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Juvencio Zeferino Dramusse

Enoe correia Mendes

Amide Cândido Salumine

Luís Ernesto Mepanhia

Sérgio Fanito José

Correntes Antropológicas E Suas Operacionalizações Em Moçambique

Universidade Rovuma

Nampula

2019
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Juvencio Zeferino Dramusse

Enoe correia Mendes

Amide Cândido Salumine

Luís Ernesto Mepanhia

Sérgio Fanito José

Correntes Antropológicas E Suas Operacionalizações Em Moçambique

O presente trabalho é de carácter


avaliativo da Cadeira de
Antropologia Cultural de
Moçambique, a ser apresentado
no Departamento de ESTEC, do
curso Educação Visual, 2º Ano.

Docente: Msc. Zaneide Nala

Universidade Rovuma

Nampula

2019
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Índice
Introdução...................................................................................................................................4
1. Correntes Antropológicas e suas Operacionalizações em Moçambique................................5
1.1. Evolucionismo e sua Operacionalização em Moçambique.................................................5
1.2.Difusionismo e sua Operacionalização em Moçambique.....................................................6
1.3. Funcionalismo e sua Operacionalização em Moçambique..................................................7
1.4. Estruturalismo e Sua Operacionalização em Moçambique.................................................7
Conclusão....................................................................................................................................9
Bibliografia...............................................................................................................................10
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Introdução
O presente trabalho tem como tema as “correntes antropológicas e suas operacionalizações
em Moçambique”, porem este tema visa ao estudo das quatro correntes antropológicas
denominadas por evolucionismo, difusionismo, funcionalismo e estruturalismo em relação a
realidade da cultura moçambicana. Uma vez que cada corrente defende de maneiras diferente
sobre o pressupostos da cultura, mais todas elas tem o mesmo fim, elas abordam que a cultura
não É estática mas sim dinâmica, isso dá-nos a perceber que em relação a realidade de
Moçambique todas as correntes têm operacionalização, uma vez que a cultura de
Moçambique teve que passar por varias transformações, através de influencia de outros povos
ela foi mudando do mais primitivo modo de vida ao mais complexo, Porem estas mudanças
ocorreram de época para época. E por mais que pareça que uma sociedade tenha mudado
completamente os seus costumes, alguns aspectos ainda prevalecem e a diferenciam da
cultura influenciadora. No caso de Moçambique a cultura mais predominante É de influência
estrangeira, mas alguns aspectos como os nossos rituais por exemplo ainda prevalecem
imutáveis,  e isso a difere desses povos estrangeiros.
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1. Correntes Antropológicas e suas Operacionalizações em Moçambique


A priori, segundo a nossa análise, constatamos que uma teoria contradiz a outra em alguns
aspectos, a partir desse pressuposto na elaboração dessas teorias, se fosse em nossa era, tendo
oportunidade de estar presente, nós poderíamos sugerir que, uma teoria não pudesse
contradizer a outra, mais sim uma reforçar a outra. Vejamos, o Evolucionismo diz que a causa
principal da evolução de uma cultura é a Invenção e o Difusionismo considera cultura como
um fenómeno humano por que existe difusão entre povos não por que há invenção. Nós
chegamos a um pressuposto se acontece uma Difusão e uma cultura, não é por que uma
cultura viu a outra como a melhor ou com algo de novo? Logo se acontece uma difusão por
que existe uma inovação. Concordarmos que para Moçambique em particular o Difusionismo
e Evolucionismo caminharam juntos, porque a medida que evoluíamos foi muito mais pela
influência da colonização onde adquirimos novas concepções culturais desde o modo de vida
até nossas crenças.

No caso de Moçambique todas as teorias são operacionais segundo análise feita por nós
ilustrado abaixo:

1.1. Evolucionismo e sua Operacionalização em Moçambique


O evolucionismo é a primeira corrente antropológica, que pressupõe uma unidade psíquica
do ser humano, com esse pressuposto, todos os povos passariam unilenearmente por três (3)
estágios de desenvolvimento sociocultural do mais primitivo modo de vida ao mais complexo
Dentre os três (3) estágios estão:
Estágios Periodos
1. Selvagem Antigo
2. Barbaro Médio
3. Civil Recente
Para esta corrente podemos afirmar que tem operacionalização em Moçambique porque
Moçambique passou por três períodos históricos em que cada um desses períodos enquadram-
se aos estágios do evolucionismo, e esses períodos denominam-se por pré-colonial, colonial e
pós-colonial.
1º Período (Pré-Colonial)
Para Este período histórico de Moçambique é de afirmar que enquadra-se ao estágio
selvagem, porque os primitivos povos de Moçambique eram bosquímanos, caçadores e
recolectores que formaram um grupo denominado por khoisan. Este povo apresentava uma
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cultura indígena, pós estes não tinham habitações fixas, viviam andando de um lugar para o
outro se alimentando de frutas que encontravam e de caças de animais, e isso os caracteriza
como um povo sem sociedade. O povo estava ligado a adoração e cultos de antepassados.

2º Período (Colonial)
Para este período histórico de Moçambique o estágio mais adequado para fazer relação é o
bárbaro, porque com a chegada dos portugueses o povo já havia formado um império
conhecido por impérios dos mwenemutapa. Por tanto nesta época os mercadores portugueses,
apoiados por exércitos privados infiltraram-se no império, firmando acordos e outras vezes
forçando-os, dai que os portugueses decidiram ocupar a força algumas terras. Mais o exército
de Xicundas muitas vezes se opunham a ocupação colonial, que era obrigada a responder
igualmente pela força das armas.

