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Abril de 2012

Este documento representa um primeiro passo para a capacitação do servi-


dor designado para atuar como gestor de contratos firmados pelo Tribunal de
Contas do Estado de Minas Gerais (TCE/MG), orientando quanto às compe-
tências e responsabilidades, bem como servindo como guia prático.

Tribunal de Contas
do Estado de Minas Gerais

Cartilha do Gestor de Contrato


DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO
Diretora - Giovanna Bonfante

Organização
Giovanna Bonfante

Elaboração
Giovanna Bonfante
Michelle Clissie de Castro Alvim
Nájila Maria Jaques Ferreira
Rafael de Freitas Cunha Lins

Revisão
Gilson Esteves Guedes Filho

FICHA CATALOGRÁFICA

Minas Gerais. Tribunal de Contas


M663c Cartilha do gestor de contrato / Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. –
Belo Horizonte: TCEMG, 2012-04-11
60 p.

1. Contrato administrativo. I. Título

CDU 351.712
Ao Conselheiro Presidente Antônio Carlos
Andrada, pelo apoio dado a esta Diretoria,
e a todos que colaboraram na elaboração
desta Cartilha.
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................................................6

PARTE I - DO GESTOR DE CONTRATO.....................................................................................................................7

I.1) O QUE É GESTOR DE CONTRATO? NO TCE/MG, QUEM É O GESTOR DE CONTRA-


TO?.............................................................................................................................................................................................7
I.2) QUAIS AS ATRIBUIÇÕES DO SERVIDOR DESIGNADO GESTOR DE CONTRATO NO TCE/MG?......8
I.3) QUAIS AS ATRIBUIÇÕES DA COORDENADORIA DE CONTRATOS? ELAS SE CONFUNDEM COM
AS DO GESTOR DE CONTRATO?..................................................................................................................................10
I.4) QUAL DEVE SER O PERFIL DO GESTOR DE CONTRATO? DICAS PARA O EXERCÍCIO DESSE
ENCARGO.............................................................................................................................................................................12
I.5) O SERVIDOR DESIGNADO GESTOR DE CONTRATO PODE SER RESPONSABILIZADO? QUANDO
ISSO PODE OCORRER? QUAIS OS TIPOS DE RESPONSABILIZAÇÃO?........................................................13

PARTE II – DO CONTRATO..........................................................................................................................................14

II.1) A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÃO É REGRA? O QUE É CONTRATAÇÃO DIRETA? EXISTEM CON-


TRATAÇÕES DE OBRAS, DE AQUISIÇÕES DE BENS OU DE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS, NA AD-
MINISTRAÇÃO PÚBLICA, SEM PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PRÉVIO?......................................14
II.2) O QUE É CONTRATO ADMINISTRATIVO? TODA MINUTA CONTRATUAL DEVE SER APROVA-
DA POR ASSESSORIA JURÍDICA DA ADMINISTRAÇÃO?....................................................................................15
II.3) EM CONTRATAÇÃO DIRETA POR VALOR DIMINUTO (ESPÉCIE DE DISPENSA DE LICITAÇÃO
PREVISTA NOS INCISOS I E II DO ART. 24 DA LEI N° 8.666/93), QUAIS AS FORMALIDADES EXIGI-
DAS? HÁ MODELOS DE SOLICITAÇÕES DE CONTRATAÇÕES DE OBRAS, DE AQUISIÇÕES DE BENS
OU DE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS?..........................................................................................................................16
II.4) QUAIS OS REQUISITOS PARA AS HIPÓTESES DE CONTRATAÇÕES DIRETAS POR DISPENSA
OU POR INEXIGIBILIDADE COM BASE NOS ARTS. 24 E 25 DA LEI Nº 8.666/93 MAIS FREQUENTE-
MENTE OBSERVADAS NO TCE/MG?.........................................................................................................................19
II.5) PRORROGAÇÃO DE PRAZO DE EXECUÇÃO: É NECESSÁRIO SE FORMALIZAR TER-
MO ADITIVO? QUAIS OS REQUISITOS PARA SE PRORROGAR A EXECUÇÃO DE UM CONTRA-
TO?..........................................................................................................................................................................................23
II.6) PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE VIGÊNCIA CONTRATUAL: PODE-SE PRORROGAR CONTRATO
JÁ VENCIDO? QUAIS OS REQUISITOS PARA SE PRORROGAR A VIGÊNCIA DE UM CONTRATO? É
NECESSÁRIO SE FORMALIZAR TERMO ADITIVO?.............................................................................................25
II.7) ALTERAÇÃO QUANTITATIVA DO OBJETO – ACRÉSCIMO OU SUPRESSÃO: HÁ LIMITES A SE
OBSERVAREM? COMO SE FAZ A CONTABILIZAÇÃO PARA VERIFICAÇÃO DESSES LIMITES? QUAIS
PREÇOS SE DEVEM ADOTAR PARA OS ACRÉSCIMOS E SUPRESSÕES? É NECESSÁRIO SE FORMA-
LIZAR TERMO ADITIVO?...............................................................................................................................................27
II.8) ALTERAÇÃO QUALITATIVA DO OBJETO: O QUE É? QUAL PREÇO SE DEVE ADOTAR PARA OS
ACRÉSCIMOS DECORRENTES DE ALTERAÇÃO QUALITATIVA? HÁ NECESSIDADE DE PESQUISA
DE MERCADO OU DE OUTRA JUSTIFICATIVA DE PREÇOS? É NECESSÁRIO SE FORMALIZAR TER-
MO ADITIVO?......................................................................................................................................................................29
II.9) ALTERAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL – DEMAIS HIPÓTESES DO ART. 65 DA LEI N°
8.666/93: QUAIS OS REQUISITOS PARA SE IMPLEMENTAR A ALTERAÇÃO? É NECESSÁRIO SE
FORMALIZAR TERMO ADITIVO? COMO SE DEVEM FORMALIZAR VARIAÇÕES JÁ PREVISTAS NO
CONTRATO?........................................................................................................................................................................31

PARTE III – DA ADESÃO À ATA DE REGISTRO DE PREÇO COMO “CARONA”....................................33

III.1) O QUE É CARONA? O TRIBUNAL ADMITE A FIGURA DO CARONA? QUAIS ELEMENTOS


SÃO NECESSÁRIOS PARA SE ADERIR A UMA ATA DE REGISTRO DE PREÇOS COMO CARO-
NA?..........................................................................................................................................................................................33

PARTE IV – DAS SANÇÕES...........................................................................................................................................35

IV.1) QUANDO SE VERIFICA A INEXECUÇÃO CONTRATUAL, A APLICAÇÃO DE SANÇÃO É OBRIGA-


TÓRIA? QUAIS AS SANÇÕES APLICÁVEIS? ..........................................................................................................35
IV.2) O QUE É “CAFIMP”?...............................................................................................................................................38

PARTE V – DOS MODELOS...........................................................................................................................................39

V.1) MODELO DE TERMO DE REFERÊNCIA (ESPECÍFICO PARA A MODALIDADE PREGÃO) E DE


PROJETO BÁSICO (ESPECÍFICO PARA AS DEMAIS MODALIDADES)..........................................................39
V.2) MODELO DE NOTIFICAÇÃO DE CONTRATADO(A)....................................................................................57
V.3) MODELO DE CITAÇÃO NOS CASOS DE INSTAURAÇÃO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO E DE
ABERTURA DE VISTA AO CONTRATADO OU LICITANTE................................................................................58
V.4) MODELO DE SOLICITAÇÃO DE ADESÃO À ATA DE REGISTRO DE PREÇOS....................................59
Apresentação

A área meio do TCE/MG ainda não possui normalização para regulamentar o fluxo
dos procedimentos e rotinas relacionados aos processos de contratações.
A partir de 2010, a antiga Diretoria Geral, auxiliada pela 2ª Consultoria Jurídico-
Administrativa e pela Comissão Permanente de Licitação, iniciou um trabalho com vistas a
elaborar um manual para as rotinas e procedimentos da área meio.
No que toca especificamente à fiscalização dos contratos firmados, questão inseri-
da nesse contexto, verifica-se que, em decorrência da Resolução nº 06/2011 (com redação
dada pela Resolução n° 12/2011) e da praxe adotada na Casa, os servidores ocupantes
de cargos ou exercedores de funções de coordenação ou de direção são automaticamente
designados gestores dos contratos celebrados demandados por sua unidade administrativa.
No entanto, nota-se que nem sempre referidos servidores designados gestores de
contratos têm o exato conhecimento de suas funções e responsabilidades, configurando-se
um despreparo para assumir essa função adicional.
Assim, a atual Diretoria de Administração, reconhecendo as necessidades de se
preparar, de se informar e de se capacitar o servidor designado para atuar como gestor de
contratos firmados pelo TCE/MG, entendeu ser importante dar continuidade ao trabalho da
gestão anterior.
Nesse sentido, a presente Cartilha não pretende esgotar o tema, constituindo-se no
primeiro passo para se levar a informação de forma clara, direta e objetiva, servindo como
guia rápido e prático de pesquisa para o gestor de contrato deste Tribunal.
Ademais, no intuito de facilitar os trabalhos e informar os setores demandantes de
contratações desta Casa, esta Cartilha traz, também, modelos de instrumentos necessários
na instrução dos processos licitatórios, como Termo de Referência1 e Projeto Básico2 , com
vistas à padronização de procedimentos, à racionalização de tempo e ao atendimento às
disposições legais.
Por se tratar de tema vasto e complexo, propomos a contínua atualização deste
material, e, para tanto, dúvidas, sugestões e esclarecimentos poderão ser encaminhados
para o e-mail: cartilha@tce.mg.gov.br.
Agradecemos a todos que colaboraram na produção deste material, e que acredita-
ram, assim como nós, que este é um grande instrumento de contribuição para a melhoria e
aperfeiçoamento da gestão e da fiscalização dos contratos celebrados por este Tribunal.

1
Definido no Dec. Estad. n° 44.786/2008, art. 6°, inc. I.
2
Definido na Lei n° 8.666/93, art. 6°, inc. IX, e art. 7°, inc. I, §2°, inc. I.

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PARTE I - DO GESTOR DE CONTRATO
I.1) O QUE É GESTOR DE CONTRATO? NO TCE/MG, QUEM É O GESTOR DE
CONTRATO?

Conforme preconiza o artigo 66 da Lei nº 8.666/93, o contrato deverá ser executado


fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas nele estabelecidas e com as normas
constantes da citada lei, respondendo cada parte contraente pelas consequências de sua
inexecução total ou parcial.
Dessa forma, a Administração tem o dever de fiscalizar a execução do contrato, não
se configurando tal atividade de fiscalização como mera faculdade.
Nesse contexto, extrai-se, do artigo 67 da Lei nº 8.666/933 , a obrigatoriedade da
designação de um representante da Administração para fiscalizar e gerir o contrato. No TCE/
MG, esse representante citado na Lei é denominado “gestor do contrato” e é expressamente
nomeado no contrato (ou instrumento equivalente), sendo aquele servidor que ocupe o
cargo, ou detenha função, de coordenação ou de direção, daquela unidade demandante de
contratações de obras, de aquisições de bens ou de prestações de serviços.
Em que pese a existência, em parte da doutrina, da figura do gestor e do fiscal
do contrato, com competências diferenciadas, no TCEMG as atribuições atinentes ao
acompanhamento, à gestão e à fiscalização, do contrato, estão sob a responsabilidade da
mesma pessoa (detentora de cargo ou de função, de coordenação ou de direção); assim,
será mantida na presente cartilha a designação gestor de contrato.
Logo, o gestor de contrato será o representante do TCE/MG para acompanhar a
execução dos contratos firmados, sendo responsável por verificar o cumprimento das
disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seus aspectos, visando à
defesa do interesse público.
Assim sendo, espera-se do gestor de contratos uma atuação diligente e preventiva,
permitindo ao TCE/MG detectar, de antemão, práticas irregulares ou defeituosas.
Ademais, tendo sido detectadas falhas na execução de um contrato, espera-se
que o gestor de contrato diligencie, exigindo do contratado providências necessárias ao fiel
cumprimento do ajuste, visando sempre ao alcance de resultados satisfatórios para esta
Casa.

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Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração
especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações
pertinentes a essa atribuição.
§ 1o O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a
execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados.
§ 2o As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão ser solicitadas a seus
superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.

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I.2) QUAIS AS ATRIBUIÇÕES DO SERVIDOR DESIGNADO GESTOR DE CONTRATO
NO TCE/MG?

São atribuições do gestor de contrato, além de realizar o controle da fiel execução do


objeto e de garantir a observância de todas as obrigações legais e contratuais:

I) elaborar o Projeto Básico ou o Termo de Referência para a contratação


pretendida;
II) analisar e aprovar a pesquisa de preços de mercado relativa à contratação
pretendida;
III) montar pasta referente a cada contrato, com cópia do contrato originário, e dos
termos aditivos e de apostilas, que vierem a ser firmados, de modo a facilitar o controle,
bem como pasta própria para ocorrências e notificações relacionadas com a contratação;
IV) fiscalizar se a garantia foi prestada pelo contratado, quando tiver sido exigida no
instrumento convocatório;
V) expedir a ordem de serviço nos termos estabelecidos no contrato, encaminhando
cópia para a Coordenadoria de Contratos;
VI) fiscalizar o prazo de entrega ou de execução do objeto;
VII) controlar o prazo de vigência do contrato;
VIII) solicitar à Diretoria de Administração, com as devidas justificativas, a prorrogação
do prazo de vigência contratual;
IX) solicitar, analisar e aprovar proposta comercial do contratado para a prorrogação
do prazo de vigência contratual;
X) solicitar à Diretoria de Administração uma nova contratação, na hipótese de
o contrato não comportar prorrogação, encaminhando o respectivo Projeto Básico ou
Termo de Referência com a devida antecedência;
XI) fiscalizar, ao longo da execução contratual, a regularidade do contratado no
que tange à documentação de habilitação exigida na licitação ou antes da assinatura
do contrato (existência e validade dos documentos), tomando as providências cabíveis
junto ao contratado e comunicando de forma imediata a Diretoria de Administração na
hipótese de situação irregular;
XII) elaborar e acompanhar o cronograma de execução do objeto contratual, quando
for exigido, bem como o projeto executivo, no caso de obras e serviços de engenharia;
XIII) exigir do contratado a indicação do preposto que responderá pela execução do
contrato, anotando em registro próprio seu nome, telefone, e-mail e outros meios de
contato;
XIV) verificar se o profissional que executa o objeto contratado é o mesmo indicado
na licitação (apontado em atestado de capacitação técnica ou para fins de pontuação
da proposta técnica) ou o que caracterizou a situação de notória especialização, na
hipótese de inexigibilidade de licitação com base no inciso II do artigo 25 da Lei nº
8.666/93;
XV) verificar se existe subcontratação, cessão, transferência ou associação do
contratado para a execução do objeto, em desacordo com o contrato ou com as normas
aplicáveis à espécie;
XVI) verificar se o contratado está observando as normas referentes à segurança do
trabalho, no que tange à execução do objeto;
XVII) notificar o contratado (por ofício, e-mail ou fax, sempre com aviso de recebimento,
guardando cópia na pasta de ocorrências) acerca de todas as irregularidades, falhas ou

