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de rodovias
Revisão técnica
Alberico dos Santos Guimarães
2a Edição
Revista, ampliada e atualizada
© 2013 by Universidade de Uberaba
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer
modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de
sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Universidade de
Uberaba.
Universidade de Uberaba
Reitor
Marcelo Palmério
Assessoria Técnica
Ymiracy N. Sousa Polak
Editoração
Produção de Materiais Didáticos
Revisão técnica
Alberico dos Santos Guimarães
Capa
Toninho Cartoon
Edição
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
ISBN 978-85-7777-505-7
II. Título.
CDD: 388.1
1.1 Introdução......................................................................................................... 01
2.1 Introdução......................................................................................................... 43
2.4 Greides............................................................................................................... 50
2.7 Exercícios........................................................................................................... 65
Capítulo 3 – CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS PARA PROJETO.............. 68
3.1 Introdução......................................................................................................... 68
3.6 Exercícios........................................................................................................... 89
4.1 Introdução......................................................................................................... 90
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................... 426
Capítulo 1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS 1
CAPÍTULO 1
CONSIDERAÇÕES GERAIS
1.1- INTRODUÇÃO
Muito mais do que uma causa, as estradas devem ser encaradas como uma
consequência da civilização. Em todo projeto de engenharia pode-se, em
geral, optar entre diversas soluções. Porém, nos projetos de estradas a
2 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
Preço
ITEM ESPECIFICAÇÃO/DISCRIMINAÇÃO Unid. Quant. Preço Total
Unitário
1 Estudos de Tráfego vb 1,00 3.125,08 3.125,08
2 Estudos Topográficos Km 43,00 1.300,00 55.900,00
3 Estudos Geotécnicos Km 43,00 950,00 40.850,00
4 Estudos Hidrológicos Km 43,00 200,00 8.600,00
5 Projeto Geométrico, inclusive de Interseção, Acessos e Travessias Urbanas Km 43,00 500,00 21.500,00
6 Projeto de Terraplenagem Km 43,00 200,00 8.600,00
7 Projeto de Drenagem e OAE Km 43,00 850,00 36.550,00
8 Projeto de Pavimentação Km 43,00 400,00 17.200,00
9 Projeto de Sinalização e Obras Complementares Km 43,00 200,00 8.600,00
11 Projeto de Remanejamento ou Proteção de Serviço de Utilidade Pública Km 43,00 80,00 3.440,00
12 Projeto de Proteção Ambiental Km 43,00 350,00 15.050,00
13 Projeto de Desapropriação Km 43,00 140,00 6.020,00
14 Orçamento do Projeto e Plano de Execução das Obras Km 43,00 120,00 5.160,00
VALOR GLOBAL R$ 230.595,08
Rio
Garganta G
B
Cidade C
Cada uma das retas que liga dois pontos obrigados intermediários é
denominada diretriz parcial. As tarefas a serem desenvolvidas na fase de
reconhecimento consistem basicamente de:
Capítulo 1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS 5
*
Modelo digital representativo dos valores da altitude em todos os pontos numa determinada
região. Pode ser uma função matemática de interpolação a partir de um conjunto de pontos ou
linhas (função de R2 em R3) ou uma superfície tridimensional de faces de células dispostas numa
malha regular.
Capítulo 1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS 11
FIGURA 1.7 – Estação Total Leica TPS1200 combinada com receptor GPS.
1.2.3- Projeto
Talude de
corte
Base Acostamento
Capa de
Sub-base rolamento
Regularização Berma
Talude Corte
de aterro
Terreno
natural Valeta de
Aterro pé-de-corte
Valeta de Drenagem
proteção de aterro profunda
B
300
100
A
Curva de
nível B
Quando o eixo da estrada tiver que cruzar uma linha de cumeada, deve
fazê-la nos seus pontos mais baixos, ou seja, nas gargantas (figura 1.19).
Deste modo, as rampas das rodovias poderão ter declividades menores,
diminuindo os movimentos de terra.
x 140
A 120 100
110
h
B L
FIGURA 1.20 – Transposição de gargantas. FIGURA 1.21 – Planta baixa.
0 → rodovias radiais
1 → rodovias longitudinais
2 → rodovias transversais
3 → rodovias diagonais
4 → rodovias de ligação
RIBEIRÃO PRETO
SP-255
ARARAQUARA
SP-330
N
≈ 255 km
330°
SP
1. Os volumes de tráfego bidirecionais indicados referem-se a veículos mistos e são aqueles previstos no
10o ano após a abertura da rodovia ao tráfego.
2. Vide item NÍVEIS DE SERVIÇO.
3. Volumes previstos no ano de abertura ao tráfego.
* Uma rodovia de classe funcional inferior poderá ser enquadrada numa classe de projeto superior, em
razão dos volumes de tráfego projetados ou com base em outras considerações justificadas.
TABELA 1.4 – Níveis de Serviço de rodovias de duas faixas com dois sentidos
de tráfego (Fonte: DNER).
