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Data essa em que a BBC lançou uma série de televisão chamada Use Sua
Mente.
Virou best-seller mundial e foi, a partir desde ponto que Tony Buzan, o autor, passou a ser
conhecido no mundo todo.
Use Sua Mente foi um dos primeiros livros que li sobre aprendizagem acelerada e foi um marco
para mim.
É aquela história:
Caso queira aprender sobre aprender, esse é um bom livro para se começar.
Hoje vou dar uma pitada dele misturado com a minha opinião e as sacadas que absorvi.
Sacada: Não é possível escolher o nível em que está hoje, mas você pode determinar o ritmo!
PARTE 1: CONHEÇA SEU CÉREBRO
A cada estimulo que recebemos ou a cada pensamento que temos nossa mente já está ao mesmo
tempo procurando associações a serem feitas.
Podemos tirar bastante proveito disso como iremos ver mais para frente.
No entanto, o livro cita que cientistas ainda não chegaram a catalogar nem 1% de como funciona
a mente humana.
Eu vejo isso como algo motivador visto que coisas extraordinárias já podem ser realizadas com o
que conhecemos.
A ciência moderna pode inclusive explicar um pouco da genialidade de pessoas que marcaram a
história como Einstein, Picasso, Beethoven e Leonardo Da Vinci...
Na verdade essa foi uma descoberta nem tão recente assim, em meados de 1970 Sperry e
Ornstein viram que os dois lados do córtex cerebral tinha funções diferentes.
Os dois cientistas perceberam que o lado esquerdo lidava mais com coisas lógicas como
palavras, listagens, números e etc..
O lado direito seria responsável pela imaginação, ritmo, cores, desvaneio, etc..
A relação interessante é que essas pessoas consideradas geniais usavam os dois lados do
cérebro.
Einstein, por exemplo, precisava ser bastante lógico para descobrir o que descobriu, mas ele
próprio dava crédito, da maioria de suas descobertas, aos seus jogos de imaginação.
Olhando um pouco sobre a vida de Leonardo Da Vinci é possível ver algo bem fora da caixa...
Além dos vários elementos do lado direito que ele utilizava em seus trabalhos, Da Vinci fazia
algo que até hoje é pouco comum para nós, ele combinava suas áreas do conhecimento.
Enquanto que estamos querendo separar, em disciplinas, aquilo que estudamos, ele juntava
tudo.
Sacada: Resolva as coisas com a lógica, mas procure ela com ajuda da imaginação. No final, conecte
suas descobertas com tudo o que você já sabe.
Pegando o gancho da sacada de combinar coisas, o livro explica sobre a criação dessas conexões
dentro de nossa mente.
Uma informação valiosíssima passada nessa parte é sobre a relevância que as conexões tem para
nosso aprendizado...
Quanto mais conexões fazemos em cima de uma informação, mais fácil será lembrar dela depois.
Sacada: Se não der para conectar com informações lógicas, use as idiotas mesmo. Uma exemplo seria
ao memorizar o número (aleatório) “63873017”. Veja:
6 é o dobro de 3;
8 é uma unidade maior que 7;
3 está a lado do 0 e zero não vale nada;
Depois do zero vem o 1;
O 7 é o último e antes dele tem sete números;
Quanto mais conexões, melhor e quanto mais reforçadas ficarem essas conexões, melhor ainda.
Depois de explicar sobre o funcionamento do cérebro o livro tem um capítulo sobre algo que,
apesar de não ser explicito, considero ter sido colocado para remover crenças limitantes.
Apesar de não ser um capítulo que fala diretamente sobre aprender ele ajuda muito a despertar
nosso potencial.
Foi um capítulo que me permitiu olhar para “inteligência” com outros olhos.
Acho que todo talento pode ser desenvolvido e o que acontece as vezes, na minha opinião, é
desse talento se desenvolver de forma transparente ao ponto de parecer um dom.
Voltando ao livro, o que essa parte faz é colocar em check os testes de Q.I. (quociente de
inteligência).
Não é porque alguém tem Q.I. mais alto ou mais baixo que pode ser considerado mais ou menos
inteligente.
Como é mostrado no livro, o próprio inventor dos testes de Q.I. admite que o teste não serve
para isso.
