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Administração
1. FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
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A seguir, a figura que representa o Processo Administrativo, suas funções e atividades.
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1.1. Planejamento
•• Decidir antecipadamente aquilo que deve ser feito, como, quando e quem deve fazer
(Koontz et al.).
•• Processo de estabelecer objetivos e determinar o que deve ser feito para alcançá-los
(Schermerhorn).
•• Meios: caminho para chegar ao estado futuro – estratégias, políticas, projetos, processos, etc.
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Djalma Oliveira (2013) cita princípios gerais do Planejamento:
1. Contribuição aos objetivos – o planejamento deve sempre visar aos objetivos máximos da
organização. Deve-se hierarquizar os objetivos estabelecidos e procurar alcançá-los em sua
totalidade, tendo em vista a interligação entre eles.
2. Precedência do planejamento – é uma função administrativa que vem antes das outras
(organização, direção e controle).
3. Maior penetração e abrangência – pode provocar uma série de modificações nas caracte-
rísticas e atividades da empresa (pessoas, tecnologia, materiais, etc.).
4. Maior eficiência, eficácia e efetividade – deve procurar maximizar os resultados e minimi-
zar as deficiências.
O planejamento gera uma série de benefícios, entre eles:
•• Foco e comprometimento – convergência e coordenação dos esforços
•• Flexibilidade – maior capacidade de adaptar-se ao ambiente
•• Agilidade, coordenação e maior embasamento na tomada de decisões
•• Eficiência na utilização dos recursos (pessoas, finanças, materiais, tempo, etc.)
•• Definição de prazos e de métodos de controle dos resultados
1.2. Organização
O processo de organizar criar a estrutura da empresa de modo a facilitar o alcance dos resul-
tados. Em outras palavras, é alocar/dispor os recursos humanos e materiais em uma estrutura
organizacional que facilite a realização dos objetivos.
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Está relacionada à estrutura das áreas de uma organização, à divisão interna do trabalho, à alo-
cação de recursos, à coordenação de esforços, etc., representando os meios para se colocar em
prática as outras funções administrativas: o planejamento, a direção e o controle.
Envolve identificação, análise, ordenação e agrupamento das atividades e recursos, visando ao
alcance dos resultados estabelecidos pelo planejamento. Reúne as pessoas e os equipamentos
e estabelece relações de responsabilidade e autoridade.
A organização, portanto, é a maneira pela qual as atividades são divididas, organizadas e coor-
denadas: atribuição de tarefas, agrupamentos de tarefas em equipes ou departamentos e alo-
cação dos recursos necessários nessas instâncias. É o processo de distribuir, arranjar e alocar o
trabalho, estabelecer a autoridade e os recursos entre os órgãos para que possam ajudar a al-
cançar os objetivos organizacionais. Assim, a organização é o processo de engajar as pessoas
em um trabalho conjunto, de maneira estruturada para alcançar objetivos comuns.
Organograma é a representação gráfica de
determinados aspectos da estrutura organizacional
(figura ao lado).
São duas as formatações básicas da estrutura organiza-
cional:
1. Estrutura formal é aquela representada pelo orga-
nograma, estatutos e regras. Procura consolidar,
ainda que de forma geral, a distribuição das res-
ponsabilidades e autoridades pelas unidades orga-
nizacionais da empresa.
2. Estrutura informal é a rede de relações sociais e
pessoais que não é formalmente estabelecida pela
empresa, as quais surgem e se desenvolvem es-
pontaneamente, e, portanto, apresenta situações
que não aparecem no organograma.
A estrutura informal complementa a estrutura formal; proporciona maior rapidez no processo
decisório; reduz distorções da estrutura formal; reduz a carga de comunicação dos chefes; mo-
tiva e integra as pessoas. Ao mesmo tempo, pode gerar problemas como o desconhecimento
da realidade empresarial pelas chefias, a maior dificuldade de controle e a possibilidade de
atritos entre as pessoas.
A função organizar abrange necessariamente quatro componentes:
•• Tarefas: trabalho realizado em uma empresa, normalmente fragmentado por um processo
de divisão de trabalho, que provoca a especialização de atividades e de funções.
•• Pessoas: cada pessoa é designada para ocupar um cargo, que é uma parte específica do
trabalho global. Essa designação deve considerar habilidades, aptidões, interesses, experi-
ência e comportamento de cada pessoa.
•• Órgãos: as tarefas e as pessoas são agrupadas em órgãos, como divisões, departamentos
ou unidades da organização.
•• Relações: entre os órgãos componentes da organização e entre as pessoas com relação ao
seu trabalho.
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Os níveis da organização são:
1.3. Direção
Seguindo o fluxo do Processo Organizacional, logo após o Planejamento e a Organização, há a
Direção, função administrativa que trata das relações interpessoais dos gestores com seus res-
pectivos subordinados. É o processo de trabalhar com pessoas para possibilitar a realização de
objetivos.
A direção representa a implantação daquilo que foi planejado e organizado, ou seja, dinami-
za a empresa, faz as coisas acontecerem. Para tanto, usa-se a competência interpessoal para
ativar e movimentar as pessoas a alcançarem os objetivos organizacionais, por meio de rela-
cionamentos, interação, influência, liderança, comunicação e motivação. A direção representa,
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A evolução supracitada é condizente com as Teorias X e Y de Douglas McGregor. O autor pôs
em evidência a filosofia do gestor sobre a natureza humana e a sua relação com a motivação
dos subordinados. Segundo ele, os gestores tendem a desenvolver um conjunto de crenças
ou ideias sobre os empregados, as quais podem ser divididas em dois grupos, com visões
antagônicas – a Teoria X e a Teoria Y.
•• De acordo com os pressupostos da Teoria X, as pessoas: são preguiçosas e indolentes; evi-
tam o trabalho; evitam a responsabilidade para se sentirem mais seguras; precisam ser
controladas e dirigidas; são ingênuas e sem iniciativa. Se o gestor tem essa visão negati-
va das pessoas, ele tende a ser mais controlador e repressor, a tratar os subordinados de
modo mais rígido, a ser autocrático, a não delegar responsabilidades.
•• Nas pressuposições da Teoria Y, o trabalho é uma atividade tão natural como brincar ou
descansar, portanto, as pessoas: são esforçadas e gostam de ter o que fazer; procuram e
aceitam responsabilidades e desafios; podem ser automotivadas e autodirigidas; são cria-
tivas e competentes. Como o gestor acredita no potencial dos funcionários, ele incentiva a
participação, delega poderes e cria um ambiente mais democrático e empreendedor.
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1.4. Controle
Controlar significa garantir que aquilo que foi planejado seja bem executado e que os objeti-
vos estabelecidos sejam alcançados adequadamente.
Busca manter a organização no caminho adequado para alcance dos objetivos e permitir as cor-
reções necessárias para atenuar ou corrigir os desvios.
A essência do controle, portanto, é a comparação entre aquilo que foi planejado e aquilo que
está sendo executado, para verificar se tudo está funcionando da maneira certa e no tempo
certo. Para isso, são fornecidas as informações e a retroação, de forma a manter as operações
dentro do curso correto de ação. A comparação do desempenho real com o que foi planejado
não busca apenas localizar as variações, erros ou desvios, mas também localizar dificuldades e
pontos passíveis de melhoria ao longo do processo. Dessa forma, o controle permite a chama-
da "melhoria contínua" para que as operações futuras possam alcançar melhores resultados.
O controle é algo universal: todas as atividades humanas fazem uso de algum tipo controle,
consciente ou inconscientemente. Além disso, abrange todos os níveis organizacionais:
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Nível Tipo de Extensão do
Conteúdo Amplitude
organizacional Controle tempo
Genérico, Macro-orientado. Aborda a
Institucional Estratégico sintético e Longo Prazo empresa como uma totalidade
abrangente – desempenho global
Menos
genérico Aborda cada unidade
Intermediário Tático e mais Médio prazo (departamento)
detalhado que separadamente
o estratégico
Detalhado,
Micro-orientado. Aborda
Operacional Operacional específico e Curto prazo
cada tarefa ou operação
analítico
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Questões
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III – Tarefas, pessoas, órgãos e relações Para isso, está estabelecendo uma série de
constituem os quatro componentes da fun- padrões que deverão ser atendidos nos di-
ção administrativa de controle. ferentes processos que são realizados na
IV – Na função controle, assegura-se que os produção e que servirão como indicadores
resultados que foram planejados, organiza- de desempenho.
dos e dirigidos estejam de acordo o quanto Ao estabelecer padrões para seus processos
possível com os objetivos estabelecidos. e indicadores de desempenho, que função
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s) da administração a empresa está realizando?
a) II. a) Planejamento
b) I e IV . b) Direção
c) II e IV. c) Controle
d) I, II e IV. d) Organização
e) I, III e IV. e) Coordenação
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16. (14414) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO 19. (14459) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Controle, Funções da Administra- GERAL – Funções da Administração,
ção, Processo Organizacional Controle, Processo Organizacional
O controle consiste em ferramenta adminis- Entre as funções administrativas no processo
trativa para a reunião e a coordenação dos organizacional, o controle compreende a:
recursos humanos, financeiros, físicos, de
informação e outros necessários ao atendi- a) emissão de ordens, instruções, comu-
mento dos objetivos organizacionais esta- nicação, motivação, liderança e coorde-
belecidos. nação.
b) definição de objetivos, o diagnóstico da
( ) Certo ( ) Errado situação e um prognóstico a partir das
informações diagnosticadas.
c) definição de missão, visão, metas estra-
17. (14408) COPESE – UFT – 2012 ADMINISTRA- tégicas e cenários prospectivos.
ÇÃO GERAL – Planejamento, Funções da Ad- d) definição de padrões, avaliação do de-
ministração, Processo Organizacional sempenho, comparação do desempe-
O processo administrativo é constituído por nho com o padrão estabelecido e ação
quatro funções básicas: planejar, organizar, corretiva.
dirigir e controlar. e) definição de metas, controle de proces-
sos, correção de procedimentos e feed-
Sobre a função planejar é CORRETO afirmar back do processo.
que:
a) Determina as atividades específicas ne- 20. (74386) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
cessárias ao alcance dos objetivos. GERAL Funções da Administração, Processo
b) Define os objetivos e escolhe antecipa- Organizacional
damente o melhor curso de ação para Acerca das funções e do processo da admi-
alcançá-los. nistração, julgue os itens que se seguem.
c) Dá instruções de como executar os pla-
nos para alcançar os objetivos. Definir a missão da organização, designar as
d) Estabelece padrões ou critérios do de- pessoas, dividir o trabalho e definir e controlar
sempenho desejado. o desempenho são funções da administração
relacionadas, respectivamente, ao planeja-
18. (14456) CESPE – 2012 – ADMINISTRAÇÃO mento, à organização, à direção e ao controle.
GERAL – Funções da Administração, Contro- ( ) Certo ( ) Errado
le, Processo Organizacional
O processo de administração adequada- 21. (74374) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
mente executado envolve atividades como GERAL – Funções da Administração, Proces-
planejar, organizar, liderar e controlar. Com so Organizacional
relação ao processo administrativo, julgue
os itens a seguir. O planejamento estabelece o alicerce para
as funções de organizar, dirigir e controlar.
Comparar o desempenho alcançado com o
previsto e adotar medidas corretivas são ca- ( ) Certo ( ) Errado
racterísticas do processo de controle.
( ) Certo ( ) Errado
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22. (75790) FGV – 2014 – ADMINISTRAÇÃO GE- 24. (14371) CESPE – 2012 – ADMINISTRAÇÃO
RAL – Funções da Administração, Processo GERAL – Processo Organizacional, Funções
Organizacional da Administração
Em todas as áreas de uma organização, os Julgue os itens que se seguem, relativos a
administradores exercem funções de planeja- funções administrativas e ambiente organi-
mento, organização, direção e controle. É uma zacional.
atividade de organização na área de finanças:
No processo de tomada de decisões e de
a) avaliação do desempenho financeiro da realização de ações, entre os aspectos mais
organização; importantes da administração encontram-
b) elaboração de projetos de investimento; -se o planejamento, a organização, a dire-
c) implementação de política de ção e o controle.
participação nos lucros;
d) aplicação dos recursos financeiros; ( ) Certo ( ) Errado
e) controle dos custos de produção.
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Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.
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Gabarito: 1. (74888) Errado 2. (74913) E 3. (71636) B 4. (74397) Errado 5. (74394) D 6. (82684) Certo 7. (82689) Errado
8. (81586) C 9. (81585) B 10. (102251) Errado 11. (102250) Errado 12. (74392) D 13. (74391) C 14. (14455) C
15. (14418) Errado 16. (14414) Errado 17. (14408) B 18. (14456) Certo 19. (14459) D 20. (74386) Errado
21. (74374) Certo 22. (75790) D 23. (14460) D 24. (14371) Certo
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Administração
Aula XX
2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Djalma Oliveira também relaciona três tipos de Filosofias de planejamento, pois, “todo
planejamento se subordina a uma filosofia de ação”:
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1. Satisfação (Conservador): busca alcançar um mínimo de satisfação, fazer as coisas “sufi-
cientemente bem”, sem esforços extras para superar as expectativas. É considerada uma
filosofia conservadora/defensiva, voltada para a estabilidade e a manutenção da situação
existente em um ambiente previsível e estável. Busca identificar e sanar problemas inter-
nos, conservando as práticas vigentes. Sua base é retrospectiva – aproveita a experiência
passada para projetar o futuro, assegurar a continuidade do sucesso.
2. Otimização: busca mais que a satisfação, procura fazer “tão bem quanto possível”. É analítica,
voltada para a inovação e a melhoria incremental dentro da organização – melhorar as práticas
vigentes. Busca assegurar a reação adequada às mudanças; maximizar o desempenho da orga-
nização, utilizando melhor os recursos disponíveis. Utiliza técnicas matemáticas, estatísticas e
simulações.
3. Adaptação: é o planejamento inovativo, voltado para as contingências, dando mais valor ao pro-
cesso de planejar do que ao plano em si. Busca antecipar-se, ser proativo. Exige diferentes planos
dependendo do conhecimento em relação ao futuro (certeza, incerteza ou ignorância) e busca a
homeostase – equilíbrio interno e externo após uma mudança. Foco nas contingências, no futuro
– antecipar eventos e identificar ações adequadas em um ambiente dinâmico e incerto.
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2.1.3. Planejamento Operacional
Os planos operacionais especificam atividades e recursos que são necessários para a realização
dos objetivos.
É direcionado às unidades operacionais básicas, a cada atividade. É o desdobramento dos pla-
nos táticos, seu foco está no curto prazo e, como o próprio nome já define, está voltado espe-
cificamente às tarefas e às operações, ou seja, para o dia a dia da organização (procedimentos,
orçamentos, programas, regulamentos, etc.).
O processo de planejamento operacional compreende, basicamente, as seguintes etapas:
2.1.4. Resumo
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Questões
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5. (74899) ESAF – 2012 – ADMINISTRAÇÃO GE- 8. (81608) CESGRANRIO – 2014 ADMINISTRA-
RAL – Planejamento Estratégico, Visão Geral ÇÃO GERAL – Níveis de Planejamento
do Planejamento, Processo Organizacional,
Planejamento, Gestão Estratégica Uma empresa do setor de energia está ela-
borando o seu planejamento para um perío-
São princípios do planejamento que com- do de 5 anos. Assim, fez um estudo do setor
põem a administração estratégica, exceto: e de suas projeções para o mesmo período.
a) Inerência. Com base nesse estudo, projetou as amea-
b) Universalidade. ças e as oportunidades que a empresa en-
c) Fracionamento. frentará. Também fez uma análise interna,
d) Previsão. identificando suas fraquezas e suas forças,
e) Flexibilidade. frente à concorrência.
6. (74910) CESGRANRIO – 2014 – ADMINIS- Qual o tipo de planejamento realizado?
TRAÇÃO GERAL – Níveis de Planejamento,
Processo Organizacional, Planejamento a) operacional de médio prazo, com análi-
se das forças e fraquezas da empresa.
As organizações, de maneira geral, apresen- b) tático de longo prazo, com análise das
tam diferentes níveis hierárquicos e cada um ameaças e oportunidades existentes no
tem um papel distinto na gestão da empresa. mercado.
Cada nível tem, atrelado a si, sua atuação e c) estratégico de longo prazo, com análise
abrangência. do ambiente interno e análise do cená-
rio macroeconômico.
Assim, o nível d) técnico de médio prazo, com análise do
ambiente interno e das forças e fraquezas.
a) operacional tem atuação de longo prazo e) gerencial de longo prazo, com análise
e abrangência parcial, envolvendo uma do setor e suas projeções e da concor-
unidade da organização. rência.
b) tático tem atuação operacional e
abrangência específica, envolvendo
uma determinada operação.
c) gerencial tem atuação de curto prazo
e abrangência global, envolvendo uma
determinada operação.
d) técnico tem atuação intermediária e
abrangência parcial, envolvendo uma
unidade da organização.
e) institucional tem atuação estratégica e
abrangência global, envolvendo toda a
organização.
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11. (74381) IADES – 2014 – ADMINISTRAÇÃO GERAL – Níveis de Planejamento, Processo Organiza-
cional, Planejamento
Em relação ao planejamento da ação empresarial, assinale a alternativa que apresenta uma
característica do planejamento tático.
a) É o planejamento de médio prazo que tem por escopo abranger cada departamento da
empresa separadamente.
b) O nível hierárquico mais elevado da organização será responsável pela elaboração desse
planejamento.
c) O objetivo desse planejamento é abranger a empresa em sua totalidade.
d) O planejamento tático também é conhecido como planejamento estratégico.
e) É o planejamento definido para cada tarefa ou atividade específica da empresa.
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12. (14395) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO GE- 15. (14406) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
RAL – Níveis de Planejamento, Planejamen- GERAL – Níveis de Planejamento, Planeja-
to, Processo Organizacional mento, Processo Organizacional
O nível de planejamento que tem como ob- Julgue os itens que se seguem, com relação
jetivo otimizar determinada área, e não a ao processo administrativo.
organização como um todo, é o A elaboração dos protocolos de atendimento
a) setorial. ao público desenvolvidos nos postos de saú-
b) operacional. de é exemplo de planejamento estratégico.
c) estratégico.
d) departamental. ( ) Certo ( ) Errado
e) tático.
13. (14394) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO GE- 16. (14407) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
RAL – Níveis de Planejamento, Planejamen- GERAL – Níveis de Planejamento, Planeja-
to, Processo Organizacional, Planejamento mento, Processo Organizacional
Estratégico, Gestão Estratégica Julgue os itens que se seguem, com relação
Sobre o Planejamento Estratégico, analise: ao processo administrativo.
I – É o mesmo que planejamento, mas com O desenvolvimento de um plano de metas
ênfase no aspecto de longo prazo dos objeti- genéricas para os próximos 20 anos, com
vos. aspectos de prevenção de doenças e cons-
II – É o mesmo que planejamento, porém com trução de novos hospitais em todo o Brasil,
ênfase no aspecto de curto prazo dos objetivos. é um exemplo de planejamento operacional.
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Gabarito: 1. (74400) B 2. (74393) D 3. (74390) B 4. (74389) D 5. (74899) C 6. (74910) E 7. (102359) Certo 8. (81608) C
9. (98604) B 10. (74387) B 11. (74381) A 12. (14395) E 13. (14394) C 14. (14382) B 15. (14406) Errado 16. (14407) Errado
17. (74379) B 18. (74373) B 19. (14409) E 20. (14378) A
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Não há consenso na literatura sobre a quantidade e a ordem das fases/etapas do planejamen-
to estratégico. Alguns administradores preferem definir os objetivos primeiro e depois fazer o
diagnóstico e estabelecer as estratégias; outros priorizam o diagnóstico (análise das ameaças e
oportunidades, forças e fraquezas) e somente depois definem os objetivos e as estratégias. Além
disso, a situação muda frequentemente, por isso, as análises devem ser feitas continuamente,
para acompanhar a evolução de todas as variáveis que afetam a organização. As decisões dos
administradores criam novas situações, que precisam ser acompanhadas. Desse modo, o planeja-
mento da estratégia é um processo contínuo e não um procedimento burocrático periódico.
Obs: Plano Estratégico é o nome que se dá ao resultado do processo de planejamento estraté-
gico. O plano, portanto, é o produto do planejamento, é o documento que contém as diretrizes e
decisões estratégicas de uma organização.
As etapas genéricas são:
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S Strengths (forças)
Análise Interna
W weaknesses (franquezas)
O Opportunities (oportunidades)
Análise Externa
T Threats (ameaças)
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No Planejamento Estratégico, a Matriz SWOT é usada para fazer análise das relações do
ambiente externo (ameaças e oportunidades) com o potencial interno da organização (forças e
fraquezas).
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2.2.2.1. Missão
A missão é uma declaração sobre a razão de ser da organização: o que a organização é, qual
seu propósito e como pretende atuar no seu dia a dia. Representa sua identidade, portanto,
traduz o sistema de valores e é duradoura (atemporal).
Não pode ser ampla demais (sob risco de não especificar o que a organização faz), nem
restrita demais (a ponto de minimizar as ações da organização). A declaração de missão deve
responder “por que existimos?”. A missão está ligada diretamente aos objetivos institucionais e
aos motivos pelos quais a organização foi criada, na medida em que representa a sua razão de
ser. Não deve ser confundida com os produtos ou serviços ofertados pela instituição.
Em geral, a missão está alinhada com os seguintes aspectos:
•• A razão de ser da organização;
•• O papel na sociedade;
•• A natureza do negócio.
2.2.2.2. Visão
A visão representa aquilo que a organização deseja ser no futuro. Busca criar uma imagem
que desafie e mobilize as pessoas. É estabelecida sobre os fins da instituição e corresponde à
direção suprema que a organização busca, ao destino que se pretende transformar em realida-
de.
A visão de futuro é aquela que detecta os sinais de mudança, identificando oportunidades e
ameaças, e direciona os esforços, inspirando e transformando produtivamente um propósito
em ação, em fato concreto.
Características da visão:
•• Situação altamente desejável, aquilo que a organização quer ser no futuro;
•• Desafiadora, mas possível, com potencial de mobilização;
•• Clara e concisa;
•• Coerente com a missão;
•• Característica temporal – longo prazo, mas não permanente.
Poder Judiciário: ser reconhecido pela Sociedade como instrumento efetivo de justiça, equidade
e paz social.
Receita Federal: ser uma instituição de excelência em administração tributária e aduaneira,
referência nacional e internacional.
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2.2.2.3. Valores
Em resumo, pode-se dizer que objetivos são os fins ou os estados futuros que se desejam
alcançar por meio da aplicação de recursos.
No Planejamento Estratégico, os objetivos são desafios que, se alcançados, são suficientes para
a concretização da visão de futuro da organização. Representam um conjunto de prioridades
que esclarecem o que a estratégia quer alcançar e o que é crítico para o seu sucesso. São de
longo prazo e cobrem a organização como um sistema global.
Nos objetivos estratégicos, os resultados pretendidos incidem sobre os grandes desafios institu-
cionais e, portanto, devem ser definidos por pessoas pertencentes ao nível estratégico da organi-
zação (alta administração), que determinarão os pontos de concentração de seus esforços.
Devem ser coerentes com a missão, visão e os valores da organização e estar de acordo com os
recursos humanos, físicos, tecnológicos, políticos e financeiros. Os prazos porventura estabele-
cidos devem ser plausíveis.
Caracterizam-se por serem aceitáveis, flexíveis, mensuráveis, motivadores, inteligíveis e alcan-
çáveis.
Exemplo de alguns objetivos estratégicos: aperfeiçoar a aplicação dos recursos; ampliar e ade-
quar a rede de atendimento; desenvolver cultura voltada aos valores, aos resultados e à res-
ponsabilidade socioambiental; promover a valorização e a qualidade de vida das pessoas; sim-
plificar e desburocratizar normas e processos e uniformizar procedimentos.
2.2.2.5. Metas
Meta é um nível de desempenho que deve ser medido e realizado dentro de determinado pra-
zo. É uma etapa a ser realizada para o alcance do objetivo ou da missão. Exemplo: diminuir em
5% os casos de câncer de mama no prazo de cinco anos no Rio Grande do Sul.
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As metas devem refletir a realidade atual da organização e devem servir de motivação para a
melhoria dos processos e identificação de aspectos falhos. Se uma meta não é alcançada, ou
ela está superestimada ou existe algum problema no processo que precisa ser tratado.
Existe um acrônimo conhecido que auxilia a definição correta de metas: S.M.A.R.T.
S – Specific (Específico) – não se deve deixar espaço a interpretações duvidosas. Quanto mais
detalhada for a meta, melhor será sua compreensão e maiores suas chances de ser atingida.
Por exemplo, em vez de definir “aumentar as vendas em 10%”, uma meta melhor seria “obter
10% no aumento de vendas nacionais na área de negócios A pela equipe X, no próximo ano fis-
cal, sem redução da margem de lucros e mantendo o nível de satisfação do cliente”.
M – Measurable (Mensurável) – qualquer meta que não possa ser claramente medida, ou
transformada em um número, permite a manipulação e a interpretação para que os interessa-
dos a considerem atingido ou não.
A – Attainable (Atingível) – devem ser agressivas, mas nunca impossíveis de atingir. Definir núme-
ros que nunca poderão ser obtidos causa frustração e desânimo. O “A” também é algumas vezes
chamados de “Agreed Upon” (feito em comum acordo). Isso significa que todos os envolvidos na
definição e execução da meta a conhecem e estão de acordo com sua viabilidade e seus benefícios.
R – Realistic (Realista) – ao considerar o realismo, deve-se pensar em fatores como: A equipe
aceitará perseguir o objetivo? Esse objetivo está alinhado com a missão e visão da organização?
Algum princípio ético é ferido com esse objetivo?
T – Timely (Em Tempo) – significa que, além do início e do fim do período de busca da meta se-
rem bem definidos, esse período não deve ser tão curto que a torne impossível, nem tão longo
que cause dispersão da iniciativa com o tempo. O T também pode ser “Tangible” (Tangível) –
uma meta que possa ser sentida e observada tem maior chance de ser realizada.
•• Obs.: alguns autores tratam objetivo como sinônimo de meta. Entretanto, a diferença está
em que o objetivo estratégico costuma ser um alvo qualitativo, enquanto a meta é um alvo
quantitativo. Meta é a quantificação de um objetivo.
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TRT-Brasil – Administração – Prof. Rafael Ravazolo
2.2.3.3. Benchmarking
É o processo de análise referencial da empresa perante outras empresas do mercado, incluindo
o aprendizado do que essas empresas fazem de melhor, bem como a incorporação dessas re-
alidades de maneira otimizada e mais vantajosa para a empresa que aplicou o benchmarking.
É um processo que visa comparar as melhores práticas do mercado, avaliando produtos, servi-
ços e práticas daquelas organizações que são reconhecidas como líderes.
Ex.: a empresa X quer melhorar seus resultados. Para isso, ela avalia produtos, serviços e proces-
sos de trabalho da empresa Y (que é reconhecida como a detentora das melhores práticas no
mercado), com a finalidade de comparar desempenhos e identificar oportunidades de melhoria.
Essa avaliação pode ser aplicada a qualquer função – produção, vendas, recursos humanos, en-
genharia, pesquisa e desenvolvimento, distribuição, etc. – e produz melhores resultados quan-
do implementada na empresa como um todo.
2.2.3.4. Stakeholders
Também chamados de partes interessadas, são as pessoas, grupos ou entidades afetadas pela
atividade da organização, ou que possuem interesse em quaisquer processos executados ou
resultados gerados pela mesma.
•• Stakeholders primários: indivíduos ou grupos que exercem impacto direto sobre a organi-
zação – empregados, fornecedores, clientes, concorrentes, investidores e proprietários.
•• Stakeholders secundários: indivíduos ou grupos que não estão diretamente ligados às ativi-
dades da organização, mas que podem exercer influência sobre ela – governo, ONG, comu-
nidade, imprensa, etc.
Obs.: não confundir com shareholders, que são os acionistas, ou seja, todos aqueles que pos-
suem parte da organização.
Exemplo: uma associação de pescadores é parte interessada na construção de uma hidrelétri-
ca, pois essa vai transformar o rio de onde retiram seu sustento. Da mesma forma, os fornece-
dores do material da represa, a comunidade beneficiada com a riqueza decorrente da obra, os
acionistas privados – se houver –, os trabalhadores, os sindicatos, as ONGs preocupadas com o
impacto ambiental e o governo são alguns dos stakeholders.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1935
Questões
www.acasadoconcurseiro.com.br 1937
trazendo uma estimativa de que seus pro- 7. (79203) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
dutos teriam um aumento de demanda de GERAL – Planejamento Estratégico, Gestão
cerca de 45%, a cada ano, para os próximos Estratégica
três anos. Considerando as informações Julgue o item a seguir, referente a aspectos
apresentadas e com base em conhecimen- diversos da administração pública moderna.
tos de planejamento, assinale a alternativa
correta quanto à análise desse cenário, a O conjunto de decisões que determinam
partir da matriz FOFA (SWOT). o desempenho das organizações no curto
prazo constitui o planejamento estratégico.
a) Por se tratar de uma oportunidade de No médio ou longo prazo, esse conjunto é
mercado, trata-se de uma força interna denominado gestão estratégica.
da empresa.
b) Deve ser visto como uma ameaça, pois ( ) Certo ( ) Errado
pode demonstrar uma fraqueza da em-
presa que não conseguiu atingir todo o
8. (74892) CEFET – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
mercado disponível no período atual.
GERAL – Planejamento Estratégico, Gestão
c) Por meio de um plano de melhorias para
Estratégica
suas fraquezas internas, utilizando as pró-
prias forças, a empresa deve enfrentar as A ideia central da técnica do Benchmarking
ameaças externas, buscando aproveitar prende-se
as oportunidades geradas pelo mercado, a) à procura de uma visão de conjunto dos
visando atingir os objetivos traçados. fatores críticos de sucesso.
d) A empresa deve esquecer suas fraque- b) à estratégia de explorar produtos tradi-
zas e concentrar-se nas próprias forças, cionais em um mercado tradicional.
para conseguir acompanhar o cresci- c) ao papel que a organização desempe-
mento do mercado. nha para seus clientes e para as partes
e) Ameaças e oportunidades são geradas a interessadas.
partir da análise do ambiente interno à d) à busca das melhores práticas da admi-
organização, quanto às forças e fraque- nistração como forma de identificar e
zas que representam variáveis externas, ganhar vantagens competitivas.
ou seja, que estão fora do controle dos e) à análise da situação estratégica, de ame-
gestores. aças e oportunidades do ambiente e dos
pontos fortes e fracos da organização.
6. (74382) VUNESP – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Análise SWOT, Gestão Estratégica
9. (81609) CESGRANRIO – 2014 – ADMINIS-
A análise SWOT é considerada uma das mais TRAÇÃO GERAL – Planejamento Estratégico
poderosas ferramentas do planejamento, so-
Todos os gestores de organizações, sejam
bretudo do planejamento estratégico. Assi-
elas com ou sem fins lucrativos, concordam
nale a alternativa que contempla os aspectos
que o planejamento é uma ferramenta fun-
levados em conta pela análise SWOT.
damental para o sucesso administrativo das
a) Forças, fraquezas, oportunidades e empresas. Porém, tal planejamento tem al-
ameaças. guns princípios e metodologias que, se não
b) Presente, futuro, meios e diretrizes. forem seguidos adequadamente, podem
c) Recursos, serviços, estruturas e processos. conduzir a empresa ao fracasso.
d) Marketing, finanças, logística e vendas.
Constitui causa de fracasso do planejamento
e) Organogramas, fluxogramas, gráfico
PERT e planilha CPM. a) elaborar estratégias pelo nível institu-
cional da organização.
1938 www.acasadoconcurseiro.com.br
TRT-Brasil – Administração – Prof. Rafael Ravazolo
11. (97746) FGV – 2015 – ADMINISTRAÇÃO GE- O gestor público ao elaborar o seu plane-
RAL – Análise SWOT jamento estratégico deverá considerar os
fatores críticos de sucesso como aspectos
Na análise dos ambientes interno e externo, negativos que devem ser evitados para se
a equipe de planejamento de uma organiza- obter os objetivos organizacionais almeja-
ção pública do poder judiciário estadual optou dos.
pelo uso da matriz SWOT, também conhecida
como análise FOFA, que contempla as forças, ( ) Certo ( ) Errado
fraquezas, oportunidades e ameaças.
Como uma fraqueza (weakness), a equipe 14. (74895) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO
poderia indicar: – GERAL Planejamento Estratégico, Estraté-
gia, Gestão Estratégica
a) a inexistência de um projeto de gestão
do conhecimento diante do avanço da A gestão estratégica acompanha e avalia a
aposentadoria de servidores; execução sistemática e continuada do pla-
b) a autorização pelo poder executivo para nejamento na administração pública a fim
realização de novos concursos para de atingir desígnios predeterminados.
contratação de servidores; ( ) Certo ( ) Errado
c) a perspectiva de baixo crescimento do
PIB nacional e estadual;
d) o avanço da tecnologia da informação
para a virtualização dos processos;
e) o crescimento da cultura de judicializa-
ção na sociedade.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1939
15. (74379) CESGRANRIO – 2014 – ADMINIS- c) Fatores Críticos de Sucesso.
TRAÇÃO – GERAL Níveis de Planejamento, d) Princípios Estratégicos.
Planejamento Estratégico, Processo Organi- e) Objetivos Institucionais.
zacional, Planejamento, Gestão Estratégica
Uma empresa do setor de construção civil está 18. (14387) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO – GE-
elaborando seu planejamento estratégico. RAL Missão, Visão, Valores e Objetivos, Pla-
nejamento Estratégico, Gestão Estratégica
O planejamento estratégico é importante
para a organização porque O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambu-
co tem como MISSÃO "garantir a legitimida-
a) especifica os detalhes de como devem de do processo eleitoral e o livre exercício
ser realizadas as atividades rotineiras do direito de votar e ser votado, a fim de
para controlar a operação. fortalecer a democracia", que
b) estabelece os planos que se aplicam à or-
ganização como um todo, posicionando-a a) aponta a distância entre a situação atu-
em relação ao ambiente em que atua. al e a desejada.
c) cria as interações que devem existir en- b) indica o rumo, sinaliza o que a organi-
tre os diferentes níveis hierárquicos da zação deseja ser e projeta expectativas
organização, estabelecendo sua relação para determinado horizonte de tempo.
com o mercado. c) consiste na declaração da razão de ser
d) estrutura a organização, segundo os pa- da instituição, explicitando o que faz e
drões existentes no setor em que atua, para que faz.
visando à produção. d) representa um referencial abstrato da
e) controla as operações realizadas na or- natureza moral da conduta humana.
ganização seguindo os padrões estabe- e) são conceitos fundamentados em valo-
lecidos para a produção. res que, expressos na forma de afirma-
ções, norteiam as políticas e as ações
16. (74378) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO da instituição.
– GERAL Planejamento Estratégico, Gestão
Estratégica 19. (14384) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO
A respeito de planejamento estratégico. GERAL – Planejamento Estratégico, Gestão
Estratégica
O planejamento estratégico e situacional é
uma ferramenta utilizada para viabilizar os O aprimoramento de questões que dizem
processos de planejamento em organiza- respeito à vida da própria empresa, sua
ções públicas. composição, sua estrutura, seu desenvolvi-
mento, seus pontos fracos e fortes, seu pre-
( ) Certo ( ) Errado sente e futuro é parte do desenvolvimento
gerencial e dos talentos da organização.
17. (14386) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO GE- Nesse particular, é bastante utilizada, tanto
RAL – Planejamento Estratégico, Missão, Vi- para conhecer e trocar experiências com o
são, Valores e Objetivos, Gestão Estratégica mercado, quanto para avaliar as próprias
políticas internas da empresa, uma técnica
Declaradas a Missão, Visão e Valores da ins- denominada
tituição, as prioridades e resultados quanti-
tativos e qualitativos que se propõe a alcan- a) Empowerment.
çar num prazo determinado são os b) Trabalho em equipe.
c) Qualidade Total.
a) Diagnósticos Estratégicos. d) Estrutura Matricial.
b) Objetivos Estratégicos. e) Benchmarking.
1940 www.acasadoconcurseiro.com.br
TRT-Brasil – Administração – Prof. Rafael Ravazolo
22. (14378) FCC 2013 ADMINISTRAÇÃO GERAL II – É o mesmo que planejamento, porém
– Processo – Organizacional, – Planejamen- com ênfase no aspecto de curto prazo dos
to, Níveis de Planejamento, Planejamento objetivos.
Estratégico, Gestão Estratégica III – É o mesmo que planejamento, mas com
ênfase na análise global do cenário.
O planejamento estratégico força o gerente
a sentar e refletir sobre os problemas e al- Está correto o que consta APENAS em
ternativas até chegar a uma situação e pre- a) III.
ver alternativas para direcionar as decisões b) II.
e superar os problemas. São níveis de pla- c) I e III.
nejamento estratégico existentes: d) I e II.
a) Operacional, Tático e Estratégico. e) II e III.
b) Pessoal, de Crescimento e de Desenvol-
vimento.
c) Técnico e Administrativo.
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25. (46025) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO a) compensar a falta de cultura cooperati-
GERAL – Análise SWOT, Gestão Estratégica va dos funcionários.
Julgue o item seguinte, acerca da gestão pú- b) combater os efeitos sinérgicos deriva-
blica e do paradigma do cliente. dos de uma visão estratégica crítica.
c) eliminar a indefinição quanto a sua mis-
A inexistência de recursos oriundos dos ór- são secundária.
gãos públicos para realização dos projetos d) lidar com a incerteza ambiental que a
constitui um ponto fraco dessa gestão, sob envolve.
a ótica do planejamento estratégico. e) reduzir o conhecimento tácito necessá-
( ) Certo ( ) Errado rio ao planejamento estratégico.
26. (74373) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO 29. (14396) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Missão, Visão, Valores e Objetivos, GERAL – Estratégia, Missão, Visão, Valores e
Visão Geral do Planejamento, Níveis de Pla- Objetivos, Gestão Estratégica
nejamento, Processo Organizacional, Plane- Em relação à Gestão Estratégica, analise:
jamento, Gestão Estratégica
Acerca do planejamento em organizações, I – Estratégia é o conjunto de decisões fixa-
assinale a opção correta. das em consonância com a missão.
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Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.
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Gabarito: 1. (74399) C 2. (74401) C 3. (74393) D 4. (74383) Certo 5. (74380) C 6. (74382) A 7. (79203) Errado
8. (74892) D 9. (81609)E 10. (102360) Errado 11. (97746) A 12. (74897) B 13. (74893) Errado 14. (74895) Certo
15. (74379) B 16. (74378) Certo 17. (14386) B 18. (14387) C 19. (14384) E 20. (14381) Certo 21. (14377) D
22. (14378) A 23. (14388) D 24. (14394) C 25. (46025) Certo 26. (74373) B 27. (14410) Certo 28. (14397) D
29 (14396) B 30. (14375) Errado
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2.3. Balanced ScoreCard – BSC
Por volta de 1990, os métodos de avaliação de performance das organizações eram fundados
apenas em dados financeiros (lucros, custos, etc.).
Dois pesquisadores, Kaplan e Norton, publicaram um artigo demonstrando que apenas os da-
dos financeiros não bastavam para retratar a complexidade de uma organização. Para captar
toda essa complexidade da performance na organização eram necessárias outras perspectivas
além da financeira (era necessário observar outros tipos de indicadores de desempenho).
Nascia, nesse momento, o Balanced Scorecard (BSC), uma expressão que, traduzida, significa
algo como “Placar Balanceado de Desempenho”. A proposta dos autores media o desempenho
organizacional por meio de quatro perspectivas: financeira, do cliente, de processos internos
e, por fim, de aprendizado e crescimento.
O BSC, utilizando essas quatro perspectivas, leva à criação de uma rede de indicadores de desem-
penho que deve atingir todos os níveis organizacionais, tornando-se, assim, uma ferramenta para
comunicar e promover o comprometimento geral com a estratégia de longo prazo da corporação.
1. Financeira: Monitora se a estratégia da empresa está contribuindo para a melhoria dos re-
sultados financeiros. As metas financeiras se relacionam com rentabilidade, crescimento e
valor para os acionistas.
Os objetivos financeiros servem de foco para os objetivos e as medidas das outras perspectivas
do BSC; qualquer medida selecionada deve fazer parte de uma cadeia de relações de causa e
efeito que culminam com a melhoria do desempenho financeiro.
Exemplos de indicadores: ativo total, custos totais, taxa de crescimento anual, rentabilidade do
capital próprio, preço da ação, etc.
É uma perspectiva focada em como criar valor de forma sustentável e diferenciada para os
clientes, por meio da sua conquista, satisfação e retenção, com consequente aumento da sua
rentabilidade e de participação de mercado, indicadores estes com relações de causa e efeito
entre si. Permite o alinhamento das medidas essenciais de resultados em relação aos clientes
(satisfação, fidelidade, retenção, captação e lucratividade).
