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REDAÇÃO

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22 TEMAS POLICIAIS COM RESPOSTA


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Temas Policiais

[1](CESPE/PCDF/Escrivão/2013)

Tema:

Maurício, estudante com vinte e três anos de idade, sem


antecedentes criminais, encontrava-se na fila de um
supermercado aguardando sua vez para pagar pelo produto
escolhido. Ainda na fila, Maurício foi abordado por Renato,
segurança do estabelecimento, que pediu para revistá-lo,
pois o havia visto colocando algumas peças de roupa dentro
da mochila. De fato Maurício havia pegado as roupas, que
foram avaliadas em R$ 115,00. O agente admitiu que havia
se apoderado das peças de roupa para seu uso pessoal e
que não tinha a intenção de pagar por elas. Renato
solicitou, então, a presença da polícia militar, que, ao
analisar o caso, deu voz de prisão em flagrante a Maurício,
conduzindo-o à delegacia de polícia mais próxima, para a
lavratura do respectivo auto de prisão.

Com base na situação hipotética apresentada acima, redija,


de forma fundamentada, um texto dissertativo, que atenda,
necessariamente,ao que se pede a seguir.

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< Discorra sobre o furto privilegiado e sobre o furto de


bagatela, apresentando as diferenças entre ambas as
figuras e apontando em qual modalidade se enquadraria a
conduta de Maurício. [valor: 8,00 pontos]

< Responda se Maurício consumou o furto, esclarecendo se


as circunstâncias do caso autorizam a lavratura do
flagrante por furto na modalidade tentada. [valor: 6,00
pontos]

< Esclareça se a devolução da coisa furtada é admitida


como causa de exclusão da tipicidade do crime de furto.

[valor: 5,00 pontos]

[2] (CESPE/PRF/2013)

Tema:

Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter


unicamente motivador, redija um texto dissertativo que
atenda, necessariamente, ao que se pede a seguir:

< defina o crime de contrabando e indique, em linhas


gerais, as circunstâncias que integram esse tipo penal;
[valor: 4,00 pontos]

< comente acerca das principais mercadorias e cargas


contrabandeadas no território brasileiro; [valor: 3,00
pontos]

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< explane a respeito dos problemas decorrentes do


contrabando de mercadorias e cargas para a economia
nacional e para a saúde pública; [valor: 6,00 pontos]

< sugira medidas e ações efetivas das forças públicas para


o combate ao contrabando de mercadorias e cargas no
país. [valor: 6,00 pontos]

[3] (CESPE/PCDF/Agente/2013)

Tema:

Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter


unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca
do seguinte tema.

O CERCO ÀS ARMAS COMO ESTRATÉGIA DE COMBATE À


VIOLÊNCIA

Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os


seguintes aspectos:

< percepções diversas acerca das armas, de instrumento


de proteção a símbolo de morte e destruição; [valor: 13,00
pontos]

< efeito educativo pretendido com a proibição da venda de


armas de brinquedo; [valor: 13,00 pontos]
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< limitações de uma medida legal como a proibição de


venda de armas de brinquedo. [valor: 12,00 pontos]

[4] (CESPE/PCGO/Escrivão/2016)

Tema:

João foi indiciado em inquérito policial (IP), e, no curso


deste, o juiz competente, de ofício, decretou a prisão
temporária do dito indiciado. Para defender seus interesses,
João constituiu um advogado que, na primeira
oportunidade, requereu ao delegado de polícia responsável
acesso a todos os elementos de prova no curso do IP, para
permitir a ampla defesa de seu cliente, de modo a se
garantir, assim, o devido processo legal.

Acerca da situação hipotética acima apresentada e do IP,


redija um texto dissertativo que atenda, de modo
fundamentado, às determinações e aos questionamentos
seguintes.

1 Apresente o conceito e a finalidade do IP. [valor: 2,00


pontos]

2 Descreva as características do IP. [valor: 4,00 pontos]

3 Comente sobre o valor probatório do IP. [valor: 2,00


pontos]

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4 A instauração de IP é indispensável? [valor: 2,00 pontos]

5 Na situação considerada, a prisão temporária de João,


nos moldes em que foi decretada — de ofício — foi legal?
[valor: 4,00 pontos]

6 Na situação considerada, há fundamento legal para o


direito de acesso do defensor de João aos elementos de
prova no curso do IP? Em sua resposta, destaque o
entendimento do Supremo Tribunal Federal a respeito.
[valor: 5,00 pontos]

[5] (CESPE/PCGO/Agente/2016)

Tema:

No curso de uma investigação policial, atendendo a


representação da autoridade policial, foi autorizada
judicialmente medida de busca e apreensão de bens e
documentos, a ser realizada em endereço determinado,
conforme descrito no competente mandado. De posse do
mandado, os agentes de polícia, acompanhados da
autoridade policial, chegaram ao sobredito imóvel somente
no período noturno, devido a vários contratempos havidos
no decorrer das diligências. Confirmado o endereço,
constatou-se a presença de várias pessoas no interior do
imóvel, entre elas, o proprietário da casa, indiciado no
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inquérito policial que originou o mandado de busca e


apreensão. Adicionalmente, constatou-se a existência de
três veículos na garagem do imóvel.

Considerando a situação hipotética acima apresentada,


redija um texto dissertativo acerca do instituto da busca e
apreensão no processo penal. Ao elaborar seu texto,
aborde, fundamentadamente, os seguintes tópicos.

1 Natureza jurídica da busca e apreensão, seus objetivos e


suas características e normas gerais. [valor: 7,00 pontos]

2 Requisitos para o cumprimento da busca e apreensão em


suas modalidades domiciliar e pessoal. [valor: 6,00 pontos]

3 Relativamente à situação hipotética apresentada:


possibilidade jurídica de realização da diligência no horário
noturno. [valor: 3,00 pontos]

4 Relativamente à situação hipotética apresentada:


possibilidade jurídica de realização de busca pessoal nas
pessoas encontradas no interior do imóvel, bem como no
interior dos veículos estacionados na garagem. [valor: 3,00
pontos]

[6] (IADES/PMDF/Soldado/2018)

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Tema:

Como o policial-militar do Distrito Federal pode contribuir


para o combate aos crimes contra a dignidade sexual?

[7] (CESPE/PCMA/Agente/Escrivão/2018)

Tema:

Discorra sobre os princípios penais da reserva legal; da


anterioridade da lei penal e da intranscendência da pena,
abordando o conceito de cada um, sua natureza jurídica e
seus objetivos.

[8] (CESPE/PF/Delegado/2018)

Tema: Interceptação telefônica

Nos autos de procedimento executivo fiscal de cobrança do


imposto de renda de pessoa jurídica,

o juiz federal responsável pela vara de execuções fiscais de


determinado estado da Federação expediu ordem de
interceptação de comunicação telefônica do representante
legal da empresa devedora executada, sob o fundamento
de que havia indícios da prática de sonegação e fraude
fiscal. Com a negativa da companhia telefônica em fornecer
os dados e as gravações correspondentes, o cumprimento
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da ordem foi dirigido à delegacia da Polícia Federal para


que, sob pena de incursão no crime de desobediência,
prendesse o funcionário da companhia telefônica
responsável pelo fornecimento das comunicações
telefônicas e colhesse elementos de prova relacionados ao
seu conteúdo. Autorizou-se, desde logo, o ingresso da
autoridade policial na residência e no escritório do
representante legal da empresa executada e de seus
advogados, sem, contudo, especificar-se o conteúdo da
busca e apreensão. Ato contínuo, a ordem judicial foi
cumprida em sua integralidade, de modo que o juízo da
execução fiscal teve acesso às gravações telefônicas que
corroboravam a prática do crime de fraude fiscal e
sonegação, a partir das quais a Polícia Federal também
colheu provas do crime de remessa ilegal de divisas.

Redija um texto dissertativo, abordando as normas


constitucionais e os direitos fundamentais violados na
situação hipotética apresentada. Fundamente seu texto na
Constituição Federal de 1988, na jurisprudência do STF e
na doutrina.

[9] (CESPE/PF/Delegado/2018)

Tema: Concurso de Pessoas (Direito Penal)

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Após a instauração do inquérito policial, foi apurada a


formalização de um contrato superfaturado entre a
prefeitura de determinado município e uma empresa local.
O negócio jurídico, que foi realizado em regime de urgência
e sem licitação, foi viabilizado pelo prefeito do município e
por um secretário municipal, responsável pela área a que
se referia o contrato, em conluio com o proprietário da
empresa contratada.

Foi apurado, ainda, que a empresa contratada realizou


depósitos bancários nas contas dos referidos agentes
políticos, correspondentes a percentual do valor bruto do
contrato, cabendo ao prefeito o dobro do valor depositado
para o secretário municipal. Por fim, constatou-se que, com
esses valores, os beneficiados adquiriram veículos e
imóveis.

Considerando a situação hipotética precedente, redija um


texto dissertativo abordando os seguintes aspectos:

1 a definição de concurso de agentes e os requisitos para a


sua caracterização; [valor: 1,00 ponto]

2 os tipos penais configurados na situação hipotética e os


elementos objetivos desses tipos; [valor: 1,30 ponto]

3 os sujeitos ativos e passivos dos delitos apurados no


inquérito policial e a possibilidade de configuração do crime
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de associação criminosa na hipótese narrada. [valor: 1,50


ponto]

[10] (CESPE/PF/Delegado/2018)

TEMA : Poder de Polícia (Direito Administrativo)

Considerando que o texto precedente tem caráter


unicamente motivador, redija um texto dissertativo
atendendo ao que se pede a seguir.

1 Discorra sobre o conceito de poder de polícia e cite dois


exemplos de atos administrativos que expressam esse
poder. [valor: 1,20 ponto]

2 Discorra sobre os ciclos ou fases do poder de polícia.


[valor: 1,20 ponto]

3 Apresente as distinções entre polícia administrativa e


polícia judiciária explicitando, para cada uma dessas
polícias: o objeto de incidência, as infrações tratadas e os
órgãos competentes para seu exercício. [valor: 1,40 ponto]

[10] (CESPE/PF/Delegado/2018)

TEMA : Poder de Polícia (Direito Administrativo)

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Padrão de Resposta

1 Conceito e exemplos do poder de polícia

O poder de polícia foi previsto expressamente pelo art. 78


do Código Tributário Nacional: “considera-se poder de
polícia a atividade da administração pública que, limitando
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a
prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse
público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes da
concessão ou autorização do poder público, à tranquilidade
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos”. De acordo com Maria Sylvia Di
Pietro (Direito Administrativo, 2017), o poder de polícia é
“a atividade do Estado consistente em limitar o exercício
dos direitos individuais em benefício do interesse público”.
Em resumo, o poder de polícia é o poder de que dispõe a
administração pública para, na forma da lei, condicionar ou
restringir o uso de bens, o exercício de direitos e a prática
de atividades privadas, com vistas a proteger o interesse
público (Celso Antônio Bandeira de Mello. Curso de Direito
Administrativo, 2016). São exemplos do poder de polícia:
licença para construir, autorização para porte de arma de
fogo, imposição de multas administrativas, apreensão de
mercadorias etc.
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2 Ciclos ou fases do poder de polícia

De acordo com Diogo de Figueiredo Neto (Curso de Direito


Administrativo, 2015) e Marcos Juruena (Direito
administrativo regulatório, 2009), o poder de polícia possui
“fases” ou “ciclos”:

a) ordem de polícia: corresponde à legislação que


estabelece os limites e os condicionamentos aos exercícios
das atividades privadas e ao uso de bens;

b) consentimento de polícia: se revela na anuência prévia


da administração, quando exigida, para a prática de
determinadas atividades privadas (licenças ou
autorizações);

c) fiscalização de polícia: atividade de verificação do


adequado cumprimento das ordens de polícia ou das regras
previstas no consentimento de polícia pelo particular;

d) sanção de polícia: atuação administrativa coercitiva, na


situação de se constatar o descumprimento de uma ordem
de polícia ou dos requisitos e condições previstas no
consentimento de polícia.

