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Aula 03

Perícia Contábil p/ CFC 2017.2 (Bacharel em Ciências Contábeis)

Professor: Júlio Cardozo

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AULA 03 Aplicações Práticas de Perícia Contábil: Aplicações práticas
relacionadas ao campo da perícia contábil, tais como: apuração de
haveres, dissolução de sociedades, inventários, prestações de contas,
contratos financeiros, sistema financeiro de habitação e cálculos
trabalhistas, entre outros.

Tudo bem, pessoal? Firmes nos estudos? Vamos conseguir essa tão almejada
aprovação ou não? Espero que vocês estejam estudando a nossa disciplina! A
aula de hoje será bem interessante, vocês irão gostar, com certeza. Vamos
estudar alguns casos práticos de desenvolvimento do trabalho pericial em
diversas áreas. Aplicaremos todos os conceitos que estudamos nas aulas
anteriores e necessitaremos de conhecimento de diversas áreas, como
Contabilidade Tributária, Matemática Financeira, Direito Empresarial, Trabalhista
e Civil.

O nosso objetivo é fazer um curso FOCADO no que pode ser exigido na sua prova,
portanto, a aula terá a medida certa para atingirmos esse objetivo. Não se
preocupem.

Boa aula a todos.

Professor Julio Cardozo

SUMÁRIO

1 Perícias na área tributária ..................................................................... 2


2 Apuração de Haveres ........................................................................... 5
3 Perícias na Área Financeira ................................................................. 11
3.1 Revisão de Matemática Financeira ..................................................... 12
3.2 Índices econômico financeiros........................................................... 14
4 Questões apresentadas em aula .......................................................... 21
5 Gabarito ........................................................................................... 26
6 Bibliografia ....................................................................................... 26
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1 PERÍCIAS NA ÁREA TRIBUTÁRIA

Peritos, ao longo na nossa carreira profissional, podemos ser nomeados ou


contratados para atuar em perícias que sejam relacionadas com a área tributária.
Há uma grande quantidade de processos no Judiciário que possuem como objeto,
por exemplo, a contestação de autos de infração lavrados no decorrer de
fiscalizações realizadas por órgãos competentes. A concessão de benefícios fiscais
também é bastante questionada judicialmente e é praxe que seja solicitada a
realização de prova pericial para que possa ser apurado, por exemplo, quanto
determinada empresa deveria ter recolhido de determinado tributo, se
determinada entidade atende aos requisitos aplicáveis para a concessão de um
benefício fiscal, qual o regime de tributação se aplica à empresa ACME S.A, em
virtude do faturamento obtido no ano de x7.

É uma área de atuação extremamente ampla, na qual o perito irá necessitar de


conhecimentos de Contabilidade, Direito Tributário, Empresarial, dentre outros
assuntos.

Vamos começar com a seguinte situação prática:

A empresa Vai Que Cola LTDA, situada no estado do Espírito Santo, possui como
objeto social o comércio atacadista de café, realizando suas vendas para no
mercado interno, principalmente para estados do Sul do Brasil. A empresa
também adquire café de empresas menores do estado de MG. No âmbito de
fiscalização realizada pela Fazenda estadual, os auditores fiscais intimaram a
empresa para que apresentassem seus livros contábeis e fiscais relativos ao ano
de X7. Atendendo à solicitação do Fisco, a empresa apresentou os documentos
solicitados, dentre eles, o seguinte balancete de verificação:

Como essas informações, o auditor Dioguinho, lavrou um auto de infração,


alegando que a empresa deixou de recolher a quantia de R$ 12.000 aos cofres
públicos. A empresa não quis interpor recursos administrativos e resolveu
judicializar a disputa, solicitando a realização de uma perícia que foi deferida pelo
juiz Fulano de Tal. 56842783534

O senhor Chesperito Bolanõs foi nomeado perito do juízo pelo magistrado e terá
que responder aos seguintes quesitos.

1. Elabore, o senhor perito, um resumo do livro de entrada de mercadorias para


o período em questão.
2. Queira o senhor perito elaborar um resumo do livro de saída de mercadorias.
3. Analisando o livro de apuração de ICMS, informe o senhor perito se a empresa
possui saldo a recolher ou a recuperar do referido tributo.
4. Caso o saldo apurado acima seja a recolher, informe o senhor perito se existe
diferença entre o valor do ICMS apurado e o ICMS efetivamente recolhido pela
empresa.

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5. É possível, com as informações fornecidas, elaborar uma demonstração do
resultado do exercício para o período? Caso afirmativo, queira o senhor perito
fazê-lo.
6. Relate o senhor perito o valor do resultado do exercício e se há divergência do
valor informado pela empresa.
7. Com os dados fornecidos, é possível efetuar o balanço patrimonial para o ano
apresentado? Caso afirmativo, queira o senhor perito fazê-lo.

Percebam que a para responder a esses quesitos o perito irá necessitar de


conhecimentos da área contábil, como Demonstrações Contábeis, e da área do
Direito, como Direito Tributário, Legislação Tributária, isto é, trata-se de um
trabalho multidisciplinar.

Vejamos como isso já foi cobrado em provas.

