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Boa Vista, RR
2018
MAGNO DOS SANTOS
Boa Vista, RR
2018
MAGNO DOS SANTOS
_______________________________
Prof. Me. Rodrigo de Barros Feltran
Orientador / Curso de Zootecnia – UFRR
_______________________________
Prof. Dr. Nivia Pires Lopes
Curso de Zootecnia – UFRR
______________________________
Prof. Dr. Francico Edson Gomes
Curso de Zootecnia – UFRR
AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha mãe pela confiança que sempre depositou em mim, espero
compensar os esforços que fez para me manter na universidade, principalmente nos primeiros
semestres. Á minha companheira Patrícia que não desacreditou, principalmente no início onde
as dificuldades eram maiores. Aos amigos de republica, Adriana, Pablo, PC e Carlos pelo
apoio. Ao amigo Davi e Josué que sempre que precisei me deram apoio logístico. Aos amigos
da graduação, Arthur, Diógenes, Gerson, Jonathan, Filipe, Romito, Eduardo, Luzia e Helena,
pela cumplicidade, apoio e incentivo. À todos meus professores, em especial os do
departamento de zootecnia, pela dedicação em formar profissionais que possam dar aula para
seus filhos. Ao amigo e Guru Hipólito Ribas Pereira, pelo direcionamento, incentivo e
compartilhamento de experiências, e ao amigo zé nóbio do lanche.
Ao professor Rodrigo Feltran, pela parceria do TCC. Ao amigo Matheus pela grande
ajuda no laboratorio. À UFRR, pela seriedade e política de incentivo a formação do aluno. Ao
PET-ZOO, pela grande experiência. Ao IFRR pelo incentivo do desenvolvimento do
servidor/instituição. Aos servidores do Departamento Técnico do IFRR/CNP pela compressão
da ausência em alguns momentos.
Há muita gente por traz de uma conquista como esta, até mesmo aqueles que não
acreditavam serviram como molas para que eu pudesse me impulsionar e conseguir chegar até
esta parte deste projeto de vida.
Muito obrigado a todos.
RESUMO
Palavras-chave: Monogenea.Myxobolus.Procamallanus.
ABSTRACT
Fish farming has been gaining significant growth in the Western Amazon. Considering the
diversity of the Amazonian ichthyofauna, only 36 species are commercialized, of which only
eighteen have a significant production, among them the tambaqui (Colossoma macropomum)
stands out for its acceptability and rusticity. Tambaqui is the most cultivated species (90% all
production) and consumed in Roraima, justified by technology in reproduction and great
acceptability by consumers. And like all confined animal production, there is the risk of
pathogens and diseases. The tambaqui can be affected by a great variety of parasites, causing
irreversible damages both of economic and sanitary order. The most common parasites in
tambaquis in the Amazon are protozoans, monogenes, argulids, lerneids and myxosporids. It
has also been reported the importance of the acanthocephalus parasite, which is studied by
several poles of Embrapa in partnership with other institutions in the north of the country. The
objective of this work was to identify and quantify parasites present in gills, intestines and
tambaqui muscles from five fish farms in Rorainópolis-RR, as well as to correlate results with
biometric variables and to estimate parasite prevalence and abundance.For this purpose 25
specimens of tambaqui were acquired in five fish farms of the vicinal one of the municipality
of Rorainópolis-RR, being five specimens per property. Individuals of the class Monogenea
(Girodactilide sp), Filo Nematoda (Procamallanus (Spirocamallanus sp) and Klossinemella
sp) and the class Myxozoa (Myxobolus sp) were registered. Properties one and four (PI and
PIV) occurred 100% prevalence of Monogenea infestation. The standard weight-length
grating curve (y = 0.01x -3.27 (R2 = 0.84)) was calculated, where the relative condition factor
was calculated between parasitized and non-parasitized individuals whose values did not
differ statistically ( p = 1) by Mann Whitney's 'U' test. Knowledge of tambaqui parasitofauna
in this region makes it possible to facilitate decision making in fish farms, prophylaxis and
therapeutic programs, as well as in state sanitary standards.
Key-words: Monogenea.Myxobolus.Procamallanus.