A delegabilidade ou não de cada ciclo ou fase não deve


fazer parte de pontuação específica no quesito, compondo,
entretanto, o raciocínio jurídico utilizado pelo candidato em
sua fundamentação.

3 Distinção entre polícia administrativa e polícia


judiciária
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No que toca à distinção entre polícia administrativa e polícia


judiciária, alguns critérios devem ser explicitados,conforme
a doutrina do direito administrativo (Celso Antônio Bandeira
de Mello; Maria Sylvia Di Pietro; Diogo de Figueiredo):

a) quanto ao objeto de incidência: a polícia administrativa


incide sobre bens, serviços ou atividades privadas; a polícia
judiciária

incide sobre pessoas;

b) quanto às infrações: a polícia administrativa trata de


infrações administrativas; a polícia judiciária, de infrações
criminais;

c) quanto aos órgãos competentes: a polícia administrativa


é exercida por órgãos administrativos de caráter
fiscalizador, integrantes dos mais diversos setores da
administração; a polícia judiciária é realizada por
corporações específicas

(polícia civil e Polícia Federal).

Obs.: considerar, também, como critério válido, a


abordagem que distingue a polícia administrativa da polícia
judiciária, a natureza predominantemente preventiva da
polícia administrativa e repressiva em relação à polícia
judiciária, ou a natureza (ostensiva e preventiva) da polícia
administrativa, e a natureza investigativa da polícia
judiciária, desde que bem diferenciado e fundamentado na
doutrina.

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Quesito 2.1

0 – Não apresentou informações relacionadas ao tópico.

1 – Explicou apenas o conceito previsto no art. 78 do CTN


ou conceito doutrinário.

2 – Explicou o conceito previsto no art. 78 do CTN ou


conceito doutrinário + forneceu um exemplo.

3 – Explicou o conceito previsto no art. 78 do CTN ou


conceito doutrinário + forneceu dois exemplos.

Quesito 2.2

0 – Não apresentou informações relacionadas ao tópico.

1 – Explicou apenas um dos ciclos.

2 – Explicou apenas dois dos ciclos.

3 – Explicou apenas três dos ciclos.

4 – Abordou e explicou todos os quatro ciclos.

Quesito 2.3

0 – Não apresentou informações relacionadas ao tópico.

1 – Explicou apenas um aspecto de distinção (quanto ao


objeto de incidência).

2 – Explicou apenas dois aspectos de distinção (quanto ao


objeto de incidência + quanto às infrações).

3 – Abordou e explicou todos os aspectos de distinção.

[11] (CESPE/PF/Papiloscopista/2018)

Tema:
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Considerando que os fragmentos de texto apresentados


têm caráter unicamente motivador, redija um texto
dissertativo acerca da entrada de imigrantes no Brasil,
discutindo estratégias para a prevenção de crimes e de
violências envolvendo imigrantes no país, tanto na condição
de agentes quanto na de vítimas.

[12] (CESPE/PF/Escrivão/2018)

Tema:

Em seu texto, posicione-se, de forma clara e


fundamentada, a respeito da redução da maioridade penal
[valor: 4,00 pontos] e discuta os seguintes aspectos:

1 )proteção da criança e do adolescente pelo Estado;


[valor: 2,80 pontos]

2) redução/aumento da violência e tratamento dos


adolescentes em conflito com a lei como adultos; [valor:
2,80 pontos]

3) papel do poder público na elaboração de políticas sociais


com potencial de reduzir o envolvimento de adolescentes
com a violência no Brasil. [valor: 2,80 pontos]

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[13] (CESPE/PF/Agente/2018)

Tema:

A partir das ideias dos textos precedentes, que têm caráter


unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca
do seguinte tema.

O PAPEL DA POLÍCIA FEDERAL NO APRIMORAMENTO DA


DEMOCRACIA BRASILEIRA

Em seu texto,

1 discorra sobre o papel constitucional e social da Polícia


Federal e sua relação com os direitos humanos; [valor:
4,00 pontos]

2 cite contribuições da Polícia Federal relevantes para a


manutenção do Estado democrático de direito,
especialmente relacionadas aos direitos humanos; [valor:
4,00 pontos]

3 apresente sugestões de implantação de ações e(ou)


projetos que possam contribuir futuramente para o
aprimoramento da democracia brasileira. [valor: 4,40
pontos]

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[14] (CESPE/PCMA/Delegado/2018)

Tema:Tortura

Em uma ação de combate ao tráfico de drogas em


determinada cidade, a polícia civil, por meio de
departamento especializado em repressão ao narcotráfico,
prendeu um homem que portava vinte quilos de
entorpecentes, balança de precisão e certa quantia em
dinheiro, em cédulas trocadas. Esse indivíduo foi
encontrado em um bar de sua propriedade, oportunidade
na qual foi algemado e conduzido à delegacia.

A operação deflagrada foi possível após a prisão de outro


traficante, que forneceu as informações em confissão
extrajudicial realizada em sede inquisitorial após a
utilização de meios de tortura.

Considerando essa situação hipotética, disserte sobre o


princípio da proibição à tortura, à luz da Constituição
Federal de 1988, da doutrina e do entendimento do STF.
Em seu texto, aborde, fundamentadamente, os seguintes
aspectos:

1 proibição à tortura como direito fundamental e efeitos


jurídicos de eventual violação a esse direito; [valor: 5,00
pontos]

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2 extensão dos efeitos da violação ao princípio fundamental


da proibição à tortura, no que se refere aos sujeitos;[valor:
5,00 pontos]

3 limites para o uso de algemas em operações policiais.


[valor: 4,25 pontos]

[15] (CESPE/PCMA/Delegado/2018)

Tema: Estupro de Vulnerável

Juliana compareceu a delegacia de polícia, onde alegou que


sua filha Maria, adolescente de treze anos de idade, havia
sido violentada, alguns dias atrás, por João, de trinta anos
de idade. Realizado exame de corpo de delito em Maria, foi
constatado que ela havia praticado conjunção carnal em
data recente.

Na presença do delegado, João afirmou que sabia a idade


de Maria e que, de fato, havia praticado com ela conjunção
carnal sob o consentimento dela, visto que eles haviam
iniciado um relacionamento amoroso dias antes. Maria,
também em depoimento ao delegado, afirmou que tinha
praticado conjunção carnal com João de modo consentido,
pois tiveram um breve romance, e que ela já possuía uma
experiência sexual anterior.

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Acerca da situação hipotética acima descrita, responda ao


questionamento do primeiro tópico abaixo e faça o que se
pede nos tópicos subsequentes.

1 Houve prática de crime por parte de João? Se positiva


sua resposta, esclareça qual foi o crime praticado. [valor:
3,75 pontos]

2 Comente sobre o consentimento da vítima. [valor: 3,50


pontos]

3 Disserte sobre a existência de relacionamento amoroso


entre João e Maria e a experiência sexual anterior de Maria.

[valor: 3,50 pontos]

4 Disserte sobre a possibilidade de ter ocorrido erro de


proibição na hipótese considerada. [valor: 3,50 pontos]

[16] (CESPE/PCMA/Delegado/2018)

Tema: Furto

Com o emprego de uma chave falsa, José entrou no


depósito de um estabelecimento comercial de material para
construção, de onde subtraiu para si objetos da empresa,
avaliados em R$ 200, e, também,

um telefone celular, avaliado em R$ 100, posteriormente


identificado como pertencente ao vigia do local, que o havia
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deixado sobre uma mesa em frente ao depósito, ao sair


para realizar uma ronda. Em seguida, José empreendeu
fuga. Após investigações e a juntada de laudo de avaliação
dos bens e do laudo que atestou no inquérito ser falsa a
chave, José foi acusado de ser o autor do fato,
oportunidade em que, também, foi devidamente atestada a
sua primariedade. O inquérito está em fase de elaboração
de relatório.

Com relação à situação hipotética acima descrita, disserte a


respeito dos seguintes aspectos:

1 tipificação da conduta de José e possibilidade de


coexistência de qualificadora com o privilégio no crime em
questão; [valor: 3,50 pontos]

2 emprego de chave falsa; [valor: 3,50 pontos]

3 valor dos bens subtraídos e primariedade do agente;


[valor: 3,50 pontos]

4 concurso de crimes e sua consequência. [valor: 3,75


pontos]

[17] (CESPE/PCMA/Delegado/2018)

Tema: CPP – Reconhecimento de Pessoas


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Dois homens — um empunhando um revólver; o outro,


uma faca — abordaram, por volta de

20 h 30 min de determinado dia, duas moças que


caminhavam em uma rua e as ameaçaram, exigindo que
lhes entregassem seus telefones celulares, tendo sido
prontamente atendidos. Comunicado o fato, a autoridade
policial instaurou inquérito policial e, dois dias depois, os
investigadores chegaram aos dois

suspeitos, conhecidos pela contumácia na prática dessa


ação criminosa. Levados os suspeitos à delegacia, as
vítimas prontamente os reconheceram como autores dos
roubos, mas sem que a autoridade policial observasse as
normas do Código de Processo Penal que regulam o
procedimento de reconhecimento de pessoas (art. 226 do
Código de Processo Penal).

A partir da situação hipotética acima apresentada, elabore


um texto fundamentado no posicionamento dos tribunais
superiores, respondendo aos seguintes questionamentos.

1 Em que consiste o reconhecimento de pessoa? [valor:


4,25 pontos]

2 Em que fase da persecução penal deve ocorrer o


reconhecimento de pessoa? [valor: 5,00 pontos]

3 Dadas as circunstâncias descritas na situação hipotética


em apreço, poderá haver nulidade no auto de
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reconhecimento de pessoae, em consequência disso, a


anulação do processo penal instaurado com base no
inquérito policial? [valor: 5,00 pontos]

[18] (CESPE/PCMA/Delegado/2018)

Tema: Organização Criminosa

Com relação aos meios operacionais para a prevenção e


repressão de ações praticadas por organizações criminosas,
discorra sobre o instituto da ação controlada, previsto na
Lei n.º 12.850/2013 — que estabelece, entre outros,
preceitos legais sobre os crimes organizados —, abordando,
necessariamente, os seguintes aspectos.

1 Conceito e alcance do instituto. [valor: 7,25 pontos]

2 Exigência ou não de prévia ordem judicial para a adoção


do procedimento pela autoridade policial, à luz da previsão
legal e dos posicionamentos doutrinários sobre o assunto.
[valor: 7,00 pontos]

[19] (CESPE/PCMA/Delegado/2018)

Tema: Lei Maria da Penha

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A Lei n.º 11.340/2006, também conhecida como Lei Maria


da Penha, criou mecanismos para coibir e prevenir a
violência doméstica e familiar contra a mulher,
estabelecendo, entre outras, medidas de proteção às
mulheres em situações de abuso e de agressões.

Considerando as disposições da lei em referência e o


entendimento dos tribunais superiores, discorra sobre os
seguintes tópicos.

1 Procedimento a ser instaurado pela autoridade policial


nos crimes de lesão corporal leve, de ameaça e de injúria
cometidos contra

a mulher em situação de violência doméstica, levando-se


em consideração a natureza da ação penal nos respectivos
crimes. [valor: 5,25 pontos]

2 Possibilidade de retratação da vítima, no âmbito policial,


quanto aos crimes indicados. [valor: 5,00 pontos]

3 Possibilidade de aplicação da Lei n.º 9.099/1995 e de


seus institutos despenalizadores nos casos dos referidos
crimes cometidos em âmbito doméstico contra a mulher.
[valor: 4,00 pontos]

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[20] (CESPE/ABIN/OTI/C-2/A2)

Tema: Improbidade Administrativa

Considerando as informações apresentadas, redija um texto


dissertativo respondendo, de forma fundamentada, aos
seguintes questionamentos.