Existem vários tipos de inteligência que são citadas no livro e cada uma delas tende a ter os
próprios destaques.
O livro responde essa questão com uma pesquisa bem mais completa. Basicamente o que
acontece é que não sabemos como despertar esse potencial.
95% das pessoas que participaram da pesquisa disseram nunca ter sido ensinadas sobre o
funcionamento da mente e como utilizá-la da melhor forma.
Sacada: caso esteja nos 95% que não sabem sobre o funcionamento do cérebro, então se anime, pois
isso quer dizer que ainda tem um potencial enorme para despertar!
PARTE 2: AUMENTE O PODER DO SEU
CÉREBRO
Nossa memória é efetiva e o que precisamos é somente refinar a forma de armazenar e acessar a
informação.
A primeira lição é entender que memória e aprendizado não trabalham da mesma forma.
A compreensão, claro, é importante, mas existem também alguns aspectos que necessitam ser
aceitos e utilizados.
Buzan explica nessa parte quais são os momentos em que estamos mais sujeitos a memorizar
algo.
Tendemos a recordar mais das “primeiras coisas” e das “últimas coisas”. Chamamos de
respectivamente efeito primário e regência.
É mais fácil lembrar de algo no começo e no final do período de aprendizagem do que no meio
dele.
Sacada: faça sessões de estudos menores e tenha mais inícios e finais em seus períodos de estudo.
Aprendemos melhor aquilo que a ssociamos ou ligamos utilizando rima, repetição e sentidos.
Sacada: não se prenda a associações lógicas. Use coisas engraçadas e até bizarras também.
Sacada: use a imaginação para tornar a informação diferente. E de novo... Não precisa ser algo
lógico, pode ser engraçado ou bizarro também.
Essas tendências que nossa mente tem de recordar melhor de coisas nos inícios e finais,
associadas e/ou impulsionadas pela imaginação, mostra que entendimento e memorização não
funcionam da mesma forma.
Nesse ponto, principalmente pelo efeito primário e regência, o livro já nos deu a entender sobre
a importância que as pausas tem dentro do processo de estudos.
Pausas além de darem um tempo para o cérebro descansar, irão colocar mais pontos de início e
final em nossos estudos.
No geral o equilíbrio entre sessões de estudos e pausas seriam sessões durando entre 20 e 50
minutos e intervalos de 5 a 20.
Esses números são suficientes para assimilar boa quantidade de informação e, por outro lado,
dar um bom descanso para mente.
Sacada: não existe um tempo certo para pausas e intervalos. O jeito é testar e, principalmente, anotar
os resultados e as impressões do que funciona melhor para você.
Até aqui falamos sobre quais momentos são mais propícios para memorização, mas não podemos
esquecer também dos momentos propícios ao esquecimento.
Se não for feita uma revisão nas primeiras 24 horas, 80% do que foi estudado pode ser perdido.
Sacada: faça uma revisão, mesmo que oral, logo depois de estudar qualquer coisa ou depois de
assistir qualquer palestra. Ela ajuda a segurar a informação.
O autor nos mostra também um bom espaçamento para revisões e principalmente como fazer
essas revisões. A priori ele cita a revisão em 4 momentos:
● em uma hora;
● um dia;
● uma semana; e
● um mês;
Sacada: para saber se precisa de mais ou menos revisões, tenha indicadores. A técnica da aula e fazer
exercícios são dois ótimos.
Com o que foi mostrado até aqui, já é possível dar um salto na vida de quem gosta de aprender.
E ele ainda continua com uma promessa empolgante.
Mostra como podemos fazer para, no mínimo, dobrar nossa memória. Ele fala sobre m
nemônicos
e técnicas de memorização.
Pelas incríveis coisas que pode ser feitas a partir delas, Buzan conta que essas técnicas já foram
consideradas meros truques, mas hoje não é bem assim.
Tudo começa com imaginação e associação. Essas duas coisas são a base.
Depois ainda temos elementos super importantes que podem e devem ser usados:
● Sensibilidade;
● Movimento;
● Sexualidade;
● Humor;
● Números;
● Simbolismo;
● Cor;
● Ordem;
● Positividade;
● Exagero;
É válido lembrar e o autor destaca isso, que esses são também elementos dos mapas mentais.