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................09
2 REVISÃO DE LITERATURA..............................................................................11
2.1 Situação atual da piscicultura...............................................................................11
2.2 Caracteristicas do hopedeiro colossoma macropomum.......................................11
2.3 Mecanismo de defesa dos peixes...........................................................................12
2.4 Parasitos em tambaqui..........................................................................................14
2.5 Legislação relacionada a sanidade de peixes no Brasil.......................................16
3 OBJETIVOS...........................................................................................................19
3.1 Objetivo Geral........................................................................................................19
3.2 Objetivos Especificos.............................................................................................19
4 MATERIAL E MÉTODO.....................................................................................20
4.1 Área de estudo e aquisiçao dos espécimes............................................................20
4.2 Necropsia, coleta e fixação.....................................................................................21
4.3 Identificação...........................................................................................................22
4.4 Índices parasitários................................................................................................22
4.5 Fator de condição relativo (Kn).............................................................................23
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES...........................................................................24
5.1 Classe Monogena.....................................................................................................25
5.2 Filo Nematoda.........................................................................................................28
5.3 Classe Myxosporea...................................................................................................29
5.4 Elementos não identificados....................................................................................29
6 CONCLUSÕES …...................................................................................................31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................32
ANEXOS..................................................................................................................42
9
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
devido sua rusticidade, rápido crescimento, boa conversão alimentar, facilidade de venda, e
técnica de reprodução dominada, o que facilita a aquisição de alevinos. O hospedeiro
(Colossoma macropomum ), pertence a ordem Characiformes, família Serrasalmidae, é nativo
dos rios Amazonas, Orinoco e seus afluentes (GERY, 1977). O tambaqui alcança porte
máximo em torno de 1 metro de comprimento e peso superior a 30 kg, sendo encontrado na
natureza com até 1,15 metros e 44 kg, atingindo maturidade sexual entre o 4º e 5º ano de vida
(INPA, 2010). É o segundo maior peixe da América do Sul, o primeiro é o pirarucu
(Arapaima gigas) (CARVALHO, 2007).
O tambaqui é um animal onívoro, sendo sua dieta na fase inicial majoritariamente
zooplanctons e conforme vai crescendo passa a alimentar-se de sementes e frutos, porém não
deixa de alimentar-se de zooplanctos e fitoplanctons (CARVALHO, 2007).
Os peixes possuem várias barreiras de defesa contra invasores, sendo de forma geral
dividida em: mecanismos de defesa inatos e adquiridos (CARVALHO, 2007).
O mecanismo de defesa inato é composto por uma barreira externa composta por
muco, escamas e pele, conferindo proteção física e química contra patógenos que possam
atacar o organismo. O muco possui fatores antimicrobianos como glicoproetinas e,
proteoglicanos, imunoglobulinas, lisozimas e outras proteínas que basicamente desestabilizam
a membrana celular das bactérias e fungos (FIOCRUZ, 2005; KUBITZA & KUBTIZA,
2013). As maiores concentrações de células secretoras de muco encontram-se na cabeça e
tronco, justificando maior facilidade de ataque de bactérias nas nadadeiras (KUBITZA &
KUBTIZA, 2013). A nutrição adequada, correto manuseio (transporte, transferência,
classificação, etc.), boa qualidade de agua, a não utilização constante de produtos com ação
oxidativa (permanganato de potássio e água oxigenada) são requisitos básicos para a produção
normal do muco e consequente manutenção da saúde dos peixes de cultivo (KUBITZA &
KUBTIZA, 2013). Na tabela 1 são apresentados algumas substancias presente no muco bem
como suas funções.
13
O tambaqui pode ser acometido por grande variedade de parasitos trazendo prejuízos
irreversíveis tanto de ordem econômica como sanitária. Segundo Dias, (2010) os parasitos
mais comuns em tambaquis na Amazônia são os Protozoários, Monogêneas, Argulídeos,
Lerneídeos e Mixosporideos. Também já foi relatado a importância do parasito Acantocéfalo,
que é estudado por vários polos da Embrapa em parceria com outras instituições no norte de
país (MACIEL, 2016).