1 Os atos de improbidade administrativa configuram ilícito


de natureza penal, administrativa ou civil? [valor: 20,00
pontos]

2 Carlos pode ser réu na ação de improbidade mesmo não


sendo mais ocupante de nenhum cargo público? [valor:
20,00 pontos]

3 É necessária a comprovação do dano ao erário para a


configuração de ato de improbidade? [valor: 23,50 pontos]

4 Deve ser deferido o pedido para a indisponibilidade dos


valores em aplicação financeira proveniente de verbas
trabalhistas?

[valor: 22,00 pontos]

[21] (CESPE/ABIN/OTI/C-2/A2)

Tema: Penal

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Luiz, prefeito de uma cidade interiorana, cometeu uma


série de crimes contra a administração pública

durante seu mandato. Enquanto opositores políticos de Luiz


tentavam juntar provas contra ele, um empreiteiro local
resolveu falar que o prefeito havia recebido dinheiro ilícito
entre 1990 e 1995 para financiar sua campanha e favorecer
posteriormente o empreiteiro em licitações. Abriu-se,
então, investigação contra Luiz por corrupção passiva. Em
sua defesa, o advogado alegou causa de extinção de
punibilidade. Luiz comemorou a alegação do advogado em
rádio local, oportunidade em que declarou à população que
fora absolvido.

Acerca dessa situação hipotética, faça, em texto


dissertativo, o que se pede no primeiro tópico abaixo e
responda, de forma justificada, ao questionamento
apresentado no tópico seguinte.

1 Aponte a causa da extinção da punibilidade alegada pelo


advogado, descrevendo tal instituto e indicando suas
consequências. [valor: 15,00 pontos]

2 A declaração do prefeito sobre a sua absolvição é correta?


[valor: 13,50 pontos]

[22] (CESPE/ABIN/OTI/C-2/A2)
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Tema: Estado de Defesa

Considerando o regramento estabelecido pela Constituição


Federal de 1988 para a defesa do Estado e das instituições
democráticas, discorra a respeito do estado de defesa.

Em seu texto, descreva:

1 o conceito do instituto e as hipóteses que justificam a sua


decretação; [valor: 9,50 pontos]

2 os direitos fundamentais que podem sofrer restrição


durante a sua vigência; [valor: 9,50 pontos]

3 os tipos de controle e o momento em que podem ser


exercidos. [valor: 9,50 pontos]

RESPOSTAS

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[1] (CESPE/PCDF/Escrivão/2013)

Padrão de Resposta:

Consoante o Código Penal, o crime de furto está previsto no


art. 155. Logo, convém citar as diferenças entre o furto de
bagatela e o furto privilegiado, e o possível enquadramento
da conduta de Maurício; a possibilidade da consumação do
crie e suas circunstâncias; e a possibilidade da devolução
do objeto furtado com exclusão da tipicidade do delito.

No que concerne ao furto, o art. 155 cita com a conduta de


subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel.
Segundo a doutrina, o furto privilegia é quando: objeto de
pequeno valor econômico; o acusado tenha bons
antecedentes criminais, para a redução. Já no furto
bagatela o fato será atípico, exclui o crime, pois o objeto
não apresenta grande repercussão social, o agente não
integra associação criminosas. Com isso, Maurício
responderá por furto privilegiado.

Quando ao delito, houve furto na forma consumada,


porquanto a “res furtiva”, isto é, objeto do furto, trocou a
posse, segundo a teoria da “amotio”, para o STJ e STF. Tal
teoria cita que houve a remoção do objeto do lugar.

Quando a possibilidade de devolução da coisa como causa


de extinção da punibilidade não é possível, porque a
conduta do agente não se aplica ao principio da
insignificância.

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[2] (CESPE/PRF/2013)

Padrão de Resposta:

O Brasil, nação cuja economia tem grande fluxo, tem


grande dificuldade na fiscalização de importação e
exportação. Nesse contexto, pode-se discorrer sobre: crime
de contrabando; mercadorias e cargas contrabandeadas, e
seus problemas decorrentes para economia e saúde; além
de possíveis ações ao combate a esses delitos.

No que concerne ao crime de contrabando, o Código Penal


(CP), art. 334-a, sendo importar ou exportar mercadoria
proibida, punido com pena de reclusão de 2 a 5 anos de
reclusão.

As principais mercadorias contrabandeadas são cigarros e


roupas, de acordo com a revista isto é. Observa-se que as
roupas são por causa da falsificação e ou cigarros pois a
tributação é exorbitante.

São problemas decorrentes do contrabando, para a


economia nacional: a redução de recolhimento de impostos
e o aumento de postos de trabalhos informais, como
camelôs; quando a saúde pública, os problemas são
advindos de produtos sem selo de qualidade, que podem
causar mal aos usuários, por exemplo, do cigarro; ademais,
produtos com qualidade duvidosa, no caso dos calçados,
que podem causar problemas irreversíveis.

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São possíveis medida para o combate ao contrabando de


mercadorias e cargas: inicialmente, a conscientização ao
cidadão dos malefícios desses produtos; além disso,
aumento do efetivo da fiscalização, com concurso e
preparação de agentes; e, por derradeiro, aumento da pena
base ao crime, além de torná-lo hediondo, com maior rigor.

Portanto, nota-se que o contrabando é como um “câncer” à


nação brasileira. Quando antes, com condutas e ações
plausíveis, por meio de servidores preparados, esse crime
for extirpado, o cidadão sofrerá menos com as
consequências.

[3] (CESPE/PCDF/Agente/2013

Padrão de Resposta:

As armas, desde o homem primitivo, foram usadas para a


defesa e ataque. Atualmente, as armas de fogo têm a
mesma finalidade, no entanto, usadas em âmbitos
diversos. Desse modo, pode-se citar: pontos positivos e
negativos quanto às armas; efeito educativo da proibição
da venda de armas de brinquedo; e a limitações de uma
medida legal como a proibição das armas de brinquedo.

Quando às percepções divergentes sobre as armas, é


possível citar, como pontos negativos: o grande número de
mortes por arma de fogo, além dos crimes de roubo e
sequestros praticados com arma; como pontos positivos,

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observa-se: possibilidade de defesa do cidadão de bem, e


a força do Estado, ao combater a criminalidade

No que concerne à finalidade educativa da proibição da


venda de armas de brinquedo, nota-se é salutar, porquanto
ao evitar que uma criança possua tal objeto, torna-se mais
fácil o não uso quando se tornar adulto. Entretanto, vale
observar que a medida tem viés extremista ao proibir
qualquer tipo, até as coloridas.

No tocante às limitações de uma medida legal como a


proibição de venda de armas de brinquedo, podem-se citar:
criação de exceções, no caso de armas coloridas;
possibilidade de venda de armas “air soft” (ar comprimido)
a maiores de idade, mediante registro de identidade e
cadastro de numeração.

Logo, observa-se que o cerco às armas é temas com


posições antagônicas. Logo, a discussão é indispensável, a
fim de um consenso aos cidadãos.

[4] (CESPE/PCGO/Escrivão/2016)

Padrão de Resposta:

1 Conceito e finalidade do inquérito policial (IP): é o


conjunto de diligências realizadas pela polícia judiciária

para a apuração de uma infração penal e de sua autoria, a


fim de que o titular da ação penal possa ingressar em juízo.
(art. 4.º do CPP: “A polícia judiciária será exercida pelas
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autoridades policiais no território de suas respectivas


circunscrições e terá por fim a apuração das infrações
penais e da sua autoria”). O IP é, portanto, procedimento
administrativo inquisitório e preparatório que consiste no
referido conjunto de diligências.

A finalidade do IP é a apuração de fato que configure


infração penal e a respectiva autoria para servir de base à
ação penal ou às providências cautelares, ou seja,
possibilitar que o titular da ação penal possa ingressar em
juízo.

2 Características do IP: o IP é procedimento escrito,


sigiloso e inquisitivo, marcado pela oficialidade,
oficiosidade, autoritariedade e indisponibilidade. Outras
características que podem ser apontadas são sua
discricionariedade e temporariedade.

3 Valor probatório do IP: o IP tem conteúdo informativo e


valor probatório relativo, haja vista que os elementos de
informação não são colhidos sob a égide do contraditório e
da ampla defesa. (artigo 155 do CPP: “O juiz formará sua
convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua
decisão exclusivamente nos elementos informativos
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares,
não repetíveis e antecipadas”).

4 Indispensabilidade do IP: o IP não é uma fase obrigatória


da persecução penal, podendo ser dispensado se já houver
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informações sobre o fato e a autoria, indicando o tempo, o


lugar e os elementos de convicção (artigo 12 do CPP: “O
inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa,
sempre que servir de base a uma ou outra; Art. 27.
Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do
Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública,
fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a
autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de
convicção; artigo 46, § 1.º, do CPP, “Quando o Ministério
Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o
oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver
recebido as peças de informações ou a representação”).

5 Possibilidade de o juiz decretar de ofício a prisão


temporária do indiciado: o juiz não pode decretar de ofício
a prisão temporária de indiciado, a qual dependerá de
representação da autoridade policial ou de requerimento do
Ministério Público, conforme dispõe o art. 2.º da Lei n.º
7.960/1989: “A prisão temporária será decretada pelo Juiz,
em face da representação da autoridade policial ou de
requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5
(cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de
extrema e comprovada necessidade.”

6 Se o defensor tem direito de acesso a todos os


procedimentos e elementos de prova do inquérito,
destacando o entendimento do Supremo Tribunal Federal a
respeito: o defensor tem direito de acesso aos elementos

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de prova já documentados e que digam respeito ao


exercício do direito de defesa, conforme o próprio
entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal.
Súmula Vinculante 14 do STF: É direito do defensor, no
interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos
de prova que, já documentados em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de
defesa.

[5] (CESPE/PCGO/Agente/2016)

Padrão de Resposta:

1 O instituto da busca e apreensão no processo penal é


procedimento de natureza eminentemente cautelar,

com previsão na Constituição Federal e no Código de


Processo Penal, sendo medida restritiva de direitos
individuais com o objetivo de acautelamento: i) de material
probatório necessário à prova da infração ou à defesa do
réu; ii) de coisa, de animais e até de pessoas que não
estejam ao alcance espontâneo da justiça.

É medida excepcional por implicar tanto a quebra da


inviolabilidade do domicílio, quanto a inviolabilidade
pessoal, em face das garantias constitucionais previstas no
art. 5.º, incisos e X e XI, da Constituição Federal.

(Art. 5.º, X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a


honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito

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a indenização pelo dano material ou moral decorrente de


sua violação; XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo,
ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou
para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial). Tal característica, ou seja, a excepcionalidade,

em face das garantias constitucionais em comento, traz em


consequência a jurisdicionalidade, que impõe seja a medida
analisada previamente pelo Poder Judiciário, podendo ser
realizada em fase inquisitorial, antes ou durante o inquérito
e em fase processual, ou seja, durante a instrução do
processo.

Nos termos do art. 240 e seguintes do Código de Processo


Penal, a busca poderá ser domiciliar ou pessoal,
entendendo-se a primeira como aquela realizada em
residência, bem como em qualquer compartimento
habitado, ou aposento ocupado de habitação coletiva ou em
compartimento não aberto ao público, no qual alguém
exerça profissão ou atividade. A busca pessoal é aquela
realizada na própria pessoa, em contato direto com o corpo
humano ou pertences íntimos ou exclusivos do indivíduo,
como bolsas, malas e veículos.

2 Os requisitos indispensáveis para a execução da busca


domiciliar são:

a) Ordem judicial escrita e fundamentada;

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b) Indicação precisa do local, dos motivos e da finalidade


da diligência;

c) Cumprimento da diligência durante o dia, salvo se o


morador consentir que seja realizada à noite;

d) A qualquer hora do dia ou da noite, independentemente


de mandado judicial ou consentimento do morador, por
ocasião de flagrante delito.