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defeitos observados na execução do contrato, diligenciando para a regularização da
situação;
XVIII) na hipótese de a situação não ser regularizada, relatar o descumprimento
contratual à Diretoria de Administração, de forma circunstanciada;
XIX) solicitar abertura de processo administrativo punitivo ao ordenador de despesa
para aplicação de sanção contratual;
XX) manter controle dos pagamentos efetuados, de modo que o valor do contrato
não seja ultrapassado;
XXI) atestar a execução do objeto contratual no período de referência da nota fiscal
ou da fatura, encaminhando o atestado, acompanhado da respectiva nota fiscal ou
fatura, para a Diretoria de Planejamento, Orçamento e Finanças para a abertura do
processo de pagamento;
XXII) solicitar à Diretoria de Administração a celebração de termo aditivo ao contrato,
nas hipóteses de necessidade de alteração qualitativa ou quantitativa, com a devida
justificativa, observando os requisitos previstos no artigo 65 da Lei nº 8.666/93;
XXIII) solicitar ao contratado a substituição de empregados que não estejam atendendo
de modo satisfatório às condições necessárias para a execução do objeto;
XXIV) comunicar ao contratado quaisquer prejuízos ou danos causados pelos seus
empregados ao patrimônio do TCE/MG, dos seus servidores ou de terceiros, informando
de imediato a Diretoria de Administração do ocorrido;
XXV) comunicar de imediato ao contratado a ocorrência de acidentes de trabalho em
que forem vítimas seus empregados;
XXVI) receber, de forma provisória ou definitiva, as obras concluídas, os bens
adquiridos ou os serviços prestados, mediante termo circunstanciado, quando não forem
designados comissão de recebimento ou servidor especializado para tanto;
XXVII) receber e conferir a nota fiscal ou a fatura e demais documentos exigidos,
diligenciando para o saneamento de eventuais erros ou omissões, atendendo aos prazos
legais e aos regulamentares; e
XXVIII) confrontar o preço e a descrição do objeto constante da nota fiscal ou da fatura
com os termos do contrato e da proposta comercial.

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I.3) QUAIS AS ATRIBUIÇÕES DA COORDENADORIA DE CONTRATOS? ELAS SE
CONFUNDEM COM AS DO GESTOR DE CONTRATO?

As atribuições da Coordenadoria de Contratos estão enumeradas nos artigos 72 e 73


da Resolução nº 06/2011 (com redação dada pela Resolução n° 12/2011), in verbis:

Art. 72 A Coordenadoria de Contratos tem por finalidade executar atividades inerentes à


elaboração e formalização dos contratos, convênios, termos de parceria e instrumentos
congêneres nos quais o Tribunal seja parte (grifos nossos).

Art. 73 Compete à Coordenadoria de Contratos:

I- elaborar as minutas contratuais que integrarão os procedimentos licitatórios do Tribunal,


bem como as minutas de termos aditivos, apostilas, convênios, termos de parcerias e
demais instrumentos congêneres em que o Tribunal seja parte;
II- executar atividades inerentes à formalização e assinatura pelas partes dos instrumentos
contratuais do Tribunal;
III- encaminhar para publicação oficial os extratos dos instrumentos contratuais
celebrados pelo Tribunal;
IV- preparar relatórios relativos a contratos, convênios, termos de parceria e instrumentos
congêneres, firmados pelo Tribunal, para apresentação ao controle interno;
V- manter a guarda dos instrumentos contratuais, convênios, termos de parceria,
instrumentos congêneres e respectivos processos de licitação, dispensa e inexigibilidade
celebrados pelo Tribunal;
VI- providenciar a instrução e a tramitação dos processos sob sua responsabilidade;
VII – verificar a adequação dos termos de referência e projetos básicos às normas de
contrato administrativo aplicáveis, propondo, aos setores demandantes, as alterações
necessárias; e
VIII - apoiar as unidades gestoras dos contratos no controle dos respectivos instrumentos
(grifos nossos).

Dessa forma, no que tange aos procedimentos de formalização e prorrogação de


contratos, importante esclarecer que a Coordenadoria de Contratos atua principalmente em
dois momentos, quais sejam:
a) na elaboração da minuta do instrumento; e
b) na sua celebração (o que abrange a assinatura das partes e a publicação de extrato no
Diário Oficial de Contas – DOC –).

Além disso, a Coordenadoria de Contratos solicita do contratado todos os documentos


necessários para a formalização ou prorrogação do contrato.
Por fim, no que se relaciona com as atividades afetas ao gestor de contrato, a
Coordenadoria de Contratos analisa o Projeto Básico ou o Termo de Referência, de modo
específico quanto ao conteúdo relacionado à redação de cláusulas que disponham sobre:
objeto, obrigações das partes, condições gerais ou de execução, vigência, pagamento e
sanções.
Paralelamente a essas atribuições, a Coordenadoria de Contratos possui a
importante função de “apoiar as unidades gestoras dos contratos no controle dos respectivos

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instrumentos” (art. 73, VIII, retro transcrito), o que configura uma competência genérica e
aberta, a ser verificada no caso concreto e condicionada à provocação do gestor de contrato.
Cumpre ressaltar que o controle do prazo de vigência dos contratos ou dos demais
instrumentos congêneres, assim como a avaliação da necessidade de prorrogação ou de
renovação, conforme o caso, com a instauração do respectivo procedimento e iniciativa
das providências cabíveis, cabe ao gestor de contrato, com o auxílio, se necessário, da
Coordenadoria de Contratos, com base no inciso VIII do artigo 73 citado.
Assim, como se vê, as atribuições do gestor de contrato não se confundem com as
da Coordenadoria de Contratos.

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I.4) QUAL DEVE SER O PERFIL DO GESTOR DE CONTRATO? DICAS PARA O
EXERCÍCIO DESSE ENCARGO.

Não obstante a Lei nº 8.666/93 não fazer referência expressa ao perfil do gestor de contrato,
em face da relevância do encargo, é importante que o servidor designado seja dotado de
certas qualidades, dentre outras:
a) habilidade em negociações;
b) capacidade de liderança;
c) objetividade e dinamismo;
d) senso de organização no trabalho;
e) gozar de boa reputação ética e profissional; e
f) conhecimento técnico do objeto a ser fiscalizado.
Ademais, esse servidor deverá:
a) não estar respondendo a processo de sindicância ou processo administrativo disciplinar;
b) não possuir, em seus registros funcionais, punições em decorrência da prática de atos
lesivos ao patrimônio público, em qualquer esfera de governo;
c) não haver sido responsabilizado por irregularidades junto aos órgãos públicos, em qualquer
esfera de governo; e
d) não haver sido condenado por prática de crime contra a Administração Pública, dentre os
capitulados no Título XI, Capítulo I, do Código Penal Brasileiro, na Lei nº 7.492/86 ou na Lei
nº 8.429/92.

Dicas para o gestor de contrato

I) Ler atentamente o contrato do qual é gestor, assim que firmado, marcando e agendando
prazos e obrigações;

II) Reunir-se com o preposto ou representante da empresa contratada, no início


da execução do contrato, reforçando as obrigações assumidas pelo contratado e as
sanções cabíveis no caso de inadimplência; e

III) Entregar ofício ao preposto ou representante do contratado, salientando que qualquer


comunicado do contratado ao gestor de contrato deverá ser realizado por meio de ofício
protocolizado na Coordenadoria de Protocolo do TCE/MG, bem como reforçando que
todas as obrigações e prazos devem ser cumpridos, sob pena de aplicação de sanções.

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I.5) O SERVIDOR DESIGNADO GESTOR DE CONTRATO PODE SER
RESPONSABILIZADO? QUANDO ISSO PODE OCORRER? QUAIS OS TIPOS DE
RESPONSABILIZAÇÃO?

O gestor de contrato poderá, sim, ser responsabilizado.


É o que se vê da legislação vigente4 , que prevê que, pelo exercício irregular de suas
atribuições, o servidor poderá, inclusive de forma concomitante, responder:

• civilmente, devendo ressarcir o erário;

• penalmente, caso reste configurado crime ou contravenção relativos ao cargo,


devendo cumprir a sanção aplicada; ou

• administrativamente, pelos atos ou omissões praticados no desempenho do cargo ou


função, devendo cumprir a sanção disciplinar aplicada.

Quanto à responsabilidade penal, a título de exemplo, cumpre transcrever o art. 92


da Lei nº 8.666/93, que trata de crime relacionado à execução contratual e que prevê pena
de detenção, que pode durar até quatro anos, verbis:

Art. 92. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou vantagem, inclusive
prorrogação contratual, em favor do adjudicatário, durante a execução dos contratos
celebrados com o Poder Público, sem autorização em lei, no ato convocatório da licitação ou
nos respectivos instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da ordem
cronológica de sua exigibilidade, observado o disposto no art. 121 desta Lei:

Pena - detenção, de dois a quatro anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

Parágrafo único. Incide na mesma pena o contratado que, tendo comprovadamente


concorrido para a consumação da ilegalidade, obtém vantagem indevida ou se beneficia,
injustamente, das modificações ou prorrogações contratuais.

4
Lei Estadual nº 869, de 1952:
Art. 208 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o funcionário responde civil, penal e administrativamente.
Art. 209 - A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo, que importe em prejuízo da Fazenda
Estadual, ou de terceiro.
§ 1º - A indenização de prejuízo causado à Fazenda Estadual no que exceder as forças da fiança, poderá ser liquidada
mediante o desconto em prestações mensais não excedentes da décima parte do vencimento ou remuneração, à
míngua de outros bens que respondam pela indenização.
§ 2º - Tratando-se de dano causado a terceiro, responderá o funcionário perante a Fazenda Estadual, em ação
regressiva, proposta depois de transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado a Fazenda
a indenizar o terceiro prejudicado.
Art. 210 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao funcionário, nessa qualidade.
Art. 211 - A responsabilidade administrativa resulta de atos ou omissões praticados no desempenho do cargo ou
função.
Art. 212 - As cominações civis, penais e disciplinares poderão cumular-se, sendo umas e outras independentes entre
si, bem assim as instâncias civil, penal e administrativa.

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PARTE II – DO CONTRATO
II.1) A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÃO É REGRA? O QUE É CONTRATAÇÃO DIRETA?
EXISTEM CONTRATAÇÕES DE OBRAS, DE AQUISIÇÕES DE BENS OU DE
PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS, NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, SEM PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO PRÉVIO?

Em regra, as contratações realizadas pela Administração Pública deverão ser


efetivadas por meio de licitação (inciso XXI do art. 37, da Constituição da República de 1988).
No entanto, em determinadas situações, a realização de licitação, tendo em vista
todas as suas formalidades, acaba por impedir ou frustrar o alcance da melhor contratação
para a Administração Pública.
Assim, é autorizada, excepcionalmente, a adoção de meio diferenciado, denominado
“contratação direta”, que pode ocorrer fundada em dispensa ou em inexigibilidade de licitação,
definidas pela legislação vigente.
Registre-se que, apesar de menos complexa, a contratação direta também é
precedida de procedimentos determinados em lei.
Dessa forma, pode-se concluir que, no geral, toda contratação da Administração
Pública, seja, ou não, hipótese de licitação propriamente dita, deverá ser precedida de
procedimento administrativo.
Nesse sentido, tem-se que, após a solicitação do setor demandante (com especificação
das obras, dos serviços ou dos bens, por meio da apresentação de Projeto Básico ou Termo
de Referência), são formalizados processos de licitação, de inexigibilidade ou de dispensa
– nos tópicos II.3 e II.4 desta Cartilha serão analisadas algumas hipóteses de dispensa e de
inexigibilidade.

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II.2) O QUE É CONTRATO ADMINISTRATIVO? TODA MINUTA CONTRATUAL DEVE
SER APROVADA POR ASSESSORIA JURÍDICA DA ADMINISTRAÇÃO?

De acordo com o art. 60 da Lei nº 8.666/93, não existe contrato verbal com a
Administração Pública.
A exceção existe na hipótese de pequenas compras de pronto pagamento (§ único
do referido artigo).

Pequenas compras de pronto pagamento: aquelas de valor até R$4.000,00 (quatro


mil reais) realizadas em regime de adiantamento.

Em decorrência dessa exigência legal, celebra-se o denominado “contrato


administrativo”, que pode ser definido como o instrumento que formaliza e disciplina a relação
entre a Administração Pública e seus fornecedores, com relação a contratações de obras, a
aquisições de bens ou a prestações de serviços.
Nos termos do artigo 62 da Lei nº 8.666/93, o termo de contrato é obrigatório nos
casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades
cujos preços estejam compreendidos nos limites dessas duas modalidades de licitação:

Obras e serviços de engenharia Acima de R$150.000,00; e


Compras e outros serviços Acima de R$80.000,00.

Nas contratações cujos valores sejam inferiores a esses limites, o termo de contrato
é facultativo, e o contrato administrativo pode ser celebrado por meio de carta-contrato, nota
de empenho de despesa, autorização de compra, ordem de execução de serviço ou outro
documento hábil, aplicando-se, no que couber, o disposto no artigo 55 da Lei nº 8.666/93, o
que caracteriza uma forma mais simples e ágil de contratação.
O termo de contrato também é facultativo no caso de compra com entrega imediata
e integral dos bens adquiridos, independentemente do valor, desde que não haja obrigação
futura por parte do fornecedor, inclusive assistência técnica (§ 4° do artigo 62 da Lei nº
8.666/93). De toda forma, a Coordenadoria de Contratos decidirá em cada caso sobre a
necessidade da confecção do termo de contrato.

Entrega imediata: compras com prazo de entrega de até 30 (trinta) dias contados
da data prevista para apresentação da proposta por parte do fornecedor (§ 4° do
artigo 62 da Lei nº 8.666/93).

De acordo com o parágrafo único do artigo 38 da Lei nº 8.666/93, todas as minutas de


contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas
por assessoria jurídica da Administração, no caso do TCE/MG a 3ª Assessoria do Tribunal de
Contas.

15
II.3) EM CONTRATAÇÃO DIRETA POR VALOR DIMINUTO (ESPÉCIE DE DISPENSA
DE LICITAÇÃO PREVISTA NOS INCISOS I E II DO ART. 24 DA LEI N° 8.666/93),
QUAIS AS FORMALIDADES EXIGIDAS? HÁ MODELOS DE SOLICITAÇÕES DE
CONTRATAÇÕES DE OBRAS, DE AQUISIÇÕES DE BENS OU DE PRESTAÇÕES DE
SERVIÇOS?

Como visto retro, a Lei nº 8.666/93 prevê exceções à regra de licitar.