TERRENO MEDIAN. TERRENO FORT. TERRENO
TERRENO PLANO
ONDULADO ONDULADO MONTANHOSO
VELOC. % SEM VISIBILIDADE VELOC. VELOC. % SEM VISIBILIDADE
NÍVEL DE % DE % SEM VISIBILIDADE DE ULTRAPASSAGEM
MÉDIA DE ULTRAPASSAGEM MÉDIA MÉDIA DE ULTRAPASSAGEM
SERVIÇO DEMORA
(km/h) 0 50 100 (km/h) 0 50 100 0 50 100 (km/h) 0 50 100
VOLUME MÉDIO
VOLUME MÉDIO DIÁRIO VOLUME MÉDIO DIÁRIO VOLUME MÉDIO DIÁRIO
DIÁRIO
A ≤30 ≥93,3 1980 1050 520 ≥91,7 1190 470 230 870 340 120 ≥90,1 680 260 50
B ≤45 ≥88,5 3370 2480 1980 ≥86,9 1740 1190 860 1200 760 530 ≥86,9 900 520 360
C ≤60 ≥83,7 5450 4400 4010 ≥82,1 2850 2250 1870 1920 1390 1030 ≥78,9 1420 920 580
D ≤75 ≥80,5 8940 8270 7900 ≥78,9 4350 3460 2960 2610 1990 1620 ≥72,4 1820 1320 1020
E ≤75 ≥72,4 14500 14500 14500 ≥64,4 7130 6670 6550 4230 3900 3740 ≥56,3 2930 2660 2490
CAPÍTULO 2
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS
DAS ESTRADAS
2.1- INTRODUÇÃO
TANGENTES
PLANIMÉTRICOS
CURVAS HORIZONTAIS
AXIAIS
GREIDES RETOS
ALTIMÉTRICOS
CURVAS VERTICAIS
ELEMENTOS
GEOMÉTRICOS
SEÇÕES EM ATERRO
SEÇÕES MISTAS
α ∆∆
C 2
1
N
B D
α
α
1
H
αα
E 3 G
A
∆
∆
FIGURA 2.2 – Elementos geo- 2
F
métricos axiais.
Ni
Pi ∆E
E
Ei Ei+1
FIGURA 2.3 – Azimute e comprimento de um alinhamento.
46 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
Ei +1 − Ei ∆E
α i = arctan = arctan (0° ≤ α i ≤ 90°) (2.1)
N i +1 − N i ∆N
∆E (2.2)
α i = 180° + arctan (90° < α i ≤ 180°)
∆N
N
∆E B α1
∆N L0
α0 L1
N0
A
C
O E0 E
FIGURA 2.4 – Cálculo de coordenadas retangulares.
Capítulo 2 – ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DAS ESTRADAS 47
EB = E0 + ∆E = E0 + L0⋅senα0
NB = N0 + ∆N = N0 + L0⋅cosα0
i −1
N i = N 0 + ∑ (Ln ⋅ cosα n ) (2.5)
n =0
α1 = α0 + ∆1
α2 = α1 – ∆2
Generalizando, tem-se: αn+1 = αn ± ∆n+1 (2.6)
48 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
N
α0
α1 ∆1
B Deflexão = Azimuten+1 − Azimuten
α0
α2
A C
D
∆2
O E
EXEMPLO 2.1: A
N
figura ao lado repre- 7000
α1
senta um sistema de A
C
coordenadas de uma
4000 d2 d3
d1
rodovia. Calcular os
azimutes, os compri- B
D
mentos dos alinha- 1000
de deflexão.
Capítulo 2 – ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DAS ESTRADAS 49
EB − E A 3000 − 0
α1 = 180º + arctan = 180º + arctan = 143,1301°
NB − NA 2000 − 6000
EC − E B 8000 − 3000
α 2 = arctan = arctan = 59,0362°
NC − N B 5000 − 2000
E D − EC 12000 − 8000
α 3 = 180º + arctan = 180° + arctan = 135°
N D − NC 1000 − 5000
Ângulos de deflexão: ∆1 = α2 – α1 = 59,0362° - 143,1301° = -84,0939°
∆2 = α3 – α2 = 135° - 59,0362° = +75,9638°
Curva composta
Curva Curva circular com transição
Composta Curvassimples
Reversas
R4
R2 Clotóide
R1
R3
Curva
Composta Curvas Reversas
R4
FIGURA 2.6 – Tipos de curvas
horizontais. R1 R2
2.4- GREIDES
COTAS
TERRENO
NATURAL
GREIDE
RETO
GREIDE
CURVO
SIMPLES
CURVAS VERTICAIS CONVEXAS
COMPOSTA
CURVOS
SIMPLES
CURVAS VERTICAIS CÔNCAVAS
COMPOSTA
GREIDES
RAMPA (i > 0 )
RETOS NÍVEL (i = 0)
CONTRA-RAMPA (i < 0)
FIGURA 2.8 – Tipos de greides.
COTAS PIV1
CURVA
i2 (-) VERTICAL i3 (+)
CURVA CÔNCAVA
i1 (+) VERTICAL
CONVEXA
PIV2 ESTACAS
hcorte Terreno
Greides B
hcorte
haterro
A
Menores custos de construção
Melhoria das características técnicas haterro
OBS.: Dimensões
utilizadas para fins
ilustrativos.
FIGURA 2.12 – Seção em aterro.
Classes de RELEVO
Projeto Plano Ondulado Montanhoso
0 (zero) 3,50 3,00* 3,00*
I 3,00* 2,50 2,50
II 2,50 2,50 2,00
III 2,50 2,00 1,50
IV-A 1,30 1,30 0,80
IV-B 1,00 1,00 0,50
* Preferivelmente, 3,50 m, onde for previsto um volume horário unidirecional de
caminhões superior a 250 veículos.
Nos trechos retos em corte, a largura da plataforma será a soma das larguras de pista de rolamento, de acostamentos e de sarjetas.
Nos trechos retos em aterro, a largura da plataforma terá o mesmo valor que nos trechos em corte. As faixas que nos cortes correspondem às sarjetas,
serão utilizadas para formar os taludes.
FIGURA 2.16 – Seções transversais – pista dupla e pista simples (Fonte: LEE).
Capítulo 2 – ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DAS ESTRADAS 59
Lb = 40% LA
15
14
1:2,5
6 1:3
5 1:4
2.7- EXERCÍCIOS C
d2
4000
A
3000
D C
d3
1000
E d4 F
∆2
0 1000 3000 6000 11000 E
α1 = 123º
A Ponto A: (E, N)=(100, 200)
d1 = 82 m
B
66 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
D
6000 A d3
4000 d2
d1
3000
1000
B
CAPÍTULO 3
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
PARA PROJETO
3.1- INTRODUÇÃO
Nas interseções de vias expressas com vias arteriais que apresentem volumes
expressivos de tráfego, nas que dão acesso a áreas industrializadas, fazendas
de cana de açúcar e de corte de madeira, depósitos de grãos e fertilizantes,
e outras situações semelhantes, desde que se espere ocorrência relevante
de veículos com reboque, o veículo RE deve ser considerado.
