, bem como desempenha função essencial no tratamento das
lesões por pressão. É papel da enfermagem avaliar e acompanhar e a progressão
da ferida, como também orientar aos cuidados do paciente sobre o método correto
de realização dos curativos. O enfermeiro precisa estar sempre atualizado técnico-
cientificamente, sobre os mais atuais métodos de tratamento e coberturas de feridas,
para dispor a melhor técnica, para seu paciente, uma vez que é importante tratar a
lesão para que esta possa estadiar e regredir (SILVA et al., 2017)

Vale destacar que o tratamento de feridas se caracteriza como um


procedimento dinâmico e complexo que exige uma atuação voltada para as
características de cada tipo de lesão, principalmente quando se encontra em
estágios mais avançados. É importante que o enfermeiro avalie a lesão com atenção
pois é comum que sua evolução ocorra vertiginosamente que prejudica a terapêutica
e o processo cicatricial (COSTA et al., 2015)
16

A equipe de enfermagem precisar conhecer os tipos de coberturas


disponíveis para o tratamento de lesões por pressão e com isso, ter conhecimento
que os curativos úmidos produzem secreções de diversos aspectos e estas
secreções precisam ser caracterizadas. O adequado acompanhamento precisa ser
realizado por profissional capacitado, destacando-se como papel do enfermeiro. Nos
dias atuais, os avançostecnológicos permitem o uso de terapêuticas que promovam
a celeridade do processo cicatricial (SILVA et al., 2017)

A prática cotidiana do enfermeiro, permite que este profissional desenvolva


suas habilidades e conhecimentos acerca do tratamento e prevenção das lesões por
pressão. O enfermeiro é preparado tecnicamente para avaliar e prescrever os
cuidados de enfermagem e tratamento adequado da lesão, bem como orientar e
supervisionar a equipe de enfermagem na realização do curativo (SOARES et al.,
2016)

A assistência de enfermagem ao paciente portador de lesão por pressão deve


ser sistematizada e contínua em sua terapêutica. O enfermeiro, educador por
excelência, precisa estar continuamente orientando sua equipe para a realização do
adequado tratamento, visando resultados satisfatórios e a recuperação rápida e
eficaz do paciente (SILVA et al., 2017)

2. DELINEAMENTO METODOLÓGICO

O presente estudo é do tipo bibliográfico, do tipo exploratório, uma vez que


não tem a intenção de alterar o tema estudado, fundamentado nas leituras
exploratórias e seletivas do material de pesquisa, contribuindo para o processo e
síntese da busca científica, criando um corpo de literatura compreensível.

É uma revisão de literatura, onde o tema estudado é considerado em seus


mais variados aspectos.

A utilização da revisão de literatura consiste numa análise a respeito do tema


abordado, selecionando dentro dos critérios pré-estabelecidos os estudos mais
relevantes, de modo a descrever os principais aspectos do tema em questão, de
forma sintética e objetiva.
17

O processo de seleção dos artigos ocorreu a partir da leitura na íntegra do


resumo e do texto. O período estabelecido para busca de publicações acerca da
temática em questão foi de 2012 a 2018, na literatura científica nacional. As buscas
ocorreram nas bibliotecas eletrônicas Scielo e Bireme e bases de dados eletrônicos
da Lilacs.

Foram adotados como critérios de inclusão os artigos originais, no idioma


português e inglês, desenvolvidos no Brasil e que respondessem à questão
norteadora do estudo. Os critérios de exclusão foram: produções científicas em
formato de tese, dissertação, livro ou capítulo de livro, editorial, matéria de jornal,
além de artigos repetidos entre as bases e com idiomas diferentes dos elegidos para
o estudo e artigos publicados fora do período estabelecido para amostra.

As buscas foram realizadas entre os meses de agosto de 2017 a junho de


2018 utilizando os seguintestermos descritores de acordo com os Descritores em
Ciências da Saúde (DeCS): lesão por pressão, condutas terapêuticas, assistência de
enfermagem.