As contratações diretas devido ao valor diminuto ocorrem quando o valor total do
objeto situa-se abaixo de determinados limites (atualmente R$15.000,00 para obras e serviços
de engenharia, e R$8.000,00 para outros serviços ou compras), previstos nos incisos I e II do
art. 24 da Lei nº 8.666/93.
Os referidos limites para a contratação direta por valor diminuto não podem ser
ultrapassados em um mesmo exercício financeiro, sob pena de configurar fracionamento de
despesa. Ademais, eventuais aditivos não podem extrapolar os limites.
Sendo assim, a contratação direta deve ser previamente submetida à análise da
Coordenadoria de Planejamento e Orçamento – unidade do TCE/MG, subordinada à Diretoria
de Planejamento, Orçamento e Finanças, capaz de verificar e de registrar despesas resultantes
da contratação em relação à situação de outras despesas de mesma natureza que porventura
tenham sido realizadas no exercício corrente -, com vistas a preservar o cumprimento do teor
da Súmula 1135 deste TCE e das normas aplicáveis à espécie (devendo ficar constatada a
ausência de fracionamento de despesas em um mesmo exercício financeiro).
Quanto às formalidades mínimas exigíveis para a dispensa por valor diminuto tem-se
que elas se limitam àquelas que comumente são verificadas na denominada “fase interna da
licitação”, não sendo exigida a formalização do processo de dispensa indicado no art. 26 da
referida lei de licitações6 .
Assim, para a hipótese focada, deve-se verificar, nos autos do processo de dispensa,
tão-somente a presença de:

1 solicitação, exarada pelo setor demandante, da obra, do bem ou do serviço, por


escrito, com descrição clara do objeto e seu quantitativo;

2 justificativa da necessidade do objeto;

3 Estimativa Orçamentária e Financeira (EOF);

5
Súmula 113/TCEMG: “O lapso temporal a ser considerado como parâmetro de definição da modalidade licitatória
cabível às contratações relativas a parcelas de um mesmo objeto ou a objetos de natureza semelhante, cuja duração
encontra-se regida pelo “caput” do art. 57 da Lei n. 8.666/93, deverá corresponder ao próprio exercício financeiro,
adotando-se, nesses casos, a modalidade licitatória compatível com o valor global das contratações.”
6
Nesse sentido: Consulta nº 351.135 do TCE/MG.

16
justificativa de preço, seja por meio de pesquisa de mercado junto a, no mínimo, três
fornecedores, com posterior elaboração de mapa demonstrativo de preços (“mapa
de apuração”); seja por meio de consulta a outras fontes (nos casos específicos de
4 reformas ou obras), como, por exemplo, a revista “Informador das Construções”,
a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (SETOP), o Sistema
Nacional de Preços e Índices para a Construção Civil (SINAPI); seja por meio de
outras formas aceitas no ordenamento jurídico;

5 juntada do original da proposta comercial assinada pelo representante legal;

declaração acerca de emprego de menor, conforme o caso, e verificação da


habilitação jurídica e da regularidade fiscal exigida em lei, qual seja:

I) no caso de pessoa física:


• cópias autenticadas da Carteira de Identidade (CI) e do Cadastro de
Pessoas Físicas (CPF);

II) no caso de pessoa jurídica:


• prova de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ);
• prova de regularidade relativa à Seguridade Social;
• prova de regularidade junto ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
6 (FGTS) e;
• prova da ausência de débitos trabalhistas (CNDT).

(Os documentos comprobatórios poderão ser obtidos em sites, conforme


discriminado:
• CNPJ (da Receita Federal):
http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/CNPJ/cnpjreva/Cnpjreva_
Solicitacao.asp;
• CND INSS (da Previdência Social):
http://www010.dataprev.gov.br/cws/contexto/cnd/cnd.html;
• CND FGTS (da Caixa Econômica Federal):
https://www.sifge.caixa.gov.br/Cidadao/Crf/FgeCfSCriteriosPesquisa.asp; e
• CNDT (do Tribunal Superior do Trabalho):
http://www.tst.jus.br/certidao).

consulta ao CAFIMP (realizada por meio eletrônico nos sites www.compras.mg.gov.


7 br e www.auditoriageral.mg.gov.br), para verificar se o futuro contratado não se
encontra impedido de contratar com a Administração Pública.

informação expressa (a ser obtida na Coordenadoria de Planejamento e Orçamento


– Diretoria de Planejamento, Orçamento e Finanças –) acerca de eventuais valores
8 gastos, no exercício, com itens de natureza idêntica ou similar à do objeto da
contratação direta, para que se possa aferir se não é caso de fracionamento da
despesa;

contrato, caso necessário (se for preciso contrato propriamente dito, será obrigatória
9 a aprovação da minuta pela 3ª Assessoria do Tribunal de Contas; registra-se que,
inexistindo minuta contratual, não é necessário o parecer jurídico).

17
Por fim, quanto ao modelo para solicitação de contratações de obras, de aquisições
de bens ou de prestações de serviços, pode-se utilizar o apresentado a seguir:

MODELO DE SOLICITAÇÃO DE CONTRATAÇÕES DE OBRAS, DE AQUISIÇÕES DE


BENS OU DE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
Descrição do objeto de forma suficiente e clara, com apontamento
OBJETO
dos quantitativos.

Descrição do objeto (e de todos os elementos que o constituem)


com características minuciosamente detalhadas e precisas.
As características do objeto devem propiciar a formulação de
ESPECIFICAÇÕES
propostas de preços pelas empresas, bem como propiciar o
TÉCNICAS
julgamento objetivo da melhor proposta.
Caso necessário, incluir a exigência de apresentação de amostra
do produto e os requisitos para sua verificação.

Apresentar as razões pelas quais a obra, o bem ou o serviço irá


JUSTIFICATIVA suprir a necessidade do setor demandante do Tribunal, vedadas
dissertações genéricas ou subjetivas.

CONDIÇÕES Caso seja necessário, especificar as condições de prestação,


DE EXECUÇÃO prazos, local, forma de entrega etc.
DA OBRA, DE
FORNECIMENTO
DOS BENS OU DA
PRESTAÇÃO DO
SERVIÇO

LOCAL E DATA
ASSINATURA DO RESPONSÁVEL PELO SETOR DEMANDANTE

18
II.4) QUAIS OS REQUISITOS PARA AS HIPÓTESES DE CONTRATAÇÕES DIRETAS
POR DISPENSA OU POR INEXIGIBILIDADE COM BASE NOS ARTS. 24 E 25 DA LEI
Nº 8.666/93 MAIS FREQUENTEMENTE OBSERVADAS NO TCE/MG?

Como visto retro, a Lei nº 8.666/93 prevê exceções à regra de licitar.


Este tópico trata de algumas outras hipóteses de dispensa (art. 24) e de inexigibilidade
(art. 25).
Diferentemente do que ocorre na dispensa por valor diminuto, analisada no tópico
anterior, as ora focadas dispensas e inexigibilidades possuem formalidades um pouco mais
complexas.
Antes de tratar especificamente das hipóteses acima noticiadas, segue síntese do
fluxograma geral para a realização desses procedimentos:

Passos

1 Área demandante elabora Projeto Básico.

Área demandante junta, ao Projeto Básico, proposta comercial assinada pela pessoa
2 física ou pelo representante legal da empresa e outros documentos, a depender da
hipótese focada.

3 Área demandante encaminha a documentação à Diretoria de Administração.

É juntada à documentação a justificativa de preço, com o mínimo de três preços,


realizada (a depender da hipótese focada):
4 - por meio de pesquisa de mercado; ou
- no caso da existência de um único fornecedor, pelo preço praticado por ele, junto
a pessoas jurídicas de direito público ou privado.

É juntada à documentação a Estimativa Orçamentária e Financeira – EOF –, assinada


5 pelo Conselheiro Presidente, com autorização para instauração do procedimento
licitatório, de dispensa ou de inexigibilidade.

6 Há a autuação do processo pela Coordenadoria de Licitação.

A Coordenadoria de Licitação realiza a juntada da documentação da empresa ou da


pessoa física a ser contratada, exigida por dispositivos da Lei nº 8.666/93:
• Cédula de Identidade ou CNPJ;
• Contrato social e alterações, registrados na Junta Comercial;
• Declaração acerca de emprego de menor;
7
• Regularidade junto às Fazendas Federal, Estadual e Municipal, conforme
expresso na Consulta nº 786537, do TCE/MG;
• Regularidade junto à Seguridade Social;
• Regularidade junto ao FGTS; e
• Certidão negativa de débitos Trabalhistas.

É emitido parecer conclusivo da Comissão Permanente de Licitação, quando


8
solicitado pela Diretoria de Administração.

19
9 Autos são encaminhados à Coordenadoria de Contratos para juntada da minuta
contratual, se for o caso.

10 É exarado parecer jurídico, pela 3ª Assessoria do Tribunal de Contas.

11 Há o ato de ratificação da inexigibilidade ou da dispensa, do Conselheiro Presidente.

12 A Coordenadoria de Licitação publica o ato de ratificação no DOC.

Dito isso, seguem especificidades e requisitos de cada uma das hipóteses que serão
aqui abordadas:

HIPÓTESE LEGAL TRANSCRIÇÃO DA LEI ESPECIFICIDADES QUE


DEVERÃO CONSTAR DO
PROJETO BÁSICO

Dispensa do art. 24, IV - nos casos de emergência A depender da urgência


inciso IV ou de calamidade pública, do caso, não haverá
(“emergencial”) quando caracterizada necessidade de Projeto
urgência de atendimento de Básico propriamente dito, com
situação que possa ocasionar todos os seus elementos. No
prejuízo ou comprometer a entanto, a área demandante
segurança de pessoas, obras, deverá, no mínimo, incluir nos
serviços, equipamentos e autos:
outros bens, públicos ou • justificativa para a
particulares, e somente contratação;
para os bens necessários • elementos que
ao atendimento da situação caracterizam a situação
emergencial ou calamitosa emergencial;
e para as parcelas de obras • esclarecimentos
e serviços que possam ser sobre a necessidade de
concluídas no prazo máximo urgência no atendimento;
de 180 (cento e oitenta) dias • a razão da escolha do
consecutivos e ininterruptos, fornecedor ou executante;
contados da ocorrência da • justificativa do preço,
emergência ou calamidade, por meio de pesquisa de
vedada a prorrogação dos mercado; e
respectivos contratos; • autorização do
ordenador de despesa.

Dispensa do art. 24, VIII - para a aquisição, por No Projeto Básico devem
inciso VIII pessoa jurídica de direito estar presentes e esclarecidos
(“órgão ou entidade público interno, de bens os seguintes elementos:
que integra a produzidos ou serviços • a parte contratada
Administração prestados por órgão ou deve ser órgão ou entidade
Pública”) entidade que integre a que integre a Administração

20
Administração Pública e Pública;
que tenha sido criado para • a contratada deve ter
esse fim específico em data sido criada para a execução
anterior à vigência desta Lei, do tipo de atividade específico
desde que o preço contratado objeto da contratação;
seja compatível com o • a contratada tem que
praticado no mercado; prestar serviços ou fornecer
bens exclusivamente para a
Administração Pública;
• a criação da
contratada deve ser anterior
à vigência da Lei nº 8.666/93;
• o preço contratado
deve ser compatível com
o praticado por ela com
a Administração Pública,
devendo ser juntadas, no
mínimo, três comprovações
de preços em transações
dessa natureza;
• justificativa para a
necessidade da contratação.

Inexigibilidade do I - para aquisição de No Projeto Básico devem


art. 25, inciso I materiais, equipamentos, estar presentes os seguintes
ou gêneros que só possam elementos:
(“fornecedor ser fornecidos por produtor, • comprovação da
exclusivo”) empresa ou representante exclusividade do fornecedor
comercial exclusivo, vedada que se quer contratar,
a preferência de marca, conforme indicado no inciso
devendo a comprovação I do artigo 25 da Lei nº
de exclusividade ser feita 8.666/93;
através de atestado fornecido • o cumprimento do
pelo órgão de registro do disposto no caput do artigo
comércio do local em que se 26 da Lei nº 8.666/93 e nos
realizaria a licitação ou a obra incisos II e III de seu parágrafo
ou o serviço, pelo Sindicato, único:
Federação ou Confederação - razão da escolha do
Patronal, ou, ainda, pelas fornecedor ou executante; e
entidades equivalentes; - justificativa do preço.

Inexigibilidade do II- para a contratação No Projeto Básico devem


art. 25, inciso II de serviços técnicos estar presentes os seguintes
(“notória enumerados no art. 13 desta elementos:
especialização Lei, de natureza singular, com • constatação de que o
+ singularidade profissionais ou empresas objeto perseguido trata-se de
do objeto + de notória especialização, serviço técnico especializado
serviço técnico vedada a inexigibilidade para na esteira do art. 13 da Lei nº
especializado”) serviços de publicidade e 8.666/93;

21
divulgação; • constatação da
Art. 13. Para os fins desta singularidade do objeto; e
Lei, consideram-se serviços • comprovação e
técnicos profissionais esclarecimento acerca da
especializados os trabalhos notória especialização do
relativos a: contratado.
I- estudos técnicos, Ademais, deverá ser
planejamentos e projetos atendido o disposto no caput
básicos ou executivos; do artigo 26 e nos incisos II
II- pareceres, perícias e e III de seu parágrafo único,
avaliações em geral; ambos da Lei nº 8.666/93:
III- assessorias ou consultorias • razão da escolha do
técnicas e auditorias fornecedor ou executante; e
financeiras ou tributárias; • justificativa do preço.
IV- fiscalização, supervisão ou
gerenciamento de obras ou Conceito de singularidade do
serviços; objeto:
V- patrocínio ou defesa É atributo de objeto incomum,
de causas judiciais ou especial, peculiar, que
administrativas; não pode ser executado
VI- treinamento e de forma satisfatória por
aperfeiçoamento de pessoal; qualquer profissional; apenas
VII- restauração de obras de determinados profissionais
arte e bens de valor histórico. especializados têm condições
de executá-lo.

Conceito de notória
especialização:
A notória especialização
abrange dois pressupostos:
• a especialização
(existência de elementos
formais que demonstrem
que aquele profissional
especializou-se de forma
efetiva, tais como: curriculum
vitae, titulação em pós-
graduação, autoria de artigos
ou obras técnicas, etc); e
• a notoriedade
(reconhecimento amplo,
pela comunidade, acerca
da qualificação daquele
profissional).

22
II.5) PRORROGAÇÃO DE PRAZO DE EXECUÇÃO: É NECESSÁRIO SE FORMALIZAR
TERMO ADITIVO? QUAIS OS REQUISITOS PARA SE PRORROGAR A EXECUÇÃO DE
UM CONTRATO?