DESIGNAÇÃO DO VEÍCULO VP CO O SR RE
O projeto de uma estrada deve sempre ser definido de forma que o motorista
tenha a melhor visibilidade possível em toda a estrada. A visibilidade é
limitada pelas mudanças de direção e declividade ao longo de sua extensão,
especialmente pelas curvas horizontais nos trechos em corte e pelas curvas
verticais. Em qualquer trecho da estrada, o motorista deverá dispor de
visibilidade, tanto em planta como em perfil, para que possa frear o veículo
ante a presença de um obstáculo.
obstáculo
Dp
D1 D2
Percepção e reação Frenagem
V ( km / h ) (3.2)
D1 = tr ⋅ v ( m / s ) = tr ⋅ = 0,278 ⋅ tr ⋅ V
3,6
∆Ec = τ Fa (3.3)
m ⋅ v2
= P ⋅ f ⋅ D2 = m ⋅ g ⋅ f ⋅ D2 (3.4)
2
v2
D2 = (3.5)
2⋅ g ⋅ f
D2 =
(V 3,6)
2
=
V2
(3.6)
2 ⋅ 9,8 ⋅ f 255 f
D p = D1 + D2
V2
D p = 0,278 ⋅ tr ⋅ V + (3.8)
255 ( f + i )
V2
D p = 0,7 V + (3.9)
255 ( f + i )
em que:
Além disso, esse coeficiente também varia com o tipo, pressão e condições dos
pneus do veículo, tipo e estado da superfície do pavimento, e especialmente
se o pavimento está seco ou molhado. Os valores de f adotados para
projeto, bem como as distâncias de visibilidade de parada correspondentes
à velocidade diretriz (chamadas de distâncias de visibilidade de parada
desejáveis) estão na tabela 3.3.
82 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
Coef. de atrito f 0,40 0,38 0,35 0,33 0,31 0,30 0,30 0,29 0,28 0,27
Dp desejável (m) 30 45 65 85 110 140 175 210 260 310
Coef. de atrito f 0,40 0,39 0,36 0,34 0,33 0,31 0,30 0,30 0,30 0,29
Dp mínima (m) 30 45 60 75 90 110 130 155 180 205
V2
D p = 0,278 ⋅ V ⋅ tr + 0,039 ⋅ (3.10)
a
A tabela 3.5 e a figura 3.7, a seguir, fazem uma comparação entre os valores
das distâncias de visibilidade de parada de acordo com o DNER (1999) e
a AASHTO (2001).
84 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
200
150
100
50
0
30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Velocidade de Projeto (km/h )
Vdir2 100 2
D p ( desejada ) = 0,7 ⋅ Vdir + = 0,7 ⋅ (100) + = 205,23 m
255 ⋅ f 255 ⋅ (0,29)
veículo 1
veículo 2
d1 d2/3
2FASE
veículo 3
2d2/3 d3 d4
Du = d1+ d2+ d3+ d4
Distância d4: distância percorrida pelo veículo 3, que vem em sentido oposto.
Segundo a AASHTO, o valor desta distância é estimado em 2/3 de d2.
Du (DNER, 1999) 180 270 350 420 490 560 620 680 730 800
Du (AASHTO, 2001) 200 270 345 410 485 540 615 670 730 775
Capítulo 3 – CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS PARA PROJETO 89
3.6- EXERCÍCIOS
CAPÍTULO 4
CURVAS HORIZONTAIS
CIRCULARES SIMPLES
4.1- INTRODUÇÃO
T E
d D
B
PC PT
A
G/2 R
Sentido do
estaqueamento
*
Em geral, quanto menor o valor da deflexão, maior deve ser o valor do raio escolhido. Por exemplo,
numa região plana geralmente o projetista tem a possibilidade de lançar longos alinhamentos
retos com pequenos ângulos de deflexão entre eles, os quais serão concordados com curvas
circulares de grande raio. Numa região montanhosa, os obstáculos gerados pelo relevo obrigam o
projetista a lançar mão de alinhamentos retos mais curtos, maiores ângulos de deflexão e menores
raios para as curvas. Como D e R apresentam como constante de proporcionalidade o ângulo
de deflexão, para evitar aparência de quebra de alinhamento, o DNER recomenda adotar raios
suficientemente grandes para proporcionar desenvolvimentos circulares mínimos D, obtidos pela
expressão: D>= 30(10-AC) para AC<5º (D em metros, AC em graus).
94 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
∆ T ∆
tan = \ T = R ⋅ tan (4.1)
2 R 2
∆ R ∆
cos = \ E = R ⋅ sec − 1 (4.2)
2 R+E 2
D 180° π ⋅R⋅∆
AC = ∆ = ⋅ \ D= (4.3)
R π 180°
Capítulo 4 – CURVAS HORIZONTAIS CIRCULARES SIMPLES 95
∆
E = T ⋅ tan (4.4)
4
Uma curva pode ser definida pelo raio ou pelo grau. De acordo com o
professor Haroldo Gontijo de Paula, o grau de uma curva pode ser definido
em relação a uma dada corda de comprimento c ou a um dado arco de
comprimento c, como mostra a figura 4.4.
96 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
c
A d B A d
c B
G/2
R R
G G
comprimento(AB) = c
180° ⋅ c
G= (4.7)
π ⋅R
Outra expressão que fornece o valor do grau da curva pode ser obtida
considerando a seguinte proporção:
c⋅∆
G:c = ∆:D \ G= (4.8)
D
G c c
sen = \ G = 2 ⋅ arcsen (4.9)
2 2R 2R
Capítulo 4 – CURVAS HORIZONTAIS CIRCULARES SIMPLES 97
G
d= (4.10)
2
Para o cálculo da deflexão por metro dm (ou deflexão unitária), basta dividir
a deflexão sobre a tangente pelo valor da corda c utilizada na locação:
G
dm = (4.11)
2⋅c
*
Alguns órgãos rodoviários podem adotar outros valores. Em obras do DER/PE, os eixos são
piquetados de 20 em 20 metros nas curvas horizontais com raio superior a 300 metros. Para raios
inferiores a este valor, os eixos são piquetados de 10 em 10 metros (Fonte: Termo de Referência
do Projeto Executivo de Engenharia, Edital de Tomada de Preços n 076/00).