(FBC/Exame de Suficiência/2014.1) Uma sociedade empresária optante pelo


lucro presumido, em 31.1.2014, apresentou um faturamento com vendas de
mercadorias de R$15.000,00 e venda de serviços no valor de R$10.000,00, cujo
faturamento incidiu os seguintes imposto: IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, ICMS e
ISSQN.

Em um processo civil, foi apresentada uma planilha de cálculo devidamente


auditada relativa aos tributos líquidos. Nos tributos já estavam excluídos suas
compensações de créditos e não tinham sidos pagos até 31.1.2014.

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De acordo com as informações disponibilizadas em 31.1.2014, verificou-se no


Balanço Patrimonial, referente ao mês de janeiro de 2014, os seguintes valores
de tributos no Passivo Circulante:

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De acordo com os valores apresentados e informações adicionais, julgue os itens
com os quesitos apresentados pelo juiz e as respostas apresentadas pelo perito
contador nomeado para o caso e assinale a opção CORRETA.

I. Pode o Sr. Perito informar se o valor do IRPJ a pagar está apresentado de


acordo com o faturamento total em 31.1.2014? Resposta: Analisando a planilha
apresentada e auditada em 31.1.2014, com os valores dos tributos apresentados
no Balanço Patrimonial, mais precisamente no Passivo Circulante, verifica-se que
não foram computados o valor do IRPJ referente à venda de mercadorias.

II. Pode o Sr. Perito informar se o valor da COFINS a recolher está apresentado
de acordo com o faturamento total em 31.1.2014? Resposta: Analisando a
planilha apresentada e auditada em 31.1.2014, com os valores dos tributos
apresentados no Balanço Patrimonial, mais precisamente no Passivo Circulante,
verifica-se que não foram computados os valores da COFINS referente à venda
de serviços.

III. Pode o Sr. Perito informar se o valor do ICMS a pagar está apresentado de
acordo com o faturamento total em 31.1.2014? Resposta: Analisando a planilha
apresentada e auditada em 31.1.2014, com os valores dos tributos apresentados
no Balanço Patrimonial, mais precisamente no Passivo Circulante, verifica-se que
foi computado corretamente o valor do ISSQN sobre venda de serviços.

Está(ão) certo(s) o(s) item(ns):

a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.

Comentários:

No primeiro momento, a questão pode assustar um pouco, mas a nossa tarefa é


verificar se o valor já calculados e evidenciados na planilha estão devidamente
apresentados no Balanço Patrimonial da empresa. SOMENTE ISSO! Não temos
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cálculo algum a fazer.

Vamos analisar cada alternativa:

I. Pode o Sr. Perito informar se o valor do IRPJ a pagar está apresentado de


acordo com o faturamento total em 31.1.2014? Resposta: Analisando a planilha
apresentada e auditada em 31.1.2014, com os valores dos tributos apresentados
no Balanço Patrimonial, mais precisamente no Passivo Circulante, verifica-se que
não foram computados o valor do IRPJ referente à venda de mercadorias.

A resposta ao quesito apresentada pelo perito está correta, pois, se analisarmos


o Balanço Patrimonial da empresa, verificaremos que o saldo do IRPJ a pagar é

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de apenas R$ 480, visto que a empresa não contabilizou R$ 180,00 referente à
venda de mercadorias.

II. Pode o Sr. Perito informar se o valor da COFINS a recolher está apresentado
de acordo com o faturamento total em 31.1.2014?
Resposta: Analisando a planilha apresentada e auditada em 31.1.2014, com os
valores dos tributos apresentados no Balanço Patrimonial, mais precisamente no
Passivo Circulante, verifica-se que não foram computados os valores da COFINS
referente à venda de serviços.

A resposta ao quesito apresentada pelo perito também está correta, pois, se


mais uma vez analisarmos o Balanço Patrimonial da empresa, verificaremos que
o saldo do COFINS a RECOLHER é de apenas R$ 450. A empresa não contabilizou
R$ 300,00 referente à venda de mercadorias.

III. Pode o Sr. Perito informar se o valor do ICMS a pagar está apresentado de
acordo com o faturamento total em 31.1.2014?
Resposta: Analisando a planilha apresentada e auditada em 31.1.2014, com os
valores dos tributos apresentados no Balanço Patrimonial, mais precisamente no
Passivo Circulante, verifica-se que foi computado corretamente o valor do ISSQN
sobre venda de serviços.

Essa resposta não ficou muito legal, pessoal, pois o quesito fazia uma pergunta
sobre ICMS a pagar e as resposta fugiu um pouco do tema, falando de ISSQN!
Meio estranho. Consideramos esse item como errado.

Inicialmente, a banca considerou esse item também como correto, mas a questão
foi ANULADA.

GabaritoANULADA.

2 APURAÇÃO DE HAVERES

Segundo o professor Remo Dalla Zanna, o trabalho pericial denominado Apuração


de Haveres irá ser realizado nas seguintes situações:
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- pagamento de quotas ao sócio dissidente e/ou excluído;


- indenização aos herdeiros de sócio falecido;
- indenização decorrente de expropriação por parte do Estado; e
- pagamento de haveres de empresas a serem liquidadas ou até já extintas.

