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Avaliação da resposta imune humoral em caprinos


inoculados com uma vacina viva atenuada liofilizada
contra Corynebacterium pseudotuberculosis

Evaluation of the goats humoral immune response induced by


the Corynebacterium pseudotuberculosis lyophilized live vaccine
ROBERTO MEYER1, RENATO CARMINATI2, ROBSON BAHIA CERQUEIRA2, VERA VALE3, SIMONE VIEGAS4,
THEREZA MARTINEZ4, IVANA NASCIMENTO1, ROBERT SCHAER1, JOSÉ A. HAGE DA SILVA5,
MARCOS RIBEIRO2, LIA RÉGIS3, BRUNO PAULE6, SONGELI MENEZES FREIRE7
1
Professor de Imunologia. Instituto de Ciências da Saúde. UFBA
2
Bolsista. Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular. Instituto de Ciências da Saúde. UFBA
3
Mestranda. Programa de Pós-Graduação em Imunologia. Instituto de Ciências da Saúde. UFBA
4
Professora de Microbiologia da Escola de Medicina Veterinária. UFBA
5
Pesquisador. EBDA. Governo do Estado da Bahia
6
Doutorando. Programa de Pós-Graduação em Imunologia. Instituto de Ciências da Saúde. UFBA
7
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Imunologia. Instituto de Ciências da Saúde. UFBA

Resumo
A linfadenite caseosa (LC), comumente chamada de mal-do-caroço, é
uma doença que acomete ovinos e caprinos e tem como agente etiológico
Corynebacterium pseudotuberculosis. É um patógeno intracelular facultati-
vo de macrófagos e é filogeneticamente relacionado com Mycobacterium
tuberculosis. É uma doença de ocorrência mundial, caracterizada por for-
mação de lesões necróticas encapsuladas caseosas, localizada principal-
mente nos linfonodos externos e pulmões. A transmissão se dá provavel-
mente através da pele, pelo contato de animais sadios com animais porta-
dores de abscessos que evoluem a supuração. Eventualmente, tem sido
encontrada em bovinos, porém é em ovinos e em caprinos que assume
importância econômica e sanitária. Machos e fêmeas podem apresentar
a doença em qualquer estação, porém encontram-se mais doentes com o
desenvolver da idade, principalmente após um a dois anos de vida. A
enfermidade causa sérios prejuízos a essas espécies, constituindo uma
limitação zoopatológica às suas explorações. Com cerca de 80% do reba-
nho nacional, a região Nordeste é a maior detentora de caprinos do
Brasil, onde esses animais são essenciais ao sustento do pequeno agricul-
tor. Corynebacterium pseudotuberculosis causa consideráveis prejuízos eco-
nômicos à região, que vão desde a condenação de pele e carcaças em razão
de abscessos, até perdas em eficiência na reprodução ou na produção de
carne e leite. O presente trabalho teve como objetivo avaliar em caprinos
a resposta imune humoral induzida pela vacina viva liofilizada, elaborada
com a cepa 1002, da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola
(EBDA). Os resultados evidenciaram que o referido preparado liofilizado
promove a produção de anticorpos específicos em doses iguais ou maiores do
que 109 CFU e que o tratamento ministrado não provocou lesões nos animais
vacinados.
Prof. Roberto Meyer
Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular
Departamento de Biointeração
Instituto de Ciências da Saúde
Palavras-chave
Universidade Federal da Bahia
Av. Reitor Miguel Calmon s/n Vale do Canela Resposta imune humoral, vacina viva atenuada liofilizada, Corynebacterium
40.110-100 Salvador, Bahia, Brasil pseudotuberculosis, linfadenite, falsa tuberculose
e-mail: labimuno@svn.com.br / songeli@ufba.br.

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Introdução garrafas de Roux e posteriormente cultivadas