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Kaplan e Norton recomendam que os executivos definam uma cadeia de valor completa dos
processos internos: inicia com o processo de inovação – identificação das necessidades atuais e
futuras dos clientes e desenvolvimento de novas soluções para essas necessidades – prossegue
com os processos de operações – entrega dos produtos e prestação dos serviços aos clientes
existentes –; e termina com o serviço pós-venda – que complementam o valor proporcionado
aos clientes pelos produtos ou serviços.
Em outras palavras, busca criar um ambiente propício à mudança e ao crescimento por meio
de questões relacionadas à motivação, às habilidades e à produtividade dos funcionários, ao
alinhamentos das tecnologias e aos sistemas de informação.
Há três categorias principais de ativos intangíveis nessa perspectiva: a) capital humano, que en-
volve habilidade, talento e know-how dos funcionários; b) capital da informação, que envolve
a disponibilidade de sistemas, redes e infraestrutura de informação; c) capital organizacional,
referente à capacidade de mobilização e sustentabilidade das mudanças.
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Vistas de maneira integrada, as quatro perspectivas do Balanced Scorecard traduzem o co-
nhecimento, as habilidades e os sistemas que os funcionários precisarão (seu aprendizado e
crescimento), para inovar e construir as capacidades estratégicas certas e eficientes (processos
internos) que entregarão valor específico ao mercado (clientes), os quais, eventualmente, pro-
porcionarão o aumento do valor ao acionista (financeiro).
É importante ressaltar que as quatro perspectivas não são um modelo rígido. Kaplan e Norton
admitem que, de acordo com as circunstâncias, uma organização pode renomear ou criar suas
próprias perspectivas.
Ao medir o desempenho organizacional por meio das quatro perspectivas, o BSC permite que
as organizações acompanhem o desempenho financeiro passado (tangível) e, ao mesmo tem-
po, os vetores que impulsionam o desempenho futuro (a construção de capacidades e a aquisi-
ção de ativos intangíveis).
1946 www.acasadoconcurseiro.com.br
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3. Relação com os fatores financeiros – O BSC deve enfatizar bem os resultados financeiros
(considerado o objetivo maior na administração privada).
Com base nesses três princípios, os componentes de cada perspectiva (objetivos, indicadores,
metas e iniciativas) formam a estrutura que traduz a estratégia em termos operacionais (des-
dobra e comunica a estratégia para as áreas e para as pessoas).
Para entender como funciona essa estrutura de tradução e desdobramento da estratégia, veja
a figura a seguir, que mostra a relação entre os cinco componentes principais do BSC.
2. Objetivos estratégicos: são os fins a serem perseguidos pela organização para o cumpri-
mento de sua missão institucional e o alcance de sua visão de futuro. Constituem elo entre
as diretrizes de uma instituição e seu referencial estratégico. Traduzem, consideradas as
demandas e expectativas dos clientes, os desafios a serem enfrentados pela organização
num determinado período.
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3. Indicadores: são padrões utilizados para avaliar e comunicar um desempenho alcançado
frente a um resultado esperado. Possuem, sempre, unidades de medidas associadas (quan-
tidade, percentual, dias, etc.). Podem ser de resultado ou de tendência. Os indicadores de
resultado medem se os objetivos foram alcançados após um período de tempo. Já os in-
dicadores de tendência medem os meios, os processos, e permitem que as organizações
ajustem os comportamentos ao desempenho.
4. Metas: representam os níveis de desempenho ou de melhoria requeridos para o alcance
de um objetivo estratégico.
5. Iniciativas: conjunto de ações necessárias ao alcance dos objetivos estratégicos e ao pre-
enchimento das lacunas de desempenho existentes. Frequentemente são projetos, progra-
mas e planos de ação.
Percebe-se, portanto, que, por meio das suas quatro perspectivas e dos seus cinco compo-
nentes, o BSC consegue equilibrar (balancear):
•• objetivos de curto e longo prazos;
•• medidas financeiras e não financeiras;
•• indicadores de tendência (leading) e de ocorrência (lagging);
•• perspectivas internas e externas de desempenho.
Outra forma de enxergar esse desdobramento pode ser vista na figura a seguir, que mostra a
relação da missão, da visão, dos valores e da estratégia com o BSC.
No bloco superior, percebe-se que a
Missão da organização é o ponto de
partida, pois é sua razão de ser. Os
Valores colaboram com a missão e,
assim como ela, são mais estáveis
ao longo do tempo. A Visão é tem-
poral e focada no futuro, colocando
a organização em movimento, em
direção a mudanças. A Estratégia de-
senvolve-se e evolui para adaptar-se
às mudanças no ambiente externo e
nas competências internas.
No bloco intermediário, tem-se o
Mapa Estratégico e o BSC, que repre-
sentam a implementação da estraté-
gia (tradução e mensuração). O mapa
descreve a lógica da estratégia (rela-
ção de causa-efeito entre objetivos),
enquanto o BSC coloca a visão em
movimento, pois traduz os objetivos
do mapa em indicadores e metas.
No bloco intermediário, tem-se o Mapa Estratégico e o BSC, que representam a implementação
da estratégia (tradução e mensuração). O mapa descreve a lógica da estratégia (relação de
causa-efeito entre objetivos), enquanto o BSC coloca a visão em movimento, pois traduz os
objetivos do mapa em indicadores e metas.
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Conclui-se, a partir da análise das duas figuras anteriores, que o BSC traduz a missão e a estra-
tégia num conjunto abrangente de medidas de desempenho (indicadores de cada perspecti-
va) que serve de base para um sistema de medição e gestão da estratégia.
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1. Traduzir a estratégia em termos operacionais: não é possível implementar a estratégia sem
descrevê-la. Deve-se identificar os objetivos centrais a serem perseguidos, evidenciar as rela-
ções de causa e efeito de forma compreensível e definir indicadores, metas e iniciativas.
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Resumo:
Em uma visão moderna, pode-se definir o BSC como uma ferramenta que traduz de forma
balanceada e integrada a visão e a estratégia da organização por meio de um mapa coerente
com objetivos estratégicos organizados em diferentes perspectivas (financeira, do cliente,
dos processos internos e do aprendizado e crescimento), sendo interligados em uma relação
de causa e efeito. Além disso, o BSC promove o vínculo desses objetivos com indicadores de
desempenho, metas e planos de ação. Dessa maneira, é possível gerenciar a empresa de forma
integrada e garantir que os esforços da organização estejam direcionados para a estratégia.
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2.3.4. BSC na Administração Pública
O modelo básico do BSC tem por pressuposto uma organização com fins lucrativos. Nesse
sentido, a perspectiva financeira é a última e mais importante para esse tipo de organização.
Esse não é o caso de organizações sem fins lucrativos, como as ONGs e o Governo.
Em outra abordagem, Kaplan e Norton (2000) citam o caso do Conselho Municipal da cidade de
Charlotte, que desenvolveu um modelo diferente. Para lidar com temas estratégicos da cidade
, foi desenvolvido um modelo de BSC em que a perspectiva do cliente (cidadãos) foi colocada
no topo do BSC e a perspectiva financeira tornou-se a habilitadora da perspectiva do cidadão.
Diversos autores propuseram distintas soluções para organizações públicas, seja substituindo a
perspectiva financeira por outra, seja incluindo uma nova perspectiva no topo.
Exemplos:
•• Passos (2004) – perspectiva fiduciária: relaciona-se com a redução de desperdícios e desvio
de recursos públicas, de forma a beneficiar o principal cliente: a sociedade.
•• Pedro (2004) – inclui a missão da organização como objetivo final.
•• Muller (2001) – perspectiva social.
1952 www.acasadoconcurseiro.com.br
Questões
www.acasadoconcurseiro.com.br 1953
5. (102361) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO 8. (14399) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO GE-
GERAL – Balanced Scorecard RAL – Balanced Scorecard, Gestão Estratégi-
ca
A implantação de um modelo de balanced
scorecard pressupõe que o processo de pla- A principal característica do Balanced Score-
nejamento do negócio consistirá em alocar card (BSC) é
os recursos e definir as prioridades de acordo
com as metas estratégicas, evitando-se, toda- a) possibilitar o acompanhamento da ges-
via, que, na definição dos objetivos individu- tão estratégia por meio de indicadores
ais, se priorizem as metas de curto prazo. de desempenho.
b) estabelecer a relação de causa e efeito
( ) Certo ( ) Errado entre as ações e resultados.
c) assegurar os recursos orçamentários ne-
cessários para a execução da estratégia.
6. (101999) FCC – 2015 – ADMINISTRAÇÃO d) assegurar que a gestão estratégica
GERAL – Balanced Scorecard ocorra em um determinado período de
Entre as metodologias frequentemente uti- tempo.
lizadas pelas organizações para implemen- e) constatar os motivos e causas de pro-
tação de seu planejamento estratégico está blemas.
o Balanced Scorecard −BSC, que propõe, en-
tre seus princípios, 9. (14398) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO GE-
RAL – Balanced Scorecard, Gestão Estratégi-
I – traduzir a estratégia em guias operacio- ca
nais.
Como recurso para a implantação do plane-
II – mobilizar a mudança por meio da lide- jamento estratégico, o Balanced Scorecard
rança executiva.
III – transformar todos os objetivos em indi- a) procura subordinar as missões de cada
cadores de natureza financeira. funcionário aos objetivos estratégicos
dos membros da direção da organização.
Está correto o que se afirma APENAS em b) foca o equilíbrio entre objetivos estra-
a) III e II. tégicos pessoais e as metas gerais da
b) III. organização.
c) I. c) implica a criação de uma série de indi-
d) I e II. cadores de desempenho voltados para
e) I e III. a realização dos objetivos estratégicos
da organização.
d) define os objetivos táticos da organização
7. (102362) CESPE – 2011 – ADMINISTRAÇÃO
com base na avaliação mútua de todos os
GERAL – Balanced Scorecard
funcionários, os parceiros e os clientes.
Julgue o item subsecutivo, que trata de e) desenvolve o equilíbrio entre as habi-
gestão estratégica em organizações. lidades e os comportamentos dos fun-
cionários necessários a um bom clima
O uso de ferramentas como o Balanced Sco- organizacional.
recard (BSC) é inviável no modelo de gestão
estratégica, dado o nível de atuação desse
modelo.
( ) Certo ( ) Errado
1954 www.acasadoconcurseiro.com.br
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10. (14376) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO 13. (14380) CESPE – 2012 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Estratégia, Gestão Estratégica, Ba- GERAL – Balanced Scorecard, Gestão
lanced Scorecard Estratégica
Sob o enfoque do Balanced Scorecard (BSC), Acerca de gestão de processos: técnicas
que é alicerçado na premissa de convergên- de mapeamento, análise e melhoria de
cia estratégica, a consistência interna da es- processos, julgue os itens subsequentes.
tratégia refere-se ao grau de alinhamento
dos planos estratégico, tático e operacional BSC (balanced scorecard) é uma ferramenta
entre si. de apoio ao planejamento operacional,
visto que seus fundamentos são balizados
( ) Certo ( ) Errado em um sistema de indicadores.
( ) Certo ( ) Errado
11. (14374) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Balanced Scorecard, Gestão
Estratégica 14. (14388) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Análise SWOT, Balanced Scorecard,
Consoante à gestão organizacional, julgue Gestão Estratégica
os itens a seguir.
O Mapa Estratégico da empresa INTERLIGA
Nesse sentido, considere que a sigla BSC, S/C está delineado, pela metodologia Balan-
sempre que empregada, refere-se ao termo ced Scorecard nas perspectivas da socieda-
balanced scorecard. de, dos processos internos, das pessoas e
da infraestrutura. As perspectivas dos pro-
O aspecto mais importante do BSC é a me- cessos internos e de pessoas tratam da efi-
dição de resultados e a utilização de direcio- ciência operacional, atuação institucional e
nadores que possibilitam à organização atu- saúde e bem-estar dos seus empregados, os
ar de acordo com suas estratégias. quais são variáveis
( ) Certo ( ) Errado a) não controláveis e do ambiente exter-
no.
12. (14373) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO b) não controláveis e do ambiente interno.
GERAL – Balanced Scorecard, Gestão c) controláveis e do ambiente externo.
Estratégica d) controláveis e do ambiente interno.
e) transversais e não controláveis do
Consoante à gestão organizacional, julgue ambiente externo.
os itens a seguir.
Nesse sentido, considere que a sigla BSC, 15. (14393) CESPE – 2011 – ADMINISTRAÇÃO
sempre que empregada, refere-se ao termo GERAL – Balanced Scorecard, Gestão Estra-
balanced scorecard. tégica, Indicadores, Controle, Processo Or-
ganizacional
As relações de causa e efeito, presentes
nas medições do BSC, possibilitam o Julgue os itens subsecutivos, que tratam de
entendimento de como os indicadores gestão estratégica em organizações.
não financeiros direcionam os indicadores Diminuir em 15% o volume de processos
financeiros na organização. atrasados até o final de 2011 caracteriza-se,
( ) Certo ( ) Errado tecnicamente, como exemplo de indicador
estratégico.
( ) Certo ( ) Errado
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16. (14392) CESPE – 2011 – ADMINISTRAÇÃO 17. (14372) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Balanced Scorecard, Gestão Estra- GERAL – Balanced Scorecard, Gestão Estra-
tégica tégica
Julgue os itens subsecutivos, que tratam de Consoante à gestão organizacional, julgue
gestão estratégica em organizações. os itens a seguir.
O uso de ferramentas como o Balanced Score- Nesse sentido, considere que a sigla BSC,
card (BSC) é inviável no modelo de gestão estra- sempre que empregada, refere-se ao termo
tégica, dado o nível de atuação desse modelo. balanced scorecard.
( ) Certo ( ) Errado Os resultados financeiros positivos e sus-
tentáveis sinalizam como o presente da es-
tratégia empresarial tem sido conduzido e
permitirá o fortalecimento do BSC.
( ) Certo ( ) Errado
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Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.
http://acasadasquestoes.com.br/simulados/resolver/H7256102
Gabarito: 1.(90364) E 2. (14457) B 3. (14401) D 4. (95340) A 5. (102361) Certo 6. (101999) D 7. (102362) Errado
8. (14399) A 9. (14398) C 10. (14376) Certo 11. (14374) Certo 12. (14373) Certo 13. (14380) Errado 14. (14388) D
15. (14393) Errado 16. (14392) Errado 17. (14372) Errado
1956 www.acasadoconcurseiro.com.br
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www.acasadoconcurseiro.com.br 1957
IV – Metas Nacionais (MN): conjunto de I – ter abrangência mínima de 6 (seis) anos;
metas formado pelas Metas de Medição II – observar o conteúdo temático dos Ma-
Continuada (MMC) e pelas Metas de Medi- crodesafios do Poder Judiciário; e
ção Periódica (MMP);
III – contemplar as Metas Nacionais (MN) e
V – Iniciativa Estratégica Nacional (IEN): Iniciativas Estratégicas Nacionais (IEN) apro-
programa, projeto ou operação alinhado(a) vadas nos Encontros Nacionais do Judiciá-
à Estratégia Nacional do Poder Judiciário; rio, sem prejuízo de outras aprovadas para
VI – Diretriz Estratégica (DE): orientações, o segmento de justiça ou específicas do pró-
instruções ou indicações a serem observa- prio tribunal ou conselho;
das na execução da Estratégia Nacional ou § 2º Os dados relativos às Metas Nacionais
para se levar a termo uma meta ou iniciati- (MN) serão informados periodicamente ao
va estratégica; CNJ, que divulgará o relatório anual até o
VII – Cesta de Indicadores e Iniciativas Estra- final do primeiro quadrimestre do ano sub-
tégicas: repositório de métricas de desem- sequente.
penho institucional e de iniciativas (progra- § 3º Na elaboração dos seus planos estraté-
mas, projetos e operações). gicos, os tribunais e conselhos devem consi-
derar as Resoluções, Recomendações e Polí-
ticas Judiciárias instituídas pelo CNJ voltadas
à concretização da Estratégia Judiciário 2020.
CAPÍTULO II
DO DESDOBRAMENTO DA § 4º As propostas orçamentárias dos tribu-
nais devem ser alinhadas aos seus respecti-
ESTRATÉGIA JUDICÍARIO 2020
vos planos estratégicos, de forma a garantir
Art. 3º A Estratégia Judiciário 2020 poderá ser os recursos necessários à sua execução.
desdobrada e alinhada em três níveis de abran- Art. 5º As Metas Nacionais (MN) serão, priorita-
gência: riamente, elaboradas a partir da Cesta de Indi-
I – nacional, nos termos do Anexo, de apli- cadores e Iniciativas Estratégicas de que trata o
cação obrigatória a todos os segmentos de art. 2º, inciso VII, desta Resolução.
justiça; § 1º A Cesta de Indicadores e Iniciativas Es-
tratégicas referida no caput será definida
II – por segmento de justiça, de caráter fa-
e revisada pela Comissão Permanente de
cultativo;
Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento
III – por órgão do Judiciário, de caráter obri- e disponibilizada no sítio eletrônico do CNJ.
gatório, desdobrada a partir da estratégia
§ 2º A mesma Comissão poderá definir indi-
nacional e, quando aplicável, também da
cadores nacionais que integrarão o Relatório
estratégia do respectivo segmento, sem
Justiça em Números, observado o disposto na
prejuízo da inclusão das correspondentes
Resolução CNJ nº 76, de 12 de maio de 2009.
especificidades.
Art. 6º Os órgãos do Poder Judiciário devem pro-
Art. 4º Os órgãos do Judiciário devem alinhar
mover a participação efetiva de magistrados de
seus respectivos planos estratégicos à Estraté-
primeiro e segundo graus, ministros, serventuá-
gia Judiciário 2020, com a possibilidade de revi-
rios e demais integrantes do sistema judiciário e
sões periódicas.
de entidades de classe, na elaboração de suas pro-
§ 1º Os planos estratégicos, de que trata o postas orçamentárias e de seus planejamentos es-
caput, devem: tratégicos, garantida a contribuição da sociedade.
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§ 1º Participarão dos Encontros Nacionais CAPÍTULO VII
do Poder Judiciário os presidentes e corre- DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
gedores dos tribunais e dos conselhos, bem
como os integrantes do Comitê Gestor Na- Art. 16. Os órgãos do Poder Judiciário terão até
cional da Rede de Governança Colaborativa, 31 de março de 2015 para proceder ao alinha-
sendo facultado o convite a outras entida- mento a que se refere o artigo 4º.
des e autoridades.
Art. 17. Esta Resolução entra em vigor em 1º de
§ 2º Os conselheiros do CNJ coordenarão os janeiro de 2015, com a revogação, a partir dessa
trabalhos realizados durante o evento. data, da Resolução CNJ n. 70, de 18 de março de
§ 3º Os Encontros Nacionais do Judiciário 2009.
serão precedidos de reuniões preparatórias Ministro Joaquim Barbosa
que contarão com a participação dos gesto-
res de metas e dos responsáveis pelas uni-
dades de gestão estratégica dos tribunais,
assim como das associações nacionais de
magistrados e de servidores.
CAPÍTULO VI
DO BANCO DE BOAS PRÁTICAS E
IDEIAS PARA O JUDICIÁRIO (BPIJus)
Art. 13. O CNJ manterá disponível, no seu portal,
o Banco de Boas Práticas e Ideias para o Judiciá-
rio (BPIJus), a ser continuamente atualizado, com
o intuito de promover a divulgação e o comparti-
lhamento de práticas e ideias inovadoras, visan-
do ao aperfeiçoamento dos serviços judiciais.
Art. 14. O BPIJus será constituído da seguinte
forma:
I – práticas sugeridas por servidores, tribu-
nais ou conselhos do Poder Judiciário, ali-
nhadas aos Macrodesafios mencionados no
Anexo; e
II – ideias inovadoras para melhoria do Ju-
diciário, apresentadas por qualquer pessoa.
Parágrafo único. As práticas e ideias serão
incluídas no BPIJus após processo de sele-
ção, na forma de regulamento próprio a ser
publicado pelo CNJ.
Art. 15. As práticas incluídas no BPIJus concor-
rerão ao Prêmio Excelência em Gestão Estraté-
gica do Poder Judiciário.
1960 www.acasadoconcurseiro.com.br
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2.4.1.1. Macrodesafios
RECURSOS:
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2.4.1.2. Mapa Estratégico
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3. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
www.acasadoconcurseiro.com.br 1963
A função Organizar abrange necessariamente quatro componentes:
1. Tarefas: trabalho realizado em uma empresa, normalmente fragmentado por um processo
de divisão de trabalho, que provoca a especialização de atividades e de funções.
2. Pessoas: cada pessoa é designada para ocupar um cargo, que é uma parte específica do
trabalho global. Essa designação deve considerar habilidades, aptidões, interesses, experi-
ência e comportamento de cada pessoa.
3. Órgãos: as tarefas e as pessoas são agrupadas em órgãos, como divisões, departamentos
ou unidades da organização.
4. Relações: entre os órgãos componentes da organização e entre as pessoas com relação ao
seu trabalho.
Os níveis da organização são:
1964 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Pergunta Resposta
Até que ponto as atividades podem ser subdivi-
Especialização do Trabalho
didas em tarefas separadas?
Qual a base (critério) para o agrupamento das
Departamentalização
tarefas?
A quem as pessoas/grupos vão se reportar? Cadeia de Comando – Hierarquia
Quantas pessoas cada chefe pode dirigir com
Amplitude de Controle
eficiência e eficácia?
Onde fica a autoridade no processo decisório? Centralização e Descentralização
Até que ponto haverá regras/normas para dirigir
Formalização
as pessoas?
www.acasadoconcurseiro.com.br 1965
A especialização pode dar-se em dois sentidos: vertical e horizontal.
A vertical caracteriza-se pelos níveis hierárquicos (chefia), pois, na medida em que ocorre a
especialização horizontal do trabalho, é necessário coordenar essas diferentes atividades e fun-
ções. Ex.: Presidência, Diretoria-Geral, Gerências, Coordenadorias, etc.
A horizontal representa a tendência de criar departamentos especializados no mesmo nível
hierárquico, cada qual com suas funções e tarefas. Ex.: gerência de Marketing, gerência de
Produção, gerência de Recursos Humanos, etc.
A especialização tem limites. Em deter-
minados trabalhos, o excesso de espe-
cialização chegou a um ponto em que as
deseconomias humanas (tédio, fadiga,
estresse, baixa produtividade, perda de
qualidade, aumento do absenteísmo e
da rotatividade) superavam em muito as
vantagens econômicas. Por isso, muitas
empresas descobriram que dar aos fun-
cionários diversas tarefas, permitindo que
eles realizassem uma atividade completa,
e colocá-los em equipes com habilidades
intercambiáveis, geralmente levava a re-
sultados melhores e ao aumento da satisfação com o trabalho.
3.1.2. Departamentalização
Depois de dividir o trabalho por meio da especialização, é necessário agrupar as atividades para que
as tarefas comuns possam ser coordenadas. Esse agrupamento é chamado de departamentalização.
Departamentalizar é agrupar as atividades e os correspondentes recursos (humanos, materiais
e tecnológicos) em unidades, de acordo com um critério específico de homogeneidade. Distin-
tos critérios podem ser usados para criar departamentos, sendo os mais comuns: por função
(funcional); por produtos e serviços; geográfica (territorial, regional); por clientes; por proces-
so; por projeto; matricial e mista.
1966 www.acasadoconcurseiro.com.br
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3.1.3.1. Autoridade
É o direito formal que a chefia tem de alocar recursos e exigir o cumprimento de tarefas por
parte dos funcionários. A autoridade emana do superior para o subordinado, e este é obrigado
a realizar seus deveres.
A autoridade:
•• é alocada em posições da organização, e não em pessoas;
•• flui desde o topo até a base da organização – as posições do topo têm mais autoridade do
que as posições da base;
•• é aceita pelos subordinados devido à crença na cultura organizacional.
Tipos de autoridade:
Existem três tipos básicos de autoridade:
•• Autoridade linear, hierárquica, ou única – segue o princípio da unidade de comando: cada
pessoa deve ter apenas um superior a quem se reportar diretamente. Essa autoridade é
única e absoluta do superior aos seus subordinados. Um exemplo típico são as organizações
militares;
•• Autoridade funcional, ou dividida – tem como base a especialização, o conhecimento.
Cada subordinado reporta-se a vários superiores, de acordo com a especialidade de cada
um – autoridade é parcial e relativa. Nenhum superior tem autoridade total. Ex.: médicos
em um hospital;
•• Autoridade de staff, ou de assessoria – com base no aconselhamento e assessoramento,
visando orientar e dar suporte a decisões. Ex.: assessoria jurídica, assessoria de imprensa,
consultoria em gestão, etc.
3.1.3.2. Responsabilidade
É o dever de desempenhar a tarefa ou atividade, ou cumprir um dever para o qual se foi
designado. Dentro dos princípios da divisão do trabalho, especialização e hierarquia, cada
departamento ou cargo recebe determinada quantidade de responsabilidades. Nessa relação
contratual, tais áreas/cargos concordam em executar certos serviços em troca de retribuições
ou compensações financeiras.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1967
O grau de responsabilidade é, geralmente, proporcional ao grau de autoridade da pessoa. Des-
sa forma, os cargos de alto escalão possuem maior autoridade e responsabilidade que os car-
gos mais baixos.
1968 www.acasadoconcurseiro.com.br
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3.1.5.1. Centralização
3.1.5.2. Descentralização
O poder decisório é deslocado para os níveis mais baixos da administração (fica distribuído pelos
diversos níveis hierárquicos). É uma tendência moderna, pois proporciona maior autonomia
aos cargos mais baixos e alivia a carga decisória da alta administração.
A descentralização altera a divisão do trabalho (e das decisões) entre os cargos e os departamentos.
Por causa disso, é mais duradoura e tem mais alcance que a delegação (que ocorre entre pessoas).
As vantagens são: melhoria da qualidade das decisões, pois os gerentes médios ficam mais próximos
da operação e, portanto, conhecem melhor a realidade; melhoria no aproveitamento das pessoas,
com aumento da motivação, da criatividade e da autonomia; alivia os chefes principais do excesso
de trabalho decisório; agilidade e eficiência: a organização responde de forma mais rápida.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1969
As desvantagens são: falta de uniformidade das decisões; insuficiente aproveitamento dos
especialistas centrais; necessidade de maior estrutura de apoio.
3.1.5.3. Delegação
Delegação é a transferência de determinado nível de autoridade de um chefe para seu subordi-
nado, criando o correspondente compromisso pela execução da tarefa delegada.
A delegação pode alcançar apenas tarefas específicas ou um conjunto de tarefas.
Cuidado: não confundir a responsabilidade funcional/de execução com a responsabilidade final/
do cargo. Diversos autores afirmam que a responsabilidade final do cargo não pode ser delegada.
Delega-se apenas a execução, ou seja, a responsabilidade pelo bom desempenho de uma tarefa e
a respectiva autoridade para executá-la. A responsabilidade final pelo cumprimento permanece
com o delegante e, dessa forma, ele é o verdadeiro responsável e deve manter supervisão aos
delegados para que cumpram as funções. No serviço público, há previsão legal (leis, resoluções,
regimentos internos) explicitando responsabilidades e o que pode ou não ser delegado.
Algumas considerações importantes sobre delegação: a autoridade deve ser delegada até o
ponto, e na medida necessária, para a realização dos resultados esperados, e deve ser pro-
porcional ao nível de responsabilidade alocada no cargo e/ou na função considerada. A res-
ponsabilidade não pode ser delegada, pois nem o chefe nem o subordinado podem livrar-se,
totalmente, de suas obrigações, designando outros para realizá-las; e a clareza na delegação é
fundamental, com designação precisa, entendida e aceita por todos os envolvidos no processo.
Técnicas de delegação:
•• Delegar a tarefa inteira, autoridade e responsabilidade (pela tarefa);
•• Delegar à pessoa certa – nem todas as pessoas têm capacidade e motivação;
•• Comunicação com o subordinado para esclarecer dúvidas e manter controle;
•• Avaliar e recompensar o desempenho.
No quadro a seguir, são citadas as principais diferenças entre descentralizar e delegar.
DESCENTRALIZAÇÃO DELEGAÇÃO
•• Ligada ao cargo •• Ligada à pessoa
•• Geralmente atinge vários níveis hierár- •• Atinge um nível hierárquico
quicos •• Caráter mais informal
•• Caráter mais formal
•• Menos pessoal •• Mais pessoal
•• Mais estável no tempo •• Menos estável no tempo
3.1.6. Formalização
A formalização se refere ao grau em que as tarefas dentro da organização são padronizadas.
Quando uma tarefa é muito padronizada, seu responsável tem pouca autonomia para decidir o
que, quando e como deve ser realizado. A padronização não apenas elimina a possibilidade de
os funcionários adotarem comportamentos alternativos, como também elimina a necessidade
de eles buscarem alternativas.
1970 www.acasadoconcurseiro.com.br
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O grau de formalização pode variar muito entre as organizações e dentro de uma mesma
empresa.
•• Sistema de Decisão: define a natureza das decisões, os responsáveis por elas e as formas
de decidir
•• Sistema de Responsabilidades: distribuição das atividades nas organizações
•• Sistema de Autoridade: distribuição de poder dentro das organizações – direito formal
que o ocupante de determinado cargo tem para dar ordens
•• Sistema de Comunicação: forma de integração entre as diversas unidades da organização
1. Estrutura formal é aquela representada pelo organograma, estatutos e regras. Procura con-
solidar, ainda que de forma geral, a distribuição das responsabilidades e autoridades pelas
unidades organizacionais da empresa.
2. Estrutura informal é a rede de relações sociais e pessoais que não é formalmente estabe-
lecida pela empresa, as quais surgem e se desenvolvem espontaneamente, e, portanto,
apresenta situações que não aparecem no organograma.
•• A estrutura informal complementa a estrutura formal; proporciona maior rapidez no pro-
cesso decisório; reduz distorções da estrutura formal; reduz a carga de comunicação dos
chefes; motiva e integra as pessoas. Ao mesmo tempo, pode gerar problemas como o des-
conhecimento da realidade empresarial pelas chefias, a maior dificuldade de controle e a
possibilidade de atritos entre as pessoas.
3.2.1. Organograma
É a representação gráfica de determinados aspectos da estrutura organizacional (a apresentação
completa da estrutura organizacional só pode ser efetuada pelo manual de organização).
No organograma, ficam claramente evidenciadas as diversas unidades organizacionais (áreas,
departamentos), sua posição relativa na estrutura geral da empresa (hierarquia, especialidade)
e suas ligações (canais de comunicação).
Podem-se ter o organograma geral da empresa e os parciais dos departamentos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1971
•• Divisão do trabalho: quadros (retângulos) representam o fracionamento da organização, em uni-
dades de direção, assessorias, conselhos, gerên-
cias, departamentos, divisões, setores, etc.
•• Autoridade e Hierarquia: as relações entre
superior e subordinado. A quantidade de ní-
veis verticais mostra a cadeia de comando,
ou seja, como a autoridade está distribuída
desde o diretor que tem mais autoridade, no
topo da estrutura, até o funcionário que tem
menos autoridade, na base da estrutura.
•• Canais de comunicação: as linhas verticais e
horizontais que ligam os retângulos mostram
as relações/comunicações entre as unidades
de trabalho. A linha contínua representa au-
toridade, na vertical, e coordenação na hori-
zontal.
Dependendo da técnica de elaboração aplicada,
o organograma poderá evidenciar, além do tipo
de trabalho desenvolvido: o detalhamento do
tipo de trabalho; os cargos existentes; os nomes
dos titulares das unidades; a quantidade de
pessoas por unidade; a relação funcional, além da relação hierárquica.
Organograma Linear
Mostra a distribuição de responsabilidade e de autoridade em uma organização. Estrutura, re-
sumidamente, as atividades básicas e os tipos de decisão relacionados a cada unidade organi-
zacional da empresa.
Revela a atividade/decisão de cada posição ou cargo, mostrando quem participa e em que grau
quando uma atividade/decisão deve ocorrer na empresa.
1972 www.acasadoconcurseiro.com.br
TRT-Brasil – Administração – Prof. Rafael Ravazolo
Organograma Vertical
Identifica, de forma sequencial, os diversos
cargos de chefia de uma empresa, preferen-
cialmente junto com o nome básico da unida-
de organizacional (departamento, seção).
www.acasadoconcurseiro.com.br 1973
São estruturas rígidas e altamente controladas, adequadas a condições ambientais relativa-
mente estáveis e previsíveis. Organizações desse tipo valorizam a lealdade e a obediência aos
superiores e à tradição.
O desenho é piramidal, verticalizado; as tarefas são
especializadas e precisas; regras, regulamentos e
procedimentos são bem definidos e estão escritos;
a hierarquia é rígida e a autoridade não pode ser
questionada – a fonte da autoridade é a posição da
pessoa na estrutura organizacional. Além disso, a
comunicação vertical é enfatizada; o poder é cen-
tralizado e a responsabilidade pela coordenação e
a visão do todo pertencem exclusivamente à alta
administração; a amplitude de controle tende a ser
pequena (supervisão mais forte).
Modelo Orgânico
Estruturas orgânicas têm esse nome porque imitam o comportamento dinâmico dos organismos
vivos.
Esse modelo é chamado pós-burocrático ou adhocrático* (de acordo com a demanda, um mo-
delo para cada situação), pois procura se adaptar a condições instáveis, mutáveis. Ambientes
assim oferecem problemas complexos que, muitas vezes, não podem ser resolvidos com estru-
turas tradicionais.
1974 www.acasadoconcurseiro.com.br
TRT-Brasil – Administração – Prof. Rafael Ravazolo
Burocracia Adhocracia
Estruturas permanentes Estruturas temporárias e flexíveis
Atividades rotineiras ou estáveis; minuciosa Atividades inovadoras ou não-estáveis; divisão
divisão de trabalho do trabalho nem sempre bem definida
Profunda normatização, regras detalhadas e
Pouca normatização, regras genéricas
definidas pela cúpula
Confiança nas regras e procedimentos formais Confiança nas pessoas e nas comunicações
Predomínio da interação vertical (superior –
Predomínio da interação horizontal; confiança e
subordinado); relacionamento baseado em
crença recíprocas
autoridade e obediência
Cargos generalistas (atividades diversas e amplo
Cargos ocupados por especialistas
conhecimento)
Hierarquia rígida; tomada de decisões Hierarquia flexível; tomada de decisão
centralizada; pouca delegação descentralizada; delegação
•• Estratégia: é a variável mais importante que afeta o tipo de estrutura, afinal, a estrutura
organizacional é uma ferramenta para realizar os objetivos. Ex: se a estratégia exige inova-
ção, é melhor uma estrutura orgânica; se exige redução de custos, é melhor uma estrutura
mecanicista.
•• Tamanho: dependendo da quantidade de funcionários, são necessárias diferentes estrutu-
ras para gerenciar a organização. Uma empresa muito grande tende ser mecanicista.
•• Tecnologia: de acordo com o tipo e a complexidade da tecnologia envolvida no trabalho,
as tarefas podem ser mais rotineiras (linha de produção) ou mais diversificadas (setor de
pesquisa e desenvolvimento), exigindo diferentes estruturas.
•• Ambiente: as organizações precisam se ajustar ao ambiente, que pode ser estável e unifor-
me ou complexo e dinâmico.
•• Recursos humanos: são as características das pessoas, tais como tipo de formação,
experiência, perfil psicológico, motivações e mesmo relações pessoais.
•• Sistema de produção: nas empresas de produção em massa, o modelo mecanicista adapta-
-se melhor; já a estrutura orgânica é mais apropriada quando o produto não é padronizado.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1975
A figura a seguir mostra os determinantes e as consequências do desenho da estrutura.
1976 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Características
•• Autoridade linear, única e absoluta do superior aos seus subordinados, ou seja, cada subor-
dinado reporta-se exclusivamente a um superior;
•• Linhas formais de comunicação vertical, de acordo com o organograma. Podem ser para
cima (órgão ou cargo superior) ou para baixo (órgão ou cargo inferior);
•• Centralização das decisões: a autoridade converge para a cúpula da organização;
•• Aspecto piramidal: quanto mais sobe na escala hierárquica, menor o número de órgãos ou
cargos. Quanto mais acima, mais generalização de conhecimento e centralização de poder;
quanto mais abaixo, mais especialização e delimitação das responsabilidades.
Vantagens
•• Estrutura simples e de fácil compreensão e implantação;
•• Clara delimitação das responsabilidades dos órgãos – nenhum órgão ou cargo interfere em
área alheia;
•• Estabilidade e disciplina garantidas pela centralização do controle e da decisão.
Desvantagens
•• O formalismo das relações pode levar à rigidez e à inflexibilidade, dificultando a inovação e
adaptação a novas circunstâncias;
•• A autoridade linear baseada no comando único e direto pode tornar-se autocrática, dificul-
tando o aproveitamento de boas ideias;
•• Chefes tornam-se generalistas e ficam sobrecarregados em suas atribuições na medida em
que tudo tem que passar por eles;
•• Com o crescimento da organização, as linhas formais de comunicação se congestionam e
ficam lentas, pois tudo deve passar por elas.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1977
3.2.4.2. Organização Funcional
É o tipo de organização em que se aplica o princípio funcional ou o princípio da especialização.
Cada área é especializada em determinado assunto, é a autoridade em um tema. Dessa forma,
ela presta seus serviços às demais áreas de acordo com sua especialidade.
É possível utilizar tal estrutura quando a organização tem uma equipe de especialistas bem en-
trosada, orientada para resultados, e uma boa liderança.
Características
•• Autoridade funcional dividida: cada subordinado reporta-se a vários superiores simultane-
amente, de acordo com a especialidade de cada um;
•• Nenhum superior tem autoridade total sobre os subordinados. A autoridade é parcial e re-
lativa, decorrente de sua especialidade e conhecimento;
•• Linhas diretas de comunicação, não demandam intermediação: foco na rapidez;
•• Descentralização das decisões para os órgãos especializados. Não é a hierarquia, mas a es-
pecialização que promove a decisão.
Vantagens
•• Proporciona especialização e aperfeiçoamento;
•• Permite a melhor supervisão técnica possível;
•• Comunicações diretas, sem intermediação, mais rápidas e menos sujeitas a distorções;
•• Separa as funções de planejamento e de controle das funções de execução: há uma
especialização do planejamento e do controle, bem como da execução, permitindo plena
concentração de cada atividade.
Desvantagens
•• Não há unidade de mando, o que dificulta o controle das ações e a disciplina;
•• Subordinação múltipla pode gerar tensão e conflitos dentro da organização;
•• Concorrência entre os especialistas, cada um impondo seu ponto de vista de acordo com
sua área de atuação.
1978 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Características
•• Fusão da estrutura linear com a estrutura funcional;
•• Coexistência de linhas formais de comunicação com linhas diretas;
•• Separação entre órgãos operacionais (executivos) e órgãos de apoio e suporte (assessores).
Vantagens
•• Melhor embasamento técnico e operacional para as decisões;
•• Agregar conhecimento novo e especializado à organização;
•• Facilita a utilização de especialistas;
•• Possibilita a concentração de problemas específicos nos órgãos de staff, enquanto os órgãos
de linha ficam livres para executar as atividades-fim.
Desvantagens
•• Conflitos entre órgãos de linha e staff: experiências profissionais diversas, visões de traba-
lho distintas, diferentes níveis de formação;
•• Dificuldade de manutenção do equilíbrio entre linha e staff.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1979
3.2.4.4. Outras formas de organização
Por equipes
Utiliza o conceito de equipe multidisciplinar, buscando delegar autoridade e dispersar a res-
ponsabilidade (empowerment) por meio da criação de equipes participativas.
Essa estrutura desmonta as antigas barreiras departamentais e descentraliza o processo deci-
sório para as equipes, fazendo com que as pessoas tenham generalistas e especialistas.
É comum, em empresas de ponta, encontrar equipes autogerenciadas cuidando de unidades
estratégicas de negócios com total autonomia e liberdade. Nessa estrutura, podem existir dois
tipos de equipes: a permanente, que funciona como uma área normal; e a cruzada, que é a
união de pessoas de vários departamentos funcionais para resolver problemas mútuos.
A equipe cruzada ajuda a reduzir a barreira entre os departamentos. Além, disso, o poder de-
legado à equipe reduz o tempo de reação a mudanças externas. Outro benefício é a motivação
do funcionário, pois o trabalho na equipe cruzada é mais enriquecedor.
Organização em Rede
A rede é muito mais do que “uma organização” – é uma entidade que congrega os recursos de
inúmeras pessoas e, grupos e organizações. Os participantes da rede são autônomos entre si,
mas são dependentes da rede como um todo e podem ser parte de outras redes.
A organização desagrega as suas funções tradicionais e as transfere para empresas ou unidades
separadas que são interligadas por meio de uma pequena organização coordenadora, que pas-
sa a ser o núcleo central. A companhia central retém o aspecto essencial do negócio, enquanto
transfere para terceiros as atividades que outras companhias podem fazer melhor (produção,
vendas, engenharia, contabilidade, propaganda, distribuição, etc.). Trata-se de uma abordagem
revolucionária, na qual as fronteiras das atividades da organização vão se diluindo e as formas
organizacionais de uma empresa vão se misturando às atividades organizacionais de outras,
tornando difícil reconhecer onde começa e onde termina a organização em termos tradicionais.