Duas espécies de protozoários são de interesse sanitário na Amazônia,
Ichthyophithirius multifiliis e as Trichondinas (DIAS, 2010). Ichthyophithirius multifiliis é um
ectoparasito do grupo Ciliophora que pode se alojar na pele e brânquias, causa a doença
denominada de ictiofitiríase mais conhecida como doença dos pontos brancos. Seu ciclo de
vida é dividido em três fases; trofonte, atinge o máximo desenvolvimento, em seguida
destaca-se do hospedeiro e fica no substrato onde passa a ser tomonte, onde se diferencia em
uma camada externa endurecida, e por fim dentro do tomonte ocorre divisões binarias que dão
origem aos tomintos que adiquirem cílios originando os terontes (células infectantes) (EIRAS,
2013). As Trichondinas são Cilióforos, na maioria ectoparasitos de brânquias e tegumento,
poucas espécies podem infectar órgãos internos. Há baixa especificidade parasitaria e sua
reprodução é por divisão binaria (EIRAS, 2013). Quando presente em grande quantidade
15
podem causar hemorragias devido a presença dos cistos, além de facilitar o ataque por
organismos oportunistas (DIAS, 2010).
Outro grupo de interesse em parasitologia de peixe é o Nematoda, esse filo é composto
por organismos metazoários, triploblásticos, pseudocelomados, sendo seu corpo não
segmentado, cilíndrico, fusiforme ou filiforme e coberto por cutícula e parasitam quase todos
os órgãos dos peixes (SANTOS et al., 2013). Seu ciclo de vida pode ser monoxeno ou
heteroxeno podendo ter número variáveis de hospedeiros. Nos hospedeiros intermediários as
larvas se desenvolvem e fazem mudas, e nesse grupo estão incluídos larvas de insetos,
oligoquetas, crustáceos e peixes, já os hospedeiros paratênicos são facultativos, porem
possuem papel importante na dispersão de muitas espécies, e no hospedeiros definitivos
encontram-se as larvas adultas (SANTOS et al., 2013).
Essas medidas de biossegurança são simples, porém muitas vezes ignoradas por
muitos piscicultores que futuramente podem ter seus empreendimentos acometidos por
doenças.
17
Certificado sanitário: documento emitido pelo órgão oficial, do qual consta o estado
sanitário do estabelecimento de cultura no que diz respeito ao monitoramento das
doenças de notificação obrigatória e as de certificação, em conformidade com a
legislação vigente (BRASIL, 2003).
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral:
4 MATERIAL E MÉTODO
A área de estudo fica em média 318 km de distância, via asfalto (GOOGLE MAPS,
2017) de Boa Vista-RR (figura 1). Foram adiquiridos 25 espécimes de tambaqui em cinco
pisciculturas da vicinal um do município de Rorainópolis-RR, sendo cinco espécimes por
propriedade, cujas localizações foram registradas com receptor GPS GARMIN eTrex-10
(precisão= 3m), utilizando o datun WGS-84: Propriedade 1=N 00.57.639, W 060.20.876;
propriedade 2= N 00.57.659, W 060.20.743; propriedade 3= N 00.57.957, W 060.19.668;
propriedade 4=N 00.58.239,W 060.19.073; propriedade 5= N 00.57.597, W 060.18.792 suas
imagens de localização por satélites estão presentes no anexo A. Em cada propriedade foi
realizado um questionário de atividade produtiva cuja algumas informações são apresentadas
no quadro 1, e o questionário apresentado no anexo B. As atividades supracitadas foram
realizadas em abril de 2017.
P4
P3
P1 P2
P5
P1
colocado em saco plástico e acomodado em caixa de isopor com gelo conforme figura 2.
ANOMALIA
NO OLHO
lamina e lamínula, com uma pequena gota de água para verificação ao microscópio óptico
(EIRAS, 2006).
O próximo passo constituiu-se em retirar as brânquias, individualiza-las pôr em um
recipiente de vidro, adicionar formol 1:4000 e agitar por 10 segundos, ficando esse material
para ser avaliado no final da necropsia (EIRAS, 2006).
Para verificação dos órgãos internos foi feito a evisceração, o estomago, intestino,
fígado e bexiga natatória foram individualizados em placas de Petri sendo visualizados sob
estereomicroscopio (figura 3). Quando encontrado nematoides, estes foram conservados em
álcool 70% (EIRAS, 2006).
