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Plano de aula: Movimento sonoro

O que fazer antes?

Contextos prévios:

Para esta atividade antecipe para cada bebê:

Uma tornozeleira de cetim na medida de 3 cm x 20 cm e oito lacres de latas de refrigerante


(arrecade-os antecipadamente mediante parceria com as famílias, os funcionários e demais
membros da comunidade escolar). Passe a fita entre os lacres e dê um nó firme para garantir a
segurança dos bebês.

Um porta-tornozeleira (confeccionado com uma lata de leite em pó) que será utilizado para
despertar a curiosidade dos bebês.

Selecione algumas canções da cultura infantil interpretadas pelo grupo Barbatuques.

Materiais:

Uma pulseira ou tornozeleira sonora e uma lata de leite em pó vazia, limpa e com tampa para
cada criança;

Aparelho de som ou outro dispositivo que reproduza as músicas selecionadas;

Músicas que inspiram descobrir o som do corpo, uma boa sugestão são as canções: Samba
lelê, Peixinhos no mar, Escravos de Jó e Tum Pá, todas na interpretação do grupo Barbatuques.

Máquina fotográfica ou celular para registrar a atividade.

Espaços:

Organize previamente a sala ou outro ambiente com o qual os bebês estejam familiarizados
para favorecer o envolvimento deles nesta atividade, dispondo um cesto ou caixa com os
materiais a serem utilizados sobre tapete ou tecido, despertando curiosidade e, assim,
potencializando os interesses das crianças.

Tempo sugerido:

Aproximadamente 40 minutos.

Perguntas para guiar suas observações:

1. Quais foram as iniciativas dos bebês ao explorar os sons produzidos com os objetos?

2. Durante a pesquisa sobre novas possibilidades sonoras quais foram as ações mais comuns
dos bebês: moveram, removeram ou misturaram os objetos?

3. De que modo os pequenos perceberamque seus movimentos potencializam as experiências


sonoras propostas?

Para incluir todos:


Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma
criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender às
necessidades e às diferenças de cada criança ou do grupo. Favoreça a participação de cada
bebê atendendo às suas especificidades motoras, que neste subgrupo etário são muito
distintas. Nesse contexto organize o espaço atendendo os bebês que já possuem
independência ao se locomover: engatinhando, andando com ou sem apoio. Garanta também
os suportes necessários para aqueles cujas condições sejam de deitar-se ou sentar-se, para
que estejam inseridos nas situações de interação.

O que fazer durante?

Inicie a proposta disponibilizando aos bebês um cesto com as latas sonoras. Deixe que
explorem esses materiais e observe o interesse de cada um. Aproxime-se das crianças
nos pequenos e nos grandes grupos. Valide as iniciativas delas. Aguce a percepção sonora de
todos, convidando-os a observar o resultado de suas ações. Inicie os registros por meio de
fotos ou filmagens.

Possíveis ações das crianças neste momento: Um bebê sacode a lata. Outro bate uma lata na
outra, atraindo a atenção dos colegas pelo som produzido nessa ação. Outro ainda rola a lata e
observa atentamente o som emitido por esse movimento. Um bebê tenta abrir a lata.

Coloque a canção Tum Pá e continue a interação com os bebês. Note se a canção os inspira a
realizar novos movimentos. Continue sua interação com as crianças e, ao passar entre elas,
tente auxiliar a percepção sonora delas a partir da ação de cada uma sobre a lata. Note os
bebês que sacodem, batem e rolam a lata e convide as demais crianças que estão próximas,
seja individualmente, no pequeno ou no grande grupo a fazer isso também. É importante
auxiliar os bebês menores, assistindo-os em suas especificidades quanto a segurar esse objeto.
Se necessário, pegue a lata e aproxime-se do bebê fazendo movimentos com e para ele, a fim
de que participe e perceba o som emitido por esse objeto.

