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Escola de Formação de Professores Unidade: Campus II

Disciplina: História Brasil Contemporâneo Prof°: Camilla Cristina Silva

Aluno (a): Karoline da Silva Ramos Matricula:201720494

Massacre de Manguinhos

A década 1970 ocorreu um episódio triste para a ciência brasileira esse momento ficou
conhecido como o “massacre de Manguinhos” O termo foi composto fazendo referência
ao bairro da zona norte do Rio de janeiro onde fica o pavilhão Mourisco onde é a sede
prédio emblema da Fiocruz. Esse lamentável massacre ocorreu em um contexto de
ditadura militar, vários cientistas foram cassados e aposentados forçosamente por
militares, ao contrários do que se alega, que a ditadura só perseguia “bandido” nesse
período o regime militar perseguiu até mesmo médicos e cientistas do instituto Oswaldo
cruz.

Nesse contexto de ditadura militar foram colocados vários atos institucionais que suprimia
direitos civis, políticos e sociais, os médicos e cientistas daquele período ficaram
impossibilitados de exercer suas atividades profissionais. O regime militar teve uma
relação censurável e horrível com o progresso da ciência, já que devido perseguição aos
cientistas foi imposto que os pesquisadores fechassem os laboratórios, as pesquisas
foram suspensas e as equipes de pesquisadores foram desfeitas.

Os pesquisadores, cientistas e médicos ficaram também impossibilitados de transmitir


esses conhecimentos, pois eles comandavam grupos de jovens estudantes
pesquisadores em seus laboratórios, ou seja diversos estudantes acabaram não se
formando, portanto o Brasil perde também no campo da intelectualidade cientifica.

Sobretudo dez cientistas foram cassados pela ditadura militar esses eram especialistas
renomados e agiam no instituto Oswaldo Cruz eram eles Sebastião José de Oliveira,
Herman Lent e Moacyr Vaz de Andrade os pesquisadores Augusto Perissé ,Domingos
Arthur Machado Filho,Fernando Braga Ubatuba ,Haity Moussatché, Hugo de Souza
Lopes, Masao Goto e Tito Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti.

Os médicos e pesquisadores foram proibidos de adentrar no instituto os cientistas


responderam por vários processos, foram investigados, porém não foram encontradas
provas contra os cientistas, o que eles alegam é que as perseguições ocorreram por
motivos pessoais, devido as denúncias que os médicos fizeram sobre desvio de verbas,
por demonstrarem apoio a Carlos Prestes que fazia parte do partido comunista do Brasil e
também eram contrários ao regime militar e assim foram considerados subversivos,
somente em 1986 em período de redemocratização que os cientistas retornaram ao
quadro da Fiocruz.

Relacionando os acontecimentos da ditadura militar com o memento atual, em 2020 que


vivemos em uma democracia de baixa intensidade, onde é nítido encontrar resquícios da
ditadura no qual possuímos um presidente que representa a ponte para a volta do regime
militar, para o que tange a questão da ciência que é o foco, em 2020 a área da ciência e
da pesquisa sofrem com os cortes de verbas, além de constantemente o presidente negar
a ciência e desvalorizar as pesquisas, é ainda mais perceptível na atual conjuntura
perceber que o negacionismo da ciência está mais forte observando como o Brasil vem
lidando com a pandemia causada pelo covid-19.

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