Figura 3- Vísceras e estômago para posterior análise de seus conteúdos em
estereomicroscopio
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A origem da água é fator relevante, pois pode ser que o produtor faça profilaxia nos
tanques, mas sua fonte de água seja contaminada. Saber o tamanho da área do viveiro é
necessário para correlacionar com a biomassa presente no tanque, e uma vez que essa
biomassa estiver acima da recomendada pode haver baixa na imunidade dos peixes e os
mesmos serem acometidos por doenças. A idade do viveiro pode ser levada em consideração
quanto do surgimento de doenças devido ao substrato.
Foram necropciados 25 espécimes de tambaqui, cujos índices parasitológicos
(prevalência, abundância e intensidade) foram descritos na tabela 3.
25
adequadas, bem como a idade dos vivieros que não são velhos, portanto este fatores talvez
não sejam os causadores desta alta prevalência de monogeneas nestas duas propriedades.
Segundo Paraguassú (2006) devido seu ciclo de vida monoxeno, os monogenéticos
reproduzem-se com grande rapidez e o confinamento de peixes da mesma espécie pode fazer
destes parasitos um grande problema na piscicultura e perdas por doenças parasitárias
representam, em muitos casos, o fator determinante para o sucesso da atividade.
Figura 4- Girodactilideos com individuo em seu interior.
900
f(x) = 0,01 x^3,27
800
R² = 0,84
700
600
peso (g)
500
400
300
200
100
0
18 20 22 24 26 28 30
comprimento (cm)
parasitados por Monogenea. Resultados similares, onde não houveram diferenças estatisticas
entre indivíduos parasitados e não parasitados também foram encontrados por Yamada et al.
(2008) e Zanolo et al. (2009). É esperado que o parasitismo traga desequilibrio no ganho de
peso e crescimento, porém a rusticidade do tambaqui pode ser responsável pela capacidade de
resistir a esses graus de infestações.
2
1,5
1
0,5
0
1 2 3 4 5
Propriedades
2
1,5
1
0,5
0
0 100 200 300 400 500 600
Abundância de infestação
Na propriedade dois (P2) foram encontrados dois gêneros de nematoiedes, uma do gênero
klossinemella sp. e outro individuo do gênero Procamalanus (Spirocamallanus sp) (figura 5).
Figura 5- A-Procamallanus (Spirocamallanus sp.); B- klossinemella sp.
A B
A B
Fonte: Autor (2017).
Fischer et al. (2003) estudando a fauna parasitária em tambaqui e seu potencial como
indicador biologico no médio rio Solimões (Amazonas) e no baixo rio Amazonas (Pará),
virificaram a presensa de Procamallanus sp e Spirocamallanus sp, sendo que nenhuma dessas
especies apresentaram diferenças estatisticas entre as intensidades médias comparadas através
do teste 't' de student. Segundo Pavanelli et al. (2013) espécies de Procamallanus podem
causar lesões e inflamações na mucosa intestinal devido à fixação e alimentar-se do sangue,
pode haver anemia primaria, e em infecções intenças em peixes pequenos pode haver baixas
taxas de crescimento e obstrução intestinal.
Segundo Costa et al. (1968) as espécies do gênero klossinemella sp possuem ciclo
evolutivo monoxeno, onde a reprodução pode ocorrer no lumem do intestino do hospedeiro,
podendo haver liberação de larvas posteriormente. A infecção por klossinemella sp se dá pela
eleiminação de larvas e adultos pelas fezes, o que se torna muito facil a contaminação em
ambiente aquatico confinado (COSTA et al., 1968).
29
prorpriedade dois (figura 7). Ao ser observado ao microscopio óptico não identificou-se nada.
É importante relatar esses casos, pois pode ser objeto de estudos futuros.