Ao final da coleta de dados, foram encontrados 59 artigos no total acerca do


tema em questão, publicados dentro do período estabelecido. Após a avaliação dos
critérios de inclusão, a amostra ficou estabelecida com 20 artigos.

Assim, foram estabelecidos os estudos que compõem a amostra da literatura


estudada. Por se tratar de uma pesquisa bibliográfica, não foi necessário submetê-lo
ao comitê de ética e pesquisa.

Os artigos foram lidos, interpretados e apresentados sob a forma de texto em


uma síntese de cada estudo analisado, onde compuseram as seções narrativas do
estudo e organizados contendo suas principais informações.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir da aplicação dos filtros supracitados, foram selecionados 59 artigos.


Posteriormente, estes tiveram seu resumo lido, tendo sido excluídos 39 trabalhos,
porque estavam duplicados nas bases ou não correspondiam ao objetivo deste
18

estudo. Assim, ao final, foram selecionados 20 artigos, cuja síntese encontra-se No


Quadro 1 abaixo.

Quadro 1: Síntese dos artigos selecionados (n=20) quanto ao ano, autores,


título e periódico. Recife-PE, Brasil, 2018

Ano de Autor Título Periódico


publicação

2012 ALMEIDA et Avaliação da utilização Revista Ciência &


al., de protocolos na Saúde
prevenção de úlceras
por pressão

2012 FASSINI; Riscos à segurança do Revista Enfermagem


HAHN paciente em unidade UFSM
de internação
hospitalar: concepções
da equipe de
enfermagem

2012 LUZ et al., Úlceras de pressão Revista Geriatria &


Gerontologia

2012 SILVA; DICK; Incidência de úlcera Revista de


MARTINI por pressão como Enfermagem UFSM
indicador de qualidade
na assistência de
enfermagem

2013 SANTOS et Indicador de qualidade Revista Gaúcha de


al., assistencial úlcera por Enfermagem
pressão: análise de
prontuário e de
notificação de
19

incidente

2013 SANTOS et Escalas utilizadas para Revista Enfermagem


al., prevenir úlceras por Contemporânea
pressão em pacientes
críticos

2013 SILVA et al., Úlcera por pressão em Revista da Rede de


unidade de terapia Enfermagem do
intensiva: análise da Nordeste – RENE
incidência e lesões
instaladas

2014 ASCARI et al., Úlcera por pressão: Brazilian Journal of


um desafio para a Surgery and Clinical
enfermagem Research – BJSCR

2014 SILVA; Fatores de risco para Revista Brasileira de


GARCIA úlcera de pressão em Enfermagem
pacientes acamados

2015 COSTA et al., Custos do tratamento Enfermagem Revista


de úlceras por pressão
em unidade de
cuidados prolongados
em uma instituição
hospitalar de Minas
Gerais

2016 FERNANDES Associação entre Northeast Network


et al. predição para lesão NursingJournal
por pressão e
marcadores
bioquímicos
20

2016 MORAES et Conceito e Revista Enfermagem


al., classificação de lesão Cent. O. Min
por pressão:
atualização do
NationalPressureUlcer
AdvisoryPanel

2016 SOARES et Protocolos de Revista de Saúde –


al., prevenção e Santa Maria
tratamento de úlceras
por pressão: análise
da produção brasileira

2017 SOUZA et al., Lesão por Pressão: In: Congresso


Fatores Internacional de
Desencadeantes e Enfermagem.
Atualização do
NationalPressureUlcer
AdvsoryPanel
(NPUAP)

2017 ABREU et al., Ações de enfermagem Revista de Pesquisa


para prevenção de Interdisciplinar
úlceras por pressão
em clientes em
unidade de terapia
intensiva

2017 CALDINI et al., Intervenções e Revista da Rede de


resultados de Enfermagem do
enfermagem para risco Nordeste – RENE
de lesão por pressão
em pacientes críticos