Tendo esses elementos em mente a pessoa já tem boas condições de começar a aprender sobre
as técnicas de memorização ensinadas no livro.
Para o bom uso de uma técnica de memorização você deve empregar todos esses elementos
juntamente com sua criatividade.
Criatividade é um assunto que gosto cada vez mais e o livro dá boas dicas para quem quer
começar no assunto.
Para elevar a nossa criatividade é preciso colocar energia e sair dessa maneira meio preza que
temos de pensar.
Um exercício legal é encontrar conexões entre duas coisas aleatórias e, a princípio, totalmente
desconexas.
E se insistir um pouco com isso, vai ver que a afirmação do gênio Leonardo Da Vinci está certa:
“Tudo, de alguma maneira, conecta-se a tudo.” Leonardo Da Vinci
Sacada: passe a observar e não apenas olhar as coisas ao seu redor. Busque comparações entre o que
vê e o que conhece.
Engraçado é que ótimos momentos para sermos criativos são aqueles em que divagamos no
espaço.
Não é atoa que o livro cita grandes mentes da humanidade, como Thomas Edson, que usavam a
divagação como uma ferramenta para descobertas.
A notícia boa dessa parte é que todos temos uma mente criativa. O que temos que fazer é
buscá-la. A criatividade pode ser treinada!
Sacada: O treinamento pode começar com você conhecendo coisas novas. Faça caminhos diferentes,
veja um filme diferente, leia algo diferente, almoce em um lugar diferente. Não precisa muito, busque
uma coisa diferente por dia.
PARTE 3: FERRAMENTAS MENTAIS ESSENCIAIS
PARA OTIMIZAR O CÉREBRO
Agora que conhecemos o cérebro, vimos as habilidades que precisamos adquirir (imaginação e
associação) é hora de conhecer as ferramentas.
E bem legal descobrir o quanto uma palavra bem escolhida pode despertar uma enorme
quantidade de informação. E o livro mostra isso.
Uma palavra-chave é aquela que carrega grande significado e puxa todas as outras.
Sacada: fazer resumos é um ótimo treinamento para quem quer ficar bom na descoberta de
palavas-chave.
Não é atoa que é um elemento importantíssimo dos mapas mentais. Apesar de que, quando
pensamos em mapas mentais temos que procurar sempre transformar palavras-chave em
imagens-chave.
Um mapa mental, para quem não sabe, é:
Eles foram criados pelo autor do livro Tony Buzan para funcionarem da forma mais parecida
possível de como a nossa mente funciona.
Ao contrário da fala e da escrita, o pensamento não é linear. Nosso pensamento irradia por todas
as direções do cérebro.
Apesar de precisarmos da linearidade ao passar uma mensagem com a fala e a escrita, não
precisamos levá-la para nossos estudos.
Podemos trabalhar da forma como funciona nossa mente. Fazemos isso usando mapas mentais.
Uma mapa mental te permite aplicar o processo que nossa mente usa para pensar e que o autor
chamou de Pensamento Radiante.
Esse nome é porque nosso pensamento começa em um ponto (ponto qualquer) e irradia para
todas as direções. Como já dito, ele não funciona linearmente.
Eu já cheguei a publicar um artigo sobre, mas, claro, o livro ensina em detalhes como criar e as
regras de um bom mapa mental.
Uma grande vantagem do mapa mental em relação as anotações lineares é o fato de que
podemos ir acrescentando ideias a medida que elas vão chegando na mente. Coisa que é bem
mais difícil com anotações tradicionais.
Sem contar na infinidade de coisas que é possível resolver com mapas mentais. No livro tem um
mapa mental só sobre as possibilidades de uso dos mapas mentais.
Sacada: criar mapas mentais, com todos elementos descritos no livro, são ótimos exercícios de
criatividade!
Ele começa falando sobre os problemas de leitura e cita vários. Vou mostrar os que eu considero
mais urgentes de serem resolvidos:
● Compreensão;
● Anotação;
● Retenção;
● Regressão;
● Vocabulário;
● Subvocalização;
● Concentração;
Depois Buzan define a leitura como um aspecto visual do aprendizado com 7 passos detalhados
no livro. São eles:
1. Reconhecimento;
2. Assimilação;
3. Compreensão;
4. Entendimento;
5. Retenção;
6. Lembrança;
7. Comunicação;
Muito louco essa coisa da leitura ter sete passos, não é mesmo?
