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AGES

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS


LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

THAMIRES MARQUES DE SANTANA

A IDENTIDADE CULTURAL NA PÓS-MODERNIDADE

Fichamento apresentado no curso de Ciências


Biológicas da Faculdade AGES como um dos pré-
requisitos para a obtenção da nota parcial da disciplina
Metodologia do Trabalho Cientifico (MTC) no 1º
período, sob orientação da Prof. Josilúcia Nascimento.

Paripiranga
Maio de 2015
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A. 11º ed. 2006.

Credenciais do autor -
Stuart Hall (Kingston, 3 de fevereiro de 1932 — Londres, 10 de fevereiro de 2014) foi um teórico
cultural e sociólogo jamaicano que viveu e atuou no Reino Unido a partir de 1951. Hall, juntamente
com Richard Hoggart e Raymond Williams, foi uma das figuras fundadoras da escola de
pensamento que hoje é conhecido como Estudos Culturais britânicos ou a escola Birmingham dos
Estudos Culturais. Ele foi presidente da Associação Britânica de Sociologia entre 1995 e 1997.

Na década de 1950 Hall foi um dos fundadores da influente revista New Left Review. A convite de
Hoggart, Hall entrou para o Centro de Estudos de Cultura Contemporânea da Universidade de
Birmingham em 1964. Hall assumiu a direção desse centro em 1968 e lá permaneceu até 1979.
Stuart Hall é reconhecido por expandir o escopo dos estudos culturais para lidar com raça e gênero,
além de ajudar a incorporar novas ideias derivadas do trabalho de teóricos franceses.

Hall deixou o centro em 1979 para se tornar um professor de sociologia na Open University da qual
se aposenta em 1997, se tornando Professor Emérito. O jornal britânico The Observer o chamou de
"um dos principais teóricos culturais do país". Ele era casado com Catherine Hall, professora
feminista de história britânica moderna na University College London.

Resumo da obra -
A presente obra vem apresentar questões sobre a identidade cultural moderna, com base na crise
pela qual ela atravessa e qual direção ela está tomando. Hall relata mudanças e conceitos de
identidade e do sujeito, onde desenvolve argumentos em relação a identidade cultural , etnias ,
raças, língua, religião e acima de tudo a aspectos nacionais .
O autor também nos permitiu observar que a cultura nacional está cheia de significados e
identificação , ou seja, ela constitui uma cultura nacional como uma comunidade imaginada na qual
estão expressas as memorias de todo um passado. Stuart também apresenta autores que dialogam as
identidades do sujeito pós-moderno

Parte I – A identidade em questão


“O sujeito previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável, está se tornando
fragmentado; composto não de uma única , mas de varias identidades, algumas vezes contraditórias
ou não-resolvidas”.(p.2)
“Em essência , o argumento é que a mudança na modernidade tardia tem um carácter muito
especifico”.(p.3)
A sociedade não é como os sociólogos pensavam imitas vezes, em um todo unificado e
bem delimitado, uma totalidade, produzindo-se através de mudanças evolucionarias a partir
de si mesma, como o desenvolvimento de uma flor a partir de seu bulbo. Ela está
constantemente sendo “descentrada” ou deslocada por forças fora de si mesma.(p.4)

Parecer: Entende-se que o sujeito tornou-se portador não apenas de uma identidade mas sim de
várias identidades algumas contraditórias entre si, isso ocorre por causa da modernidade tardia que
diferente do que os sociólogos acreditavam as mudanças são evolucionarias , estão sendo
deslocadas por forças fora de se mesmo.

Parte II- Nascimento e morte do sujeito moderno


“[...]O individuo passou a ser visto como más localizado e “definido” no interior dessas grandes
estruturas e formações sustentadoras da sociedade moderna”.(p.7)
“[...]Em vez de falar da identidade como uma coisa acabada , deveríamos falar de identificação, e
vê-la como um processo em andamento”.(p.10)
“O que é particularmente interessante , do ponto de vista da história do sujeito, é que , embora o
poder disciplinar de Foucault seja o produto das novas instituições coletivas e de grande escala da
modernidade tardia, suas técnicas envolvem uma aplicação de poder[...]”.(p.11)

Parecer: Neste capitulo Hall procura mostrar as mudanças conceituais, com base em alguns
teóricos, ressaltando que o sujeito do iluminismo era visto como tendo uma identidade física
estável.