O Código de Processo Civil apresenta aspectos relevantes sobre a Apuração de


Haveres:

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Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar -se-á sua quota, salvo:

I - se o contrato dispuser diferentemente;

II - se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade;

III - se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido.

Art. 1.029. Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer sócio pode
retirar-se da sociedade; se de prazo indeterminado, mediante notificação aos
demais sócios, com antecedência mínima de sessenta dias; se de prazo
determinado, provando judicialmente justa causa.

Parágrafo único. Nos trinta dias subseqüentes à notificação, podem os demais


sócios optar pela dissolução da sociedade.

Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, pode o
sócio ser excluído judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos demais
sócios, por falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou, ainda, por
incapacidade superveniente.

Parágrafo único. Será de pleno direito excluído da sociedade o sócio declarado


falido, ou aquele cuja quota tenha sido liquidada nos termos do parágrafo único
do art. 1.026.

Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um sócio, o


valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente realizado, liquidar-
se-á, salvo disposição contratual em contrário, com base na situação patrimonial
da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente
levantado.

§ 1o O capital social sofrerá a correspondente redução, salvo se os demais sócios


suprirem o valor da quota.
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§ 2o A quota liquidada será paga em dinheiro, no prazo de noventa dias, a partir


da liquidação, salvo acordo, ou estipulação contratual em contrário. (Vide
Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)

Art. 1.032. A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a seus


herdeiros, da responsabilidade pelas obrigações sociais anteriores, até dois anos
após averbada a resolução da sociedade; nem nos dois primeiros casos, pelas
posteriores e em igual prazo, enquanto não se requerer a averbação.

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Liquidação é a ação de tornar líquido, de fixar o montante de uma soma ou de uma conta a
pagar. Liquidar uma quota social é a determinação do seu valor.

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Em muitas situações, os sócios discordam dos valores que são atribuídos à sua
parte no capital social e acabam recorrendo ao Poder Judiciário para que se
proceda à apuração de haveres dos sócios excluídos, seus herdeiros, o que será
feito através do Balanço de Determinação.

Para atender demandas judiciais, temos basicamente duas demonstrações


contábeis específicas: o Balanço Especial e o Balanço de Determinação.

De acordo com os ensinamentos do professor Remo Dalla Zanna, Balanço


Especial é aquele elaborado especialmente na data que ocorreu o evento
relevante, que é objeto da apuração de haveres, como por exemplo, a saída do
sócio dissidente ou excluído, o falecimento do sócio e a respectiva avaliação de
haveres para seus herdeiros. Geralmente, a previsão de elaboração de balanço
especial está no contrato social da empresa. Vale destacar que a elaboração
dessa peça contábil é responsabilidade do contabilista da empresa, isto é,
não é atribuição do Perito Judicial.

Ao receber o Balanço Especial da contabilidade da empresa, o Perito Judicial irá


certificar ou ajustar esse demonstrativo, elaborando assim o Balanço de
Determinação. Essa peça contábil tem como objetivo conhecer o real valor do
Patrimônio Líquido de uma empresa na data da avaliação.

Os principais ajustes efetuados pelo Perito Judicial para preparar o Balanço de


Determinação são:

- a data do evento de fechamento do balanço de determinação é diferente do


evento que ensejou a ação de apuração;
- diferenças apuradas em conciliação bancária;
- ajustes a Valor Presente de Ativos e Passivos;
- adoção de critérios de avaliação de acordo com os Princípios de Contabilidade.

Vamos resolver uma questão de prova!

(FBC/Bacharel/2011.1) Uma empresa apresentava um quadro societário de


cinco sócios, com as seguintes participações:
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Sócio A: 20%;
Sócio B: 20%;
Sócio C: 20%;
Sócio D: 20%;
Sócio E: 20%.

O sócio D foi excluído da sociedade pelos demais sócios, os quais arquivaram


uma Alteração Contratual na Junta Comercial, na qual constou em uma das
cláusulas que os haveres do sócio excluído estariam a sua disposição, cuja
apuração de haveres teria sido realizada com base em Balanço Patrimonial
Especial.

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O sócio D ajuizou uma ação de apuração de haveres na qual pediu a avaliação


dos bens da sociedade, com base em valores de mercado. O juiz nomeou dois
peritos. Para a avaliação dos bens imóveis, foi nomeado um perito engenheiro e
para a apuração dos haveres foi nomeado o perito-contador. O trabalho do perito-
contador utilizou os dados apresentados pela perícia de engenharia e os valores
do Balanço Patrimonial Especial juntados aos autos, para, por fim, elaborar um
novo Balanço Patrimonial Ajustado.

O Balanço Patrimonial Especial era assim representado:

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Os bens imóveis avaliados pela perícia de engenharia foram agrupados conforme


a seguir:

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O perito-contador realizou os ajustes necessários a um novo Balanço Patrimonial,


no qual os haveres do sócio excluído ficaram apurados em:

a) R$33.509,67.
b) R$167.548.36.
c) R$491.340,38.
d) R$639.833,49.

