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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
SER OU ESTAR PROFESSOR
REFERÊNCIAS
Freire, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 17ª. Ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.
ALUNO: GEFFESON PINHEIRO DE SOUZA FILHO
A obra foi feita durante o período militar no Brasil e
estando seu autor exilado no Chile. A pedagogia da classe
dominante é a chamada de opressora e a classe trabalhadora é
o oprimida e tem como objetivo o embate entre as formas de
educar, a educação problematizante como prática de
liberdade e reflexão que causa a humanização e a educação
bancária que é alienante, antidiálogo e opressora. Nesta
pedagogia o educador com a confiança do povo deve
valorizar cada individuo, pois cada uma é protagonista da sua
própria historia e atender a perspectiva do oprimido e não do
opressor. Logo, é uma obra sobre conscientização e
humanização.
No capítulo primeiro Freire trata da pedagogia que tem de
ser feita pelo estudante e não somente para ele, pois isto é
libertador, ou seja, a educação não deve ser algo alienante,
inserida à cabeça do individuo, mas sim algo produzido com
colaboração e reflexão, o homem tem de transformar e
inserir-se para se humanizar. Existe uma máxima que
podemos usar como analogia: “A história é escrita pelos
vencedores”. Em que observa-se na frase o seu teor alienante
que Freire combatia ferrenhamente. Logo a educação com
reflexão é, para Freire, sinônimo de liberdade.
O autor destaca, ainda a questão que só na convivência com
os oprimidos que realmente é possível conhecer e
compreender tal realidade.
No segundo capítulo Freire critica as concepções da
educação bancária que é fundamentada na absoluta
ignorância aonde trata o educando como um mero
receptáculo a ser preenchido memorizando dados, como uma
máquina que só executa ordens. No livro este tipo de educar é
nomeada de “necrófila”, pois não há a essência do saber e
não estimula o questionamento, mas sim estimulo o vazio, à
morte e mata a criativa. Tem-se como contra ponto a essa
educação a educação problematizadora que estimula a
criatividade, a invenção, a transformação, o verdadeiro saber
e a capaz de romper a alienação.
O terceiro capítulo trata sobre a questão do diálogo que
consiste na busca incessante por conteúdo, transformações
que trazem questionamento e, assim, luta contra a questão da
alienação. O diálogo só existe na relação horizontal, de igual
para igual, baseada em confiança entre os indivíduos sendo
essencial para a construção de uma visão crítica. O educar
tem, além do professor, o educando como sujeito ativo e
também como sujeito passivo. Isto tudo é realizado por
debates, pesquisas, leitura, participação e colaboração tendo
como protagonista o povo.
O quarto capítulo é sobre a antidialógica e o autor
constata que o diálogo é essencial, principalmente com os
oprimidos, pois os homens são comunicação e diálogo. O
antidiálogo é ignorância, é temer a liberdade e para isto é
feito a divisão do povo e a manipulação, algo muito visto
atualmente no Brasil. Logo, a liderança deve buscar a
unificação para a libertação e a consciência para combater a
manipulação que leva a massificação. É citado, também,
novamente a questão da educação problematizadora
afirmando que através da problematização, questionamento
que temos a revolução. Tem-se como protagonista do
antidiálogo a elite, pois esta deseja manter a alienação
mantendo-se, assim, no poder e repetindo o ciclo. Logo,
Freire observa no diálogo a essência da revolução indo ao
embate das tradições fomentadas pela elite. A massa popular
é a liderança nesse processo revolucionário aonde deve
instaurar o aprendizado verdadeiro. Ainda diz que o diálogo
se constitui uma excelente arma contra o autoritarismo.
Em suma a educação problematizadora afirma a
essencialidade de conscientizar pela reflexão,
questionamento, critica constituindo-se uma arma contra o
regime de dominação da massificação.

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