98 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
90° 5400'
dm = ou dm = (4.12)
πR πR
(dm em graus) (dm em minutos)
5400' 5400'
R= = = 343,775 m
π ⋅ d m π ⋅ 5'
*
Uma outra opção seria aproximar dm para 5’ 40”. A escolha do valor do raio evidentemente
dependerá das condições do projeto e do bom senso do projetista.
Capítulo 4 – CURVAS HORIZONTAIS CIRCULARES SIMPLES 99
90° 5400'
R= ou R= (4.13)
π ⋅ dm π ⋅ dm
(dm em graus) (dm em minutos)
34,377 4º 10' 50' 122,777 2º 20' 14' 736,660 0º 46' 40" 2' 20"
39,065 3º 40' 44' 143,239 2º 00' 12' 859,437 0º 40' 2'
45,234 3º 10' 38' 171,887 1º 40' 10' 1.031,324 0º 33' 20" 1' 40"
50,555 2º 50' 34' 214,859 1º 20' 8' 1.289,155 0º 26' 40" 1' 20"
61,388 2º 20' 28' 286,479 1º 00' 6' 1.718,873 0º 20' 1'
71,620 2º 00' 24' 343,775 0º 50' 5' 2.578,310 0º 13' 20" 0' 40"
85,944 1º 40' 20' 429,718 0º 40' 4' 3.437,747 0º 10' 0' 30"
95,493 1º 30' 18' 572,958 0º 30' 3' 5.156,620 0º 06' 40" 0' 20"
c
* Se o projetista optar pelo uso da equação 4.8 ao invés da equação 4.7, a R=
expressão para cálculo do raio correspondente a deflexões unitárias inteiras c ⋅ dm
2 sen
será a seguinte, com dm em minutos: 60
100 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
∆ 45,5°
E = T ⋅ tan = 72,08 ⋅ tan = 14,50 m
4 4
180° ⋅ c 180° ⋅ 10
G10 = = = 3,333334° ≅ 200'
π ⋅R π ⋅ 171,887
G10 200'
d= = = 100' = 1° 40'
2 2
90° 90°
dm = = = 0,166667° = 10'
πR 171,887 ⋅ π
Cálculo do estaqueamento:
E(PC) = E(PI) – T = (180 + 4,12) – (3 + 12,08)
T T
2 3
c 4
c
ds3
1 ds4 PT=y+b
PC=x+a dsPT
G
G G
a
α βb
Note que a locação de trechos curvos por meio de cordas menores que 20 m,
acarreta na marcação de pontos adicionais, mas não altera o estaqueamento
do eixo, que continua sendo de 20 em 20 metros. O que ocorre, neste caso, é
que os trechos curvos, quando locados com cordas menores que 20 m ficam
definidos com maior precisão. Na prática, inicia-se a locação por uma das
extremidades da curva circular (geralmente o PC), instalando-se o teodolito
102 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
e tomando-se a direção da
tangente
tangente como referência ou
origem para a contagem dos
ângulos de deflexão, como da1 P1 da2 da3
PC c1 c2
mostra a figura a seguir. P2
Posiciona-se a visada
c3
correspondente à primeira P3
deflexão acumulada da1,
e marca-se o compri- R
mento correspondente
à corda c 1 ao longo do da = deflexão acumulada
alinhamento visado , * O
*
Em geral, utiliza-se uma corda fracionária já na locação do primeiro ponto da curva, pois numa
concordância horizontal com curva circular simples a estaca do PC geralmente é fracionária. Os
demais pontos intermediários da curva envolvem cordas de comprimentos inteiros. No final da
curva; novamente, tem-se uma corda fracionária, pois o PT também se posiciona, em geral, em
estaca fracionária.
Capítulo 4 – CURVAS HORIZONTAIS CIRCULARES SIMPLES 103
(PC) --- 0 0
… c1 c1 c1 ⋅ dm
… c2 c1+c2 (c1+c2) ⋅ dm
… c3 c1+c2+c3 (c1+c2+c3) ⋅ dm
… … …
(PT) cn Σci Σci ⋅ dm (=∆/2)
Deflexão unitária, dm =
parte da curva com estação no PT (deverá ser feita outra tabela de locação
considerando a estação no PT). Os arcos deverão se encontrar no meio do
desenvolvimento da curva e eventuais erros podem ser diluídos fazendo-se
um “arranjo” das estacas. Esse “arranjo” deve considerar a finalidade da
locação, lembrando-se que quando existem guias confinando a via, quaisquer
falhas da geometria são mais facilmente denunciadas ao olho humano.
A maioria dos erros na locação é devido à imprecisão das medições de
distâncias entre os pontos da curva.
OD = R 2 − x 2 e AD = y = R − OD
A x N
(PC)
α
y y = R − R2 − x2
D P
x
2
y = R ⋅ 1 − 1 −
R R
2α
d1 T1
PT1 F
D1
PC1 PC2 PT2
D2
d2
T2 d3
PI2
A (início)
Solução:
E(PI1) = E(A) + d1 E(PC1) = E(PI1) – T1
E(PT1) = E(PC1) + D1 E(PI2) = E(PT1) + d2 – T1
E(PC2) = E(PI2) – T2 E(PT2) = E(PC2) +D2
E(F) = E(PT2) + d3 – T2
CURVA 3 CURVA 2
Raio = 400 Raio = 400
2000 m
CURVA 4 CURVA 1
Raio = 500 Raio = 500
3000 m
108 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
*
Todo corpo em trajetória circular é submetido à ação da aceleração centrípeta, voltada para o
centro da trajetória. A reação correspondente a esta ação é a aceleração centrífuga que, atuando
sobre a massa do corpo, resulta na força centrífuga.