em caldo, por sete dias a 37ºC. A viabilidade e
A vacinação para controle da linfadenite o ajuste da concentração celular das culturas
caseosa foi descrita inicialmente por Quevedo et foram feitos pelo método de vazamento em pla-
al., em 1957. Experimentos na Patagônia, utili- cas, após diluição decimal. Assim, diluições de
zando cultura de Corynebacterium pseudotuberculosis 10-1 a 10-7 foram semeadas em ágar sangue de
formolizada e contendo adjuvante de alumínio, coelho com alça de Drigalski, na EBDA.
alcançaram uma redução da infecção em até 60%
Animais
(EGGLETON et al., 1991).
Caprinos de ambos os sexos, de três a de-
Várias têm sido as tentativas de vacinação, zoito meses de idade, sem raça definida (SRD),
entretanto, todas elas evidenciam apenas resulta- sem sinais clínicos de doenças e sorologicamente
dos insatisfatórios no que diz respeito aos índices negativos para a linfadenite caseosa, foram man-
de imunoproteção conseguidos em caprinos. As- tidos na Fazenda Pilar (EBDA), localizada no
sim, Cameron e Minnaar (1969), Cameron et al. município de Jaguarari (BA). Esses animais fo-
(1972), Cameron e Fuls (1973), Nairn et al. (1974 ram submetidos a exame clínico mensal, ao lon-
e 1982), Cameron e Bester (1984), Alves e Olander go de todo o experimento.
(1999), entre outros, realizaram experimentos de
vacinação com C. pseudotuberculosis viva/morta, com Experimentos com vacina viva
ou sem toxóide. Também foram feitas tentativas A dose imunogênica foi determinada com
no sentido de potencializar a indução de imuniza- base na indução de resposta humoral específica
ção com o uso de diferentes adjuvantes (CAMERON; contra C. pseudotuberculosis, medida pelo teste de
BESTER, 1984). Os resultados preliminares com ELISA indireto. Para os experimentos, os animais
a vacina viva da referida cepa 1002, na apresenta- foram divididos em 5 grupos, designados por 1, 2,
ção líquida, evidenciam que esta vacina induz uma 3, 4 e 5, os quais foram vacinados com vacina viva
resposta humoral específica e um percentual de atenuada e liofilizada e um grupo foi tomado como
imunoproteção de cerca de 83%. Estes resultados controle. Os grupos de 1 a 4 e o grupo controle
foram confrontados com os obtidos com uma va- eram compostos por 10 animais. Os animais dos
cina morta, anteriormente desenvolvida com esta grupos 1 e 2 receberam, respectivamente, 2,25 e
mesma cepa, ficando demonstrado que o prepara- 4,5 x 1010, enquanto os animais dos grupos 3 e 4
do vivo é bem mais eficaz do que aquela (RIBEI- foram inoculados com, respectivamente, 2,25 e
RO et al., 1991). O presente trabalho relata os re- 4,5 x 1011. Os animais dos grupos 1 e 2 receberam
sultados obtidos na avaliação da resposta por reforço após 90 dias e os dos grupos 3 e 4, aos 180
anticorpos induzida pela vacina viva na apresenta- dias. Os 50 animais do grupo 5 tinham sido ino-
ção liofilizada, produzida com a mesma cepa 1002 culados doze meses antes com 107 CFU, sem, en-
e desenvolvida pela mencionada EBDA, nos dife- tretanto, apresentarem nenhuma produção detectá-
rentes grupos experimentais. vel de anticorpos ao longo dos doze meses de acom-
panhamento. Foram, então, divididos em cinco
Materiais e métodos grupos de 10 animais (5a a 5e) e reforçados com
60, 90, 180, 270 e 360 dias após a primeira
Corynebacterium pseudotuberculosis inoculação, com 109 CFU.
A cepa 1002 foi isolada em 1971, no mu-
nicípio de Curaçá, Bahia, a partir de material Monitoramento sorológico
caseoso extraído de abscesso de caprinos e Os animais dos grupos de experimenta-
mantida no Laboratório de Bacteriologia da ção da vacina liofilizada e controle foram acom-
EBDA. O cultivo de C. pseudotuberculosis foi rea- panhados sorologicamente ao longo de quatorze
lizado em caldo triptose enriquecido com meses, com coleta mensal de soro. A sorologia
lactoalbubima e extrato de levedura, e/ou em foi feita pelo ensaio imunoenzimático ELISA,
ágar-triptose. As culturas foram expandidas em descrito resumidamente a seguir.