Comentários:

Esse é um caso clássico de Apuração de Haveres, meus amigos. Temos a exclusão


de um sócio da sociedade empresaria e este ajuíza uma ação de Apuração de
Haveres por não concordar com o critério adotado no momento de receber os
seus haveres societários.

Como já vimos, na data desse evento, a exclusão do sócio, foi preparado um


Balanço Patrimonial Especial pela contabilidade da empresa, o que será
examinado e eventualmente ajustado pelo perito judicial, o qual irá elaborar o
Balanço de Determinação.

Nesse tipo de questão, nossa primeira tarefa é analisar o Balanço Especial


procurando por falhas, como por exemplo, erros de classificação em algumas
contas.
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Fazendo essa busca encontramos as seguintes inconsistências:

- A conta de Capital Social Realizado está com saldo devedor, quando o correto
seria saldo credor de R$ 121.260,00.
- A conta de Prejuízos Acumulados está com saldo credor, quando o correto
seria saldo devedor de R$ 510.479,93.

Além disso, precisamos seguir os seguintes passos:

- alterar o valor dos ativos que foram reavaliados para fins de apuração de
haveres.

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- obter o Patrimônio Líquido ajustado através da Equação Fundamental da
Contabilidade: Ativo = Passivo + PL.
- aplicar o percentual de participação do sócio D sobre o valor do Patrimônio
Líquido Ajustado.

Com isso, o nosso Balanço de Determinação ficará:

ATIVO R PASSIVO R
Ativo Circulante R$ 742.465,53 Passivo Circulante R$ 2.366.717,69
Caixa R$ 3.466,40 Fornecedores R$ 1.332.217,17
Bancos Conta Movimento R$ 19.360,36 Empréstimos Bancários R$ 20.000,00
Aplicações R$ 51.656,48 Obrigações Sociais a Recolher R$ 234.200,21
Estoques R$ 124.019,03 Impostos e Taxas a Recolher R$ 678.683,18
Duplicatas a Receber R$ 214.734,00 Obrigações Trabalhistas R$ 52.086,21
Adiantamentos R$ 8.728,57 Provisões R$ 37.324,65
Impostos a Recuperar R$ 35.834,51 Adiantamento de Clientes R$ 12.206,27
Despesas Pagas Antecipadamente R$ 284.666,18 Passivo Não Circulante R$ 664.901,38
Ativo Não Circulante R$ 2.456.701,90 Empréstimos de Longo Prazo R$ 451.765,96
Investimentos R$ 714.944,89 Impostos Federais Parcelados R$ 213.135,42
Imobilizado R$ 1.740.930,50 Total do Passivo R$ 3.031.619,07
Intangível R$ 826,51 Patrimônio Líquido ( Ativo - Passivo) R$ 167.548,36
Capital Social Realizado R$ 121.260,00
Lucros Acumulados R$ 46.288,36
Total do Ativo R$ 3.199.167,43 Total do Passivo+PL R

Percebam que após os ajustes, a empresa saiu de um estado de Passivo a


Descoberto para situação superavitária, isto é, Patrimônio Líquido>0.

Mas professor, de onde saiu aquele valor de Lucros Acumulados? É o seguinte,


pela equação fundamental da contabilidade descobrimos que o Patrimônio Líquido
era de R$ 167.548,36 e como a empresa possuía Capital Social Realizado de R$
121.260,00, a diferença de R$ 46.288,36 refere-se aos Lucros Acumulados.
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Por fim, o valor dos Haveres do Sócio Excluído será de 20% de R$ 167.548,36,
isto é, R$33.509,67

GabaritoA

(FBC/Bacharel/2015.2) Os Sócios "A", "C" e "D" de uma Sociedade


Empresária decidiram excluir o Sócio "B" da sociedade. Para esse fim, solicitaram
que o contador da empresa apresentasse o Balanço Patrimonial Especial em 31
de agosto de 2015, visando demonstrar ao Sócio "B" a sua parte nos haveres.

O quadro de participação societária era assim constituído:

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Após os ajustes, foi apresentado o Balanço Patrimonial Especial. O Patrimônio


Líquido ficou assim representado:

Com base nos dados acima, em uma Perícia Contábil de Apuração de Haveres, o
valor apurado para ser pago ao Sócio "B" é de:

a) R$9.660,00.
b) R$31.260,00.
c) R$37.260,00.
d) R$42.060,00.

Comentários:

Essa é mais tranquila, pessoal. Basta aplicar o percentual de participação do sócio


excluído sobre o Patrimônio Líquido Ajustado, vejam:

Capital Subscrito = R$220.000,00


Reservas de Lucro = R$50.000,00
Prejuízos Acumulados = (R$40.000,00)
Lucro apurado até 31.8.2015 = R$80.500,00
Total Patrimônio Líquido =310.500,00
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Sócio B = 12% x R$ 310.500,00 = R$ 37.260,00

Gabarito C

3 PERÍCIAS NA ÁREA FINANCEIRA

A perícia possui enorme relevância em questões que envolvem a matéria


financeira, como por exemplo, operações de crédito, financiamentos,
empréstimos, arrendamento mercantil, Sistema Financeiro de Habitação e etc.

É muito comum que ocorram disputas judiciais que possuem como objeto a
análise de taxas de juros, atualização monetária de dívidas ou valores a receber,
saldo devedor de financiamentos.