Capítulo 4 – CURVAS HORIZONTAIS CIRCULARES SIMPLES 109
Fa
x
P.cosα P
α
v 2 ⋅ (1 − f ⋅ tan α )
= tan α + f (4.17)
g⋅R
v2 (4.18)
R=
g ⋅ (e + f )
110 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
R=
(V 3,6 )
2
R=
V2
\ (4.19)
9,8 ⋅ (e + f ) 127 ⋅ (e + f )
V2
Rmin = (4.20)
127 ⋅ (emax + f max )
f=fT (DNER,1999) 0,20 0,18 0,16 0,15 0,15 0,14 0,14 0,13 0,12 0,11
f=fT (AASHTO, 2001) 0,17 0,17 0,16 0,15 0,14 0,14 0,13 0,12 0,11 0,09
*
A AASHTO aponta que valores do coeficiente f obtidos para condição de pneus novos em
pavimento de concreto de cimento com superfície molhada variaram de 0,5 a 0,35 para velocidades
variando de 30 a 100 km/h, respectivamente.
112 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
emáx fmáx 0,20 0,18 0,16 0,15 0,15 0,14 0,14 0,13 0,12 0,11
4% 30 60 100 150 205 280 355 465 595 755
6% 25 55 90 135 185 150 320 415 530 665
8% 25 50 80 125 170 230 290 375 475 595
10% 25 45 75 115 155 210 265 345 435 540
12% 20 45 70 105 145 195 245 315 400 490
emáx fmáx 0,18 0,17 0,17 0,16 0,15 0,14 0,14 0,13 0,12 0,11 0,09 0,08
EXEMPLO 4.7: Calcular Rmin numa rodovia Classe III, em região plana.
Solução: Tabela 1.2 para Classe III, região plana, tem-se Vp=80 km/h.
Tabela 4.4, tem-se fmáx = 0,14. Tabela 4.5, tem-se: emáx=8%.
Logo: V2 802
Rmin = = = 229,062 m
127 ⋅ (emax + f max ) 127 ⋅ (0,08 + 0,14)
Valor arredondado para projeto: Rmin = 230 m.
114 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
obstáculo
à visibilidade
0,80 m (DNER)
M
0,84 m (AASHTO)
Pista
A’
R L
L/2
R Rc
α/2
obstáculo
visual
(talude) R = Rc - L/2
Eixo da faixa interna
Eixo
da pista L/2 M
1
n 0,80 m (DNER)
0,84 m (AASHTO) 1:n
L
2L
FIGURA 4.11 – Visibilidade nas curvas horizontais. Veículo e obstáculo
situados na curva.
α R − M α
cos = ∴ M = R ⋅ 1 − cos (4.21)
2 R 2
comprimento do arco AB D p
α (radianos ) = = (4.22)
R R
28,65° ⋅ D p
M = R ⋅ 1 − cos (4.24)
R
28,65° ⋅ D p
R= (4.25)
arccos (1 − MR )
Dp
cos
(D 2R ) + (D p 2R ) − (D p 2R ) + ≅ 1 − (D p 2R )
= 1 − p
2 4 6 2
2R 2! 4! 6! 2!
D p 2 D p 2
M = R ⋅ 1 − 1 + =
2
8 ⋅ R 8 ⋅ R
Capítulo 4 – CURVAS HORIZONTAIS CIRCULARES SIMPLES 117
2
Dp
M= (4.26)
8⋅ R
em que: R = raio (m);
Dp = distância de visibilidade de parada (m);
M = distância mínima lateral livre de obstáculos (m).
A utilização da equação 4.26 deve ser muito criteriosa, pois para raios
pequenos e grandes velocidades, a diferença entre os valores gerados pelas
equações 4.24 e 4.26 pode ser considerável.
2 2
= AP + M 2
AC (a)
2 2
üüü = −( − )2 ( ) FIGURA 4.12 – Visibilidade nas
2 curvas horizontais. Veículo e
AO
= AE 2 + R 2 (c ) obstáculo situados fora da curva.
118 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
D ⋅ (2 D p − D)
M= (4.27)
8R
Para o caso do veículo estar na tangente (ou em outra curva que antecede ou
sucede a curva em foco) e o obstáculo no trecho circular (ou vice-versa),
os valores necessários poderão ser diferentes e deverão ser verificados
graficamente em planta.
Dp
= 2 R ⋅ sen
2 R
EXEMPLO 4.8: Uma curva circular de uma estrada com faixas de largura
L=3,60 m tem raio Rc=600 m. Calcular o menor valor de M de modo que seja
satisfeita a distância de visibilidade de parada desejável. Dados: Velocidade
de projeto V = 100 km/h e coeficiente de atrito longitudinal pneu/pavimento
( f ) igual a 0,29. Considerar veículo e obstáculo na curva.
L 3,6
Cálculo de R: R = Rc − = 600 − = 598,20 m
2 2
210
Cálculo de M: M = (598,20) ⋅ 1 − cos 28,65° ⋅ = 9,2 m
598,20
Para simplificação dos cálculos, em alguns casos pode-se considerar
R ≅ Rc, sem erro apreciável do ponto de vista prático. Observe que se se
considerar R=Rc, o valor de M praticamente não se altera neste caso:
210
M = (600 ) ⋅ 1 − cos 28,65° ⋅ = 9,2 m (Verifique este valor na figura 4.16)
600
Eixo da faixa
Eixo da interna
pista M
1
2 0,80 m 1
2
7,20 2,50 1,00
15,00 m
Solução: Verificação do raio quanto à estabilidade.