3º Período (Pós-colonial)
Para o 3º período que É o ultimo enquadra-se ao 3º estagio que é o civil, porque após a
conquista da independência o governo de Moçambique teve a missão de restituir ao povo os
direitos que lhes tinham sido negado pelas autoridades coloniais, declarando a nacionalização
da saúde, da educação e da justiça e, em 1976, das casas de rendimento, ou seja qualquer
cidadão residente em Moçambique passou a ter direito a uma casa para habitação. A cultura
passa a tomar um rumo mais moderno influenciado pelos portugueses e pela autonomia do
país.

1.2.Difusionismo e sua Operacionalização em Moçambique


O difusionismo é uma teoria que busca explicar o surgimento de uma cultura em povo ou
sociedade, utilizando diversas chaves históricas para dar veracidade as suas suposições. O
difusionismo cultural explica-nos que uma certa cultura, um certo costume ou invenção muito
importante surgiu apenas em uma região do mundo, e não em várias simultaneamente. Isso
quer dizer que uma cultura ou uma invenção X só foram inventadas uma vez, sendo explicada
a sua existência em locais distantes da origem dessa cultura ou invenção com a troca de
experiencia entre os povos.

Para a corrente difusionista podemos afirmar que tem a sua operacionalidade em


Moçambique a partir do momento em que houve a penetração dos povos estrangeiros. Como
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podemos ver antes do sec. VII os Suahil-Arabes estabeleceram entrepostos comerciais na


costa para troca de produtos, fundamentalmente ouro e marfim por artigos de várias origens,
roupas, tecidos, missangas etc. Por este motivo eles tiveram que se estabelecer por muito
tempo, influenciando até hoje a população da costa moçambicana desde a maneira de vestir
até as suas crenças religiosas (islão).

E com a chegada dos portugueses deixa bem claro que por mais que hajam varias etnias
em Moçambique, a maior parte da sua cultura É de proveniência estrangeira porque a partir da
sua língua oficial que É o português, a religião com mais crestes que É o cristianismo, as suas
arquitecturas, suas civilizações em geral são de proveniência portuguesa.

1.3. Funcionalismo e sua Operacionalização em Moçambique


O funcionalismo é uma corrente antropológica que defende também, que a cultura não é
estática mas sim dinâmica, ela manifesta-se de maneiras diferentes de época para época, e a
sociedade vai se transformando e a cultura também, mas existem aspectos que são imutáveis
dentro dessa sociedade que foi transformada.

Porem a operacionalização desta corrente para Moçambique denota-se a partir do


momento em que dizemos que Moçambique passou por três períodos históricos e como já foi
dito em cada uma dessas fases a cultura foi se manifestando e mudando a sua funcionalidade
de uma época para outra, mas dentro dessas mudanças existem aspectos que foram imutáveis,
que é o caso dos cultos africanos, os ritos de iniciação e a gastronomia local, o mussiro, a
tatuagem dos Macondes, etc. Que ainda são praticados com grandes abundância dentro da
cultura actual de Moçambique.

1.4. Estruturalismo e Sua Operacionalização em Moçambique


Estruturalismo é uma corrente antropológica assim como as outras correntes, defende que
a cultura é dinâmica e não é estática e ela diz que a cultura muda por que a sociedade muda e
a cultura é constituída por vários aspectos, onde a cultura esta ligada a sociedade por que o
homem cria a sociedade, onde qual nessa sociedade tem costumes e hábitos e elas passam a
ser regras.

O estruturalismo em Moçambique enquadra-se muito bem quanto a sua operacionalização,


vejamos, ao conhecer um hábito ou só um costume de um povo, não podemos afirmar que
conhecemos o tal povo. Por exemplo, podemos ver duas mulheres na estrada cá em Nampula
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com mussiro no rosto, logo não podemos afirmar que as duas são macuas, nem se quer ouvir a
voz delas ou procurar saber a sua natureza, é por este motivo para deduzir que as duas
mulheres são macuas deve se saber vários aspectos sobre elas. De um modo geral para
conhecer a cultura Moçambicana é necessário saber: os rituais tendo em conta que rituais
tradicionais decorrem em todo Moçambique no caso de graduação numa instituição tendo em
conta que é rito de passagem, a língua é um aspecto que identifica um individuo de que
cultura pertence, quanto a gastronomia o prato típico também podemos deduzir o que o
individuo que o faz pertence a cultura (x), e a religião é no caso do Norte de Moçambique a
religião muçulmana predomina, no Sul é a religião crista que predomina, e no caso do centro
é uma mistura sendo a maior parte é da religião Cristã e poucos muçulmanos.
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Conclusão
Na nossa analise quanto as teoria antropológicas, na sua elaboração seria melhor uma não
menosprezar a outra, tendo em conta que para conhecer uma cultura segundo Estruturalismo
deve se conhecer vários aspectos culturais, nesse sentido podemos dizer que temos que
conhecer os hábitos e costumes, logo estamos afirmando que o Evolucionismo cultural é uma
das teorias a ser aplicado sabendo que a cultura é dinâmica e não estática, para que essa
cultura seja dinâmica deve conter algo de novo, assim como a invenção e difusão de culturas,
conhecendo os hábitos e costume do tal povo, logo podemos concordar com o funcionalismo
diz que é possível conhecer uma cultura sem estudar-lhe a história. A nossa ideia não foi de
identificar uma teoria sendo a melhor que outra, mais sim como todas elas podem
operacionalizar em Moçambique.
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Bibliografia
MARTINEZ, Francisco Lerma, Antropologia Cultural: Guia de estudo, 7ª edição, Editorial,
Paulinas, Maputo 2014.

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