Há vários tipos de redes, cada tipo serve para uma finalidade.
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Comissão ou Colegiado
Comitê ou comissão é a reunião de vários profissionais, normalmente com conhecimentos mul-
tidisciplinares, para emitir, por meio de discussão organizada, uma opinião a respeito de um
assunto previamente fixado.
São formados com objetivo de apurar situações ou tomar decisões colegiadas. Não é um ór-
gão da estrutura organizacional e pode assumir tipos diversos: formais, informais, temporárias,
relativamente permanentes, consultivos, diretivos. Exemplos são algumas empresas (inclusive
públicas) que possuem Conselhos de Administração, Fiscais, etc.
Organização Virtual
É uma estrutura que utiliza tecnologia da informação para unir, de forma dinâmica, pessoas e
demais recursos organizacionais sem tornar necessário reuni-las em um espaço físico e/ou ao
mesmo tempo para executar seus processos produtivos.
O atributo "virtual" é utilizado para denominar uma lógica organizacional na qual as fronteiras de
tempo, espaço geográfico, unidades organizacionais e acesso a informações são menos importan-
tes, enquanto o uso de tecnologias de comunicação e informação é considerado altamente útil.
O grau de "virtualidade" depende da intensidade na utilização de tecnologias de informação e
comunicação para interagir com clientes externos ou internos, realizar negócios e operar como
um todo.
Uma segunda abordagem define uma or-
ganização virtual como uma rede de or-
ganizações independentes, que se unem
em caráter temporário mediante o uso
de tecnologias de informação e comuni-
cação, visando, assim, obter vantagem
competitiva. A organização virtual se
comporta como uma única empresa por
meio da união das competências essen-
ciais de seus membros, que podem ser
instituições, empresas ou pessoas espe-
cializadas.
Toda organização virtual é uma rede or-
ganizacional, mas nem toda rede organi-
zacional é uma organização virtual.
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Questões
a) Divisão de trabalho
b) Burocracia 5. (14454) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
c) Especialização GERAL – Estrutura Organizacional, Organi-
d) Hierarquia zação, Processo Organizacional
e) Distribuição da autoridade e de respon- Julgue os itens que se seguem, com relação
sabilidades ao processo administrativo.
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6. (43721) CESPE – 2011 – ADMINISTRAÇÃO b) A formalização, explicitada em manuais
GERAL – Princípios da Organização do Traba- de organização que descrevem níveis de
lho, Organização, Processo Organizacional autoridades e responsabilidades dos vá-
Assinale a opção correta, a respeito dos rios departamentos, assegura que, na
processos de centralização e descentraliza- operação, não exista a estrutura informal.
ção na administração pública. c) A unidade de comando, princípio da ad-
ministração clássica, é aplicada em to-
a) Quando ocorrem erros sucessivos em dos os tipos de estrutura quando feito
níveis abaixo da gerência, deve-se cen- processo de departamentalização.
tralizar a estrutura e transferir todo o d) A definição precisa de direitos e obrigações
comando para os gerentes que têm dos membros da organização traduzidas
mais experiência e capacidade. em funções bem delineadas é uma carac-
b) Ao se descentralizar uma estrutura, cor- terística de organizações mecanicistas.
re-se o risco de se interromper o fluxo e) Um dos pontos a observar na estrutura
das informações. é a amplitude de controle. Quanto me-
c) A centralização das informações, em nor a amplitude de controle, menor o
uma organização, favorece a atuação de número de níveis hierárquicos.
funcionários inteligentes e perspicazes.
d) Ao buscar centralizar ou descentralizar 9. (102223) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO
a estrutura administrativa de determi- GERAL – Estrutura Organizacional, Departa-
nada instituição, o gestor enfrenta o se- mentalização
guinte dilema: divisão do trabalho ver-
sus coordenação. No que diz respeito às organizações con-
e) A centralização é o único meio possível temporâneas, julgue o item a seguir.
para se coordenar a tomada de decisão Dividir a carga total de trabalho em tarefas
em uma organização. que possam ser realizadas de modo lógico,
encadeado e confortável por parte das pes-
7. (60096) FGV – 2014 – ADMINISTRAÇÃO soas é exemplo de departamentalização, que
GERAL – Estrutura Organizacional, Processo é um elemento da estrutura organizacional.
Organizacional, Organização
Linhas formais de comunicação e centraliza- ( ) Certo ( ) Errado
ção de decisões são características da estru-
tura organizacional do tipo 10. (81585) CESGRANRIO – 2014 ADMINISTRA-
a) linear. ÇÃO GERAL – Funções da Administração,
b) funcional. Departamentalização, Estrutura Organiza-
c) linha-staff. cional
d) gerencial.
A organização de uma empresa envolve diver-
e) formal.
sas atividades para que haja maior eficiência.
8. (71637) FCC – 2015 – ADMINISTRAÇÃO GE- Uma dessas atividades é o agrupamento das
RAL – Estrutura Organizacional, Processo tarefas de tal forma que se torne mais fácil a
Organizacional, Organização coordenação e integração das atividades.
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www.acasadoconcurseiro.com.br 1985
Acerca dessa situação hipotética, julgue os informal, e a concorrência com a estrutura
itens a seguir. formal é identificada como fator favorável à
melhoria do desempenho da organização.
Os colaboradores que estão envolvidos no
projeto do sistema de controle de prontu- ( ) Certo ( ) Errado
ários médicos estão vivendo uma situação
com características de departamentalização 18. (14427) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
matricial. GERAL – Estrutura Organizacional, Organi-
( ) Certo ( ) Errado zação, Processo Organizacional
Acerca de estrutura organizacional, julgue
16. (14445) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO os próximos itens.
GERAL – Estrutura Organizacional, Departa- Considera-se descentralizada a estrutura
mentalização, Organização, Processo Orga- organizacional com pouca distribuição de
nizacional poder, tipo de estrutura que beneficia os
Ao assumir a direção do novo setor de ca- níveis hierárquicos mais baixos.
dastro do sistema único de saúde (SUS), o ( ) Certo ( ) Errado
diretor propôs uma redistribuição de fun-
ções de modo a dar mais autoridade aos 19. (14423) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
supervisores e capacidade de cobrança dos GERAL – Estrutura Organizacional, Organi-
resultados a serem obtidos por cada área. zação, Processo Organizacional
Posteriormente, determinou que todos os
funcionários deviam atuar em todas as ati- Julgue os itens a seguir, relativos às organi-
vidades, sem distinções, não havendo mais zações modernas e suas estruturas.
funcionário com apenas uma atribuição. Al- As organizações modernas têm como obje-
guns dos colaboradores do setor estão en- tivo fundamental o alcance de resultados
volvidos em um projeto de implantação de predeterminados, razão pela qual, nessas
um novo sistema de controle de prontuá- instituições, as atividades devem ser organi-
rios médicos, desenvolvendo seus trabalhos zadas e agrupadas.
em outro prédio, e subordinados ao gerente
( ) Certo ( ) Errado
desse projeto, que é de outro setor.
Acerca dessa situação hipotética, julgue os 20. (14419) CESPE – 2012 – ADMINISTRAÇÃO
itens a seguir. GERAL – Estrutura Organizacional, Organi-
A departamentalização funcional é a mais zação, Processo Organizacional
indicada para as mudanças programadas O processo de administração adequada-
pelo diretor. mente executado envolve atividades como
( ) Certo ( ) Errado planejar, organizar, liderar e controlar. Com
relação ao processo administrativo, julgue
os itens a seguir.
17. (14426) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Estrutura Organizacional, Organi- A existência de duas linhas de comando,
zação, Processo Organizacional ou seja, de dois chefes aos quais os demais
administradores devem se reportar, é
Julgue os itens a seguir, relativos às organi- característica da estrutura em linha e
zações modernas e suas estruturas. assessoria.
Nas organizações modernas, as redes sociais ( ) Certo ( ) Errado
e pessoais, fundamentais para a estrutura
organizacional, integram a sua estrutura
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21. (14415) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO 24. (14435) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Estrutura Organizacional, Organi- GERAL – Estrutura Organizacional,
zação, Processo Organizacional Departamentalização, Organização,
Processo Organizacional
A amplitude de controle em uma organi-
zação deve ser reduzida nos casos em que Estrutura Organizacional; De acordo com
o trabalho seja rotineiro, os subordinados, um dos princípios da departamentalização,
altamente treinados, o administrador, alta- as atividades de controle devem estar
mente capacitado, os cargos, similares e as separadas das que serão objeto de controle.
medidas de desempenho, comparáveis.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
25. (14443) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
22. (14416) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO GE- GERAL – Estrutura Organizacional, Organi-
RAL – Estrutura Organizacional, Organiza- zação, Processo Organizacional
ção, Processo Organizacional
Julgue os itens que se seguem, com relação
As organizações contemporâneas que se ao processo administrativo.
destacam adotam, quanto à natureza da
hierarquia, uma ordem social de classifi- A organização centralizada é a melhor for-
cação, status e privilégio distinto daquelas ma de evitar o descontrole na distribuição
organizações mais tradicionais. Dentro dos de medicamentos.
níveis hierárquicos, as pressões levam ao ( ) Certo ( ) Errado
aumento do trabalho em equipe, à redução
de tarefas e de exigências de trabalho, bem
como maior 26. (14444) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Estrutura Organizacional, Departa-
a) ênfase nos procedimentos formais. mentalização, Organização, Processo Orga-
b) ênfase nos controles internos. nizacional
c) estruturalismo funcionalista.
d) exigência de cargos no nível tático. Ao assumir a direção do novo setor de ca-
e) exigência de competências. dastro do sistema único de saúde (SUS), o
diretor propôs uma redistribuição de fun-
23. (14434) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO ções de modo a dar mais autoridade aos
GERAL – Estrutura Organizacional, Departa- supervisores e capacidade de cobrança dos
mentalização, Organização, Processo Orga- resultados a serem obtidos por cada área.
nizacional Posteriormente, determinou que todos os
funcionários deviam atuar em todas as ati-
Acerca de departamentalização, julgue os vidades, sem distinções, não havendo mais
itens que se seguem. funcionário com apenas uma atribuição. Al-
A departamentalização por clientes atende guns dos colaboradores do setor estão en-
de forma mais apropriada a organização volvidos em um projeto de implantação de
cujos objetivos principais sejam o lucro e a um novo sistema de controle de prontuá-
produtividade. rios médicos, desenvolvendo seus trabalhos
em outro prédio, e subordinados ao gerente
( ) Certo ( ) Errado desse projeto, que é de outro setor.
Acerca dessa situação hipotética, julgue os
itens a seguir.
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No contexto da mudança no sistema de 30. (14412) FCC – 2013 – ADMINISTRAÇÃO GE-
controle de prontuário, a departamentali- RAL – Estrutura Organizacional, Organiza-
zação por processos não seria suficiente- ção, Processo Organizacional
mente flexível para recepcionar a mudança
acarretada. Estrutura Organizacional é
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Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.
http://acasadasquestoes.com.br/simulados/resolver/H7266831
Gabarito: 1. (60090) C 2. (60095) B 3. (60086) A 4. (46022) Errado 5. (14454) Errado 6. (43721) D 7. (60096) A
8. (71637) D 9. (102223) Errado 10. (81585) B 11. (102221) Certo 12. (95263) B 13. (82651) C 14. (2686) Certo
15. (14446) Certo 16. (14445) Errado 17. (14426) Errado 18. (14427) Errado 19. (14423) Certo 20. (14419) Errado
21. (14415) Errado 22. (14416) E 23. (14434) Errado 24. (14435) Certo 25. (14443) Certo 26. (14444) Certo
27. (14441) Errado 28. (14439) Errado 29. (14438) Errado 30. (14412) C
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3.3. Departamentalização
3.3.2. Abordagens
Distintas abordagens podem ser utilizadas no desenho dos departamentos, sendo as mais
comuns a funcional, a divisional e a matricial (somatório da funcional com a divisional). Além
dessas, há a abordagem em equipe (equipes multifuncionais) e em rede (redes de empresas),
as quais são explicadas no capítulo de estrutura organizacional.
A abordagem funcional segue o princípio da especialização, separando departamentos de acor-
do com a função desempenhada por cada um na organização (Financeiro, RH, Marketing, Pro-
dução, etc.).
1990 www.acasadoconcurseiro.com.br
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www.acasadoconcurseiro.com.br 1991
3.3.3.1. Vantagens
3.3.3.2. Desvantagens
1992 www.acasadoconcurseiro.com.br
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3.3.4.1. Vantagens
•• Fortalece a especialização no produto: fixa a responsabilidade de cada departamento para
um produto/serviço ou linha de produto/serviço, pois cada uma dessas divisões funciona
como uma unidade de resultados;
•• Facilita a coordenação entre as diferentes áreas dento de cada divisão: a preocupação prin-
cipal é o produto e as atividades das áreas envolvidas dão pleno suporte;
•• Permite maior flexibilidade: as unidades produtivas podem ser maiores ou menores, con-
forme as condições;
•• Facilita a inovação, pois requer cooperação e comunicação dos vários grupos que contri-
buem para gerar o produto.
3.3.4.2. Desvantagens
•• Enfraquecimento da especialização funcional: dispersa os especialistas nas diversas divi-
sões orientadas para os produtos;
•• Gera custos operacionais elevados pela duplicidade de atividades, por isso não é indicada para
circunstâncias externas não mutáveis e para empresas com pouca variabilidade dos produtos;
•• É difícil coordenar políticas gerais da organização;
•• Em situações de instabilidade externa, pode gerar temores e ansiedades na força de
trabalho de determinada linha de produto, em função da possibilidade de desemprego;
•• Pode desestabilizar a estrutura caso um gerente de produto adquira muito poder.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1993
3.3.5.1. Vantagens
•• Foco mercadológico: amplia a área de atuação, atingindo maior número de clientes/forne-
cedores;
•• Fortalece especialização quanto ao local: agilidade e vantagem competitiva pelo maior co-
nhecimento do local;
•• Permite fixar a responsabilidade de lucro e de desempenho no comportamento local ou
regional, além de encorajar os executivos a pensar em termos de sucesso de território;
•• As características da empresa podem acompanhar adequadamente as variações de condi-
ções e características locais.
3.3.5.2. Desvantagens
•• Dificuldade de coordenar políticas gerais da organização: o enfoque territorial pode deixar
em segundo plano a coordenação da empresa como um todo (aspectos de planejamento,
execução e controle), em face do grau de liberdade e autonomia nas regiões;
•• Enfraquece especialização funcional: a preocupação estritamente territorial concentra-se
mais nos aspectos mercadológicos e de produção e quase não requer apoio dos especialis-
tas (staff) da matriz da empresa.
•• Duplicação de instalações e de funções;
•• Em situações de instabilidade externa em determinada região, pode gerar temores e ansie-
dades na força de trabalho em função da possibilidade de desemprego ou prejuízo funcional.
1994 www.acasadoconcurseiro.com.br
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3.3.6.1. Vantagens
•• Atendimento personalizado: quando a satisfação do cliente é o aspecto mais crítico da or-
ganização, ou seja, quando um tipo de cliente é o mais importante, e os produtos e serviços
devem ser adaptados às suas necessidades.
•• Dispõe os executivos e todos os participantes da organização para satisfazer as necessida-
des e os requisitos dos clientes;
•• Possibilita conhecimento e atendimento contínuo e rápido às necessidades específicas de
diferentes tipos de clientes.
3.3.6.2. Desvantagens
•• As demais atividades da organização – produção, finanças – podem se tornar secundárias
ou acessórias, em face da preocupação compulsiva com o cliente;
•• Os demais objetivos da organização – lucratividade, produtividade – podem ser deixados
de lado ou sacrificados.
•• Pode gerar conflitos com outras áreas em função de tratamentos preferenciais a certos
clientes.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1995
A departamentalização por processos é semelhante à por produtos/serviços. A diferença é que,
na departamentalização por produtos/serviços, o foco é o produto final, enquanto na abordagem
por processos são focados os fluxos de trabalho em si, cada um gerando partes do produto final.
3.3.7.1. Vantagens
•• Fixa a responsabilidade e a união dos esforços dos em determinado processo;
•• Extrai vantagens econômicas oferecidas pela própria natureza do equipamento ou da
tecnologia. A tecnologia passa a ser o foco e o ponto de referência para o agrupamento de
unidades e posições.
•• Maior especificação dos recursos alocados;
•• Possibilidade de comunicação mais rápida de informações técnicas;
•• Melhor coordenação e avaliação de cada parte do processo;
•• Maiores níveis de produtividade e de qualidade.
3.3.7.2. Desvantagens
•• Possibilidade de perda da visão global da interligação entre diferentes processos.
•• Quando a tecnologia utilizada sofre mudanças e desenvolvimento revolucionários, a ponto
de alterar profundamente os processos;
•• Deve haver especial cuidado com a coordenação dos distintos processos.
1996 www.acasadoconcurseiro.com.br
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3.3.8.1. Vantagens
•• Foco no resultado – permite melhor atendimento das necessidades dos clientes;
•• Alta responsabilização e engajamento da equipe e do gerente de projetos;
•• Permite a concentração de recursos e especialistas para realizar um trabalho complexo;
•• É uma estrutura organizacional flexível e mutável, que se adapta às necessidades de cada
projeto;
•• Melhoria no controle da execução – cumprimento de prazos e orçamentos.
3.3.8.2. Desvantagens
•• Isolamento da equipe no seu projeto – como cada equipe está focada em seu próprio pro-
jeto, não há comprometimento com a empresa e há dificuldade de comunicação entre os
projetos realizados pela organização (dificuldade de coordenar políticas gerais);
•• Em projetos muito grandes, podem ocorrer dificuldades no gerenciamento da equipe.
•• Duplicação de esforços quando dois ou mais especialistas trabalham em um mesmo pro-
blema ou assunto, mas em projetos diferentes;
•• Cada projeto é único, inédito, e envolve muitas habilidades e conhecimentos dispersos na
empresa ao longo de seu ciclo de execução. Assim, quando termina uma fase, ou mesmo o
projeto, a empresa pode ser obrigada a dispensar pessoal ou a paralisar máquinas e equi-
pamentos se não tiver outro projeto em vista.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1997
Pode ser definida, também, como a combinação da abordagem divisional com a funcional, ou
então, conforme o tipo mais comum, a combinação da departamentalização funcional com a
de projetos.
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3.3.9.1. Vantagens
•• Maior versatilidade e otimização dos recursos;
•• Forma efetiva para conseguir resultados ou resolver problemas complexos;
•• Mais fortemente orientada para resultados;
•• Maior grau de especialização.
3.3.9.2. Desvantagens
•• Ambiguidade de papéis e relações das pessoas – conflito de interesses entre linha e projeto;
•• Duplicidade de autoridade e comando.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1999
Há outros tipos menos difundidos de departamentalização que acabam sendo cópias conceitu-
ais dos apresentados aqui e, por isso, não foram detalhados. Exemplos:
•• Por quantidade: agrupar uma certa quantidade de pessoas não diferenciáveis para execu-
tar tarefas sob as ordens de um superior.
•• Por turno: um conjunto de atividades similares é alocado em diferentes unidades organiza-
cionais, tendo em vista o turno (manhã, tarde ou noite) em que essas atividades similares
são realizadas.
•• Por área do conhecimento: comum em universidades, pois agrupa as atividades de acordo
com a área de conhecimento (matemática, química, física, etc.).
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Questões
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5. (82651) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO O processo de agrupar as tarefas é a(o)
GERAL – Estrutura – Organizacional, Depar- a) competitividade
tamentalização, Processo Organizacional, b) departamentalização
Organização c) descentralização
No que se refere aos diferentes agrupamen- d) produtividade
tos departamentais utilizados atualmente e) planejamento
nas organizações, assinale a opção correta.
8. (102223) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO
a) O agrupamento em que se organizam as GERAL – Estrutura Organizacional, Departa-
pessoas de acordo com o que é produzido mentalização
na organização denomina-se funcional.
b) No agrupamento de rede, as pessoas são No que diz respeito às organizações con-
organizadas de acordo com processos de temporâneas, julgue o item a seguir.
trabalho ou fluxos de informação. Dividir a carga total de trabalho em tarefas
c) Agrupamentos multifocados são utili- que possam ser realizadas de modo lógico,
zados por organizações em que se ado- encadeado e confortável por parte das pes-
tam, simultaneamente, dois modelos soas é exemplo de departamentalização, que
de agrupamento. é um elemento da estrutura organizacional.
d) Denomina-se horizontal o modelo que
se fundamenta na coordenação e na co- ( ) Certo ( ) Errado
laboração com outras organizações, tal
como ocorre na terceirização. 9. (102221) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO
e) No agrupamento divisional, reúnem-se GERAL – Estrutura Organizacional, Departa-
pessoas que executam as mesmas fun- mentalização
ções ou processos.
No que diz respeito às organizações con-
6. (82680) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO temporâneas, julgue o item a seguir.
GERAL – Estrutura – Organizacional, Depar- Em uma organização com estrutura matricial,
tamentalização, Processo Organizacional, um empregado, na realização de suas atri-
Organização buições de atendimento, responde hierar-
Julgue o item a seguir, relativo à estrutura quicamente aos seus superiores de unidades
organizacional. distintas, de modo simultâneo, para que as
demandas de atendimento sejam cumpridas.
Nas organizações, a departamentalização
por objetivos é utilizada para definir as prin- ( ) Certo ( ) Errado
cipais unidades organizacionais, como pro-
dução, finanças e vendas. 10. (82681) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
( ) Certo ( ) Errado GERAL – Departamentalização, Estrutura
Organizacional, Processo Organizacional,
7. (81585) CESGRANRIO – 2014 ADMINISTRAÇÃO Organização
– GERAL Funções – da Administração, Departa- Julgue o item a seguir, relativo à estrutura
mentalização, Estrutura Organizacional organizacional.
A organização de uma empresa envolve di- Na estrutura matricial, as tarefas de uma or-
versas atividades para que haja maior efi- ganização são unificadas de acordo com os
ciência. Uma dessas atividades é o agrupa- seus objetivos, gerando estruturas divisio-
mento das tarefas de tal forma que se torne nais como, por exemplo, produtos e clientes.
mais fácil a coordenação e integração das
atividades. ( ) Certo ( ) Errado
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11. (14446) CESPE – 2010 ADMINISTRAÇÃO rios médicos, desenvolvendo seus trabalhos
GERAL – Estrutura Organizacional, Departa- em outro prédio, e subordinados ao gerente
mentalização, Organização, Processo Orga- desse projeto, que é de outro setor.
nizacional Acerca dessa situação hipotética, julgue os
Ao assumir a direção do novo setor de ca- itens a seguir.
dastro do sistema único de saúde (SUS), o A departamentalização funcional é a mais
diretor propôs uma redistribuição de fun- indicada para as mudanças programadas
ções de modo a dar mais autoridade aos pelo diretor.
supervisores e capacidade de cobrança dos
resultados a serem obtidos por cada área. ( ) Certo ( ) Errado
Posteriormente, determinou que todos os
funcionários deviam atuar em todas as ati- 13. (14435) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
vidades, sem distinções, não havendo mais GERAL – Estrutura Organizacional, Departa-
funcionário com apenas uma atribuição. Al- mentalização, Organização, Processo Orga-
guns dos colaboradores do setor estão en- nizacional
volvidos em um projeto de implantação de Estrutura Organizacional; De acordo com
um novo sistema de controle de prontuá- um dos princípios da departamentalização,
rios médicos, desenvolvendo seus trabalhos as atividades de controle devem estar
em outro prédio, e subordinados ao gerente separadas das que serão objeto de controle.
desse projeto, que é de outro setor.
( ) Certo ( ) Errado
Acerca dessa situação hipotética, julgue os
itens a seguir. 14. (14434) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
Os colaboradores que estão envolvidos no pro- GERAL – Estrutura Organizacional, Departa-
jeto do sistema de controle de prontuários mé- mentalização, Organização, Processo Orga-
dicos estão vivendo uma situação com caracte- nizacional
rísticas de departamentalização matricial. Acerca de departamentalização, julgue os
itens que se seguem.
( ) Certo ( ) Errado
A departamentalização por clientes aten-
de de forma mais apropriada a organização
12. (14445) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO cujos objetivos principais sejam o lucro e a
GERAL – Estrutura Organizacional, Departa- produtividade.
mentalização, Organização, Processo Orga-
nizacional ( ) Certo ( ) Errado
Ao assumir a direção do novo setor de ca- 15. (14424) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO GE-
dastro do sistema único de saúde (SUS), o RAL – Estrutura Organizacional, Departamenta-
diretor propôs uma redistribuição de fun- lização, Organização, Processo Organizacional
ções de modo a dar mais autoridade aos
supervisores e capacidade de cobrança dos Julgue os itens a seguir, relativos às organi-
resultados a serem obtidos por cada área. zações modernas e suas estruturas.
Posteriormente, determinou que todos os A departamentalização matricial, por meio
funcionários deviam atuar em todas as ati- da qual se unem a estrutura funcional e a
vidades, sem distinções, não havendo mais de projeto, é necessária em razão de as ins-
funcionário com apenas uma atribuição. Al- tituições terem, atualmente, filiais em di-
guns dos colaboradores do setor estão en- versas cidades ou países.
volvidos em um projeto de implantação de
( ) Certo ( ) Errado
um novo sistema de controle de prontuá-
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16. (14422) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO ções de modo a dar mais autoridade aos
GERAL – Departamentalização, Estrutura supervisores e capacidade de cobrança dos
Organizacional, Organização, Processo Or- resultados a serem obtidos por cada área.
ganizacional Posteriormente, determinou que todos os
Acerca de departamentalização, julgue os funcionários deviam atuar em todas as ati-
itens que se seguem. vidades, sem distinções, não havendo mais
funcionário com apenas uma atribuição. Al-
O enfraquecimento da especialização cons- guns dos colaboradores do setor estão en-
titui uma desvantagem da departamentali- volvidos em um projeto de implantação de
zação geográfica. um novo sistema de controle de prontuá-
( ) Certo ( ) Errado rios médicos, desenvolvendo seus trabalhos
em outro prédio, e subordinados ao gerente
desse projeto, que é de outro setor.
17. (14436) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Estrutura Organizacional, Departa- Acerca dessa situação hipotética, julgue os
mentalização, Organização, Processo Orga- itens a seguir.
nizacional No contexto da mudança no sistema de con-
Acerca de departamentalização, julgue os trole de prontuário, a departamentalização
itens que se seguem. por processos não seria suficientemente fle-
xível para recepcionar a mudança acarretada.
A departamentalização por processos favo-
rece a rápida adaptação da empresa às mu- ( ) Certo ( ) Errado
danças organizacionais.
20. (14440) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
( ) Certo ( ) Errado GERAL – Departamentalização, Estrutura
Organizacional, Organização, Processo
18. (14437) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO Organizacional
GERAL – Departamentalização, Estrutura Julgue os itens seguintes, relativos a tipos
Organizacional, Organização, Processo Or- de estrutura organizacional, natureza e fina-
ganizacional lidades das organizações formais modernas.
Acerca de departamentalização, julgue os A estrutura matricial é indicada para organi-
itens que se seguem. zações que lidam com projetos específicos.
A departamentalização funcional é adequa- ( ) Certo ( ) Errado
da para o desenvolvimento de atividades
continuadas e rotineiras em que sejam uti-
lizados recursos especializados. 21. (14439) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO GE-
RAL – Estrutura Organizacional, Departamenta-
( ) Certo ( ) Errado lização, Organização, Processo Organizacional
Julgue os itens seguintes, relativos a tipos
19. (14444) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO de estrutura organizacional, natureza e fina-
GERAL – Estrutura Organizacional, Departa- lidades das organizações formais modernas.
mentalização, Organização, Processo Orga-
nizacional A organização estruturada de forma simples
e centralizada em torno de uma autoridade
Ao assumir a direção do novo setor de ca- máxima adota estrutura funcional.
dastro do sistema único de saúde (SUS), o
diretor propôs uma redistribuição de fun- ( ) Certo ( ) Errado
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22. (14438) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO 23. (14417) CESPE – 2012 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Estrutura Organizacional, Departa- GERAL – Estrutura Organizacional, Departa-
mentalização, Organização, Processo Orga- mentalização, Organização, Processo Orga-
nizacional nizacional
Acerca de departamentalização, julgue os A estrutura funcional é a mais adequada
itens que se seguem. para uma organização pública que tenha um
quadro de profissionais com pouca especia-
A departamentalização por produto permite lização na área técnica e grande variedade
uma visão única acerca da organização e o de produtos ou serviços.
controle eficaz sobre seu conjunto.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
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Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.
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Gabarito: 1. (71638) C 2. (79199) Certo 3. (42490) Errado 4. (75791) C 5. (82651) C 6. (82680) Errado 7. (81585) B
8. (102223) Errado 9. (102221) Certo 10. (82681) Errado 11. (14446) Certo 12. (14445) Errado 13. (14435) Certo
14. (14434) Errado 15. (14424) Errado 16. (14422) Certo 17. (14436) Errado 18. (14437) Certo 19. (14444) Certo
20. (14440) Certo 21. (14439) Errado 22. (14438) Errado 23. (14417) Errado
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4. GESTÃO DE PESSOAS: CONCEITO, OBJETIVOS E FUNÇÕES
A gestão de pessoas (GP) é uma forma moderna de a organização se relacionar com seus pro-
fissionais. Enquanto as formas tradicionais de gestão de recursos humanos são burocratizadas,
centralizadas e focadas no controle, a moderna gestão de pessoas é focada na estratégia, carac-
terizando-se pela flexibilidade, descentralização e autonomia dos profissionais.
Há pouco tempo, um departamento de recursos humanos atuava de forma mecanicista: con-
tratava profissionais com experiência e conhecimento técnico, cuidava da folha de pagamento
e pressupunha que bastava o poder hierárquico e o salário no final do mês para se alcançar a
obediência dos funcionários e os resultados esperados.
Os avanços observados nas últimas décadas têm levado as organizações a buscarem novas for-
mas de gestão com o intuito de melhorar o desempenho e alcançar resultados para o pleno
atendimento das necessidades dos clientes.
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Devido a isso, o papel das pessoas nas organizações foi revisto: deixaram de ser recursos (ou
custos) e assumiram uma posição estratégica de parceiros.
Nesse novo contexto, as pessoas são vistas no ambiente de trabalho como:
•• Seres humanos: personalidade própria; diferentes entre si; origens e histórias particulares;
conhecimentos, habilidades e competências distintas.
•• Ativadores de recursos organizacionais: fonte de impulso capaz de dinamizar a organiza-
ção, de mudá-la, renová-la e torná-la competitiva.
•• Parceiros da organização: a partir de uma relação ganha-ganha (reciprocidade), as pessoas
são capazes de conduzir a organização ao sucesso e, por conseguinte, serem beneficiadas.
•• Talentos fornecedores de competências: portadoras de competências essenciais ao suces-
so organizacional.
•• Capital humano: consideradas o principal ativo, pois agregam inteligência ao negócio.
A Gestão de Pessoas também evoluiu ao longo do tempo, para acompanhar as mudanças so-
ciais e empresariais. Essa evolução é vista de forma diferente por diversos autores:
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•• Fischer (2002) – as grandes correntes teóricas sobre gestão de pessoas podem ser
agrupadas em quatro categorias principais:
1. Modelo articulado de gestão de pessoas como departamento pessoal – até década de 20 –
foco no controle, eficiência, taylorismo, fordismo;
2. Como gestão do comportamento humano – a parit da década de 20 – uso da psicologia,
behaviorismo, pessoas têm necessidades a serem satisfeitas;
3. Como gestão estratégica – a partir da década de 70/80 – vincular GP às estratégias, pessoas
colaboram para o alcance dos objetivos;
4. Como gestão por competência e vantagem competitiva – a partir dos anos 80 – core
competences, busca e vantagens competitivas, papel das pessoas na transição entre o
estado atual das empresas e onde elas almejam estar no futuro.
1. Fase contábil (até 1930): caracteriza-se pela preocupação com os custos da organização. Os
trabalhadores eram vistos, exclusivamente, sob o enfoque contábil.
2. Fase legal (1930 – 1950): preocupação com o acompanhamento e manutenção das recém-
-criadas leis trabalhistas da era getulista.
3. Fase tecnicista (1950 – 1965): o Brasil implantou o modelo americano de gestão de pessoas
e alavancou a função de RH ao status orgânico de gerência.
4. Fase administrativa (1965 – 1985): regulamentada a profissão Técnico de Administração.
Após começo conturbado do regime militar, houve rearticulação dos trabalhadores no final
da década de 70, formando a base que implementou um movimento denominado "novo
sindicalismo".
5. Fase estratégica (1985 – atualmente): demarcada pela introdução dos primeiros programas
de gestão estratégica de pessoas atrelados ao planejamento estratégico das organizações.
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Capital humano é o patrimônio (inestimável) que uma organização pode reunir para alcançar
vantagens competitivas. Possui dois aspectos principais:
•• Talento: tipo especial de pessoa, dotada de diferenciais como conhecimento (saber), habili-
dade (saber fazer), julgamento (saber analisar o contexto) e atitudes (querer fazer).
•• Cultura: conjunto de características que difere uma organização das outras. Deve inspi-
rar confiança, comprometimento e satisfação.
As políticas de GP referem-se às maneiras pelas quais a organização pretende lidar com seus
membros e por intermédio deles atingir os objetivos organizacionais, permitindo (também) o
alcance dos objetivos individuais. Tais políticas são, portanto, como guias de ação que orientam
os processos de GP.
•• Atuar nesse ambiente moderno complexo, ajudando a organização a realizar sua missão.
•• Proporcionar um ambiente com pessoas competentes e motivadas para o alcance dos ob-
jetivos organizacionais e individuais.
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As múltiplas faces de atuação
da Gestão de Pessoas conver-
gem para quatro grandes pa-
péis, conforme figura ao lado.
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GP é uma responsabilidade de linha (do gestor do funcionário) e uma função de Staff (da área
de GP).
Por fim, em uma visão estratégica, o conjunto de políticas e práticas de gestão de pessoas deve
possuir as seguintes propriedades:
•• Integração mútua: permite ao gestor avaliar os desdobramentos de uma decisão relativa
à remuneração de uma pessoa no conjunto das remunerações da organização, na massa
salarial, no sistema de carreira, no sistema de desenvolvimento; enfim, em todos os demais
aspectos da gestão de pessoas dentro da organização;
•• Integração com a estratégia organizacional: é fundamental que as políticas e práticas de
gestão de pessoas estejam alinhadas com os objetivos da organização, seus valores e mis-
são;
•• Integração com as expectativas das pessoas: é fundamental, também, que essas políticas
e práticas estejam alinhadas com as expectativas das pessoas para sua legítima efetividade.
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4.1. O Macroprocesso de Gestão de Pessoas
A gestão de pessoas pode ser vista como um macroprocesso composto por diversos processos.
Tais processos, por sua vez, são compostos pelas distintas atividades que uma organização rea-
liza para gerenciar as pessoas:
•• Agregar pessoas/talentos à organização;
•• Integrar e orientar;
•• Modelar o trabalho (individual ou em equipe) para torná-lo significativo;
•• Avaliar o desempenho e melhorá-lo continuamente;
•• Recompensar pelo desempenho e alcance de resultados;
•• Comunicar, transmitir conhecimento e proporcionar feedback;
•• Treinar e desenvolver;
•• Proporcionar boas condições de trabalho e melhorar a qualidade de vida;
1. Agregar: são os processos utilizados para incluir novas pessoas na organização. Podem ser
denominados processos de provisão ou de suprimento de pessoas e têm início com o pla-
nejamento de recursos humanos. Incluem recrutamento e seleção de pessoas.
2. Aplicar: uma vez recrutadas e selecionadas, as pessoas deverão ser integradas à organização,
posicionadas em seus respectivos cargos e tarefas e avaliadas quanto ao seu desempenho.
São os processos utilizados para desenhar as atividades que as pessoas irão realizar na em-
presa, orientar e acompanhar seu desempenho. Incluem desenho organizacional e de cargos,
análise e descrição de cargos, orientação às pessoas e avaliação do desempenho.
3. Recompensar: são os processos utilizados para incentivar as pessoas e satisfazer suas necessidades
individuais mais elevadas. Incluem recompensas, remuneração e benefícios e serviços sociais.
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5. Manter: são os processos utilizados para criar condições ambientais e psicológicas satis-
fatórias para as atividades das pessoas. Incluem administração da cultura organizacional,
clima, disciplina, higiene, segurança, qualidade de vida e manutenção de relações sindicais.
6. Monitorar: são os processos utilizados para acompanhar e controlar as atividades das pes-
soas e verificar resultados. Incluem banco de dados e sistemas de informações gerenciais.
Resumindo: a Gestão de Pessoas consiste na maneira pela qual uma instituição se organiza
para gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho, e, para isso, define princípios,
estratégias, políticas e práticas de gestão. Por meio desses mecanismos, implementa diretrizes
e orienta os estilos de atuação dos gestores e das pessoas.
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A seguir, um modelo de diagnóstico de Gestão de Pessoas, conforme Chiavenato.
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c) Pouca ênfase no desempenho – muitas organizações públicas ainda não vinculam a realiza-
ção do trabalho com o adequado desempenho. Entenda-se por desempenho a realização do
trabalho de forma eficiente, eficaz e efetiva (o trabalho sendo realizado da melhor forma pos-
sível, direcionado para o alcance dos objetivos e metas da organização, atingindo os resulta-
dos desejados no prazo previsto e satisfazendo aqueles para os quais o trabalho é realizado);
Em muitas das organizações públicas brasileiras, as áreas que cuidam da gestão de pessoal ain-
da se dedicam principalmente às atividades relacionadas à folha de pagamento, aos benefícios
da aposentadoria e afins às proposição de leis, regras e regulamentos, além de desenvolver
algumas ações pontuais e emergenciais de treinamento e capacitação.
Essas características correspondem ao perfil de uma área denominada de "departamento de
pessoal", na qual se destacam características prejudiciais, como: utilização do tempo de serviço
como critério prioritário para a progressão; utilização da gratificação como forma improvisa-
da de compensação à impossibilidade de aumento salarial; descrição de cargos,que da forma
como é realizada, limita o escopo de atuação dos funcionários, desestimulando a multifuncio-
nalidade e a visão sistêmica e configurando com frequência os desvios de função que são muito
comuns nos diversos órgãos públicos em todos os âmbitos; recrutamento e seleção realizados
por concursos têm foco baseado em cargos e não em competências; a forma genérica como
os cargos são descritos possibilita a alocação das pessoas em áreas com características muito
diferentes e não supre as reais necessidades em relação às competências necessárias para a
realização de suas atividades típicas.
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A forma de atuação da área de departamento pessoal é geralmente reativa, respondendo
quando acionadas pelas demandas das outras áreas da organização e funcionários, indicando
que elas não possuem o controle dos assuntos que estariam afetos à sua responsabilidade.
A substituição da administração de pessoal (modelo antigo) por uma verdadeira gestão de pes-
soas (visão moderna) implica a implementação de mudanças em busca de uma gestão estraté-
gica de pessoas. O conceito de gestão estratégica refere-se a um tipo de gestão que se preocu-
pa com os objetivos e as metas da organização e com o desempenho e as formas de atuação
mais adequados para concretizá-los, considerando-se o curto, o médio e o longo prazos. O foco
é a definição dos resultados esperados, o planejamento e o monitoramento das ações para seu
alcance.
Os principais mecanismos e instrumentos da gestão estratégica de pessoas são:
a) Planejamento de recursos humanos;
b) Gestão de competências;
c) Capacitação continuada com base em competências; e
d) Avaliação de desempenho e de competências.
O modelo de gestão estratégica de pessoas inclui a definição dos perfis profissionais necessá-
rios para atuar na organização, além do estabelecimento de uma política que ofereça o respal-
do adequado para a sustentabilidade da gestão. Os principais aspectos a serem contemplados
por essa política incluem:
•• A definição de critérios para o recrutamento de pessoal, baseado nas competências neces-
sárias à organização;
•• O estabelecimento de uma estratégia de desenvolvimento profissional e pessoal que possi-
bilite o aprimoramento contínuo do quadro de pessoal;
•• A estruturação da avaliação do desempenho que permita, além da vinculação à progressão
do funcionário, a identificação das necessidades de capacitação;
•• A definição de critérios para a criação de carreiras que estimulem o desenvolvimento pro-
fissional e o desempenho;
•• O estabelecimento de uma estratégia de realocação e de redistribuição de funcionários
que seja compatível com os perfis e quantitativos necessários à organização.
