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ARTIGO ORIGINAL
PIRES, João Felipe de Moraes [1], MARTINS, Daiane Micaelly [2], COELHO, Filipe Alves [3]
PIRES, João Felipe de Moraes. MARTINS, Daiane Micaelly. COELHO, Filipe Alves. Construção de
reatores contínuos: Tanque agitado e Reator Tubular para avaliação de desempenho na
reação de saponificação do Acetato de Etila. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do
Conhecimento. Ano 04, Ed. 10, Vol. 02, pp. 176-200. Outubro de 2019. ISSN: 2448-0959, Link
de
acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-quimica/construcao-de-reator
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Contents
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Construção de reatores contínuos: Tanque agitado e Reator Tubular
para avaliação de desempenho na reação de saponificação do
Acetato de Etila
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
1.1 ESTUDO DA CINÉTICA QUÍMICA DE REAÇÃO – DEFINIÇÃO DA VELOCIDADE DE REAÇÃO
1.2 REAÇÃO DE SAPONIFICAÇÃO DO ACETATO DE ETILA
1.3 REATORES
1.3.1 REATOR DESCONTÍNUO (BATELADA)
1.3.2 REATOR SEMICONTÍNUO
1.3.3 REATORES CONTÍNUOS: REATOR TANQUE AGITADO (CSTR)
1.3.4 REATORES CONTÍNUOS: REATOR TUBULAR (PFR)
2. METODOLOGIA
2.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
2.2 EXPERIMENTO PARA DETERMINAÇÃO DA CINÉTICA DA REAÇÃO DE SAPONIFICAÇÃO DO ACETATO DE
ETILA
2.3 DESENVOLVIMENTO E DIMENSIONAMENTO DOS PROTÓTIPOS – REATOR TANQUE AGITADO
CONTÍNUO E REATOR TUBULAR CONTÍNUO
2.4 ENSAIOS DE COMPARAÇÃO E VERIFICAÇÃO DE DESEMPENHO ENTRE REATORES CONTÍNUOS
TANQUE AGITADO E TUBULAR
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 DETERMINAÇÃO DA CINÉTICA QUÍMICA DA REAÇÃO DE SAPONIFICAÇÃO DO ACETATO DE ETILA
3.2 DESENVOLVIMENTO E DIMENSIONAMENTO DOS PROTÓTIPOS – REATORES CONTÍNUOS TANQUE
AGITADO E TUBULAR
3.3 ENSAIOS DE COMPARAÇÃO E VERIFICAÇÃO DE DESEMPENHO DOS REATORES CONTÍNUOS TANQUE
AGITADO E TUBULAR
4. CONCLUSÕES
5. REFERÊNCIAS
RESUMO
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para avaliação de desempenho na reação de saponificação do
Acetato de Etila
1. INTRODUÇÃO
Os principais e mais conhecidos reatores nas indústrias são: reator em batelada, tanque de
mistura, reator tubular e reator semibatelada. Tais reatores são dimensionados por meio da
velocidade de cada reação, ou seja, sua cinética.
A cinética química tem como finalidade caracterizar e analisar os aspectos que interferem na
velocidade de uma determinada reação química. No estudo da cinética química é importante
considerar alguns fatores como concentração, temperatura, pressão, natureza do solvente e
do substrato para o desenvolvimento dos reatores químicos (FOGLER, 2009). Segundo Fogler
(2009): “A cinética química e o projeto de reatores estão no coração de quase todos os
produtos químicos industriais. É, principalmente, o conhecimento da cinética química e o
projeto do reator que distinguem o engenheiro químico dos outros engenheiros”
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No presente trabalho foram desenvolvidos dois reatores (reator tanque agitado contínuo e
reator tubular), nos quais foram dimensionados para realização de uma reação de
saponificação do acetato de etila. Devido ao comportamento consideravelmente conhecido
dessa reação, a mesma possibilita uma comparação mais detalhada do desempenho de
ambos os reatores. A saponificação do acetato de etila ocorre por meio da substituição do íon
hidroxila ao grupo acetil, enquanto o íon metálico forma um sal orgânico (MORAIS, 2015).
A cinética química trata-se do estudo das velocidades de reação e dos métodos de reação. O
projeto de reatores e a cinética química são partes fundamentais da produção de quase
todos os produtos químicos industriais. Dessa forma, o fracasso ou o sucesso econômico de
uma instalação química industrial está diretamente ligada à seleção de um sistema de
reação que funcione de maneira mais eficiente e segura (FOGLER, 2014).
