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Curso: Direito
Disciplina: Teoria Geral do Processo
Período: 3º - 2011.1
C.H.: 72 h/a
Professora: Helma Janielle Souza de Oliveira
Aluna/o:
1º EXERCÍCIO
R- A Autotutela é uma forma de resolução de conflito na qual ganha quem tiver mais força, ou seja, a
decisão é imposta pela vontade de um dos envolvidos no conflito. Ex: Legitima Defesa, Estado de
Necessidade.
Autocomposição é o famoso “deixa para lá”, em que ocorre a desistência ou renuncia do interesse
por parte do indivíduo, ou seja, chegam de comum acordo a uma solução que entendida como
adequada.
Heteronomia é um tratamento de conflito em que a decisão é produzida por um terceiro, sem
que auxiliar nem representar os conflitantes
2. Diante da assertiva de que “não há direito sem sociedade”, comente qual a função do direito/Estado
de Direito?
3. “Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem” (CP, art. 25). Na sociedade contemporânea/
Estado Moderno houve a extinção ou adequação dessas formas mais simples de resolução de
conflitos? Justifique.
4. Diferencie a norma processual da norma material conforme as visões da teoria unitária e da teoria
dualista apresentadas, respectivamente, por Carnelutti e Chiovenda.
5. O Direito Processual é uma ciência autônoma? Como ele se relaciona com outros campos do
Direito?
6. Qual a importância dos princípios na ordem jurídica? E em que perspectivas eles se apresentam?
7. A partir dos trechos das ementas de acórdãos do STF, identifique o(s) princípio(s) nas decisões
abaixo e informe sobre a repercussão deles para o processo.
a) AI 700960 AgR / SC - SANTA CATARINA
AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA
Julgamento: 02/02/2010 Órgão Julgador: Primeira Turma
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL
CIVIL. INDEFERIMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVAS. ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO
DE DEFESA. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo
Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do
devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configurariam ofensa
constitucional indireta
c) RE 402717 / PR - PARANÁ
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Relator(a): Min. CEZAR PELUSO
Julgamento: 02/12/2008 Órgão Julgador: Segunda Turma
EMENTA: PROVA. Criminal. Conversa telefônica. Gravação clandestina, feita por um dos
interlocutores, sem conhecimento do outro. Juntada da transcrição em inquérito policial, onde o
interlocutor requerente era investigado ou tido por suspeito. Admissibilidade. Fonte lícita de prova.
Inexistência de interceptação, objeto de vedação constitucional. Ausência de causa legal de sigilo
ou de reserva da conversação. Meio, ademais, de prova da alegada inocência de quem a gravou.
Improvimento ao recurso. Inexistência de ofensa ao art. 5º, incs. X, XII e LVI, da CF. Precedentes.
Como gravação meramente clandestina, que se não confunde com interceptação, objeto de vedação
constitucional, é lícita a prova consistente no teor de gravação de conversa telefônica realizada por
um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, se não há causa legal específica de sigilo nem
de reserva da conversação, sobretudo quando se predestine a fazer prova, em juízo ou inquérito, a
favor de quem a gravou.
d) HC 88797 / RJ - RIO DE JANEIRO
HABEAS CORPUS
Relator(a): Min. EROS GRAU
Julgamento: 22/08/2006 Órgão Julgador: Segunda Turma
EMENTA: HABEAS CORPUS. JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS. AUDIÊNCIA
PRELIMINAR. AUSÊNCIA DE ADVOGADO E DE DEFENSOR PÚBLICO. NULIDADE. Os
artigos 68, 72 e 76, § 3º, da Lei n. 9.099/90 exigem, expressamente, o comparecimento do autor do
fato na audiência preliminar, acompanhado de seu advogado ou, na ausência deste, de defensor
público. A inobservância desses preceitos traduz nulidade absoluta. Hipótese em que o paciente não
foi amparado por defesa técnica nem lhe foi nomeado defensor público na audiência preliminar na
qual proposta a transação penal. Ordem concedida.
j) HC 93784 / PI - PIAUÍ
HABEAS CORPUS
Relator(a): Min. CARLOS BRITTO
Julgamento: 16/12/2008 Órgão Julgador: Primeira Turma
EMENTA: HABEAS CORPUS. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. DECISÃO
INDEFERITÓRIA DE PROVIMENTO CAUTELAR. SÚMULA 691/STF. ILEGALIDADE
PERCEPTÍVEL DE PLANO. INTERNAÇÃO PREVENTIVA. BREVIDADE E
EXCEPCIONALIDADE, GARANTIDAS CONSTITUCIONALMENTE. EXCESSO DE PRAZO
CONFIGURADO. ILEGALIDADE DA RESTRIÇÃO DA LIBERDADE DO PACIENTE.
