Você está na página 1de 26

Lição 12- A Igreja e a Cultura de

seu Tempo
LEITURA BÍBLICA DA SEMANA
Seg. Ml 3.18: Chamados para fazer a
diferença
Ter. Mt 5.13: Sal da terra
Qua. Mt 5.14: Luz do mundo
Qui. 1Pe 2.9: Povo escolhido
Sex. Mt 10.8: Agentes de transformação
social
Sáb. 1Co 15.48; Fp 3.20: Cidadãos do céu
OBJETIVOS
• - Refletir sobre a Igreja na cultura dos  tempos de
Paulo; 
• - Despertar a necessidade de apresentar Cristo
na cultura contemporânea;
• - Declarar que fomos chamados para uma
contracultura.
REFLEXÃO

• "E não vos conformeis com este mundo,


mas transformai-vos pela renovação do
vosso entendimento, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável
e perfeita vontade de Deus." (Rm 12.2)
SINTETIZANDO

• A relação da igreja com a cultura na qual está


inserida representa um grande desafio. Questões
como moldar-se, rejeitar a cultura, idolatrá-la ou
tentar redimi-la tem gerado discussões acirradas
entre líderes cristãos. Em países como o Brasil
que possui uma cultura tão rica, variada e
envolvente, o desafio parece ainda maior,
especialmente nos dias atuais.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
• Atos 17.20-31
• 20 Pois coisas estranhas nos trazes aos ouvidos; queremos, pois, saber o
que vem a ser isto
• 21 ( Pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma
outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade ).
• 22 E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Homens atenienses, em
tudo vos vejo um tanto supersticiosos;
• 23 Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um
altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós
honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio.
• 24 O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da
terra, não habita em templos feitos por mãos de homens;
• 25 Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que
necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida,
e a respiração, e todas as coisas;
• 26 E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar
sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes
ordenados, e os limites da sua habitação;
• 27 Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o
pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;
• 28 Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como
também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também
sua geração.
• 29 Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a
divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida
por artifício e imaginação dos homens.
• 30 Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia
agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam;
• 31 Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de
julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu
certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.
INTRODUÇÃO
• Podemos definir cultura como o conjunto de valores, crenças e
práticas de uma sociedade, que influencia nas artes, religião,
ética, costumes, maneira de agir, vestir, etc. Todo ser humano
vive em uma cultura. Ninguém consegue viver em vácuo
cultural, pois até mesmo em local isolado haverá um padrão,
uma forma de entender e interagir com o mundo. Portanto, é
impossível viver em sociedade totalmente alheio à cultura
aonde se está inserido. Queiramos ou não, recebemos a
influência cultural do nosso país, cidade, comunidade, família,
amigos, etc. Mas qual deve ser a relação da Igreja e,
consequentemente, do cristão, com a cultura da sua época?
1. PAULO E A CULTURA VIGENTE

• A cultura reflete a situação moral, intelectual e espiritual das pessoas que a


compõem.
• 
• Paulo recebeu forte influência da sua cultura local. O apóstolo nasceu em
Tarso, uma importante cidade da Cilicia (At 21.39), ponto estratégico de
síntese entre o oriente e o ocidente, recebendo forte fluxo da cultura grega,
oriental e romana. Ou seja, um rico centro cultural. Paulo aprendeu a
profissão de fabricante de tendas (At 18.3); Ainda jovem, foi estudar em
Jerusalém, sob orientação de Gamaliel, mestre altamente respeitado. Foi
instruído no judaísmo estrito; intensamente religioso, destacado nessa
questão acima dos outros jovens, tornando-se um fariseu exemplar (Gl 1.14;
Fp 3.6); chegando ser até mesmo perseguidor da Igreja de Cristo por sua
lealdade e zelo pelo judaísmo. Até que a caminho de Damasco, um encontro
com Jesus mudou tudo, converteu-se e tornou-se o evangelista mais
proeminente da história da Igreja Primitiva (At 9.1-20; 22.6-21; 26.12-18).
• O apóstolo Paulo passou a ser um grande defensor dos
princípios cristãos e alertou a Igreja severamente a não se
envolver com o mundanismo e as práticas pagãs que
dominavam a sociedade da sua época (Rm 12.2). Porém, ele
também mostrou, com suas atitudes, a importância de se
contextualizar com a cultura vigente, de interagir bem com a
sociedade, influenciando-a com o viver cristão, para ganhar
assim muitas almas para Jesus: "Porque, sendo livre para com
todos, fiz-me servo de todos, para ganhar ainda mais, E fiz-me
como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que
estão debaixo da lei, como se estivera debaixo da lei, para
ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei,
como se estivera sem lei (não estando sem lei para com Deus,
mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei.
• Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-
me tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar
alguns. E eu faço isso por causa do evangelho, para ser
também participante dele" (1Co 9,19-23). Nós, cristãos, fomos
convocados a ser transformadores das estruturas sociais,
servindo assim mais fielmente ao intento de Cristo. Isto é, ao
mesmo tempo em que permanecemos no mundo, e o
evangelizamos, também não tomamos a forma dele, mas o
transformamos.
2. EVANGELIZE NA SUA CULTURA