O prazo de execução é o período previsto no contrato para que o contratado execute


as obrigações assumidas. Ele deve ser fixado nos contratos por escopo.
Em alguns casos não há que se falar em prazo de execução, tal como no contrato de
prestação de serviços contínuos.
O prazo de execução não se confunde com o prazo de vigência (período em que
o contrato produz efeitos jurídicos e vincula as partes à prestação e à contraprestação
assumidas).
O prazo de execução não pode extrapolar o prazo de vigência, cabendo ao gestor de
contrato o controle do seu cumprimento ou descumprimento.
Na hipótese de os serviços não serem realizados dentro do prazo de execução
estipulado no contrato, faz-se necessário, primeiramente, distinguir duas situações:

Situação nº 1 - o descumprimento do prazo (atraso na execução) deu-se em razão de


fatos ocorridos independentemente da vontade ou da culpa do contratado:

Nesse caso, o §1º do art. 57 da Lei nº 8.666/93 autoriza a prorrogação.


Art. 57 (...)
§1º - Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega admitem
prorrogação, mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção
de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra algum dos seguintes motivos,
devidamente autuados em processo:

I – alteração do projeto ou especificações, pela Administração;
II – superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes,
que altere fundamentalmente as condições de execução do contrato;
III – interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por ordem
e no interesse da Administração;
IV – aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos
por esta Lei;
V – impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela
Administração em documento contemporâneo à sua ocorrência;
VI – omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, inclusive quanto aos
pagamentos previstos de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na
execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis aos responsáveis.

As hipóteses versadas nos incisos que compõem o citado artigo pressupõem


eventos provocados pela Administração ou causas de força maior ou caso fortuito.

23
Situação nº 2 - o descumprimento do prazo (atraso na execução) deu-se por culpa do
contratado:

Nessa hipótese o contratado estará em mora.


Assim, necessário perquirir as sanções cabíveis previstas no contrato.
Poderá ocorrer, dentre outras:
• a rescisão contratual por culpa do particular (Lei nº 8.666/93: art. 78, incs. I a V,
e art. 80, inc. I);
• a manutenção do contrato – ainda que acompanhada da imposição de sanções
de outra ordem ao faltoso –; se assim se passar, será imperioso promover a readequação
dos prazos contratuais (estabelecimento de prazo excepcional de tolerância para a
execução dos serviços), o que se fará segundo a disciplina dos §§ 1º e 2º do art. 57 da
Lei nº 8.666/93.

A prorrogação do prazo de execução é uma espécie de alteração do contrato; logo


deve ser formalizada por termo aditivo.

Prorrogação do prazo da execução do contrato

Nessa hipótese o contratado estará em mora.


Assim, necessário perquirir as sanções cabíveis previstas no contrato.
Poderá ocorrer, dentre outras:
• a rescisão contratual por culpa do particular (Lei nº 8.666/93: art. 78, incs. I a V,
e art. 80, inc. I);
• a manutenção do contrato – ainda que acompanhada da imposição de sanções
de outra ordem ao faltoso –; se assim se passar, será imperioso promover a readequação
dos prazos contratuais (estabelecimento de prazo excepcional de tolerância para a
execução dos serviços), o que se fará segundo a disciplina dos §§ 1º e 2º do art. 57 da
Lei nº 8.666/93.

24
II.6) PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE VIGÊNCIA CONTRATUAL: PODE-SE
PRORROGAR CONTRATO JÁ VENCIDO? QUAIS OS REQUISITOS PARA SE
PRORROGAR A VIGÊNCIA DE UM CONTRATO? É NECESSÁRIO SE FORMALIZAR
TERMO ADITIVO?

Não há como prorrogar a vigência de um contrato já vencido.


A prorrogação, sem exceção, deverá dar-se antes do término da vigência contratual.
É o gestor de contrato que solicita a proposta comercial da empresa relativa às
condições para a prorrogação do contrato, devendo aquele gestor analisar e aprovar essa
nova proposta.

Prorrogação do prazo de vigência do contrato

Formalizada por meio Requisitos que deverão ser verificados ou cumpridos pelo
de: gestor de contrato:

Termo aditivo I) previsão contratual de possibilidade de prorrogação;

II) enquadramento do objeto nas hipóteses permissíveis de


prorrogação do contrato (Lei nº 8.666/93, art. 57):

Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará
adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários,
exceto quanto aos relativos:
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas
metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão
ser prorrogados se houver interesse da Administração e
desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;
II - à prestação de serviços a serem executados de forma
contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por
iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços
e condições mais vantajosas para a administração, limitada a
sessenta meses;
III - (Vetado).
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas
de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de
até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do
contrato.
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI
do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120
(cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração.

III) justificativa para a necessidade da manutenção do serviço;

IV) proposta comercial assinada pelo representante legal do


contratado, devidamente aprovada pelo gestor de contrato;

25
V) apresentação, pelo contratado, da documentação que
comprove a manutenção das condições de habilitação;

VI) justificativa técnica da qual constem as vantagens da


prorrogação em relação a uma nova contratação, inclusive
em relação ao preço;

VII) pesquisa de preço de mercado;

VIII) autorização específica da autoridade competente;

IX) parecer jurídico; e

X) publicação do extrato do termo aditivo.

Ressalte-se que, como sempre deverá ser formalizado termo aditivo para a
prorrogação do prazo de vigência, e que é necessária, em regra, a realização de pesquisa de
mercado, deverá o gestor de contrato iniciar o processo de prorrogação com a antecedência
que o caso requerer.

ATENÇÃO: Como visto retro, o termo aditivo para a prorrogação do prazo de


vigência contratual deve ser formalizado antes do término dessa vigência, sob pena
de impossibilitar sua continuação!
Assim, o respectivo procedimento deve ser iniciado com a necessária antecedência,
já que, nesse caso, exige-se a realização de pesquisa de preço de mercado para
comprovação da manutenção das vantagens da contratação. Além disso, o contratado
deve apresentar toda a documentação de habilitação exigida na licitação ou antes da
assinatura do contrato.
Verificado algum impedimento, deverá ocorrer nova licitação ou nova contratação direta.

26
II.7) ALTERAÇÃO QUANTITATIVA DO OBJETO – ACRÉSCIMO OU SUPRESSÃO:
HÁ LIMITES A SE OBSERVAREM? COMO SE FAZ A CONTABILIZAÇÃO PARA
VERIFICAÇÃO DESSES LIMITES? QUAIS PREÇOS SE DEVEM ADOTAR PARA OS
ACRÉSCIMOS E SUPRESSÕES? É NECESSÁRIO SE FORMALIZAR TERMO ADITIVO?

O objeto contratado poderá sofrer acréscimos e supressões, denominados alterações


quantitativas, na forma prevista na alínea “b” do inciso I do art. 65 da Lei nº 8.666/93, verbis:

Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas,
nos seguintes casos:
I - unilateralmente pela Administração:
(...)
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou
diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
(...).
Para essas alterações existem limites legais que devem ser respeitados, conforme
previsto no §1º do art. 65 da Lei nº 8.666/93, in verbis:

Art. 65 (...)
§ 1o O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos
ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por
cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de
equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos.

Assim, tem-se:
a) para obras, serviços ou compras: acréscimos e supressões de até 25% do valor
inicial atualizado do contrato; e
b) para reforma de edifício ou de equipamento: acréscimos de até 50% do valor inicial
atualizado do contrato.

Nas supressões, esses limites podem ser superados, se houver concordância do


contratado.
De qualquer forma, para todos os casos, deverá ser formalizado termo aditivo.

Alteração quantitativa do objeto: acréscimo ou supressão

Formalizada por meio Requisitos que deverão ser verificados ou cumpridos pelo
de: gestor de contrato:

Termo aditivo I) a alteração estar compreendida nos limites percentuais


constantes do §1º do art. 65 da Lei nº 8.666/93;

II) justificativa escrita do gestor de contrato, que indique


o motivo superveniente que ensejou o acréscimo ou a
supressão;

III) proposta comercial da empresa, assinada pelo

27
representante legal; e

IV) manutenção das mesmas condições contratuais,


especialmente no que toca ao preço, e expressa manifestação
que firme tal condição.

Observação: Nos casos de alterações quantitativas, não há


necessidade de pesquisa de preços de mercado, haja a vista
a manutenção do preço contratado.

28
II.8) ALTERAÇÃO QUALITATIVA DO OBJETO: O QUE É? QUAL PREÇO SE DEVE
ADOTAR PARA OS ACRÉSCIMOS DECORRENTES DE ALTERAÇÃO QUALITATIVA?
HÁ NECESSIDADE DE PESQUISA DE MERCADO OU DE OUTRA JUSTIFICATIVA DE
PREÇOS? É NECESSÁRIO SE FORMALIZAR TERMO ADITIVO?

A alteração qualitativa do contrato administrativo está prevista na alínea “a” do inciso I


do artigo 65 da Lei nº 8.666/93, que permite a alteração unilateral pela Administração quando
houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos
seus objetivos.
Essa alteração não deve modificar a essência do objeto contratado.
Já o preço dos novos itens contratados, em razão da alteração qualitativa, devem ser
inferiores ou iguais aos de mercado.
Dessa forma, deve constar dos autos a justificativa de preço, que poderá ser feita por
pesquisa de preços de mercado, com posterior elaboração de tabela comparativa dos preços
encontrados com o que será adotado no aditivo contratual, visando à melhor visualização da
compatibilidade do preço praticado.
Considerando que a alteração qualitativa é uma das espécies de alteração contratual,
faz-se necessária a elaboração de termo aditivo.
Os requisitos para a alteração qualitativa podem ser assim resumidos:

Alteração qualitativa do objeto

Formalizada por meio Requisitos que deverão ser verificados ou cumpridos pelo
de: gestor de contrato:

Termo aditivo I) enquadramento nas hipóteses constantes da alínea “a” do


inc. I do art. 65 da Lei nº 8.666/93, in verbis:
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser
alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações,
para melhor adequação técnica aos seus objetivos;
(...).

II) proposta comercial assinada pelo representante legal da


empresa, devidamente aprovada pelo gestor de contrato;

III) justificativa escrita do gestor de contrato, com indicação do


motivo superveniente que ensejou a alteração;
IV) prévia autorização para formalizar o aditivo contratual,
exarada pela autoridade competente para celebrar o contrato;
V) justificativa de preço, seja por meio de pesquisa de
mercado junto a, no mínimo, três fornecedores, com posterior
elaboração de mapa demonstrativo de preços (“mapa de
apuração”); seja por meio de consulta a outras fontes (nos
casos específicos de reformas ou obras), como, por exemplo,
a revista “Informador das Construções”, a Secretaria de

29
Estado de Transportes e Obras Públicas (SETOP), o Sistema
Nacional de Preços e Índices para a Construção Civil (SINAPI);
seja por meio de outras formas aceitas no ordenamento
jurídico; e
VI) EOF.

30
II.9) ALTERAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL – DEMAIS HIPÓTESES DO
ART. 65 DA LEI N° 8.666/93: QUAIS OS REQUISITOS PARA SE IMPLEMENTAR
A ALTERAÇÃO? É NECESSÁRIO SE FORMALIZAR TERMO ADITIVO? COMO SE
DEVEM FORMALIZAR VARIAÇÕES JÁ PREVISTAS NO CONTRATO?

As demais hipóteses de alteração contratual previstas no inciso II do artigo 65 da Lei


nº 8.666/93 são decorrentes de acordo entre as partes; portanto, nessas hipóteses, é vedada
a alteração por imposição unilateral da Administração.
Isso não significa dizer que as alterações consensuais se reduzem a essas situações
definidas nas alíneas do inciso II. As partes estarão sempre livres para introduzirem no
contrato alterações que resultem de consenso, observando os limites legais.
Toda alteração contratual deve ser formalizada por meio de termo aditivo. No âmbito
do TCE/MG, de acordo com as competências estabelecidas pela Resolução nº 06/2011, deve
ser observado o seguinte procedimento:

Alteração de cláusula contratual (demais hipóteses do art. 65 da


Lei nº 8.666/93)
Formalizada por meio Requisitos que deverão ser verificados ou cumpridos pelo
de: gestor de contrato:

Termo aditivo I) solicitação, dirigida à Diretoria de Administração, para


a realização da alteração do contrato, acompanhada de
documentos que comprovem a necessidade de alteração (se
for o caso) e das devidas justificativas que deverão estar em
sintonia com as hipóteses previstas nas alíneas do inciso II do
art. 65 da Lei nº 8.666/93, in verbis:
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser
alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:
(...)
II - por acordo das partes:
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;
b) quando necessária a modificação do regime de execução
da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em
face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos
contratuais originários;
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento,
por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o
valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento,
com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a
correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou
execução de obra ou serviço;
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram
inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição
da administração para a justa remuneração da obra, serviço
ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio
econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de
sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de

31
conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos
da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força
maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea
econômica extraordinária e extracontratual.

Observação: A solicitação deve ser encaminhada


à Diretoria de Administração, acompanhada da
proposta comercial do contratado, assinada pelo
seu representante legal, para a alteração contratual
pretendida, caso haja ônus financeiro, devidamente
aprovada pelo gestor de contrato.

II) emissão da EOF pela unidade executora e tramitação


do documento nos demais setores competentes para
complementação, quando houver ônus financeiro;

III) elaboração da minuta de termo aditivo e verificação da


documentação da contratada, por parte da Coordenadoria
de Contratos;

IV) aprovação da minuta de termo aditivo pelo gestor de


contrato;

V) autorização do Conselheiro Presidente;

VI) emissão de parecer jurídico, acerca do caso e da minuta


de termo aditivo, por parte da 3ª Assessoria do Tribunal de
Contas;

VII) saneamento de eventuais pendências apontadas no


parecer jurídico;

VIII) assinatura das partes e publicação do termo aditivo; e

IX) publicação do extrato do termo aditivo.

O termo de apostila previsto no §8º do art. 65 da Lei nº 8.666/93 é utilizado quando


não há alteração do contrato.
Nesse sentido, cumpre destacar que as alterações já previstas em cláusulas
contratuais (quais sejam: 1- variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços
previsto no próprio contrato; 2- atualizações, compensações ou penalizações financeiras,
decorrentes das condições de pagamento nele previstas; e 3- empenho de dotações
orçamentárias suplementares, até o limite do seu valor corrigido) poderão ser formalizadas
por termo de apostila. Nesses casos, será necessária, ainda, a juntada dos documentos que
comprovem os motivos ensejadores do apostilamento e da EOF.

32
PARTE III – DA ADESÃO À ATA DE REGISTRO
DE PREÇO COMO “CARONA”
III.1) O QUE É CARONA? O TRIBUNAL ADMITE A FIGURA DO CARONA? QUAIS
ELEMENTOS SÃO NECESSÁRIOS PARA SE ADERIR A UMA ATA DE REGISTRO DE
PREÇOS COMO CARONA?