Parte III- As culturas nacionais como comunidades imaginadas


“[...]As diferenças regionais e étnicas foram gradualmente sendo colocadas de forma
subordinada, sob aquilo que Gelher chama de “teto politico” do estado-nação, que se tornou , assim
uma fonte poderosa de significados para identidades culturais modernas”.(p.13)
“O discurso da cultura nacional não é, assim, tão moderno como aparenta ser. Ele constitui
identidades que são colocadas , de modo ambíguo, entre o passado e o futuro”.(p.15)
“Em vez de pensar as culturas nacionais como unificadas , deveríamos pensa-los como
constituindo um dispositivo que representa a diferença como unidade ou identidades”.(p17)

Parecer: Segundo Stuart no mundo moderno as diferenças regionais e éticas foram subordinada,
tornando-se assim uma fonte de significados paras identidades culturais , que não são tão modernas
como aparentam ser constituindo assim uma identidade unificada entre passado e futuro.
Parte IV- Globalização
“O que é importante para nosso argumento quanto ao impacto da globalização sobre a identidade é
que o tempo e o espaço são também as coordenadas básicas de todos os sistemas de representação”.
(p.19)
As identidades nacionais permanecem fortes, especialmente com respeito a coisas como
direitos legais e de cidadania mas as identidades locais, regionais e comunitárias tem se
tornado mais importantes. Colocadas acima do nível da cultura nacional , as identificações

“globais” começaram a deslocar, e algumas vezes , a apagar, as identidades nacionais .


(P.20)
“[...]Somos confrontados por uma gama de diferentes identidades (cada qual nos fazendo apelos ou
melhor , fazendo apelos a diferentes partes de nós) dentre as quais parece possível fazer uma
escolha”.(p.20)

Parecer: O autor buscou mostrar que as identidades nacionais permaneceram fortes, principalmente
ao que se diz respeito aos direitos legais e de cidadania , porem a globalização exerceu um grande
impacto , sobre a identidade quanto ao tempo e espaço , pois são eles quem dão as coordenadas
para cada um de nós.

Parte V- O global , o local e o retorno da Etnia


“A homogeneização cultural é o grito angustiado daqueles que estão convencidos de que a
globalização ameaça salopar as identidades e a unidade das culturas nacionais”.(p.21)
“Num mundo de fronteiras dissolvidas e de continuidades rompidas , as velhas certezas e
hierarquias da identidade Britânica tem sido postas em questão”.(p.23)
“O fortalecimento das identidades locais pode ser visto na forte reação defensiva daqueles
membros dos grupos étnicos dominantes que se sentem ameaçados pela presença de outras
culturas”.(p.23)
“Algumas identidades gravitam ao redor daquilo que Robins chama de “tradição” , tentando
recuperar sua pureza interior e recobrir as unidades e certezas que são sentidas como sendo tudo
perdidas”.(p.24)

Parecer : O autor buscou enfatizar neste capitulo que a globalização tornou-se um efeito de
deslocaras identidades , e que alguns grupos sente-se ameaçados com a presença de novas culturas,
deixando de lado suas tradições.

Parte VI- Fundamentalismo, diáspora e hibridismo


“Numa era em que a integração regional nos campos econômicos e políticos, e a dissolução da
soberania nacional estão andando muito rapidamente[...]”.(p.25)
“O ressurgimento do nacionalismo e de outras formas de particularismo no final do século XX, ao
lado da globalização e a ela inteiramente ligada, constitui, obviamente , uma reversão notável , uma
virada bastante inesperada dos acontecimentos”.(p.26)
“Entretanto, isto também sugere que , embora alimentada, sob muitos aspectos , pelo ocidente , a
globalização pode acabar sendo parte daquele lento e desigual , mas continuado descentramento do
ocidente”.(p.26)
Parecer: Neste capitulo Hall apresentou um movimento contrario á tradição , num quadro mais
global, em que a integração regional ganhou rapidamente os campos econômicos e políticos,
favorecendo assim uma virada inesperada de acontecimentos para a globalização.

Conclusão Critica: A leitura desta obra permitiu-me perceber que o autor introduziu o livro com a
afirmação de que as identidades estão sendo descentradas. Stuart abordou também questionamentos
sobre o nascimento e a morte do sujeito moderno.
A disciplina de Metodologia do Trabalho Cientifico (MTC) nos permitiu conhecer fantásticas
atribuições quanto ao livro pois abre um leque de possibilidades para a compreensão do individuo
pós-moderno e as mudanças conceituais. Hall foi feliz ao trazer para sua obra alguns autores de
grande renome no qual tornou seu livro ainda mais complexo, pois expressou não apenas seus
pensamentos , mais fez citações de vários pensadores com nome conceituado.
No que se refere ao crescimento pessoal o autor fez-me percebe a importância do sujeito que
tornou-se portador de varias identidades algumas delas sendo contraditórias entre si. Em âmbito
profissional o livro abriu uma gama de esclarecimento sobre as identidades adquiridas por nós.

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