• Como aprendemos com o próprio apóstolo


Paulo, não podemos ignorar a cultura, nem
tampouco demonizá-la. O Cristianismo Missionai
conversa com as diferentes culturas, usando-as
como ferramentas de contextualização para
melhor levar o Evangelho; claro, sempre
rejeitando valores culturais que se opõem a ele.
• 
• 
• Jesus não pediu que nos alienássemos ou nos
isolássemos. Pelo contrário! Veja o que Ele ora ao Pai: "
Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do
mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou.
Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim
como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao
mundo" (Jo 1715-18).
• 
• Fomos enviados a este mundo, vivemos nele e
convivemos com a sociedade humana, mas, tal qual
nosso Salvador Jesus, para sermos salda terra e luz nas
suas trevas (Mt 5.13-16).
• 
2.1. A cultura a favor do Evangelho

• Devemos construir pontes culturais para


pregar o Evangelho em um ambiente
diversificado. Podemos agir como Paulo,
que contextualizava e inseria o Evangelho
em qualquer que fosse a cultura. A
contextualização é justamente para
apresentar o Evangelho de maneira
culturalmente relevante.
• As demandas do mundo moderno e o ambiente
policultural fazem da contextualização uma
ferramenta indispensável à Igreja hoje. A igreja
que não contextualizar sua mensagem se
tornará irrelevante para a sociedade ao seu
redor. Ao mesmo tempo também precisamos
perceber os limites entre cultura e pecado. Nem
tudo que é tido pelo homem moderno como
valor cultural é aceitável diante de Deus.
• A Bíblia nos mostra exemplos que nos fazem
enxergar e melhor discernir estes limites,
Vemos isto claramente nas recomendações
feitas ao seu povo ao entrar na Terra
Prometida para que não seguissem os
caminhos das nações pagãs (Dt 18.9-22).
Muitas daquelas noções religiosas Cananéias
eram parte de uma cultura, mas elas não
deviam ser absorvidas pelo povo de Israel.
• 
• Daniel, juntamente com seus amigos, se
recusou a comer dos manjares do Rei da
Babilónia, e também não tomou do seu vinho,
por saber que eram consagrados a ídolos. Eles
estavam submersos na cultura babilónica, mas
souberam separar pressupostos culturais,
conceitos morais e crenças religiosas (Dn 1.8).
Do mesmo modo, o Evangelho não é apenas um
agente passivo e submisso à cultura, mas um
agente transformador.
• 
3. O QUE É CONTRACULTURA
• Contracultura é definida como a mentalidade dos
que rejeitam e questionam alguns valores e práticas
da cultura dominante da qual fazem parte. Portanto,
a contracultura se opõe ao que é normal e habitual
em determinada cultura.
• 
• A Igreja, por exemplo, adota uma contracultura ao
rejeitar atitudes e padrões que não são pertinentes
ao Reino de Deus. Seu comportamento permanece
contrário ao que é adotado pela cultura geral e que
esteja em discordância com os princípios bíblicos.
• Contracultura cristã é como um sistema de valores
cristãos, padrão ético, devoção religiosa, estilo
devida e relacionamentos; onde os padrões, valores
e maneira de viver são delineados pelo Governo de
Deus, independente das pressões impostas pelo
mundo.
• 
• Os padrões da sociedade não servem para o cristão,
quando se opõem aos da Bíblia Sagrada. Esta sim é
a cultura que prevalece para nós cristãos, a da
Palavra que não se degenera com as adaptações da
modernidade.
• O padrão de normalidade adotado pelo cristão
deve ser a Bíblia Sagrada. Ela precisa será regra de
fé prática adotada pelo crente. A contracultura
cristã é baseada nos princípios da Palavra de Deus.
De acordo com estes princípios o caráter do