(tabela 4.4 → fT = fmáx = 0,14):
V2 902
Rmin = = = 245,31 m
127 ⋅ (emax + f max ) 127 ⋅ (0,12 + 0,14)
Rc = 450 m > Rmin (OK)
4.7- EXERCÍCIOS
15. (Concurso DNER) Numa curva circular com um raio de 170 m, deseja-se
locar um ponto logo à frente do ponto de curvatura (PC). Sabe-se que o
comprimento do arco é de 20 m. A soma das coordenadas sobre a tangente
deste ponto são: (dados sen 3,3703º=0,05879 e cos 3,3703º=0,9983):
a) 0,168 m b) 0,924 m c) 1,848 m d) 21,14 m
17. Uma curva circular de raio Rc=400 m tem seção transversal dada na
figura. Logo após a construção da estrada, a faixa de domínio foi invadida
por um fazendeiro, que construiu a sua casa na parte interna da curva a
8 metros do eixo da pista. Verificar se a visibilidade na curva foi afetada
(Considerar Dp=175 m; veículo e obstáculo na curva).
Eixo da faixa
Eixo da pista interna
8m
0,75 m
12,20 m
128 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
PI1
d2 = 2200 m
d1 = 1000 m ∆1=40°
F
PC1 PT1
R1=1100 m
R2=1500 m
PC2 PT2
A
∆2=35°
PI2
d3 = 1800 m
130 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
720 m ∆2 = 28°
26. Uma curva horizontal numa rodovia de pista simples com duas faixas
de 3,0 m tem raio R=500 m. Determine o afastamento lateral mínimo
livre de obstáculos, considerando a distância de visibilidade desejável.
Dado: Vp = 80 km/h.
PT1=PC2
∆2 = 135°
O1 PI2
Capítulo 4 – CURVAS HORIZONTAIS CIRCULARES SIMPLES 131
CURVA 1 CURVA 4
Raio = R Raio = R
1200 m
CURVA 2 CURVA 3
Raio = 2R Raio = 3R
60° 45°
1500 m
132 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
CURVA 1 CURVA 4
R 1 = 200 R 4 = 200
2000 m
CURVA 2 CURVA 3
R 2 = 300 R 3 = 400
60° 45°
3000 m
V1V2 = 572 m C
T1 B
= 1,2
T2 ∆2 = 34°
V2
33. A figura a seguir representa o eixo projetado de uma rodovia, num sistema reticulado, referenciado
a uma projeção UTM, com as coordenadas absolutas ali assinaladas, desenhado de acordo com as
convenções básicas recomendadas pelo Manual de Serviços de Consultoria para Estudos e Projetos
Rodoviários, do DNER. Sabe-se que a estaca do PI da curva é 204+10,47. Calcular as estacas dos
pontos notáveis e locá-las no desenho. Completar também a tabela com os elementos calculados.
Capítulo 4 – CURVAS HORIZONTAIS CIRCULARES SIMPLES
133
34. A figura a seguir é um trecho da planta da rodovia MG-129. Completar os campos em destaque sabendo
que o comprimento do trecho reto entre as curvas é igual a 90,16 m. Calcular também a distância entre 134
1,22 m R
Faixa
R 3m
Rc=40,23 m
Acostamento
1,83 m
136 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
CAPÍTULO 5
CURVAS HORIZONTAIS
DE TRANSIÇÃO
5.1- INTRODUÇÃO
Rc Rc Rc Rc Rc
Trecho reto R3
(tangente)
R2
R=∞
y Senóides e Cossenóides y
1,0
Parábola cúbica A
0,5
+ π
2 L=+∞
0,0 R=0
x
-0,5
A
+ π
2
-1,0
0 1 2 3 4 5 6 L=0
L
L R=+∞
y R=-∞ 0 x
Lemniscata L=0
A
− π
2
−
A
π Clotóide
p x R=0
2
L=-∞
R (DNER, 1999) 170 300 500 700 950 1200 1550 1900 2300 2800
R (AASHTO, 2001) 54 95 148 213 290 379 480 592 716 852
140 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
PI
∆=AC
TT E
Ys
D Y
Xs P X
Trecho circular
SC CS
k
p LS
LS Rc Rc θ
ST
TS Clotóide ou espiral ∆=AC= φ +2θS
de transição
Sentido do
estaqueamento
θS φ θS
θS AC/2
O’
AC
FIGURA 5.4 – Exemplo de projeto de curvas de transição (Rodovia MG-129), de acordo com as convenções
141
O O
PT p p
R’<R
R
(a) R (b) R
PT
PC ∆
p PI p ∆
PI´ PC PI
Por definição, a clotoide é uma curva tal que os raios de curvatura em qualquer
um de seus pontos é inversamente proporcional aos desenvolvimentos de
seus respectivos arcos. Chamando L o comprimento do arco e R o raio de
curvatura no extremo deste mesmo arco, a lei de curvatura da clotoide é
expressa pela relação R⋅L = A2, em que A é o parâmetro da clotoide.
R ⋅ L = A2 = Rc ⋅ Ls (5.1)
A2 L dL
dL = R ⋅ dθ = dθ \ dθ =
L A2
144 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
∫ ∫
L dL L2
dθ = \ θ=
A2 2 ⋅ A2
L2
θ= (5.2)
2 ⋅ Rc ⋅ Ls
SC
dθ
R
θ
ESPIRAL
dL
θ dy
L y
TS
x dx X
FIGURA 5.7 – Elementos da espiral.
dx
cosθ = \ dx = cosθ dL
dL
Desenvolvendo cosθ em série de potências, tem-se:
θ2 θ4 θ6
dx = 1 − + − + ⋅ ⋅ ⋅ dL
2! 4! 6!
( ) +( ) −( )
2 4 6
∫ ∫
L2 L2 L2
dx = 1 − 2 A2 2 A2 2 A2
+ ⋅ ⋅ ⋅ dL
2! 4! 6!
Capítulo 5 – CURVAS HORIZONTAIS DE TRANSIÇÃO 145
∫
L4 L8 L12
x= 1 − 2 2
+ 2 4
− 2 6
+ ⋅ ⋅ ⋅ dL
(2 A ) ⋅ 2! (2 A ) ⋅ 4! (2 A ) ⋅ 6!
