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02 e 09 de março de 2021
16h às 19h
GELPOC / IFBA / PPGER / UFSB
BHABHA, Homi. “O bazar global e o clube dos cavalheiros ingleses”. Rio de Janeiro: Rocco. 2011
BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.
BHABHA, Homi K. A questão do “outro”. Diferença, discriminação e o discurso do colonialismo. In:
Pós-modernismo e política / organização de Heloisa Buarque de Hollanda. - Rio de Janeiro: Rocco
1991.
SCHIMIDT, Rita Terezinha. O pensamento-compromisso de Homi Bhabha: notas para uma introdução.
In: BHABHA, Homi. O bazar global e o clube dos cavalheiros ingleses. Rio de Janeiro: Rocco. 2011.
43. epifania / “autoridade”: dupla dobra do sujeito: criador ou espectador que não
pode transcender; se localiza na mediação, no meio da sua própria produção
como agente, nos interstícios primeiros da intenção e da interpretação (p.109);
44. palavras híbridas, unidas por hifens: elementos incomensuráveis; natureza
performática da produção da identidade e do sentido; regulação e negociação
desses espaços que são contínua e contingentemente “abertos”; fronteiras –
limites de qualquer reivindicação por um sinal de identidade ou por um valor
transcendente singular e autônomo (verdade, beleza, classe social, sexo, raça;
origem);
45. Edward Said: questiona os mitos do poder e do conhecimento ocidentais que
confinam o colonizado e despossuído a uma semivida de semi representação e
migração; memória perturbadora dos seus textos coloniais; propõe uma
semiótica do poder “orientalista”: levantar o problema do poder enquanto
questão narrativa – introduz um novo tópico no território do discurso colonial;
orientalismo é “uma forma de realismo radical”; tempo que empregam é o
eternamente atemporal; carregam uma impressão de repetição e força; examina
discursos que constituem o “Oriente” como uma zona do mundo unificada
(racial, geográfica, política, cultural); território “fixo” continuamente ameaçado
por formas diacrônicas de história e narrativa, signos de instabilidade;
46. desejo da presença: episteme ocidental e seus regimes de representação;
47. alteridade cultural: momento da presença na teoria da différence; lugar da
alteridade apresenta-se no Ocidente como uma subversão à metafísica ocidental;
apropriada pelo Ocidente (texto limite, antiocidental);
48. Etnocentrismo (Derrida): exercício do poder colonial em relação à hierarquia
violenta estabelecida entre as culturas escrita e oral;
49. Estratégias de normalização: diferença entre linguagem normativa “oficial”
(administração e instrução coloniais) e forma não-marcada, marginalizada,
crioula; vernáculo: lugar da dependência e resistência culturais do sujeito nativo,
signo de vigilância e controle;
50. Visão anti-etnocêntrica: reconhecer o espetáculo da alteridade; perdas, fissuras,
borraduras (contraria a metafísica da presença);
51. objetivo do discurso colonial: construir o colonizado como população de tipo
degenerado, tendo como base uma origem racial para justificar a conquista e
estabelecer sistemas administrativos e culturais;
52. Filmes como “entretenimento”: receptáculo do sujeito numa economia narrativa
de voyeurismo e fetichismo, medo e desejo; ex: discursos do colonialismo
cultural americano e a dependência mexicana; “Encontrar” pontos sinalizadores
de identificação e alienação, cenas de medo e desejo nos textos coloniais;
53. medo/desejo de miscigenação: fronteira americana como significante cultural do
espírito “americano” machista e pioneiro sempre sob a ameaça (portanto
dependente do discurso) das raças e culturas além da fronteira; subjetivação do
sujeito dominado não pode ser pensada sem o ser dominante colocado
estrategicamente dentro desse mesmo espaço; discurso e poder colonial não são
de propriedade exclusiva do colonizador;
54. discurso colonial fetichista: conflito entre prazer/falta de prazer, domínio/defesa,
conhecimento/negação, ausência/presença é de importância fundamental para o
discurso colonial; cenário do fetichismo: reativação e repetição da fantasia
primitiva / desejo do sujeito de uma origem pura sempre ameaçada pela própria
divisão;
55. poder disciplinar por vias indiretas: produção de conhecimento do sujeito-raças
como “anormal”: “anormalidade da intervenção imperialista para acelerar o
processo de seleção natural”; normalização pode implicar absorção ou
incorporação do sujeito-raças; cooptação das elites tradicionais (administração
colonial): modo de domesticar o instinto ambicioso dos nativos; sujeito nativo
como lugar de poder produtivo – subserviente e indisciplinado; sujeito como
objeto de vigilância, tabulação, enumeração, paranoia fantasia;
56. Discurso colonial: articulação complexa dos tropos do fetichismo – metáfora e
metonímia; formas de identificação narcisista e agressiva disponíveis para o
Imaginário;
57. Discurso estereotipado racista: forma de governo – divisão produtiva da sua
organização do conhecimento e do exercício do poder; diferenças de raça,
cultura e história elaboradas pelos conhecimentos estereotípicos, teorias racistas
e experiência administrativa colonial; institucionalizam uma série de ideologias
políticas e culturais; a população colonizada como causa e consequência do
sistema, aprisionada no círculo interpretativo;
58. identidade colonial: atua como todas as fantasias de originalidade e procedência
frente ao espaço da desordem e da ameaça da heterogeneidade de outras
posições; sujeito é construído dentro de um aparato de poder que contém, em
ambos os sentidos da palavra, um "outro" conhecimento, que
incompleto/fetichista, circula dentro do discurso colonial como a forma limitada
da alteridade, como forma fixa da diferença: o estereótipo;
59. o outro é um estereótipo; o estereótipo é um objeto impossível; [Daí que]
problema da representação ou construção da diferença perturba seu
reconhecimento e sua negação;
60. fetiche do discurso colonial: esquema epidérmico (Fanon) não é, ao contrário do
fetiche sexual, um segredo; pele é significante chave da diferença cultural e
racial do estereótipo; fetiche mais visível; significante que atua publicamente no
drama racial cotidiano das sociedades coloniais;
61. Mas, e se toda origem for sempre tradução? Vida após a morte (do Texto) /
sempre no pretérito imperfeito do subjuntivo: dúvidas, desejos, incertezas,
probablilidades, sentimentos – oração subordinada condicional. / morte para que
possa haver Vida;
62. E se tudo implicar uma Ética da Tradução?