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Quesitos comuns em perícias nessa área:

- Informe o senhor perito se a o autor da ação e a ré celebram contrato de


financiamento em X7.
- Qual a taxa e modalidade de juros prevista no contrato? Há cláusula prevista
de juros e multa de mora?
- Qual o saldo devedor do financiamento na data 31.12.x7

A Matemática Financeira é ferramenta indispensável para atuarmos nesse campo,


portanto, faremos uma breve revisão de alguns conceitos que serão úteis para a
resolução de questões sobre o tema.

Reforçamos que não é nosso objetivo fazer um curso completo de Matemática


Financeira, mas apenas apresentar uma revisão do que já foi cobrado em provas
de perícia sobre o assunto.

3.1 REVISÃO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA

Cálculo de Juros

C = Capital
i = Taxa de Juros
n = Número de períodos

Montante

C = Capital
J = Taxa de Juros
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Juros Simples

Juros, de maneira resumida, representam a remuneração pelo dinheiro que se


empresta a alguém. Quando a taxa de juros incide somente sobre o capital
aplicado, temos a modalidade de Juros Simples que pode ser calculado da
seguinte forma:

Imagine a seguinte situação: o Sr. Ramon Madruga pede emprestado R$ 10.000


ao Sr. Zenon Barriga e promete pagar em 14 meses, sendo que a taxa de juros
da operação é de 2% ao mês. Qual os juros incidentes sobre essa operação?
Qual o montante da dívida ao final dos 14 meses?

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J=Cxixn
J = 10.000 x 2% x 14 = R$ 2.800,00

Os juros incidentes sobre essa operação foram de R$ 2800,00 e o montante da


dívida ao final dos 14 meses é de 10.000 + 2.800 = R$ 12.800,00.

Podemos analisar como ocorre a incidência dos juros nessa operação, vejam:

M C J
R R
R R
R R
R R
R R
R R
R R
R R
R R
R R
R R
R R
R R
R R
T J R
M R

Percebam que os juros serão sempre iguais em cada período, visto que a base
de aplicação da taxa de juros não se altera. Segundo o professor Remo Dalla
Zanna, este é o critério adotado pelo Poder Judiciário quando não há disposição
clara em contrário.

Juros Compostos 56842783534

Quando a taxa de juros incide sobre o capital aplicado acrescidos dos juros do
período anterior, temos a modalidade de Juros Compostos. Vamos utilizar o
mesmo exemplo anterior, mas agora vamos utilizar a modalidade dos juros
compostos para calcularmos o total dos juros e o montante devido pelo Sr.
Madruga.

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R R
R R
R R
R R

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R R
R R
R R
R R
R R
R R
R R
R R
R R
R R
T J R
M R

Percebam que a cada período temos uma nova base para incidência da taxa de
juros o que resulta no aumento dos juros a cada período.

Operações de Desconto

Quando um título com vencimento futuro é antecipado, quem realiza a operação


recebe um valor menor do que o nominal ou valor de face do título. Essa
antecipação é chamada de desconto. Por exemplo: uma duplicata, cujo valor
nominal é de R$ 12.000, vencível em três meses, foi submetida a uma operação
de desconto, e valor recebido foi de 10.000. Nessa situação, o valor do desconto
foi de 12.000 – 10.000 = R$ 2.000.

Existem algumas modalidades de desconto, como o desconto financeiro e o


comercial, além de também se aplicarem os regimes simples e compostos de
juros, mas como o nosso curso não é de Matemática Financeira, apresentaremos
apenas a equação básica para qualquer operação de desconto:

Onde temos que:

D = desconto
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N = valor nominal, valor de face ou valor futuro do título


A = valor atual ou valor descontado do título.

Pega o bizu: Desconto está no DNA!!!! Não podemos errar!

3.2 ÍNDICES ECONÔMICO FINANCEIROS

Um dos pilares da Matemática Financeira é o “valor do dinheiro no tempo”.


Lembra quanta coisa dava para fazer com R$ 1,00 quando éramos crianças? Dava
para comprar vários doces, refrigerantes.... Um real durava muitos dias, mas e
hoje? Será que essa quantia possui o mesmo valor de compra? Com certeza
não!!! Mas é muito comum durante a realização de trabalhos periciais nos quais

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tenhamos que resgatar montantes de 5, 10, 20 anos e trazermos a valores atuais.
Os índices nos ajudam nessa importante tarefa.

Segundo o professor Paulo Cordeiro de Lima, diversos indexadores são aplicados


para atualização de valores em operações financeiras, como os Índices de Preços
e Índices Financeiros. Vejamos alguns exemplos desses dois tipos de
indexadores:

Índices de Índices
Preços Financeiros

IPCA Taxa Referencial

INPC Selic

Índice Geral
de Preços

Índice de
Preços ao
consumidor

Não é relevante para a sua prova saber como e quando se aplicam cada um
desses índices, mas pode ser cobrado o cálculo utilizando algum deles e usaremos
para isso a seguinte equação básica:

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í í

Exemplo:

O valor nominal de determinado empréstimo em 31.12.2006 era de R$ 50.000.