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de fragrâncias e aromas devido ao odor característico frutal de uva doce com nuances de
cereja (THE GOODS CENTS COMPANY, 2018).
A reação de saponificação do acetato de etila é uma reação química que acontece entre um
éster e uma base inorgânica, obtém-se como produtos finais um álcool e um sal orgânico. O
processo de saponificação do éster, ou seja, do acetato de etila ocorre por substituição do íon
hidroxila ao grupo acetil, enquanto o íon metálico, no caso do trabalho em questão o sódio,
forma um sal orgânico com o íon acetato, continuando ionizado na solução (ATKINS, 2012).
Dessa maneira, quando o acetato de etila é saponificado, ocorre a formação do etanol e do
acetato de sódio, conforme a reação.
Dessa forma, para que um processo seja robusto, é necessário a intervenção de algumas
ferramentas da cinética de reações, tais como a velocidade e a ordem de reação vistas
anteriormente, para consequentemente iniciar o dimensionamento dos reatores.
1.3 REATORES
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Vantagens Desvantagens
Permite altas conversões; Alto custo de mão de obra;
Possui, em geral, tempo de residência bem Variação em algumas características dos produtos
estabelecido; de batelada para batelada;
Flexível para variados tipos de operações; Dificuldade de produção em grande escala;
Facilidade de limpeza; Apresenta controle de temperatura limitado.
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Nos reatores tipo batelada, quanto maior for tempo que os reagentes permanecerem dentro
do reator, maior será a conversão deles em produtos, até que os reagentes sejam totalmente
consumidos ou que o equilíbrio da reação seja atingido. Assim sendo, no projeto de
dimensionamento de reatores tipo batelada, conforme Equação (2), tem-se que a conversão
X é uma função do tempo que os reagentes permanecem no interior no tanque (FOGLER,
2014).
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Vantagens Desvantagens
Fácil controle de temperatura; Operação difícil de analisar;
Facilidade de limpeza; Alto custo por unidade de produto;
Diminuição das reações indesejadas. Complexidade de produção em larga escala.
Fonte: Adaptado de LEVENSPIEL, 2000 e FOGLER, 2014.
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O reator tanque agitado contínuo (CSTR) é conhecido como reator de retromistura ou tanque
de reação, é caracterizado por possuir um agitador que realiza a homogeneização dos
reagentes e produtos em meio a um escoamento contínuo, no qual não existe acúmulo de
reagentes. Esse tipo de reator é muito utilizado em reações que ocorrem em fase líquida
(FOGLER, 2014 e MORAIS, 2015).
Normalmente o CSTR opera suas reações no estado estacionário, tal como Figura 3, onde é
possível verificar os padrões de mistura do mesmo. Não existe dependência espacial ou de
tempo para com a temperatura, concentração ou mesmo velocidade no interior do reator.
Isto é, as medidas dessas variáveis não alteram seus pontos no interior do tanque. Dessa
forma, como a concentração e temperatura são iguais em qualquer ponto no dentro do
tanque de reação, elas apresentaram o mesmo valor no ponto de saída (FOGLER, 2014).
Tal reator pode também ser operado de forma semi-batelada, dessa maneira o mesmo é
parcialmente preenchido com uma parcela dos reagentes e em seguida, progressivamente, é
adicionada a outra parte de reagentes até que se alcance a composição desejada. Por outro
lado, todos os reagentes podem ser carregados de uma única vez e continuadamente
remover os produtos (FOGLER, 2014).
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Vantagens Desvantagens
Necessita de um alto investimento para implementação da
Opera continuamente;
operação continua;
Apresenta uma menor conversão do volume para grande
Apresenta bom controle de temperatura;
parte de suas reações.
Apresenta uma boa mistura e facilidade de
limpeza.
Fonte: Adaptado de FOGLER, 2014.
No dimensionamento dos reatores tipo CSTR, ou seja, para determinar os volumes desse tipo
de reator, é necessário o conhecimento da velocidade de reação, visto anteriormente. Em
teoria o reator tanque agitado é considerado “perfeitamente misturado”, portanto, a
velocidade de reação é calculada nas condições de saída, pois a composição da saída do
reator é igual a composição do interior do mesmo. Dessa forma o volume a ser calculado
para uma conversão XA pode ser verificado na Equação (3) a seguir (FOGLER, 2014).
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O projeto de reator tubular PFR também é detalhado a seguir conforme foi desenvolvido para
o CSTR.
