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Atividade Unidade 1
Resumo das principais ideias expostas no texto de Frantz Fanon e Angela Davis
Após leitura atenta dos textos indicados de Frantz Fanon e Angela Davis, peço que
vocês resumam as principais análises apresentadas pelos autores sobre a descolonização
(Fanon) e a luta das mulheres negras contra a escravidão e o racismo norte-americano
(Davis).
De acordo com a leitura dos textos propostos de Frantz Fanon e Ângela Davis
percebe- se que negras e negras foram massacrados/oprimidos em todos os sentidos pela
cultura européia durante anos. Esse acontecimento foi um crime contra a humanidade,
pois as atrocidades cometidas contra eles/elas foram desumanas. À vista disso,
debruçarei inicialmente sobre as principais ideias de Fanon em relação a
descolonização, posteriormente falarei sobre o emocionante e cruel texto de Davis que
retrata sobre a luta das mulheres negras contra a escravidão e o racismo norte-
americano.
Fanon (2005) em seu texto “Os condenados da terra”, traz uma importante
reflexão sobre o que é a descolonização e os seus efeitos para cultura negra. Assim
sendo, “a descolonização perpassa por ideias de libertação nacional, renascimento
nacional, restituição da nação ao povo”, ou seja, chegou à vez do colonizado erguer sua
voz e reivindicar por sua cultura, seu país, seu modo próprio de viver. A descolonização
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como aborda Fanon (2005), “é um processo histórico que só pode ser compreendida, só
tem sua inteligibilidade, só se torna translúcida para si mesma na exata medida em que
se discerne o movimento historicizante que lhe dá forma e conteúdo”. Assim,
descolonização é um termo forte e que contém bastante significado, uma vez que esse
termo vai instigar um povo a pensar sobre a sua própria ótica, própria essência em
detrimento da ótica do colonizador. Contudo, a descolonização diz respeito ao ser, ela
modifica fundamentalmente o ser, pois o colonizado irá pensar por si só, sem a
intervenção do colonizador. Ela instiga ao colonizado seu ritmo próprio, novas
mentalidades e novas humanidades. Pensar a colonização é pensar em um mundo
cortado em dois em que de um lado há o colonizado que não tem direito a nada, são
resumidos a animais e objetos, enquanto o mundo do colonizador é um mundo de
riquezas, poder, ambição, prosperidade, o mundo do colonizador animaliza o mundo do
colonizado. Dessa forma, quando o colonizado descobre que sua vida, sua respiração, os
batimentos do seu coração são os mesmos que os do colono ocorre o abalo essencial
para que esse povo lute/resista a favor de sua cultura, sua cor, sua origem, seus
ancestrais. Portanto, as principais ideias de Fanon nesse texto é para inquietar-nos em
relação a tomar posse de nós mesmos, de nossas culturas, nossa linguagem e de reagir
frente à colonização imposta. Ele traz um importante termo que é a descolonização que
perpassa e interliga por todos os campos da vivência humana, principalmente a
pensarmos a descolonizar as mentes que foram colonizadas durante séculos. O texto traz
uma abordagem que possibilita a pensarmos por nós, sobre nós, sobre nossa essência,
nossos ancestrais, tomarmos para si a responsabilidade de vivermos conforme a nossa
cultura, nossa perspectiva nacionalista e não pela perspectiva de uma cultura imposta.
Por fim, para o povo negro este termo tem um significado ainda maior, pois o que seria
feio, estereotipado, não civilizado, animalizado torna-se autêntico, empoderado,
valorizado. A negritude torna-se uma questão de honra, de lutas, resistências e não mais
de vergonha.
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racismo norte-americano que tinha como objetivo reivindicar a herança das lutas das
Mulheres afro-americanas. A princípio quero mencionar que não tem como ler este
texto e não indignar-se com as atrocidades impostas sobre as mulheres negras no
período da escravidão e que infelizmente perpetua alguns padrões até os dias atuais.
Sendo assim, comparando as mulheres negras em relação às mulheres brancas, as negras
trabalhavam mais fora de casa do que as brancas. Os aspectos da existência da mulher
negra foram ofuscados pelo trabalho até pela questão de que os negros eram
considerados mercadorias, propriedades dos brancos europeus. Pois bem sabemos que
na época da escravidão o senhor era considerado rico pelo número de escravos que
possuía. Dessa forma, a mulher negra e o homem negro possuíam o mesmo valor pra
aquela sociedade, os dois eram vistos como unidades de trabalho lucrativas para os
proprietários de escravos. Entretanto, as mulheres negras eram vistas como desprovidas
de gênero e não possuíam a feminilidade (a feminilidade era exclusiva das mulheres
brancas), eram vistas apenas como fêmeas reprodutoras, anomalias, sem alma, negaram-
lhes até o direito de serem consideradas mulheres. Dessa forma, a mulher negra além de
sofrer perseguição, opressão pelos senhores, ainda eram constantemente estupradas de
todas as formas possíveis. Elas eram reduzidas a fêmeas parideiras que possuíam o útero
como máquina de fazer escravos. Importante ressaltar que neste contexto colonial a
mulher negra e o homem negro eram vistos socialmente como iguais, faziam todo
trabalho igualmente, pegavam pesos e trabalhavam de sol a sol nas lavouras norte-
americanas, porém, precisamos desmistificar a idéia de que as mulheres negras
aceitavam passivamente essa condição, muitas resistiram e lutaram até a morte para
fugir desses campos de massacre, inclusive chegaram até a matar suas próprias filhas
antes que chegassem à cruel vida de adulta que as esperava, participavam de rebeliões,
armavam fugas. Davis aborda também que a noção de mulher se cria a partir das
mulheres brancas de mães e donas de casa. As brancas eram consideradas dominadoras
de homens, enquanto as negras não eram diminuídas por suas funções domésticas. As
mulheres negras eram constantemente açoitadas, mutiladas e também estupradas. O
estupro era uma arma de dominação contra as mulheres negras e seus companheiros que
viam e não podiam fazer nada. O estupro chegou a ser socialmente aceitável na guerra
do Vietnã, os homens brancos tinham acesso ilimitado ao corpo das mulheres negras.
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Referências;
Fanon, Frantz. Os condenados da terra. Juiz de Fora: Editora da UFJF, 2005.
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