Vulgarmente denomina-se “carona” aquele órgão ou entidade da Administração


Pública que, sem ter participado do prévio procedimento licitatório realizado por outro órgão,
adere a uma Ata de Registro de Preços – ARP – (definida no inc. IV do art. 4º do Dec. Estad.
nº 44.787/2008) já formalizada, para dela usufruir, contratando serviços ou bens, pelos preços
nela registrados.
O TCE/MG admite, sim, a figura do carona, conforme se verifica da resposta à
Consulta nº 757.978, aprovada por unanimidade na sessão do Tribunal Pleno datada de
08/10/2008.
Nesse sentido, existindo uma demanda prévia e sendo verificada a existência de
ARP em vigor, deverá a área demandante, com o auxílio da Diretoria de Administração, por
meio de sua Coordenadoria de Contratos, e de outras unidades do TCE/MG, instruir processo
administrativo, devidamente autuado e numerado, com os seguintes documentos:
a) Projeto Básico ou Termo de Referência;
b) consulta prévia ao órgão gerenciador da ARP acerca do interesse de aderir à ata como
carona (solicitando, dentre outros, que aquele órgão expresse concordância com tal adesão
e indique os possíveis fornecedores e respectivos preços a serem praticados, obedecida a
ordem de classificação); bem como consulta aos fornecedores indicados (solicitando que
esses expressem aceitação em relação à contratação proposta);
c) expressa concordância do órgão gerenciador e aceite por parte dos fornecedores,
sobre as consultas formuladas na letra retro;
d) documento emitido pelo próprio setor demandante, que ateste a similitude de sua
demanda interna com o objeto cujo preço foi registrado na ARP a que se quer aderir;
e) constatação do setor demandante no sentido de que a quantidade licitada por
aquele perseguido objeto constante da ARP é compatível com a sua expectativa de compra,
no exercício (para que não ocorra fracionamento, observando-se que as aquisições ou
contratações realizadas pelo carona não poderão exceder, por órgão ou entidade, aos
quantitativos iniciais registrados na ARP);
f) cópia da ARP, inclusive de documentações relativas às respectivas alterações
porventura ocorridas, com o objetivo de assegurar, quando de seu uso, o correto cumprimento
de suas disposições;
g) verificação da vigência da ARP;
h) cópia do edital de licitação que originou a ARP;
i) cópia das publicações do aviso da licitação, de seu resultado e do resumo da ARP
nos órgãos oficiais (ou em outros veículos de divulgação);
j) declaração expressa do setor de origem de que os itens registrados atendem às
necessidades técnicas previstas no Projeto Básico ou Termo de Referência;
k) pesquisa de mercado, na forma da lei;
l) constatação expressa, nos autos, de que os preços registrados para o objeto que se
persegue são compatíveis com os praticados no mercado;
m) constatação expressa, nos autos, da vantagem de tal adesão (inclusive a vantagem

33
econômica da adesão), por meio de justificativa técnica emanada do setor de origem,
devendo ficar comprovado e justificado, também, que a realização de certame licitatório não
será vantajosa para o Tribunal;
n) EOF, com as devidas assinaturas e indicação da dotação orçamentária;
o) adequação da minuta do contrato ou do instrumento equivalente;
p) parecer jurídico elaborado pela 3ª Assessoria do Tribunal de Contas;
q) divulgação, no portal da Internet e no DOC, de aviso de intenção, com a antecedência
de 48 (quarenta e oito) horas, para eventual impugnação, comprovando-se sua divulgação
(§1º do artigo 24 do Decreto nº 44.787/2008);
r) formalização do Termo de Adesão (inciso I do §1º do art. 28 do Decreto nº 44.787/2008),
consoante a licitação, a ARP, ou o contrato do órgão gerenciador, com a indicação dos
quantitativos, até o limite permitido em lei;
s) indicação, ao órgão gerenciador, do gestor do contrato (ao qual competirão as
atribuições constantes do art. 67 da Lei nº 8.666/93 e das alíneas do inciso VI do artigo 7º do
Decreto nº 44.787/2008);
t) solicitação, ao fornecedor, da documentação exigida no edital de licitação para a
contratação;
u) formalização da contratação, mantendo-se todas as condições do registro de preços,
salvo se já renegociadas pelo órgão gerenciador;
v) emissão do empenho;
w) publicação do resumo do contrato ou, se for o caso, instrumento equivalente, no
DOC.

34
PARTE IV – DAS SANÇÕES
IV.1) QUANDO SE VERIFICA A INEXECUÇÃO CONTRATUAL, A APLICAÇÃO DE
SANÇÃO É OBRIGATÓRIA? QUAIS AS SANÇÕES APLICÁVEIS?

Quando se constata a efetiva inexecução contratual, não existe discricionariedade;


deve-se, em regra, aplicar a sanção cabível, após a instauração de processo administrativo,
informado pelos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa -
garantias constitucionais previstas nos incisos LIV e LV do art. 5º.

Detectando o gestor de contrato qualquer alteração no cumprimento regular do


contrato, deverá, utilizando o bom senso:

a) verificar a questão junto ao contratado; ou


b) emitir notificações ao contratado para que ele regularize a situação (ver modelo na
PARTE V desta Cartilha).

Caso o gestor de contrato certifique que, mesmo após diligenciadas as providências


acima, persistiu o descumprimento contratual por parte do contratado, deverá, imperativamente:

a) notificar o contratado, fixando prazo e destacando que a manutenção da inadimplência


ensejará a abertura de procedimento administrativo punitivo que poderá resultar na aplicação
de sanções; e
b) diligenciar no TCE/MG, junto ao ordenador de despesas, apresentando-lhe
documentos e provas do descumprimento contratual, bem como solicitando medidas, para
que, após observados os princípios do contraditório e da ampla defesa, e sendo cabível,
possa ser aplicada sanção.

Postura diversa da acima delineada configurará negligência do gestor de contrato


e poderá implicar, inclusive, sua responsabilização, caso seja verificado prejuízo à
Administração.

Como visto, a decisão final acerca da aplicação de sanção caberá ao ordenador de


despesa e deverá ser precedida da abertura de contraditório ao contratado.

A Lei nº 8.666/93 prevê, em seu art. 87, penalidades a serem aplicadas ao contratado
que não cumprir, total ou parcialmente, as obrigações assumidas.

Também a Lei Federal do Pregão, Lei nº 10.520/2002, e a Lei Estadual do Pregão,


Lei nº 14.167/2002, preveem penalidades em seus arts. 7º e 12, respectivamente.

As penalidades previstas no art. 87 da Lei nº 8.666/93 são:

I) advertência;
II) multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
III) suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar
com a Administração, por prazo não superior a dois anos; e
IV) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública.

35
Cumpre destacar o que se segue, acerca das noticiadas penalidades.

Advertência

É sanção de menor gravidade que consiste em uma comunicação formal da Administração


contratante, formalizada pelo ordenador de despesas e dirigida ao contratado, relatando os
descumprimentos contratuais observados e determinando as medidas corretivas a serem
implementadas pelo contratado, bem como fixando o prazo para tal implementação.

Multa

O atraso injustificado na execução das obrigações contratuais poderá acarretar a incidência


de multa, que pode ser aplicável cumulativamente com as demais penalidades. Para aplicação
de uma multa, é necessário que o instrumento convocatório da licitação ou o contrato dela
resultante preveja:
a) tal sanção;
b) seu quantum fixo, ou seu percentual e a base de cálculo; e
c) as condições que ensejarão a sua aplicação.

Suspensão temporária

Quanto à suspensão temporária do direito de participar de procedimentos licitatórios ou de


contratar com a Administração Pública, o Decreto Estadual nº 45.902/2012 estabelece, em
seu artigo 47, as hipóteses de incidência que ensejem a aplicação desta sanção e, também,
os prazos de sua duração, por tipo de infração, que são de:

I - seis meses, nos casos de:


a) alteração de substância, qualidade ou quantidade da mercadoria fornecida; ou
b) prestação de serviço de baixa qualidade.
II – doze meses, no caso do descumprimento de especificação técnica relativa a bem,
serviço ou obra prevista em contrato;
III - vinte e quatro meses, nos casos de:
a) retardamento imotivado da execução de obra, de serviço, de suas parcelas, ou de
fornecimento de bens;
b) paralisação de obra, de serviço ou de fornecimento de bem, sem justa causa e prévia
comunicação à Administração Pública Estadual;
c) entrega de mercadoria falsificada, furtada, deteriorada, danificada ou inadequada para
o uso, como se verdadeira ou perfeita fosse;
d) praticar ato ilícito visando frustrar os objetivos de licitação no âmbito da Administração
Pública Estadual; ou
e) sofrer condenação definitiva por praticar, por meio doloso, fraude fiscal no recolhimento
de qualquer tributo.

36
Em se tratando de licitação na modalidade pregão, será observado o prazo definido
no artigo 12 da Lei Estadual nº 14.167/2002, que será de até cinco anos.

Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração


Pública

Será declarado inidôneo o fornecedor que demonstrar não possuir idoneidade para
licitar e contratar com a Administração Pública em virtude de ato ilícito praticado, até que seja
promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade; reabilitação
essa que somente será concedida na hipótese de o contratado ressarcir a Administração
Pública pelos prejuízos sofridos.
Por seu lado, a Lei do Pregão, Lei nº 10.520/2002, em seu artigo 7º, bem como a
Lei Estadual nº 14.167/2002, em seu artigo 12, ampliaram o rol de penalidades, adicionando
outras hipóteses que ensejam o impedimento de licitar (mesma penalidade prevista no inciso
III do artigo 87 da Lei nº 8.666/93).
Ademais, o dispositivo da Lei do Pregão instituiu uma penalidade mais severa,
estabelecendo a sanção de impedimento de licitar ou contratar com a Administração Pública
pelo prazo de até cinco anos, e, não, de até dois anos, como previsto pela Lei nº 8.666/93.
Cumpre destacar o que se segue, acerca da noticiada penalidade.

O impedimento de licitar ou contratar com a Administração Pública estabelecido


na Lei do Pregão

Essa sanção, que pode ser aplicada por até cinco anos, é cabível quando o licitante:

I) não celebrar o contrato durante o prazo de validade de sua proposta;


II) deixar de entregar a documentação ou apresentar documentação exigida para o
certame, falsa;
III) retardar a execução do objeto licitado;
IV) não mantiver a proposta ofertada no pregão;
V) falhar ou fraudar na execução do contrato;
VI) comportar-se de modo inidôneo; ou
VII) cometer fraude fiscal.

37
IV.2) O QUE É “CAFIMP”?

CAFIMP é o Cadastro de Fornecedores Impedidos de Licitar e Contratar com a


Administração Pública Estadual, criado na forma do artigo 1º da Lei Estadual nº 13.994/2001,
gerido pela Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais.
Os fornecedores nele inscritos ficam impedidos de licitar e de contratar com os órgãos
ou entidades da Administração Pública do Estado de Minas Gerais.
Tendo em vista o disposto no artigo 7º da Lei nº 13.994/2001, os órgãos dos Poderes
Executivo, Legislativo ou Judiciário devem encaminhar à Controladoria-Geral do Estado
– CGE –, até o quinto dia útil de cada mês, a relação das pessoas físicas e jurídicas e
de seus diretores, sócios-gerentes e controladores, que deverão ser incluídos no CAFIMP,
encaminhando, também, os respectivos processos administrativos punitivos.
A contagem dos prazos de impedimento decorrentes das sanções aplicadas, na
forma do artigo 47 do Decreto nº 45.902/2012, inicia-se a partir da data de publicação do
despacho do Controlador-Geral do Estado no órgão oficial do Estado, ratificando a decisão
administrativa e determinando a inclusão do fornecedor no CAFIMP.
O pregoeiro deve consultar o CAFIMP antes de acatar uma proposta de preço em
pregão, bem como a comissão de licitação, antes do julgamento da habilitação nas demais
modalidades de licitação, para certificarem-se que o licitante não se encontra impedido de
licitar com a Administração Pública estadual.
Nas contratações diretas, da mesma forma, a unidade demandante deverá consultar
o CAFIMP antes de celebrar um contrato com pessoa jurídica ou física, para certificar-se de
que o mesmo não esteja cumprindo penalidade e, por isso, esteja impedido de contratar com
a Administração Pública estadual, mesmo nas situações em que a lei permite contratações
por “nota de empenho de despesa”, “carta contrato”, “autorização de compra” ou “ordem de
execução de serviço”.
Em todos os casos, antes de formalizar efetivamente qualquer contratação, o servidor
responsável deve realizar a consulta ao CAFIMP, por meio eletrônico, nos sites www.compras.
mg.gov.br e www.auditoriageral.mg.gov.br.
Os procedimentos para a realização do devido processo administrativo punitivo
necessário para a inserção de contratados inadimplentes no CAFIMP serão objeto de norma
no âmbito do TCE/MG.

38
PARTE V – DOS MODELOS
V.1) MODELO DE TERMO DE REFERÊNCIA (ESPECÍFICO PARA A MODALIDADE
PREGÃO) E DE PROJETO BÁSICO (ESPECÍFICO PARA AS DEMAIS MODALIDADES)

Com base no Decreto Estadual nº 44.786/2008 (inc. I do art. 6º) e na Lei nº 8.666/93
(inc. IX do art. 6º; e inc. I do § 2º e inc. I do caput, do art. 7º), apresentamos os elementos
básicos de um Termo de Referência, bem como de um Projeto Básico.
Os títulos marcados com um asterisco (*) são obrigatórios para todos os tipos de
Termo de Referência ou de Projeto Básico; os demais devem ser utilizados a depender do
caso concreto.
Com vistas a racionalizar procedimentos, solicitamos que, no que couber, seja
utilizada, como padrão, a redação constante dos exemplos a seguir.
O Termo de Referência ou o Projeto Básico devem ser assinados pelo responsável
da unidade requisitante.
Após sua análise pelas unidades responsáveis da Diretoria de Administração, o
documento deve ser submetido à aprovação do superior hierárquico da unidade requisitante.

A unidade demandante deverá:

I) Definir o objeto de forma precisa, suficiente e clara


(vedadas as especificações que limitem a competição);
II) Definir o quantitativo do objeto a ser licitado;
III) Em obras e em serviços de engenharia, definir o tipo
de empreitada, se por preço global ou se por preços unitários;
IV) Se o objeto constituir aquisição, incluindo serviços
de instalação ou de montagem, incluir essa exigência de
serviços; e
V) Nunca especificar marca comercial, a não ser que
exista justificativa técnica para marca(s) específica(s).

1. OBJETO* Exemplo(s):
Serviços

Contratação de empresa para prestação de serviços


especializados em avaliação da qualidade microbiológica e
físico-química do ar proveniente dos sistemas de climatização
do Edifício Sede e dos Edifícios Anexos I e II do Tribunal.

Contratação de empresa especializada na prestação de


serviços contínuos de manutenção predial, preventiva e
corretiva, nas dependências do Tribunal, por meio de locação
de mão de obra exclusiva.

Contratação de empresa para prestação de serviços de


engenharia, pelo regime de empreitada por preços unitários,
para a reparação em sanitários e consultórios médicos, com

39
troca de pisos, torneiras e válvulas de descarga dos mictórios
do Edifício Anexo I do Tribunal, bem como com fornecimento
de materiais.

Aquisições
Aquisição de 337 m2 (trezentos e trinta e sete metros
quadrados) de persiana vertical, recolhível, incluindo serviços
de instalação.

Aquisição de cartuchos de tinta para impressoras a jato de


tinta HP Photosmart, HP Laser Jet 3600, Xerox Phaser 3428
DN Laser Print, e pen drive.