Qual seria o valor atualizado da dívida, considerando o índice de correção do
período é de 7,5%.

Valor Atualizado = Valor Inicial x (1+índice)


Valor Atualizado = 50.000 x (1+0,075) = R$ 53.750,00.

Agora, vamos resolver algumas questões de prova sobre o tema:

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(FBC/Bacharel/2016.2) Em uma questão judicial envolvendo a cobrança de
uma dívida, o Perito Contador foi chamado a calcular o saldo devedor de um
empréstimo com os seguintes dados:

O devedor realizou duas amortizações parciais sendo a primeira de R$50.000,00


em 31.5.2013 e a segunda de R$60.000,00 em 31.5.2016. Para fins de análise
da questão, um dos quesitos formulados pelo Juiz indagava qual o saldo final em
31.5.2016, com aplicação dos encargos contratuais até o vencimento, e juros
simples de 1% ao mês calculados sobre o saldo da dívida em 31.5.2013, para o
período seguinte. Com base nos dados apresentados, o valor a ser informado em
resposta ao quesito formulado é de aproximadamente:

a) R$196.496,41.
b) R$178.496,41.
c) R$169.872,31.
d) R$156.896,41.

Comentários:

Ao longo do período contratual (12 meses), a dívida cresceu segundo juros


compostos de 1% ao mês. Portanto, em 31/05/2013, o saldo devedor era de:

M = C x (1+j)t
M = 200.000 x (1+1%)12
M = 200.000 x (1,01)12 56842783534

M = 200.000 X 1,126825
M = 225.365,00 reais

Neste ponto ocorreu o pagamento de 50.000 reais, de modo que a dívida foi
reduzida para:

Saldo devedor = 225.365 – 50.000 = 175.365 reais

A partir desse momento a dívida deve ser corrigida a juros simples de 1% ao


mês. Fazendo isso por 3 anos (ou 36 meses), que é o período entre 31/05/2013
e 31/05/2016, temos:

M = C x (1 + jxt)

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M = 175.365 x (1 + 1% x 36)
M = 175.365 x (1 + 0,01 x 36)
M = 175.365 x (1 + 0,36)
M = 175.365 x (1,36)
M = 238.496,40 reais

Nesse momento foi feito o pagamento de mais 60.000 reais, e, portanto, o saldo
devedor é de:

Saldo Devedor = 238.496,40 – 60.000


Saldo Devedor = 178.496,40 reais

Gabarito  B.

(FBC/Bacharel/2016.2): Em uma decisão de liquidação de sentença no valor


de R$85.000,00, o Juiz determinou que o Perito Contador calculasse o valor
devido com incidência de juros moratórios, calculados com juros simples, nos
seguintes períodos e parâmetros:

Considerando-se o mês comercial de 30 dias, na situação apresentada, o valor


total devido, acrescido dos juros moratórios, será de:

a) R$86.275,00.
b) R$98.600,00.
c) R$99.135,50.
d) R$99.662,50.

Comentários:
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Temos um intervalo de tempo 14 meses entre 01/02/2001 e 31/03/2002.


Calculando juros simples à taxa de 0,5%am, chegamos ao seguinte montante:

M = C x (1 + jxt)
M = 85.000 x (1 + 0,5%x14)
M = 85.000 x (1 + 7%)
M = 85.000 x (1 + 0,07)
M = 85.000 x (1,07)
M = 90.950 reais

Entre 01/04/2022 até 31/12/2002 temos mais um período de 9 meses, ao longo


do qual a dívida é corrigida a juros simples de 1% am. Agora devemos tomar

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muito cuidado!! Como o regime é de juros SIMPLES, devemos calcular os juros
sobre o capital inicial de 85.000, e não sobre o saldo atualizado. Assim sendo, os
juros deste segundo período somam:

J = Cxjxt
J = 85.000 x 1% x 9
J = 85.000 x 0,09
J = 7.650 reais

Somando esses juros com o montante do primeiro período, temos o total devido:

Total devido = 90.950 + 7.650 = 98.600,00 reais

Gabarito  B.

(FBC/Bacharel/2015.2) Uma Sociedade Empresária foi citada para apresentar


os cálculos periciais referentes a um processo trabalhista. A sentença proferida
em 1º grau, às folhas 59 a 67 dos autos, condenou a reclamada a pagar ao
reclamante:

• Horas extras diurnas, com 50% de acréscimo, 35 horas em outubro/2013,


com integração no Repouso Semanal Remunerado – RSR.
• Atualização monetária pelo índice fixo de 27%, abrangendo todo o período
da verba reclamada até a data do laudo.
• Juros de mora a contar da propositura da ação, que ocorreu em 1º de abril
de 2015.

Informações Adicionais:

• A jornada de trabalho do reclamante era de 220 horas mensais.


• A propositura da ação ocorreu em 1º de abril de 2015.
• O laudo foi finalizado em 31 de julho de 2015.
• Os Juros de Mora sobre o valor atualizado serão de 1% ao mês, regime de
capitalização simples. 56842783534

O salário, a quantidade de dias úteis e os domingos e feriados estão apresentados


no quadro abaixo:

De acordo com os dados apresentados, o valor total devido ao reclamante é de:

a) R$369,89.
b) R$393,99.
c) R$469,76.