2017 PEREIRA et Pressure in Revista de


21

al., juryincidence in a Enfermagem UFPI


university hospital

2017 STUQUE et Protocolo para Revista da Rede de


al., prevenção de úlcera Enfermagem do
por pressão Nordeste – RENE

2017 VASCOCELO Ações de enfermagem Escola Anna Nery


S; CALIRI antes e após um Revista de
protocolo de Enfermagem
prevenção de lesões
por pressão em terapia
intensiva

2018 SILVA et al., As principais Revista Uningá


coberturas utilizadas
pelo enfermeiro

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a coleta dos dados e análise dos mesmos foi possível concluir que o
trabalho desempenhado pela enfermagem na prevenção das lesões por pressão é
simples e basal, mas também é o melhor que estes podem fazer.
Para a avaliação de desenvolvimento das LPP, é importante que todas as
características sejam consideradas para a melhor avaliação e com isso adotar a
melhor conduta, pois esta não ocorre apenas por um determinado fator de risco,
mas pela relação dos diversos fatores relacionados ao paciente e aos cuidados
realizados pela equipe de enfermagem.

A incidência de LPP em pacientes acamados ainda é muito grande, o que


aponta que os enfermeiros têm um papel muito importante a desempenhar frente na
utilização de escalas preditivas, da educação continuada, por ser o enfermeiro um
educador por excelência, eatravés da adoção de protocolos operacionais padrão
(POP).
22

Outro ponto que merece destaque são as ações preventivas executadas pela
equipe de enfermagem, mesmo sendo simples e basais é, de certa forma, eficiente e
atenua o surgimento das lesões.

Também se faz necessário apontar que a hipóteseformulada e os objetivos


traçados, para a execução deste artigo, foram realmente confirmados. Onde
percebeu-se que é realmente o enfermeiroo principal agente, capacitado para
realizar as rotinas de prevenção e tratamento das lesões por pressão.

REFERÊNCIAS

ABREU, MA et al. Ações de enfermagem para prevenção de úlceras por


pressão em clientes em unidade de terapia intensiva. Revista de Pesquisa
Interdisciplinar, Cajazeiras, n. 2, suplementar, p. 686-696, set. 2017

ALMEIRA, RA et al. Avaliação da utilização de protocolos na prevenção de


úlceras por pressão. Revista Ciência & Saúde, Porto Alegre, v. 5, n. 2, p. 125-131,
jul./dez. 2012

ASCARI, RA et al. Úlcera por pressão: um desafio para a


enfermagem.BrazilianJournalofSurgeryandClinicalResearch - BJSCR.mar/mai; v. 6,
n. 1, p. 11-16, 2014

CALDINI, LN et al. Intervenções e resultados de enfermagem para risco de


lesão por pressão em pacientes críticos.Rev Rene. v.18, n.5, p.598-605, set-out,
2017

COSTA, AM et al. Custos do tratamento de úlceras por pressão em unidade de


cuidados prolongados em uma instituição hospitalar de Minas Gerais.
Enfermagem Revista, v.18, n.1, p.58-74, 2015

FASSINI, P; HAHN, GV. Riscos à segurança do paciente em unidade de


internação hospitalar: concepções da equipe de enfermagem.RevEnferm UFSM.
v.2, n.2, p.290-299 mai-ago, 2012

FERNANDES, LM et al. Associação entre predição para lesão por pressão e


marcadores bioquímicos.Northeast Network Nursing Journal, v.17, n.4, 2016
23

LUZ, SR et al. Úlceras de pressão. Geriatria & Gerontologia. v.4, n.1, p.36-43, 2012

MORAES, JT et al. Conceito e classificação de lesão por pressão: atualização


do NationalPressureUlcerAdvisoryPanel.Enferm. Cent. O. Min.mai/ago; v. 6, n. 2,
p. 2292-2306, 2016

PEREIRA, AFM et al. Pressureinjuryincidence in a university hospital.RevEnferm


UFPI. v.6, n.1, p.36-9, jan-mar, 2017

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