A unidade demandante deverá:

I) Apresentar justificativa da necessidade da contratação para


o Tribunal.
2. JUSTIFICATIVA DA
CONTRATAÇÃO* Exemplo(s):
A locação de veículos objeto da contratação perseguida visa
a atender às demandas decorrentes de fiscalização in loco
em municípios com acessos por estradas com predominância
de revestimentos em cascalho ou similar, uma vez que os
veículos da frota do Tribunal são inadequados para essa
finalidade.

Quando for o caso, a unidade demandante deverá:

I) Exigir visita técnica prévia (definir local, horário,


telefone);
II) Exigir atestados de comprovação de capacidade
técnica (indicar a necessidade de registro em conselho
profissional, como CREA, CRA, etc); ou
III) Exigir prova do registro da empresa em entidade
profissional competente, como CREA, CRA, etc.

3. REQUISITOS Exemplo(s):
A empresa licitante deve estar devidamente habilitada e
registrada no CREA.
O licitante deve apresentar atestado(s) de capacidade técnica,
emitido(s) por pessoa jurídica de direito público ou privado,
registrado no CREA, acompanhado da respectiva Certidão
de Acervo Técnico, emitida pelo CREA, comprovando a
execução de serviços pertinentes e compatíveis com o objeto
licitado.
Deverão estar incluídos nos custos da proposta a
disponibilidade, para acompanhamento dos serviços, de:
a) um engenheiro eletricista ou eletrônico, com experiência

40
profissional comprovada em supervisão de serviços de
natureza compatível com o objeto licitado, devidamente
registrado no CREA, devendo efetuar uma visita diária ao local
dos serviços, além de outras visitas, sempre que necessário;
e
b) um técnico eletricista (encarregado), em tempo integral,
durante todo o período de execução dos serviços, com
experiência em trabalhos de natureza compatível com o
objeto licitado.
É obrigatória a visita técnica do licitante ao Tribunal, ocasião
em que será fornecido o termo de vistoria, documento
indispensável a ser apresentado no envelope que contiver a
documentação de habilitação.
O licitante deverá nomear um engenheiro civil, por meio de
documento, com autorização para realizar a visita técnica.
As finalidades da visita técnica são: o conhecimento, pelo
licitante, da área, das instalações e das condições do local em
que os serviços serão prestados; bem como a prestação, pelo
Tribunal, dos demais esclarecimentos que o licitante julgar
necessários para a futura execução do objeto.
As plantas dos locais em que os serviços serão executados
serão disponibilizadas aos interessados e aos representantes
das empresas que realizarem a visita técnica.
As visitas técnicas deverão acontecer até o dia anterior
à abertura das propostas, devendo ser agendadas na
Coordenadoria de Manutenção do Tribunal, instalada no
5º andar do Edifício Anexo I, na Av. Raja Gabaglia, 1.315,
telefones (31) 3348-2201 ou 3348-2274, nos dias úteis, de
8h30min às 11h e de 13h às 17h.
Caso seja do interesse do licitante efetuar vistoria nos
veículos da frota do Tribunal, a visita deverá ser agendada na
Coordenadoria de Transportes, com o Coordenador da Área,
pelos telefones (31) 3348-2140 ou 3348-2203.

A unidade demandante deverá:

I) Definir a necessidade de apresentação de amostra


do produto, se para todos os lotes ou se para alguns, e quais
são esses; bem como definir os requisitos para o teste de
conformidade das amostras;
4. CRITÉRIOS DE II) Definir prazo de validade dos produtos, a contar da
ACEITABILIDADE entrega;
DO OBJETO* III) Definir prazo mínimo de garantia contra defeitos de
fabricação, a contar da entrega;
IV) Definir prazo de garantia dos serviços executados, a
contar do recebimento definitivo; ou
V) Definir necessidade de se indicarem, na proposta de
preço, a marca e a procedência dos produtos, equipamentos,
materiais etc.

41
Exemplo(s):
A Diretoria de Tecnologia da Informação do Tribunal não
aceitará nem receberá qualquer produto com atraso, defeitos
ou imperfeições, em desacordo com as especificações
e condições constantes deste Termo de Referência ou
em desconformidade com as normas legais ou técnicas
pertinentes ao objeto, cabendo ao contratado efetuar as
substituições necessárias no prazo determinado neste Termo
de Referência, sob pena de aplicação das sanções legais ou
de rescisão contratual.
Os produtos deverão ser entregues devidamente embalados,
acondicionados e transportados com segurança e sob a
responsabilidade do contratado. A Coordenadoria de Material
do Tribunal recusará os produtos que forem entregues em
desconformidade com o previsto neste Termo de Referência.
O prazo de validade dos produtos deverá ser de, no mínimo,
12 (doze) meses, devendo possuir, pelo menos, 80% (oitenta
por cento) da validade total, quando da sua entrega no
Tribunal.
O prazo de garantia dos produtos contra defeitos de fabricação
deverá ser de, no mínimo, 12 (doze) meses, a contar da data
de entrega no Tribunal.
O prazo de garantia dos serviços realizados, bem como das
peças de reposição fornecidas pelo contratado, será de, no
mínimo, seis meses, a contar do recebimento definitivo.
O licitante deverá especificar, em sua proposta comercial, a
marca do produto ofertado. Por solicitação da Coordenadoria
de Material, o pregoeiro poderá solicitar amostras dos produtos
dos lotes 1, 4, 7 e 9, para verificação da conformidade e do
atendimento às especificações constantes neste Termo
de Referência e para a realização de testes, sob pena de
desclassificação.
O licitante deverá encaminhar ao pregoeiro uma amostra do
produto ofertado, acompanhada de laudo técnico de ensaio
comparativo com o cartucho original da mesma marca da
impressora, de forma a comprovar que o produto atenda às
normas técnicas pertinentes e possua rendimento e densidade
de impressão igual ou superior ao do cartucho original,
devendo ser emitido por laboratório credenciado pelo Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO).
A amostra será avaliada para verificar o atendimento às
especificações definidas neste Termo de Referência, a
compatibilidade do produto ofertado com a impressora e
equivalência da qualidade, mediante emissão de parecer
técnico pela Diretoria de Tecnologia da Informação, que
constituirá elemento para julgamento da proposta comercial.
A Diretoria de Tecnologia da Informação poderá submeter
a amostra à instituição especializada para análise do
atendimento às normas do edital referentes a características

42
técnicas.
As amostras entregues, se aprovadas, serão computadas no
quantitativo do objeto a ser entregue.
Os licitantes que ofertarem produtos originais da marca das
impressoras ficam dispensados de encaminhar amostra e
laudo técnico.

A obtenção da estimativa de preço e a informação sobre a


disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para
arcar com o objeto da licitação serão atribuições da unidade
demandante, da Coordenadoria de Material ou da Diretoria
de Planejamento, Orçamento e Finanças, conforme explicado
a seguir.
A estimativa de preços pode ser verificada por meio de
pesquisa de mercado ou de consulta a outras fontes - como,
por exemplo, a revista “Informador das Construções”, a
Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas
(SETOP), o Sistema Nacional de Preços e Índices para a
Construção Civil (SINAPI).
A pesquisa de mercado fica a cargo da Coordenadoria de
Material.
Já a consulta a outras fontes fica a cargo da unidade
demandante, que deverá sempre citar, no Projeto Básico ou
Termo de Referência, essas outras fontes consultadas.
A informação acerca da disponibilidade orçamentária
5. ESTIMATIVA e financeira será da responsabilidade da Diretoria de
DE PREÇO E Planejamento, Orçamento e Finanças.
DISPONIBILIDADE
ORÇAMENTÁRIA E Exemplo(s):
FINANCEIRA PARA A Conforme exigência legal, a Coordenadoria de Material
DESPESA* realizará pesquisa de preços de mercado e estimativa de
custos junto a empresas do ramo do objeto licitado, para
apuração do preço estimado para a despesa.
O desembolso se fará mediante rubrica de dotação
orçamentária própria, conforme Estimativa Orçamentária
e Financeira (EOF) a ser emitida pela área competente e
autorizada pelo Ex.mo Sr. Conselheiro Presidente.

A Coordenadoria de Manutenção elaborou planilha


orçamentária dos serviços, utilizando-se dos preços
publicados na revista Informador das Construções, edição nº
1603, de julho de 2010; na tabela da Secretaria de Estado de
Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais (SETOP), de
agosto de 2010; em preços de serviços obtidos no mercado
local; e em preços de serviços de mesma natureza executados
recentemente neste Tribunal; apurando-se o valor médio
estimado para a execução dos serviços de R$79.606,98
(setenta e nove mil seiscentos e seis reais e noventa e

43
oito centavos), distribuídos conforme planilha orçamentária
constante do item 14 deste Termo de Referência.
Anexamos tabela da SETOP com destaque dos itens
pesquisados. A revista Informador das Construções pode
ser consultada na Biblioteca deste Tribunal. Demais fontes
de consulta e composições encontram-se nas memórias de
cálculo arquivadas na Coordenadoria de Manutenção, neste
Tribunal.

A unidade demandante deverá:

I) Definir o prazo para entrega dos produtos, a contar da


emissão do pedido de compra (esse prazo deve ser definido,
de preferência, em meses, para facilitar o controle do gestor
de contrato; neste Tribunal a Coordenadoria de Material é o
setor que emite o pedido de compra);
II) Fixar o prazo para entregas parceladas, a contar da
emissão do pedido de compra;
III) Fixar o prazo para início da execução dos serviços,
devendo ser definido na ordem de serviço, emitida pelo gestor
de contrato;
IV) Citar o local em que os produtos deverão ser entregues
e a forma de entrega (embalagem etc);
V) Definir o prazo de execução dos serviços;
VI) Incluir cronograma de execução com as fases do
projeto ou da consultoria;
VII) Definir se haverá suporte técnico remoto ou on site,
prazo para atendimento, forma de atendimento (linha para
6. CONDIÇÕES DE chamada telefônica gratuita, e-mail etc), prazo e forma para
EXECUÇÃO* solução de problemas (inclusive substituição de equipamentos
defeituosos) etc;
VIII) Definir se haverá troca de peças; bem como se
somente serão aceitas peças originais ou se também peças
similares ou recondicionadas;
IX) Definir sobre a necessidade de apresentação de
relatórios de manutenção;
X) Definir sobre a necessidade de manutenções
preventiva ou corretiva e períodos de realização dessas
manutenções;
XI) Definir se o contratado deverá instalar os equipamentos
licitados;
XII) Definir se materiais, ferramentas ou utensílios
utilizados na instalação são encargos do contratado;
XIII) Definir se constituem encargos do contratado a
limpeza dos locais de instalação ou a remoção de entulhos;
XIV) Definir se haverá, por parte do Tribunal, fornecimento
de material, suporte, insumos, equipamentos etc;
XV) Definir se haverá acompanhamento dos serviços por
parte de técnicos do Tribunal;

44
XVI) Especificar a partir de quando serão contados os
prazos fixados no Termo de Referência;
XVII) Definir a possibilidade ou a impossibilidade de
subcontratação dos serviços;
XVIII) Incluir outras exigências específicas para o objeto a
ser licitado.

Exemplo(s):
Entrega única do objeto
O objeto deverá ser entregue no Almoxarifado do Tribunal,
localizado na av. Raja Gabaglia, 1315, piso G1, bairro
Luxemburgo, Belo Horizonte, MG.
Os produtos deverão ser entregues em 15 (quinze) dias
úteis, a contar da emissão do pedido de compra por parte da
Coordenadoria de Material do Tribunal.

Entrega parcelada do objeto


Os produtos constantes dos Lotes 2 e 3 deverão ser entregues
em duas parcelas conforme abaixo:
1ª parcela:
Água mineral gaseificada, 800 (oitocentos) fardos, com
12 (doze) unidades cada, num total de 9.600 (nove mil e
seiscentas) garrafas; que deve ser entregue em 15 (quinze)
dias úteis, a contar da emissão do pedido de compra por parte
da Coordenadoria de Material do Tribunal.
2ª parcela:
Água mineral natural, 2.000 (dois mil) fardos, com 12 (doze)
unidades cada, num total de 24.000 (vinte e quatro mil)
garrafas; que deve ser entregue em julho de 2012.

Outros casos
O prazo de execução dos serviços será de cinco meses.
O Tribunal poderá alterar quantitativos, sem que isso implique
alteração dos preços ofertados, obedecido o disposto no § 1º
do artigo 65 da Lei nº 8.666/93.
O contratado se obriga a cumprir todas as condições e
prazos fixados pelo Tribunal, assim como a observar, atender,
respeitar, cumprir e fazer cumprir a legislação aplicável, bem
como a garantir a qualidade do objeto.
O contrato, bem como os direitos e obrigações dele decorrentes,
não poderá ser subcontratado, cedido nem transferido, total
nem parcialmente, nem ser executado em associação do
contratado com terceiros, sem autorização prévia do Tribunal,
por escrito, sob pena de aplicação de sanção ou de rescisão
contratual.
Operações de fusão, cisão ou incorporação, realizadas entre o
contratado e empresas, deverão ser comunicadas ao Tribunal
e, na hipótese de ficar caracterizada a frustração das regras
disciplinadoras da licitação, ensejarão a rescisão contratual.

45
A unidade demandante deverá indicar as obrigações padrão
do contratado, aplicáveis a todos os tipos de contratações,
bem como as obrigações específicas, de acordo com o objeto
a ser licitado.