Já a busca pessoal não depende de autorização judicial


para o seu cumprimento, mas apresenta como requisito
essencial e indispensável a fundada suspeita de que o
indivíduo porte consigo ou em seus pertences armas,
instrumentos do crime, objetos necessários à prova do fato
delituoso, entre outros. É também legalmente autorizada
quando determinada no curso da busca domiciliar (art. 244
do CPP).

3 Em se tratando de busca pessoal e havendo fundadas


razões para a execução da diligência, esta poderá

ser realizada a qualquer hora do dia ou da noite, porquanto


independe de autorização judicial nesse sentido; todavia,
tratando-se de busca domiciliar, esta somente se dará no
horário noturno se for consentida pelo morador.

Não havendo consentimento deste, a diligência somente


poderá ser executada durante o dia.

4 Conforme dito alhures, no decorrer da busca e apreensão


domiciliar, a legislação processual penal
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autoriza a busca pessoal, independentemente de ordem


judicial, o que se estende aos objetos pertencentes à
pessoa, a exemplo de bolsas e veículos (automóvel,
bicicleta, motocicleta etc.). Se a medida mais gravosa, que
é a violação do domicílio, conta com a ordem judicial, seria
de todo improcedente que o exequente da ordem não
pudesse revistar as pessoas e os seus pertences
encontrados no local.

[6] (IADES/PMDF/Soldado/2018)

Padrão de Resposta:

1ª§[CONCEITO/PASSADO SIMPLES DO TEMA]Desde


a idade média, mulheres e crianças eram abusadas
sexualmente, atualmente, no Brasil, há a ocorrência de
tráfico de mulheres para a prostituição. Nesse contexto
pode-se citar: [tópicos abordados]a previsão legal dos
crimes, os modos de prevenção e as atitudes que o policial
militar (PM) deve tomar.

2ª§[1º ARGUMENTO:
CONCEITO/CITAÇÃO/EXEMPLO]Conforme o Código Penal
(CP), praticar qualquer ato libidinoso para satisfazer desejo
próprio ou de outrem é considerado crime de estupro. Além
disso, se for praticado contra menor de 14 anos ou
deficiente mental, mesmo que com o seu consentimento,
será aplicado o tipo penal de estupro de vulneráveis.

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3ª§[2º ARGUMENTO:
CONCEITO/CITAÇÃO/EXEMPLO] Von Liszt, na escola alemã,
cita as vertentes de políticas públicas que o estado deve
tomar para combater a criminalidade. Desse modo, os
agentes de segurança pública, como: Policiais Militares,
devem ser treinados para aplicar programas e projetos para
prevenir os crimes contra a dignidade sexual, como por
exemplo, palestras com as famílias e principalmente
auxiliar os mais vulneráveis.

4ª§[3º ARGUMENTO:
CONCEITO/CITAÇÃO/EXEMPLO]§É notável que o (PM) tem
uma grande função perante a sociedade, pois é o primeiro
a ter o contato com a vítima. Certamente, para que o (PM)
possa combater os crimes de estupro, deve trabalhar
inteligentemente, uma vez que a tecnologia proporciona
isso. Em Águas Claras, Distrito Federal, os moradores
criaram grupos no ‘’whatsapp’’ com os policiais da região
para que possam fazer as denuncias com mais rapidez.
Entretanto, há casos que não chegam a autoridade policial,
formando-se o crime de cifra negra, consoante a
vitimologia.

5ª§[RETOMADA DE ARGUMENTO
CONCLUSIVO]Portanto, desde a escravidão, que as
mulheres eram vendidas como produtos sexuais, ,
[PROBEMÁTICA]vê-se que hoje ainda existe. Como solução,
,[SOLUÇÃO DETALHADA] pode-se citar a teoria das janelas

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quebradas, isto, é, deve-se reprimir desde reprimir desde


os crimes menores para que não se torne grande. Dessa
forma, o PM deve patrulhar ostensivamente e
diuturnamente, interagir com a sociedade para evitar os
pequenos assédios e consequentemente um estupro,
garantindo o desenvolvimento saudável das crianças e a
dignidade das mulheres. (autor: Prof. Diego Vitor)

[7] (CESPE/PCMA/Agente/Escrivão/2018)

Padrão de Resposta:

Natureza:

Os princípios constitucionais mencionados no enunciado


integram o capítulo dos direitos e das garantias
fundamentais, estando previstos no art. 5.º da Constituição
Federal de 1988.

Significado:

Os princípios constitucionais penais da reserva legal e da


anterioridade da lei penal podem ser

resumidos da seguinte forma: “não há crime sem lei


anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação
legal”. Seu conteúdo também está previsto no art. 1.º do
Código Penal.

Tais princípios estão estreitamente relacionados entre si e


significam que nenhuma conduta pode ser considerada

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crime nem qualquer pena pode ser cominada sem que


antes de sua ocorrência (princípio da anterioridade da lei
penal) haja lei em sentido estrito descrevendo-a
taxativamente como crime

(princípio da reserva legal); ou seja, não pode haver


descrições vagas. Medidas provisórias, decretos e demais
diplomas legislativos não podem estabelecer condutas
criminosas nem determinar sanções, apenas

a lei em sentido estrito, oriunda do Poder Legislativo.

O princípio da anterioridade (ou irretroatividade) da lei


penal tem uma exceção, que ocorre no caso de edição de
lei mais benéfica ao réu. Assim, se a conduta é
descriminalizada ou a pena abrandada, a lei penal retroage
para beneficiar o réu.

O princípio da intranscendência da pena prevê que


nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo
a obrigação de reparar o dano e a decretação do
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor
do patrimônio transferido.

Objetivos:

Relacionam-se ambos os princípios ao valor da segurança


jurídica e à limitação dos poderes de persecução criminal
do Estado à conformidade com a lei, para garantia do
indivíduo: o Estado não pode surpreender o cidadão,

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criminalizando uma conduta depois de ela ter sido


praticada.

[8] (CESPE/PF/Delegado/2018)

Tema: Interceptação telefônica

Padrão de Resposta

O candidato deve discorrer sobre pelo menos três violações


a direitos fundamentais previstos nas normas
constitucionais: inviolabilidade do sigilo das comunicações,
licitude da prova produzida no âmbito da investigação
criminal e inviolabilidade dos domicílios pessoal e
profissional do representante legal da empresa executada e
de seus advogados.

1 Inviolabilidade do sigilo das comunicações e o


princípio do juiz natural

A ordem judicial tratada na hipótese descrita é


inconstitucional por violar o direito fundamental à
privacidade e à intimidade asseguradas pela proteção ao
sigilo das comunicações telefônicas disposto no inciso XII
do art. 5.º da Constituição Federal de 1988 (CF) — “XII – é
inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas,
salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e
na forma que a lei estabelecer para fins de investigação
criminal ou instrução processual penal”. Nesse sentido tem
decidido o STF: “A ausência de autuação da interceptação

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telefônica, em descompasso com o art. 8.º, cabeça, da Lei


n.º 9.296/1996, caracteriza irregularidade incapaz de
torná-la ilícita” (HC 128.102, rel. min. Marco Aurélio,
julgamento em 9/12/2015, Primeira Turma, DJE de
23/6/2016).

No caso, a ordem partiu de juiz flagrantemente


incompetente em procedimento de execução fiscal, e não
em sede de investigação criminal ou processo penal, como
autoriza excepcionalmente a CF. Desse modo, verifica-se
que a violação ao sigilo telefônico no caso foi acompanhada
da ofensa ao princípio do juiz natural (STF. RHC 80197/GO,
rel. min Néri da Silveira, Segunda Turma, DJ 29/9/2000;
Inq 3732/DF, rel. min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe
22/3/2016), configurando ordem manifestamente ilegal
cujo cumprimento poderia ser recusado pela autoridade em
respeito à CF e à lei que regulamenta a interceptação das
comunicações telefônicas. Inviável a prisão do funcionário
da companhia telefônica que legitimamente recusou-se a
fornecer as gravações.

2 Ilicitude da prova, irradiação dos efeitos da


ilicitude e invalidade dos atos posteriores

O comando judicial, além de incorrer em clara ilegalidade e


violar o sigilo das comunicações telefônicas, autorizou, sem
competência jurisdicional para tanto, a coleta de
informações e provas derivadas das gravações telefônicas
obtidas, o que configura a contaminação de todas as
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demais provas eventualmente colhidas. Nesse sentido é a


jurisprudência do STF e a doutrina de Gilmar Mendes e
Paulo Branco: “Com relação às gravações de conversas
telefônicas, a jurisprudência do STF assentou-se no sentido
de que a prova obtida por interceptação não autorizada
pelo Judiciário, nos termos da Lei n.º 9.269/1996, é
imprestável e que as evidências que dela decorram
padecem da mesma falta de serventia processual. Acolheu-
se a doutrina do fruits of the poisonous tree. Antes da lei de
1995, nenhuma escuta era admissível” (Gilmar Mendes e
Paulo Branco. Curso de Direito Constitucional. 12.ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2017, p. 294). Assim, o próprio juiz ou o
tribunal a que ele está vinculado deve declarar a nulidade
da prova ilícita colhida via interceptação e invalidar os atos
subsequentes que decorram da violação ao direito
fundamental ao sigilo telefônico.

3 Inconstitucionalidade da busca e apreensão


genérica e inviolabilidade do domicílio profissional
dos advogados

Por fim, há de se registrar que a ordem judicial incorreu em


ofensa à garantia constitucional de inviolabilidade tanto da
pessoa jurídica executada quanto de seu representante
legal e dos advogados que a patrocinam no juízo federal
das execuções fiscais. Sabe-se que, apesar de a
inviolabilidade de domicílio não ser um direito absoluto,
especialmente quando presente o mandado judicial, a

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ordem que autoriza a sua expedição não pode ser genérica,


devendo especificar o que constitui a busca — não pode
converter-se em devassa (STF. HC 95.009, rel. min. Eros
Grau, j. 6/11/2008, P, DJe de 19/12/2008), à luz do art.
243 do CPP, sem excluir outros dispositivos do Estatuto da
OAB, ao tratar-se de advogado. Além disso, ainda que
fosse válida a interceptação telefônica aqui tratada, não
seria admissível o seu uso para finalidades distintas da
hipótese de cometimento dos crimes a que fez referência o
juiz que a autorizou para incluir outros objetos ou
investigados, como é o caso dos advogados (STF. Inq 3.014
AgR, rel. min. Marco Aurélio, j. 13/12/2012, P, DJe de
23/9/2013), cujos endereços profissionais estão igualmente
protegidos pela cláusula da inviolabilidade de domicílio,
conforme reiteradamente tem decidido o STF, que autoriza
a exceção da busca e apreensão apenas e tão-somente
quando há fundada suspeita que os próprios advogados
praticam o crime sob o pretexto do exercício da profissão
(STF. Inq 2.424/RJ, rel. min. Cezar Peluso, DJe
25/3/2010).

Obs. 1 - Considerando que a situação hipotética descreve


que não houve qualquer “especificação do conteúdo da
busca e apreensão”, não se aplica o julgamento do STF que
conferiu margem de discricionariedade da autoridade
policial, em face da impossibilidade de indicação, ex ante,
de todos os bens passíveis de apreensão no local da busca

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(Pet 5173 AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma,


julgado em 30/09/2014).

Obs. 2 – Considerações sobre a conduta da autoridade


policial frente à ordem judicial ou eventuais teses jurídicas,
como a responsabilidade civil do Estado pela ordem
manifestamente ilegal, serão levadas em conta somente
para fins de demonstração de domínio de conhecimento.

Quesito 2.1

0 – Não apresenta ocorrência da ofensa à inviolabilidade do


sigilo das comunicações nem o princípio do juiz natural.

