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CURSO DE BACHARELADO EM

ENGENHARIA MECÂNICA

THIAGO SILVA VITÓRIO – RA 8065285

MECANISMOS MECÂNICOS

PALMAS - PR
SETEMBRO 2018
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THIAGO SILVA VITÓRIO – 8065285

MECANISMOS MECÂNICOS – 1º PORTFÓLIO

Trabalho de Graduação
exigido pelo centro
Universitário Claretiano para
Graduação no Curso
Superior de Bacharelado em
Engenharia Mecânica, sob
orientação do Prof. Eric
Fabiano do Santos

PALMAS - PR
SETEMBRO 2018
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SUMÁRIO

DESCRIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE.........................................04

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.............................................................................09

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DESCRIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

Balanceamento de mecanismos mecânicos.

Um mecanismo é um conjunto de elementos de máquinas ligados de forma a


produzir um movimento específico. Podem ser utilizados conforme sua aplicação,
mecânica, hidráulica, pneumática, elétrica entre outras combinações necessárias. O
mecanismo transmite força e momento para o elo terra, essa força pode vir a causar
vibrações, o que não é aconselhável.

Os fenômenos da origem das vibrações dependem da constituição da


máquina e dos seus parâmetros de funcionamento. Para não ocorrer essas forças
indesejáveis, ou seja, vibrações, é realizado o balanceamento do equipamento,
assim ajudando a minimizar vibrações e esforços. O fenômeno do
desbalanceamento mecânico está ligado a uma distribuição não homogênea da
massa ao redor do eixo de rotação: o eixo de inércia não coincide com o eixo de
rotação. As fontes mais comuns são:

- Fundição e/ou configuração assimétricas;


- Inclusões ou vazios em peças laminadas, forjadas ou fundidas;
- Furação e/ou usinagem excêntricas;
- Mancais e/ou acoplamentos não concêntricos;
- Distorções permanentes;
- Incrustações;
- Corrosão; Erosão de material;
- Cavitação em rotores de bombas e/ou turbinas hidráulicas.

Existe então dois tipos de Balanceamento: Estático e Dinâmico.

O balanceamento de mecanismo e máquinas devem ser previstos na fase de


projeto, causando assim a não geração de custos de projetos indevidos. Nada impede
que na execução da manutenção (preventiva ou corretiva) do equipamento realize um
novo balanceamento do equipamento. Em alguns mecanismos tem se por frequência
o balanceamento (rodas de veículos, virabrequim, eixos cardans).

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Balanceamento estático é aplicado a componentes em movimentos, também
podendo ter o nome de balanceamento em plano único. Para melhor entendimento do
que seria o balanceamento estático, o eixo de inércia é paralelo ao eixo de rotação.
No caso do desbalanceamento estático a massa de desbalanceamento e o centro de
gravidade encontram-se no mesmo plano normal ao eixo de rotação.

Podemos ver esse tipo de desbalanceamento abaixo.

Figura 1 - Exemplo de desbalanceamento

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O desbalanceamento dinâmico ocorre quando o eixo principal de inércia não
encontra o eixo de rotação. Este é o tipo de desbalanceamento mais frequente. As
massas de desbalanceamento, neste caso, encontram-se deslocadas de um ângulo
diferente de 180º.

Figura 2 - Exemplo de desbalanceamento

Lembrando que se o equipamento estiver com algum tipo de problema


mecânico, por exemplo: folga em mancais, possíveis batidas no equipamento. Esses
tipos de defeitos não são solucionados com o balanceamento.

Para melhor esclarecer temo, que o desbalanceamento ocorre quando um


excesso de massa de um lado do mecanismo, fazendo com que a força centrífuga
atuante sobre este lado mais pesado, que supera a força centrífuga atuante sobre
o lado oposto, forçando então o lado mais leve na direção do lado mais pesado,
sendo a força resultante a causadora de inconvenientes – vibrações. Veja abaixo
a figura 1, onde pode se ver com clareza o efeito da força centrífuga, causando
assim um desbalanceamento do eixo.
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Figura 3 - Efeito força centrífuga

Tal forçar é dada pela equação:

Fcent = m x e W 2

Sendo que m é a massa do rotor, e é a excentricidade ou a distância do centro


de gravidade ao eixo de giro do rotor e “W” é a velocidade angular em radianos por
segundo.

Segundo norma da ISO 1940, balanceamento é o processo de aprimoramento


da distribuição de massa de um corpo que gira em seus mancais.

Segundo a norma ABNT 8007, balanceamento é o processo pelo qual a


distribuição de massa de um rotor é verificada e, se necessário, corrigida, a fim de
assegurar que as vibrações dos munhões e/ou força sobre os mancais estejam dentro
de limites especificados, numa frequência correspondente à velocidade de operação.

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Dois são os tipos de balanceamento mais usados, já comentados
anteriormente: balanceamento em um plano (ou balanceamento estático) e
balanceamento em dois planos (ou balanceamento dinâmico).

Balanceamento em um plano é o tipo de balanceamento em que é necessária


a adição de somente uma massa de balanceamento no plano perpendicular ao eixo
de rotação e que contém o centro de gravidade. Este procedimento é adequado
somente à compensação de um desbalanceamento estático, uma vez que, neste
caso, os eixos principal de inércia e de rotação já se encontram paralelos. O
balanceamento em um plano tem a capacidade de deslocar o eixo de inércia em
direção ao eixo de rotação, no entanto, sem ter a capacidade de rotacionar um com
relação ao outro.

O balanceamento em dois planos é o procedimento necessário para a


compensação de desbalanceamentos do tipo dinâmico. No balanceamento em dois
planos, ou balanceamento dinâmico, como também é chamado, é necessário a adição
de massas de balanceamento em dois planos diferentes. Tal procedimento permite
que, com as devidas massas de balanceamento, o eixo principal de inércia sofra uma
rotação com relação ao eixo de rotação e que o centro de gravidade seja deslocado
de encontro ao eixo de rotação.

Para exemplificar e concluir, um veículo com rodas desbalanceadas apresenta


vibrações indesejáveis no volante e na carroceira do veículo, em baixa ou alta
velocidade. Tudo isso pelo fato da massa da roda estarem diferentes. Para solução,
são acrescentadas novas massas na roda, deixando assim homogenia seu conteúdo
de massas. Eliminando assim suas vibrações indesejáveis.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RODRIGUES, ALEX DE SOUZA. Análise dinâmica e balanceamento de virabrequins


leves de motores. Disponível em: <http://repositorio.unicamp.br/
bitstream/REPOSIP/263509/1/Rodrigues_AlexdeSouza_M.pdf>. Acesso em: 05
set. 2018.

RIBAS, F. A. C. Balanceamento Mecânico em Campo de Máquinas Rotativas com


Auxílio de Calculadora Programável e Microcomputador. Publicação Técnica,
Paraná, 1985.

Dinâmica de Mecanismos. Disponível em: <https://sites.google.com/site/profsbshiki/


teaching/dinamica-de-mecanismos>. Acesso em: 05 set. 2018.

INFORMATIVO TÉCNICO: Balaceamento de Ferramentas. Disponível em:


<http://www.sanchesblanes.com.br/informativos/inf06.pdf>. Acesso em: 10 set.
2018.

COELHO, GABRIEL ANGELO TANCREDI. Balanceamento Dinâmico de um


Simulador de Máquinas Rotativas. Disponível em: < http://monografias.poli.ufrj.br
/monografias/monopoli10007557.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018.

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