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Continue ouvindo as músicas do grupo Barbatuques e se aproxime dos bebês que demonstram
estar mais familiarizados com as possibilidades da proposta. Para envolvê-los, pegue uma das
latas, sacuda-a e pergunte se estão ouvindo os sons. Convide as crianças para sacudir as latas
delas e peça para que notem que os objetos que seguram também fazem som. Vá
conversando com os bebês e conte a eles que você colocou uma surpresa na lata e peça a
ajuda deles para tirar a tampa dela.Quando abrir a lata, faça expressão de surpresa e
compartilhe com eles que encontraram uma pulseira sonora. Amarre em seu braço e faça
movimentos que favoreçam a emissão sonora do objeto. Algumas crianças vão se aproximar
curiosas, pergunte a elas se também querem uma pulseirinha. Caso demonstrem desejar,
ajude-as a abrir as latas e amarre as pulseiras de modo confortável nos pulsos delas. Faça isso
de forma gradativa, aos poucos, conforme perceba o interesse das crianças.

Quando grande parte do grupo já estiver com as pulseiras, observe se as crianças percebem
que, conforme movimentam os braços, o objeto faz barulho. Se aproxime novamente dos
bebês nos formatos em que se encontram, nos pequenos grupos, duplas ou individualmente.
Ao interagir com eles, ofereça tornozeleiras para os que desejarem uma. Encoraje aqueles que
tem marcha a bate o pé no chão e aqueles que ainda não se locomovem com autonomia
abalançar as pernas. Escolha uma música bem animada para tocar e permita aos bebês
explorar livremente os movimentos de seus corpos atrelado ao uso desses materiais, para que
façam suas próprias descobertas em relação às evidências sonoras, pois, ao realizar sons com o
próprio corpo, os bebês estão construindo e sendo autores de suas ações e pensamentos,
expressando todo um processo de criação.

Enquanto se envolvem com a atividade, dançando livremente, proponha uma brincadeira


dirigida a partir da música Peixinhos no mar e incentive todos a dançar e realizarem alguns
gestos comuns. Para isso escolha alguns marcos da canção para inspirar movimentos
repetitivos, como por exemplo: todas as vezes que se ouve a palavra peixinho, convide as
crianças a balançar as tornozeleiras batendo os pés. Ao ouvirem como poderei viver, peça que
sacudam os bracinhos, para que a pulseira possa emitir som, dentre outras intervenções que
considerar interessante compartilhar e que sejam possíveis de serem efetivadas pelos bebês.

Para finalizar:

Para finalizar a atividade, avise aos bebês que a proposta está quase chegando ao fim e que
vocês irão dançar ao som da última música. Encoraje-os a balançar ainda mais braços e pernas
para potencializar os sons emitidos por esses objetos. Quando a música terminar, relembre as
crianças do combinado e ofereça os brinquedos de predileção da turma. Avise-as que
enquanto brincam você irá retirar as pulseiras e as tornozeleiras delas. Conforme for retirando,
peça ajuda para guardar esses materiais nas latas. Tranquilize-as informando que os materiais
serão enviados para a casa de cada um, para que elas possam brincar de fazer sons com os
familiares.
Desdobramentos

Estabeleça uma parceria com o professor da turma das crianças pequenas. Peça para que
confeccione as pulseiras ou outros objetos sonoros para brincar com os bebês em uma
atividade de interação, se possível em um ambiente conhecido pelos pequenos e que atenda
às especificidades etárias deles. Na oportunidade, combine com o professor da outra turma
que para que as crianças convidadas possam escolher o repertório musical para cantar junto
com os bebês.

Engajando as famílias

No momento da saída entregue a lata juntamente com a pulseira para o responsável do bebê
e, por meio de um bilhete, conte que esse objeto fez parte de uma experiência sonora que a
turma vivenciou. Na oportunidade sugira que a família faça uso desse elemento em casa, em
momentos de interação com o bebê. Veja uma sugestão de bilhete aqui.

ENSINO REMOTO NOVO

Tempo sugerido: 5 minutos.