1 – Apresenta ambos, mas não justifica suficientemente


com base na legislação e jurisprudência nenhum deles.

2 – Apresenta e justifica apenas um dos aspectos da


cobrança inviolabilidade do sigilo das comunicações ou
princípio do juiz natural.

3 – Apresenta ambos os aspectos, mas justifica


suficientemente apenas um deles.

4 – Apresenta e justifica, com base na legislação e


jurisprudência, a ocorrência da ofensa à inviolabilidade do
sigilo das comunicações e o princípio do juiz natural.

Quesito 2.2

0 – Não apresenta a ocorrência da ilicitude da prova com a


irradiação dos efeitos da ilicitude e invalidade dos atos
posteriores.

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1 – Apresenta ambos, mas não justifica suficientemente


com base na doutrina e jurisprudência nenhum deles.

2 – Apresenta e justifica apenas um dos aspectos da


cobrança ilicitude da prova com a irradiação dos efeitos da
ilicitude ou invalidade dos atos posteriores.

3 – Apresenta ambos os aspectos, mas justifica


suficientemente apenas um deles.

4 – Apresenta e justifica, com base na doutrina e


jurisprudência, a ocorrência da ilicitude da prova com a
irradiação dos efeitos da ilicitude e invalidade dos atos
posteriores.

Quesito 2.3

0 – Não apresenta a ocorrência da inconstitucionalidade da


busca e apreensão genérica e inviolabilidade do domicílio
profissional

dos advogados.

1 – Apresenta apenas um dos aspectos, mas não o justifica


suficientemente

2 – Apresenta e justifica apenas um dos aspectos da


cobrança inconstitucionalidade da busca e apreensão
genérica ou inviolabilidade do domicílio profissional dos
advogados

3 – Apresenta ambos os aspectos, mas justifica


suficientemente apenas um deles

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4 – Apresenta e justifica, com base na jurisprudência, a


ocorrência da inconstitucionalidade da busca e apreensão
genérica e inviolabilidade do domicílio profissional dos
advogados.

[9] (CESPE/PF/Delegado/2018)

Tema: Concurso de Pessoas (Direito Penal)

Padrão de Resposta:

1 O candidato deve afirmar que se entende por concurso de


agentes a reunião de duas ou mais pessoas, de forma
consciente e voluntária, concorrendo ou colaborando para o
cometimento de certa infração penal. Deve indicar que são
quatro

os elementos básicos do conceito de concurso de pessoas:

I – pluralidade de agentes e de condutas;

II – relevância causal de cada conduta;

III – liame subjetivo ou normativo entre as pessoas; e

IV – identidade de infração penal.

2 O candidato deve afirmar que houve a prática de diversos


crimes contra o patrimônio público: corrupção ativa,
corrupção passiva e crime de licitações e contratos da
administração pública.

Penal):
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a) oferecer (colocar à disposição, de exibir) e prometer


(obrigar-se a dar algo, ou de esforçar-se a dar ou fazer um
favor a alguém).

Código Penal):

a) solicitar (pedir, direta ou indiretamente, para si ou para


outrem);

b) receber (obter, direta ou indiretamente, para si ou para


outrem);

c) aceitar (anuir). O objeto é a vantagem, de cunho


patrimonial ou não, desde que ilícita ou indevida (elemento
normativo do tipo) e solicitada, recebida ou aceita em razão
da função pública do agente (Bitencourt, 2004, p. 415).

administração pública (art. 89 da Lei n.º 8.666/1993:

a) dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses


previstas em lei; b) deixar de observar as formalidades
pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade.

Obs.: não se aplica o crime de responsabilidade previsto no


art. 1º, incisos I e II, do Decreto Lei 201/67. O
entendimento do STF é de que tanto a lei de improbidade
quanto a lei de crimes de responsabilidade têm natureza
político-administrativa

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(Reclamação nº 2.138/STF). Deste modo, não se aplica à


questão, considerando-se que não se trata de um tipo
penal, conforme solicitado no enunciado do quesito.

3 O candidato deve afirmar que o crime de corrupção ativa


(art. 333 do Código Penal) tem como sujeito ativo qualquer
pessoa e, como sujeito passivo, o funcionário público.

Quanto ao crime de corrupção passiva (art. 317 do Código


Penal), o candidato deve afirmar que tem como sujeito
ativo o funcionário público, e como sujeito passivo, o
Estado. Por fim, quanto ao crime de licitações e contratos
da administração pública (art. 89 da Lei n.º 8.666/1993), o
candidato deve afirmar que tem como sujeito ativo o
servidor público ou aquele que participou da infração e,
como sujeito passivo, além do Estado (administração
pública), os eventuais licitantes vencidos no certame.

Sobre a possibilidade de configuração ou não do crime de


associação criminosa, o candidato deve afirmar que, o art.
288 do CP (alterado pela Lei 12.850/2013, art. 24) trata do
tipo penal da “Associação Criminosa”, em que o mínimo
para a sua configuração é de 3 pessoas ou mais e é
aplicado às infrações penais cujas penas máximas sejam
inferiores a 4 (quatro) anos, conforme art. 1º, § 1º, da Lei
n.º 12.850/2013.

Diferentemente, a organização criminosa, nos termos da lei


(art. 1º, § 1º, da Lei n.º 12.850/2013), para a configuração
do tipo penal, é necessária a associação de quatro ou mais
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pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela


divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo
de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer
natureza, mediante a prática de infrações penais cujas
penas máximas sejam superiores a quatro anos, ou que
sejam de caráter transnacional. Assim, a organização
criminosa, no Brasil, somente pode validar-se como tal com
um número mínimo de quatro integrantes, estrutura
ordenada, divisão de tarefas, obtenção de vantagem de
qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais
cujas penas máximas sejam superiores a quatro anos ou
mediante a prática de infrações penais de caráter
transnacional.

Portanto, a situação apresentada não configura o crime de


associação criminosa, tendo em vista que todos os crimes
configurados possuem pena máxima superiores a 4 anos.

Quesito 2.1

0 – Não se posicionou sobre o tema.

1 – Se posicionou de forma muito superficial e imprecisa


sobre os temas indicados.

2- Se posicionou parcialmente sobre a definição de


concurso de agentes e os elementos básicos de
configuração do concurso de agentes.

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3 – Se posicionou adequadamente sobre a definição de


concurso de agentes e não se manifestou sobre os
elementos básicos de configuração do concurso de agentes,
ou vice-versa.

4 – Se posicionou de forma clara e precisa sobre a definição


de concurso de agentes e também sobre os quatro
elementos básicos de configuração do concurso de agentes.

Quesito 2.2

0 – Não se posicionou sobre o tema.

1 – Só se posicionou sobre um tipo penal e impreciso sobre


os demais temas indicados.

2 – Só se posicionou sobre dois tipos penais e impreciso


sobre os demais temas.

3 – Se posicionou adequadamente sobre os três tipos


penais apresentados, mas não se posicionou sobre os
elementos do tipo penal. ou vice-versa.

4 – Se posicionou adequadamente sobre os três tipos


penais apresentados, e parcialmente se posicionou sobre os
elementos do tipo penal.

5- Se posicionou de forma clara e precisa sobre os tipos


penais apresentados, e também sobre os elementos do tipo
penal.

Quesito 2.3

0 – Não se posicionou sobre o tema.

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1 – Se posicionou adequadamente sobre os sujeitos ativos


e passivos de apenas um dos crimes, mas não se
pronunciou sobre a eventual existência de associação
criminosa, ou só se posicionou sobre a associação criminosa
e sem identificação dos sujeitos do crime.

2- Se posicionou adequadamente sobre os sujeitos ativos e


passivos de apenas 02 dos crimes, mas não se pronunciou
sobre a eventual existência de associação criminosa, ou só
se posicionou sobre a associação criminosa e identificação
dos sujeitos de um crime.

3- Se posicionou adequadamente sobre os sujeitos ativos e


passivos de apenas 03 dos crimes, mas não se pronunciou
sobre a eventual existência de associação criminosa, ou só
se posicionou sobre a associação criminosa e identificação
dos sujeitos de 02 crimes.

4 – Se posicionou de forma clara e precisa sobre os sujeitos


dos tipos penais descritos, e sobre a não configuração do
crime de organização criminosa.

[10] (CESPE/PF/Delegado/2018)

TEMA : Poder de Polícia (Direito Administrativo)

Padrão de Resposta

1 Conceito e exemplos do poder de polícia

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O poder de polícia foi previsto expressamente pelo art. 78


do Código Tributário Nacional: “considera-se poder de
polícia a atividade da administração pública que, limitando
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a
prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse
público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes da
concessão ou autorização do poder público, à tranquilidade
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos”. De acordo com Maria Sylvia Di
Pietro (Direito Administrativo, 2017), o poder de polícia é
“a atividade do Estado consistente em limitar o exercício
dos direitos individuais em benefício do interesse público”.
Em resumo, o poder de polícia é o poder de que dispõe a
administração pública para, na forma da lei, condicionar ou
restringir o uso de bens, o exercício de direitos e a prática
de atividades privadas, com vistas a proteger o interesse
público (Celso Antônio Bandeira de Mello. Curso de Direito
Administrativo, 2016). São exemplos do poder de polícia:
licença para construir, autorização para porte de arma de
fogo, imposição de multas administrativas, apreensão de
mercadorias etc.

2 Ciclos ou fases do poder de polícia

De acordo com Diogo de Figueiredo Neto (Curso de Direito


Administrativo, 2015) e Marcos Juruena (Direito

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administrativo regulatório, 2009), o poder de polícia possui


“fases” ou “ciclos”:

a) ordem de polícia: corresponde à legislação que


estabelece os limites e os condicionamentos aos exercícios
das atividades privadas e ao uso de bens;

b) consentimento de polícia: se revela na anuência prévia


da administração, quando exigida, para a prática de
determinadas atividades privadas (licenças ou
autorizações);

c) fiscalização de polícia: atividade de verificação do


adequado cumprimento das ordens de polícia ou das regras
previstas no consentimento de polícia pelo particular;

d) sanção de polícia: atuação administrativa coercitiva, na


situação de se constatar o descumprimento de uma ordem
de polícia ou dos requisitos e condições previstas no
consentimento de polícia.

A delegabilidade ou não de cada ciclo ou fase não deve


fazer parte de pontuação específica no quesito, compondo,
entretanto, o raciocínio jurídico utilizado pelo candidato em
sua fundamentação.

3 Distinção entre polícia administrativa e polícia


judiciária

No que toca à distinção entre polícia administrativa e polícia


judiciária, alguns critérios devem ser explicitados,conforme

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a doutrina do direito administrativo (Celso Antônio Bandeira


de Mello; Maria Sylvia Di Pietro; Diogo de Figueiredo):

a) quanto ao objeto de incidência: a polícia administrativa


incide sobre bens, serviços ou atividades privadas; a polícia
judiciária

incide sobre pessoas;

b) quanto às infrações: a polícia administrativa trata de


infrações administrativas; a polícia judiciária, de infrações
criminais;

c) quanto aos órgãos competentes: a polícia administrativa


é exercida por órgãos administrativos de caráter
fiscalizador, integrantes dos mais diversos setores da
administração; a polícia judiciária é realizada por
corporações específicas

(polícia civil e Polícia Federal).

Obs.: considerar, também, como critério válido, a


abordagem que distingue a polícia administrativa da polícia
judiciária, a natureza predominantemente preventiva da
polícia administrativa e repressiva em relação à polícia
judiciária, ou a natureza (ostensiva e preventiva) da polícia
administrativa, e a natureza investigativa da polícia
judiciária, desde que bem diferenciado e fundamentado na
doutrina.

Quesito 2.1

0 – Não apresentou informações relacionadas ao tópico.


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1 – Explicou apenas o conceito previsto no art. 78 do CTN


ou conceito doutrinário.

