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O ensino básico configura-se como um pré-requisito para iniciar uma

graduação, caracterizando uma conexão, visto que a primeira modalidade de ensino


mencionada exerce influência sobre as demais. Sabendo disso, cabe refletir sobre a
educação básica no contexto nacional e qual o impacto sobre as instituições de
ensino superior, principalmente no que se refere ao curso de Psicologia.
Desta forma, Hermida e Lira (2018) afirmam que a educação é um ato
político, mas existe um movimento ideológico intitulado ‘Escola sem Partido’,
desenvolvido por representantes da direita, visando tornar o ensino um processo
“neutro”, no qual prevalecem os interesses dominantes. Além disso, o movimento
mencionado contribui para uma espécie de alienação a respeito da política, como se
fosse um fenômeno indiscutível e, portanto, imutável.
Dentro deste contexto, os alunos encerram o ensino médio, por exemplo, sem
ao menos refletir sobre a realidade sociopolítica em que vivem, herança de
(des)informação que se manifesta na educação superior, visto que se discute
política em poucos cursos, contribuindo para uma percepção de que é possível fazer
Psicologia sem levar em consideração os fatores políticos envolvidos! (Hermida &
Lira, 2018).
Portanto, a política, de modo geral, é uma das lacunas que surgem no ensino
básico e se perpetua na graduação, principalmente em cursos de Psicologia, onde
existe um movimento para a superação de Hospitais Psiquiátricos, mas pouco se
fala sobre estratégias para superar as Prisões Brasileiras, por exemplo, as quais
possuem a mesma função de Hospitais Psiquiátricos: afastar do convívio social o
sujeito considerado perigoso (Hermida & Lira, 2018).

Referências:
Hermida, Jorge Fernando, & Lira, Jailton de Souza. (2018). POLÍTICAS
EDUCACIONAIS EM TEMPOS DE GOLPE: ENTREVISTA COM DERMEVAL
SAVIANI. Educação & Sociedade, 39(144), 779-794. https://doi.org/10.1590/es0101-
73302018190268

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