A transformação dos órgãos públicos para a configuração de um modelo pautado por resulta-
dos pressupõe, portanto, a ruptura com alguns dos padrões gerenciais vigentes e o profundo
repensar de outros. Essa mudança vem ocorrendo desde o final da década de 1990 e, mais re-
centemente, por meio do decreto nº 5.707/2006, que instituiu a Política e as Diretrizes para o
Desenvolvimento de Pessoal da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
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Questões
3. (70521) CESPE – 2014 – GESTÃO DE PESSOAS 6. (70519) CESPE – 2014 – GESTÃO DE PESSO-
Evolução, Papéis e Processos de Gestão de AS Evolução, Papéis e Processos de Gestão
Pessoas de Pessoas
Acerca das atribuições tradicionais e estra- Acerca das atribuições tradicionais e estra-
tégicas da área de gestão de pessoas, julgue tégicas da área de gestão de pessoas, julgue
o seguinte item. o seguinte item.
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O cadastro e a aplicação da legislação de pes- 9. (94069) CESPE – 2015 – GESTÃO DE PESSO-
soal, a capacitação, o desenvolvimento e a ava- AS Evolução, Papéis e Processos de Gestão
liação de desempenho dos servidores públicos de Pessoas
são atribuições estratégicas das unidades de Acerca das funções e dos objetivos básicos da
gestão de pessoas da administração pública. gestão de pessoas, julgue o item que se segue.
( ) Certo ( ) Errado As unidades de gestão de pessoas contri-
buem diretamente para que as organizações
7. (97747) FGV – 2015 – GESTÃO DE PESSOAS alcancem suas metas econômico-financeiras.
Evolução, Papéis e Processos de Gestão de ( ) Certo ( ) Errado
Pessoas
Na gestão pública contemporânea são cres- 10. (42506) CESPE – 2013 – GESTÃO DE PESSO-
centes os esforços no sentido de avaliar e AS Evolução, Papéis e Processos de Gestão
mensurar o desempenho. Passa a ser impor- de Pessoas
tante reconhecer que as ações relacionadas
à gestão de pessoas também devem ter seus Julgue o item a seguir, relativo a administra-
reflexos avaliados e mensurados. ção e gestão de pessoas nas organizações.
Uma medida que indique os reflexos das Um desafio inerente à gestão de pessoas é a
ações na área de gestão de pessoas pode prospecção dos cenários futuros da organi-
ser um índice de: zação e a identificação de oportunidades de
melhoria nas atividades, rotinas e procedi-
a) atendimento demanda de produtos; mentos do dia a dia.
b) clima organizacional;
c) cumprimento do Plano de Obras; ( ) Certo ( ) Errado
d) economicidade em compras;
e) execução do orçamento estratégico. 11. (42424) CESPE – 2014 – GESTÃO DE PESSO-
AS Evolução, Papéis e Processos de Gestão
8. (94073) CESPE – 2015 – GESTÃO DE PESSOAS de Pessoas
Evolução, Papéis e Processos de Gestão de Julgue o item a seguir, referente à gestão de
Pessoas pessoas nas organizações.
No que se refere ao gerenciamento estraté- Necessariamente, uma unidade de gestão
gico de pessoas, julgue o item subsequente. de pessoas deve atuar proativamente como
defensora dos empregados de uma empre-
Na formulação de políticas de gestão de sa, quando for solicitada por gerente ou
pessoas, devem-se considerar tanto as ca- chefia imediata para dirimir conflitos inter-
racterísticas dos ambientes organizacionais pessoais no ambiente de trabalho.
— o mercado de trabalho, por exemplo —
quanto os aspectos inerentes ao contexto ( ) Certo ( ) Errado
organizacional, como, por exemplo, as es-
tratégias competitivas. 12. (26367) CESPE – 2013 – GESTÃO DE PESSO-
AS Evolução, Papéis e Processos de Gestão
( ) Certo ( ) Errado de Pessoas
As organizações públicas e privadas alcan-
çam suas metas por meio das pessoas. Por
essa razão, a área de gestão de pessoas vem
assumindo posição de destaque em muitas
dessas organizações. A respeito desse as-
sunto, julgue o item a seguir.
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Mesmo produzindo informações relevantes e 15. (26368) CESPE – 2013 – GESTÃO DE PESSOAS
realizando ações cruciais, a área de gestão de Evolução, Papéis e Processos de Gestão de
pessoas pouco tem a contribuir na formulação Pessoas
do planejamento estratégico da organização.
As organizações públicas e privadas alcan-
( ) Certo ( ) Errado çam suas metas por meio das pessoas. Por
essa razão, a área de gestão de pessoas vem
13. (26320) CESPE – 2011 – GESTÃO DE PESSOAS assumindo posição de destaque em muitas
Evolução, Papéis e Processos de Gestão de dessas organizações. A respeito desse as-
Pessoas sunto, julgue o item a seguir.
Considerando a gestão de pessoas nas
organizações, assinale a opção correta. A fim de maximizar o desenvolvimento das
pessoas e da organização, é tarefa da área
a) As políticas de manutenção de recursos de gestão de pessoas disseminar junto aos
humanos envolvem critérios de plane- gestores a necessidade de valorizar e tratar
jamento, alocação e movimentação in- os servidores da instituição como colabora-
terna de pessoas nas organizações. dores e parceiros de negócio.
b) A principal etapa do desenho de um siste-
ma de informação gerencial para a gestão ( ) Certo ( ) Errado
de pessoas é a observação do desempe-
nho individual esperado na organização. 16. (42401) CESPE – 2014 – GESTÃO DE PESSOAS
c) A integração, a higiene e a segurança Evolução, Papéis e Processos de Gestão de
no trabalho são exemplos de técnicas Pessoas
de administração de recursos humanos
aplicadas diretamente sobre as pessoas. A respeito da gestão de pessoas nas organi-
d) A análise e descrição de cargos e tam- zações,
bém o estudo de tempos e movimentos
fornecem dados para a tomada de de- Caso a organização busque alcançar eficiên-
cisão sobre admissões de pessoal nas cia e eficácia em suas atividades, a gestão
organizações. de pessoas terá papel primordial na geração
e) Na gestão de pessoas, o processo de das condições necessárias para o sucesso
aplicação diz respeito ao que as pessoas organizacional em parceria com as demais
farão nas organizações, ou seja, tarefas, áreas da organização.
atividades e desempenho.
14. (26313) CESPE – 2013 – GESTÃO DE PESSOAS 17. (42468) CESPE – 2013 – GESTÃO DE PESSOAS
Evolução, Papéis e Processos de Gestão de Evolução, Papéis e Processos de Gestão de
Pessoas Pessoas
A gestão de pessoas tem caráter multidiscipli- Com relação ao conceito e às funções do
nar e abrange diversas áreas do conhecimento, profissional de recursos humanos, julgue o
como aprendizagem individual, mudança, cul- item a seguir.
tura e clima organizacional e satisfação no tra-
balho. Com relação ao caráter multidisciplinar A função de recursos humanos não é res-
da gestão de pessoas, julgue os próximo item: ponsabilidade exclusiva dos profissionais da
área de gestão de pessoas.
A gestão de pessoas é contingencial, ou seja,
sua atuação depende do ambiente organiza- ( ) Certo ( ) Errado
cional e se refere a cada situação particular,
sendo, contudo, sempre centralizada.
( ) Certo ( ) Errado
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18. (42470) CESPE – 2013 – GESTÃO DE PESSOAS a) é pró-ativo, ou seja, o seu comporta-
Evolução, Papéis e Processos de Gestão de mento nas organizações é determina-
Pessoas do tanto pelas práticas organizacionais
como pelo comportamento pró-ativo
Com relação ao conceito e às funções do (orientado para objetivos pessoais) dos
profissional de recursos humanos, julgue o participantes da organização.
item a seguir. b) é social, ou seja, a participação em orga-
Além do domínio das funções de pessoal, nizações é muito importante na vida das
compete ao profissional de recursos humanos pessoas, porque as conduz ao envolvi-
compreender o negócio das organizações. mento com outras pessoas ou grupos.
c) tem ilimitada capacidade de respos-
( ) Certo ( ) Errado ta, ou seja, as pessoas são capazes de
se comportar de todas as formas, pois
suas características pessoais são ilimita-
19. (42531) CESPE – 2013 – GESTÃO DE PESSOAS
das e irrestritas.
Evolução, Papéis e Processos de Gestão de
d) tem diferentes necessidades, ou seja,
Pessoas
um fator pode motivar o comportamen-
A gestão de pessoas tem caráter multidis- to de uma pessoa hoje e pode ter po-
ciplinar e abrange diversas áreas do conhe- tência suficiente para determinar seu
cimento, como aprendizagem individual, comportamento no dia seguinte.
mudança, cultura e clima organizacional e e) pensa, escolhe, percebe e avalia, ou
satisfação no trabalho. Com relação ao ca- seja, o comportamento humano é pro-
ráter multidisciplinar da gestão de pessoas, posital, pró-ativo, cognitivamente ativo,
julgue o próximo item. e a experiência do indivíduo com o seu
ambiente é um processo ativo.
O indivíduo, no âmbito organizacional, terá um
comportamento proativo, proposital e cogniti-
vamente ativo, selecionando suas ações a fim
de alcançar seus objetivos pessoais.
( ) Certo ( ) Errado
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para ter acesso gratuito aos simulados on-line. E ainda, se for assinante da Casa das
Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.
http://acasadasquestoes.com.br/simulados/resolver/H7268607
Gabarito: 1. (70525) Certo 2. (70522) Certo 3. (70521) Certo 4. (70520) Certo 5. (70511) Errado 6. (70519) Errado
7. (97747) B 8. (94073) Certo 9. (94069) Errado 10. (42506) Errado 11. (42424) Errado 12. (26367) Errado 13. (26320) E
14. (26313) Errado 15. (26368) Certo 16. (42401) Certo 17. (42468) Certo 18. (42470) Certo 19. (42531) Certo
20. (14619) C
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5. GESTÃO POR COMPETÊNCIAS
No Brasil, as organizações que estão obtendo bons resultados na gestão de pessoas têm aplica-
do os conceitos de competência, complexidade e espaço ocupacional, de forma a permitir que
o gestor avalie os riscos e acompanhe os resultados de suas decisões.
Segundo Dutra (2013), o espaço ocupacional surgiu inicialmente como expressão para designar
o conjunto de atribuições e responsabilidades das pessoas. Gradualmente, tornou-se um
conceito que procura estabelecer a correlação entre complexidade e entrega.
A gestão por competência surge como resposta a uma série de novas exigências do mercado:
superar a concorrência globalizada, inovar e aprender continuamente, integrar estratégias e
pessoas (objetivos organizacionais e individuais), flexibilizar, empoderar, etc.
Ela figura como alternativa aos modelos gerenciais tradicionais (focados no controle e nos cargos).
É uma metodologia de gestão moderna, focada nos negócios (mercado), nos clientes e no desen-
volvimento profissional permanente (carreira de longo prazo). Propõe-se a orientar esforços para
planejar, captar, desenvolver e avaliar, nos diferentes níveis da organização (individual, grupal e orga-
nizacional), as competências necessárias à consecução dos objetivos.
A proposta da gestão por competências é compreender quais são as competências organi-
zacionais críticas para o sucesso da organização, desdobrá-las em termos de competências
profissionais e desenvolvê-las junto ao quadro de funcionários.
A noção de competência apresenta duas perspectivas conceituais:
•• a perspectiva estratégica enfatiza a competência como um atributo da organização, que
a torna eficaz e permite a consecução de seus objetivos estratégicos. As competências or-
ganizacionais sustentam a vantagem competitiva, assumindo uma dimensão mais ampla
de rotinas ou capacidades organizacionais orientadas às demandas e ás oportunidades do
ambiente externo.
•• a perspectiva da gestão de pessoas enfatiza as competências dos funcionários (individu-
ais) para o alcance dos objetivos. As competências profissionais e/ou humanas assumem
uma posição central nas práticas de seleção, treinamento, avaliação e remuneração.
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A partir dessas duas perspectivas, o papel da gestão por competências é alinhar esforços para
que as competências humanas possam gerar e sustentar as competências organizacionais ne-
cessárias à consecução dos objetivos estratégicos.
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•• as competências organizacionais “iluminam” os recursos a serem monitorados e alimentados
pela organização: alguns recursos têm mais forte contribuição à competência do que outros. A
organização poderia identificar tais recursos de forte impacto, monitorá-los e desenvolvê-los.
•• as competências organizacionais estão relacionadas a processos críticos na cadeia de valor
de uma empresa: a cadeia de valor consiste na sequência de atividades que uma empresa
executa de forma a gerar valor em seus produtos e serviços.
A partir dos conceitos anteriores, Fernandes (2013) define os passos para se mapear e avaliar
as competências organizacionais:
1. Analisar o negócio e os FCS no setor.
2. Verificar o nível de desempenho da empresa nesse fator em relação a outros players.
3. Escolher os FCS que serão tomados como competências e descrevê-los.
4. Avaliar:
a. Valor: o desempenho viabilizado pela competência oferece uma vantagem competitiva va-
liosa para o cliente
c. Versatilidade: essa competência deve ser versátil e, portanto, útil para várias áreas de pro-
dutos e mesmos mercados.
Prahalad e Hamel escreveram, em 1990, o famoso artigo "The Core Competence of the Corpo-
ration", no qual trouxeram a importante definição de competências essenciais (core competen-
ces). Para eles, há dois tipos de competências:
•• Essenciais (core competences): servem para a sobrevivência na empresa e são centrais para
sua estratégia. Há três características que permitem identificar uma Core Competence: 1) provê
acesso a uma grande variedade de mercados; 2) contribui significativamente para os benefícios
percebidos pelo consumidor do produto final; 3) é difícil de ser imitada pelos concorrentes.
•• Básicas: também chamadas de competências de gestão, são as aquelas relacionadas com
a gestão de recursos — financeiros, comerciais, produtivos, etc. Sem o domínio dessas
competências básicas, a organização não consegue alcançar níveis elevados de excelência.
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Sparrow e Bognanno discutem a questão das competências em relação às alterações que estão
sendo processadas no cenário tecnológico e sua relação com as exigências de qualificação profis-
sional e com a empregabilidade. As competências estão inseridas em um ciclo de relevância que,
ao longo do tempo, sofre alterações, sendo possível classificá-las em quatro categorias, que são:
•• Emergentes – surgem com mudanças significativas que ocorrem no mercado de trabalho e
estão relacionadas, por exemplo, ao domínio de um idioma, ao eficaz uso de novas tecno-
logias, entre outros fatores;
•• Declinantes – estão relacionadas às mudanças de tecnologias ou do modo de operacionali-
zação das atividades da organização;
•• Estáveis ou essenciais – são aquelas que permanecem relevantes ao logo do tempo;
•• Transitórias – embora essenciais em momentos críticos de transição, podem ser necessá-
rias porá um determinado momento.
Outros tipos:
São as competências relativas às pessoas, ou seja, aquelas que cada pessoa precisa ter, apren-
der, ou desenvolver para atuar na organização.
Fernandes (2013) define competências individuais como um conjunto de conhecimentos, ha-
bilidades, atitudes e valores que um indivíduo mobiliza e aplica, de forma reiterada, dentro
de um contexto profissional, agregando valor à organização e a si mesmo.
Carbone (2006) tem uma visão semelhante: combinações sinérgicas de conhecimentos, habi-
lidades e atitudes, expressas pelo desempenho profissional em determinado contexto ou em
determinada estratégia organizacional.
Essas definições esclarecem algumas características importantes das competências individuais:
•• As competências devem necessariamente agregar valor: entrega é a marca distintiva da
competência. Por isso, a competência é expressa por verbos de ação. Verbos como “conhe-
cer”, “entender” ou mesmo “ser capaz de” não são adequados para traduzir competências
segundo essa acepção.
•• As competências são contextualizadas: toda competência se expressa numa agregação de
valor dentro de um espaço organizacional. Assim, a organização deve, de alguma forma,
prover ao profissional o espaço necessário para praticar suas competências – o que Dutra
(2013) chama de "espaço ocupacional".
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•• Níveis de Complexidade (work levels): ao longo do tempo, é natural que um profissional
adquira novas experiências, aprenda novos conceitos e habilidades, assuma novos desafios,
desempenhe trabalhos cada vez mais complexos e agregue mais valor ao negócio. Esse
desenvolvimento de um profissional corresponde a um aumento no nível de complexidade
em que exerce seu trabalho, indo dos mais simples e rotineiros, nas posições mais iniciais,
aos mais sofisticados e complexos, nas posições finais da organização.
•• As competências sinalizam comportamentos reiterados, habituais alguém que fizesse
uma entrega excepcional, porém única, ou muito esporádica, não evidenciaria uma
competência. É distintivo da competência estar incorporada ao indivíduo e manifestar-se
habitualmente em suas ações e entregas.
No contexto geral apresentado, a gestão por competências tem como objetivo detectar, medir
e desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para a realização dos proces-
sos e atividades do trabalho e do negócio da Instituição. Trata-se, portanto, de uma importante
ferramenta de apoio à gestão de pessoas, uma vez que possibilita um melhor direcionamento e
planejamento das ações de capacitação e desenvolvimento.
Assim, para avaliar a competência de alguém, temos de examinar:
As capacidades, que com frequência são utilizadas como sinônimo de competências, incluem
Conhecimentos, Habilidades e Atitudes. (alguns autores incluem os Valores).
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A gestão por competências constitui um processo contínuo, que tem como etapa inicial a
formulação da estratégia organizacional. Em seguida, definem-se indicadores de desempenho
e metas no nível corporativo e identificam-se as competências necessárias para concretizar o
desempenho esperado.
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Depois, por meio de ferramentas gerenciais, a organização pode identificar o seu gap de com-
petências, isto é, a lacuna entre as competências necessárias para concretizar a estratégia cor-
porativa e as competências disponíveis internamente. Feito esse diagnóstico, a organização
pode planejar ações para captar e desenvolver as competências de que necessita, bem como
estabelecer planos de trabalho e de gestão de pessoas.
Finalmente, há uma etapa de avaliação, em que os resultados alcançados são comparados com
os que eram esperados, gerando informações para retroalimentar o processo.
O processo pode ser visualizado na figura a seguir:
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5.4. Descrição de Competências
c) irrelevâncias e obviedades, como, por exemplo, “coordena reuniões que são marcadas”.
Nesse caso, bastaria dizer: “coordena reuniões”;
e) abstrações, como, por exemplo, “pensa o inédito, sugerindo idéias que resolvam divergências”.
f) a utilização de verbos que não expressem uma ação concreta, ou seja, que não represen-
tem comportamentos passíveis de observação no trabalho, como, por exemplo, saber,
apreciar, acreditar e pensar, entre outros.
2032 www.acasadoconcurseiro.com.br
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c) realizar a validação semântica das competências descritas, visando garantir que todos os
funcionários compreendam o comportamento descrito. Esse procedimento consiste em
entrevistar servidores com diferentes características (gênero, idade, nível de escolaridade,
cargo exercido, etc.), objetivando identificar e corrigir eventuais incorreções, falhas, itens
sugestivos e ambiguidades, para garantir que as descrições dos comportamentos sejam
bem compreendidas pelas pessoas a que se destinam.
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5.6. Avaliação por competências
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Questões
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6. (94075) CESPE – 2015 – GESTÃO DE PESSOAS 9. (43243) CESPE – 2011 – GESTÃO DE PESSOAS
Gestão por Competências Trabalho em Equipe, Comportamento Orga-
nizacional, Gestão por Competências
No que se refere ao gerenciamento estraté-
gico de pessoas, julgue o item subsequente. Acerca de relacionamento interpessoal e
trabalho em equipe, julgue o item seguinte.
O modelo de gestão por competências, que
privilegia o espaço ocupacional em detri- O trabalho pode ser compreendido como a
mento do cargo dos colaboradores, é ade- forma pela qual o homem interage com o
quado para as unidades de gestão de pes- meio ambiente e o transforma, asseguran-
soas das organizações que competem por do a sobrevivência e a construção de rela-
meio de estratégias de diferenciação. ções interpessoais que reforcem sua identi-
dade e seu senso de contribuição.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
7. (70509) CESPE – 2015 – GESTÃO DE PESSOAS
Gestão por Competências 10. (43242) CESPE – 2011 – GESTÃO DE
PESSOAS – Trabalho em Equipe, Liderança,
Com relação à administração de recursos Comportamento Organizacional, Gestão
humanos (RH) nas organizações, julgue o por Competências
item que se segue.
Considere que determinado gerente, perce-
As competências mobilizadas pelas pesso- bendo que todas as suas ideias eram recebidas
as nas organizações agregam valor social e com irritação por seus subordinados, tenha,
econômico a indivíduos, equipes e organi- em uma reunião de trabalho com sua equipe,
zação, já que os conhecimentos, as habili- anunciado que tomaria, a partir de então, de-
dades e as atitudes, incorporados às expe- cisões de cima para baixo, pois estava desapon-
riências profissionais, são os elementos que tado com a equipe de trabalho. Com base nes-
garantem o bom desempenho de tarefas, sa situação, julgue o item a seguir.
atividades e processos.
Os objetivos pessoais e profissionais do ge-
( ) Certo ( ) Errado rente, nesse caso, não se alinham nem aos
objetivos pessoais de seus subordinados
8. (70526) CESPE – 2014 – GESTÃO DE PESSO- nem aos objetivos organizacionais.
AS Gestão por Competências ( ) Certo ( ) Errado
Acerca da gestão de pessoas nas organiza-
ções, julgue o item a seguir. 11. (16164) A CASA DAS QUESTÕES – 2013
Na gestão por competências, a implementa- – GESTÃO DE PESSOAS – Gestão por Com-
ção de estratégias depende essencialmente petências, Trabalho em Equipe, Comporta-
de aspectos relativos ao ambiente político, mento Organizacional
tecnológico, econômico e social em que a Analise as afirmativas abaixo acerca da
organização se insere. competência interpessoal.
( ) Certo ( ) Errado I – É, basicamente, a habilidade para lidar
eficazmente com outras pessoas, levando
em conta suas necessidades e as exigências
situacionais.
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13. (14617) FCC – 2010 – GESTÃO DE PESSOAS A gestão por competências tem sido utili-
Gestão por Competências zada como instrumento para aperfeiçoar os
investimentos públicos na capacitação de
A gestão de pessoas por competências é a servidores.
adoção de uma estratégia:
( ) Certo ( ) Errado
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16. (43241) CESPE – 2011 – GESTÃO DE PESSOAS A revelação dos próprios pensamentos e
Trabalho em Equipe, Comportamento Orga- sentimentos de como o comportamento do
nizacional, Gestão por Competências outro nos afeta, em detrimento de solicitar
informações sobre o próprio comportamen-
Considere que determinado gerente, perce- to, favorece as relações e a produtividade,
bendo que todas as suas ideias eram recebidas minimizando ressentimentos, devido a pos-
com irritação por seus subordinados, tenha, síveis críticas negativas.
em uma reunião de trabalho com sua equipe,
anunciado que tomaria, a partir de então, de- ( ) Certo ( ) Errado
cisões de cima para baixo, pois estava desapon-
tado com a equipe de trabalho. Com base nes-
sa situação, julgue o item a seguir. 19. (14616) CESPE – 2013 – GESTÃO DE PESSOAS
Gestão por Competências
A postura adotada pelo gerente não pode
ser percebida como um problema de rela- O modelo de gestão estratégica com base
cionamento interpessoal com sua equipe, em competências é considerado uma prá-
visto que seus subordinados demonstraram tica cuja finalidade é melhorar o desem-
resistência a suas ideias. penho global da organização por meio do
incremento do desempenho individual dos
( ) Certo ( ) Errado empregados.
( ) Certo ( ) Errado
17. (43236) CESPE – 2010 – GESTÃO DE PESSO-
AS Gestão por Competências, Trabalho em
Equipe, Comportamento Organizacional
Em situações de trabalho compartilhadas
por duas ou mais pessoas, há atividades a
serem executadas, interações e sentimen-
tos envolvidos. Acerca das relações huma-
nas no trabalho, julgue o próximo item.
Competência interpessoal é a habilidade
de lidar eficazmente com outras pessoas de
forma adequada às necessidades de cada
uma e à exigência da situação.
( ) Certo ( ) Errado
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Gabarito: 1. (43246) Certo 2. (43244) Errado 3. (43259) C 4. (71642) B 5. (42458) Errado 6. (94075) Certo 7. (70509)Certo
8. (70526) Errado 9. (43243) Certo 10. (43242) Errado 11. (16164) D 12. (14618) D 13. (14617) E 14. (26361) Certo
15. (26362) Certo 16. (43241) Errado 17. (43236) Certo 18. (43226) Errado 19. (14616) Certo
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6. COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
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•• Como sistemas abertos, as organizações obtêm recursos do seu meio ambiente,
transformam-nos em produtos finais e serviços e os devolvem ao meio ambiente para
consumo. É necessário constante interação e adaptação.
•• Respeito às diferenças é um tema-chave nas organizações cujas forças de trabalho são
crescentemente diversas em termos de sexo, raça, etnia, idade e capacidade física. Exige-
se cada vez mais o comprometimento com a valorização da diversidade no trabalho,
respeitando totalmente as diferenças individuais.
•• No relacionamento interpessoal, grande parte do sucesso depende da habilidade de lidar
bem com os sentimentos (próprios e dos demais), de ouvir e se fazer ouvir e de interagir de
maneira harmônica e produtiva.
•• O comportamento humano é determinado por forças que, algumas vezes, escapam ao
próprio entendimento e controle do homem. Essas forças, conscientes ou inconscientes,
que levam o indivíduo a um determinado comportamento são chamadas motivos. A
motivação é influenciada pela personalidade do indivíduo e por características do cargo e
da empresa.
•• Bons ambientes laborais possuem clima de trabalho cooperativo, no qual as opiniões são
ouvidas e respeitadas; comunicação efetiva, simétrica, com feedback é produtivo (dar e
receber); conflitos são resolvidos e geram melhorias.
•• Espera-se que os gerentes do atual ambiente de trabalho ajam mais como treinadores e
facilitadores do que como os tradicionais chefes e controladores do passado, sendo que e
o bom desempenho gerencial baseia-se numa combinação de habilidades básicas técnicas,
humanas e conceituais.
•• A liderança inspira as pessoas e ajuda a criar entusiasmo na força de trabalho.
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Questões
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b) A implementação da política de integra- 7. (57391) IESES – 2014 – GESTÃO DE PESSOAS
ção exige que a organização seja carac- Conceitos Básicos de Comportamento Orga-
terizada como um sistema fechado. nizacional, Trabalho em Equipe, Competên-
c) A resolução da política de integração cia Interpessoal, Comportamento Organiza-
com base na necessidade das pessoas cional
se fundamenta nas respostas aos seus
anseios materiais e psicológicos. Para um bom relacionamento humano no
d) O plano de recompensas não beneficia ambiente de trabalho, algumas atitudes de-
a empresa, pois só atende às expectati- vem ser evitadas, como:
vas motivacionais das pessoas. a) Respeito à diversidade.
b) Empatia.
6. (57392) IESES – 2014 – GESTÃO DE PESSOAS c) Simpatia.
Conceitos Básicos de Comportamento Orga- d) Apatia.
nizacional, Trabalho em Equipe, Competên-
cia Interpessoal, Comportamento Organiza- 8. (42505) CESPE – 2013 – GESTÃO DE PESSOAS
cional Conceitos Básicos de Comportamento Orga-
Assinale “V” para as afirmativas verdadeiras nizacional, Comportamento Organizacional
e “F” para as afirmativas falsas: Julgue o item a seguir, relativo a administra-
( ) Mostrar intimidade, fazer brincadei- ção e gestão de pessoas nas organizações.
ras que normalmente são aceitáveis no dia Na reciprocidade entre pessoas e organiza-
a dia dentro da empresa, diante de pesso- ções, a existência de condições adequadas
as de fora, pode parecer falta de respeito à de trabalho favorece a motivação e o de-
hierarquia, ou que a empresa não se preo- sempenho no trabalho, o que facilita a atu-
cupa com sua imagem. ação da liderança em busca dos resultados
( ) Nunca fale mal das empresas nas quais organizacionais.
já tenha trabalhado e nem comente sobre os ( ) Certo ( ) Errado
segredos e particularidades delas, pois essa
não é uma atitude ética e sim a de um profis-
sional que não passa a menor credibilidade. 9. (43290) CESPE – 2012 – GESTÃO DE PESSOAS
Conceitos Básicos de Comportamento Orga-
( ) Para que tenhamos continuidade no nizacional, Comportamento Organizacional
bom trabalho desenvolvido dentro de uma
empresa, é possível e devemos querer que Com referência à gestão de pessoas nas
a nossa opinião prevaleça sempre. organizações, julgue o item a seguir.
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10. (42517) CESPE – 2013 – GESTÃO DE PESSOAS 13 (43288) CESPE – 2012 – GESTÃO DE PESSOAS
Conceitos Básicos de Comportamento Orga- Comportamento Organizacional, Conceitos
nizacional, Comportamento Organizacional Básicos de Comportamento Organizacional
No que se refere a trabalho em equipe, mo- A respeito das variáveis do comportamento
tivação, liderança e relações indivíduo/or- organizacional, julgue o item a seguir.
ganização, julgue o item a seguir.
A heterogeneidade das organizações decor-
O absenteísmo, a rotatividade e a satisfação rente da inclusão de diferentes grupos so-
com o trabalho são reações derivadas da ciais é um desafio para os estudos acerca do
percepção de cada empregado sobre a em- comportamento organizacional.
presa onde atua.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
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Gabarito: 1. (70523) Errado 2. (57393) C 3. (94070) Certo 4. (94079) Certo 5. (89858) C 6. (57392) D 7. (57391) D
8. (42505) Certo 9. (43290) Certo 10. (42517) Certo 11. (42516) Certo 12. (42483) Errado 13. (43288) Certo
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7. CULTURA ORGANIZACIONAL
Diversos autores pesquisaram e apresentaram suas visões do que é cultura e qual seu impacto
nas organizações.
As teorias podem ser enquadradas em dois grandes grupos (ou visões):
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Edgar Schein é um dos autores mais bem conceituados na literatura de cultura organizacional.
Ele acredita que a:
“[…] cultura organizacional é o modelo de pressupostos básicos que um grupo assimilou
na medida em que resolveu os seus problemas de adaptação externa e integração
interna e que, por ter sido suficientemente eficaz, foi considerado válido e repassado
(ensinado) aos demais (novos) membros como a maneira correta de perceber, pensar e
sentir em relação àqueles problemas.”
Ele sugere que a cultura serve para a sobrevivência da organização, uma vez que possibilita a
adaptação ao meio ambiente estratégico e a coordenação das atividades internas. Se a adapta-
ção for bem sucedida, a tendência será evoluir na mesma direção. Caso contrário, a tendência
será a correção para outra direção.
É necessário, portanto, avaliar se os paradigmas culturais de uma organização apoiam ou impe-
dem os seus objetivos e estratégias.
“[...] pode ser definida como a programação coletiva da mente que distingue os mem-
bros de uma organização dos de outra”.
Para ele, a cultura organizacional é:
•• Holística: uma visão do todo – o todo é mais do que a simples soma das partes, pois a cul-
tura é um conjunto riquíssimo, fruto das relações, conhecimentos, experiências etc. das
pessoas da organização;
•• Determinada historicamente: reflete a história da organização, desde seus fundadores até
os dias atuais;
•• Relacionada com os estudos de antropólogos: heróis, rituais e símbolos coletivos;
•• Construída socialmente: criada e preservada pelas pessoas que em grupo formam a orga-
nização;
•• Difícil de mudar: embora não haja acordo sobre o grau de dificuldade.
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•• Preceitos são os regulamentos e valores, explícitos e implícitos, que regem a vida or-
ganizacional, incluindo-se aí: política administrativa, costumes sociais, estilos de gerên-
cia, rituais, cerimônias, tabus, tradições, dogmas, padrões de conduta esperada, etc.;
A cultura é algo presente na estrutura, nos processos e nas pessoas de uma organização, in-
terferindo de forma determinante no seu desempenho. Tais características tornam a cultura
muito difícil de sofrer mudanças – mas não é impossível mudá-la.
No processo de análise da cultura organizacional é importante destacar que nenhuma organi-
zação é igual à outra, ou seja, cada uma possui sua própria identidade. Existem, por exemplo,
culturas conservadoras, que se caracterizam por sua rigidez e tradição, e culturas adaptativas,
que são flexíveis e maleáveis.
Com base nas definições de diversos autores, pode-se exemplificar as seguintes características:
•• Estabilidade estrutural – para algo se tornar cultural, além de ser compartilhado com os
integrantes do grupo, precisa ser reconhecido como estável.
•• Profundidade – é a parte inconsciente para o grupo, sendo menos tangível e menos visível
que outros aspectos desse grupo.
•• Largura – é penetrante e influencia todos os aspectos de como a organização procede com
suas atividades, seus vários ambientes e operações internas.
•• Padrão ou Integração – sugere que os rituais, o clima, os valores e os comportamentos
formam um conjunto coerente; esse padrão ou integração é a essência da cultura.
•• determinada historicamente (pelos fundadores e líderes).
•• construída socialmente: criada e preservada pelas pessoas da organização.
•• Cada organização forma a sua própria cultura.
•• Não é inata, é aprendida.
•• Não é estática, é dinâmica.
•• É composta por normas formais e informais.
•• Representa a maneira tradicional e costumeira de pensar .
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•• Orienta o comportamento das pessoas – padrão(ões).
•• Interfere no desempenho.
•• É difícil de mudar, mas não há acordo sobre o grau de dificuldade.
Importante: não existe cultura melhor ou pior, certa ou errada – é necessário avaliar se a cultu-
ra de uma organização apoia ou impede os seus objetivos e estratégias.
7.3.1. Criação
Os fundadores são os principais responsáveis pela criação da cultura, pois têm a visão daquilo
que a organização deve ser. Fundadores:
1. Contratam/mantêm funcionários que pensem da mesma forma que eles;
2. Doutrinam e socializam esses funcionários;
3. Agem como modelo que encoraja os funcionários a assimilarem valores e premissas.
7.3.2 Desenvolvimento
São as práticas da organização que visam a manter a cultura viva: histórias (relatos), rituais (ati-
vidades), símbolos (objetos, ações com significados especiais), linguagem (símbolos verbais),
dentre outras formas.
Os líderes, devido ao seu poder, colaboram fortemente para a disseminação da cultura.
Outra forma de manter a cultura é a socialização (ou aculturação), definida como o processo
pelo qual os indivíduos aprendem a maneira de ser, de fazer e de agir em uma sociedade, ou
organização. Pode ser dividida em três estágios:
1. Pré-chegada (expectativa e preparação) – é o reconhecimento de que cada indivíduo chega
com um conjunto de valores, atitudes e expectativas.
2. Encontro (ingresso) – o novo membro vê o que a empresa é realmente e confronta a
possibilidade de que as expectativas (sobre o trabalho, os colegas, o chefe e a organização
de maneira geral) e a realidade podem não ser as mesmas.
3. Metamorfose (ajustamento e integração) – ele resolve os possíveis problemas surgidos no estágio
do encontro e as mudanças acontecem para se adaptar aos valores e normas de seu grupo.
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Para Schein, as organizações desenvolvem suas próprias culturas por meio de três aspectos:
a) pela manutenção dos elementos da cultura que estão relacionados ao sucesso da organiza-
ção;
b) pelo alinhamento das várias subculturas;
c) pela identificação e mudança dos elementos menos funcionais, à medida que as condições
do ambiente externo mudam (dinamismo).
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Se fosse possível perguntar aos macacos por que eles batiam em quem tentasse subir a escada,
com certeza, dentre as respostas, a mais frequente seria: “ Não sei, mas as coisas sempre foram
assim por aqui."
A análise da cultura organizacional é uma tarefa complexa, porque nem todos os seus elemen-
tos são visíveis. Para se conhecer uma cultura, é necessário diagnosticá-la de acordo com os
diferentes níveis de seus elementos. O nível é o grau no qual o elemento cultural é visível ao
observador. Os componentes que se situam no nível mais externo são os que se podem ob-
servar diretamente. Os componentes que se situam nos níveis mais profundos não se revelam
diretamente à observação e são mais difíceis de analisar.
De forma semelhante, pode-se dizer que a cultura possui uma dimensão objetiva e uma subje-
tiva.
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Aspectos formais são facilmente perceptíveis e publicamente observáveis. Geralmente são di-
tados pela estratégia e decorrem da estrutura organizacional e das atividades. Ex.: missão, vi-
são, objetivos, estratégias, políticas, regras, organograma, cargos, métodos e procedimentos,
tecnologia, medidas de produtividade física e financeira, etc.
Já os aspectos informais são componentes ocultos. São manifestações tangíveis ou intangíveis
de valores compartilhados pelos membros da organização. Não estão registrados em manuais,
tampouco em organogramas, pois são aspectos sociais e psicológicos. Variam de valores muito
específicos de certos grupos até os que são guias gerais de comportamento. Entre esses com-
ponentes, pode-se citar: percepções, sentimentos, atitudes, valores, padrões de influência e
poder, expectativas, interações informais, normas grupais, etc.
Alguns autores estimam que o nível externo (visível – formal) corresponde a apenas 10% a 20%
da cultura. Os 80% ou 90% restantes advém da organização informal.
Chiavenato também relaciona seis elementos da cultura:
1. Cotidiano do comportamento observável: como as pessoas interagem, a linguagem e
gestos utilizados, os rituais, rotinas e procedimentos comuns.
2. Normas: regras que envolvem os grupos e seus comportamentos, como nos momentos de
lazer, nas refeições, nos dias informais.
3. Valores dominantes: defendidos pela empresas, como a ética, o respeito pelas pessoas, a
qualidade de seus produtos ou preços baixos.
4. Filosofia administrativa: que guia e orienta as políticas da organização quanto aos
funcionários, clientes e acionistas.
5. Regras do jogo: como as coisas funcionam, o que um novo funcionário deve aprender para
sair se bem e ser aceito como membro de um grupo.
6. Clima organizacional: sentimentos das pessoas e a maneira como elas interagem entre si,
com os clientes ou elementos externos.
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7.4.2. Modelo de Schein
Artefatos, valores compartilhados e pressuposições básicas são os três níveis definidos por
Schein, que vão desde o muito visível ao muito tácito e invisível.
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Uma vez que um grupo desenvolve um conjunto de tais pressupostos, as pessoas ficarão mais con-
fortáveis ao conviver com outras do mesmo grupo e desconfortáveis em grupos com outros pressu-
postos (pois elas não entenderão o que está acontecendo ou perceberão as ações erroneamente).
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3. Símbolos: comportamentos e objetos que carregam e transmitem mensagens e significa-
dos dentro de uma cultura organizacional – cerimônias, rituais, histórias, mitos, imagens,
hábitos, linguagem, arquitetura, vestuário, etc.
4. Valores: estão no íntimo da cultura organizacional – crenças, preconceitos, ideologia, atitu-
des e julgamentos compartilhados nas organizações.
ELEMENTO DESCRIÇÃO
Tudo aquilo que a organização considera importante para preservar, realizar e
Valores
manter a imagem e o sucesso
Eventos especiais nos quais os membros da organização celebram os mitos,
Cerimônias
heróis e símbolos da empresa
Atividades cerimoniais destinadas a comunicar ideias específicas ou a realizar
Ritos* determinados propósitos (de passagem; de degradação; de confirmação; de re-
produção; para redução de conflitos; de integração)
Rituais Ações regularmente repetidas para reforçar normas e valores culturais
Relatos de eventos passados que ilustram e transmitem normas e valores
Histórias / Estórias
culturais mais profundos
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7.5. Tipos / Modelos de Cultura
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Geert Hofstede estudou a culturas de países (nacionais) e culturas organizacionais (de empre-
sas), acreditando que as duas se relacionam fortemente.
A nacionalidade é o critério possível de classificação atribuindo-se características coletivas aos
cidadãos de diferentes países e, portanto, utilizado do ponto de vista prático para o estudo de
fatores culturais.
Para Hofstede, no nível nacional, as diferenças culturais residem mais nos valores e menos nas prá-
ticas; no nível organizacional, as diferenças culturais residem mais nas práticas e menos nos valores.
7.5.2.1. Vantagens
Uma cultura forte é mais eficaz e tem melhor desempenho que uma cultura fraca, pois:
•• Define fronteiras: diferencia uma organização da outra.
•• Tem influência maior sobre o comportamento dos seus membros: alto controle compor-
tamental, moldando as atitudes e servindo como uma fonte de significados comuns para
explicar por que as coisas acontecem do modo como acontecem.
•• Gera um índice mais baixo de rotatividade da força de trabalho: a alta concordância em relação
aos pontos de vista da organização gera coesão, lealdade e comprometimento organizacional,
qualidades que, por sua vez, reduzem a propensão dos funcionários a deixar a organização.
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7.5.2.2. Desvantagens
As desvantagens são as chamadas disfunções da cultura, que prejudicam a capacidade de resol-
ver os problemas de convivência interna e adaptação externa. Nesse caso, a cultura é conside-
rada um passivo.
Disfunções na cultura organizacional são desvios no comportamento coletivo (degenerações
que muitas vezes não são percebidas pelos membros do grupo).