2 – Explicou o conceito previsto no art. 78 do CTN ou


conceito doutrinário + forneceu um exemplo.

3 – Explicou o conceito previsto no art. 78 do CTN ou


conceito doutrinário + forneceu dois exemplos.

Quesito 2.2

0 – Não apresentou informações relacionadas ao tópico.

1 – Explicou apenas um dos ciclos.

2 – Explicou apenas dois dos ciclos.

3 – Explicou apenas três dos ciclos.

4 – Abordou e explicou todos os quatro ciclos.

Quesito 2.3

0 – Não apresentou informações relacionadas ao tópico.

1 – Explicou apenas um aspecto de distinção (quanto ao


objeto de incidência).

2 – Explicou apenas dois aspectos de distinção (quanto ao


objeto de incidência + quanto às infrações).

3 – Abordou e explicou todos os aspectos de distinção.

[11] (CESPE/PF/Papiloscopista/2018)

Padrão de Resposta:

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O candidato deve, a partir dos textos motivadores, redigir


um texto dissertativo com boa apresentação, com
legibilidade, respeito às margens e indicação de parágrafos,
e deve abordar os aspectos propostos com boa organização
das ideias em texto estruturado.

Quanto à progressão textual, para obter nota máxima no


quesito 2.1, o candidato deve apresentar texto
dissertativo, com introdução, desenvolvimento e conclusão
acerca do tema, com boa progressão textual (reiteração de
itens lexicais, paralelismos, paráfrases, recorrências,
recursos relacionados a mecanismos de coesão e
manutenção do tema etc.). O texto que obtiver somente
uma das partes (introdução ou desenvolvimento ou
conclusão) e progressão textual insuficiente receberá a
nota mínima. Para os textos com duas partes, ou seja,
introdução e desenvolvimento sem conclusão, ou
desenvolvimento e conclusão sem introdução ou introdução
e conclusão sem desenvolvimento, com progressão parcial,
receberá a nota mediana do quesito.

Em relação ao quesito 2.2, para obter nota máxima no


quesito, o candidato deve apresentar discussão acerca da
entrada de imigrantes no Brasil de forma consistente e bem
estruturada, com exemplos e/ou fatos.

O texto que somente informar acerca da entrada de


imigrantes no Brasil receberá a nota mínima. O texto que

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apresentar informação tangencial acerca da entrada de


imigrantes no Brasil receberá a nota mediana.

Em relação ao quesito 2.3, para obter nota máxima no


quesito, o candidato deverá abordar duas ou mais
estratégias, de forma consistente e completa, para a
prevenção de crimes e de violências envolvendo imigrantes,
tanto na condição de agentes quanto na de vítimas. O texto
que apresentar somente uma estratégia receberá a nota
mínima. O texto que apresentar duas estratégias sem
desenvolver completamente receberá a nota mediana.

[13] (CESPE/PF/Agente/2018)

Padrão de resposta:

O candidato deve ser capaz de estruturar o seu texto em


conformidade com os padrões gerais da tipologia textual
dissertativa, respeitando os fatores de textualidade
essenciais, com coesão e coerência.

Espera-se que seja realizada no texto uma discussão a


respeito das relações entre o papel constitucional e social
da Polícia Federal no contexto brasileiro, considerando-se a
história recente do país, notadamente a partir da
promulgação da

Constituição Federal de 1988, conforme sugerem os textos


motivadores.

O candidato que na apresentação considerar apenas um


dos aspectos (papel constitucional, ou papel social, ou
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relação com os direitos humanos) receberá a nota mínima


do quesito.

O candidato que apresentar o papel constitucional e social


da Polícia Federal e sua relação com os direitos humanos de
forma superficial ou que apresentar o papel constitucional e
social da Polícia Federal, mas não o relaciona com a
temática dos direitos humanos receberá nota parcial.

Para receber nota máxima no quesito 2.1, o candidato deve


apresentar, de forma consistente, o papel constitucional e
social da Polícia Federal e sua relação com os direitos
humanos.

No quesito 2.2, o candidato deve ser capaz de citar


contribuições da Polícia Federal à garantia dos direitos
humanos e ao aprimoramento da democracia brasileira,
dissertando sobre a importância dessas contribuições no
atual quadro histórico brasileiro.

O candidato que não realizar a apresentação de atividades


da Polícia Federal relevantes para a manutenção do Estado
democrático de direito, especialmente relacionadas aos
direitos humanos, receberá nota 0 (zero) no quesito.

O candidato que apresentar apenas uma atividade e não


relacionar à temática dos direitos humanos, ou que
apresentar mais de uma atividade, porém não relacionadas
à temática dos direitos humanos ou que apresentar apenas
uma atividade relacionada à temática dos direitos humanos

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ou apenas cita atividades sem discuti-las receberá nota


mediana.

Para receber a nota máxima no quesito, o candidato deverá


apresentar e discutir, de modo consistente, mais de uma
atividade relacionada à temática dos direitos humanos.

Quanto ao quesito 2.3, espera-se que o candidato seja


capaz de formular propostas de intervenção relacionadas à
temática, visando contemplar aquilo que no tema está
proposto como “aprimoramento” futuro da democracia
brasileira.

O candidato que apresentar apenas uma sugestão não


relacionada à temática ou apresentar mais de uma
sugestão, porém não relacionada à temática receberá a
nota mínima.

O candidato que apresentar apenas uma sugestão


relacionada à temática ou apenas cita sugestões sem
discuti-las receberá nota mediana.

Receberá a nota máxima o candidato que apresentar e


discutir mais de uma sugestão relacionada à temática.

[14] (CESPE/PCMA/Delegado/2018)

Padrão de Resposta: Tortura

Torturar é constranger alguém para obter informação ou


confissão, mediante a prática de violência física, psicológica
ou moral. A Constituição Federal perfilha expressamente,
no art. 5.º, III, a proibição à tortura, assinalando que
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ninguém poderá ser submetido a tortura, nem a tratamento


desumano ou degradante. Assim, cuida-se de “direito
absoluto, insuscetível de relativizações, sob pena de se
fulminar o arcabouço do estado democrático de direito.”
(Uadi Lammêgo Bulos. Curso de direito constitucional. Ed.
Saraiva, 10.ª ed., p. 566 ss).

Dessa forma, os agentes em questão violaram direito


fundamental previsto na Constituição, ao proceder a
técnicas ilícitas de constrangimento ilegal, ainda que o
resultado tenha sido a obtenção de informações que
acabaram por levar à descoberta do crime.

Observação: a indicação de efeitos genéricos ou específicos


da condenação serão levados em consideração para fins de
correção.

Importante destacar que o art. 5.º, inciso XLIII, determina


que a lei considere como crime inafiançável e insuscetível
de graça ou anistia a prática da tortura, respondendo pelo
crime os mandantes, os executores e os que, podendo
evitá-lo, se omitirem, sejam eles agentes públicos ou não.

A utilização de algemas deve estar lastreada em razões


justificadoras da sua necessidade, conforme consta na
Súmula Vinculante n.º 11, que deverá ser expressamente
mencionada pelo candidato: só é lícito o uso de algemas
em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de
perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do
preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por
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escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e


penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão
ou do ato processual a que se refira, sem prejuízo da
responsabilidade civil do Estado.

Assim, a utilização de algemas é excepcional; não utilizá-


las é a regra, nos moldes da jurisprudência do STF,
representada aqui na Rcl. 22.557, relator ministro Edson
Fachin, que informa que a exceção exige fundamento
idôneo devidamente justificado na forma escrita.

Portanto, a excepcional utilização de algemas será possível


desde que fundamentada expressamente pela autoridade
responsável.

Em resumo, nas quinze linhas disponíveis, deverá o


candidato destacar que

2.1 a Constituição Federal reconhece expressamente, no


art. 5.º, III, a proibição à tortura, como direito absoluto e
insuscetível a relativizações; e que o art. 5.º, inciso XLIII,
determina que a lei considere como crime inafiançável e
insuscetível de graça ou anistia a prática da tortura;

2.2 o art. 5.º, inciso XLIII, estabelece que devem


responder pelo crime de tortura os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-lo, se omitirem. Assim,
erraram os agentes que utilizaram os meios de
constrangimento ilegal, devendo ser responsabilizados na
forma da lei.

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2.3 a Súmula Vinculante n.º 11 assinala que só é lícito o


uso de algemas em casos de resistência e de fundado
receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou
alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a
excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de
nulidade da prisão ou do ato processual a que se refira,
sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

A jurisprudência dominante no STF é a de que a utilização


de algemas não é arbitrária, desde que justificada, por
escrito, para impedir fuga ou reação indevida do preso.
Portanto, a excepcional utilização de algemas será possível
desde que fundamentada expressamente pela autoridade
responsável.

Acrescenta-se que a apresentação do custodiado algemado


à imprensa pelas autoridades policiais não afronta o
Enunciado 11 da Súmula Vinculante, tendo em vista, ainda,
que, no julgamento do Rcl 7116/PE, Rel. Min. Marco Aurélio
1ª Turma, julgado em 24/5/2016 (Info 827), a prisão
precedeu de ordem judicial.

Observação: a indicação sobre a configuração de ato de


improbidade bem como a vedação sobre o uso de algemas
em mulheres grávidas durante o trabalho do parto serão
levadas em consideração apenas para fins de demonstração
de domínio jurídico do candidato.

[15] (CESPE/PCMA/Delegado/2018)
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Padrão de Resposta: Estupro de Vúlnerável

1 Houve a prática de crime por João, consistente no delito


de estupro de vulnerável. (Art. 217-A do Código Penal).

2 O fato de a vítima ter dado o seu consentimento não


afasta a ocorrência do crime de estupro de vulnerável. Isso
porque tal crime se configura como prática de conjunção
carnal com menor de quatorze anos de idade,
independentemente da presença de grave ameaça ou
violência (real ou presumida), pois o crime possui
presunção absoluta de violência, que não é
descaracterizada pelo consentimento da vítima. A
tipificação do crime de estupro de vulnerável visa proteger
crianças e adolescentes menores de quatorze anos de idade
contra todo e qualquer tipo de iniciação sexual a que sejam
submetidos por um adulto, dados os riscos que isso
representa ao desenvolvimento de sua personalidade e as
consequências físicas e psíquicas para o futuro. Assim, o
consentimento da vítima não é válido, já que ela ainda não
é capaz de tomar livremente uma decisão dessa natureza,
o que leva o agente a responder pelo crime em questão.

3 A existência de um relacionamento amoroso entre o


agente e a vítima bem como a existência de experiência
sexual anterior de vítima menor de quatorze anos de idade
também não afastam a ocorrência do crime de estupro de
vulnerável. Ainda

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que comprovados um suposto romance entre ambos e(ou)


alguma experiência sexual anterior, tais situações se
mostram irrelevantes, pois o crime de estupro de
vulnerável se consuma tão somente com a conjunção
carnal e possui presunção absoluta de violência.

4 No caso em análise, não ocorreu erro de proibição: este


ocorre quando o agente pratica a conduta sem ter a
consciência de que o seu comportamento contraria o
ordenamento jurídico. Todavia, em razão da presunção
absoluta de violência, o agente não tem a possibilidade de
alegar que praticou a conjunção carnal com a vítima menor
de quatorze anos de idade sem ter a consciência da ilicitude
do fato, ou que não lhe era possível atingir esse
conhecimento diante das circunstâncias do fato. O crime de
estupro de vulnerável, portanto, não admite o erro de
proibição. Ademais, ao afirmar que sabia que a vítima tinha
treze anos de idade, o agente demonstrou ter consciência
de que mantinha relacionamento sexual com uma
adolescente protegida pela lei, sendo-lhe exigido o claro
entendimento, como adulto, da ilicitude do delito de
praticar conjunção carnal com menor de quatorze anos de
idade.