Exemplo(s):
I) executar os serviços objeto do contrato nas condições
estabelecidas, respeitando os prazos fixados;
II) realizar todos os serviços necessários à perfeita
execução do objeto contratado, mesmo que não tenham sido
cotados;
III) indicar, logo após à assinatura do contrato e sempre
que ocorrer alteração, um preposto com plenos poderes
para representá-lo, administrativa ou judicialmente, assim
como para decidir acerca de questões relativas aos serviços,
bem como para atender aos chamados da Secretaria da
Corregedoria, do Tribunal, principalmente em situações de
urgência, inclusive nos finais de semana e feriados, a partir
de contato feito por meio de telefonia móvel ou outro meio
igualmente eficaz;
IV) fornecer números telefônicos, números de pager
ou de outros meios igualmente eficazes, para contato do
Tribunal com o preposto, ainda que fora do horário normal de
expediente, sem que isso gere qualquer custo adicional;
7. OBRIGAÇÕES DO V) supervisionar os serviços realizados por sua equipe de
CONTRATADO* trabalho, por meio do preposto, que deverá, pelo menos uma
vez por mês e sempre que necessário, visitar as dependências
do Tribunal, inteirando-se das condições de execução do
serviço e promovendo as alterações necessárias, sempre com
o acompanhamento da Coordenadoria de Serviços Gerais;
VI) fornecer todos os materiais, ferramentas e
equipamentos necessários à realização dos serviços, conforme
especificações constantes deste Termo de Referência;
VII) fornecer toda mão de obra necessária à fiel e
perfeita execução dos serviços, bem como os encargos
previdenciários, trabalhistas e outros de qualquer natureza
decorrentes da execução do contrato;
VIII) fornecer todos os equipamentos de proteção individual
(EPI) para os seus empregados e equipamentos de proteção
coletiva (EPC) necessários, de acordo com as normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e da
Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho;
IX) reparar, corrigir, remover, substituir ou refazer, às
suas expensas, no todo ou em parte, os trabalhos nos quais
forem detectados defeitos, vícios ou incorreções resultantes
da prestação dos serviços, imediatamente ou no prazo
estabelecido, sem qualquer custo adicional para o Tribunal;
X) observar o prazo mínimo de validade dos produtos
fornecidos, conforme definido neste Termo de Referência;

46
XI) providenciar, de imediato, a correção das deficiências
apontadas pelo Tribunal com respeito à execução do objeto;
XII) entregar os serviços ou produtos objeto do contrato
dentro das condições estabelecidas e respeitando os prazos
fixados;
XIII) executar o contrato responsabilizando-se pela
perfeição técnica dos serviços prestados e dos produtos
entregues;
XIV) providenciar crachás de identificação para todo o
pessoal empregado na execução dos serviços, neles devendo
constar o nome e uma foto recente do trabalhador, o nome do
contratado e a assinatura do responsável pela sua emissão
(o uso do crachá será obrigatório durante todo o período
de permanência do empregado no local de execução dos
serviços);
XV) responsabilizar-se pela qualidade dos produtos,
substituindo, de imediato, aqueles que apresentarem
qualquer tipo de vício ou imperfeição, ou não se adequarem
às especificações constantes deste Termo de Referência, sob
pena de aplicação das sanções cabíveis, inclusive rescisão
contratual;
XVI) transportar os seus empregados, materiais,
equipamentos, ferramentas e utensílios, às suas expensas,
até o local dos trabalhos;
XVII) utilizar materiais novos, comprovadamente de primeira
qualidade, satisfazendo rigorosamente as especificações
constantes deste Termo de Referência, as normas da ABNT,
as dos fabricantes e as normas internacionais consagradas,
na falta de regulamentação pela ABNT;
XVIII) fornecer, novos e comprovadamente de primeira
qualidade, todos os materiais a serem empregados na
realização dos serviços;
XIX) encaminhar à Coordenadoria de Manutenção, do
Tribunal, no prazo de cinco dias úteis, a contar da assinatura
do contrato, os documentos comprobatórios do registro no
Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia de
Minas Gerais (CREA-MG);
XX) utilizar, na execução dos serviços, somente
profissionais qualificados, treinados e capacitados, observado
o perfil básico exigido neste Termo de Referência;
XXI) cumprir os prazos previstos no contrato ou outros que
venham a ser fixados pelo Tribunal;
XXII) manter o local dos serviços sempre limpo e
desembaraçado, durante todo o decorrer dos serviços,
providenciando, constantemente, a remoção dos entulhos
e materiais excedentes que deverão ser acondicionados
em caçambas, em local indicado pela Coordenadoria de
Manutenção;
XXIII) dirimir qualquer dúvida e prestar esclarecimentos

47
acerca da execução do contrato, durante toda a sua vigência,
a pedido do Tribunal;
XXIV) assegurar e facilitar o acompanhamento, bem como
a fiscalização, dos serviços objeto do contrato por parte da
equipe da Secretaria da Corregedoria, do Tribunal, durante a
sua execução;
XXV) contratar, às suas expensas, seguro para os
empregados que prestarão os serviços no Tribunal, em
conformidade com as especificações previstas no Termo
de Referência, devendo entregar à Coordenadoria de
Manutenção os certificados e as respectivas apólices, no
prazo de 15 (quinze) dias, a contar da expedição da ordem
de serviço, bem como o comprovante de quitação do prêmio
correspondente;
XXVI) arcar com prejuízos decorrentes de eventual sinistro,
quando superiores ao valor do capital segurado;
XXVII) executar os serviços com a devida cautela, de
forma a garantir a segurança de informações, de dados e de
equipamentos do Tribunal;
XXVIII) informar à Diretoria de Tecnologia da Informação, do
Tribunal, a necessidade de qualquer contratação, respeitando
sempre a qualificação profissional exigida para cada cargo;
XXIX) apresentar, para acompanhamento e fiscalização
dos serviços, relatório mensal, devidamente assinado pelo
representante do contratado, contendo a descrição dos
serviços prestados no mês de referência, relatório que deverá
ser entregue à Coordenadoria de Manutenção, do Tribunal,
juntamente com o faturamento dos serviços nele descritos;
XXX) controlar a jornada de trabalho dos seus empregados,
o que será acompanhado pela Coordenadoria de Serviços
Gerais e pela Diretoria de Tecnologia da Informação, ambas
do Tribunal (a apuração das horas trabalhadas deverá
ser processada por meio de sistema de cartão magnético,
constituindo obrigação do contratado a aquisição e o
fornecimento do respectivo equipamento, cartões e demais
acessórios; a utilização de outro sistema para registro de
ponto dependerá de autorização expressa da Diretoria de
Administração, do Tribunal);
XXXI) manter rigoroso controle da jornada de trabalho de
seus empregados, respeitando sempre o limite legal, bem
como os intervalos dentro de cada jornada ou aqueles dentre
duas jornadas;
XXXII) providenciar, às suas expensas, os exames médicos
admissionais, periódicos e demissionais de seus empregados,
na forma das normas aplicáveis;
XXXIII) manter, durante a vigência do contrato, em
compatibilidade com as obrigações assumidas, todas as
condições de habilitação ou de qualificação exigidas na
licitação, devendo comunicar ao Tribunal, de imediato,

48
qualquer alteração que possa comprometer a continuidade da
contratação, bem como substituir os documentos com prazo
de validade expirado;
XXXIV) prestar garantia de execução contratual, nos termos
do art. 56 da Lei nº 8.666/93;
XXXV) responsabilizar-se por todas as providências e por
todas as obrigações, estabelecidas na legislação específica
de acidentes do trabalho, quando forem vítimas seus
empregados no desempenho dos serviços contratados, ou de
serviços conexos com os serviços contratados; e
XXXVI) observar, atender, respeitar, cumprir e fazer cumprir
a legislação pátria, especialmente a indicada no contrato,
de modo a favorecer e a buscar a constante melhoria dos
serviços e dos resultados obtidos, preservando o Tribunal de
qualquer demanda ou reivindicação que seja de exclusiva
responsabilidade do contratado.

A unidade demandante deverá indicar as obrigações padrão


do contratante (Tribunal), aplicáveis a todos os tipos de
contratações, bem como as obrigações específicas, de acordo
com o objeto a ser licitado.

Exemplo(s):
I) notificar o contratado sobre qualquer irregularidade
encontrada na execução dos serviços, fixando-lhe, quando
não pactuado, prazo para corrigi-la;
II) emitir, por meio da Coordenadoria de Segurança, a
ordem de serviço;
III) emitir, por meio da Coordenadoria de Material, pedido
de compra;
IV) expedir, por meio da Coordenadoria de Segurança,
atestado de inspeção dos serviços prestados, que servirá
8. OBRIGAÇÕES DO como instrumento de avaliação do cumprimento das
CONTRATANTE* obrigações contratuais e constituirá documento indispensável
para a liberação dos pagamentos;
V) atestar a execução do objeto contratado no documento
fiscal correspondente;
VI) prestar as informações e os esclarecimentos que
venham a ser solicitados pelos empregados do contratado,
em relação aos serviços objeto do contrato;
VII) proporcionar acesso do pessoal do contratado às suas
instalações, bem como condições de movimentação daquele
pessoal nas mesmas instalações;
VIII) proibir que pessoas não autorizadas pelo contratado,
sob qualquer pretexto, efetuem intervenção técnica nos
equipamentos ou nas instalações;
IX) efetuar os pagamentos devidos ao contratado nas
condições estabelecidas;
X) fiscalizar a execução do contrato, o que não fará cessar

49
ou diminuir a responsabilidade do contratado pelo perfeito
cumprimento das obrigações estipuladas, nem por quaisquer
danos, inclusive quanto a terceiros, ou por irregularidades
constatadas;
XI) fiscalizar e acompanhar os serviços, por meio da
Coordenadoria de Manutenção, permitida a contratação de
terceiros para assisti-la ou para fornecer a ela informações
pertinentes a essa atribuição, observando o fiel cumprimento
das exigências constantes deste Termo de Referência, o que
não exclui nem diminui a responsabilidade do contratado pela
execução, pela fiscalização nem pela supervisão dos serviços
executados;
XII) rejeitar todo e qualquer material de má qualidade ou
em desconformidade com as especificações deste Termo de
Referência;
XIII) efetuar o recebimento provisório do objeto, por meio
da Coordenadoria de Almoxarifado, bem como o recebimento
definitivo, por meio da Coordenadoria de Material;
XIV) solicitar o imediato afastamento de qualquer
empregado do contratado, cujo comportamento ou capacidade
técnica sejam julgados inconvenientes ou estejam em
desconformidade com as disposições contratuais ou legais;
XV) sustar, no todo ou em parte, a execução dos serviços,
sempre que a medida for considerada necessária;
XVI) recusar qualquer serviço que apresente incorreções de
natureza construtiva ou de acabamento, ficando as correções
a cargo do contratado, inclusive os custos com material e as
horas gastas no trabalho;
XVII) transmitir ao contratado, por meio da Diretoria de
Tecnologia da Informação, as instruções necessárias à
realização dos serviços complementares a este Termo de
Referência;
XVIII) comunicar ao contratado, de imediato, a ocorrência de
qualquer acidente com seus empregados;
XIX) decidir acerca das questões que se apresentarem
durante a execução dos serviços, se não abordadas no Termo
de Referência;
XX) arcar com as despesas de publicação do extrato do
contrato, bem como dos termos aditivos que venham a ser
firmados.

A unidade demandante deverá indicar aquele que fará a


gestão e a fiscalização do contrato (gestor de contrato).

9. GESTÃO E Exemplo(s):
FISCALIZAÇÃO DO Observado o disposto no artigo 67 da Lei nº 8.666/93, a
CONTRATO* gestão ou a fiscalização do contrato serão realizadas pela
Coordenadoria de Serviços Gerais, do Tribunal.
O Coordenador da Coordenadoria de Serviços Gerais atuará
como gestor de contrato.

50
A unidade demandante deverá definir as condições do
pagamento: temporalidade (mediante entrega, mensal, por
medição etc), forma etc.

Exemplo(s):
Na maioria dos casos, incluir:
O pagamento decorrente da concretização do objeto licitado
será efetuado pela Diretoria de Planejamento, Orçamento e
Finanças, do Tribunal, por processo legal, em até sete dias
úteis após o recebimento da nota fiscal ou da fatura, desde
que acompanhada de cópia autenticada, se for o caso, das
certidões de regularidade junto às Fazendas Federal, Estadual
ou Municipal, bem como de cópia autenticada das certidões
de regularidade relativas ao FGTS ou à seguridade social,
todas vigentes, cuja autenticidade será confirmada nos sites
dos órgãos emissores pelo gestor de contrato.
Os pagamentos feitos ao contratado somente serão realizados
mediante a efetiva prestação dos serviços nas condições
estabelecidas, o que será comprovado por meio de atestado
de inspeção a ser expedido pela Diretoria de Tecnologia da
Informação e pela Coordenadoria de Serviços Gerais, ambas
do Tribunal.
Os pagamentos feitos ao contratado somente serão realizados
mediante a efetiva prestação dos serviços nas condições
10. CONDIÇÕES DE
estabelecidas, o que será comprovado por meio de atestação
PAGAMENTO*
no documento fiscal correspondente, feita pela Diretoria de
Tecnologia da Informação, do Tribunal.
A nota fiscal ou fatura deverão ser emitidas pelo contratado em
inteira conformidade com as exigências legais e contratuais,
especialmente as de natureza fiscal.
O gestor de contrato ou a Diretoria de Planejamento, Orçamento
e Finanças, do Tribunal, identificando qualquer divergência
na nota fiscal ou na fatura, deverá devolvê-las ao contratado
para que sejam feitas as correções necessárias; nesse caso,
o prazo estipulado neste Termo de Referência, será contado
somente a partir da reapresentação do documento, desde que
sanado o vício.
O pagamento devido pelo Tribunal será efetuado por meio de
depósito em conta bancária a ser informada pelo contratado
ou, eventualmente, por outra forma, a critério do Tribunal.
Nenhum pagamento será efetuado enquanto estiver pendente
de liquidação qualquer obrigação do contratado, sem que
isso gere direito a alteração de preços, correção monetária,
compensação financeira ou paralisação da execução do
objeto do contrato.
Uma vez paga a importância discriminada na nota fiscal ou na
fatura, o contratado dará ao Tribunal plena, geral e irretratável
quitação dos valores nela discriminados, para nada mais vir a
reclamar ou exigir a qualquer título, tempo ou forma.

51
Todo pagamento que vier a ser considerado indevido, segundo
o contrato firmado, será objeto de ajuste nos pagamentos
futuros ou será cobrado do contratado.

Para obras ou serviços de engenharia, incluir:


Os pagamentos serão realizados mensalmente, conforme
medição da efetiva prestação dos serviços.
O contratado deverá apresentar à Coordenadoria de
Manutenção, do Tribunal, até o oitavo dia útil do mês
subsequente ao da prestação dos serviços, a correspondente
nota fiscal ou fatura.

Para serviços terceirizados, incluir, se for o caso:


Os valores relativos às horas extras ou ao adicional noturno,
quando expressamente autorizados pela Diretoria de
Administração, serão reembolsados pelo Tribunal, na forma
da legislação aplicável, desde que devidamente comprovados
e apurados.
O Tribunal reembolsará ao contratado os valores relativos ao
fornecimento de vale-transporte, no montante correspondente
ao seu valor facial, e de ticket alimentação ou de ticket
refeição, no valor convencionado pela Convenção Coletiva de
Trabalho (CCT), ambos deduzidos da parcela de contribuição
do empregado previstas na legislação e na CCT.
O contratado deverá excluir do faturamento mensal os dias de
trabalho e os salários dos empregados faltosos, que estiverem
gozando férias ou licença, ou afastados legalmente por outros
motivos, para os quais não houver sido encaminhado substituto.
Também deverão ser excluídas do faturamento todas e
quaisquer ocorrências que não forem de responsabilidade
do Tribunal, assim como aquelas que não corresponderem a
serviços efetivamente prestados ou reembolsos devidos.
O contratado deverá manter atualizado, durante toda a
vigência do contrato, o prazo de validade das “Certidões
Negativas de Débito” e do “Certificado de Regularidade do
FGTS” (CRF), encaminhando cópia desses documentos ao
gestor de contrato, cuja autenticidade será confirmada nos
sites dos órgãos emissores.
Os documentos comprobatórios dos pagamentos relativos a
tributos, encargos ou contribuições de responsabilidade do
contratado, deverão ser enviados ao Tribunal mensalmente.
A documentação deverá exclusiva do contrato, não podendo
ser conjunta com aquela relativa a outros empregados dos
quadros do contratado.
O contratado deverá apresentar à Coordenadoria de Serviços
Gerais, do Tribunal, até o oitavo dia útil do mês subsequente
ao da prestação dos serviços, a correspondente nota fiscal
ou fatura, acompanhada da planilha analítica do faturamento,
sendo que a liberação do pagamento ficará condicionada à

52
apresentação da documentação prevista no contrato.
A nota fiscal ou fatura deverá ser emitida pelo contratado
em inteira conformidade com as exigências legais e com
as contratuais, especialmente as de natureza fiscal, com
destaque, quando exigíveis, das retenções tributárias ou
previdenciárias.
No primeiro e no último mês de vigência contratual, os valores
a serem pagos pelo Tribunal serão calculados pro rata die,
pelo período da efetiva prestação dos serviços. Nos demais
meses, os encargos da efetiva prestação dos serviços serão
cobrados considerando-se o mês de 30 (trinta) dias.
Quando do término do contrato, a liberação dos pagamentos
das notas fiscais ou das faturas relativas aos últimos meses
de prestação de serviços somente ocorrerá mediante a
plena e cabal comprovação do cumprimento de todas as
obrigações previstas no contrato, apresentação de todos
os documentos exigidos, correção de todas as eventuais
pendências apuradas, demonstração da utilização das
parcelas repassadas a título de aviso prévio ou multa
fundiária e comprovação da efetiva quitação das obrigações
trabalhistas, previdenciárias, fundiárias ou decorrentes de
normas coletivas.

