O afeto é definido como uma forma de se expressar um carinho,
podendo ser uma pessoa, objeto, lugar. De forma análoga, no Brasil, o
aumento do abandono afetivo vem formando adolescentes com graves conseqüências psicológicas derivadas da infância. Nesse sentido, convém analisarmos os aspectos negativos do abandono afetivo e a conseqüência da falta de criminalização.
Em primeira instância, é possível destacar que o abandono afetivo
não refere-se somente aos pais, mas também, o descuido dos filhos com os seus genitores. Embora, judicialmente o abandono parentesco seja suprido com bens materiais, ele produz seqüelas de ordem emocional e reflexos no desenvolvimento do ser humano, tornando-o uma pessoa com dependência afetiva e emocional. Por conseguinte, há a necessidade constante da presença de alguém, da aprovação dos outros, que direciona uma pessoa a viver em constante ansiedade com medo de uma perda eminente e a aceitar relacionamentos abusivos, no qual o indivíduo se contenta com migalhas afetivas e torna-se totalmente submisso.
Vale também ressaltar, que a falta de mobilização do poder público
faz com que o abandono paterno aumente cada vez mais. Segundo, o site g1.globo.com o conselho nacional de justiça (CNJ) atestou em 2019 que, 5,5 milhões de crianças não possuem o nome do pai no registro de nascimento e que, de 67 milhões de mães no país, dessas, 31% são mães solos. Contudo, a justiça vem deixando os casos de abandono paterno gradativamente cair no esquecimento, de modo que, a falta de um pai na criação de uma criança esteja cada vez maior, pois, não há uma cobrança constante por parte do poder público.
Em suma, o dever de pai vai além do pagamento de pensão
alimentícia, e seu descumprimento causa dano moral indenizável. Logo, deve a secretaria de estado de justiça e cidadania a divulgação por meio de propagandas, redes sociais do programa pai presente, que consiste em um projeto que busca o reconhecimento legal da paternidade, e cabe ao governo a criação de mais clínicas psicológicas e psiquiátricas gratuitas e a melhoria ao acesso.