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d) R$488,55.

Comentários:

Essa questão é bem complexa, pessoal e mistura conceitos da Matemática


Financeira com Perícia Trabalhista, mas se organizarmos bem as informações,
conseguimos resolvê-la.

Nossa primeira tarefa é obter o valor recebido por hora por esse trabalhador, que
será encontrada dividindo o salário base pela jornada de trabalho:

Como a empresa tem que pagar 35 horas extras, temos que multiplicar essa hora
de trabalho por 35 e somarmos 50%.

A esse valor temos que somar o RSR, isto é, o Repouso Semanal Remunerado,
que é um direito do trabalhador de possuir um descanso semanal remunerado de
24 horas, preferencialmente aos domingos.

O valor do RSR corresponde a uma diária da remuneração, incluídas as horas


extras, gratificações, gorjetas e adicionais. A questão afirma que em outubro de
2013, o mês apresentou 25 dias úteis e 6 domingos/feriado, portanto, temos que
o repouso semana remunerado será:

Portanto, o total de horas extras a pagar é de 298,30 + 71,60 = R$ 369,90.


Poderíamos achar que o gabarito da questão é “A”, mas essa ainda não é a
resposta. Precisamos calcular os juros de mora e atualização monetária desse
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valor. Para obtermos o montante a pagar utilizado devemos seguir ainda mais
dois passos:

Calcular o valor dos juros:

M = C x (1 + jxt)
M = 369,90 x (1 + 1%x4)
M = 369,90 x (1 + 4%)
M = 369,90 x (1 + 0,04)
M = 369,90 x (1,04)
M = R$ 384,70

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Por fim, calculamos o valor atualizado monetariamente a uma taxa de 27%.

Valor Atualizado = Valor Inicial x (1+índice)


Valor Atualizado = R$ 384,70x (1+0,27) = R$488,55.

Questão bem difícil, não é mesmo? Separe um tempo para treinar esse resolução
e se aparecer na sua prova, estamos prontos!

Gabarito D

É isso, pessoal! Com isso, fechamos o nosso conteúdo teórico e quero


agradecer a confiança de vocês. Tenho certeza que temos plenas
condições de fazer uma excelente prova de Perícia Contábil. Fique com
Deus.

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4 QUESTÕES APRESENTADAS EM AULA

1. (FBC/Exame de Suficiência/2014.1) Uma sociedade empresária


optante pelo lucro presumido, em 31.1.2014, apresentou um faturamento com
vendas de mercadorias de R$15.000,00 e venda de serviços no valor de
R$10.000,00, cujo faturamento incidiu os seguintes imposto: IRPJ, CSLL, PIS,
COFINS, ICMS e ISSQN.

Em um processo civil, foi apresentada uma planilha de cálculo devidamente


auditada relativa aos tributos líquidos. Nos tributos já estavam excluídos suas
compensações de créditos e não tinham sidos pagos até 31.1.2014.

De acordo com as informações disponibilizadas em 31.1.2014, verificou-se no


Balanço Patrimonial, referente ao mês de janeiro de 2014, os seguintes valores
de tributos no Passivo Circulante:

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De acordo com os valores apresentados e informações adicionais, julgue os itens


com os quesitos apresentados pelo juiz e as respostas apresentadas pelo perito
contador nomeado para o caso e assinale a opção CORRETA.

I. Pode o Sr. Perito informar se o valor do IRPJ a pagar está apresentado de


acordo com o faturamento total em 31.1.2014? Resposta: Analisando a planilha
apresentada e auditada em 31.1.2014, com os valores dos tributos apresentados
no Balanço Patrimonial, mais precisamente no Passivo Circulante, verifica-se que
não foram computados o valor do IRPJ referente à venda de mercadorias.

II. Pode o Sr. Perito informar se o valor da COFINS a recolher está apresentado
de acordo com o faturamento total em 31.1.2014? Resposta: Analisando a

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planilha apresentada e auditada em 31.1.2014, com os valores dos tributos
apresentados no Balanço Patrimonial, mais precisamente no Passivo Circulante,
verifica-se que não foram computados os valores da COFINS referente à venda
de serviços.

III. Pode o Sr. Perito informar se o valor do ICMS a pagar está apresentado de
acordo com o faturamento total em 31.1.2014? Resposta: Analisando a planilha
apresentada e auditada em 31.1.2014, com os valores dos tributos apresentados
no Balanço Patrimonial, mais precisamente no Passivo Circulante, verifica-se que
foi computado corretamente o valor do ISSQN sobre venda de serviços.

Está(ão) certo(s) o(s) item(ns):

a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.

GabaritoAnulada

2. (FBC/Bacharel/2011.1) Uma empresa apresentava um quadro


societário de cinco sócios, com as seguintes participações:

Sócio A: 20%;
Sócio B: 20%;
Sócio C: 20%;
Sócio D: 20%;
Sócio E: 20%.

