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Prova de Língua Portuguesa de Recuperação

4° Bimestre

Texto: Telegrama
Carlos Drummond de Andrade

Emoção na cidade.
Chegou telegrama para Chico Brito.
Que notícia ruim,
que morte ou pesadelo
avança para Chico Brito no papel dobrado?

Nunca ninguém recebe telegrama


que não seja de má sorte.
Para isso foi inventado.
Lá vem o estafeta com rosto de Parca
trazendo na mão a dor de Chico Brito.
Não sopra a ninguém.
Compete a Chico
descolar as dobras
de seu infortúnio.

Telegrama, telegrama, telegrama.

Em frente à casa de Chico Brito o voejar múrmure


de negras hipóteses confabuladas.
O estafeta bate à porta.
Aparece Chico, varado de sofrimento prévio.
Não lê imediatamente.
Carece de um copo de água
e de uma cadeira.
Pálido, crava os olhos
nas letras mortais:

“Queira aceitar efusivos cumprimentos passagem data natalícia espero merecer valioso apoio
distinto correligionário minha reeleição deputado federal quinto distrito cordial abraço.”
Atanágoras Falcão.

Interpretação de texto:
1) No verso “que morte ou pesadelo”, o que a palavra destacada sugere? (0,5)
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2) O que é um estafeta? (0,5)


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3) Parca, de acordo com a mitologia, é uma das deusas que fiava, dobrava e cortava o fio da
vida. Sabendo disso, o que o eu lírico quis comunicar no verso “Lá vem o estafeta com rosto de
Parca”? (0,5)
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4) Há “emoção na cidade”. Por quê? (0,5)


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5) Que expressão o poeta usa na 1ª estrofe para se referir ao telegrama? (0,5)


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6) Quem era Atanágoras Falcão? (0,5)


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7) Qual era o objetivo da mensagem enviada no telegrama a Chico Brito? (0,5)


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Ortografia:
1) Marque a opção que completa a sentença corretamente: (0,5)

“Dormi _____, por este motivo fiz um ____ teste e terminarei o bimestre muito _____.”

( ) MAU – MAL - MAU


( ) MAL – MAL - MAL
( ) MAU – MAU - MAU
( ) MAL – MAU - MAU
( ) MAL – MAU - MAL

2) Identifique a alternativa em que um dos vocábulos, segundo o Acordo Ortográfico, recebeu


indevidamente acento gráfico: (0,5)

a) céu – réu – véu;


b) chapéu – ilhéu – incréu;
c) anéis – fiéis – réis;
d) mói – herói – jóia;
e) anzóis – faróis – lençóis.

3) Complete as frases a seguir com MAS ou MAIS: (0,5)

a) Tenho _____ amigos que você.


b) Pesquisei bastante, ______ não achei nada sobre esse assunto.
c) Este ano estou _____ dedicado aos estudos.
d) Divirta-se, _____ antes cumpra com suas obrigações.
e) Este é o terno _____ caro da loja.
f) Ele estudou muito, _____ não foi bem na prova.
g) O carro está com problemas, ____ vou usá-lo assim mesmo.
h) Não consegui chegar a tempo, _____ ninguém percebeu.
Gramática:

1) No período – “ E quanto mais andava mais tinha vontade.” Ocorre ideia de proporção:
Assinale a opção em que tal ideia não ocorre: (0,5)
a) Quanto mais leio esse autor menos o entendo
b) Choveu tanto, que não pudemos sair.
c) A medida que corria o ano, o nosso trabalho era maior.
d) Quanto menos vontade, mais desinteresse.
e) Quanto mais se estuda, mais se aprende.

2) Indique a alternativa que apresenta, respectivamente, a correta classificação das orações


subordinadas adverbiais abaixo: (0,5)
I - Tanta foi a minha surpresa, que perdi a fala.
II - Quanto mais ele fala, menos eu escuto.
III - Se dirigir, não beba.
IV- Fez tudo a fim de conseguir o emprego.

A) Consecutiva, proporcional, condicional, final.


B) Proporcional, proporcional, condicional, final.
C) Concessiva, consecutiva, causal, causal.
D) Consecutiva, consecutiva, condicional, concessiva.