cristão é totalmente diferente daqueles muitas
vezes admirados e vividos pelo mundo.
3.1.   Rejeite os padrões mundanos
• A Bíblia nos alerta em relação à influência do mundo e nos
exorta: "Não ameis o mundo" (l Jo 2.15); "Não vos
conformeis com este mundo" (Rm 12.2). A expressão "
mundo" nos versículos citados refere-se ao sistema
pecaminoso e vãos prazeres materiais, que nos afastam da
santidade e do Senhor.
• 
• Em muitos casos este sistema pecaminoso é disseminado
como se fosse uma simples característica artística ou uma
manifestação cultural do país, como por exemplo, o
carnaval, as festas juninas, a própria corrupção, entre
outros.
• A Bíblia mostra as razões porque não devemos
amaro mundo:
• • Amigo do mundo é inimigo de Deus: "... não
sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade
contra Deus, Portanto qualquer que quiser ser
amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus"
(Tg 4.4): "Se alguém ama o mundo, o amor do
Pai não está nele" (1Jo 2.15b);
• Nada do sistema mundano vem de Deus: "Porque tudo o que há
no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos
olhos, e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo" (1Jo
2.16);
• • O mundo é passageiro: "E o mundo passa, e a sua
concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus
permanece para sempre" (1 Jo 2.17).
• 
• Não podemos nos conformar com este mundo, nos
assemelhando a pessoas que ainda não conhecem a Cristo,
nem a Salvação comprada por Ele para nós com seu próprio
sangue.
• O sistema pecaminoso do mundo é um inimigo que pode ser
vencido quando usamos a nossa fé (1 Jo 5.4).
PARA CONCLUIR
• O cristão deve ter cuidado em não absorver coisas malignas da
cultura na qual está inserido. Toda cultura por mais interessante
e civilizada que seja traz valores pecaminosos, crenças
equivocadas, práticas iníquas que se refletem na religião, na
ética, nos costumes, na arte, música, literatura e tudo mais que
a compõe. O que no seu país, estado, cidade, família, escola,
roda de amigos é considerado algo "comum", "natural", mas
você sabe que é contrário ao amor e santidade pregados por
Jesus? A Igreja - e o seguidor genuíno de Jesus - deve sempre
se fazer esta pergunta e adotar uma contracultura cristã,
baseada nos princípios da Palavra de Deus,
HORA DA REVISÃO
• 1. Defina o que é cultura.
• É o conjunto de valores, crenças e práticas de uma
sociedade, que inclui artes, religião, ética, costumes, etc.

• 2. Qual a relação de Paulo com a sua cultura local?


• O apóstolo Paulo não se envolveu com o mundanismo e as
práticas pagãs que dominavam a sociedade de sua época.
Porém, ele se contextualizou com a cultura vigente,
interagindo bem com a sociedade, influenciando-a com
seu viver cristão e assim ganhando muitas almas para
Jesus.
• 
•3. Como usar a cultura em favor do Evangelho?
•Construindo pontes culturais para pregar o Evangelho em um
ambiente cultural diversificado, agindo como Paulo - que fazia
uma contextualização da sua cultura utilizando-a a favor da
pregação da Palavra.
•4. Por que não devemos amar, nem nos conformar com o mundo?
•Quem torna-se amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus;
nada do que está no mundo, no sistema mundano corrompido,
vem de Deus. por isso mesmo é passageiro. 
•5. Por que o cristão deve ter cuidado com a cultura local?
•Toda cultura, por mais civilizada que seja, traz valores
pecaminosos, crenças equivocadas, práticas iníquas que se
refletem na religião, na ética, nos costumes, na arte, música,
literatura e tudo mais que a compõe.
• 

Você também pode gostar