Orientação: Retome os conceitos de acrescentar e juntar quantidades. Explore os dedos das


mãos, juntando-os e acrescentando-os, trabalhando com os fatos fundamentais da adição.
Projete este slide, ou use suas mãos para simular situações-problema que envolvam juntar e
acrescentar dedos para formar novas quantidades.Peça que os alunos também representem
usando suas mãos, conforme você for questionando. Registre no quadro as sentenças
matemáticas representadas com as mãos, para os alunos associarem o sinal de adição ao fato
de juntar e acrescentar quantidades.

Propósito: Realizar contagens, reconhecer algarismos, juntar e acrescentar quantidades.

Apresente a proposta
Faça um pequeno vídeo mostrando, de forma animada, como produzir movimentos sonoros
com colares, pulseiras, molhos de chaves, dentre outros objetos que você tem em casa. Você
pode colocar uma das músicas do grupo Barbatuques, indicadas no plano, e usar o espelho
para potencializar a experiência, aproveitando para indicar que também utilizem o objeto com
o bebê. Verifique se a equipe tem fotos de momentos parecidos na escola, tornando o
contexto ainda mais significativo e envolvendo os bebês. Encerre convidando: “Que tal fazer
uma brincadeira assim em casa e descobrir juntos esses e outros movimentos sonoros?” Envie
por WhatsApp ou outra plataforma de comunicação com as famílias.

Adaptações necessárias
As famílias vão usar os objetos sonoros que tiverem em casa. Oriente que acompanhem o
bebê durante todo processo para garantir sua segurança. Se não tiver espelho, o familiar pode
funcionar como tal ao imitar as ações do bebê.

Sugira às famílias
Convide os familiares a permitir que o bebê brinque e explore os objetos sonoros livremente, a
partir de seus interesses. Oriente que dancem com música, instigando o bebê com os sons dos
objetos disponíveis. É importante que estejam sempre atentos aos gestos do bebê, nomeando-
os e descobrindo juntos novos sons. Proponha brincadeiras divertidas, como cantar a música
“Peixinhos do mar” falando o nome do bebê e dos familiares, para que fiquem em evidência e
façam uma careta divertida, acompanhada de um movimento sonoro como, por exemplo,
bater palmas. Assim, esse tempo ficará registrado com o prazer e a diversão de estar unido
com a família, o que tende a gerar boas memórias afetivas que serão evocadas no futuro.
Sugira que compartilhem uma foto com o registro dessa gostosa interação vivenciada.

Para compartilhar com o grupo


Convide as famílias a compartilhar os registros que fizeram, de modo que você possa montar
um compilado das brincadeiras das famílias com os bebês envolvendo som e movimento.
Conforme recebê-los, socialize com todas as famílias pela plataforma que sua rede está
utilizando. Ao compartilhá-los, outras famílias tendem a fazer a atividade também. Quando
retornarem à escola, reveja os registros com os bebês e amplie o repertório do grupo. Eles
poderão brincar na escola do modo como faziam em casa. Esse movimento fortalece a
conexão família-escola através do senso de pertencimento, o que favorece a reinserção no
ambiente escolar quando o isolamento social terminar.

SOBRE O PLANO

Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA

Autor:   Tamira Paula Torres Martins de Souza

Mentora: Keli Luca

Especialista do subgrupo etário: Ana Teresa Gavião

Campos de Experiência:  Traços, sons, cores e formas; Espaços, tempos, quantidades, relações


e transformações; Corpo, gestos e movimentos.

Objetivos e códigos da Base


(EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.

(EI01ET06) Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em
danças, balanços, escorregadores etc..)

(EI01CG05) Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas


possibilidades.

Abordagem didática:

Os bebês adoram ouvir músicas, cantos de pássaros e cigarras, latidos de cachorro etc.   A
convivência com diferentes sons e ruídos traz descobertas, conhecimentos e curiosidade
acerca do novo. A primeira fonte de exploração é o som do próprio corpo e do ambiente que
os cerca. Assim, levar os bebês a se atentar aos sons da natureza ou da escola é ajudá-los a
desenvolver competências relevantes para o processo de aprendizagem como a escuta, a
atenção, a distinção. Ao convidá-los para realizar sons com o próprio corpo, oferecemos a eles
a oportunidade construir autoria de pensamentos e ações.

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