L5 L9 L13
x=L− + − + ⋅⋅⋅
(2 A2 ) 2 ⋅ 5 ⋅ 2! (2 A2 ) 4 ⋅ 9 ⋅ 4! (2 A2 )6 ⋅ 13 ⋅ 6!
x = L ⋅ 1 −
( )
L2
2
+
L2
4
( ) −
L2
6
( ) + ⋅ ⋅ ⋅
2 2 2 4 2 6
(2 A ) ⋅ 5 ⋅ 2! (2 A ) ⋅ 9 ⋅ 4! (2 A ) ⋅ 13 ⋅ 6!
θ0 θ2 θ4 θ6
x = L ⋅ − + − + ⋅ ⋅ ⋅
1 ⋅ 0! 5 ⋅ 2! 9 ⋅ 4! 13 ⋅ 6!
θ2 θ4 θ6
x = L ⋅ 1 − + − + ⋅ ⋅ ⋅ (5.3)
10 216 9.360
dy
sen θ = \ dy = sen θ ⋅ dL
dL
θ3 θ5 θ7
dy = θ − + − + ⋅ ⋅ ⋅ dL
3! 5! 7!
∫ ∫
θ3 θ5 θ7
dy = θ − + − + ⋅ ⋅ ⋅ dL
3! 5! 7!
θ1 θ3 θ5 θ7
y = L ⋅ − + − + ⋅ ⋅ ⋅
3 ⋅ 1! 7 ⋅ 3! 11 ⋅ 5! 15 ⋅ 7!
θ θ 3 θ5 θ7
y = L ⋅ − + − + ⋅ ⋅ ⋅ (5.4)
3 42 1.320 75.600
146 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
Generalizando, tem-se:
∑ ∑
∞ ∞
(−1) n ⋅θ 2 n (−1) n ⋅θ 2 n+1
x = L⋅ e y = L⋅
(4n + 1) ⋅ (2n)! (4n + 3) ⋅ (2n + 1)!
n =0 n =0
1 L
4
1 L
8
1 L
12
x = L ⋅ 1 − ⋅ + ⋅ − ⋅ + (5.5)
40 A 3.456 A 599.040 A
1 L 2 1 L
6
1 L
10
y = L ⋅ ⋅ − ⋅ + ⋅ − (5.6)
6 A 336 A 42.240 A
Ls
2
Ls
θs = \ θs = (5.7)
2 ⋅ Rc ⋅ Ls 2 ⋅ Rc
θs2 θs4 θ 6
X s = Ls ⋅ 1 − + − s
+ ⋅ ⋅ ⋅ (5.8)
10 216 9.360
θ s θ s3 θ s5 θs7
Ys = Ls ⋅ − + − + ⋅ ⋅ ⋅ (5.9)
3 42 1.320 75.600
Capítulo 5 – CURVAS HORIZONTAIS DE TRANSIÇÃO 147
As expressões entre parênteses nas equações 5.8 e 5.9 são séries infinitas
convergentes em que os termos em função de θs, a partir do terceiro, são
praticamente nulos e podem ser desprezados. Na prática, as expressões para
Xs e Ys podem ser reduzidas às expressões a seguir, com suficiente precisão:
θs2 θs4
X s = Ls ⋅ 1 − +
(5.10)
10 216
θ s θ s3
Ys = Ls ⋅ − (5.11)
3 42
Ys
a
Xs
SC
k
PC
p Rc
b
TS
θs
Xs = k + a ∴ k = Xs − a Rc-b ∆/2
Ys = p + b ∴ p = Ys − b
a
sen θ s = ∴ a = Rc ⋅ sen θ s
Rc
Rc − b
cosθ s = ∴ b = Rc ⋅ (1 − cosθ s )
Rc
∆ TT − k
tan = (5.12)
2 Rc + p
∆ R + p
cos = c (5.13)
2 Rc + E
Mesclando as equações anteriores,
obtêm-se as expressões para cálculo k = X s − Rc ⋅ senθ s (5.14)
da abscissa do centro O’ (k) e do
afastamento da curva circular* (p): p = Ys − Rc ⋅ (1− cosθ s ) (5.15)
∆
TT = k + (Rc + p ) ⋅ tan (5.16)
2
Rc ⋅ φ ° ⋅ π
D = Rc ⋅ φrad = (5.22)
180°
Ls
D = Rc ⋅ ∆ rad − 2 Rc ⋅
2 Rc
Rc ⋅ ∆° ⋅ π
D = Rc ⋅ ∆ rad − Ls = − Ls (5.23)
180°
Nas equações 5.22 e 5.23, D e Rc são dados em metros, φrad e ∆rad são ângulos
medidos em radianos e φ° e ∆° são ângulos medidos em graus.
*
Superelevação é a inclinação transversal necessária nas curvas a fim de combater a força
centrífuga desenvolvida nos veículos e dificultar a derrapagem. Superlargura é o aumento de largura
necessário nas curvas para a perfeita inscrição dos veículos. A superelevação e a superlargura
serão estudadas nos capítulos 6 e 7, respectivamente.
150 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
Lmín (m) 30 30 30 40 40 50 60 60 70
Fonte: DNER,1999.