ORDEM CONCEDIDA. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido da
inadmissibilidade de impetração sucessiva de habeas corpus, sem o julgamento definitivo daquele
anteriormente impetrado. Tal jurisprudência comporta relativização, quando de logo avulta que o
cerceio à liberdade de locomoção dos pacientes decorre de ilegalidade ou de abuso de poder (inciso
LXVIII do art. 5º da CF/88). 2. No caso, a internação preventiva do paciente extrapola, em muito, o
prazo assinado pelo art. 108 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Do que se segue a
contingência de calibrar valores constitucionais de primeira grandeza: por um lado, o exercício do
poder-dever de julgar (inciso XXXV do artigo 5º da Constituição Federal); por outro, o direito
subjetivo à razoável duração do processo e aos meios que garantam a celeridade de sua tramitação
(inciso LXXVIII do artigo 5º da Constituição Federal), sobretudo quando em jogo a liberdade de
locomoção daqueles a quem a Constituição assegura o mais amplo acesso aos direitos de prestação
positiva e um particular conjunto normativo-tutelar (artigos 227 e 228 da Constituição Federal).
Conjunto normativo-tutelar consagrador dos princípios da brevidade e da excepcionalidade quando
da aplicação de qualquer medida privativa de liberdade contra "pessoas em desenvolvimento",
como é o caso das crianças e dos adolescentes. 3. Ordem concedida, confirmando-se a liminar
deferida.
9. (OAB 2006.2) A respeito dos princípios informativos de direito processual civil e das leis
processuais, assinale a opção correta.
A) O princípio do contraditório é absoluto e deve ser observado pelas partes e pelo juiz, sob pena de
nulidade do processo. O juiz pode, de ofício, conhecer questões de ordem pública
independentemente de provocação, mas o exame de ofício dessas questões deve ser precedido de
plena participação das partes. Também pode o juiz conhecer da matéria independentemente de
provocação, mas é necessário que ele a submeta à manifestação das partes antes de decidir.
B) Quando entra em vigor, alterando alguns prazos processuais, a lei nova não atinge os processos
em andamento e nenhum efeito tem sobre eles, alcançando somente os processos interpostos após a
sua entrada em vigor.
10. (OAB – 2007.2) No âmbito do processo civil, os princípios informativos são regras
predominantemente técnicas, desligados de maior conotação ideológica, sendo, por esta razão,
quase sempre universais. Já os denominados princípios fundamentais do processo são diretrizes
nitidamente inspiradas por características políticas, trazendo carga ideológica significativa,
portanto, válidos para os sistemas ideologicamente afeiçoados aos princípios fundamentais que lhes
correspondam.
Alvim Arruda. Manual de direito processual civil. v. 1, 9.ª ed. São Paulo: RT, p. 23 (com
adaptações).
A respeito do assunto abordado no texto acima, assinale a opção correta.
11. (OAB 2010.2) Ao final da audiência de instrução e julgamento, o advogado do réu requer a
oitiva de testemunha inicialmente não arrolada na resposta escrita, mas referida por outra
testemunha ouvida na audiência. O juiz indefere a diligência alegando que o número máximo de
testemunhas já havia sido atingido e que, além disso, a diligência era claramente protelatória, já que
a prescrição estava em vias de se consumar se não fosse logo prolatada a sentença. A sentença é
proferida em audiência, condenando-se o réu à pena de 6 anos em regime inicial semi-aberto.
Com base exclusivamente nos fatos acima narrados, assinale a alternativa que apresente o que
alegaria na apelação o advogado do réu, como pressuposto da análise do mérito recursal.
(B) A anulação da sentença para que outra seja proferida em razão da violação do princípio da
ampla defesa.
(D) A anulação da sentença para que outra seja proferida em razão da violação do princípio da
ampla defesa, com a correspondente suspensão do prazo da prescrição de modo que o órgão ad
quem se sinta confortável para anular a sentença sem gerar impunidade no caso concreto.