3) Assinale a oração classificada corretamente: (0,5)

a) Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas. (subordinada adverbial comparativa)
b) Não serás bom advogado, sem que estudes muito. (subordinada adverbial consecutiva)
c) Cumprirei minhas tarefas mesmo que a oposição critique. (subordinada adverbial concessiva)
d) Quanto mais se tem, mais se deseja. (subordinada adverbial causal)
e) Aproximei-me a fim de que pudesse ouvi-la. (subordinada adverbial proporcional)

4) Assinale o período em que há oração subordinada adverbial consecutiva: (0,5)


a) Diz-se que você não estuda.
b) Falam que você não estuda.
c) Fala- se tanto que você não estuda.
d) Comeu tanto que ficou doente.
e) Quando saires, irei contigo.

5) Dentre as orações adverbiais, assinale a que indica circunstância de tempo: (0,5)


A) Mesmo estando gripadíssima, mergulhei na piscina.
B) As fofocas correm mais rápido que os fatos.
C) À medida que o tempo passa, Regina fica mais tensa.
D) Terminada a prova, os alunos saíram imediatamente da sala.

6) Identifique qual das alternativas trata-se de metáfora: (0,5)

( ) Eles morreram de rir daquela cena.


( ) Aqueles olhos eram como dois faróis acesos.
( ) Ah! O doce sabor da vitória!
( ) Aquele velho é uma raposa!

7) Indique a classificação incorreta da oração subordinada adverbial destacada: (0,5)

a) Como tomei uma forte medicação, não pude dirigir meu novo carro. (causal)
b) Como as flores do campo, exalam as flores do meu jardim. (comparativa)
c) Nossos planos saíram como prevíramos. (final)
d)Como cereais todos os dias para não engordar. (oração principal).

8) Na expressão: “Todos estão morrendo de sede”, a figura de linguagem presente é: (0,5)


A) metáfora
B) hipérbole
C) pleonasmo
D) anáfora
E) antítese

Redação: (1,0)

Conexão Cortada

Ficar trancado no quarto é castigo? Só se for no século passado. Afinal, em tempos de


internet, iPod e celular, o mundo todo está ao alcance dos adolescentes dentro do quarto.
Resultado: os pais estão se adaptando e criando novas formas de repreender seus filhos.
Guilherme Octávio Elói de Melo, 12, sabe muito bem o que é isso. Ele já teve que ficar
semanas longe do videogame, do computador e até da câmera digital. "Quando eu respondo
malcriado para minha mãe, ela proíbe as coisas que eu mais gosto." Para ele, o pior de tudo é
ficar sem computador.
Tomás de Sampaio Góes Martins Costa, 15, já chegou a ficar dois meses sem jogar no
PC por ter tirado notas baixas. "Tive que aguentar até passar na recuperação", reclama. "O
facebook e o MSN eles liberaram para não terem uma surpresa ruim com a conta de telefone."
Na casa de Eduardo Kiel, 13, a punição passa pela TV a cabo. "Sempre que faço algo
errado, meus pais não me deixam ver meus canais preferidos", diz. "Só me deixam assistir
History Channel." Para ele, o método é injusto. "Mas, se fosse com meu irmão, eu diria que foi
justo."
Bruna Diniz Knoepfelmacher, 13, é mais taxativa em sua posição quanto à injustiça de
castigos desse tipo. "Esse não é um jeito de eles nos educarem", diz. "Não vou fazer isso com
meus filhos, mesmo se eles passarem dos limites." Os pais da estudante costumam proibi-la de
usar o iPod, o computador ou de ver televisão por algum tempo quando ela briga muito com os
irmãos...
Hacker em casa - A vencedora do concurso de mangás do Folhateen, Fernanda de
Nóbrega Gonçalves, 15, já deu uma de hacker na sua própria casa para não ficar longe do
computador. Para controlar o acesso da filha à máquina, que julgavam excessivo, seus pais
colocaram uma senha que ela desconhecia. "Na época, eu era viciada em internet e não
descansei até descobri-la."
Quando os pais perceberam que a senha não era o suficiente para manter a filha longe do
cyberespaço, apelaram para um método mais radical: esconderam a CPU do PC.Mas nem isso
deteve Fernanda. Em pouco tempo, ela encontrou a peça e remontou o computador...
Hoje, as duas chegaram a um acordo. Mariana já não usa tanto o computador por livre e
espontânea vontade, e a mãe não precisa mais impor regras quanto ao tempo de acesso da
filha. "Castigo é bom porque a gente aprende", afirma a garota. "Mas agora já não preciso mais
dele."
A partir das informações apresentadas, desenvolva um texto dissertativo, sobre o tema em
discussão: Como os pais podem educar seus filhos em tempos de internet, iPod e celular?
- Não se esqueça de apresentar uma proposta para a solução do problema em discussão.
(mínimo de 15 linhas e máximo de 20)
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Você é capaz! Eu acredito no seu potencial

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