Sacada: tente reconhecer como está cada passo desse no seu processo de leitura. Assim você
consegue ter uma ideia precisa do que é necessário melhorar para conseguir absorver mais através da
leitura.
Entendido esses dois pontos sobre os problemas e sobre o processo de leitura, é hora de pegar
as primeiras dicas para aumentar a velocidade.
A primeira dica é diminuir os retrocessos. Isso porque 90% dos movimentos de regressão são por
motivo de apreensão. Ou seja, não são regressões necessárias.
Uma segunda dica é diminuir o tempo de cada fixação feita por nossos olhos para captar as
palavras.
Os nosso olhos estão o tempo todo se movendo. A questão é que eles não se movem em
velocidade constante. Eles vão saltando de fixação em fixação.
Diminuir o tempo gasto com uma fixação ajuda, claro, a aumentar a velocidade.
A terceira dica seria captar mais palavras por fixação. Pessoas que leem mais devagar,
geralmente, captam uma só palavra por fixação.
E o livro incentiva ampliar o número de palavras captadas, diminuindo assim o tempo gasto para
consumir uma mesma quantidade de texto.
Sacada: uma coisa que você pode fazer para treinar com essas dicas é, simplesmente, forçar uma
leitura mais rápida. Tenha em mente que é um treino e por isso você pode forçar uma leitura mais
rápida mesmo que compreenda menos que o de costume. A compreensão vai se ajustando aos poucos.
Não menos importante, o livro fala também de alguns mitos que acabamos por acreditar ao
longo do tempo e que precisam ser desmitificados.
O primeiro mito da leitura dinâmica é que as palavras são lidas uma de cada vez. Não é verdade,
pois podemos ler por significado. Ou seja, capturando mais de uma palavra por vez.
O segundo mito é o de que não se pode ler acima de 500 palavras por minuto. Na verdade essa é
uma velocidade até bem tranquila. Claro, precisa de, pelo menos, ter o hábito de leitura para
chegar lá.
Falar que não dá para se apreciar a leitura em velocidades mais altas é o terceiro mito.
E dizer que não dá para se concentrar lendo rapidamente, é o quarto mito. Na verdade, é
justamente ao contrário. Quanto mais rápido, mais fácil é de se concentrar.
O quinto mito é relacionado a achar que ler em velocidade normal é melhor porque é a
velocidade natural.
Sacada: remover crenças que estão em nossa cabeça é tão importante quanto treinar uma nova
habilidade como a leitura rápida.
Importante falar também sobre o impacto que o ambiente de leitura tem sobre a mesma.
Cuidado com distrações. Não se ache com força suficiente ao ponto de não precisar removê-las.
Não dê chance para o azar!
Fechando com chave de outro o livro tem um capítulo dedicado a TEOB (Técnica de Estudo
Orgânico Buzan).
Esse é um método criado pelo autor que mostra como fazer para ler, compreender e não
esquecer o que estudou.
● Preparação; e
● Aplicação;
● navegação;
● tempo e quantidade;
● anotações em cinco minutos;
● fazer perguntas e definir objetivos;
● visualização geral;
● pré-visualização;
● visualização interna;
● revisão;
Infelizmente não dá para detalhar cada um desses pontos aqui na resenha. Até porque o livro
inteiro parece ter sido escrito para dar suporte a esses passos.
Ou seja, além de ter um capítulo só para falar do método TEOB, o mesmo precisa das
ferramentas explicadas por todo o livro para que o estudante tire máxima eficiência dele.
Inclusive quero convidar você para se inscrever aqui no blog para receber o próximos artigos
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CONCLUSÃO
Após isso fomos para a parte que diz sobre memória e criatividade. Duas habilidades super
importantes do estudante.
Terminamos falando das várias ferramentas de estudo e do método TEOB para quem deseja
estudar, aprender e não esquecer.
Com certeza é uma leitura que recomendo e acredito que pode acrescentar bastante na vida de
quem dispõe a isso. É um livro completo sobre aprendizagem acelerada.
Já encerrando, gostaria de fazer um pedido a você... Se tiver gostado, compartilhe esse artigo
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acelerada:
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