Figura 7- Cistos em operculo e orbita ocular de tambaqui
6 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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P2
P1
P4
P3
P5
P5
LOCALIZAÇÃO DA PROPRIEDADE:
NOME______________________________________________________________
VIC._______________ Km:________ N____._____._____ W_____._____.______
DADOS DA PISCICULTURA
Nº Viveiros_____ LAMINA DE AGUA total ESTIMADA (m2)_____________________________
ORIGEM DA AGUA UTILIZIDA ___________________________( ) Viveiro sem renovação
BIOMASSA ESTIMADA (Kg) _________________________
DADOS DA AMOSTRA
ÁREA DO VIVEIRO BIOMASSA ESTIMADA (KG) IDADE DO VIVEIRO
(m2)
ARRAÇOAMENTO:
Quantidade diária (Kg) Numero de tratos
DADOS DA RAÇÃO
MARCA
PB
ENERGIA
GRANULOMETRIA
OUTRO
OBSERVAÇÕES
43
Necropsia: exame de espécimen morto. Método para condições sépticas, isto é não para coleta de bactérias ou
vírus. Todas necropsias começam com o exame de fora para dentro, começando com os tecidos externos e
gradualmente avançando para os mais internos, cada tecido deve ser examinado intacto, antes de qualquer
interferência, depois a dissecção e examinado sob microscópios. Se o peixe estiver vivo, deve ser submetido o
que recomenda a Resolução Nº 714, de 20 de junho de 2002, do Conselho Federal De Medicina Veterinária, que
dispõe sobre os procedimentos e métodos de anestesia e eutanásia em animais.
O peixe deve ser posicionado do lado direito, com o lado esquerdo da cabeça virado para cima e a parte ventral
virada para o examinador.
1. Preencher a “Ficha de Necropsia” para cada peixe, preenchendo todos os campos seguindo o modelo. Número
do peixe a ser examinado: composto da seguinte maneira peixe 1403211(ano; mês; dia analise; n. Peixe).
2. Matar o peixe usando uma alta concentração de anestésico (eugenol). Pesar e medir (comprimento padrão,
furcal e total). A amostra de sangue deve ser feita antes dematar o peixe.
3. Lado esquerdo: examinar, boca; pele; nadadeiras; anus, olho; nariz a procura de lesões, úlceras, hemorragias
subcutâneas, escamas levantadas ou perdidas; pústulas; cistos; descolorações. Procure por sinais ou parasitas
externos. A posição do parasita achado deve ser anotada, este deve ser removido e identificado ou fixado e
conservado para posterior identificação. Muco e secreções anormais devem ser coletados, preparadas lâminas e
examinadas. Deformações grosseiras, tecidos suspeitos devem ser retirados e examinados microscopicamente em
macerados (pequeno pedaço de tecido, entre lâmina e lamínula com água, pressione e examinar microscópio
óptico). Examinar a região perianal procurando áreas vermelhas incomuns, prolapsos do intestino. Examinar
cuidadosamente o olho esquerdo se há rotação e se as membranas são elásticas e bem visíveis. Corte a pele em
torno da órbita, corte os músculos do olho e o nervo óptico, remova-o e coloque em uma placa de Petri com água
destilada, remova a câmara interna, retire as lentes e o humor, examinar separadamente os componentes do olho.
4. Examinar a narina esquerda se há excesso de muco. Se o peixe for pequeno colocá-lo sob o
estereomicroscópio e examinar. Retirar a narina e colocá-la em placa de Petri com água e dissecá-la sob
estereomicroscópio. Insira um estilete na cavidade para testar se há um excesso de muco, remova a pele,
exponha a cavidade nasal. Examinar os tecidos olfativos para Protozoa,Monogenea e Copepoda.
5. Um outro processo para coleta de parasitas da pele e nadadeiras é colocar o peixe em recipiente com formol
1:4000 por duas horas e agitar vigorosamente a cada 15 minutos, de modo que fique completamente imerso no
líquido. Posteriormente e examinar o conteúdo das placas. Este método não nos permite saber o local de fixação
de cada parasita. Alternativamente podem-se cortar as nadadeiras e colocá-las em placas com água e examiná-las
em estereomicroscópio.
6. Para a coleta de Monogenoidea (Dactylogyridae e Gyrodactylidae) as brânquias devem ser removidas, abrindo
a câmara branquial com auxílio de bisturi ou tesoura e pinça e colocadas em recipiente (frasco ou saco plástico)
sem líquido. Os arcos branquiais devem ser separados preferencialmente. Deve-se colocar metade dos arcos em
um vidro e outra metade em outro vidro (material para morfologia e sequenciamento molecular do mesmo
peixe). No frasco contendo material destinado para estudo de morfologia, deve-se adicionar formalina 5%
44
aquecida (65º C) e agitar intensamente o recipiente. No frasco contendo material destinado para molecular
adicionar álcool 95%. AGITAR INTENSAMENTE O RECIPIENTE (aproximadamente 20 vezes). Etiquetar o
material e colocar em caixas separadas para que não haja contaminação. O material para sequenciamento
(álcool) deve ser colocado no freezer assim que possível. Se for fazer só morfologia colocar todas as brânquias
formalina 5% aquecida (65º C).