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As placas de poliestireno de fundo chato exemplo, o grupo 5), uma nova inoculação com
(marca Costar, EUA) foram sensibilizadas com uma dose bem maior de microrganismos levou
base na técnica utilizada por Oliveira, Langenegger a uma maior produção de anticorpos. A ten-
e Meyer (1992), com pequenas modificações du- dência apresentada foi confirmada nos resulta-
rante a padronização prévia, com o sobrenadante dos da cinética da produção de anticorpos, con-
da cultura de Corynebacterium pseudotuberculosis forme gráficos apresentados (FIG. 2-10).
diluído a 1:100 em tampão carbonato bicarbo- Pelo fato de os animais serem criados em
nato a 0,05M, pH 9.6 e incubação por 12h a regime extensivo, alguns se extraviaram durante
4ºC. Após duas lavagens com salina tampão algumas coletas mensais de sangue.
fosfato contendo 0,05% Tween-20 (PBS-T20),
as placas foram bloqueadas com 200 µl/poço No grupo controle, entre o quinto e o
de PBS-T20 contendo 5% de leite desnatado, décimo mês, pôde-se observar (FIG. 1) um au-
durante duas horas à temperatura ambiente. A mento da produção de anticorpos detectados
seguir, foram incubadas com 100 µl/poço dos por ELISA, provavelmente graças ao contágio
soros testes e controles diluídos 1:100 em PBS- natural destes animais não vacinados com ani-
T 20 contendo 1% de leite desnatado durante mais de outros grupos que foram inoculados
uma hora a 37ºC. Após cinco lavagens em PBS- com a vacina viva. Entretanto os animais deste
T20, adicionou-se às placas 100 µl/poço de anti- grupo controle não apresentaram sintomas du-
IgG (molécula inteira) de caprino produzido em rante o manejo ou durante o exame clínico
coelho, conjugado à peroxidase (marca Dako, realizado mensalmente.
EUA), diluída 1:10.000 em PBS-T20. As pla- A variação da resposta dos animais dos
cas foram incubadas durante 45 minutos a 37ºC grupos que são mostrados nas diversas figuras
e, em seguida, foram novamente lavadas cinco deve-se às diferenças entre os animais dentro de
vezes em PBS-T 20 e incubadas com 100 µl/ cada grupo.
poço da solução reveladora (ácido cítrico 0,01M
O declínio observado na produção dos
contendo 0,04% de H 2O 2 e 1mg/mL de
anticorpos dosados deve-se, provavelmente, ao
ortofenilenodiamina) durante 15 minutos, à
catabolismo protéico natural dos anticorpos,
temperatura ambiente, em ausência de luz. A
que voltam a estar incrementados com o ressurgi-
reação foi interrompida com a adição de 25
mento do estímulo reiniciado com a prolifera-
µl/poço de uma solução 4N de H2SO4. A lei-
ção da bactéria que constitui a vacina viva (FIG.
tura da densidade óptica foi realizada em
2 a 10).
fotocolorímetro automático para ELISA (mar-
ca Biorad, EUA), com filtro de 490nm. Os resultados conseguidos com esta mes-
ma cepa em meio líquido (“vacina líquida”),
Análise estatística em experimentos realizados, em 1991, por Ri-
O estudo estatístico foi feito por ANOVA, beiro et al., demonstraram que níveis mais al-
levando-se em conta os efeitos dose e tempo. tos de anticorpos foram obtidos com doses me-
nores (104 bactérias).
Resultados e discussão Tentativas realizadas em 1999 evidencia-
ram que o preparado liofilizado em doses de
Em todos os grupos utilizados nos testes 106 e 107 bactérias não induziu níveis detectáveis
deste experimento, observou-se por ELISA, ao de anticorpos, com diferença significativa da-
longo de quatorze meses, valores de D.O. queles obtidos no grupo controle. Somente
maiores do que os valores observados no gru- doses iguais ou superiores a 109 microrganis-
po controle. mos liofilizados foram capazes de estimular a
Notou-se que, em alguns grupos que vi- resposta humoral, de modo detectável pelo
nham apresentando resposta pouco intensa (por ensaio imunoenzimático ELISA.

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GRUPO CONTROLE
1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
1
0,9

D. O.
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 30 60 90 120 150 180 240 270 300 330 360 390
TEMPO (dias)
FIGURA 1

GRUPO 1 – REFORÇADO AOS 90 DIAS


1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
1
0,9
D. O.

0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 30 60 90 120 150 180 240 270 300 330 360 390
TEMPO (dias)
FIGURA 2

GRUPO 2 – REFORÇADO AOS 90 DIAS


1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
1
D. O.

0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0

0 30 60 90 120 150 180 240 270 300 330 360 390


TEMPO (dias)
FIGURA 3

GRUPO 3 – REFORÇADO AOS 180 DIAS


1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
1
0,9
D. O.

0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 30 60 90 120 150 180 240 270 300 330 360 390

TEMPO (dias)
FIGURA 4

GRUPO 4 – REFORÇADO AOS 180 DIAS


1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
1
0,9
D. O.