Jurisprudência

Nesse sentido, estão a Súmula n.º 593 do STJ: “O crime de


estupro de vulnerável se configura com a conjunção carnal
ou prática de ato libidinoso com menor de quatorze anos de
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idade, sendo irrelevante eventual consentimento da vítima


para a prática do

ato, sua experiência sexual anterior ou existência de


relacionamento amoroso com o agente.”; e também o
entendimento do STF - HC 105.558, relatora ministra Rosa
Weber, Primeira Turma, julgado em 22/5/2012, DJe de
12/6/2012.

A presunção de violência no crime de vulnerável, menor de


14 anos, não é elidida pelo consentimento da vítima ou pela
experiência anterior e a revisão dos fatos considerados pelo
juízo natural é inadmita da via eleita, porquanto enseja
revolvimento fático-probatório dos autos. Precedentes: ARE
940.701-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes,
DJe 12/04/2016, e HC 119.091, Segunda Turma, Rel. Min.
Cármen Lúcia, DJe 18/12/2013 (STF, HC 124830 AgR, 1T.,
j. 20/04/2017).

A jurisprudência desta Corte Suprema perfilha


entendimento de ser absoluta a presunção de violência nos
casos de crime de estupro praticado contra menor de
catorze anos (estupro de vulnerável), independentemente
da conduta ter sido praticada antes ou depois da vigência
da Lei n.º 12.015/2009. Precedentes. (STF, ARE 940701, j.
08/03/2016).

[16] (CESPE/PCMA/Delegado/2018)

Padrão de Resposta: Furto

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1 José praticou o crime de furto qualificado e privilegiado


(art. 155, § 2.º e § 4.º, III, do CP), uma vez que a
qualificadora do emprego de chave falsa, por ser objetiva,
pode coexistir com o privilégio decorrente do pequeno valor
dos bens subtraídos e da primariedade do agente, que é
uma circunstância subjetiva. Assim, o privilégio estatuído
no § 2º do artigo 155 do Código Penal é compatível com as
qualificadoras do delito de furto, desde que sejam de
ordem objetiva, cuja exegese está na Súmula

511 deste Superior Tribunal de Justiça.

2 O emprego de chave falsa qualifica o crime de furto, já


que é uma das circunstâncias objetivas previstas no rol das
qualificadoras do crime de furto.

Observação: a situação-hipotética já trouxe como assertiva


que se tratava de emprego de chave falsa, portanto,
desnecessária a existência da perícia, além de que,
segundo o STJ, é dispensável o exame pericial para a
Caracterização Da Qualificadora Do Crime De Furto (Agrg
No Aresp 886.475/Sc, Rel. Ministro Rogerio Schietti Cruz,
Sexta Turma, julgado em 13/09/2016, DJe 26/09/2016).

3 O valor dos bens subtraídos, somados, totaliza R$ 300,


montante que não permite a aplicação do princípio da
insignificância, pois é superior a 10% do salário mínimo
vigente, e indica um potencial lesivo e relevante da conduta
aos patrimônios das vítimas. Todavia, tal quantia, ainda
que não insignificante, é de pequeno valor, pois inferior ao
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valor do salário mínimo vigente, e permite a incidência do


privilégio nos furtos cometidos. A primariedade do agente,
circunstância de natureza subjetiva, uma vez devidamente
atestada, como o foi, em conjunto com o pequeno valor dos
bens, permite a incidência do privilégio nos furtos
praticados.

4 No caso em análise, houve a prática de dois crimes de


furto qualificado e privilegiado, visto que a conduta do
agente atingiu patrimônios diversos, o da empresa e o do
vigia. Note-se que José tinha consciência de que se tratava
de patrimônios distintos, já que o estabelecimento vendia
material para construção, e não telefones celulares. Assim,
temos uma hipótese de concurso de crimes,
especificamente, o concurso formal. O concurso formal fica
caracterizado em razão de o agente ter praticado, em uma
mesma e única ação, dois crimes idênticos de furto, mas
que atingiram patrimônios diversos. (STJ, HC n.
228.777/MG,

Ministra Laurita Vaz, Quinta Turma, DJe 21/5/2013; AgRg


no AREsp 836395 / DF, Ministro Sebastião Reis Júnior,
Sexta Turma DJe 17/03/2016). Nesse caso, tem incidência
o art. 70 do CP, que determina a aplicação de somente uma
das penas de um dos crimes de furto, aumentada de um
sexto até a metade. Observação: não será levada em
consideração, para fins de correção, a indicação do

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candidato quando tratar de concurso formal impróprio ou


próprio.

Jurisprudência

Nesse sentido a Súmula n.º 511 do STJ determina: “É


possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2.º do
art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se
estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno
valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva.” E
ARESP 1.211.551 – STJ, sobre a possibilidade do privilégio
no furto em concurso formal. Ainda: HC 115.266 – STF: “5.
Reconhecimento do privilégio previsto no art. 155, § 2.º, do
CP: primariedade do agente e pequeno valor da res furtiva.
6. Ordem parcialmente conhecida e deferida apenas para
reconhecer o furto privilegiado-qualificado, determinando
ao juízo das execuções criminais que promova nova
dosimetria da pena, nos termos do art. 155, § 2.º, do CP.”
E, ainda, RHC 115.225; HC 97.752 e HC 94.765 – STF).
Sobre o pequeno valor: HC 111.138 – STF, Dje 13/2/12:
“RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL.
FURTO. PEDIDO DE RECONHECIMENTO DE

FURTO PRIVILEGIADO (ART. 155, § 2.º, DO CÓDIGO


PENAL): IMPOSSIBILIDADE. NÃO PREENCHIMENTO DO

REQUISITO SEGUNDO O QUAL A COISA SUBTRAÍDA TEM


DE SER DE PEQUENO VALOR. 1. Para o reconhecimento de
furto privilegiado, o Código Penal exige como segundo
requisito que a coisa objeto do furto seja de pequeno valor.
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Na espécie vertente, os bens subtraídos foram avaliados


em R$ 500, valor superior ao salário mínimo vigente à
época do fato, R$ 350, (Lei n.º 11.321/2006).”

[17] (CESPE/PCMA/Delegado/2018)

Padrão de Resposta: CPP – Reconhecimento de


Pessoas

1 Como meio processual de prova, eminentemente formal,


conforme Aury Lopes Júnior, “o reconhecimento é um ato
através do qual alguém é levado a analisar alguma pessoa
ou coisa e, recordando o que havia percebido em um
determinado contexto, compara as duas experiências”. O
reconhecimento de pessoas tem por finalidade identificar o
acusado, o ofendido ou as testemunhas. Determina o
Código de Processo Penal que, havendo necessidade do
reconhecimento de pessoa, aquele que tiver de fazê-lo,
normalmente vítima ou testemunha, deve, primeiramente,
descrever as características físicas da pessoa a ser
reconhecida, que será, em seguida, se possível, colocada
ao lado de outras pessoas com características
assemelhadas. Logo após, a testemunha - ou a vítima - é
convidada a apontá-la. Havendo razão para recear que a
vítima - ou a testemunha -, em razão de intimidação
sofrida ou outra influência qualquer, possa não falar a
verdade à frente da pessoa a ser reconhecida, a autoridade
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providenciará para que o suspeito não veja quem o está


reconhecendo. Essa regra não será aplicada quando o
reconhecimento for realizado durante a fase da instrução
criminal ou em plenário do júri.

2 O reconhecimento de pessoa pode ocorrer na fase do


inquérito policial, por iniciativa da autoridade policial, ou
durante a instrução do processo, a requerimento das partes
ou por determinação do juiz.

3 Apesar da clareza da lei e da crítica de muitos


doutrinadores, o STJ tem decidido reiteradamente que as
regras estabelecidas no CPP configuram recomendação
legal, e não uma exigência absoluta, não se cuidando,
portanto, de nulidade quando praticado o ato processual de
reconhecimento pessoal de forma diversa da prevista em
lei. Portanto, não poderá haver nulidade no auto de
reconhecimento de pessoa na hipótese, nem a anulação do
processo penal instaurado com base nesse inquérito
policial.

JUSTIFICATIVA

CPP, Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o


reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte
forma:

I − a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será


convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida;

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II − a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será


colocada, se possível, ao lado de outras que com ela
tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de
fazer o reconhecimento a apontá-la;

III − se houver razão para recear que a pessoa chamada


para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra
influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve
ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta
não veja aquela;

IV − do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto


pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa
chamada para proceder ao reconhecimento e por duas
testemunhas presenciais.

Parágrafo único. O disposto no n.º III desse artigo não terá


aplicação na fase da instrução criminal ou em plenário de
julgamento.

1. É pacífico o entendimento do Superior Tribunal de Justiça


no sentido de que é legítimo o reconhecimento pessoal
ainda quando realizado de modo diverso do previsto no art.
226 do Código de Processo Penal, servindo o paradigma
legal como mera recomendação (RHC 67.675/SP, Relator
Ministro Felix Fischer, DJe 28/3/2016). (RHC 82226 / SP,
Relator Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta
Turma, Data do Julgamento: 25/4/2017. Data da
Publicação/Fonte: DJe 3/5/2017).

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1. O acórdão recorrido está alinhado à jurisprudência desta


Corte Superior, no sentido de que as disposições contidas
no art. 226 do Código de Processo Penal configuram uma
recomendação legal, e não uma exigência absoluta, não se
cuidando, portanto, de nulidade quando praticado o ato
processual (reconhecimento pessoal) de forma diversa da
prevista em lei. Precedentes. (AgRg no AREsp 1054280 /
PE. Relator Ministro Sebastião Reis Júnior. Sexta Turma.
Data do Julgamento: 6/6/2017. Data da Publicação/Fonte:
DJe 13/6/2017).

[18] (CESPE/PCMA/Delegado/2018)

Padrão de Resposta:

Conforme o art. 8.º da Lei n.º 12.850/2013, consiste a


ação controlada em retardar a intervenção policial ou
administrativa relativa à ação praticada por organização
criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob
observação e acompanhamento para que a medida legal se
concretize no momento mais eficaz para a formação de
provas e a obtenção de informações. Trata-se de uma regra
que excepciona a prisão em flagrante, obrigatória para a
autoridade policial e seus agentes, permitindo, assim,
postergar a sua realização. Quanto ao seu alcance, o art.
8.º da referida lei, que não restringe o procedimento às
ações policiais, faz expressa menção às intervenções
administrativas (receitas estaduais e federais, componentes
da Agência Brasileira de Inteligência, membros de
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corregedorias, por exemplo). Segundo lição de Luiz Flávio


Gomes e Marcelo Rodrigues da Silva, na obra
Organizações criminosas e técnicas especiais de
investigação (Salvador: Juspodivum, 2015), não se trata
apenas do flagrante ou de retardar o flagrante. São
hipóteses de não prender em flagrante, não cumprir
mandado de prisão preventiva, não cumprir mandado de
prisão temporária, não cumprir ordem de sequestro e
apreensão de bens. A ação controlada é algo mais amplo do
que o simples flagrante prorrogado.

Observação: será apenado o candidato que nominar a ação


controlada como flagrante diferido ou retardado ou
prorrogado, uma vez que este aspecto não será levado em
consideração para fins de correção.

Quanto à necessidade de prévia autorização legal para a


adoção do procedimento, assim dispôs o parágrafo 1.º do
art. 8.º da Lei n.º 12.850/2013:

Art. 8.º (...) parágrafo1.º – O retardamento da intervenção


policial ou administrativa será previamente comunicado
ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os
seus limites e comunicará ao Ministério Público.