O reator Tubular (PFR) é usado comumente no estado estacionário assim como CSTR. Esse
tipo de reator consiste em um tubo cilíndrico, onde os reagentes são continuamente
consumidos ao decorrer do comprimento do reator. Os reatores tubulares são mais usados
para reações em fase gasosa e devido a sua alimentação de reagentes e retirada de
produtos ser contínua, esse tipo de reator é muito utilizado em processos que operam em
grande escala (FOGLER, 2014).
No reator PFR, conforme apresentado na Figura 4 não existe variação radial de velocidade,
concentração ou temperatura ou velocidade de reação dos componentes ao longo da reação.
No PFR os reagentes são consumidos continuamente ao longo do reator. Durante a
modelagem desse tipo de reator, assume-se que a concentração varia constantemente no
sentido axial no decorrer do cumprimento do tanque, dessa forma, com exceção das reações
de ordem zero, a taxa de reação irá variar axialmente nas reações de outras ordens
(FOGLER, 2014).
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Vantagens Desvantagens
Opera continuamente; Apresenta formação de gradientes de temperatura;
Possui uma maior conversão de volume em Possui elevado custo de investimento para sua
processos contínuos para maioria das reações; implementação;
Possui baixo custo operacional. Facilidade em obter queda de pressão.
Fonte: Elaborada a partir de FOGLER, 2014.
Dessa forma para alcançar o volume necessário para uma conversão X, é preciso separar as
variáveis por meio da integral, adotando as condições de V = 0 e X = 0 para o seu
dimensionamento. Obtendo-se assim a Equação (5) abaixo (FOGLER, 2014).
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Para execução bem como avaliação das equações de projeto dos reatores PFR e CSTR é
preciso saber como a velocidade de reação varia com a concentração – consequentemente,
com a conversão – dos tipos de reagentes. Essa relação foi estabelecida anteriormente no
estudo da cinética química de reação já relatado.
2. METODOLOGIA
ACETATO DE ETILA
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O experimento para determinação da cinética foi realizado em uma indústria privada com um
pHmetro digital da marca Schott Instruments modelo Lab 850, calibrado e com qualidade
assegurada certificada. Dessa forma, com os resultados obtidos, usou-se como referência o
artigo de HADKAR (2018) onde, através das Equações (6), (7) e (8) foi calculado o erro de
alcalinidade apresentado nas leituras de pH das soluções de Hidróxido de Sódio.
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Para dimensionar os reatores tanque agitado e reator tubular, foi preciso estabelecer como
parâmetro a conversão ou volume conforme Equações (3) e (5) respectivamente, no caso
optou-se por fixar o volume em 200 mL (volume do reator tubular). Em relação ao reator
tanque agitado, verificou-se a necessidade de manter o seu nível constante durante toda
reação, onde o somatório das vazões de entrada deve ser igual ao da vazão de saída. Para o
reator tubular verificou-se a importância do comprimento e diâmetro da tubulação, para
assim iniciar o processo de construção de ambos os protótipos.
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Após a realização das titulações com os dados obtidos no experimento dessa reação, foram
calculadas as concentrações por meio da Equação (12) e a constante cinética através da
Equação (13). Na sequência foram desenvolvidos os cálculos referentes às conversões para
comparação de desempenho de ambos os reatores através da Equação.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
No artigo de KUHELI DAS (2011), foi possível verificar um roteiro para determinar os valores
da constante (k0) e energia de ativação (Ea). No presente trabalho utilizou-se da mesma
reação (saponificação do acetato de etila) e foi verificado que k0 apresentou um valor de
7,202 L/mol∙s enquanto o determinado no presente artigo foi de 7,051 L/mol∙s, mostrando
assim, proximidade entre os valores. Já em relação à energia de ativação, no artigo de
KUHELI DAS (2011), foram apresentados valores variados de outros trabalhos (valor médio de
41400 J/mol), porém todos na mesma ordem de grandeza que a energia de ativação deste
trabalho, o que atribui essas variações ao desenvolvimento do experimento, visto que foram
comuns variações nessa ordem de grandeza.
Tabela 7 – Tabela de constantes obtidas via recurso Solver do Excel com os dados da
pHmetria.
Constantes Resultados
Velocidade de reação (k0) 7,051 L/mol.s
Energia de ativação (Ea) 9229,429 J/mol
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Fonte: Autor.
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Nos gráficos foi possível observar que os valores teóricos foram próximos aos valores
experimentais, o que evidencia a efetividade dos resultados experimentais obtidos. É
importante ressaltar que conforme mencionado no tópico da metodologia para determinação
da cinética de reação, calculou-se o erro de alcalinidade conforme artigo de HADKAR (2018),
onde os erros são apresentados na Tabela 8.
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o caso entre hidróxido de sódio 0,1 mol/L e acetato de etila 0,1 mol/L.