0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0

0 30 60 90 120 150 180 240 270 300 330 360 390

TEMPO (dias)
FIGURA 5

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GRUPO 5a – REFORÇADO AOS 90 DIAS


1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
1

D. O.
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 30 60 90 120 150 180 240 270 300 330 360 390

TEMPO (dias)
FIGURA 6

GRUPO 5b – REFORÇADO AOS 90 DIAS


1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
1
0,9
D. O.

0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 30 60 90 120 150 180 240 270 300 330 360 390

TEMPO (dias)
FIGURA 7

GRUPO 5c – REFORÇADO AOS 180 DIAS


1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
1
0,9
0,8
0,7
D. O.

0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 30 60 90 120 150 180 240 270 300 330 360 390

TEMPO (dias)
FIGURA 8

GRUPO 5d – REFORÇADO AOS 270 DIAS


1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
1
0,9
0,8
D. O.

0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 30 60 90 120 150 180 240 270 300 330 360 390
TEMPO (dias)
FIGURA 9

GRUPO 5e – REFORÇADO AOS 360 DIAS

1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
1
0,9
0,8
D. O.

0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 30 60 90 120 150 180 240 270 300 330 360 390

TEMPO (dias)
FIGURA 10

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As diferenças acima podem ser explicadas ELISA, com valores de D. O. maiores


pela morte de microrganismos após a liofilização, do que os valores observados no gru-
bem como pelo possível aumento da atenuação
0 30 60 90 120 150 180 240 270 300 330 360 390 po controle.
10
dos mesmos, tendo em vista o contínuo e suces- 2) Os animais que receberam 10 CFU
sivo repique de culturas. Ademais, doses de até não mostraram, até 90 dias, aumento
1011 CFU desta cepa são bem toleradas pelos significativo de anticorpos específicos.
10
caprinos submetidos à imunização. Em nenhum O reforço no 90° dia com 4,5 x 10
deles foi notada a presença de abscessos no local CFU, aparentemente, mudou a ten-
da vacinação ou em qualquer linfonodo superfi- dência das curvas, indicando um au-
cial, detectável ao exame físico. Estudos mais mento de produção de anticorpos.
acurados com análise anatomopatológica de cor- 3) A administração de apenas uma dose
tes dos linfonodos internos e de imunorreati- do imunógeno, na magnitude de 10
11

vidade específica, por western blot dos soros dos CFU, induz níveis significativos de
diversos grupos encontram-se em fase de conclu- anticorpos, mensurados pelo ELISA.
são experimental e análise dos dados.
4) O preparado liofilizado aparentemente
Conclusões promove a produção de anticorpos es-
pecíficos em doses iguais ou maiores
9
1) Os diferentes esquemas de vacinação do que 10 CFU.
utilizados mostraram a indução da pro- 5) O tratamento ministrado não provo-
dução de anticorpos, determinados por cou lesões nos animais vacinados.

Abstract
Caseous Lymphadenitis (CL), also known as “mal-do-caroço”, is a disease which infects ovines and caprines and eventually humans. The
aethiologic agent of this disease is the Corynebacterium pseudotuberculosis. It is a facultative intracellular pathogen of macrophages and
it is phylogenetically related to Mycobacterium tuberculosis. It is a worldwide disease characterized by caseous necrotic capsule-like lesions
located mainly in the external lymphonodes and lungs. The infection probably happens by the contact of healthy animals with exuding abscesses
of sick ones. Some bovines have been found infected but ovines and caprines are the ones which have an economic and sanitary significance.
Both sexes can develop the disease at anytime but animals older than 1 or 2 years are more frequently infected. That disease causes real harmful
consequences to these animals turning into a zoopathologic barrier to its economic exploitation. Eighty percent of all caprine herds are located
in Brazil’s Northeastern Region and play a special role in the economic support for its people, farmers and manufacturers. The Corynebacterium
pseudotuberculosis causes high economic losses in that region. The losses range over skin and bones damages, due to abscesses, as well as lower
flesh/meat and milk manufacturing production and low reproduction rates. The aim of our study was to analyze the goats humoral immune
response induced by the Corynebacterium pseudotuberculosis lyophilized live vaccine. The results obtained from these experiments showed
that the lyophilized vaccine results in a specific antibody production at doses as high as (or higher than) 109 bacteria cells and that the treatment
used in that experiment have not caused lesions in the vaccinated animals.

Key words
Humoral response, attenuated lyophilized live vaccine, Corynebacterium pseudotuberculosis, lymphadenitis, false tuberculosis

Referências
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ALVES, F. S. F.; OLANDER, H. Uso de vacina toxóide no enhancement of immunity to Corynebacterium
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