Lmín 1 Rc
θs = = \ Lmín = (5.24)
2 Rc 18 9
* A AASHTO considera que, para que o motorista perceba a existência da espiral de transição, o
comprimento desta deve ser consistente com o mínimo afastamento lateral que a curva circular
deve ter em relação à tangente (parâmetro “p”). A AASHTO recomenda que o menor valor para o
parâmetro “p” seja 0,20 m. Utilizando-se a expressão de cálculo do parâmetro “p”, o atendimento
do critério estabelecido pela AASHTO resulta na seguinte expressão: L = 24 ⋅ p ⋅ R
mín mín c
152 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
-a%
0% a%
a%
Lt
PI
e% ST
Ls
D CS
e% Trecho circular com
superelevação total e%
SC
0% a%
TS Comprimento de variação
da superelevação na tangente
a% Lt
Sentido do -a% (ou comprimento de transição
estaqueamento do abaulamento)
Borda externa Eixo Borda interna
Rampa de β
eixo de rotação superelevação rmáx
e = 0%
LF tanα = e (superelevação)
tanβ = rmáx (rampa de superelevação)
rmáx (AASHTO) 1:143 1:154 1:167 1:182 1:200 1:213 1:227 1:244 1:263 1:286
rmáx (%) 0,70 0,65 0,60 0,55 0,50 0,47 0,44 0,41 0,38 0,35
Para o caso básico de giro de uma faixa com LF=3,6 m os valores de Lmín pelo
critério da máxima rampa de superelevação admissível estão na tabela 5.4.
Capítulo 5 – CURVAS HORIZONTAIS DE TRANSIÇÃO 155
CASO GERAL: Nos casos em que a distância entre a borda mais desfavorável
e o eixo de rotação for maior que a largura de uma faixa de rolamento (caso
de pistas com mais de duas faixas ou pistas com eixo de rotação na borda,
por exemplo), os comprimentos de transição correspondentes às pistas de
2 faixas são majorados pelos fatores da tabela 5.5.
d) Critério do conforto
(ou Critério da taxa máxima de variação da aceleração transversal)
V3 e ⋅V
Lmín = − (5.28)
46,656 ⋅ J máx ⋅ Rc 0,367 ⋅ J máx
V3
Lmín = (5.29)
(70 − 0,42V ) ⋅ Rc
Lmáx = Rc (5.30)
V (km / h)
Lmáx = 8 ⋅ v(m / s ) = 8 ⋅ \ Lmáx = 2,2 V (5.31)
3,6
Segundo o DNER, para rodovias do mais elevado padrão, este critério pode
ser desconsiderado.
Capítulo 5 – CURVAS HORIZONTAIS DE TRANSIÇÃO 161
Ls
φrad = ∆ rad − 2 ⋅ θ s = 0 ∴ ∆ rad = 2 ⋅ θ s = 2 ⋅
2 ⋅ Rc
Rc ⋅ ∆° ⋅ π
Lsmáx = Rc ⋅ ∆ rad = (5.32)
180°
a) Critério do arredondamento
V (km / h) V
Dmín = 2 ⋅ v(m / s) = 2 ⋅ = ≅ 0,5V
3,6 1,8
Capítulo 5 – CURVAS HORIZONTAIS DE TRANSIÇÃO 163
Rc ⋅ ∆° ⋅ π
Da equação 5.23, tem-se: Dmín = − Lmáx
180°
Logo:
Rc ⋅ ∆° ⋅ π
Lmáx = − 0,5V (5.33)
180°
R1 ⋅ L1
≤ 2,5 (5.34)
R2 ⋅ L2
Deve ser observado também que a sequência de raios deve manter um inter-
relacionamento, conforme figura 10.1 (página 349).
*
Principalmente nos casos onde as curvas estão muito próximas de modo que os desenvol-
vimentos das superelevações entre as curvas adjacentes resultem em interferências mútuas, ou
seja, não exista espaço suficiente para o desenvolvimento das superelevações.
164 PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS
• Conforto: Lmín = V3
(70 − 0,42V ) ⋅ Rc
COMPRIMENTO MÁXIMO DE TRANSIÇÃO
• Máximo ângulo central da Clotoide: Lmáx = Rc
• Tempo de percurso: Lmáx = 2,2V
• Critério do desenvolvimento circular nulo: Lmáx = Rc⋅∆º⋅π/180º
EXEMPLO 5.1: Numa curva isolada de uma rodovia classe II, relevo
plano (caso básico: 2 faixas de LF=3,6 m cada – giro no eixo), tem-se os
seguintes elementos: AC=∆=35º, Rc= 500 m, Vp = 100 km/h e superelevação
no trecho circular e=7,5%. Aplicando os critérios do DNER para
comprimentos mínimos e máximos de transição e o critério complementar
do arredondamento, determinar a faixa de variação para Ls.
Capítulo 5 – CURVAS HORIZONTAIS DE TRANSIÇÃO 165
Solução:
a) COMPRIMENTOS MÍNIMOS
a.1) Critério do comprimento mínimo absoluto.
Da tabela 5.2, tem-se: Lmín = 60 m
a.2) Critério da fluência ótica não se aplica a este caso, pois Rc < 800 m.
a.3) Critério do conforto
1003
Lmín = = 71,43 m (verifique este valor na figura 5.14)
[70 − 0,42 ⋅ (100)]⋅ 500
b) COMPRIMENTOS MÁXIMOS
71,43 m
a.3)
62,8 m
a.4)
500 m
b.1)
220 m
b.2)
305,43 m
b.3)
255,43 m
c.1)
71,43 m 220 m
c.2)
80 m 220 m
Ys y ST1 TS2
Rc+p
O
CS1 x SC2
Rc+p SC1 CS2
Ys TS1 ST2
k
Capítulo 5 – CURVAS HORIZONTAIS DE TRANSIÇÃO 167
Solução:
TS1 (k ; -Rc- p) TS2 (k + L ; Rc+ p)
SC1 (-Xs + k ; Ys - Rc - p) SC2 (Xs + k + L ; Rc + p - Ys)
CS1 (k - Xs ; Rc + p - Ys) CS2 (Xs + k + L ; Ys - Rc - p)
ST1 (k ; Rc + p) ST2 (k + L ; -Rc - p)
θ2 θ4 0,12002 0,12004
X s = Ls ⋅ 1 − s + s = 120 ⋅ 1 − + = 119,83 m
10 216 10 216
PI
TT=218,00 m ∆=AC=35º
Xs=119,83 m E=25,52 m
Ys=4,80 m
D=185,43 m CS
SC
k=59,97
LS=120 m
p=1,20 m
Rc=500 m
ST
TS