AGITADO E TUBULAR
O resultado final, foi a construção do reator tubular no material cobre, que além de ser um
material prático de se trabalhar não comprometeu a efetividade da reação.
No projeto, a estrutura para os protótipos foi composta por duas placas de madeira MDF com
as seguintes dimensões: uma com 1,20 m x 1,00 m e a outra 0,80 m x 1,0 m. Além disso
foram utilizadas 5 válvulas 1/4 tipo agulha e 2 tês 1/4 para ligação das tubulações aos
reatores, o que possibilita a operação individual ou simultânea de ambos os reatores. Para os
reservatórios dos reagentes foram utilizados dois funis de separação com capacidade de um
litro. Na construção dos reatores foram utilizados materiais distintos, no caso do PFR o
mesmo foi construído com uma tubulação 3/8 de 2,60 metros de comprimento. Já o reator
tanque agitado foi composto por um frasco mariotte com volume de 1 litro.
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Figura 11 – Resultado final do projeto dos reatores contínuos tanque agitado e tubular.
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Conforme relatado anteriormente sobre o ajuste das vazões, definiu-se uma vazão de 25
mL/min para cada reagente e 50 mL/min na saída de cada reator. As vazões foram medidas e
posteriormente validadas com auxílio de uma proveta de 25 mL e um cronômetro de celular.
É importante ressaltar que o experimento foi realizado na temperatura de 25º C. A Figura 12
retrata o momento de realização dos testes de vazões.
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conversões obtidas.
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Conforme pode ser visualizado nas Figuras 13 e 14, as áreas sombreadas representam o
volume estimado de cada reator de acordo com sua conversão teórica, onde o volume é
definido conforme as Equações (3) e (5) para CSTR e PFR respectivamente. Ambas as áreas
apresentam valor próximo de 200 mL para o volume dos reatores.
Com os dados obtidos por meio do experimento da titulometria, foi possível obter as
conversões experimentais dos reatores através da Equação (14). Os dados podem ser
verificados na Tabela 13.
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Nos resultados das conversões, tanto teóricas como experimentais, é evidente o melhor
desempenho do reator tubular. Nas Figuras 13 e 14 dos gráficos de Levenspiel foi possível
verificar que a área sob a curva (volume do PFR) é igual a área retangular correspondente ao
volume do CSTR, ou seja, mesmo com os volumes iguais o reator tubular apresentou um
melhor resultado de conversão conforme prevista em teoria, onde de forma geral os reatores
tubulares apresentam maior conversão para a maioria de suas reações.
4. CONCLUSÕES
A realização dos ensaios de pHmetria, assim como a titulometria foram eficazes, pois
conforme os artigos estudados na teoria, os resultados obtidos em ambos os experimentos
foram convergentes aos apresentados na teoria, evidenciando assim a efetividade do estudo
realizado neste trabalho.
Em relação à execução dos ensaios nos protótipos propriamente ditos, pode-se concluir que
houve dificuldades no que envolveu a vazão dos reagentes para os reatores. Isso pois, como
trabalhou-se com uma vazão muito baixa, a utilização das válvulas tipo “agulha”
ocasionaram certa dificuldade para se manter constante, necessitando assim de diversos
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De modo geral no que diz respeito à conversão de cada reator, pode-se concluir que o reator
PFR apresentou um melhor desempenho operacional, além de uma maior conversão para o
volume de 200 mL pré-definido. Já o reator tanque agitado possui uma maior facilidade de
limpeza se comparado ao reator tubular. Assim, pode-se concluir que ambos os reatores
possuem aplicações específicas e a elaboração deste artigo permitiu comprovar a literatura
com a prática.
5. REFERÊNCIAS
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente.
5. Ed. – Porto Alegre: Bookman, 2012.
FOGLER, H. Scott. Elementos de Engenharia das Reações Químicas. 4a edição. Rio de Janeiro:
Editora LTC, 2009.
FOGLER, H. Scott. Cálculo de reatores: o essencial da engenharia das reações químicas.1. ed.
– Rio de Janeiro: LTC, 2014.
LEVENSPIEL, O. Engenharia das reações químicas. 3. Ed. – São Paulo: Blucher, 2000.
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[1]
Estudante de Engenharia Química pela Universidade São Francisco.
[2]
Estudante de Engenharia Química pela Universidade São Francisco.
[3]
Professor na Universidade São Francisco, Doutor em engenharia química pela Unicamp,
Mestre em engenharia química pela Unicamp, Graduação em engenharia química pela
Universidade Federal e Alagoas.
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