7. Fazer um raspado da pele, raspar com o bisturi cerca de pelo menos um terço da região lateral dorsal do peixe,
colocar o material sobre uma gota de água destilada, em lâmina, colocar lamínula e levar ao microscópio óptico,
para exame de Protozoa,Monogenoidea.
8. Corte o opérculo esquerdo expondo as brânquias. Coloque-o em uma placa de Petri com água, observe-o
dissequeo sobre estereomicroscópio, procurando parasitas, lesões, e vascularização anormal. Os arcos branquiais
devem ser enumerados de 1 a 8, onde de 1 ao 4 significa que é o 1o, 2o, 3o e 4o arcos do lado esquerdo e de 5 ao
8, corresponde ao 1o. (5), 2o.(6), 3o.(7) e 4o.(8) arcos do lado direito. Retire o primeiro arco branquial esquerdo
cortando as extremidades dorsal e ventral. Coloque-o em uma placa de Petri, cubra com água, observe-o sobre
estereomicroscópio, segurando com uma pinça e examinando cada filamento com um fino estilete. Procure por
parasitas, descolorações, camadas de muco e outras anormalidades. Se o arco é pequeno, coloque-o em uma
lâmina, cubra com água, coloque uma lamínula e leve ao microscópio óptico. Se for grande e fino e corte um
pedaço e prepare uma lâmina com água, cubra com lamínula e leve ao microscópio óptico. Aperte ligeiramente a
lamínula, procure por tecidos anormais, Protozoa, Glochidia e ovos de helmintos.
Examinar individualmente os demais arcos sobre estereomicroscópio com auxílio de estiletes. Observe a parede
da cavidade branquial depois da retirada do quarto arco.
9. Vire o peixe para o lado direito repita o passo 3 (exceto o exame da região perianal).
11. Retorne o peixe à posição prévia, com o lado esquerdo para cima. Abra a boca empurrando a mandíbula e
examinar a superfície da cavidade bucal, começando com o céu da boca. Preste atenção para parasitas e lesões.
Procure na linha, próximo aos dentes até a faringe. Se houver algum ferimento retire algum tecido e examinar
em microscópio óptico.
12. Abra a cavidade abdominal usando uma fina tesoura, iniciando com uma perfuração na linha média ventral
da parede abdominal, justamente entre e atrás das nadadeiras peitorais, cuidado para não cortar profundamente.
Corte na direção posterior por 2cm. Levante o lado superior com uma pinça e verifique a posição das lâminas.
Mantenha-as perto da parede abdominal e corte em direção as vísceras e mantenha o corte até a região anal.
Nesta região direcione o corte para cima e acompanhando a margem posterior, superior até a anterior da
cavidade abdominal. Quando o corte for completado remova a “cobertura” do abdômen e exponha as vísceras.
Examinar in situ posições anormais, inchaços, descolorações, cistos de parasitas, lesões e outros sinais
patológicos e quantidade de gordura (ausente, pouca, muita). Preste especial atenção para o tamanho, cor e
consistência do fígado. Fluidos anormais, na cavidade, devem ser anotados e amostrados para bactérias.
13. Remova inteiramente o canal alimentar e órgãos associados como uma unidade, faça um corte transversal no
esôfago próximo à cavidade bucal corte com tesoura o ligamento hepático, corte o reto próximo ao anus.
Coloque o complexo inteiro em uma placa grande e separe os componentes: trato intestinal, fígado, bexiga
natatória, pâncreas (se identificado) e baço. Examinar estes órgãos um por um, começando com o fígado e a
bexiga natatória. Separe a bexiga natatória do fígado, pese o fígado e registre a cor. Guarde um pedaço do fígado
para estudos histológicos. Corte o fígado em finos pedaços, examinar cada superfície ante do próximo corte ser
feito. Retire um pequeno pedaço, prepare e examinar um macerado do tecido entre lâmina e lamínula, com água
e examinar em microscópio óptico. Abra a bexiga natatória, examinar a superfície interna retire um pedaço e
examinar junto com os fluidos em uma lâmina com grande aumento em microscópio óptico.