Elas acontecem quando os valores compartilhados não são aqueles necessários para melhorar
a eficácia da organização, ou seja, quando a cultura diverge das necessidades do ambiente
(interno e externo). Ex.: em um mercado estático, a consistência do comportamento é um valor
positivo. Caso o mercado se torne dinâmico, essa mesma consistência passaria a ser um fator
negativo. Assim, a cultura pode se tornar uma barreira às mudanças, quando não é adequada
para lidar com as novidades em seus ambientes.
A cultura pode se tornar também uma barreira à diversidade, quando padroniza comportamentos
e elimina as distintas experiências que as pessoas podem levar para a organização. Ex.: em
uma cultura forte, os novos funcionários contratados tendem a ser rapidamente socializados,
mesmo que não sejam parecidos com a maioria dos membros da organização.
Outro problema é quando ocorre a institucionalização, ou seja, quando a organização passa a
ser valorizada por si só e não pelos bens e serviços.
Outras possíveis disfunções da cultura organizacional são:
•• dificuldade de entender e processar mudanças ambientais;
•• resistência generalizada à necessidade de mudança interna;
•• dificuldade de aceitar outras culturas e pontos de vista alheios;
•• tendência a subestimar outros grupos, especialmente concorrentes e clientes;
•• uso excessivo de jargão como disfarce de solidez intelectual, prejudicando a comunicação
com outros grupos.
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Mede o grau de inquietude dos seus habitantes em si-
tuações desconhecidas ou incertas (tolerância a incer-
Controle da incerteza
tezas e a ambiguidades), podendo ser visualizado em
forma de estresse e de necessidade de previsibilidade
A orientação para o longo prazo é mais dinâmica e pos-
sui uma atitude proativa que impulsiona as mudanças
com base nos objetivos e na mobilização dos recursos. A
Orientação a longo prazo orientação para o curto prazo é mais estática e represen-
ta uma atitude reativa e deseja preservar a estabilidade,
manter o status quo (solidez, respeito pela tradição e re-
ciprocidade de favores, oferendas e gentilezas, etc.).
Relacionado com a extensão da gratificação de desejos hu-
manos para gozar a vida. Uma sociedade indulgente per-
Indulgência vs. Restrições mite maior liberdade para aproveitar a vida e se divertir.
Uma sociedade restritiva suprime a satisfação de necessi-
dades e as regula por meio de normas sociais rígidas.
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8. Linguagem: divide as culturas em dois tipos básicos. As de alto contexto baseiam-se na confiança
pessoal e na palavra falada. As de baixo contexto dão mais valor à palavra escrita e à formalidade.
9. Universalismo: mede até que ponto as regras são inflexíveis e permanentes, ou então se
podem ser mudadas para se ajustar a situações particulares (particularismo).
10. Orientação para o ambiente (adaptação): as culturas adaptativas (orientadas pra fora, sis-
temas abertos) preocupam-se seriamente com os clientes, acionistas e empregados. As
culturas não adaptativas (orientadas para dentro) preocupam-se principalmente consigo
mesmas, ou com algum produto ou tecnologia mais familiar.
11. Coletivismo: verifica se as pessoas já estão bem socializadas com a cultura e se há sinergia
no grupo, ou seja, se há confiança mútua entre os membros, foco no bem coletivo e nos
objetivos organizacionais. Nesse tipo de cultura, a principal forma de controle é a externa
(clientes, sociedade etc.). O inverso da cultura coletivista é a individualista, na qual há des-
confiança entre as pessoas, pouca solidariedade e baixa interação no trabalho. Nessas cul-
turas é necessário um forte controle interno para corrigir os desvios de conduta e garantir o
alcance dos objetivos da organização.
12. Conservadorismo: grau de rigidez, caracterizado pelo apego à tradição, alto controle e uso
de processos corretivos e negativos (punições, etc.)
13. Identidade: grau de identidade das pessoas com a organização como um todo, mais do que
com seu grupo imediato ou colegas de profissão.
15. Espiritualidade: (não tem a ver com práticas religiosas) esse indicador reconhece que as
pessoas possuem uma consciência espiritual e necessidade de trabalho significativo. Uma
cultura espiritualizada, portanto, apoia o trabalho que tenha um forte sentido de propósito
(que dê inspiração), que gere confiança e respeito mútuo entre as pessoas e que seja base-
ado em práticas humanistas (horários flexíveis, recompensas coletivas, autonomia, etc.).
16. Pragmatismo: foco no mercado, nas necessidades dos clientes. Na cultura pragmática, os
resultados são mais importantes que os procedimentos. O inverso é a cultura normativa:
preocupação acentuada com o cumprimento correto dos procedimentos organizacionais,
meios (processos) são considerados mais importantes que os resultados.
17. Orientação para afiliação ou humanista: refere-se ao nível de incentivo proporcionado pela
organização para que as pessoas se comportem de maneira justa, gentil, amigável, cuida-
dosa, generosa, altruísta para com os outros, buscando a construção de um ambiente de
trabalho fraterno, em que todos se relacionem bem, como em uma grande família, onde há
proteção aos mais fracos e as decisões agradem a todos os envolvidos.
18. Assertividade: nível existente na organização entre a passividade e a agressividade nas re-
lações entre os indivíduos, na adoção de comportamentos decisivos, de defesa da própria
opinião, na prática de se abordar os assuntos de forma direta.
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7.7. Aplicação
O interesse pelo assunto cultura organizacional deve-se à tentativa de entender as diferenças
de desempenho entre as empresas.
O estudo da cultura ajuda a explicar alguns aspectos aparentemente incompreensíveis e ir-
racionais que ocorrem em um grupo ou organização – os indivíduos incorporam maneiras de
fazer e agir que se tornam naturais e não mais passíveis de explicações.
Vários estudos têm relacionado a cultura e o desempenho organizacional, apontando uma as-
sociação entre ambos: o trabalho em equipe apresenta uma correlação forte com desempenho,
ou seja, organizações que adotam comportamento cooperativos tendem a ser mais efetivas.
Os administradores usam a cultura explicitamente, por meio de credos, políticas e normas, ou
implicitamente, por meio de práticas e decisões. É um poderoso recurso para determinar a for-
ma como a estratégia do negócio é executada e a natureza da conduta com clientes, governo,
comunidade, meios de comunicação, acionistas, prestadores de serviços, etc.
A cultura ajuda a definir, ainda, que tipos de pessoas devem ser admitidas (geralmente aquelas
cujo perfil é compatível à cultura da organização), como devem ser desenvolvidas, os critérios
que determinam a excelência do desempenho e as promoções de plano de carreira.
A cultura de certas organizações é tão forte (e reconhecida) que acaba atraindo os melhores
profissionais do mercado (ex.: Google).
Os pesquisadores estão começando a acreditar que os elementos lógicos da cultura em um am-
biente altamente competitivo podem exercer uma influência ainda maior sobre o desempenho
e os resultados que os aspectos físicos das estruturas, sistemas e estratégias organizacionais.
Em outras palavras, a cultura corporativa pode ter um impacto significativo sobre o desempe-
nho econômico de longo prazo de uma empresa.
7.8. Mudanças
A cultura é difícil de mudar porque, além de ser estável, ela representa o aprendizado acumu-
lado de um grupo, bem como as formas de pensar, de sentir e, principalmente, o seu sucesso.
As certezas culturais são compartilhadas e, para mudá-las, há que se pedir ao grupo inteiro que
mude essas certezas.
As culturas só mudam no médio e no longo prazo, pois demoram muito para sofrer modifica-
ções por conta de seu caráter profundamente arraigado nas pessoas. Além disso, mesmo mu-
dando, há uma tendência de que a cultura mantenha a sua “personalidade”, que são os seus
traços e valores mais profundos.
Os processos de mudança precisam começar por meio de ações educacionais que exigem gasto
de tempo e energia.
Schein enfatiza que, durante um processo de mudança, o indivíduo pode sentir-se ansioso por
sobreviver ou culpado, o que gera a necessidade de abandonar alguns velhos hábitos e formas
de pensar para aprender outros. A ansiedade do aprendizado é a combinação de vários medos,
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como, o medo da incompetência temporária, o medo de ser punido pela incompetência, medo
de perder a identidade pessoal, o medo de deixar de ser membro do grupo.
Enquanto a ansiedade oriunda do aprendizado estiver alta, haverá resistência ou criação de descul-
pas para não iniciar o processo de aprendizado transformador, podendo ser observados estágios:
a) Negação – não acredita que a mudança seja válida.
b) Indicação de um bode expiatório – jogando o problema para outro membro e se negando a
aceitar (outras pessoas devem mudar antes dele).
c) Manobrar e negociar – requer uma compensação especial pelo esforço de mudar.
Segundo o autor, para criar a segurança psicológica, é necessário seguir etapas que devem ser realizadas
de maneira simultânea. O gestor da mudança deve estar preparado para realizá-las. São elas:
•• Criação de uma visão positiva – a liderança deve acreditar que, com essa mudança, os indi-
víduos e a organização estarão em melhor situação.
•• Aplicação de treinamento formal – necessária, para que os indivíduos aprendam novas ma-
neiras de pensar, novas atitudes e novas habilidades.
•• Exercícios, instrutores e feedback – aplicar exercícios, para que os indivíduos possam apren-
der cometendo erros e receber feedback sem prejuízo aos resultados da organização.
•• Grupos de apoio – criação de grupos de apoio para facilitar o aprendizado dos indivíduos.
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Questões
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5. (72315) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 – Para conseguir alcançar esse objetivo, é
GESTÃO DE PESSOAS – Cultura Organizacio- necessário que
nal, Comportamento Organizacional
a) haja um processo de conscientização geral
Considere as características da cultura orga- sobre o novo modelo de gestão a ser ado-
nizacional, seus respectivos conceitos e ele- tado pela empresa, pois implicará modifi-
mentos descritos abaixo. cação do comportamento das pessoas.
b) seja implantada uma nova estrutura
I – Cultura é o modelo de pressupostos bási- organizacional para que os diretores
cos que um grupo assimilou na medida em possam impor os novos valores que
que resolveu os seus problemas de adapta- passarão a ser exigidos de todos os em-
ção externa e integração interna. pregados da empresa.
II – Cultura organizacional pode ser definida c) sejam demitidos todos os empregados
como a programação coletiva da mente que do nível operacional, e outros sejam ad-
distingue os membros de uma organização mitidos, já que a cultura organizacional
dos de outra. decorre dos valores pessoais do nível
operacional.
III – Artefatos são os componentes invisíveis d) sejam comunicados a todos os empre-
de uma cultura. gados, através de Portaria Normativa ex-
IV – Símbolos são comportamentos e obje- pedida pelo presidente da empresa, os
tos que carregam e transmitem mensagens e novos valores institucionais que deverão
significados dentro de uma cultura organiza- ser imediatamente adotados por todos.
cional, por exemplo, rituais, histórias, mitos, e) sejam implantadas, imediatamente, as
imagens, linguagem, arquitetura e vestuário. estratégias determinadas pelos dire-
tores, impondo aos empregados esses
Estão corretas APENAS as características valores, que passam, assim, a constituir
descritas em: uma prática da organização.
a) I e II. 7. (37834) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 –
b) II e IV. GESTÃO DE PESSOAS – Cultura Organizacio-
c) I, II e IV. nal, Comportamento Organizacional
d) I, II e III.
e) III e IV. Os fundadores e líderes de uma empresa,
pensando na manutenção da cultura
6. (75189) CESGRANRIO – 2014 – GESTÃO DE
PESSOAS – Cultura Organizacional, Compor- a) contratam/mantêm funcionários que
tamento Organizacional pensem de forma diferente à deles.
b) doutrinam e socializam os funcionários.
Uma empresa do setor financeiro está so- c) agem como modelo que encoraja os fun-
frendo algumas reestruturações visando cionários a transformarem o ambiente.
à sua modernização, de modo a manter a d) obtém sucesso transmitindo seus valo-
competitividade no mercado. res por meio de normas formais.
e) não permitem que as pessoas tenham
Os diretores, que atuam no nível estratégi- ideias próprias ou comportamentos in-
co, identificaram que é necessário mudar a formais.
cultura da empresa para uma atuação mais
agressiva no mercado e implantar um mo-
delo de gestão orientado para resultados,
Modificando assim o seu posicionamento.
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8. (37863) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 – b) ampla de seus valores permite que os
GESTÃO DE PESSOAS – Cultura Organizacio- stakeholders se relacionem de forma mais
nal, Comportamento Organizacional objetiva e precisa com a organização.
c) na mídia consiste em uma estratégica
Qual alternativa abaixo possui um item inco- de marketing que busca associar os va-
erente com valores-chave da cultura que pro- lores da empresa a seus produtos.
vém vantagem competitiva a uma empresa: d) para o público externo dos valores da
a) atendimento e serviços qualificados, empresa não é recomendada devido ao
inovação; risco de cópia pela concorrência.
b) foco no cliente, sustentabilidade; e) dos valores pode criar resistência de
c) agilidade, reputação nociva, bom clientes e fornecedores que não se
desempenho; identifiquem com eles.
d) colaboração, aprendizado, liderança;
e) talento, adaptabilidade; 11. (78511) A CASA DAS QUESTÕES – 2015 –
GESTÃO DE PESSOAS – Cultura Organizacio-
9. (42432) CESPE – 2014 – GESTÃO DE PESSOAS nal, Comportamento Organizacional
Cultura Organizacional, Comportamento Analise as afirmativas acerca da Cultura
Organizacional Organizacional.
Com referência ao comportamento organi- I – Os colaboradores aprendem a cultura de
zacional, julgue o item seguinte. várias formas, como histórias, rituais, sím-
A socialização organizacional compreende bolos materiais e linguagem.
fases em que as pessoas e organizações es- II – Socialização é o processo no qual a empresa
tabelecem relações de reciprocidade formal aprende e dissemina a cultura do funcionário.
e informal, fases estas que vão do pré-in-
gresso na organização até a metamorfose, III – A cultura pode ser um fator de sucesso
quando a pessoa torna-se membro pleno. ou de fracasso nas organizações.
( ) Certo ( ) Errado IV – Culturas adaptativas são flexíveis, volta-
das para a inovação e a mudança. Culturas
conservadoras são rigidas, se mantém ao
10. (85810) FCC – 2015 – GESTÃO DE PESSOAS longo do tempo.
Cultura Organizacional
Estão corretas:
Determinada empresa cresceu muito nos
últimos anos através de aquisições de ou- a) I e III.
tras empresas no Brasil e no Exterior tor- b) II e IV.
nando-se a maior empresa mundial de pro- c) I, III e IV.
teína animal. Recentemente, tem divulgado d) III e IV.
internamente e externamente, via mídia e) Todas.
nacional, os seus sete valores: atitude de
dono, determinação, disciplina, disponibili- 12. (78510) A CASA DAS QUESTÕES – 2015 –
dade, simplicidade, franqueza e humildade. GESTÃO DE PESSOAS – Cultura Organizacio-
Do ponto de vista da cultura organizacional, nal, Comportamento Organizacional
a divulgação
A Cultura representa a maneira como a or-
a) dos valores da empresa deve ser manti- ganização visualiza a si própria e seu am-
da em segredo, sendo revelado apenas biente. Dentre os principais elementos da
à alta direção. Cultura Organizacional, não se inclui
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a) o cotidiano do comportamento obser- a) Ideológica, Psicológica e Social
vável b) Ambiental, Ideológica e Psicológica
b) as normas c) Material, Psicológica e Social
c) os valores dominantes d) Econômica, Ideológica e Material
d) a filosofia administrativa e) Ambiental, Econômica e Social
e) o comportamento do consumidor
16. (49659) CESGRANRIO – 2014 – GESTÃO DE
13. (79200) CESPE – 2014 – GESTÃO DE PESSOAS PESSOAS – Cultura Organizacional, Compor-
Cultura Organizacional, Comportamento tamento Organizacional
Organizacional
Uma empresa do setor elétrico foi constituí-
Acerca das características das organizações da por seu sócio-fundador em 1954 que, no
formais modernas e da cultura organizacio- ano passado, se retirou da empresa e dei-
nal, julgue o item subsequente. xou como seu substituto o neto, que é
A cultura organizacional é representada pe- formado em Administração de Empresas.
las normas formais e informais que orien- Porém, antes de se retirar da organização,
tam o comportamento dos membros da or- solicitou a um consultor que fizesse um le-
ganização em seus trabalhos diários. vantamento das características de sua em-
( ) Certo ( ) Errado presa. Uma característica, que se refere à
cultura da organização ressaltada pelo con-
sultor, é a seguinte:
14. (79201) CESPE – 2014 – GESTÃO DE PESSOAS
Cultura Organizacional, Comportamento a) a estratégia competitiva da empresa
Organizacional está formulada a partir da análise da in-
dústria em que está operando, represen-
Acerca das características das organizações tada pela dimensão estrutural do setor
formais modernas e da cultura organizacio- — tecnologia e instituições regulatórias.
nal, julgue o item subsequente. b) a empresa opera em mercados já ama-
A cultura organizacional é altamente subje- durecidos, com baixa taxa de expansão
tiva, razão por que, em regra, ela não é ca- e consequente pequena demanda por
paz de impedir a introdução de nova tecno- novos investimentos, o que facilita a
logia na administração pública. sua gestão.
c) o mercado tem muitos concorrentes
( ) Certo ( ) Errado nacionais e estrangeiros, sendo um ne-
gócio que, embora com baixa lucrativi-
dade, tem um mercado bem definido e
15. (72314) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 – fiel à empresa.
GESTÃO DE PESSOAS – Cultura Organizacio- d) o fluxo de caixa da empresa é positivo,
nal, Comportamento Organizacional em função da carteira de clientes a qual
O desenvolvimento sustentável procura satisfa- é bastante grande, já que a empresa
zer as necessidades da geração atual, sem com- atua tanto no mercado de varejo quan-
prometer a capacidade das gerações futuras de to no atacado.
atenderem as suas próprias necessidades. e) os empregados apresentam baixa ini-
ciativa e pequena capacidade de reali-
O Banco do Brasil preocupa-se com a sus- zação por autodeterminação, sendo a
tentabilidade e, por isso, orienta suas ações responsabilidade das decisões e da re-
buscando o equilíbrio entre as três dimen- solução de problemas transferida aos
sões que são consideradas os pilares da sus- líderes.
tentabilidade. Essas dimensões são:
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17. (37826) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 – 20. (37819) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 –
GESTÃO DE PESSOAS – Cultura Organizacio- GESTÃO DE PESSOAS – Cultura Organizacio-
nal, Comportamento Organizacional nal, Comportamento Organizacional
Ao dizer que a cultura de uma organização A cultura organizacional é difícil de mudar
é determinada historicamente, é possível PORQUE, além de ser estável, ela representa
afirmar que: o aprendizado acumulado de um grupo,
a) ela advém dos primeiros navegadores bem como as formas de pensar e sentir.
que aportaram no território brasileiro. Acerca da afirmativa feita acima, é correto
b) reflete a história da organização, desde afirmar:
seus fundadores até os dias atuais.
c) reflete exatamente aquilo que os fun- a) a afirmativa está correta; e a justificati-
dadores determinaram. va, incorreta.
d) ela é altamente volúvel. b) a afirmativa e a justificativa estão corretas.
e) ela não muda. c) a afirmativa e a justificativa estão incor-
retas.
18. (37828) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 – d) a afirmativa está incorreta; e a justifica-
GESTÃO DE PESSOAS – Cultura Organizacio- tiva, correta.
nal, Comportamento Organizacional
21. (37813) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 –
O sistema de valores compartilhados pelos GESTÃO DE PESSOAS – Cultura Organizacio-
membros da organização e o conjunto de nal, Comportamento Organizacional
características-chave que a instituição valo-
riza e que a diferencia das demais é conhe- Paulo, recém nomeado no concurso do
cido como: Banco do Brasil, vai participar de um treina-
mento para ambientação na entidade. Den-
a) clima organizacional tro dos conceitos de cultura organizacional,
b) cultura organizacional Paulo estará passando pelo processo de:
c) cultura gerencial
d) cultura institucional a) investigação.
e) subcultura empresarial b) procrastinação.
c) trepanação institucional.
19. (37823) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 – d) socialização.
GESTÃO DE PESSOAS – Cultura Organizacio- e) segregação cultural.
nal, Comportamento Organizacional
22. (37814) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 –
Segundo Edgar Schein, GESTÃO DE PESSOAS – Cultura Organizacio-
a) a cultura serve para a sobrevivência da nal, Comportamento Organizacional
organização, uma vez que possibilita a Com relação às instituições financeiras, é
adaptação ao meio ambiente estratégico correto afirmar que:
e a coordenação das atividades internas.
b) se a adaptação cultural da organização a) por buscarem alcançar fins comuns,
for bem sucedida, a tendência será mu- apresentam, de regra, um único tipo de
dar a direção. cultura.
c) a cultura sempre guiará para a mesma b) sempre terão culturas semelhantes.
direção, o sucesso. c) organizações diferentes não podem
d) os paradigmas culturais de uma organiza- apresentar culturas semelhantes.
ção apoiam seus objetivos e estratégias. d) após estabelecerem sua cultura, não a
e) a cultura é a forma de vestir e de falar modificam.
das pessoas. e) possuem uma ou mais culturas.
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23. (37829) A CASA DAS QUESTÕES 2014 – GES- soas o nível de sucesso organizacional
TÃO DE PESSOAS – Cultura Organizacional, desejado.
Comportamento Organizacional c) conjunto de normas – regras escritas
São características da cultura organizacional, ou não que direcionam a forma como
exceto: as pessoas devem proceder em função
dos objetivos da organização.
a) estabilidade estrutural d) fluxo de processos – regras de negócio
b) profundidade estabelecidas para direcionar o relacio-
c) largura namento da empresa com os clientes,
d) padrão ou integração de maneira formal.
e) unanimidade e) crenças e valores – referem-se às proi-
24. (37835) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 – bições impostas aos membros da orga-
GESTÃO DE PESSOAS – Cultura Organizacio- nização e orientações relativas a fatos
nal, Comportamento Organizacional já ocorridos na organização e que são
tidos como inquestionáveis.
Ao fazer uma analogia da cultura com um
iceberg, tem-se, acima da linha d’água: 26. (49658) CESGRANRIO 2014 – GESTÃO
DE PESSOAS – Cultura Organizacional,
a) aspectos visíveis da cultura, como estrutu- Comportamento Organizacional
ra da organização, regras e sentimentos.
b) aspectos informais, exclusivamente. A cultura é aprendida, transmitida e parti-
c) aspectos visíveis e de fácil interpretação lhada. É resultante de um aprendizado por
por qualquer pessoa. condicionamento social. Ela é construída ao
d) aspectos formais, como a missão e a vi- longo do tempo. Em termos empresariais,
são da organização. a cultura também é expressa na maneira
e) aspectos que influenciam inconsciente- como as coisas são feitas, como a empresa
mente as pessoas. está estruturada, etc.
25. (49657) CESGRANRIO – 2014 – GESTÃO Dessa forma, a cultura organizacional cria o(a):
DE PESSOAS – Cultura Organizacional, a) abordagem sistêmica da administração
Comportamento Organizacional b) identidade organizacional
A cultura de uma organização está represen- c) público-alvo da empresa
tada pelos padrões de comportamento, há- d) cenário do macroambiente organizacional
bitos, tradições e relacionamentos compar- e) relação entre o ambiente externo e o
tilhados entre seus membros. Existem vários grau de incerteza interno
elementos que compõem a cultura organiza- 27. (42398) CESPE – 2014 – GESTÃO DE PESSO-
cional, condicionando e, de certa forma, di- AS – Cultura Organizacional, Comportamen-
recionando o desempenho das pessoas. to Organizacional
Um desses elementos e sua respectiva des- Acerca de comportamento organizacional,
crição estão apresentados em:
O processo de socialização organizacional
a) poder formal – expresso na comunicação implica a preparação do indivíduo para o
assistemática, possibilitando relações de desempenho de suas funções e a conse-
ajuda, compadrios e boatos, elementos quente compreensão por parte desse indi-
existentes em todas as organizações. víduo relativamente ao seu próprio papel
b) mitos e tabus – elementos importantes no ambiente organizacional e ao funciona-
para realizar, manter a imagem da orga- mento da empresa.
nização e imprimir nas ações das pes-
( ) Certo ( ) Errado
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28. (37839) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 – 30. (37812) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 –
GESTÃO DE PESSOAS – Cultura Organizacio- GESTÃO DE PESSOAS – Cultura Organizacio-
nal, Comportamento Organizacional nal, Comportamento Organizacional
Para Edgar Schein, a essência da cultura João está estudando para o concurso do Ban-
está: co do Brasil. Ele acessou a página do banco
na internet para saber mais sobre sua cultura
a) nos rituais, símbolos e heróis corporativa. No site, João encontrou:
b) nos valores e processos conscientes
c) nos artefatos a) os pressupostos básicos da cultura do
d) nos padrões de comportamento banco.
e) nos pressupostos básicos e inconscientes b) os valores inconscientes da dinâmica
organizacional.
29. (37838) A CASA DAS QUESTÕES – 2014 – c) alguns artefatos da cultura.
GESTÃO DE PESSOAS – Cultura Organizacio- d) informações sobre todos os heróis e mi-
nal, Comportamento Organizacional tos da organização.
e) informações secretas que ele utilizará
Os processos conscientes de pensamento para obter vantagens econômicas sobre
que justificam as decisões e ações e que de- seus colegas.
finem por que as pessoas fazem o que fa-
zem são chamados de:
a) valores compartilhados
b) pressupostos justificativos
c) pressuposições básicas
d) artefatos decisórios
e) valores subconscientes
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para ter acesso gratuito aos simulados on-line. E ainda, se for assinante da Casa das
Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.
http://acasadasquestoes.com.br/simulados/resolver/H7294920
Gabarito: 1. (75192) C 2. (75193) C 3. (75191) B 4. (75190) D 5. (72315) C 6. (75189) A 7. (37834) B 8. (37863) C
9. (42432) Certo 10. (85810) B 11. (78511) C 12. (78510) E 13. (79200) Errado 14. (79201) Errado 15. (72314) E
16. (49659) E 17. (37826) B 18. (37828) B 19. (37823) A 20. (37819) B 21. (37813) D 22. (37814) E 23. (37829) E
24. (37835) D 25. (49657) C 26. (49658) B 27. (42398) Certo 28. (37839) E 29. (37838) A 30. (37812) C
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7.10.2. Implicações
O clima representa a qualidade do ambiente psicológico e social que existe em uma organização
e que condiciona o comportamento dos seus membros. Está intimamente ligado ao moral e à
satisfação das necessidades humanas dos funcionários.
Dependendo de como os participantes se sentem em relação à sua organização em determinada
época, o clima pode ser positivo e favorável – quando é receptivo e agradável –, ou negativo e
desfavorável – quando é frio e desagradável. O clima organizacional é a causa e a consequência
do comportamento dos participantes de uma organização.
Ele influencia direta e indiretamente nas atitudes, na motivação, na produtividade do trabalho
e também na satisfação dos funcionários e das demais pessoas envolvidas com a organização.
•• Satisfação: ligação do indivíduo com seu contexto de trabalho – julgamento avaliativo,
positivo ou negativo, que o trabalhador faz sobre seu trabalho ou situação de trabalho.
Tem natureza afetiva.
O clima organizacional é, de certa forma, o reflexo da cultura da organização ou, melhor
dizendo, o reflexo dos efeitos dessa cultura na organização como um todo, mas clima e cultura
são conceitos bem diferentes.
•• Cultura é conjunto de valores e crenças que orientam o comportamento humano na
organização.
•• Clima é a percepção compartilhada pelas pessoas quanto a esses valores, políticas e
práticas de gestão (tem natureza cognitiva – processo de adquirir e assimilar percepções,
conhecimentos).
•• Cultura trata de valores que são, muitas vezes, inconscientes.
•• Clima trata de aspectos que são evidenciados e percebidos pelas pessoas nas relações
existentes na organização.
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Quando se assiste à previsão do tempo na televisão, o apresentador fala que "o clima está
bom", ou "o clima está ruim, mas pode melhorar nos próximos dias". O clima organizacional
segue o mesmo princípio, mas o que varia (em vez de sol e chuva) é a satisfação das pessoas
que trabalham na organização. O clima, portanto, pode variar mais facilmente (dependendo de
acontecimentos que agradem ou desagradem às pessoas), enquanto a cultura é mais perene.
Além da cultura, alguns fatores como políticas organizacionais, formas de gerenciamento, li-
deranças formais e informais, atuação da concorrência e influências governamentais também
podem alterar o clima.
Resistência à
Estresse Liderança Motivação
mudança
Relacionamento com Relacionamento com Relacionamento líder/ Relacionamento
as mudanças as ações do dia a dia colaborador Interpessoal
Colaboração dos Amenizar o estresse Administrar pessoas, A organização cria
funcionários para a im- com ações que visem o desenvolver a estímulos para motivar
plantação e adquação bem estar dentro das organização de forma o funcionário (percep-
a um novo sistema organizações eficaz e eficiente ções)
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Categorias Componentes
Satisfação dos usuários; percepção figurativa da organização;
sentimento de identidade; percepção dos objetivos organizacio-
Imagem e avaliação institucional
nais; prestígio perante a comunidade; valorização profissional
dos servidores.
Condições de progressão funcional; Reconhecimento proporcio-
Desenvolvimento de recursos hu-
nado; Justiça predominante; Comprometimento/Interesse pelo
manos, benefícios e incentivos
trabalho; Qualidade dos benefícios.
Adequação da estrutura; Clareza organizacional; Apoio Logístico;
Organização e condições de traba-
terceirização; Justiça predominante; Comprometimento e inte-
lho
resse pelo trabalho; Utilização do tempo.
Relacionamento individual e grupal; Cooperação entre os segui-
Relacionamento interpessoal
mentos; Consideração humana.
Sucessão administrativa; Credibilidade das chefias; Competência
Sucessão político-administrativa e
e qualificação das chefias; Delegação de competências; Clareza
comportamento das chefias
das chefias; Ênfase na participação; Consideração humana
Satisfação no trabalho; Jornada de trabalho; Prestígio junto à
Satisfação pessoal
Instituição; Reconhecimento proporcionado.
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Questões
Com relação ao tema, analise as afirmativas Julgue o item seguinte, acerca de relações
a seguir. humanas e relações públicas.
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em seu ambiente de trabalho, é algo mutá- administram seus conflitos, como lidam com
vel e instantâneo, não se confundindo com seus temores e percepções nos diversos mo-
a cultura organizacional. mentos por que passa a organização.
( ) Certo ( ) Errado II – Os respondentes de uma pesquisa de
clima organizacional realizam uma sequên-
5. (43258) CESPE – 2010 – GESTÃO DE PESSOAS cia de operações bastante complexa – per-
– Clima Organizacional, Cultura Organiza- ceber-interpretar-descrever o que veem na
cional, Comportamento Organizacional empresa – de forma inteiramente conscien-
te, mesmo que se saiba que grande parte da
Considerando essa situação hipotética, jul- realidade é de fato percebida de forma não
gue o próximo item, a respeito de clima e consciente e que, mesmo assim, influencia
cultura organizacional. nosso comportamento.
Infere-se da situação apresentada que o ob- III – O clima organizacional não é gerado
jetivo do novo diretor do órgão está voltado apenas pelo que as pessoas sentem e pen-
para a mudança da cultura organizacional, sam, mas também confirmado pelo que as
que, envolvendo aspectos mais superficiais, pessoas correspondentemente fazem e,
reflete o clima organizacional, relacionado a desse modo, é algo que vai das predisposi-
aspectos mais enraizados na organização. ções internas e profundas do indivíduo (va-
O novo diretor de determinado órgão lores) às suas manifestações pessoais ob-
público, objetivando apagar da memória serváveis (atitudes e comportamentos).
dos servidores a máxima “manda quem IV – O clima é uma característica estanque
quer, obedece quem tem juízo”, instituída na de uma organização, determinado pela in-
cultura da organização pelo antigo diretor, fluência de elementos internos como mu-
que permanecera no cargo durante trinta danças no corpo diretivo, programas de
anos, anunciou a realização de certame para demissão, benefícios oferecidos, relações
a escolha de uma canção comemorativa chefe subordinado, e externos, como globa-
dos quarenta anos de existência do órgão, lização da economia, pacotes econômicos
por meio da qual seriam enaltecidos governamentais, desemprego.
valores e princípios positivos que norteiam
o órgão. O anúncio foi feito durante a São corretas APENAS as proposições:
tradicional reunião de prestação de contas a) I e II.
mensal, em que são comunicadas notícias b) I, II e III.
internas, como promoções, exonerações e c) I, II e IV.
apresentação de novos colaboradores. d) I, III e IV.
( ) Certo ( ) Errado e) III e IV.
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b) pode ser usado como ferramenta na 9. (27334) CESPE – 2011 – GESTÃO DE PESSOAS
busca de um melhor relacionamento – Clima Organizacional, Cultura Organiza-
entre a empresa e seus funcionários. cional, Comportamento Organizacional
c) abarca sentimentos positivos, negativos Acerca de clima e cultura organizacional,
e de indiferença. assinale a opção correta.
d) é índice de satisfação dos membros de
uma empresa. a) Uma das funções da cultura organiza-
e) contraria o conceito de “Qualidade de cional é apreender as percepções de
Vida no Trabalho”. natureza cognitiva sobre diferentes as-
pectos particulares do trabalho como
8. (27342) FCC – 2013 – GESTÃO DE PESSOAS – relações interpessoais, carga de traba-
Clima Organizacional, Cultura Organizacio- lho e políticas de gestão.
nal, Comportamento Organizacional b) O sistema de valores compartilhado por
Considere: indivíduos de uma organização captura
a essência da cultura organizacional.
O clima organizacional favorável não pode au- c) A socialização determina como a cultu-
mentar a eficiência produtiva de uma empresa ra e o clima organizacional são forma-
PORQUE dos ao longo do tempo, caracterizando
o clima é afetado por fatores internos e ex- a forma como as pessoas passam a per-
ternos que ocorrem no contexto socioeco- ceber o contexto das organizações.
nômico e político como também, na vida d) O grau em que as atividades organiza-
particular dos funcionários. cionais enfatizam a manutenção do sta-
tus quo em contraste ao crescimento é
Diante das afirmações acima, exemplo de cultura organizacional com
a) as duas são verdadeiras e a segunda orientação a resultados.
justifica a primeira. e) Cultura organizacional é um termo des-
b) as duas são verdadeiras e a segunda critivo sobre como as coisas são feitas
não justifica a primeira. em determinada empresa, enquanto
c) a primeira é verdadeira e a segunda é clima organizacional é um termo expli-
falsa. cativo sobre o que faz as coisas serem
d) as duas são falsas. como são em determinada empresa.
e) a primeira é falsa e a segunda é verda-
deira.
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Gabarito: 1. (43291) B 2. (42532) B 3. (95124) D 4. (43274) Certo 5. (43258) Errado 6. (27339) B 7. (7341) E
8. (27342) E 9. (27334) B
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8. LIDERANÇA
Diversos estudos, conduzidos ao longo do século XX, procuraram identificar distintas habilida-
des, atividades, papéis e poderes exercidos pelos gestores (administrados, gerentes, líderes)
das organizações.
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8.1.1. Poderes (French e Raven)
Segundo French e Raven, existem cinco tipos de poder que um líder pode possuir:
•• Legítimo: autoridade formal, poder do cargo ocupado;
•• Coerção: poder de punição, temor;
•• Recompensa: poder de recompensar as atitudes, baseado nas necessidades;
•• Referência: carisma, identificação com o líder;
•• Perito / Conhecimento / Competência: baseado na competência técnica, especialidade,
aptidão.
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2. Papéis de informação:
a) Monitor – receber e lidar com informações de diversas fontes.
b) Disseminador – transferência de informações de fora (ambiente) para dentro da organização
e também entre pessoas e áreas.
c) Porta-voz – transmissão de informações para fora (ambiente).
3. Papéis de decisão:
a) Empreendedor (entrepreneur) – iniciador e planejador de mudanças.
b) Solucionador de problemas – gerenciador de turbulências e de distúrbios.
c) Negociador – com pessoas ou outras organizações.
d) Administrador (alocador) de recursos – tempo, pessoas, materiais, etc.
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8.2. Teorias
As teorias relevam diferentes abordagens sobre o tema liderança. Há três abordagens mais
comuns:
1. Traços de personalidade – foco nas características pessoais do líder.
2. Comportamentais – foco nos estilos (maneiras) de liderar os seguidores. Essa abordagem
surgiu na década de 40 e se refere ao que o líder faz, isto é, ao estilo de comportamento
adotado para liderar. Tais teorias sugerem que é possível treinar pessoas para serem
líderes, ou seja, a liderança deixava de ser uma característica inata e passava a ser algo que
pudesse ser adquirido, construído. Exemplos: Teoria X e Y (McGregor), Três Estilos (White
e Lippitt), Estudos da Universidade de Michigan (Likert), Estudos da Universidade de Ohio,
Visão Bidimensional – Grade Gerencial (Blake e Mouton).
3. Contingenciais (situacionais) – foco na adaptação do líder às diferentes situações/contextos.
O verdadeiro líder é aquele que é capaz de se ajustar a um grupo particular de pessoas
sob condições extremamente variadas (contextos, ambientes, tarefas, objetivos, etc.).
Exemplos: Continuum de Liderança (Tannenbaum e Schmidt), Modelo de Fiedler, Modelo
de Hersey & Blanchard, Transacional x Transformacional x Carismática, Teoria 3D (Reddin),
Teoria do Caminho–Meta (House).
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A pesquisa verificou que:
•• Grupos submetidos à liderança autocrática apresentaram maior volume de trabalho, mas
também maior tensão, frustração e agressividade.
•• Sob liderança democrática, o nível de produção foi menor, porém com maior qualidade,
satisfação e comprometimento das pessoas.
•• Sob liderança liberal, houve mau desempenho qualitativo e quantitativo, com forte indivi-
dualismo, insatisfação e desrespeito ao líder.
Os resultados da pesquisa foram favoráveis aos líderes orientados para os funcionários. Esse
tipo de liderança obteve índices maiores de produtividade e de satisfação com o trabalho.
Likert também analisou quatro fatores da administração (processo de decisão, comunicações,
relacionamento interpessoal e sistemas de recompensas e punições) e, com base nos resulta-
dos, definiu uma escala com quatro estilos de liderança:
1. Autoritário coercitivo: típico da chefia tradicional – hierárquica, centralizadora, autocrática
– baseada na punição e no medo.
2. Autoritário benevolente: também típico da chefia tradicional, ainda centralizador de deci-
sões, porém com certas recompensas materiais.
3. Consultivo: um pouco menos autocrático. Algumas decisões são delegadas e outras ocorrem
no topo, mas há consulta aos funcionários – comunicação vertical descendente e ascendente.
4. Participativo: é o mais democrático. Há delegação das decisões às equipes e incentivo ao
trabalho e ao relacionamento em grupo. A comunicação flui vertical e horizontalmente.
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Por fim, Likert caracteriza os administradores da gerência intermediária como pinos de ligação de
uma camada hierárquica para outra – pessoas com capacidade de representar um grupo, fazendo
a integração das pessoas e destas com a organização. Para ele, a liderança é a capacidade de exer-
cer influência, seja como líder (para baixo), seja como subordinado (para cima).
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8.2.2.5. Visão Bidimensional – Grade Gerencial (Blake e Mouton)
A origem desse trabalho teve como base as pesquisas realizadas pelas Universidades de Ohio
e Michigan, que demonstravam duas dimensões do comportamento do líder que eram consi-
derados estilos opostos (foco nas pessoas X foco nas tarefas). Porém, com o desenvolvimento
das pesquisas sobre a liderança, verificou-se que as tarefas e as pessoas não são polos opostos,
mas limites (dimensões) de um mesmo território: o líder pode combinar os dois estilos em seu
comportamento, ou enfatizá-los simultaneamente, podendo ser eficaz ou ineficaz tanto na di-
mensão da tarefa quanto na dimensão das pessoas.
Blake e Mouton desenvolveram a Grade Gerencial (managerial grid, ou grade da liderança) de
acordo com esse modelo explicativo de liderança. A grade gerencial pressupõe que o adminis-
trador está sempre voltado para dois assuntos: tarefa (a produção, os resultados dos esforços)
e pessoas (colegas e/ou subordinados).
A grade é um diagrama que apresenta uma variável relacionada à produção (eixo x), e outra
variável relacionada às pessoas (eixo y), com intervalos ordenados de 1 a 9 (1 é a menor inten-
sidade; 9 a maior; 5 é um grau intermediário). A matriz bidimensional comporta 81 posições
(nove por nove) ao longo da qual estão distribuídos os tipos de gerenciamento identificados
pelos pesquisadores.
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Fiedler dividiu seu modelo em três etapas:
2. Definindo a situação: de acordo com o autor, três fatores situacionais chave determinam a
eficácia da liderança:
a) Relações líder-liderado: o grau de segurança, confiança e respeito que os subordinados
têm por seu líder;
b) Estrutura da tarefa: o grau de procedimentos que as missões de trabalho têm (isto é, estru-
turadas ou desestruturadas); e
c) Poder da posição: o grau de influência que o líder tem sobre as variáveis de poder como
contratações, demissões, atos disciplinadores, promoções e aumentos de salário.
