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Sendo, por aí, também nula porque ofensiva dum preceito legal que não
podia ser derrogado pela vontade dos sócios, nos termos da alínea d) do
mesmo preceito.
Pediu, em conformidade, a declaração de nulidade da deliberação
referida.
Contestou a ré, alegando, em síntese, que:
Caducou o direito de impugnar a deliberação social, pois que a ação foi
intentada em 27.11.2007 e a assembleia geral teve lugar em
23.01.2006, ou seja, foi ultrapassado o prazo de 30 dias a contar do seu
encerramento, tal como decorre do artigo 59.° n.° 2 alínea a) do CSC.
A autora foi convocada para a assembleia geral que se realizou no dia
23 de Janeiro de 2006, às 11 horas, por carta registada com aviso de
receção, na qual foi discutida e deliberada a dissolução da sociedade, e
nela não compareceu nem se fez representar. O motivo da dissolução
foi a não atividade da sociedade desde 2002 e o facto de os sócios não
terem intenção de prosseguir com o objetivo social.
A autora replicou, sustentando que a ação proposta não é uma ação de
anulação mas sim de declaração de nulidade de deliberação social, que
é invocável a todo o tempo.
II – A ação prosseguiu a sua tramitação, com interposição dum agravo
do despacho que determinou a inclusão de mais um ponto na BI.
III – Na devida oportunidade, foi proferida sentença que julgou
procedente a exceção da caducidade.
Foi, assim, a ré absolvida do pedido.
IV – Apelou esta.
O Tribunal da Relação de Lisboa não conheceu do agravo e julgou
improcedente a apelação.
Quanto a esta, entendeu, em resumo, que:
Foi idónea a convocatória para a sede da ré;
A ausência da maioria exigida por lei, para ser deliberada a dissolução
da sociedade, dá aso apenas a anulabilidade;
Que tinha que ser arguida no prazo de trinta dias;
Cabendo à autora provar que teve conhecimento da deliberação no
período de trinta dias que antecedeu a instauração da presente ação;
O que não provou.
V-
Ainda inconformada, pede revista.
Conclui as alegações do seguinte modo:
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(F).
6.º - Não é impossível a "importação, exportação e comercialização
de: aparelhos de alta fidelidade, vídeos e televisores; material e
equipamento fotográfico, eléctrico, electrónico e informático; têxteis,
vestuário e calçado; material e maquinaria destinados à industria,
construção civil e agricultura; matéria-prima; produtos alimentares e
derivados; compra de imóveis para revenda; investimentos através da
coligação e participação em outras sociedades mesmo quando
reguladas por leis especiais, e ainda que o objecto dessas sociedades
não tenha qualquer relação com o seu e gestão da sua carteira de
títulos; construção e exploração de empreendimentos turísticos,
hoteleiros e similares; prestação de serviços de consultadoria
económica e administrativa, e elaboração de estudos de
desenvolvimento, gestão e marketing - (2.º).
7.º - Anteriormente à assembleia geral ocorrida em 23 de Janeiro de
2006 e em que se deliberou a dissolução da sociedade BB, Lda., a A.,
apesar de convocada para as assembleias-gerais dessa sociedade,
nomeadamente as realizadas em 19 de Julho de 2004, 24 de Fevereiro
de 2005 e 19 de Maio de 2005, nelas não compareceu nem se fez
representar - (4.º).
8.º - O gerente da ré expediu para, à data, sede da sociedade AA Ltd.,
....., Suite 6, W........, 1, R...............Virgin Island, uma carta com data de
9 de Dezembro de 2005, com aviso de recepção, registada em 19-12-
2005, sob o n.° RO 000000000 com o seguinte teor: "Nos termos legais
e estatutários, convocam-se os Sócios da BB Lda., para se reunirem em
Assembleia geral, no próximo dia 23 de Janeiro de 2006, pelas onze
horas, na sua sede social sita A.............., n.° 00, 0000andar, Sala 0000,
freguesia da Sé, concelho do Funchal, com a seguinte ordem de
trabalhos: Ponto único: Deliberar sobre a dissolução da sociedade." -
(5º).
9º - Pelo menos por carta com data de 21-06-2005, subscrita por CC e
BB e expedida para a BB, Lda. (Dr. DD) e por esta recebida em 28-06-
2005, foi solicitado à ré que toda a correspondência a enviar ao sócio
AA Ltd fosse enviada para os escritórios daquela primeira signatária
no Funchal como sendo a morada indicada pelo gerente para receber
a correspondência da sociedade - (9.º).
VIII – No que diz respeito à nulidade por omissão de pronúncia:
A nulidade prevista na primeira parte da alínea d) do artigo 668.º
verifica-se quando o juiz, violando o que determina o artigo 660.º, n.º2,
ambos do Código de Processo Civil, deixe de conhecer de questões que
devesse apreciar.
Como se acentuou, entre muitos, no Acórdão desta Tribunal, de
6.12.2012, processo n.º 469/11.8 TJPRT.P1.S1, disponível em
www.dgsi.pt, estribando-se em Lebre de Freitas, Montalvão Machado e
Rui Pinto, Código de Processo Civil Anotado, 2.º, 2.ª edição, pág. 704,
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