14. Corte o baço no meio, faça uma impressão na lâmina (esfregaço) e examinar em microscópio óptico.
Observe tamanho, textura, possível lesões. Macere o tecido e procure por parasitas. Examinar a impressão sobre
médio aumento em microscópio óptico. Reserve uma parte para histologia.
15. Divida o canal alimentar em seções: estômago e esôfago, região pilórica e intestino. O intestino pode ser
cortado em diversas partes dependendo do tamanho dele. Usualmente em três regiões. Corte com muito cuidado
para não danificar o conteúdo. Use as pontas de finas tesouras e cortes, fazendo cortes curtos e rasos. Coloque o
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esôfago e o estômago em uma placa de Petri, com o fundo dividido em quadrados. Corte o estômago
longitudinalmente expondo o conteúdo. Remova o conteúdo e lave a superfície do estômago. Sobre
estereomicroscópio examinar ambas as superfícies para lesões ou cistos de parasitas. Remova o estômago da
placa, coloque entre duas lâminas de vidro (grandes lâminas ou placas de vidros para grandes pedaços de
tecidos). Achatar até o tecido ficar translúcido e examinar em microscópio óptico para cistos de parasitas. Partes
grossas do trato digestivo de grandes peixes não são boas para esta técnica. A superfície deve ser raspada
cuidadosamente e examinada em lâmina com água em microscópio óptico para Protozoa. O conteúdo do
estômago deve ser distribuído no fundo da placa com quadrados. Examinar quadrado por quadrado identificando
tipo de alimento e parasitas. Examinar o mesentério e os tecidos pancreáticos. Conteúdo intestinal de grades
peixes, particularmente amostras congeladas, devem ser examinado usando a técnica de sedimentação: adicionar
10g de bicarbonato de sódio. Em um cilindro de 1 litro. Corte e abra o intestino e rase o conteúdo dentro do
cilindro. Complete com água e mecha até o bicarbonato dissolver. Deixe de 5-10 minutos. Forma um
sobrenadante enquanto parasitas e fragmentos depositam no fundo. Elimine ¾ do líquido, cuidado para não
perder sedimento. Coloque o sedimento em uma placa e examinar em estereomicroscópio.
16. Identifique o sexo e examinar as gônadas superficialmente, registre a estádio de maturidade. Remova e pese,
examinar em estereomicroscópio. Macere um pouco de tecido e examinar em estereomicroscópio. Prepare e
examinar uma lâmina com água.
17. Examinar a parede externa da bexiga natatória remova-a, abra-a e examinar a parede interna. Amostre e
examinar qualquer coisa incomum.
18. Abra com uma incisão o peritônio e exponha os rins. Cuidadosamente disseque-o e coloque em uma placa de
Petri. Corte transversalmente o rim faça uma impressão na lâmina (esfregaço) de sangue e prepare e examinar
um macerado do tecido em uma lâmina com água e examinar em microscópio óptico. (Em grandes peixes, se
possível remova os ductos urinários com a bexiga urinária). Examinar o conteúdo, a superfície interna da bexiga
prepare e examinar uma lâmina com água (o lugar favorito para mixozoários).
19. Abra a cavidade pericárdica remova o coração. Examinar a superfície para descoloração, cistos e forma
anormal. Abra ventrículo examinar a superfície interna. Corte o músculo e examinar as superfícies, abra e
examinar outras partes docoração.
20. Abra o crânio com uma forte faca entre os olhos. Observe a superfície dorsal do crânio. Corte os nervos
cranianos, retire o crânio junto com amedula e examinar em estereomicroscópio. Retire um pedaço para
histologia. Faça vários cortes finos, coloque em lâminas de água e examinar em microscópio óptico. Se há
suspeita de parasitas no crânio, ele deve ser digerido (centrifugação, 2g pepsina + 400 ml de 0,5%HCL).
21. Expor cápsulas auditivas removendo a cobertura craniana. Fazer um corte na parede dorsal do crânio na
região ótica faça pressão, quebre o crânio no plano do corte e exponha a região do ouvido. Examinar a
cartilagem e o osso do ouvido para descolorações, inclusões, danos, esporos de Myxozoa. Amostre tecidos
anormais, faça lâminas de água.