Cada uma dessas variáveis recebe uma avaliação (boa/má, alto/baixo e forte/fraco respectiva-
mente), gerando oito combinações.
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Para um liderado altamente maduro (M4), não é necessário comportamento forte de tarefa,
tampouco de relacionamento (E4), pois esse tipo de funcionário altamente maduro possui as
condições ideais para assumir responsabilidades – competência e motivação.
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Robert House defende que o líder eficaz deve esclarecer o caminho dos seguidores em direção
aos objetivos de trabalho, tornando essa jornada mais fácil ao reduzir os obstáculos e barreiras.
A responsabilidade do líder é aumentar a motivação dos funcionários para atingir objetivos in-
dividuais e organizacionais.
Os líderes são flexíveis e podem assumir quatro comportamentos distintos, conforme o tipo de
situação:
Antes de adotar uma atitude, o líder deve avaliar qual é à realidade da situação. O desempenho
e a satisfação do funcionário tendem a ser positivamente influenciados quando o líder oferece
algo que falta ao funcionário ou ao ambiente de trabalho. O líder será aceito pelos liderados
quando estes o virem como fonte de satisfação, imediata ou futura. Caso o líder seja redundante
em relação às fontes ambientais ou incongruente com as características dos funcionários, esse
comportamento errado pode desmotivar o subordinado e tornar o líder ineficaz.
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Por fim, a Teoria Carismática afirma que os seguidores do líder atribuem a ele capacidades
heroicas ou extraordinárias de liderança quando observam determinados comportamentos. As
características principais desse comportamento são: visão, disposição para correr riscos por
essa visão, sensibilidade às limitações ambientais e necessidades de seus liderados.
A liderança transformacional, embora possua a característica do carisma, tem um escopo maior:
a liderança transformacional gera um processo de transformação ou de mudança nos seguidores,
buscando capacitá-los para questionar as visões estabelecidas (inclusive as do líder).
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Questões
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5. (94080) CESPE – 2015 – GESTÃO DE PESSOAS 8. (108425) CESPE – 2016 – GESTÃO DE
– Liderança, Comportamento Organizacional PESSOAS – Liderança
Os diversos modelos de políticas e de Acerca de comportamento organizacional,
práticas de gestão de pessoas visam tornar julgue o item que se segue.
mais eficientes o desempenho humano e
o organizacional. A esse respeito, julgue o Segundo as abordagens de traços e compe-
seguinte item. tências de liderança, a presença de compor-
Lideranças focadas no controle das tarefas, tamentos orientados ao trabalho e ao rela-
das atividades e dos processos de trabalho cionamento interpessoal no modo de agir
tendem a ser mais prejudiciais à eficiência dos do líder favorece eficazmente o alcance dos
trabalhos desenvolvidos pelos seus liderados resultados de equipes e organizações.
se comparadas àquelas lideranças orientadas ( ) Certo ( ) Errado
para as relações interpessoais e grupais.
( ) Certo ( ) Errado 9. (81587) CESGRANRIO – 2014 – GESTÃO DE
PESSOAS – Liderança
6. (81580) CESGRANRIO – 2014 – GESTÃO DE
PESSOAS – Liderança Um administrador foi contratado por uma
empresa para exercer o cargo de Gerente
Os trabalhos desenvolvidos em uma de Operações. Ele sabe que, para que possa
organização apresentam natureza diferente, executar com eficácia os processos inerentes
de acordo com o nível hierárquico no qual ao seu cargo, de acordo com o que foi esta-
ele é executado, embora todas as atividades belecido pela empresa, terá de utilizar a sua
contribuam igualmente para o sucesso da capacidade de trabalhar com pessoas, com-
empresa. Em cada nível hierárquico, na preendendo as motivações e atitudes dos
execução das atividades a ele pertinentes, empregados que terá sob sua responsabili-
há uma habilidade que é predominante. dade, conseguindo, assim, liderá-los. A habi-
A correlação correta, que representa a lidade que esse administrador deverá utilizar
habilidade que predomina no respectivo em seu cargo é, predominantemente,
nível hierárquico da organização é: a) humana
a) Nível Operacional – Habilidade Inter- b) conceitual
pessoal c) técnica
b) Nível Técnico – Habilidade Política d) operacional
c) Nível Institucional – Habilidade Conceitual e) motivacional
d) Nível Intermediário – Habilidade Técnica
e) Nível Estratégico – Habilidade Humana 10. (75877) CEFET – 2014 – GESTÃO DE PESSOAS
– Liderança, Comportamento Organizacional
7. (108426) CESPE – 2016 – GESTÃO DE
PESSOAS – Liderança O gestor de uma empresa que comercializa
e presta serviços de manutenção em eleva-
Acerca de comportamento organizacional, dores, mediante problemas identificados em
julgue o item que se segue. sua organização, resolveu mudar sua forma
Se o chefe e as regras organizacionais são de gestão. Como incentivo, passou a premiar
percebidos de forma positiva, a liderança os funcionários que alavancavam suas me-
é considerada adequada, tendendo as tas, com aumentos salariais ou promoções.
pessoas a demonstrarem lealdade à equipe Esse comportamento que recorre aos inte-
e à organização. resses, especialmente às necessidades pri-
márias, evidencia o estilo de liderança:
( ) Certo ( ) Errado
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17. (42543) IADES – 2013 – GESTÃO DE PESSOAS – Liderança, Comportamento Organizacional
Sobre os conceitos de líder e liderança, assinale a alternativa correta.
a) Os líderes já nascem prontos.
b) A liderança se restringe à alta administração da organização.
c) Habilidades e competências gerenciais podem ser desenvolvidas nos indivíduos.
d) Liderança e autoridade formal significam a mesma coisa.
e) A liderança não se aplica a todos os tipos de organização humana.
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a) 4, 1, 2,3
b) 3, 1, 4,2
c) 4, 2, 1,3
d) 1, 2, 3, 4
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Gabarito: 1. (94076) Errado 2. (71654) B 3. (75887) C 4. (75884) B 5. (94080) Errado 6. (81580) C 7. (108426) Certo
8. (108425) Errado 9. (81587) A 10. (75877) C 11. (57386) B 12. (43268) Errado 13. (14632) Errado 14. (14630) E
15. (42399) Errado 16. (42535) D 17. (42543) C 18. (42462) Errado 19. (42429) Errado 20. (14629) A
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9. MOTIVAÇÃO
O comportamento humano é determinado por forças que, algumas vezes, escapam ao próprio
entendimento e ao controle do homem. Essas forças conscientes ou inconscientes que levam o
indivíduo adotar um determinado comportamento são chamadas causas ou motivos.
Quando analisamos a motivação, devemos considerar o indivíduo e o contexto (ambiente) em
que ela ocorre, pois são fatores interdependentes.
Há inúmeras divergências teóricas sobre motivação, principalmente no que se refere à relação
entre recompensas e motivação. Nesse sentido, costuma-se classificar a Motivação em Intrín-
seca (interna) e extrínseca (externa).
•• Motivos internos: são as necessidades, as aptidões, os interesses, os valores e as habili-
dades das pessoas. Fazem cada pessoa ser capaz de realizar certas tarefas e não outras;
sentir-se atraída por certas coisas e evitar outras; valorizar certos comportamentos e me-
nosprezar outros. São os impulsos interiores, de natureza fisiológica e psicológica, afetados
por fatores sociológicos, como os grupos ou a comunidade de que a pessoa faz parte.
•• Motivos externos: são estímulos ou incentivos que o ambiente oferece ou objetivos que a
pessoa persegue. Satisfazem necessidades, despertam sentimentos de interesse ou repre-
sentam recompensas desejadas. Ex: o trabalho, o ambiente, as recompensas, os padrões
estabelecidos pelo grupo de colegas e os valores do meio social.
Todorov e Moreira defendem a motivação extrínseca, a qual se baseia no pressuposto de que
o comportamento vai ocorrer em determinada situação e não em outra. Essa visão comporta-
mentalista implica a interação entre o sujeito e o ambiente. A motivação para o trabalho, nesse
contexto, seria resultante de uma interação complexa entre os motivos internos das pessoas e
os estímulos da situação ou ambiente.
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As afirmações acima remetem a dois princípios:
•• Princípio da emergência: as necessidades de qualquer nível da hierarquia emergem como
motivadores apenas quando as necessidades de níveis inferiores já estiverem razoavel-
mente satisfeitas.
•• Princípio da dominância: na medida em que uma necessidade é substancialmente atendi-
da, a próxima torna-se dominante.
Maslow distingue cinco necessidades, separadas em dois grupos:
•• Necessidades Primárias – fisiológicas e de segurança.
•• Necessidades Secundárias – sociais, de estima e de autorrealização.
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9.1.4.1. Fatores higiênicos – extrínsecos – insatisfacientes
Estão relacionados com as necessidades básicas do indivíduo no ambiente de trabalho. A pre-
sença de tais fatores não traz satisfação, porém, sua ausência gera grande insatisfação.
As empresas visam atender a essa necessidade oferecendo adequadas condições de trabalho,
remuneração correta e equilibrada, padrão claro e estável de supervisão e organização, clareza
de informação e comunicação, etc.
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A conclusão do estudo de Herzberg mostra que os fatores que geram a satisfação e a insatisfa-
ção possuem origens distintas.
Fatores higiênicos – extrínsecos – não geram satisfação. Eles apenas geram insatisfação quan-
do ausentes, ou impedem a insatisfação quando presentes.
Fatores motivacionais – intrínsecos – não geram insatisfação. Eles geram satisfação quando
presentes, e impedem a satisfação quando ausentes.
Devem ser oferecidos níveis apropriados de fatores higiênicos para que não haja insatisfação,
ao mesmo tempo em que devem ser oferecidos fatores motivacionais para que haja satisfação.
Os estudos de Herzberg mostram que a principal maneira de motivar uma pessoa no trabalho
é oferecer atribuições desafiadoras e pelas qual ela se responsabilize. Isso pode ser feito por
processo chamado enriquecimento de cargo, permitindo a realização de trabalhos que sejam
interessantes, desafiadores e valorizados. Exemplo:
•• Oportunidades para que o empregado possa alcançar seus objetivos pessoais desde que
estejam compatíveis com os objetivos da empresa;
•• Reconhecimento, pela chefia, dos objetivos atingidos;
•• Responsabilidade e autoridade para realizar suas tarefas;
•• Desafios para suas habilidades e conhecimentos;
•• Oportunidades e promoção quando o empregado demonstrar interesse e domínio para as
tarefas pretendidas.
O trabalho de enriquecimento de cargo deve ser uma preocupação contínua dos gerentes para
que possam manter um nível de motivação elevado.
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9.2.1. Teoria do Estabelecimento de Objetivos (fixação de metas)
Edwin Locke sustenta que objetivos específicos difíceis, com feedback, conduzem a melhores
desempenhos.
Também conhecida como Teoria da Fixação de Metas, alguns de postulados são:
•• Objetivos específicos são melhores que metas genéricas, pois funcionam como estímulos
internos e guiam o comportamento;
•• Objetivos difíceis, quando aceitos, também geram melhores desempenho, pois prendem a
atenção e ajudam a focar;
•• Oportunidade de participar no estabelecimento dos objetivos aumenta a aceitação e a co-
laboração;
•• O feedback sobre o progresso melhora o desempenho, pois funciona como um guia do
comportamento, mostrando o gap entre o que é esperado e o que está sendo realizado.
Obs: o feedback autogerenciado é um motivador mais eficaz que o feedback externo;
•• Capacitação e autoeficácia (crença a respeito do próprio desempenho em uma tarefa) ge-
ram melhor desempenho.
Outros fatores influenciam a relação objetivo-desempenho: o comprometimento com o objeti-
vo, as características da tarefa e a cultura nacional.
Locke defende quatro métodos para motivar as pessoas: dinheiro (não deve ser o único mé-
todo, mas aplicado com os outros), estabelecimento de objetivos, participação nas decisões e
redesenho do trabalho (para proporcionar maior desafio e responsabilidade).
O ciclo da motivação, conforme a teoria, funciona da seguinte forma:
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Um dos autores mais famosos dessa corrente teórica é Skinner, que popularizou o conceito de
condicionamento operante como forma de manipular o comportamento das pessoas. Estímulos
positivos tenderiam a reforçar o comportamento (ex: pagar um bônus aos que atingem metas),
enquanto estímulos negativos buscariam anular um comportamento (ex: punição por atrasos
frequentes).
As quatro estratégias mais comuns para modificar o comportamento são:
•• Reforço positivo – dar recompensa quando um comportamento desejado ocorre;
•• Reforço negativo – retirar consequência negativa quando um comportamento desejado
ocorre;
•• Punição – aplicação de medida negativa quando um comportamento indesejado ocorre;
•• Extinção – retirada de recompensas positivas quando um comportamento indesejado ocorre.
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Expectativa, portanto, é a crença de que um esforço produzirá resultado. Parte do princípio que
as pessoas se esforçam para alcançar recompensas que para elas são importantes, ao mesmo
tempo em que evitam os resultados indesejáveis.
É, atualmente, uma das teorias mais aceitas sobre motivação.
A motivação é função de três fatores, que devem ocorrer simultaneamente: expectância (ex-
pectativa), instrumentalidade e valência.
1. Expectativa = relação Esforço x Desempenho = a percepção de que determinado conjunto
de esforços levará ao desempenho desejado. O grau de expectância varia de 0 a 1. Uma
baixa expectativa (perto de zero) significa que a pessoa sente que não pode alcançar o nível
necessário de desempenho.
2. Instrumentalidade = relação Desempenho x Recompensa = força ou clareza da relação
percebida entre a ação a ser empreendida e o resultado esperado = crença de que o
alcance do desempenho levará a receber certas recompensas. O grau de instrumentalidade
também varia de 0 a 1. Uma baixa instrumentalidade significa que a pessoa não está
confiante de que o desempenho resultará em boas recompensas (bons resultados).
3. Valência = grau de atração, importância = qualidade positiva ou negativa atribuída aos
objetivos = Recompensa x Objetivos pessoais. É o valor atribuído pelo indivíduo à recompensa.
Representa o quanto as recompensas satisfazem as metas pessoais ou as necessidades do
indivíduo. O grau de valência varia de – 1 (algo indesejável) a +1 (muito desejável).
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Alfie Kohn destaca que o uso de premiações para incentivar o aumento de desempenho parte de
uma premissa que, apesar de ser muito aceita, é inadequada, pois desloca o foco do desempenho
para a premiação. Isso reforça a motivação extrínseca e, ao mesmo tempo, enfraquece a motivação
intrínseca. Kohn ainda ressalta as várias disfunções do uso de um sistema de recompensas:
acirramento da competição entre as pessoas em detrimento da cooperação; desincentivo à
inovação, uma vez que as pessoas preferem reproduzir comportamentos conhecidos a correr
riscos; surgimento de comportamentos antiéticos para o alcance de resultados.
Herzberg considera o dinheiro um fator higiênico, ou seja, incapaz de motivar.
A Teoria da Avaliação Cognitiva, por sua vez, mostra que oferecer recompensas extrínsecas a
comportamentos que já foram recompensados intrinsecamente tende a prejudicar a motivação,
caso as recompensas sejam vistas como uma forma de controle organizacional.
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Questões
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5. (42510) VUNESP – 2013 – GESTÃO DE de responsabilidade e mais clara definição
PESSOAS – Motivação, Comportamento de propósitos, o que favorece o alcance de
Organizacional resultados no trabalho.
Um outro modelo contingencial de motivação ( ) Certo ( ) Errado
é o de expectância, que propõe que os resul-
tados finais adquirem valência. Esse modelo
enfatiza as diferenças individuais entre pesso- 8. (108428) CESPE – 2016 – GESTÃO DE
as e situações. O nível de motivação de uma PESSOAS – Motivação
pessoa é contingente sob duas forças: Acerca de comportamento organizacional,
a) as necessidades de realização e as ne- julgue o item que se segue.
cessidades de poder. A equidade interna e externa é importante
b) as necessidades de poder e as necessi- fator de motivação dos empregados de uma
dades de associação. organização.
c) as necessidades de associação e as ne-
cessidades de realização. ( ) Certo ( ) Errado
d) a justiça de distribuição e a justiça de
processo.
9. (108424) CESPE – 2016 – GESTÃO DE
e) as diferenças individuais e a maneira de
PESSOAS – Motivação
operacionalizá-las.
Acerca de comportamento organizacional,
6. (42534) FGV – 2013 – GESTÃO DE PESSOAS julgue o item que se segue.
– Motivação, Comportamento Organizacio-
nal Segundo a teoria dos motivos, de
McClelland, aspirar realizar metas
A ................. baseia-se na concentração de elevadas, procurar relações interpessoais
esforços para a realização de objetivos ca- fortes e buscar aprovação dos outros são
pazes de satisfazer uma ou algumas neces- características de pessoas que demonstram
sidades individuais. que a motivação está baseada em motivos
de sucesso.
Assinale a alternativa que completa correta-
mente a lacuna do fragmento acima. ( ) Certo ( ) Errado
a) Teoria das Relações Humanas.
b) Teoria da Comunicação. 10. (42479) CESPE – 2013 – GESTÃO DE
c) Teoria da Motivação Humana. PESSOAS – Motivação, Comportamento
d) Teoria Comportamental. Organizacional
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11. (42475) CESPE – 2013 – GESTÃO DE PESSOAS 14. (26359) CESPE – 2013 – GESTÃO DE PESSOAS
– Motivação, Comportamento Organizacional – Motivação, Comportamento Organizacio-
Tendo em vista que a função de pessoal de- nal
nominada treinamento e desenvolvimento Julgue os itens a seguir, relativos a adminis-
é responsável por qualificar os funcionários tração e gestão de pessoas nas organiza-
para os desafios presentes e futuros por ções.
que respondem as organizações, julgue o
item seguinte. Na reciprocidade entre pessoas e organiza-
ções, a existência de condições adequadas
Treinamentos não são úteis para resolver de trabalho favorece a motivação e o de-
problemas de desempenho originados por sempenho no trabalho, o que facilita a atu-
situações de motivação dos funcionários. ação da liderança em busca dos resultados
( ) Certo ( ) Errado organizacionais.
( ) Certo ( ) Errado
12. (43232) CESPE – 2010 – GESTÃO DE PESSOAS
– Motivação, Comportamento Organizacional
15. (43237) CESPE – 2010 – GESTÃO DE PESSOAS
O comportamento organizacional pode – Motivação, Comportamento Organizacio-
ser entendido como um campo de estudos nal
acerca do impacto da ação de indivíduos e
de grupos e da própria estrutura organiza- Em situações de trabalho compartilhadas
cional sobre o comportamento das pessoas por duas ou mais pessoas, há atividades a
nas organizações. Os conhecimentos nessa serem executadas, interações e sentimen-
área podem subsidiar a formulação de polí- tos envolvidos. Acerca das relações huma-
ticas de melhoria da eficácia organizacional. nas no trabalho, julgue o próximo item.
Tendo essas ideias como referência inicial, As necessidades de estima envolvem, entre
julgue o próximo item, relativo à motivação outros aspectos, o autorreconhecimento
nas organizações. das capacidades pessoais e o reconheci-
De acordo com a teoria da equidade, a mo- mento dos outros em face da capacidade
tivação no ambiente de trabalho ocorre individual de adequação às funções que são
quando um funcionário reconhece que a desempenhadas.
organização lhe paga salário melhor que a
média salarial de mercado. ( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
16. (43271) CESPE – 2012 – GESTÃO DE PESSOAS
13. (43231) CESPE – 2004 – GESTÃO DE PESSOAS – Motivação, Comportamento Organizacio-
– Motivação, Comportamento Organizacional nal
No que se refere ao comportamento organi- Acerca de objetivos, desafios e característi-
zacional, julgue os itens a seguir. cas da gestão de pessoas e de comportamen-
Um dos principais problemas das teorias da to organizacional, julgue o próximo item.
motivação está no fato de não incluírem, Entre as teorias motivacionais focadas em
entre as principais necessidades humanas, necessidades, uma das mais importantes é
aquelas relacionadas à estima. Elas incluem a de McClelland, que trata das necessidades
apenas necessidades fisiológicas, de segu- individuais de realização, de poder e de as-
rança, sociais e de autorealização. sociação.
( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado
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17. (78629) ESAF – 2013 – GESTÃO DE 19. (42396) CESPE – 2014 – GESTÃO DE PESSOAS
PESSOAS – Motivação, Comportamento – Motivação, Comportamento Organizacio-
Organizacional nal
Para Spector (2007) a motivação é um es- Acerca de comportamento organizacional,
tado interior que leva uma pessoa a emitir
determinados tipos de comportamentos. A motivação para o trabalho deve estar dire-
Sobre motivação, é correto afirmar: tamente relacionada a sistemas de recom-
pensas em que os ganhos são equitativos
a) a motivação extrínseca encontra-se no in- do ponto de vista interno e competitivos do
terior de cada pessoa e está normalmen- ponto de vista externo à organização para
te associada a um desejo. O desejo é que que haja elevados patamares de desempe-
impulsiona os indivíduos para uma ação. nho e autoeficácia por parte das pessoas.
b) segundo a definição de motivação in-
trínseca, as pessoas somente podem ser ( ) Certo ( ) Errado
motivadas por outra pessoa, o indivíduo
não é capaz de motivar-se sozinho. 20. (14624) CESPE – 2010 – GESTÃO DE PESSOAS
c) motivos cognitivos são baseados no co- – Motivação, Trabalho em Equipe, Compor-
nhecimento, nas opiniões ou crenças de tamento Organizacional
uma pessoa.
d) Maslow define cinco necessidades bá- Com relação ao trabalho em equipe, julgue
sicas para o comportamento humano: os itens a seguir.
fisiológicas, segurança, conhecimento,
O aumento do salário dos membros da
estima e poder.
equipe de trabalho é determinante tanto
e) a necessidade de poder é positiva quan-
para o estímulo no desenvolvimento de ta-
do o gerente quer comandar o grupo
refas individuais quanto para o incremento
pela persuasão e convencimento de
proporcional do desempenho profissional
suas ideias e negativa quando utiliza o
de cada um desses membros.
poder para manipular o grupo.
( ) Certo ( ) Errado
18. (42430) CESPE – 2014 – GESTÃO DE
PESSOAS – Motivação, Comportamento
Organizacional
Com referência ao comportamento organi-
zacional, julgue o item seguinte.
Boas relações com o chefe e com os colegas
de trabalho podem ser entendidas como
fatores motivacionais relacionados às ne-
cessidades sociais, segundo Maslow, ou às
necessidades de crescimento, conforme Al-
derfer.
( ) Certo ( ) Errado
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Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.
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Gabarito: 1. (42443) Errado 2. (57385) A 3. (42544) B 4. (42431) Errado 5. (42510) E 6. (42534) C 7. (108429) Certo
8. (108428) Certo 9. (108424) Errado 10. (42479) Certo 11. (42475) Certo 12. (43232) Errado 13. (43231) Errado
14. (26359) Certo 15. (43237) Certo 16. (43271) Certo 17. (78629) C 18. (42430) Errado 19. (42396) Errado
20. (14624) Errado
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10. GESTÃO DE PROJETOS
10.1.1. Singularidade
Possui objetivos determinados, singulares/exclusivos e não repetitivos, algo que não havia sido
feito antes da mesma maneira. O resultado específico produzido, seja para caracterizar a con-
clusão de uma fase do projeto, seja para finalizar o projeto todo, é chamado entrega. A entrega
deve ser tangível, mensurável e de fácil comprovação, podendo ser: um produto, um serviço,
um documento, o desenvolvimento de algo, um novo processo de negócio, uma mudança etc.
10.1.2. Temporariedade
Temporário não significa necessariamente de curta duração. Pode durar um dia, ou anos, mas
possui cronograma com início e fim bem definidos (inclusive de suas fases), determinados em
função do problema a ser resolvido e das metas que se quer alcançar. Apesar de o projeto ser
temporário, geralmente seu resultado é duradouro. O término é alcançado quando os objetivos
tiverem sido atingidos, ou quando se concluir que esses objetivos não poderão ser atingidos,
ou quando o mesmo não for mais necessário e o projeto for encerrado.
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10.1.3. Incerteza
Cada projeto tem algum grau de incerteza ao gerar produto ou serviço singular, pois sempre
há certo desconhecimento quanto à forma de atingir os objetivos ou de gerar os produtos e os
resultados esperados.
10.1.5. Stakeholders
O termo stakeholders é traduzido como partes interessadas. É qualquer indivíduo, grupo ou
organização que pode afetar, ser afetada, ou sentir-se afetada por uma decisão, atividade ou
resultado de um projeto. Essas pessoas podem estar ativamente envolvidas no projeto ou ter
interesses que possam ser positiva ou negativamente afetados pelo desempenho ou pelo
término do projeto.
Essas partes interessadas (positivas, negativas e neutras) devem ter suas expectativas alinhadas
desde antes da aprova-
ção do projeto, de for-
ma a criar a coalização
necessária à mudança
trazida pelo projeto.
O alinhamento vai re-
sultar na negociação do
escopo possível para o
projeto e que atenda à
maioria dos interesses.
Tais interesses devem
ser gerenciados duran-
te todo o ciclo de vida
do projeto, uma vez que
os resultados esperados
tendem a mudar com o
tempo.
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10.1.7. Responsabilidade
A definição das responsabilidades é importante tanto para poder alocar as pessoas com as suas
diversas funções dentro do projeto, quanto para conhecer as relações que o projeto tem com a
organização e o comprometimento das instâncias superiores e de outros envolvidos no projeto.
10.1.8. Interdisciplinaridade
Tanto faz se há uma pessoa no projeto ou milhares, o desenvolvimento de projetos requer
distintos conhecimentos, oriundos de diversas áreas além de técnicas específicas da área de
projetos, ferramentas e conceitos de outras disciplinas tais como administração em geral,
planejamento, controle de qualidade, informática, estatística, custos e orçamentação etc.
10.2.1. Funcional
É uma hierarquia em que os funcionários são agrupados por especialidade, cada uma com um
superior bem definido. As organizações funcionais podem possuir projetos, mas o escopo ge-
ralmente é restrito aos limites da função. Esse tipo de estrutura reduz a cooperação interdepar-
tamental e dá ênfase às especialidades em detrimento do objetivo organizacional global.
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10.2.3. Matricial
Chama-se matricial pois combina duas formas de estrutura formando uma espécie de grade. Trata-
se de uma estrutura mista, híbrida, que combina a departamentalização funcional com a de projetos.
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Matriz Fraca:
Mantém muitas das características de uma organização funcional e a função do gerente de pro-
jetos é mais parecida com a de um coordenador ou facilitador que com a de um gerente.
Matriz Forte:
Matriz Balanceada:
Composta:
Combina diversas estruturas.
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Quadro Resumo:
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A seguir alguns modelos de ciclo de vida:
•• Maximiano:
•• Fase 1 – Inspiração, ideia.
•• Fase 2 – Concepção: ideia vira modelo mental.
•• Fase 3 – Desenho: o modelo mental transforma-se em um desenho detalhado do
produto.
•• Fase 4 – Desenvolvimento: o produto é gradativamente elaborado.
•• Fase 5 – Entrega: o produto é apresentado ao cliente.
•• Menezes:
•• Fase 1 – Conceitual:
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•• Fase 3 – Execução
•• Fase 4 – Conclusão
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10.3.2. Quando um projeto acaba?
Um projeto pode acabar por inúmeros motivos, sendo os mais comuns:
•• Objetivo atingido;
•• Objetivo não pode mais ser atingido;
•• Necessidade do projeto não existe mais;
•• Cliente / patrocinador mandou.
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A transição de uma fase para a outra envolve alguma forma de transferência técnica ou entre-
ga, que é revisada e aprovada antes que o trabalho seja iniciado na próxima fase. No entanto,
pode ocorrer de uma fase ser iniciada antes da aprovação das entregas da anterior, quando os
riscos envolvidos são considerados aceitáveis.
Fases Sequenciais: uma fase só poderá iniciar depois que acabar a anterior. Essa abordagem
reduz incertezas, mas pode eliminar opções de redução do cronograma.
Fases Sobrepostas: a fase tem início antes do término da anterior. Às vezes, ela pode ser aplicada
como um exemplo da técnica de compressão de cronograma denominada paralelismo. As fases
sobrepostas podem aumentar o risco e resultar em retrabalho caso uma fase subsequente
progrida antes que informações precisas sejam disponibilizadas pela fase anterior.
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10.4. Conceitos Importantes
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10.4.3. Patrocinador
Patrocinador é uma pessoa ou grupo que fornece recursos e suporte para o projeto e é respon-
sável pelo seu sucesso. O patrocinador pode ser externo ou interno em relação à organização
do gerente de projetos. O patrocinador promove o projeto desde a sua concepção inicial até o
seu encerramento. Isso inclui servir como porta-voz para os níveis mais altos de gerenciamento
para angariar suporte em toda a organização e promover os benefícios que o projeto propor-
ciona.
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O patrocinador conduz o projeto por meio dos processos iniciais até a sua autorização formal e
desempenha um papel significativo no desenvolvimento do escopo inicial e do termo de aber-
tura. No caso das questões que estão além do controle do gerente do projeto, o patrocinador
pode encaminhá-las para níveis hierárquicos superiores. O patrocinador também pode se en-
volver em outras questões importantes, como a autorização de mudanças no escopo, análises
de final de fase e decisões de continuação/cancelamento quando os riscos são particularmen-
te altos. O patrocinador também garante uma transferência tranquila das entregas do projeto
para os negócios da organização do solicitante após o encerramento do projeto.
10.4.5. Artefatos
Documento modelo em um formato predefinido, que fornece uma estrutura base para coletar,
organizar e apresentar informações e dados. Os artefatos podem reduzir o esforço necessário
para realizar um trabalho e aumentar a consistência dos resultados.
Ex: Termo de Abertura do Projeto (TAP), planilha de custos, cronograma, documentos de
comunicação, plano de gerenciamento, contratos etc.
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O Pacote de Trabalho é o nível mais baixo na EAP, é o ponto em que o custo e a duração das
atividades para o trabalho podem ser estimados e gerenciados com confiança.
No contexto da EAP, o trabalho refere-se a produtos de trabalho ou entregas que são o resultado
do esforço*.
*quantidade de mão de obra necessária para terminar uma atividade do cronograma ou
um componente da estrutura analítica do projeto. Normalmente expresso como equipe-
horas, equipe-dias ou equipe-semanas.
A EAP é apoiada pelo Dicionário da EAP, um documento que fornece informações detalhadas
sobre entregas, atividades e agendamento de cada componente da estrutura analítica do
projeto. As informações contidas no dicionário da EAP incluem, mas não estão limitadas: à
descriçã o do trabalho, às premissas e restrições, à organização responsável, aos marcos do
cronograma, às atividades do cronograma associadas, aos recursos necessários, à estimativa
de custos, aos requisitos de qualidade, aos critérios de aceitação, às referências técnicas e às
informações sobre acordos.
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10.4.7. Projetos, Programas e Portfólios
Os projetos, em programas ou portfólios, são meios de se atingir metas e objetivos organizacio-
nais, geralmente no contexto de um planejamento estratégico.
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Requisito é a tradução das necessidades e expectativas dos clientes e das demais partes
interessadas (stakeholders).
O gerenciamento de um projeto tipicamente inclui:
•• Identificar os requisitos;
•• Adaptar-se às diferentes necessidades, preocupações e expectativas das partes interessa-
das à medida que o projeto é planejado e realizado;
•• Estabelecer e manter a comunicação ativa com as partes interessadas; e
•• Balancear as restrições conflitantes do projeto que incluem, mas não se limitam, a: escopo,
qualidade, cronograma, orçamento, recursos e riscos.
As circunstâncias específicas do projeto influenciarão as restrições que devem ser focadas pelo
gerente do projeto e exigem a aplicação de processos de gerenciamento de projetos apropriados.
Existem diversas metodologias para o gerenciamento de projetos, porém, a mais utilizada é a
do Project Management Institute (PMI). Fundado em 1969, é a principal organização mundial
no que se refere ao gerenciamento de projetos. Foi estabelecido para criar os padrões, avançar
a metodologia e promover a responsabilidade profissional no gerenciamento de projetos.
O PMI produz o The Project Management Body of Knowledge (PMBOK), um guia com o
conjunto de padrões, normas, métodos, processos e práticas, sempre revisado e atualizado
de acordo com as boas práticas em gerenciamento de projetos. Tais padrões mundiais são
constantemente criados e atualizados (tanto por equipes de voluntários quanto pelo público
em geral), de forma a fornecer orientações, regras e características do gerenciamento de
projetos, as quais são amplamente aceitas e aplicadas.
É importante ressaltar que "boa prática" não significa que o conhecimento descrito no PMBOK
deva ser sempre aplicado uniformemente a todos os projetos; a organização e/ou a equipe de
gerenciamento do projeto é responsável por determinar o que é apropriado para um projeto
específico. Nesse contexto, “boa prática” refere-se a um acordo geral de que a aplicação dos
processos de gerenciamento de projetos pode aumentar as chances de sucesso em uma ampla
série de projetos.
Project Management Professional (PMP, Profissional de Gerenciamento de Projetos) é a
credencial adotada pelos profissionais que são certificados pelo PMI. Tal certificação para
gerentes de projeto é reconhecida internacionalmente e atesta, por meio de análises e provas,
que o gerente tem formação (escolaridade, capacitação), experiência e competência para
conduzir e dirigir projetos. Exige-se que os candidatos para a credencial PMP:
•• Desempenhem suas tarefas sob supervisão geral e sejam responsáveis por todos os
aspectos do projeto e pela vida deste.
•• Liderem e conduzam equipes multifuncionais para a entrega de projetos dentro das
limitações de cronograma, orçamento e escopo.
•• Demonstrem conhecimento e experiência suficientes para aplicar de forma apropriada uma
metodologia a projetos que possuem requisitos e resultados razoavelmente bem definidos.
De acordo com a versão atual do Guia PMBOK (5ª Edição – 2013), um projeto pode ser mais
bem gerido mediante a integração e a aplicação adequada de 47 processos, que podem ser
reunidos em 10 áreas de conhecimento e 5 grupos de processos.
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10.5.1. Áreas de Conhecimento
Uma área de conhecimento representa um conjunto completo de conceitos, termos e ativida-
des que compõem um campo profissional, campo de gerenciamento de projetos, ou uma área
de especialização.
As dez áreas do conhecimento são: qualidade, partes interessadas, comunicações, tempo, re-
cursos humanos, escopo, aquisições, riscos, custos, integração.
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10.5.1.9. Gerenciamento dos Custos do Projeto
O gerenciamento dos custos do projeto inclui os processos envolvidos em planejamento, es-
timativas, orçamentos, financiamentos, gerenciamento e controle dos custos, de modo que o
projeto possa ser terminado respeitando o orçamento aprovado.
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Importante: os grupos de processos não são fases do projeto. Quando projetos complexos ou
de grande porte são separados em fases ou subprojetos distintos (ex: estudo de viabilidade,
design, protótipo, construção, teste etc.), todos os grupos de processos normalmente são
repetidos para cada fase ou subprojeto.
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10.5.2.2. Processos de Planejamento
Estabelecem o escopo total, definem e refinam os objetivos e desenvolvem o curso de ação
necessário para alcançar esses objetivos. Em outras palavras, desenvolvem o plano de geren-
ciamento e os documentos do projeto que serão usados para executá-lo.
À medida que mais informações ou características do projeto são coletadas e entendidas, podem
ser necessários planejamentos adicionais ou revisões (planejamento por ondas sucessivas).
Os processos de planejamento englobam todas as áreas de conhecimento e têm como alguns de
seus resultados a coleta de requisitos, a definição do escopo, a criação da Estrutura Analítica do
Projeto (EAP), o sequenciamento das atividades, a estimativa dos custos, a análise dos riscos, etc.
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4.4 Monitorar e
controlar o traba-
4. Gerenciamen- 4.1 Desenvolver o 4.2 Desenvolver o pla- 4.3 Orientar e ge-
lho do projeto 4.5 4.6 Encerrar o
to da integração termo de abertu- no de gerenciamento renciar o trabalho
Realizar o contro- projeto ou fase
do projeto ra do projeto do projeto do projeto
le integrado de
mudanças
6.1 Planejar o
gerenciamento do
cronograma
6.2 Definir as atividades
6.3 Sequenciar as ativi-
6. Gerenciamen-
dades 6.7 Controlar o
to do tempo do
6.4 Estimar os recursos cronograma
projeto
das atividades
6.5 Estimar as durações
das atividades
6.6 Desenvolver o
cronograma
9.2 Mobilizar a
9. Gerenciamen- equipe do projeto
9.1 Planejar o geren-
to dos recursos 9.3 Desenvolver a
ciamento dos recursos
humanos do equipe do projeto
humanos
projeto 9.4 Gerenciar a
equipe do projeto
10. Gerencia-
mento dos 10.1 Planejar o geren-
10.2 Gerenciar as 10.3 Controlar as
recursos de ciamento das comuni-
comunicações comunicações
comunicações cações
do projeto
www.acasadoconcurseiro.com.br 2143
11.1 Planejar o geren-
ciamento dos riscos
11.2 Identificar os riscos
11. Gerencia- 11.3 Realizar a análise
11.6 Controlar os
mento dos riscos qualitativa dos riscos
riscos
do projeto 11.4 Realizar a análise
quantitativa dos riscos
11.5 Planejar as res-
postas aos riscos
12. Gerencia-
12.1 Planejar o gerencia- 12.2 Conduzir as 12.3 Controlar as 12.4 Encerrar as
mento das aqui-
mento das aquisições aquisições aquisições aquisições
sições do projeto
13.
13.3 Gerenciar o 13.4 Controlar o
Gerenciamento 13.1 Identificar 13.2 Planejar o geren-
engajamento das engajamento das
das partes as partes interes- ciamento das partes
partes interessa- partes interessa-
interessadas no sadas interessadas
das das
projeto
2144 www.acasadoconcurseiro.com.br
Questões
www.acasadoconcurseiro.com.br 2145
a) Estimativa de três pontos. 9. (102236) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO
b) Estimativa paramétrica. GERAL – PMBOK
c) Estrutura analítica do projeto. Acerca da metodologia PMI (project mana-
d) Estrutura analítica dos riscos. gement institute) para desenvolvimento de
e) Estimativa bottom-up. projetos de software, julgue o item a seguir.
6. (14541) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO GERAL No grupamento de processos de iniciação
PMBOK, Gestão de Projetos de um projeto, no termo de abertura do
projeto definem-se os requisitos iniciais do
A quantidade de unidades de mão de obra projeto e o que não será feito nesse projeto.
necessárias para terminar uma atividade do
cronograma. Normalmente expressa como ( ) Certo ( ) Errado
equipe- (ex. equipe-horas). Trata-se da defi-
nição PMBOK de:
10. (102237) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO
a) custo. GERAL – PMBOK
b) esforço.
c) prazo. Acerca da metodologia PMI (project mana-
d) escopo. gement institute) para desenvolvimento de
e) folga. projetos de software, julgue o item a seguir.
Apesar de o processo de aquisição fazer
7. (102219) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO parte dos processos de execução, a aquisi-
GERAL – Projetos ção só é finalizada dentro do grupamento
Julgue o item subsequente, relativo à ge- de processos de encerramento do projeto.
rência de projetos. ( ) Certo ( ) Errado
As funções do patrocinador de projeto em
organizações com orientação a projetos são 11. (102235) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO
análogas às do gerente do projeto: fornecer GERAL – PMBOK
recursos e suporte para o sucesso do proje-
to e elaborar a Estrutura Analítica de Proje- Acerca da metodologia PMI (project mana-
to (EAP). gement institute) para desenvolvimento de
projetos de software, julgue o item a seguir.
( ) Certo ( ) Errado
Ao se planejar a resposta a um risco que po-
derá atrasar o projeto, o registro de riscos
8. (102232) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO pode ser atualizado sem que haja necessi-
GERAL PMBOK dade de atualização do plano de gerencia-
Acerca da metodologia PMI (project mana- mento do projeto.
gement institute) para desenvolvimento de ( ) Certo ( ) Errado
projetos de software, julgue o item a seguir.
O processo de criação da estrutura analítica 12. (102234) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO
de um projeto independe da declaração do GERAL – PMBOK
escopo desse projeto, podendo ser desen-
volvido em reuniões de requisitos. Acerca da metodologia PMI (project mana-
gement institute) para desenvolvimento de
( ) Certo ( ) Errado projetos de software, julgue o item a seguir.
2146 www.acasadoconcurseiro.com.br
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De acordo com o PMBOK, o caminho crítico ciamento do projeto são atividades vincu-
de um projeto consiste no caminho mais ladas à área de conhecimento em gerencia-
longo de atividades e que determina a mento de projeto denominada:
menor duração de um projeto.
a) Riscos.