A esse respeito, Luiz Flávio Gomes e Marcelo Rodrigues da


Silva, em entendimento minoritário, asseveram que o
procedimento policial depende de prévia autorização
judicial, pois a autoridade policial não teria legitimidade
para a medida. Discorda de tal posicionamento, em
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consonância com a maioria dos autores brasileiros, Renato


Brasileiro Lima, na obra Legislação especial criminal
comentada (4.ª ed., Salvador: Juspodivum, 2016), nos
seguintes termos: “A nova Lei das organizações criminosas
em momento algum faz menção à necessidade de prévia
autorização judicial. Refere-se tão somente à necessidade
de prévia comunicação à autoridade judiciária competente.
Aliás, até mesmo por uma questão de lógica, se o
dispositivo legal prevê que o retardamento da intervenção
policial ou administrativa será apenas comunicado
previamente ao juiz competente, forçoso é concluir que sua
execução independe de autorização judicial. (...)”. Tal
entendimento é, também, defendido pelo STJ.

[19] (CESPE/PCMA/Delegado/2018)

Padrão de Resposta: Maria da Penha

1 O STF, na ADI n.º 4.424/DF, Rel. Ministro Marco Aurélio,


Tribunal Pleno, firmou a orientação de que a natureza da
ação do crime de lesões corporais praticadas no âmbito
doméstico é sempre pública incondicionada, sem
possibilidade de retratação da vítima, não importando a
extensão da lesão (leve, grave ou gravíssima, dolosa ou
culposa). De igual forma, o STJ publicou a Súmula 542, nos
seguintes termos: “A ação penal relativa ao crime de lesão
corporal resultante de violência doméstica contra a mulher
é pública incondicionada” Em casos tais, o delegado de
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polícia, de ofício, deverá instaurar o inquérito policial,


sendo irrelevante a representação da vítima ou a sua
posterior retratação, visto que incabível em qualque r
esfera. Com relação aos crimes de ameaça e injúria, estes
são de ação penal pública condicionada ou ação penal
privada, conforme os dispositivos próprios do Código Penal.
Esse entendimento foi destacado pelo STF, no julgamento
da ADI n.º 4.424/DF, afirmando-se a permanência da
necessidade de “representação” para o processo e
julgamento desses crimes. A Lei Maria da Penha estabelece
que todo caso de violência doméstica e intrafamiliar deve
ser apurado por meio de inquérito policial e ser remetido ao
Ministério Público. À vista disso, independentemente da
pena prevista para os crimes de ameaça e injúria, que, de
regra, são alcançados pela Lei n.º 9.099/1995, tais delitos,
no âmbito da violência doméstica, devem ser apurados por
meio de inquérito policial, tendo como condição de
procedibilidade a representação da ofendida.

2 Uma vez instaurado o inquérito policial, é incabível, no


âmbito policial, a retratação da ofendida, o que somente
pode ocorrer perante a autoridade judiciária competente,
nos exatos termos do art. 16 da Lei n.º 11.340/2006, que
dispôs que, nas ações penais públicas condicionadas à
representação da ofendida (crimes de ameaça e injúria), só
será admitida a renúncia à representação perante o juiz,
em audiência especialmente designada com tal finalidade,

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antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério


Público. No caso da lesão corporal leve, precisamente por
ser um crime apurado por ação pública incondicionada, não
cabe o instituto da retratação.

De acordo com a Lei Maria da Penha — art. 16: nas ações


penais públicas condicionadas à representação da ofendida
de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à
representação perante o juiz, em audiência especialmente
designada com tal finalidade, antes do recebimento da
denúncia e ouvido o Ministério Público.

3 Quanto à aplicabilidade da Lei n.º 9.099/1995 e, por


consequência, de seus institutos despenalizadores, a
própria Lei Maria da Penha, em seu art. 41, veda a
aplicação da Lei n.º 9.099/1995 às hipóteses de violência
contra a mulher, o que alcança toda e qualquer prática
delituosa, a exemplo dos delitos e das contravenções que,
em razão das penas aplicadas, seriam abrangidos pelo
procedimento especial. Por consequência, ao suposto
ofensor não serão conferidos os institutos da suspensão
condicional do processo, da transação penal e da
composição civil dos danos.

Na Lei Maria da Penha, art. 41, se encontra a determinação


seguinte: “aos crimes praticados com violência doméstica e
familiar contra a mulher, independentemente da pena
prevista, não se aplica a Lei n.º 9.099/1995, de 26 de
setembro de 1995.” Acerca do tema, vide STF - ADI 4424
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DF, Rel. Ministro Marco Aurélio, Tribunal Pleno, DJe


1/8/2014.

A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante


de violência doméstica contra a mulher é pública
incondicionada, e os crimes de ameaça e injúria podem ser
de ação penal pública condicionada ou de ação penal
privada, nos termos do Código Penal.

[20] (CESPE/ABIN/OTI/C-2/A2)

Padrão de Resposta:

1 É entendimento pacificado que os atos de improbidade


administrativa configuram ilícito civil, já que independe da
responsabilidade criminal e aplica-se mesmo em caso de
extinção da ação penal ou a absolvição do réu. Nas
palavras da Di Pietro: “A natureza das medidas previstas no
dispositivo constitucional está a indicar que a improbidade
administrativa, embora possa ter consequências na esfera
criminal, com a concomitante instauração de processo
criminal (se for o caso) e na esfera administrativa (com a
perda da função pública e a instauração de processo
administrativo concomitante) caracteriza um ilícito de
natureza civil e política, porque pode implicar a suspensão
dos direitos políticos, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento dos danos causados ao erário”.

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2 Nos termos do art. 1.º da Lei n.º 8.429/1992, pode ser


sujeito passivo qualquer agente público, servidor ou não.

Di Pietro afirma também que “A lei de improbidade


administrativa considera como sujeitos ativos o agente
público (art. 1.º) e o terceiro que, mesmo não sendo
agente público, induza ou concorra para a prática do ato de
improbidade, ou dele se beneficie sob qualquer forma direta
ou indireta (art. 3.º)”.

3 Não há necessidade da comprovação do dano, pois o ato


de improbidade pode ser enquadrado em quatro
modalidades: “a) os que importam enriquecimento ilícito
(art. 9.º); b) os que causam prejuízo ao erário (art. 10); c)
os que decorrem de concessão ou aplicação indevida de
benefício financeiro ou tributário (art. 10-A, acrescentado
pela Lei Complementar n.º 157/2016); d) os que atentam
contra os princípios da administração pública (art. 11)”.

4 Conforme informativo n.º 0539 Período: 15/4/2014, essa


quantia não perde o caráter alimentar, sendo assim
impenhorável, conforme julgado abaixo:

DIREITO ADMINISTRATIVO. INDISPONIBILIDADE DE BENS


EM AÇÃO DE IMPROBIDADEADMINISTRATIVA.

Os valores investidos em aplicações financeiras cuja origem


remonte a verbas trabalhistas não podem ser objeto de
medida de indisponibilidade em sede de ação de

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improbidade administrativa. Is so porque a aplicação


financeira das verbas trabalhistas não implica a perda da
natureza salarial destas, uma vez que o seu uso pelo
empregado ou trabalhador é uma defesa contra a inflação e
os infortúnios. Ademais, conforme entendimento pacificado
no STJ, a medida de indisponibilidade de bens deve recair
sobre a totalidade do patrimônio do acusado, excluídos
aqueles tidos como impenhoráveis. Desse modo, é possível
a penhora do rendimento da aplicação, mas o estoque de
capital investido, de natureza salarial, é impenhorável.
(REsp 1.164.037-RS, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Rel. para
acórdão Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em
20/2/2014.)

[21] (CESPE/ABIN/OTI/C-2/A2)

Padrão de Resposta:

1 A punibilidade, no caso em questão, foi extinta por


prescrição da pretensão punitiva.

Pode ser reconhecida no âmbito do inquérito, obstando o


oferecimento da denúncia, ou pode ser reconhecida
posteriormente em sede judicial, caso a denúncia seja
oferecida.

A extincão da punibilidade motivada pela ocorrencia da


prescricão da pretensão punitiva do Estado prejudica o
exame do mérito da causa penal, pois a prescricão — que

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constitui instituto de direito material — qualifica-se como


questão preliminar de

mérito.

O reconhecimento da prescricão da pretensão punitiva do


Estado provoca além de inúmeras consequencias de ordem
jur dica, destacando-se, entre outras1, aquelas que
importam em: (a) extinguir a punibilidade do agente (CP,
art. 107, n. IV); (b)

legitimar a absolvica o sumária do imputado (CPP, art. 397,


IV); (c) não permitir que se formule contra o acusado ju o
de desvalor quanto à sua conduta pessoal e social; (d)
assegurar ao réu a possibilidade de obtencão de certidão
negativa de antecedentes penais, ressalvadas as excecões
legais (LEP, art. 202; Resolucão STF n.º 356/2008, v.g.);
(e) obstar o prosseguimento do processo penal de
conhecimento em razão da perda de seu objeto; (f) obstar
o exame do próprio lit g io penal, vale dizer, da
controvérsia instaurada em ju o (res in judicio deducta).

A prescrição é matéria de ordem pública, devendo


podendo, por essa razão, ser examinada de of io, a
requerimento do Ministério Público ou do interessado;
podendo ser reconhecida em qualquer fase do processo, e
até mesmo durante o inquérito,

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torna tornando prejudicada a questão de fundo.


Precedentes: AgRg no RE no 345.577/SC, relator ministro
Carlos Velloso, DJ de

19/12/2002; HC 73.120/DF, relator ministro Néri da


Silveira, DJ de 3/12/99; HC no 63.765/SP, relator ministro
Francisco Rezek, DJ de

18/4/86.

2 A informação colocada pelo prefeito está errada. Acerca


da situação de absolvição, cabe mencionar que Apesar dos
efeitos da prescrição da pretensão punitiva conduzem
conduzirem à absolvição sumária do agente, porém, de
fato, não se permite a análise de conteúdo probatório de
modo a identificar, sem sombra de dúvidas, uma negativa
de autoria ou inexistência do fato delitivo.

Nesse sentido, veja a doutrina de Távora e Alencar (2011,


p. 715): “a sentença declaratória de extinção de
punibilidade é uma decisão definitiva ou sentença em
sentido próprio que encerra a relação processual, julga o
mérito, mas não condena nem absolve”. Importante
observar julgado (HC 115.098/RJ), em que o ministro Luiz
Fux foi relator: ‘(...) A pretensão punitiva do Estado,
quando extinta pela prescricão, leva a um quadro identico
àquele da anistia. Isso é mais que a absolvicão. Corta-se
pela raiz a acusacão. O Estado perde sua pretensão
punitiva, não tem como levá-la adiante, esvazia-a de toda
consistencia. Em tais circunstancias, o primeiro tribunal a
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poder faze-lo está obrigado a declarar que ocorreu a


prescricão da pretensão punitiva, que o debate resultou
extinto e que não há mais acusaca o alguma sobre a qual
se deva esperar que o Judiciário pronuncie ju o de mérito.
(...). Quando se declara extinta a punibilidade pelo
perecimento da pretensão punitiva do Estado, esse
desfecho não difere, em significado e consequencias,
daquele que se alcancaria mediante o término do processo
com sentenca absolutória.’ 5. Ordem denegada.”

A ocorrencia da prescricão da pretensão punitiva do Estado


não provoca a perda da primariedade do réu, cuja situação
jurídica permanece intacta, valendo rememorar, por
oportuno, a advertencia de Rogério Greco: “(mesmo que)

o Estado chegue até a proferir um decreto condenatório, tal


decisão não terá a força de título executivo, em virtude da

1 Podem também ser aceitas na resposta: a consequência


da prescrição em relação aos efeitos penais e extrapenais
de eventual condenação, o arquivamento do IP, a formação
de coisa julgada material ante o reconhecimento da
prescrição, a impossibilidade de reabertura das
investigações. Caso o candidato apresente mais
características do instituto da prescrição, a resposta
também poderá ser aceita. ocorrencia da prescricão da
pretensão punitiva”.

[22] (CESPE/ABIN/OTI/C-2/A2)

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