O sócio D foi excluído da sociedade pelos demais sócios, os quais arquivaram


uma Alteração Contratual na Junta Comercial, na qual constou em uma das
cláusulas que os haveres do sócio excluído estariam a sua disposição, cuja
apuração de haveres teria sido realizada com base em Balanço Patrimonial
Especial. 56842783534

O sócio D ajuizou uma ação de apuração de haveres na qual pediu a avaliação


dos bens da sociedade, com base em valores de mercado. O juiz nomeou dois
peritos. Para a avaliação dos bens imóveis, foi nomeado um perito engenheiro e
para a apuração dos haveres foi nomeado o perito-contador. O trabalho do perito-
contador utilizou os dados apresentados pela perícia de engenharia e os valores
do Balanço Patrimonial Especial juntados aos autos, para, por fim, elaborar um
novo Balanço Patrimonial Ajustado.

O Balanço Patrimonial Especial era assim representado:

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Os bens imóveis avaliados pela perícia de engenharia foram agrupados conforme


a seguir:

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O perito-contador realizou os ajustes necessários a um novo Balanço Patrimonial,


no qual os haveres do sócio excluído ficaram apurados em:

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a) R$33.509,67.
b) R$167.548.36.
c) R$491.340,38.
d) R$639.833,49.

GabaritoA

3. (FBC/Bacharel/2015.2) Os Sócios "A", "C" e "D" de uma Sociedade


Empresária decidiram excluir o Sócio "B" da sociedade. Para esse fim, solicitaram
que o contador da empresa apresentasse o Balanço Patrimonial Especial em 31
de agosto de 2015, visando demonstrar ao Sócio "B" a sua parte nos haveres.

O quadro de participação societária era assim constituído:

Após os ajustes, foi apresentado o Balanço Patrimonial Especial. O Patrimônio


Líquido ficou assim representado:

Com base nos dados acima, em uma Perícia Contábil de Apuração de Haveres, o
valor apurado para ser pago ao Sócio "B" é de:

a) R$9.660,00.
b) R$31.260,00. 56842783534

c) R$37.260,00.
d) R$42.060,00.

GabaritoC

4. (FBC/Bacharel/2016.2) Em uma questão judicial envolvendo a cobrança


de uma dívida, o Perito Contador foi chamado a calcular o saldo devedor de um
empréstimo com os seguintes dados:

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O devedor realizou duas amortizações parciais sendo a primeira de R$50.000,00


em 31.5.2013 e a segunda de R$60.000,00 em 31.5.2016. Para fins de análise
da questão, um dos quesitos formulados pelo Juiz indagava qual o saldo final em
31.5.2016, com aplicação dos encargos contratuais até o vencimento, e juros
simples de 1% ao mês calculados sobre o saldo da dívida em 31.5.2013, para o
período seguinte. Com base nos dados apresentados, o valor a ser informado em
resposta ao quesito formulado é de aproximadamente:

a) R$196.496,41.
b) R$178.496,41.
c) R$169.872,31.
d) R$156.896,41.

GabaritoB

5. (FBC/Bacharel/2016.2): Em uma decisão de liquidação de sentença no


valor de R$85.000,00, o Juiz determinou que o Perito Contador calculasse o valor
devido com incidência de juros moratórios, calculados com juros simples, nos
seguintes períodos e parâmetros:

Considerando-se o mês comercial de 30 dias, na situação apresentada, o valor


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total devido, acrescido dos juros moratórios, será de:

a) R$86.275,00.
b) R$98.600,00.
c) R$99.135,50.
d) R$99.662,50.

GabaritoB

6. (FBC/Bacharel/2015.2) Uma Sociedade Empresária foi citada para


apresentar os cálculos periciais referentes a um processo trabalhista. A sentença

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proferida em 1º grau, às folhas 59 a 67 dos autos, condenou a reclamada a pagar
ao reclamante:

• Horas extras diurnas, com 50% de acréscimo, 35 horas em outubro/2013,


com integração no Repouso Semanal Remunerado – RSR.
• Atualização monetária pelo índice fixo de 27%, abrangendo todo o período
da verba reclamada até a data do laudo.
• Juros de mora a contar da propositura da ação, que ocorreu em 1º de abril
de 2015.

Informações Adicionais:

• A jornada de trabalho do reclamante era de 220 horas mensais.


• A propositura da ação ocorreu em 1º de abril de 2015.
• O laudo foi finalizado em 31 de julho de 2015.
• Os Juros de Mora sobre o valor atualizado serão de 1% ao mês, regime de
capitalização simples.

O salário, a quantidade de dias úteis e os domingos e feriados estão apresentados


no quadro abaixo:

De acordo com os dados apresentados, o valor total devido ao reclamante é de:

a) R$369,89.
b) R$393,99.
c) R$469,76.
d) R$488,55.

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Q G
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6 BIBLIOGRAFIA
Costa, J. C. (2017). Perícia Contábil: aplicação prática. São Paulo: Atlas.

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Gonçalves, M. V. (2016). Direito Processual Civil esquematizado. São Paulo:
Saraiva.
Mello, P. C. (2016). Perícia Contábil/Paulo Cordeiro de Mello. - 2. ed.atual. . São
Paulo: Senac.
Zanna, R. D. (2016). Contabilidade Instrumental para peritos. São Paulo: SAGE.

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