( ) Certo ( ) Errado b) Escopo.
c) Tempo.
d) Integração.
13. (102233) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO e) Aquisições.
GERAL – PMBOK
Acerca da metodologia PMI (project mana- 16. (14529) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO
gement institute) para desenvolvimento de GERAL – PMBOK, Gestão de Projetos
projetos de software, julgue o item a seguir. A identificação das partes interessadas
Após se elaborar a estrutura analítica de (stakeholders) em um projeto é classificada
um projeto, é possível definir e sequenciar na área de conhecimento do PMBOK deno-
atividades para que os objetivos do projeto minada gerenciamento.
sejam alcançados. a) dos custos do projeto.
( ) Certo ( ) Errado b) de aquisições do projeto.
c) de escopo do projeto.
d) das comunicações do projeto.
14. (14539) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO GERAL e) de recursos humanos do projeto.
PMBOK, Projetos, Gestão de Projetos
Estrutura Analítica de Projeto (EAP) é o 17. (14530) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO
processo de: GERAL – PMBOK, Gestão de Projetos
www.acasadoconcurseiro.com.br 2147
19. (14526) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO GERAL IV – O planejamento deve garantir que as
Gestão de Projetos pessoas não estejam envolvidas em mais
projetos do que seria racional, o que geraria
A gestão de projetos proporciona a possibi- disputa de recursos entre os projetos.
lidade de ação e de controles úteis ao ge-
renciamento de políticas públicas. Na ges- V – Equipes de projeto que já estejam se
tão de projetos, esforçando para cumprir seus escopos e
prazos devem se dedicar às atividades es-
a) escopo, tempo, custos e qualidade são senciais que agregam valor ao projeto, e a
os principais determinantes para o ob- estrutura deve se esforçar para adaptar-se a
jetivo de um projeto, seja na esfera pú- estas condições.
blica ou privada.
b) um projeto na área pública consiste na Estão corretas SOMENTE:
harmonização entre tempo e dinheiro,
mais que em materiais e competências a) II e IV.
humanas. b) I, II e IV.
c) os processos de monitoramento e con- c) III, IV e V.
trole ocorrem até o início da fase de en- d) I, II, IV e V.
cerramento de um projeto, no âmbito e) I, II, III e IV.
da administração pública e da privada.
d) comunicações e riscos são os insumos 21. (14527) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO GERAL
para produzir o trabalho necessário à Gestão de Projetos
consecução de projetos em qualquer Na Administração Pública, uma das influên-
esfera da Administração pública. cias externas sofridas por um projeto é de
e) há um esforço perene empreendido ordem
para criar produtos, serviços ou resul-
tados na gestão de entidades governa- a) psicoestrutural, envolvendo técnicas de
mentais e empresas. empreendedorismo.
b) psicoestrutural, envolvendo a gestão in-
20. (14525) FCC – 2011 – ADMINISTRAÇÃO GERAL tegrada da qualidade do projeto.
Gestão de Projetos c) psicoestrutural, envolvendo a gestão
econômico-financeira do projeto.
Com relação às melhores práticas de gestão d) psicoestrutural, abrangendo a adminis-
de projetos, considere as afirmativas abai- tração de conflitos entre os membros
xo: da equipe do projeto.
I – Para realizar os projetos é necessário e) ecológica, com enfoque em gestão am-
concentrar esforços em projetos menores, biental e sustentabilidade.
que tenham entregas alcançáveis e cujos
prazos possam ser cumpridos. 22. (14531) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO GERAL
PMBOK, Gestão de Projetos
II – O gerente de projeto deve se posicionar
de forma a que todas as áreas diretamente Coletar os requisitos e definir as atividades
envolvidas no sucesso do projeto estejam são processos abordados, respectivamen-
comprometidas e disponíveis na medida da te, nas áreas de conhecimento ..I... e ...II..
necessidade. . Ambos pertencem ao grupo de processos
...III.... .
III – Não existe um tamanho ideal para a
equipe, mas uma boa regra é ter sempre Preenchem correta e respectivamente as la-
mais de uma pessoa para cada papel ou cunas I, II e III acima:
mais de um papel para cada pessoa.
2148 www.acasadoconcurseiro.com.br
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www.acasadoconcurseiro.com.br 2149
d) iniciação, planejamento, execução, mo- 29. (14524) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO
nitoramento/controle e encerramento. GERAL – Projetos, Gestão de Projetos
e) integração, escopo, execução, monito-
ramento e encerramento. Acerca de noções de administração, julgue
os itens abaixo.
27. (14534) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO Critérios técnicos de seleção de projetos
GERAL – PMBOK, Gestão de Projetos tais como a disponibilidade de capital e de
A área de conhecimento gerenciamento de matérias-primas e a competência gerencial
recursos humanos do projeto NÃO tem pro- permitem que a exequibilidade do projeto
cesso que se insere nos grupos: seja determinada em relação aos objetivos
propostos.
a) Planejamento e Monitoramento e con-
trole. ( ) Certo ( ) Errado
b) Execução e Encerramento.
c) Planejamento e Execução.
d) Monitoramento e controle e Iniciação.
e) Monitoramento e controle e Execução.
2150 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Gabarito: 1. (95349) B 2. (98741) Errado 3. (60088) E 4. (14542) D 5. (14540) C 6. (14541) B 7. (102219) Errado
8. (102232) Errado 9. (102236) Certo 10. (102237) Certo 11. (102235) Errado 12. (102234) Certo 13. (102233) Certo
14. (14539) B 15. (14538) D 16. (14529) D 17. (14530) D 18. (14528) D 19. (14526) A 20. (14525) D 21. (14527) E
22. (14531) D 23. (14532) B 24. (14536) E 25. (14537) B 26. (14535) D 27. (14534) D 28. (14533) B 29. (14524) Certo
www.acasadoconcurseiro.com.br 2151
11. GESTÃO DE PROCESSOS
11.1. Processos
Processo é qualquer atividade ou conjunto de atividades que toma um input, adiciona valor a
ele e fornece o output a um cliente específico. Esses inputs podem ser materiais, informações,
conhecimento, etc.
O conceito mais intuitivo de processo de trabalho, portanto, é o de transformação. Esse
conceito remete a três elementos:
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www.acasadoconcurseiro.com.br 2153
11.1.1. Tipos de Processos
Quanto aos tipos de processos existentes, a classificação mais comum é:
•• Processos principais – entregam valor diretamente aos clientes. Representam as atividades
essenciais que uma organização desempenha para cumprir sua missão. São também
denominados processos finalísticos, primários, essenciais, de negócio. São processos
tipicamente ponta a ponta, tanto interfuncionais quanto interorganizacionais.
•• Processos de Apoio – dão suporte aos processos principais, aos gerenciais e a si mesmos,
fornecendo produtos, serviços e insumos que não alcançam diretamente o cliente. Também
chamados processos de suporte, meio, organizacionais, podem ser classificados em quatro
grupos genéricos e comuns à maioria das organizações: suprimento; tecnologia; recursos
humanos; e infraestrutura. O fato de processos de suporte não gerarem diretamente valor
aos clientes não significa que não sejam importantes para a organização. Os processos
de suporte podem ser fundamentais e estratégicos à organização na medida em que
aumentam sua capacidade de efetivamente realizar os processos primários.
•• Processos Gerenciais – os processos de gerenciamento são utilizados para medir, monitorar
e controlar atividades de negócio. São as decisões da gerência, ligadas às estratégias e
ao estabelecimento de normas. Tais processos asseguram que um processo primário, ou
de suporte, atinja metas operacionais, financeiras, regulatórias e legais. Assim como os
processos de suporte, os processos de gerenciamento não agregam diretamente valor aos
clientes, mas são necessários para assegurar que a organização opere de maneira efetiva e
eficiente.
Os processos de suporte e de gerenciamento são processos de informação e de decisão. Eles
podem ser verticais e horizontais:
2154 www.acasadoconcurseiro.com.br
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www.acasadoconcurseiro.com.br 2155
11.1.3. Glossário
•• BPM (Business Process Management): disciplina de gerenciamento de processos e um
conjunto de tecnologias habilitadoras.
•• BPMS (BPM Systems/Suite – Sistema de Gerenciamento de Processos de Negócio:
tecnologias que suportam e capacitam o gerenciamento de processos; aplicações
integradas de software para gerenciamento de processos de negócio.
•• BPMN (Business Process Modeling Notation): especificação para modelagem visual de
processos cujo objetivo é prover uma interface simples, mas poderosa, que possa ser
utilizada tanto por profissionais de processos e sistemas, como por usuários.
•• Gargalo: restrição na capacidade que cria uma fila.
•• Requisitos do processo: é a tradução das necessidades e das expectativas dos clientes e das
demais partes interessadas (stakeholders).
•• Não conformidade: não atendimento a um requisito.
•• Handoff: qualquer ponto em um processo no qual o trabalho passa de um sistema, pessoa
ou grupo para outro. As atividades de handoff passam o controle do processo para outro
departamento ou organização (p. ex., transferir um cliente a outro departamento).
•• Regras de negócio: definem como o seu negócio funciona (políticas, interesses, objetivos,
compromissos éticos, etc.).
•• Plataforma de processos: conjunto de metodologias, padrões e ambiente tecnológico,
visando à gestão de processos.
2156 www.acasadoconcurseiro.com.br
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A prática de BPM é definida como um conjunto de valores, crenças, lideranças e cultura que
formam os alicerces do ambiente no qual uma organização opera e guiam o comportamento e
a estrutura da organização. BPM trata processos de negócio como ativos da organização e visa
entregar valor aos clientes.
Gerenciamento de Processos de Negócio (BPM – Business Process Manage-
ment) é uma disciplina gerencial que integra estratégias e objetivos de uma
organização com expectativas e necessidades de clientes, por meio do foco
em processos ponta a ponta. BPM engloba estratégias, objetivos, cultura, es-
truturas organizacionais, papéis, políticas, métodos e tecnologias para anali-
sar, desenhar, implementar, gerenciar desempenho, transformar e estabele-
cer a governança de processos. (BPM-CBOK. V3)
www.acasadoconcurseiro.com.br 2157
Embora existam processos realizados inteiramente em uma unidade funcional, os principais
processos de uma instituição atravessam as fronteiras das áreas e são executados por
colaboradores de diversos setores ou cargos (processos transversais – interfuncionalidade).
Quando esses setores não se comunicam eficientemente, o cliente final provavelmente será
afetado negativamente e o processo terá falhado.
Enquanto a visão funcional focaliza a especialização, sustentada por forte estrutura hierárquica,
a visão de processo enfoca o próprio trabalho, a fim de gerenciá-lo.
Para tornar a organização mais flexível, devem-se derrubar as barreiras departamentais e focar
os processos, pois assim o trabalho é sequenciado em termos de uma cadeia de relações entre
as diversas unidades da organização.
A estrutura horizontal dos processos propõe uma abordagem que fuja da organização
funcional (tradicional). Os departamentos são sócios, não concorrentes, por isso a gestão deve
ser orientada para identificar, desenhar (modelar), executar, documentar, medir, monitorar,
controlar e melhorar processos de negócio.
2158 www.acasadoconcurseiro.com.br
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11.2.2. Vantagens
A bibliografia revela que a gestão por processos proporciona as seguintes vantagens, entre
outras:
•• Alinhar estrategicamente a organização, compatibilizando os processos com a missão, a
visão e a estratégia;
•• Evidenciar as reais necessidades de alocação de recursos;
•• Priorizar atividades pertinentes e ajustar a força de trabalho;
•• Identificar e corrigir processos: que não agregam valor, mais complexos do que poderiam
ser, com altos custos, redundantes, demorados, etc.
•• Melhorar os fluxos de trabalho com foco na eficiência, no cliente e na qualidade dos
produtos/serviços;
•• Integrar e orientar as várias unidades, facilitando o entendimento sobre os procedimentos
para alcançar os resultados – visão sistêmica;
•• Evitar a descontinuidade nos casos de substituições de executores/gestores;
www.acasadoconcurseiro.com.br 2159
•• Avaliar o desempenho dos processos com o uso de indicadores, ou seja, verificar se estão
atingindo os objetivos a que se propõem;
•• Obrigar a organização a prestar contas pelo desempenho dos seus processos;
•• Gerar maior rapidez nas soluções e busca constante por melhoria.
2160 www.acasadoconcurseiro.com.br
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www.acasadoconcurseiro.com.br 2161
O propósito da modelagem, portanto, é criar uma representação do processo de maneira
completa e precisa sobre seu funcionamento. Por esse motivo, o nível de detalhamento e
o tipo específico de modelo têm como base o que é esperado da iniciativa de modelagem.
Um diagrama simples pode ser suficiente em alguns casos, enquanto um modelo completo e
detalhado pode ser necessário em outros.
Os desenhos tipicamente fornecem uma visão abrangente dos os principais componentes
do processo, mas variam em termos de detalhamento. Diagrama de processo, mapa de
processo e modelo têm diferentes propósitos e aplicações (representam diferentes estágios
de desenvolvimento, cada qual agregando mais informação, utilidade e capacidade no
entendimento, análise e desenho de processos).
•• Diagrama é uma notação simples que retrata os principais elementos de um fluxo de
processo, mas omite detalhes;
•• Mapa tem maior precisão e detalhes do que um diagrama e mostra relacionamentos com
outros elementos (atores, eventos, resultados, etc.);
•• Modelo possui maior precisão, mais dados do processo e mais dados dos fatores que afetam
seu desempenho, e sua representação pode ser utilizada para mostrar o desempenho do
que está sendo modelado (simulação).
11.2.5.1. Fluxograma
Técnica para se registrar um processo de maneira compacta, por meio de alguns símbolos
padronizados.
É a representação gráfica que permite a fácil visualização dos passos de um processo. Descreve,
passo a passo, a tramitação entre as áreas e as ações realizadas em cada atividade, bem como
as situações e as condições necessárias para a realização dessas atividades. Ele apresenta a
sequência lógica de atividades e decisões, de modo a obter uma visão sistêmica do fluxo de um
processo, possibilitando a realização de análise crítica para detecção de falhas, de gargalos e de
oportunidades de melhorias.
A visão sistêmica procura enxergar os processos percorrendo toda a organização, ao invés
de analisar apenas uma área (processos dentro de processos). A partir dessa visão, pode-se
identificar como se agrega valor na organização, perceber que os clientes são mais importantes
que funções e entender como o trabalho é feito realmente.
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www.acasadoconcurseiro.com.br 2163
11.2.5.2. Mapofluxograma
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11.2.5.4. SIPOC
Ferramenta usada para identificar todos os elementos pertinentes de um projeto de melhoria
de processo antes de o trabalho começar. Ajuda a definir adequadamente o problema:
identificação das fronteiras (fornecedores e clientes) do processo, quais as principais “entradas”
a serem processadas e a relação quanto às “saídas” geradas aos clientes.
www.acasadoconcurseiro.com.br 2165
É particularmente útil quando não estiver claro: quem provê contribuições ao processo, quais
especificações são colocadas nas contribuições, quem são os verdadeiros clientes do processo,
o que são as exigências dos clientes.
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www.acasadoconcurseiro.com.br 2167
associados à gestão de mudanças na organização, à melhoria contínua e à otimização de
processos. Alternativamente, é chamado de “encenação”, revendo o modelo de processo e
implantando na prática as mudanças propostas após o estudo de variados cenários.
Apesar de citar o ciclo de seis fases, a premissa do BPM-CBOK é não
ser prescritivo, por isso, o guia deixa em aberto o número de fases e
os rótulos usados para descrever essas fases: “a prática de ciclos de
vida de processos de negócio irá variar em função do escopo ao qual
é aplicado”. A maioria dos ciclos de vida pode ser mapeada como
um ciclo básico PDCA (Plan, Do, Check, Act), ou o PDSA, ou o PDCL.
2. Redesenho: é diferente da melhoria de processos, pois toma uma perspectiva holística para
o processo (visão do todo, ponta a ponta) em vez de identificar e implementar pequenas
mudanças incrementais. Embora possa levar a mudanças significativas, essas mudanças
continuam a ser baseadas nos conceitos fundamentais do processo existente.
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www.acasadoconcurseiro.com.br 2169
Projetos Processos
Evento temporário Evento contínuo/cíclico
Equipe temporária Equipe fixa
Diferenças
Resultado único (singular) Resultado repetido
Pode modificar a organização Mantém a organização
Planejados, executados, monitorados e controlados
Realizados por pessoas
Semelhanças
Possuem restrições (tempo, recursos etc.)
Buscam atingir objetivos organizacionais e/ou estratégicos
2170 www.acasadoconcurseiro.com.br
Questões
www.acasadoconcurseiro.com.br 2171
7. (81612) CESGRANRIO – 2014 – ADMINIS- hierarquia e suas características, verifica- se
TRAÇÃO GERAL – Gestão de Processos que o(a)
Uma empresa do setor automotivo está a) macroprocesso é um conjunto de ope-
reestruturando suas áreas, visando a rações de média a alta complexidade,
melhorar sua eficiência e produtividade, com atividades e tarefas distintas e in-
utilizando a gestão por processos como terligadas, que possibilita a realização
base para essa reestruturação. de objetivos específicos em apoio a um
processo.
A gestão por processos, em uma concepção b) processo consiste num grupo de tarefas
geral, é uma abordagem da administração, de alta complexidade, interligadas logi-
na qual camente, que utiliza recursos da orga-
a) as funções de uma organização nização para gerar resultados, visando
são integradas, com base no a cumprir um objetivo organizacional
sequenciamento de suas atividades. específico.
b) as organizações apresentam suas c) subprocesso representa a parte mais
áreas de atuação separadas, em que detalhada das atividades, envolvendo
cada uma, isoladamente, executa rotina e prazo determinados, em um
as atividades que estão sob sua nível imediatamente inferior ao de uma
responsabilidade. atividade.
c) as atividades da empresa são altamente d) atividade, na maior parte das vezes,
burocratizadas, permitindo um melhor envolve mais de uma função organiza-
controle e com visão mecanicista do cional, cuja operação tem impacto sig-
trabalho que realizam. nificativo no modo como a organização
d) os processos críticos, que são funciona.
aqueles de natureza operacional, e) tarefa é um conjunto de operações de
são automatizados, contribuindo média complexidade, que ocorre den-
para o aumento da eficiência e da tro de um processo ou subprocesso,
produtividade da empresa. geralmente desempenhada por uma
e) os processos são vistos como fluxos de unidade organizacional determinada e
trabalho estabelecidos para cada área, destinada a produzir um resultado es-
e cada uma dessas áreas mantém a pecífico.
visão mecanicista de suas atividades.
9. (102363) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO
8. (81614) CESGRANRIO – 2014 – GERAL – Gestão de Processos, Ferramentas
ADMINISTRAÇÃO GERAL – Gestão de da Qualidade
Processos Um fluxograma descreve os elementos dos
Um processo de negócio pode ser processos — fornecedores, entradas, saídas,
explicitado em vários níveis. Dependendo indicadores de desempenho e clientes dos
do detalhamento que se deseja, ele pode processos, entre outros —, sem se ater,
ter uma visão mais macro, mostrando o necessariamente, à sequência das ações em
processo dentro de seu ambiente geral, que esses elementos são desenvolvidos.
até uma visão mais específica, detalhando ( ) Certo ( ) Errado
a sua operacionalização, desempenho ou
estrutura.
O detalhamento dos processos é feito
segundo uma hierarquia. Sobre o nível da
2172 www.acasadoconcurseiro.com.br
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10. (102375) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO 14. (102247) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Ferramentas da Qualidade, Gestão GERAL – Gestão de Processos
de Processos Com relação a gestão de processos e de
Com relação às técnicas de mapeamento, qualidade, julgue o item a seguir.
análise e melhoria de processos, julgue o Em processos pautados no atendimento a
item que se segue. cidadãos, as entradas são determinadas pe-
No mapeamento de processos, o símbolo las necessidades da organização que realiza
□ se refere a atividades de execução ou de o processo.
inspeção. ( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
15. (72665) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Gestão de Processos
11. (102249) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Gestão de Processos Um dos grandes benefícios da modelagem
de processos é possibilitar a documentação,
Com relação a gestão de processos e de a compreensão, a análise e a interação en-
qualidade, julgue o item a seguir. tre negócio e ambiente.
A gestão por processos é utilizada nas orga- ( ) Certo ( ) Errado
nizações públicas como uma solução de in-
tegração organizacional capaz de melhorar 16. (72663) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
a qualidade dos serviços públicos prestados. GERAL – Gestão de Processos
( ) Certo ( ) Errado Com relação às técnicas de mapeamento,
análise e melhoria de processos, julgue os
itens que se seguem.
12. (102248) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Gestão de Processos O mapeamento de processos por meio de
fluxogramas é adequado para representar
Com relação a gestão de processos e de macroprocessos, mas não se aplica à repre-
qualidade, julgue o item a seguir. sentação de atividades.
De acordo com a hierarquia organizacional, ( ) Certo ( ) Errado
as atividades desdobram-se em processos,
que, por sua vez, geram tarefas ou opera- 17. (14560) CESPE – 2012 – ADMINISTRAÇÃO
ções. GERAL – Gestão de Processos
( ) Certo ( ) Errado O losango é utilizado no fluxograma como
símbolo do início ou do final de um processo.
13. (102246) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO ( ) Certo ( ) Errado
GERAL – Gestão de Processos
Com relação a gestão de processos e de 18. (14561) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO
qualidade, julgue o item a seguir. GERAL – Gestão de Processos
Qualquer atividade que utilize recursos para O BPM pode ser definido como uma discipli-
transformar entradas em saídas pode ser na de gerenciamento e um conjunto de tec-
caracterizada como processo. nologias habilitadoras, sem incluir a medição
de processos de negócio da organização.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
www.acasadoconcurseiro.com.br 2173
19. (14546) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO GE- 22. (14556) CESPE – 2012 – ADMINISTRAÇÃO
RAL – Gestão de Processos GERAL – Gestão de Processos
Considere as seguintes assertivas sobre ges- Os benefícios típicos associados à gestão
tão por processos na Administração pública: por processos incluem a promoção de uma
visão sistêmica das atividades, a manuten-
I – Os funcionários são parte importante dos ção do foco no processo e sua constante
problemas. Ao organizar-se por processos, melhoria.
os processos tomam esse lugar das pessoas.
( ) Certo ( ) Errado
II – Na organização pública, pode-se buscar
um funcionário melhor. Na organização por
processos, pode- se sempre melhorar o pro- 23. (14564) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
cesso. GERAL – Gestão de Processos
III – Os processos têm o mérito de colocar o A respeito da gestão de processos, julgue os
usuário, os serviços e o fluxo do trabalho na seguintes itens.
gestão da organização.
A gestão de processos inclui-se na visão sis-
Caberiam num relatório ou estudo sobre têmica de administração pública, na qual
processos de um órgão da Administração predomina o foco na estruturada organiza-
pública federal o que consta em: ção.
a) I e II, apenas. ( ) Certo ( ) Errado
b) I e III, apenas.
c) I, II e III.
d) II e III, apenas. 24. (14567) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
e) III, apenas. GERAL – Gestão de Processos
A respeito da gestão de processos, julgue os
20. (14554) CESPE – 2012 – ADMINISTRAÇÃO seguintes itens.
GERAL – Gestão de Processos
Essa modalidade de gestão não elimina o
A prática gerencial de BPM (business pro- departamento propriamente dito, mas re-
cess modeler) está fundamentada em um quer uma visão global de gestão dos servi-
ciclo de vida contínuo que se define pelas ços e processos.
atividades de planejamento, execução e
correção. ( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
25. (72654) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Gestão de Processos
21. (14553) CESPE – 2012 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Gestão de Processos Com relação a gestão de processos e de
qualidade, julgue o item a seguir.
No fluxograma de um processo, a imagem
de uma caixa com formato de losango é uti- A gestão por processos é utilizada nas
lizada para determinar pontos de tomada organizações públicas como uma solução
de decisão. de integração organizacional capaz de
melhorar a qualidade dos serviços públicos
( ) Certo ( ) Errado prestados.
( ) Certo ( ) Errado
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26. (72657) CESGRANRIO – 2014 – ADMINIS- 28. (14570) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO GE-
TRAÇÃO GERAL – Gestão de Processos RAL – Gestão de Processos, Excelência no
Para que as atividades de uma empresa se- Serviço Público, Ferramentas da Qualidade,
jam realizadas, é necessária a integração de Gestão da Qualidade
diversos fatores, tais como humanos, capitais, Na gestão da qualidade dos serviços públi-
tecnológicos e físicos, entre outros. Visando à cos, a representação gráfica que permite a
excelência organizacional, as atividades inter- visualização dos passos do processo do ser-
-relacionadas devem ser compreendidas e viço ofertado ao cidadão, denomina-se:
gerenciadas numa abordagem de processos.
Nessa abordagem, existe uma hierarquia que a) Organograma.
diferencia os processos de acordo com a com- b) Ciclo PDCA.
plexidade de sua estrutura. c) Histograma.
d) Fluxograma.
Associe o nível de complexidade dos pro- e) Gráfico de Pareto.
cessos abaixo apresentados às suas respec-
tivas características. 29. (14568) CESPE – 2010 – ADMINISTRAÇÃO
I – Macroprocesso GERAL – Gestão de Processos
II – Subprocesso A respeito da gestão de processos, julgue os
III – Atividades seguintes itens.
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Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.
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Gabarito: 1. (71550) Errado 2. (82690) Certo 3. (71549) Certo 4. (71547) Certo 5. (72666) Certo 6. (59808) A
7. (81612) A 8. (81614) B 9. (102363) Errado 10. (102375) Certo 11. (102249) Certo 12. (102248) Errado 13. (102246) Certo
14. (102247) Errado 15. (72665) Certo 16. (72663) Errado 17. (14560) Errado 18. (14561) Errado 19. (14546) C
20. (14554) Errado 21. (14553) Certo 22. (14556) Certo 23. (14564) Errado 24. (14567) Certo 25. (72654) Certo
26. (72657) E 27. (72653) Errado 28. (14570) D 29. (14568) Errado 30. (14548) Errado
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12.1. Folha de Verificação
O Gráfico de Pareto é uma técnica usada para identificar os problemas mais relevantes, ou as
causas mais importantes de um problema.
O diagrama tem como base o Princípio de Pareto (também conhecido como 80/20). A ideia
básica surgiu quando o economista italiano Vilfredo Pareto elaborava um estudo de renda e
riqueza da população e descobriu que 80% da riqueza local estava concentrada com 20% da
população. Esse princípio foi aplicado em outras áreas e se mostrou válido: poucas causas,
muitas consequências. A Curva ABC, por exemplo, usa esse princípio para identificar os
principais itens de um estoque (pouco itens que geram grande impacto financeiro). Juran
aplicou o método como forma de classificar os problemas da qualidade em “poucos vitais” e
“muitos triviais”.
O pressuposto básico dessa ferramenta é: a maior parte dos defeitos, das falhas, das
reclamações e dos custos provêm de uma pequena quantidade de causas. Se essas causas
principais forem identificadas e corrigidas, é possível a eliminação da maioria das perdas. É,
portanto, uma forma de priorização de problemas que facilita o direcionamento de esforços e
permite conseguir grandes resultados com poucas ações.
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Vicente Falconi define o Diagrama de Pareto como um gráfico de barras verticais que tem como
objetivo:
•• dividir um problema grande em um grande número de problemas menores;
•• priorizar os problemas (poucos vitais X muitos triviais);
•• otimizar a tomada de decisões.
O Gráfico de Pareto mostra uma estratificação (divisão em grupos, estratos) de várias causas de
defeitos, falhas, reclamações e outros problemas. A quantidade ou os custos desses fenômenos
são mostrados em ordem decrescente no eixo X do gráfico, por meio de barras de tamanhos
diferentes.
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3. Definir as categorias de causas mais apropriadas (quantidade de quadros azuis, ou espinhas
no peixe).
4. Separar as causas dentre as categorias e analisar o diagrama construído para encontrar a
solução
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12.5. Histograma
12.6. Fluxograma
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visão sistêmica (global) do fluxo do processo possibilita a realização de análise crítica para
detecção de falhas e de oportunidades de melhorias.
Dependendo do grau de complexidade exigido, pode descrever as etapas de um processo
(entradas, processamentos, saídas), os responsáveis, a tramitação entre as áreas, as ações
realizadas, bem como as situações e as condições necessárias para a realização dessas
atividades.
Com o uso do fluxograma, ou flow-chart, é possível:
•• Padronizar a representação dos procedimentos;
•• Maior rapidez na descrição dos métodos administrativos;
•• Facilitar a leitura e o entendimento das ações;
•• Obter maior flexibilidade; e
•• Obter melhor grau de análise.
Existem diferentes padrões (notações) dos símbolos que representam elementos ou situações
que ocorrem nos processos. Os símbolos utilizados nos fluxogramas têm por objetivo evidenciar
origem, ação e destino da informação.
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São usados métodos estatísticos para calcular os limites de variação aceitáveis (máximo
e mínimo). Na prática, registram-se dados do processo ao longo de um período de
tempo; analisam-se os resultados em busca de tendências ou de pontos fora dos limites
preestabelecidos; e efetuam-se ações no processo para controlar as variações.
12.8. PDCA
O Ciclo PDCA é composto por um conjunto de ações em sequência, dada pela ordem
estabelecida pelas letras que compõem a sigla: Plan (planejar), Do (fazer), Check (checar,
verificar), Act (agir corretivamente).
Shewhart foi o autor que criou o conceito de melhoria em ciclos, em 1939. Ele era o mentor
de Deming, que, mais tarde (1951), transformou a ideia e a disseminou como Ciclo PDCA. Por
isso, o ciclo também recebe o nome de: Roda/Círculo de Deming, Ciclo de Controle ou Ciclo de
Melhoria Contínua. Outro expoente, Ishikawa, contribuiu para a evolução do ciclo de Deming,
agregando a ele novas ações dentro dos quatro passos.
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Segundo o glossário do GesPública, o Ciclo PDCA é uma ferramenta que busca a lógica para
fazer certo desde a primeira vez. Isso condiz com os princípios da qualidade enunciados por
Deming. Para o autor, o PDCA parte da insatisfação com o status quo disseminado na cultura
organizacional e pressupõe a análise de processos com vistas a realizá-los de maneira otimizada.
O PDCA é um instrumento de gestão usado para o controle e a melhoria contínua de qualquer
processo organizacional, do mais simples ao mais complexo.
Seu caráter cíclico é fundamental para a compreensão do termo melhoria contínua: a melhoria
contínua ocorre quanto mais vezes for executado o Ciclo PDCA, otimizando a execução dos
processos e possibilitando a redução de custos e o aumento da produtividade.
A aplicação do Ciclo PDCA leva ao aperfeiçoamento e ao ajustamento do caminho que a
organização deve seguir. É importante ressaltar que as melhorias também podem ser aplicadas
aos processos considerados satisfatórios e que as melhorias gradativas e contínuas agregam
valor aos produtos/serviços e asseguram a satisfação dos clientes.
1. Planejar (PLAN) – é estabelecido com bases nas diretrizes da organização. Busca assegurar
alinhamento do contexto de processos de negócio e do desenho de processos com os
objetivos estratégicos da organização.
•• Estabelece objetivos e metas a serem alcançadas;
•• Define o caminho e o método para alcançar os objetivos.
Pode ser um planejamento estratégico, um plano de ação, um cronograma, etc.
4. Agir (ACT): visa manter a integridade do processo e assegurar que ele possa ser melhorado
continuamente para atender novas metas de desempenho ao longo do tempo. As ações
podem ser preventivas, corretivas ou de melhoria.
•• Caso sejam identificados desvios, é necessário definir e implementar soluções eliminar
suas causas;
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•• Caso não sejam identificados desvios, procura-se implantar melhorias, ou segue-se com o
mesmo planejamento.
•• Pode-se, também, corrigir os padrões adotados ou qualquer outra parte do ciclo.
Deming, na década de 80, modificou seu PDCA para PDSA (Plan, Do, Study, Act), pois acreditava
que a palavra check enfatizava a inspeção em vez da análise.
Plan: envolve identificar o objetivo ou propósito, formular uma teoria, definir métodos de
sucesso e pôr um plano em ação;
Do: implementam-se os componentes do planejamento e se
produz algo;
Study: monitoram-se os resultados para testar a validade do plano,
por meio dos sinais de progresso e sucesso ou problemas e áreas
para melhoria;
Act: integra o aprendizado gerado por todo o processo, o qual
pode ser usado para ajustar o objetivo, modificar métodos ou
inclusive reformular uma teoria completamente.
Esses quatro passos são repetidos várias vezes, como parte de um
ciclo interminável de melhoria contínua.
Há um outra versão, adotada pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) em seu Modelo de
Excelência em Gestão, a qual segue os passos P-D-C-Learn.
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12.10. Estratificação
12.11. Brainstorming
É uma forma de representar e quantificar problemas (ou riscos) com o objetivo de priorizá-los.
Leva em conta três aspectos:
•• Gravidade: impacto do problema sobre coisas, pessoas, resultados, processos ou
organizações.
•• Urgência: relação com o tempo disponível ou necessário para resolver o problema.
•• Tendência: potencial de crescimento do problema, avaliação da tendência de crescimento,
redução ou desaparecimento do problema.
A tabela seguir permite classificar, em ordem, os problemas a serem atacados.
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1. Enumerar os problemas;
2. Atribuir uma pontuação para cada problema, levando em conta os valores da tabela ao
lado.
3. Multiplicar GxUxT e achar o resultado, priorizando de acordo com os pontos obtidos.
12.13. Benchmarking
Método para comparar o desempenho de processos, práticas ou produtos com similares mais
eficazes e eficientes, interna ou externamente, com o objetivo de entender as práticas que
conduzem ao desempenho superior, adaptá-las e implementar melhorias significativas.
É um processo contínuo de avaliação de produtos, serviços e práticas dos concorrentes mais
fortes e daquelas organizações que são reconhecidas como líderes. Em suma, a empresa busca
aprender com as melhores práticas do mercado.
Ex: a empresa X quer melhorar seus resultados. Para isso, ela avalia produtos, serviços e
processos de trabalho da empresa Y (que é reconhecida como a detentora das melhores
práticas no mercado), com a finalidade de comparar desempenhos e identificar oportunidades
de melhoria.
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Essa avaliação pode ser aplicada a qualquer função – produção, vendas, recursos humanos,
engenharia, pesquisa e desenvolvimento, distribuição, etc. – e produz melhores resultados
quando implementada na empresa como um todo.
O benchmarking pode ser:
Interno – quando identificado dentro da própria corporação. Uma área copia uma prática de
sucesso aplicada em outra.
Externo – quando proveniente de outra organização (deve-se tomar cuidado para não confundir
com espionagem). Esse se subdivide em competitivo (quando ocorre entre empresas do mesmo
segmento) e genérico (quando é com qualquer empresa).
12.14. Programa 5S
O 5S ou house keeping é um conjunto de técnicas desenvolvidas no Japão. No final dos anos 60,
quando os industriais japoneses começaram a implantar o sistema de qualidade total (QT) nas
suas empresas, perceberam que o 5S seria um programa básico para o sucesso da QT.
O nome 5S vem das iniciais das cinco técnicas que o compõe:
3. Seiso – limpeza;
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SEIRI – utilização, liberação da área, organização: a técnica é utilizada para identificar e eliminar
objetos e informações desnecessárias, existentes no local de trabalho. Seu conceito-chave é a
utilidade, porém, devemos tomar cuidado com o que vai ser descartado para não perdermos
informações e/ou documentos importantes. Para a execução do Seiri, devem ser definidas e
instaladas áreas de descarte. Essas áreas devem ser devidamente sinalizadas para evitar que
se tornem "áreas de bagunça". Todo material descartado deve ser etiquetado e controlado
(materiais para recuperação, alienação, almoxarifado, materiais para outros órgãos, reciclagem
ou para lixo ou sucata).
SEITON – ordem (ordenação), arrumação: é uma atividade para arrumar as coisas que
sobraram depois do Seiri. Seu conceito-chave é a simplificação. Os materiais devem ser
colocados em locais de fácil acesso e de maneira que seja simples verificar quando estão fora
de lugar. Vantagens: rapidez e facilidade para encontrar documentos, materiais, ferramentas e
outros objetos; economia de tempo; diminuição de acidentes.
SEISO – limpeza: consiste em limpar a área de trabalho e em investigar as rotinas que geram
sujeira, tentando modificá-las. Todos os agentes que agridem o meio ambiente podem ser
englobados como sujeira (iluminação deficiente, mal cheiro, ruídos, pouca ventilação, poeira,
etc). Cada usuário do ambiente e máquinas é responsável pela manutenção da limpeza.
SEIKETSU – asseio, higiene, saúde, padronização: essa etapa exige perseverança, pois, se não
houver mudanças no comportamento das pessoas e nas rotinas que geram sujeira, o programa
não terá continuidade. Assim, por meio do Seiketsu é possível manter a organização, arrumação
e limpeza obtidas através dos três primeiros S (Seiri, Seiton, Seiso). Além do ambiente de
trabalho, o asseio pessoal acaba melhorando, pois os funcionários, não querendo destoar do
ambiente limpo e agradável, acabam por incorporar hábitos mais sadios quanto à aparência e
higiene pessoais.
SHITSUKE – disciplina, autodisciplina: o compromisso pessoal com o cumprimento dos
padrões éticos, morais e técnicos, definidos pelo programa 5S, define a última etapa desse
programa. Se o Shitsuke está sendo executado significa que todas as etapas do 5S estão se
consolidando. Quando as pessoas passam a fazer o que tem que ser feito e da maneira como
deve ser feito, mesmo que ninguém veja, significa que existe disciplina. Para que esse estágio
seja atingido, todas as pessoas envolvidas devem discutir e participar da elaboração de normas
e procedimentos que forem adotados no programa 5S. As vantagens são: trabalho diário
agradável; melhoria nas relações humanas; valorização do ser humano; cumprimento dos
procedimentos operacionais e administrativos; melhor qualidade, produtividade e segurança
no trabalho.
O sigma (σ) é uma letra grega que significa desvio padrão, ou seja, é uma medida de variação
estatística. Quando aplicada a um processo organizacional, ela se refere à frequência com que
determinada a operação “se afasta do padrão aceitável”.
Exemplificando: o nível 2-sigma significa mais de 300 mil defeitos por milhão; 4-sigma significa
pouco mais de 6 mil erros por milhão; 6-sigma significa apenas 3,4 erros por milhão.
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Segundo Chiavenato, a maioria das organizações está no nível 4-sigma. Uma empresa que
alcance o nível 6-sigma possui vantagem de custos e, mais importante, tem sobra de recursos
para investir em processos de diferenciação de seus produtos.
O 6-sigma nasceu na Motorola no final dos anos 70. A companhia estava perdendo participação
no mercado, investigou as razões disso e percebeu que a qualidade dos produtos e a satisfação
dos clientes eram aspectos críticos. Adotou, então, um programa de administração participativa
que se baseia em pessoas trabalhando juntas em equipe.
O programa Seis Sigma tem como marca principal a utilização constante de ferramentas
estatísticas para verificar a variabilidade e o desempenho dos processos. Também exige o
entendimento preciso das necessidades dos clientes, a integração da rotina com as diretrizes
da empresa, e o gerenciamento por processos, ou seja, é necessário que a empresa esteja
completamente comprometida com a qualidade para que o modelo apresente o resultado
esperado.
O princípio fundamental do programa Seis Sigma é reduzir continuamente a variação nos
processos e, dessa maneira, eliminar os defeitos ou as falhas nos produtos e serviços.
As Etapas do Seis Sigma também são conhecidas como Modelo DMAIC. Esse nome vem das
iniciais, em inglês, que significam:
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Questões
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O diagrama de Pareto é uma ferramenta 11. (102364) CESPE – 2012 – ADMINISTRAÇÃO
que permite classificar e priorizar oportuni- GERAL – PDCA, Ferramentas da Qualidade
dades de melhoria; facilita a tomada de de-
cisão por parte dos gestores. O P do ciclo PDCA significa planejar, desen-
volver e estudar os resultados gerados pe-
( ) Certo ( ) Errado los processos.
( ) Certo ( ) Errado
8. (102377) CESPE – 2012 – ADMINISTRAÇÃO
GERAL – Ferramentas da Qualidade
12. (102368) CESPE – 2013 – ADMINISTRAÇÃO
Considere que determinada organização GERAL – Ferramentas da Qualidade, PDCA
necessite solucionar um tipo de reclamação
de usuários motivada por diversas causas Zelar pela eficiência e eficácia da gestão pú-
e que, por limitação de recursos, a organi- blica é dever da administração; a gestão da
zação pretenda solucionar as causas mais qualidade é um importante instrumento ad-
relevantes. Nessa situação, o diagrama de ministrativo. No que se refere a esse assun-
Pareto seria uma ferramenta útil para a to, julgue o item a seguir.
priorização das causas mais relevantes. Tipicamente, o ciclo PDCA inicia-se com o
( ) Certo ( ) Errado monitoramento e a avaliação da periodici-
dade dos resultados (check), evoluindo para
o planejamento (plan), posteriormente,
9. (102376) CESPE – 2012 – ADMINISTRAÇÃO para a ação (act) e, finalmente, para a exe-
GERAL – Ferramentas da Qualidade cução (do).