A unidade demandante deverá indicar o prazo de vigência da


contratação, uma vez que não existe contrato administrativo
com prazo de vigência indefinido.

Exemplo(s):
O contrato vigorará pelo prazo de 12 (doze) meses, a contar
da data da sua assinatura, com eficácia legal a partir da
publicação de seu extrato.

O contrato vigorará pelo prazo máximo de 12 (doze) meses,


a contar (...), com eficácia legal a partir da publicação de seu
11. VIGÊNCIA extrato, podendo ser encerrado em prazo inferior, desde que
CONTRATUAL* o objeto seja executado e quitado integralmente, mediante
atestação do gestor de contrato.

Em caso de serviço contínuo, essas cláusulas ficariam


assim:
O contrato vigorará pelo prazo de 12 (doze) meses, a contar
da data da sua assinatura, podendo ser prorrogado por iguais
e sucessivos períodos, até o limite de 60 (sessenta) meses,
nos termos do inciso II do artigo 57 da Lei nº 8.666/93, desde
que os serviços estejam sendo prestados dentro dos padrões
de qualidade exigidos e desde que permaneçam favoráveis
ao Tribunal as condições contratuais e o valor cobrado.

Em caso de locação de equipamentos, ou de utilização

53
de programas da área de informática, aquelas cláusulas
ficariam assim:
O contrato vigorará pelo prazo de 12 (doze) meses, a contar
da data da sua assinatura, podendo ser prorrogado por
iguais e sucessivos períodos, até o limite de 48 (quarenta e
oito) meses, nos termos do inciso IV do artigo 57 da Lei nº
8.666/93, desde que os serviços estejam sendo prestados
dentro dos padrões de qualidade exigidos e desde que
permaneçam favoráveis ao Tribunal as condições contratuais
e o valor cobrado.

A unidade demandante deverá indicar as multas, com


os respectivos percentuais, a serem aplicadas, por
descumprimento de cláusulas relativas às condições de
fornecimento ou à execução dos serviços; bem como a
temporalidade de incidência para cada tipo de multa (multa
por dia de atraso, por hora de atraso etc).

Exemplo(s):
Ficam estabelecidos os seguintes percentuais de multas,
aplicáveis quando do descumprimento contratual:
I) 0,3% (zero vírgula três por cento) por dia de atraso na
execução do objeto, ou por dia de atraso no cumprimento
de obrigação contratual ou legal, até o 30o (trigésimo) dia,
calculados sobre o valor do contrato, por ocorrência;
II) 10% (dez por cento) sobre o valor do contrato, no caso
de atraso superior a 30 (trinta) dias na execução do objeto
ou no cumprimento de obrigação contratual ou legal, que
12. SANÇÕES* poderá ser aplicado com a rescisão contratual;
III) 20% (vinte por cento) sobre o valor do contrato, na
hipótese de o contratado, de modo injustificado, desistir do
contrato ou der causa à sua rescisão, bem como nos demais
casos de descumprimento contratual, quando o Tribunal, em
face da menor gravidade do fato e mediante motivação da
autoridade superior, do Tribunal, poderá reduzir o percentual
da multa a ser aplicada.
O valor das multas aplicadas, após regular processo
administrativo, será descontado dos pagamentos devidos
pelo Tribunal. Se os valores dos pagamentos devidos não
forem suficientes, a diferença será descontada da garantia
prestada ou deverá ser recolhida pelo contratado no prazo
de três dias úteis a contar da aplicação da sanção.
As sanções previstas, em face da gravidade da infração,
poderão ser aplicadas de forma cumulativa, após regular
processo administrativo em que se garantirá a observância
dos princípios do contraditório e da ampla defesa.

54
Observações
• A temporalidade para a aplicação da multa do item
I desse último exemplo poderá ser definida em dias ou em
horas.
• Se a entrega do objeto for imediata, o item II desse
mesmo exemplo poderá ser excluído, caso não seja do
interesse do gestor de contrato o recebimento do objeto com
atraso superior a 30 (trinta) dias.

Se a contratação for efetivada sem termo de contrato,


com fulcro no art. 62 da Lei nº 8.666/93 (questão avaliada
pela Coordenadoria de Contratos), a unidade demandante
deverá incluir, no Termo de Referência, as condições gerais.

Exemplo(s):
O Tribunal e o contratado poderão restabelecer o equilíbrio
econômico-financeiro da contratação, nos termos do artigo
65, inciso II, alínea “d”, da Lei nº 8.666/93, por novo pacto
precedido de cálculo ou de demonstração analítica do
aumento ou diminuição dos custos, obedecidos os critérios
estabelecidos em planilha de formação de preços e tendo
como limite a média dos preços encontrados no mercado
em geral.
13. CONDIÇÕES O Tribunal reserva para si o direito de alterar quantitativos,
GERAIS sem que isso implique alteração dos preços ofertados,
obedecido o disposto no §1º do artigo 65 da Lei nº 8.666/93.
O Tribunal reserva para si o direito de não aceitar nem
receber qualquer produto ou serviço em desacordo com o
previsto neste Termo de Referência, ou em desconformidade
com as normas legais ou técnicas pertinentes ao seu objeto,
podendo rescindir a contratação nos termos do previsto nos
artigos 77 e seguintes da Lei nº 8.666/93, assim como aplicar
o disposto no inciso XI do artigo 24 da referida norma, sem
prejuízo das sanções previstas.
Qualquer tolerância por parte do Tribunal, no que tange ao
cumprimento das obrigações ora assumidas pelo contratado,
não importará, em hipótese alguma, em alteração contratual,
novação, transação ou perdão, permanecendo em pleno
vigor todas as condições do ajuste e podendo o Tribunal
exigir o seu cumprimento a qualquer tempo.
A contratação não estabelece qualquer vínculo de natureza
empregatícia ou de responsabilidade entre o Tribunal e
os agentes, prepostos, empregados ou demais pessoas
designadas pelo contratado para a execução do objeto
contratual, sendo o contratado o único responsável por
todas as obrigações ou encargos decorrentes das relações
de trabalho entre ele e seus profissionais ou contratados,
previstos na legislação pátria vigente, seja trabalhista,
previdenciária, social, de caráter securitário ou qualquer

55
outra.
O contratado, por si, seus agentes, prepostos, empregados
ou quaisquer encarregados, assume inteira responsabilidade
por quaisquer danos ou prejuízos causados, de forma
direta ou indireta, ao Tribunal, seus servidores ou terceiros,
produzidos em decorrência da execução do objeto contratado,
ou da omissão em executá-lo, resguardando-se ao Tribunal o
direito de regresso na hipótese de ser compelido a responder
por tais danos ou prejuízos.
O contratado guardará e fará com que seu pessoal guarde
sigilo sobre dados, informações ou documentos fornecidos
pelo Tribunal ou obtidos em razão da execução do objeto
contratual, sendo vedadas todas ou quaisquer reproduções
dos mesmos, durante a vigência do ajuste e mesmo após o
seu término.
Todas as informações, resultados, relatórios e quaisquer
outros documentos obtidos ou elaborados pelo contratado
durante a execução do objeto contratual serão de exclusiva
propriedade do Tribunal, não podendo ser utilizados,
divulgados, reproduzidos ou veiculados, para qualquer fim,
senão com a prévia e expressa autorização do Tribunal, sob
pena de responsabilização administrativa, civil ou criminal,
nos termos da legislação.
A contratação será formalizada mediante emissão de nota
de empenho de despesa, nos termos do art. 62 da Lei nº
8.666/93.

14. PLANILHAS Obrigatório apenas para obras ou serviços de engenharia.


ORÇAMENTÁRIAS

Data:
Assinatura do Coordenador:
Aprovação do Diretor:

56
V.2) MODELO DE NOTIFICAÇÃO DE CONTRATADO(A)

NOTIFICAÇÃO

Contrato nº _______
Contratado(a):
Representante legal:
Objeto:
Vigência:
Data da assinatura:

O Coordenador (Diretor) da Coordenadoria (Diretoria) de ___________, unidade do


Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, gestor do contrato em epígrafe, vem notificar
esse(a) contratado(a) das seguintes ocorrências em desacordo com o contrato ou com a lei:

Ocorrências Cláusulas Contratuais afrontadas ou normas descumpridas

1 (...).
2 (...).
3 (...).

Assim, fica concedido prazo de ___7 (________) dias corridos para a correção da
irregularidade ou para manifestação.
Na hipótese de ser apurada a inexecução contratual ou infração, o(a) notificado(a)
ficará sujeito(a) às sanções de advertência, multa, suspensão temporária de participação em
licitação e impedimento de contratar com a Administração por prazo não superior a dois anos
(Lei nº 8.666/93) ou impedimentos de licitar e de contratar com o Estado e, se for o caso,
será descredenciado(a) do Cadastro Geral de Fornecedores do Estado de Minas Gerais pelo
prazo de até cinco anos (para pregão) ou será passível de ser declarado(a) inidôneo(a) para
licitar ou para contratar com a Administração Pública.
Além das sanções previstas acima, a comprovação da irregularidade poderá ensejar
a execução da garantia prestada, a retenção de pagamentos ou a rescisão do contrato.

Belo Horizonte, ___ de ______________ de ______.


____________________________
(gestor de contrato)
Coordenador (Diretor) da Coordenadoria (Diretoria) de ____________
Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais
Av. Raja Gabaglia, 1315, Bairro Luxemburgo, Belo Horizonte, MG, CEP 30380-435

A (Ao) (contratado – a –) __________________________________________________


Endereço: ______________________________________________________________

7
O prazo será definido, caso a caso, pelo gestor de contrato.

57
V.3) MODELO DE CITAÇÃO NOS CASOS DE INSTAURAÇÃO DE PROCESSO
ADMINISTRATIVO E DE ABERTURA DE VISTA AO CONTRATADO OU LICITANTE

CITAÇÃO

Contrato (ou Processo Licitatório) nº ______


Contratado (ou Licitante):
Representante legal:
Objeto:
Vigência:
Data da assinatura:

Fica V. S.ª citado(a) sobre a instauração do Processo Administrativo nº ______, perante


o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais em face da (NOME DA CONTRATADA OU
LICITANTE), para apuração dos seguintes fatos:

Fatos

1) (...).
2) (...).
3) (...).

O(a) citado(a) terá o prazo de 10 (dez) dias corridos, a contar do recebimento da


presente, para apresentar defesa na Coordenadoria de Protocolo do Tribunal de Contas do
Estado de Minas Gerais, localizada na Avenida Raja Gabaglia, 1315, 2º Subsolo do Edifício
Sede, bairro Luxemburgo, em Belo Horizonte, MG.
Na hipótese de ser apurada a inexecução contratual ou infração, o(a) citado(a)
ficará sujeito(a) às sanções de advertência, multa, suspensão temporária de participação
em licitação e impedimento de contratar com a Administração por prazo não superior a dois
anos (Lei nº 8.666/93) ou impedimento de licitar e de contratar com o Estado e, se for o caso,
será descredenciado(a) do Cadastro Geral de Fornecedores do Estado de Minas Gerais pelo
prazo de até cinco anos (para pregão) ou será passível de ser declarado(a) inidôneo(a) para
licitar ou para contratar com a Administração Pública.
Além das sanções previstas acima, a comprovação da irregularidade poderá ensejar
a execução da garantia prestada, a retenção de pagamentos, e a rescisão do contrato.

Belo Horizonte, ___ de ______________ de ______.

____________________________
(gestor de contrato)
Coordenador (Diretor) da Coordenadoria (Diretoria) de ____________
Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais
Av. Raja Gabaglia, 1315, Bairro Luxemburgo, Belo Horizonte, MG, CEP 30380-435

A (Ao) (contratado – a –) _______________________________________________


Endereço: ___________________________________________________________

58
V.4) MODELO DE SOLICITAÇÃO DE ADESÃO À ATA DE REGISTRO DE PREÇOS

Ofício nº ______

Prezado Senhor,

Nos termos do artigo 23 do Decreto Estadual nº 44.787/20088 , que regulamenta o


sistema de registro de preços no âmbito da Administração Pública, manifesto o interesse
do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais em fazer uso, como carona, da Ata de
Registro de Preços (ARP) nº _____, para aquisição, nos termos, condições e especificações
contidas na ata retro citada, do seguinte objeto, atendendo a necessidade deste Tribunal:

Itens da ARP Especificações Quantidades Licitantes vencedores Valores registrados






Caso haja concordância de V. S.ª, solicitamos enviar um comunicado a este Tribunal
de Contas, anexando as cópias dos documentos referentes ao certame, devidamente
assinados, para que possamos tomar as devidas providências.
Outrossim, pedimos a gentileza seja feita consulta formal ao licitante vencedor,
para ser verificada sua disponibilidade em atender a presente demanda, colhendo a sua
manifestação expressa e remetendo-a, de igual modo, a este Tribunal de Contas.

Informações sobre o contratante:


• Razão Social: Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais
• CNPJ: 21.154.877/0001-07
• Endereço: Av. Raja Gabaglia, 1315, bairro Luxemburgo, Belo Horizonte, MG
• Responsável: (autoridade titular da unidade demandante)
• Telefone: (31) 3348-_________

Belo Horizonte, ____ de _____________ de ______.

Atenciosamente,
_________________________________
Conselheiro ___________________
Presidente do TCE/MG

8
Ou, se for o caso, do artigo 8º do Decreto Federal nº 3.931/2001, ou de dispositivo regulamentar de outro Estado
ou Município que trate da mesma matéria.

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