Tendo em vista que a gestão da qualidade ( ) Certo ( ) Errado
— tema recorrente na administração da
maioria das empresas — deixou de ser di-
ferencial competitivo e se tornou essencial 13. (78630) ESAF – 2013 – ADMINISTRAÇÃO
à permanência da organização no mercado, GERAL – Ferramentas da Qualidade, Gestão
julgue o item seguinte. da Qualidade
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15. (71645) FCC – 2015 – ADMINISTRAÇÃO GERAL 17. (82772) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO GERAL
Ferramentas da Qualidade, Gestão da Qua- Noções de Gestão Patrimonial, Ferramentas
lidade da Qualidade, Gestão da Qualidade
As organizações que possuem uma gestão Julgue o item seguinte, a respeito de gestão
da qualidade utilizam-se de ferramentas da patrimonial.
qualidade para a melhoria contínua. Quan- Uma instituição pública pode isolar por
do se necessita colher dados baseados na completo a área de armazenagem para rea-
observação amostral com o objetivo de de- lizar o inventário geral.
finir um modelo, deve-se utilizar:
a) Histograma. ( ) Certo ( ) Errado
b) Diagrama de Dispersão.
c) Folha de Verificação. 18. (82773) CESPE – 2014 – ADMINISTRAÇÃO
d) Carta de Tendência. GERAL – Ferramentas da Qualidade, Noções
e) Diagrama de Pareto. de Gestão Patrimonial, Gestão da Qualidade
16. (43744) FCC – 2012 – ADMINISTRAÇÃO GERAL Julgue o item seguinte, a respeito de gestão
Ferramentas da Qualidade, Gestão da Qua- patrimonial.
lidade, Excelência no Serviço Público Os termos inventário, tombamento de bens
O Programa Nacional de Gestão Pública e e contagem física dos estoques se referem a
Desburocratização criado em 2005 com a uma mesma operação.
finalidade de contribuir para a melhoria da
( ) Certo ( ) Errado
qualidade dos serviços públicos prestados
aos cidadãos brasileiros e para o aumento
da competitividade do país, utiliza-se de um 19. (102363) CESPE – 2015 – ADMINISTRAÇÃO
conjunto de tecnologias de gestão como GERAL – Gestão de Processos, Ferramentas
cartas de serviços, pesquisas de satisfação, da Qualidade
indicadores de desempenho, gestão de pro-
Um fluxograma descreve os elementos dos
cessos e avaliação do nível de gestão, tendo
processos — fornecedores, entradas, saí-
por referência principal o Modelo de Exce-
das, indicadores de desempenho e clientes
lência em Gestão Pública. Uma dessas fer-
dos processos, entre outros —, sem se ater,
ramentas da Gestão da Qualidade Total está
necessariamente, à sequência das ações em
voltada para a melhoria contínua, ou kaizen,
que esses elementos são desenvolvidos.
e representa uma sequência que inicia em
planejar uma melhoria ou mudança em al- ( ) Certo ( ) Errado
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20. (81611) CESGRANRIO – 2014 ADMINISTRA- 22. (14570) FCC – 2010 – ADMINISTRAÇÃO GE-
ÇÃO GERAL – Fundamentos e Histórico da RAL – Gestão de Processos, Excelência no
Qualidade, Ferramentas da Qualidade Serviço Público, Ferramentas da Qualidade,
Gestão da Qualidade
Uma transportadora, contratada por uma
grande empresa, precisa implantar um sis- Na gestão da qualidade dos serviços públi-
tema de gestão da qualidade, que é uma cos, a representação gráfica que permite a
das condições para a manutenção do con- visualização dos passos do processo do ser-
trato nos próximos anos. viço ofertado ao cidadão, denomina-se:
A empresa exige a implantação desse siste- a) Organograma.
ma por parte da transportadora, porque um b) Ciclo PDCA.
sistema de gestão da qualidade c) Histograma.
d) Fluxograma.
a) implica a certificação, por organismo e) Gráfico de Pareto.
independente, reconhecendo assim a
capacidade da empresa em fornecer
produtos ou serviços de qualidade.
b) possibilita a padronização de processos
e a medição da eficiência dos mesmos,
permitindo a identificação de pontos de
melhoria.
c) permite o pleno controle dos produtos
da empresa, garantindo ao cliente a qua-
lidade total e a ausência de defeitos.
d) dispensa a utilização de documentos e
registro dos processos, aumentando a
eficiência da empresa.
e) preconiza a política da qualidade es-
tabelecida pelo nível operacional que
executará as atividades da empresa.
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para ter acesso gratuito aos simulados on-line. E ainda, se for assinante da Casa das
Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.
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Gabarito: 1. (102369) Certo 2. (102367) Errado 3. (102366) Errado 4. (102365) Errado 5. (102373) Errado 6. (102374) Errado
7. (102378) Certo 8. (102377) Certo 9. (102376) Certo 10. (102375) Certo 11. (102364) Errado 12. (102368) Errado
13. (78630) E 14. (78631) C 15. (71645) C 16. (43744) C 17. (82772) Certo 18. (82773) Errado 19. (102363) Errado
20. (81611) B 21. (82774) Certo 22. (14570) D
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Administração
Professor Granjeiro
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CONTEÚDO
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Módulo 1
Gestão pública e gestão privada apresentam algumas convergências importantes, mas também
diferenças significativas em decorrência da natureza e do regime jurídico aplicável a cada qual.
Os conceitos de eficácia (alcance dos resultados – refere-se aos fins), eficiência ( busca de uma
relação ótima entre qualidade e custo dos serviços – refere-se aos meios) e efetividade (alcance
dos resultados, otimizando os meios e alcançando o aspecto social, ou seja, a satisfação do
cidadão) são encontrados nos dois modelos de gestão; sendo que na gestão pública se aplica o
princípio da supremacia do interesse público.
O princípio da legalidade aplicável à gestão pública não possui o mesmo significado do aplicável
à gestão privada. Nesta se pode fazer tudo que a lei não proíbe ou veda, e naquela somente se
pode fazer o que a lei expressamente e previamente permite ou autoriza.
O cliente da iniciativa privada paga apenas pelos serviços que utiliza, enquanto o cliente da
Administração Pública paga compulsoriamente , através de impostos , por serviços que não os
utiliza.
As organizações públicas assemelham-se às organizações privadas na medida em que aplicam
processos administrativos como planejamento, organização, direção e controle; diferenciando-
se, porém, na forma de aplicação desses processos.
O setor privado visa ao lucro, enquanto que a administração pública visa ao bem comum. O
lucro apurado pelo setor privado vai para os donos (cotistas, acionistas, stakeholders etc),
enquanto que o apurado com a arrecadação de tributos deverá ser investido em prol do bem-
estar da coletividade.
O setor privado pode adotar ESTRUTURA organizacional vertical e burocratizada, assim como
a administração pública; porém ,neste caso, menos flexível devida a sujeição às normas e
procedimentos padronizados.
Na administração pública não se faz diferenciação entre pessoas, o que é regra na gestão
privada, a exemplo da segmentação de públicos e mercados. O conceito de partes interessadas
não é, pois, semelhante entre os dois modelos.
A administração possui maior agilidade na área privada – em que é licito fazer tudo o que
a lei não proíbe -, dado que os servidores – como já dissemos – só podem fazer o que a lei
previamente e expressamente permite.
No setor público, funcionamento e resultados, bons ou maus, têm impacto político; enquanto
no setor privado, o impacto político é bem menor.
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Do ponto de vista econômico, as organizações do setor público são orientadas para o bem estar
social; as organizações do setor privado são orientadas para o lucro e devem ser sempre muito
competitivas.
Do ponto de vista organizacional, no setor público, existem órgãos com funções múltiplas
e concomitantes; no setor privado, existem órgãos com funcionalidade específica e bem
discriminadas.
As organizações públicas, em sua gestão, não podem e não devem utilizar estratégias de
segmentação do mercado iguais às adotadas pelas organizações privadas, estabelecendo
diferenças específicas de tratamento para os grupos diferenciados de cidadãos.
A organização pública que pretende ter uma postura empreendedora deve buscar inovações
por meio de ações similares às organizações privadas, desde realize tudo que a lei permita.
A atuação da organização pública alinhada ao paradigma do cliente na gestão pública procura
dar ao cidadão-usuário atendimento semelhante ao que ele teria como cliente em uma
empresa privada. Tanto um modelo quanto o outro deverá buscar a superação da expectativa
do cliente, o seu encantamento.
Na gestão de organizações privadas, utilizam-se estratégias de segmentação do mercado,
definindo-se diferenciais de tratamento para grupos. Na gestão pública, por outro lado, não se
deve, por uma questão de isonomia, discriminar grupos de pessoas. Os casos de tratamento
diferenciado, nas organizações públicas, devem-se restringir aos previstos em lei, como o dado
aos PNE’s.
O modelo de gestão pública deve adotar o critério resultados, ainda que o interesse público
seja o seu foco principal, assim como a gestão privada persegue a alta performance.
Os clientes só pagam às empresas se comprarem seus produtos, mas pagam ao governo mesmo
que não estejam “consumindo” seus serviços.
Os cidadãos controlam o governo por meio das eleições, já as empresas privadas são controladas
pelo mercado.
A gestão privada possui mais autonomia decisória relativamente à gestão pública. A gestão
pública sofre mais ingerência política relativamente à gestão privada. Para a gestão pública,
a lucratividade pode ser prescindível. Na gestão privada o lucro é a razão de ser do negócio, é
imprescindível.
Um dos fatores que tornam o setor governamental menos ágil do que o privado é que na gestão
pública tudo o que não for juridicamente determinado está juridicamente proibido.
As organizações formais, privadas ou públicas, representam uma espécie de arranjo entre os
variáveis objetivos, atividades e recursos, num processo ou ciclo de gestão conhecido como
PODC (Planejamento, Organização, Direção e Controle), em que os paradigmas ou modelos de
organização pública difere da organização privada devido ao poder extroverso do Estado.Poder
que somente o ESTADO tem de constituir - UNILATERALMENTE – obrigações para terceiros.
Diferentemente das organizações privadas, as organizações públicas são regidas pela
supremacia do interesse público e pela obrigação da continuidade da prestação do serviço
público.
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Questões de Concursos
LISTA 1
CONVERGÊNCIAS E DIFERENÇAS ENTRE
GESTÃO PÚBLICA E GESTÃO PRIVADA
Professor GRANJEIRO
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5. Diferentemente das organizações privadas, ......................................................................
as organizações públicas são regidas pela ......................................................................
supremacia do interesse público e pela obri- ......................................................................
gação da continuidade da prestação do ......................................................................
serviço público. ......................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado .....................................................................
.....................................................................
6. Uma convergência entre as organizações ......................................................................
privadas e as organizações públicas é a uti- ......................................................................
lização de estratégias de segmentação de ......................................................................
mercado com o estabelecimento de dife- ......................................................................
renciais de tratamento para clientes prefe- ......................................................................
renciais. ......................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
7. O setor privado visa ao lucro, ao passo que
......................................................................
a administração pública visa ao bem-estar
......................................................................
da coletividade.
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
8. A Administração Pública só pode fazer o ......................................................................
que estiver autorizado em lei, enquanto o ......................................................................
gestor privado pode fazer tudo que não es- ......................................................................
tiver proibido. ......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
9. Os cidadãos controlam o governo por meio .....................................................................
das eleições, já as empresas privadas são .....................................................................
controladas pelo mercado. .....................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado
......................................................................
......................................................................
10. Os clientes só pagam às empresas se com- ......................................................................
prarem seus produtos, mas pagam ao go- ......................................................................
verno mesmo que não estejam “consumin- ......................................................................
do” seus serviços. ......................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
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17. A obtenção de recursos para sustentar o ......................................................................
funcionamento da organização privada dife- ......................................................................
re das organizações públicas devido ao uso ......................................................................
intenso da vantagem competitiva da prefe- ......................................................................
rência do consumidor. ......................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
18. Por ser possível ao Estado financiar-se de ......................................................................
maneira ilimitada, quer pela emissão de ......................................................................
moeda quer pelo aumento de tributação, o ......................................................................
planejamento financeiro na Administração ......................................................................
Pública é pouco relevante. ......................................................................
.....................................................................
( ) Certo ( ) Errado .....................................................................
......................................................................
......................................................................
19. O controle dos cidadãos sobre as ações le-
......................................................................
gais dos burocratas é indireto e se dá quan-
......................................................................
do, pelo voto, avaliam o desempenho da
......................................................................
burocracia ao estabelecer quais políticos
......................................................................
devem ser eleitos ou reeleitos.
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
20. Embora sejam espécies do mesmo gênero, ......................................................................
a Administração Pública e Administração ......................................................................
Privada possuem peculiaridades específicas. ......................................................................
Por isso mesmo, quando contrapostas, con- ......................................................................
vergências e divergências se revelam. ......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
21. Diferentemente do que ocorre na gestão ......................................................................
pública, a boa prática recomenda ao admi- ......................................................................
nistrador privado sentir-se livre para decidir ......................................................................
sem considerar as demandas de quaisquer ......................................................................
grupos de interesse. ......................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado
......................................................................
.....................................................................
22. O fato de pagar impostos habilita o contri- .....................................................................
buinte a demandar, da Administração Pú- .....................................................................
blica, tratamento idêntico ao de quando ......................................................................
realiza uma transação comercial junto à ini- ......................................................................
ciativa privada.
( ) Certo ( ) Errado
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29. Ambas, administração pública e administra- ......................................................................
ção privada, podem realizar tudo o que não ......................................................................
está juridicamente proibido. ......................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
30. A gestão pública sofre mais ingerência polí- ......................................................................
tica relativamente a gestão privada. ......................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
31. Um dos fatores que tornam o setor governa-
......................................................................
mental menos ágil do que o privado é que
.....................................................................
na gestão pública tudo o que não está juri-
.....................................................................
dicamente determinado está juridicamente
......................................................................
proibido.
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
32. Os órgãos públicos devem operar sem levar ......................................................................
em conta princípios típicos da gestão priva- ......................................................................
da, como economicidade e a eficiência. ......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
33. Os órgãos públicos existem para servir a to- ......................................................................
dos igualmente, independentemente, da ca- ......................................................................
pacidade de pagar pelo serviço prestado, o ......................................................................
que pode dificultar alcançar a agilidade e a ......................................................................
eficiência das empresas privadas. ......................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado
......................................................................
......................................................................
34. Deve-se gerir um órgão público como quem ......................................................................
administra uma empresa, isto é, buscando ......................................................................
compatibilizar custos e resultados, atuar ......................................................................
com os olhos no cliente- consumidor e to- ......................................................................
mar decisões rápidas para aproveitar opor- ......................................................................
tunidades de mercado. ......................................................................
.....................................................................
( ) Certo ( ) Errado .....................................................................
.....................................................................
35. A gestão pública, ao contrário da gestão pri- ......................................................................
vada, é obrigada a oferecer seus serviços ......................................................................
gratuitamente.
( ) Certo ( ) Errado
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42. Enquanto a gestão privada, visando o inte- ......................................................................
resse da sociedade, procura satisfazer os in- ......................................................................
teresses de indivíduos e grupos que conso- ......................................................................
mem seus produtos e(ou) serviços, a gestão ......................................................................
pública, em uma concepção pós-burocrá- ......................................................................
tica, busca o lucro em suas atividades para ......................................................................
que possa obter recursos para satisfazer o ......................................................................
interesse e promover o bem-estar geral dos ......................................................................
cidadãos por meio da prestação de serviços ......................................................................
públicos de qualidade. ......................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
43. No Brasil, a gestão privada, em relação à .....................................................................
gestão pública, é mais flexível no que se .....................................................................
refere ao tratamento de questões adminis- ......................................................................
trativas no âmbito das funções de planeja- ......................................................................
mento, organização, direção e controle. No ......................................................................
setor público, o tratamento dessas questões ......................................................................
é determinado, principalmente, pelas pecu- ......................................................................
liaridades da burocracia sistêmica predomi- ......................................................................
nante nesse setor. ......................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
44. Gestão privada sustenta-se na autonomia
......................................................................
de vontade, ao passo que a gestão pública
......................................................................
baseia-se no princípio da estrita legalidade.
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
45. Em todos os setores em que o Estado atu- ......................................................................
ar, a gestão pública estará dotada de pode- ......................................................................
res de império que o colocará em situação ......................................................................
de superioridade em relação ao particular e ......................................................................
aos demais competidores inseridos no mer- ......................................................................
cado. ......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
.....................................................................
46. Visando dar maior celeridade e efetividade .....................................................................
à ação pública, a gestão pública deve adotar .....................................................................
os mesmos pressupostos gerenciais de efici- ......................................................................
ência e eficácia da gestão privada. ......................................................................
( ) Certo ( ) Errado
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Módulo 2
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sua vez tratam o trabalho administrativo que executam para o governante como um serviço
pessoal, baseado em seu dever de obediência e respeito.
Em suas relações com a população, eles podem agir de maneira tão arbitrária quanto aquela
adotada pelo governante em relação a eles, contanto que não violem a tradição e o interesse
do mesmo na manutenção da obediência e da capacidade produtiva de seus súditos. Em outras
palavras, a administração patrimonial consiste em administrar e proferir sentenças caso por
caso, combinado o exercício discricionário da autoridade pessoal com a consideração devida
pela tradição sagrada ou por certos direitos individuais estabelecidos.
Daí, o termo patrimonialismo passou a ser usado para descrever o tipo de dominação política
em que não há distinção entre a esfera pública e a esfera privada. Os bens públicos, do Estado,
são usados para interesses pessoais. Um exemplo é o fato de prefeitos explorarem as terras
públicas e ficarem com parte do lucro. Os cargos públicos passam a ser considerados bens
pessoais, podendo ser vendidos ou transmitidos hereditariamente. As nomeações baseavam-
se em critérios pessoais, trocas de favores.
São utilizados os termos “sinecura” e “prebenda” para descrever os empregos públicos, já que
significam ocupação rendosa de pouco trabalho.
A característica que definia o governo nas sociedades pré-capitalistas e pré-
democráticas era a privatização do Estado, ou a interpermeabilidade dos
patrimônios público e privado. ‘Patrimonialismo’ significa a incapacidade ou
a relutância de o príncipe distinguir entre o patrimônio público e seus bens
privados. A administração do Estado pré-capitalista era uma administração
patrimonialista. A coisa pública (res publica) se confunde com a coisa privada
(res principis).
A administração patrimonialista é caracterizada pela confusão entre o
patrimônio público e o privado, o que permite a proliferação do nepotismo
e da corrupção. Historicamente, este tipo de administração corresponde ao
Estado absolutista – superado a partir do século XIX, com a consolidação do
Estado democrático.
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Vimos que no patrimonialismo não havia regras claras na economia, esta era administrada de
acordo com os interesses de alguns grupos. Contudo, o desenvolvimento do capitalismo e a
industrialização passam a exigir um Estado impessoal, que não governe caso a caso, mas que
obedeça ao princípio do universalismo de procedimentos, que defenda o tratamento igualitário
perante a lei. A administração pública não deve fazer discriminações positivas ou negativas no
atendimento aos administrados. É preciso que a administração siga critérios legais, racionais, e
não pessoais.
Se adotarmos uma definição curta e perfeitamente enquadrada dentro dos
moldes da filosofia aristotélica, diremos que uma organização ou burocracia
é um sistema social racional, ou um sistema social em que a divisão do
trabalho é racionalmente realizada tendo em vista os fins visados.
Detalhando melhor o critério que diferencia o ato racional do irracional é sua coerência em
relação aos fins visados. Um ato será racional na medida em que representar o meio mais
adaptado para se atingir determinado objetivo, na medida em que sua coerência em relação
a seus objetivos se traduzir na exigência de um mínimo de esforços para se chegar a esses
objetivos. Isso significa que a burocracia evoluiu como uma forma de se buscar maior eficiência
nas organizações.
Apesar de considerarmos o termo “burocrático” quase como um antônimo de eficiência, no seu
cerne ele nasceu como a racionalização das atividades com o objetivo de aumentar a eficiência.
A burocracia é, pois, um modelo ideal de organização baseado na eficiência e padronização dos
procedimentos.
Quando pensamos na burocracia como excesso de controles, papelada, necessidade de muitas
tramitações, apego exagerado a regulamentos, ineficiência, estamos pensando nos defeitos do
sistema, ou ao que damos o nome de “disfunções” da burocracia.
Outro ponto que pode causar estranheza aqui é o fato de falarmos que a burocracia olha para o
resultado, os fins visados. Sempre ouvimos dizer que o modelo burocrático focava no processo,
enquanto a administração gerencial foca no resultado. Esta é outra disfunção da burocracia,
que, na realidade, surgiu justamente para melhorar a eficiência e os resultados.
Na definição de burocracia temos também a “divisão do trabalho”. Qualquer sistema social
elementarmente organizado tem por base a divisão do trabalho, a especialização das funções.
A estrutura organizacional pode apresentar uma especialização vertical – a hierarquia – e uma
especialização horizontal, a divisão do trabalho, ou departamentalização. Em uma burocracia,
esta divisão deverá ser feita racionalmente, ou seja, sistemática e coerentemente.
A partir deste detalhamento, os autores chegam a outra definição de burocracia: “É o sistema
social em que a divisão do trabalho é sistemática e coerentemente realizada, tendo em vista os
fins visados; é o sistema social em que há procura deliberada de economizar os meios para se
atingir os objetivos”.
Ato racional é aquele coerente em relação aos fins visados; ato eficiente ou produtivo é aquele
que não só é coerente em relação aos fins visados, como também exige o mínimo de esforços,
mínimo de custos, para um máximo de resultados.
As burocracias têm sua fonte de legitimidade no poder racional-legal, e não no poder patriarcal,
patrimonial ou carismático. Mas, como se expressa essa racionalidade da burocracia? Como se
distingue ela dos demais sistemas sociais que não têm por base o poder racional-legal? São três
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as características básicas que traduzem o seu caráter racional: São sistemas sociais (1) formais,
(2) impessoais, (3) dirigidos por administradores profissionais, que tendem a controlá-los cada
vez mais completamente”.
Formalidade
O formalismo da burocracia se expressa no fato de que a autoridade deriva de um sistema
de normas racionais, escritas e exaustivas, que definem com precisão as relações de mando e
subordinação, distribuindo as atividades a serem executadas de forma sistemática, tendo em
vista os fins visados. Sua administração é formalmente planejada, organizada, e sua execução
se realiza por meio de documentos escritos.
Em primeiro lugar, a autoridade, em uma burocracia, deriva de normas racionais-legais, em vez
de tradicionais. Assim, as normas são válidas não porque a tradição as legitime,mas porque,
sendo racionais, são válidas aos fins visados. Além disso, essas normas são legais. Elas conferem
à pessoa investida de autoridade o poder de coação sobre os subordinados e coloca à sua
disposição meios coercitivos capazes de impor disciplina.
Apesar de a norma garantir tais meios coercitivos, esta autoridade é estritamente limitada pela
norma legal. Ela é muito diversa da autoridade ampla e mal definida do pai sobre o filho, do
senhor sobre o escravo ou o servo. O administrador burocrático não tem nenhuma autoridade
sobre a vida privada de seu subordinado e, mesmo dentro da organização, seu poder está
definido pelas suas funções e as funções do subordinado.
Em segundo lugar, as normas são escritas e exaustivas. Não seria possível definir todas as
relações de autoridade dentro de um sistema, de forma racional e precisa, sem escrevê-las. A
norma tradicional não precisa ser escrita porque ela pouco muda, é aceita e obedecida através
de gerações. A norma racional, porém, precisa a todo instante ser modificada, adaptando-se
aos fatores novos que surgem no ambiente, já que visa à consecução dos objetivos colimados
da forma mais eficiente e econômica possível.
A necessidade de escrever as normas burocráticas, de formalizá-las, acentua-se ainda mais
devido ao caráter exaustivo que elas tende a ter. Elas procuram cobrir todas as áreas da
organização, prever todas as ocorrências e enquadrá-las dentro de um comportamento definido.
Desta forma, tanto a alta administração mantém mais firmemente o controle, reduzindo o
âmbito de decisão dos administradores subordinados,como também facilita o trabalho destes,
que não precisam estar a cada momento medindo as consequências vantajosas e desvantajosas
de um ato antes de agir.
Em terceiro lugar, a burocracia se caracteriza pelo seu caráter hierárquico, ou seja, por um
sistema firmemente organizado de mando e subordinação mútua das autoridades, mediante
supervisão das inferiores pelas superiores, sistema esse que oferece ao subordinado a
possibilidade de apelar da decisão de uma autoridade inferior a uma autoridade superior. A
organização toma, assim, uma forma de pirâmide.
Cada superior tem sob suas ordens um determinado (e geralmente pequeno) número de
subordinados, Dizemos que há uma pequena amplitude de controle, que significa o número de
empregados que devem se reportar a um administrador. Este conceito determina quanto um
administrador deve monitorar estreitamente seus subordinados. Quanto maior a amplitude
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de controle, maior será o número de pessoas para supervisionar e menor será o número de
supervisores, ou seja, menor será o controle. Uma vantagem é que o custo é menor.
O modelo racional-legal de Max Weber tinha como característica o alto controle dentro da
organização. Por isso, a amplitude de controle nas organizações burocráticas é baixa, ou seja,
menos gente um chefe tem sob sua supervisão. Já a administração gerencial muda o foco do
controle do processo para o resultado, aumentando a amplitude de controle. O resultado, é
que nas organizações burocráticas a estrutura será vertical, já que teremos muitos níveis
hierárquicos, enquanto nas organizações pós-burocráticas teremos estruturas horizontais, ou
seja, achatadas.
Weber afirma que, em uma burocracia plenamente desenvolvida, a hierarquia é ‘monocrática”,
ou seja, existe apenas um chefe para cada subordinado, defende-se o princípio da unidade de
comando.
Em quarto lugar, além da forma hierárquica, que divide o trabalho e define os níveis de
autoridade verticalmente, a burocracia apresenta uma divisão horizontal do trabalho, em
que as diferentes atividades são distribuídas de acordo com os objetivos a serem atingidos.
É o processo de departamentalização, que representa a divisão do trabalho horizontalmente.
Portanto, quando vemos que a organização burocrática apresenta uma divisão horizontal do
trabalho, não estamos dizendo que sua estrutura será achatada, horizontal. Ela será bastante
verticalizada, em função do grande número de níveis hierárquicos e pequena amplitude de
controle.
Impessoalidade
O caráter impessoal das organizações é a segunda forma básica pela qual elas expressam sua
racionalidade. A administração burocrática é realizada sem consideração a pessoas. Burocracia
significa, etimologicamente, “governo de escritório”. É, portanto, o sistema social em que, por
uma abstração, os escritórios ou os cargos governam. O governo das pessoas existe apenas na
medida em que elas ocupam os cargos. Isso salienta o caráter estritamente impessoal do poder
de cada indivíduo, que não deriva da personalidade do indivíduo, como acontece na dominação
carismática, nem de uma herança recebida, como no poder tradicional, mas da norma que cria
o cargo e define suas atribuições.
O caráter impessoal da burocracia é claramente definido por Weber quando ele diz que
obedece ao princípio da administração sine ira ac studio, sem ódio ou paixão.
Segundo Weber:
A burocracia é mais plenamente desenvolvida quando mais se desumaniza,
quanto mais completamente alcança as características específicas que são
consideradas como virtudes: a eliminação do amor, do ódio e de todos os
elementos pessoais, emocionais e irracionais, que escapam ao cálculo.
Um aspecto essencial através do qual se expressa o caráter impessoal das burocracias refere-se
à forma de escolha dos funcionários. Nos sistemas sociais não burocráticos, os administradores
são escolhidos de acordo com critérios eminentemente irracionais.
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Fatores como linhagem, prestígio social e relações pessoais determinarão a escolha. Já
nas organizações burocráticas, os administradores são profissionais, que fazem uso do
conhecimento técnico especializado, obtido geralmente através de treinamento especial.
Administradores profissionais
As organizações são dirigidas por administradores profissionais. Administrar, para o funcionário
burocrata, é sua profissão. Existem alguns traços que distinguem o administrador profissional.
Em primeiro lugar, ele é, antes de tudo, um especialista. Esta é uma característica fundamental.
As burocracias são sistemas sociais geralmente de grandes dimensões, nos quais o uso do
conhecimento especializado é essencial para o funcionamento eficiente.
São necessários homens treinados para exercer as diversas funções criadas a partir do processo
de divisão do trabalho. Seus conhecimentos, porém, não devem se limitar à sua especialidade.
Participando de um sistema pródigo em normas, diretrizes e rotinas, eles devem conhecê-las
perfeitamente. Às vezes, é no conhecimento destas normas que consiste sua especialização,
quando se trata de administradores de baixo nível. Em relação aos administradores de topo,
sua especialidade é simplesmente a de administrar. Eles não são especialistas em finanças,
produção, pessoal. São generalistas, que podem conhecer um pouco mais um setor do que
outro.
Em segundo lugar, o administrador profissional tem em seu cargo sua única ou principal
atividade. Ele não é administrador por acidente, subsidiariamente, como o eram os nobres
dentro da administração palaciana.
Em terceiro lugar, o administrador burocrático não possui os meios de administração e
produção. Ele administra em nome de terceiros: em nome de cidadãos, quando se trata
de administrar o Estado, ou em nome dos acionistas, quando se trata de administrar uma
sociedade anônima.
Podemos ainda falar de outros traços, como o fato de o administrador profissional desenvolver
o espírito de fidelidade ao cargo, e não a pessoas. Ele passa a se identificar com a organização.
Outro traço é a remuneração em forma de dinheiro, e não em forma de honrarias, títulos,
gratidão, direito de participar da mesa do senhor. Além disso, ele é nomeado por um superior
hierárquico, e não por eleições, as quais privilegiam características pessoais, emocionais, e
não racionais. Por fim, seu mandato é dado por tempo indefinido, ele poderá ser promovido,
despedido, transferido. Ele não tem a posse ou a propriedade do cargo, como ocorria no
patrimonialismo, quando o cargo era considerado uma propriedade da pessoa, podendo ser
vendido, trocado, passado como herança.
2220 www.acasadoconcurseiro.com.br
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O que ocorreu ao longo do século XX é que as organizações deixaram de ser controladas pelos
proprietários, para serem controladas por administradores profissionais. Isso é resultado de um
processo em que podemos identificar diversas fases. Em primeiro lugar, houve o aparecimento
do sistema corporativo, com a criação das grandes companhias que concentram boa parte da
riqueza. Ao mesmo tempo, houve uma dispersão na propriedade das ações. Isso tudo resultou
na separação do controle e da propriedade. Já não eram mais os proprietários, em função de
sua riqueza, que controlavam as grandes empresas, mas os administradores profissionais, os
burocratas.
Na administração do Estado ocorreu a mesma coisa. Segundo Weber, com a maior complexidade
e a burocratização da sociedade moderna, os burocratas tendem a retirar poder dos políticos.
O surgimento do estado burocrático implicaria a renúncia de responsabilidade pela liderança
política e na usurpação das funções políticas por parte dos administradores.
A Burocracia é compatível com o sistema da autoridade legal somente quando a formulação
das leis e a supervisão de sua aplicação ficam sendo mais prerrogativas dos políticos: se o
aparelho burocrático consegue usurpar o processo político e legislativo, será preciso falar de
um processo de burocratização que ultrapassou os limites do sistema de domínio legal e lhe
transformou a estrutura. O maior dilema da democracia seria: como impedir que a burocracia
venha a usurpar o poder e como assegurar que permaneça sendo apenas um elo entre
dominadores e dominados?
Para resumirmos estes fatores que levaram à crise da burocracia e emergência da administração
gerencial, podemos usar o texto abaixo do Bresser Pereira.
A administração pública gerencial emergiu, na segunda metade deste século,
como resposta à crise do Estado; como modo de enfrentar a crise fiscal;
como estratégia para reduzir custos e tornar mais eficiente a administração
dos imensos serviços que cabem ao Estado; e como um instrumento para
proteger o patrimônio público contra os interesses do rent-seeking ou da
corrupção aberta. Mais especificamente, desde os anos 60 ou, pelo menos,
desde o início da década dos 70, crescia uma insatisfação, amplamente
disseminada, em relação à administração pública burocrática.
Ao sentimento antiburocrático aliava-se a crença de que o setor privado possuía o modelo ideal
de gestão. Por isso o uso do termo gerencialismo, que tem uma ligação estreita com a adoção
de práticas da administração privada na gestão das organizações públicas. É com esse espírito
que o setor público assume o discurso da modernização, da orientação para os clientes, da
flexibilidade, da estrutura enxuta e desburocratizada, e as modernas ferramentas de gestão,
como qualidade total, planejamento estratégico, reengenharia downsizing, benchmarking
e terceirização, invadem as organizações públicas e os projetos dos gestores públicos do
momento.
Contudo, apesar da insatisfação com o modelo burocrático, não podemos entender que a
administração gerencial seja um rompimento total com relação a ele. Segundo o Plano Diretor
da Reforma do Aparelho do Estado:
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A administração pública gerencial constitui um avanço e até um certo
ponto um rompimento com a administração pública burocrática. Isto não
significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a
administração pública gerencial está apoiada na anterior, da qual conserva,
embora flexibilizando, alguns dos seus princípios fundamentais, como a
admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de um sistema
estruturado e universal de remuneração, as carreiras, a avaliação constante
de desempenho, o treinamento sistemático. A diferença fundamental está
na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos para concentrar-
se nos resultados, e não na rigorosa profissionalização da administração
pública, que continua um princípio fundamental.
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Questões de Concursos
LISTA 2
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE GESTÃO PÚBLICA:
PATRIMONIALISTA, BUROCRÁTICO E GERENCIAL.
Professor GRANJEIRO
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5. A administração pública gerencial é autorre- ......................................................................
ferente, assim como a administração públi- ......................................................................
ca burocrática, visto que ambas reafirmam ......................................................................
o poder do Estado sobre o cidadão. ......................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
.....................................................................
6. O modelo racional-legal tem como caracte- .....................................................................
rística limitar o número de regras e normas ......................................................................
de modo a deixar a organização desenvol- ......................................................................
ver suas atividades de forma mais racional e ......................................................................
otimizada. ......................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
7. A administração pública evoluiu historica-
......................................................................
mente através de três modelos básicos: o
......................................................................
patrimonialismo, a burocracia e o gerencial.
......................................................................
O primeiro caracteriza-se pela permissão do
......................................................................
nepotismo e da corrupção.
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
8. A administração pública burocrática surge ......................................................................
como forma de combate a corrupção e o ......................................................................
nepotismo patrimonialista. ......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
9. A última reforma administrativa que se têm ......................................................................
notícia no Brasil foi aquela baseada nos .....................................................................
princípios burocráticos estabelecidos pelo .....................................................................
presidente VARGAS. .....................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado
......................................................................
......................................................................
10. A administração pública gerencial é multi- ......................................................................
funcional, define indicadores, mede e ana- ......................................................................
lisa resultados, foca no cidadão e procura ......................................................................
flexibilizar as relações de trabalho. ......................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
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17. De acordo com o modelo patrimonialista, o ......................................................................
gestor público deve ter autonomia para ge- ......................................................................
rir os recursos humanos, materiais e finan- ......................................................................
ceiros colocados à sua disposição, a fim de ......................................................................
que os objetivos contratados e a finalidade ......................................................................
pública sejam atingidos. ......................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
18. O gestor público que se pauta pelo modelo ......................................................................
patrimonialista age de acordo com o princí- ......................................................................
pio que preconiza ser o Estado aparelho que ......................................................................
funciona em prol da sociedade. ......................................................................
.....................................................................
( ) Certo ( ) Errado .....................................................................
......................................................................
......................................................................
19. No que se refere à evolução da administra-
......................................................................
ção pública no Brasil após 1930, o mode-
......................................................................
lo da administração pública gerencial tem
......................................................................
como um dos seus pressupostos a centrali-
......................................................................
zação das decisões e funções do Estado.
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
20. A transição do modelo patrimonialista para ......................................................................
os novos formatos de gestão pública foi ......................................................................
marcada por esforços empreendedores de ......................................................................
políticos, sociólogos e economistas frente ......................................................................
aos novos desafios do setor público, sobre- ......................................................................
tudo o enfrentamento de crises vivenciadas ......................................................................
historicamente pelo Estado brasileiro. ......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
21. A busca de informações, a realização de ......................................................................
contratos e a burocracia são alguns dos cus- ......................................................................
tos necessários para efetivar trocas comer- ......................................................................
ciais e interações entre indivíduos e agentes ......................................................................
econômicos. ......................................................................
.....................................................................
( ) Certo ( ) Errado
.....................................................................
.....................................................................
......................................................................
......................................................................
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28. O modelo patrimonialista tem como carac- ......................................................................
terística principal a confusão entre patrimô- ......................................................................
nio público, Estado , e o patrimônio particu- ......................................................................
lar do detentor do poder. ......................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
29. O modelo Burocrático enfatiza aspectos ......................................................................
formais, controlando processos de decisão, ......................................................................
estabelecendo uma hierarquia funcional rí- ......................................................................
gida, baseada em princípios de profissionali- ......................................................................
zação e formalismo. ......................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado .....................................................................
.....................................................................
......................................................................
30. O debate sobre a administração pública de-
......................................................................
mocrática é um assunto relevante e atual.
......................................................................
Em rigor, a administração pública democrá-
......................................................................
tica é um tema antigo que pertence à pri-
......................................................................
meira metade do século XX.
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
31. Segundo alguns estudiosos que refletem ......................................................................
sobre a administração pública brasileira, es- ......................................................................
taria havendo um processo de retorno ao ......................................................................
patrimonialismo, no bojo do discurso an- ......................................................................
tiburocrático. A dominação patrimonial é ......................................................................
definida como apoiada na existência de um ......................................................................
quadro administrativo puramente pessoal, ......................................................................
formado por companheiros ou súditos, re- ......................................................................
crutados por critério de afetividade, lealda- ......................................................................
de e confiança. ......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
......................................................................
32. A administração pública gerencial propõe ......................................................................
uma maior flexibilização nos procedimentos ......................................................................
formais de controle, enquanto a administra- ......................................................................
ção pública tradicional funciona por meio de .....................................................................
mecanismos de controle prévios. .....................................................................
.....................................................................
( ) Certo ( ) Errado
......................................................................
......................................................................
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39. A administração pública no Brasil vem de- ......................................................................
senvolvendo práticas gerenciais que permi- ......................................................................
tem mais modernização administrativa nas ......................................................................
organizações que a compõem. Pretende-se ......................................................................
alcançar um nível de excelência que tenha ......................................................................
no cliente, e, mais ainda, no cidadão, o seu ......................................................................
principal referencial. Incrementar o proces-
......................................................................
so organizacional no setor público é, porém,
um grande desafio, especialmente para ......................................................................
países subdesenvolvidos ou em fase de de- ......................................................................
senvolvimento. Voltar nossa atenção para ......................................................................
esse processo de modernização exige uma ......................................................................
compreensão integrada da cultura organi- ......................................................................
zacional do setor público e de tudo aquilo ......................................................................
que possa influenciar o caminho da melho- .....................................................................
ria do atendimento ao cidadão e da evolu- .....................................................................
ção da máquina administrativa. A cultura ......................................................................
organizacional é um dos principais desafios ......................................................................
gerenciais, inclusive na administração públi- ......................................................................
ca, quando se visa à reforma do Estado. Um ......................................................................
traço da cultura organizacional antiga que
......................................................................
ainda permanece na administração pública
brasileira é o clientelismo, tendo sido supe- ......................................................................
rado o patrimonialismo. ......................................................................
......................................................................
( ) Certo ( ) Errado ......................................................................
......................................................................
40. A administração pública no Brasil vem de- ......................................................................
senvolvendo práticas gerenciais que permi- ......................................................................
tem mais modernização administrativa nas ......................................................................
organizações que a compõem. Pretende-se ......................................................................
alcançar um nível de excelência que tenha ......................................................................
no cliente, e, mais ainda, no cidadão, o seu ......................................................................
principal referencial. Incrementar o proces- ......................................................................
so organizacional no setor público é, porém, ......................................................................
um grande desafio, especialmente para ......................................................................
países subdesenvolvidos ou em fase de de- ......................................................................
senvolvimento. Voltar nossa atenção para ......................................................................
esse processo de modernização exige uma ......................................................................
compreensão integrada da cultura organiza- ......................................................................
cional do setor público e de tudo aquilo que ......................................................................
possa influenciar o caminho da melhoria do ......................................................................
atendimento ao cidadão e da evolução da .....................................................................
máquina administrativa. Nesse contexto, .....................................................................
tendo em vista aspectos da administração .....................................................................
pública, o paternalismo é um dos principais ......................................................................
fatores que dificultam a mudança no setor ......................................................................
público no Brasil.
( ) Certo ( ) Errado
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