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Em algumas posições alcançadas após uma dura luta tática, ou através de uma tranquila linha
de abertura chegamos a posições onde não há grande desequilíbrio material e posicional. Um
reagrupamento das peças vizando aproveitar um pequena falha na posição inimiga pode ser
muito útil. Aliado a este reagrupamento devemos impedir que o adversário que o adversário
consiga algum contra-jogo quebrando a estabilidade da posição. O que Nimzowitsch chamou
no seu famoso livro My System de Profilaxia.
Módulo 2
Não se apresse!
A habilidade de fazer uso deste princípio exige ao jogador grande
experiência na prática. Principalmente de finais. Como muitos finais não
podem ser vencidos meramente porque o lado mais forte tentou a vitória o
mais rápido possível, e negligenciou fazer simples movimentos fortes antes
de empreender a ação decisiva. Seguindo o princípio do "não se apresse", é
possível batalhar pela vitória em posições com uma pequena mas persistente
vantagem ou conseguir a vitória numa posição com pequena vantagem, como uma
qualidade a mais, melhor configuração de peões, peças menores melhores etc.
O jogador manobra com tranquilidade escondendo seus planos e ludibriando a
vigilância do adversário. Mas de modo nenhum deve-se abusar deste
princípio. Tem que estar pronto no momento necessário para lançar uma aguda
e decisiva ação, de outro modo o adversário pode eliminar as fraquezas de
sua posição, que quase sempre são de natureza temporária. A habilidade para
sentir e não perder o ponto crítico não é alguma coisa inicialmente fácil.
Deve ser treinada. Existem situações que mesmo fortes jogadores erram.A
lógica atrás do princípio do "não se apresse" é principalmente psicológica.
Ela pode ser especialmente recomendada no caso do adversário estar privado
de um contrajogo ativo.
As duas fraquezas.
Este é outro princípio importante. Mas o conceito de ‘fraqueza’ é muito maior que
um peão isolado que pode estar sujeito ao ataque. A fraqueza pode ser a
ocupação de uma coluna aberta por uma peça pesada do inimigo, um peão
inimigo passado, ou uma peça imobilizada, o rei que está cortado, e por aí.
Uma vantagem como um cavalo bom contra bispo ruim é considerado uma
fraqueza para o adversário. Encurtando, a fraqueza é um defeito primário da
posição.
18. Dh3?! {Depois de 18. Txf8+ Dxf8 19. Dh3 o branco teria ganho o peão
'b'.} 18... Db6 19. Dg4 Tf5 {A ameaça de Bxg6 tem que ser detida, mas o
negro teria que incluir o xeque intermediário 19... Bxe3+ 20. Rh1 Tf5 com
algum contrajogo pela qualidade, se bem que depois de 21. Bxf5 exf5 22.Txf5
Bxd2 (22... Bc8 23. Df3) 23. Txh5 O branco tem uma evidente vantagem. Agora
o branco tem que escolher.
Alekhine-Vidmar, Hastings,1936.
O branco tem um peão a mais em b4. O próprio
Alekhine avaliou a posição da seguinte forma:
"O plano branco de vencer é fácil de explicar,
mas um tanto quanto difícil de realizar. O
branco explora o fato das peças negras estarem
ocupadas na ala da dama para criar, com o
gradual avanço de seus peões e da trocas deles,
pontos vulneráveis na posição negra no centro e
na ala do rei. Somente depois deste trabalho
preparatório a ofensiva decisiva deve começar."
Em outras palavras Alekhine indicou a
necessidade de dar a seu adversário uma segunda
fraqueza.
1. g4! Re7 2. b5 e5 {Privando a torre negra de d4.} 3. f4 f6? {Era melhor
trocar em f4, já que agora o peão 'e' negro fica isolado.} 4. fxe5 fxe5 5.
Ta2 Tb6 6. Tb2 h6 7. Rf2 Re6 8. Rf3 Cd5 {O negro oferece ir para um final
de torres, mas o branco não aceita e continua rompendo a posição adversária
na ala do rei.}9. h4! Ce7 10. Be4 Cd5 11. Tb3 Rd6 {Depois do lance com sua
torre, o negro teria que calcular a troca das peças menores e o avanço do
peão passado branco.} 12. g5! {Alekhine realiza firmemente seu plano.}
12... hxg5 13. hxg5 {O trabalho preparatório está completo. Os peões negros
de e5 e g7 são separados e fracos.} 13...Re6 14. Bd3 Rd6 15. Ta3 Cc7 16.
Ta7! Tb8 {16...Cxb5 17. Txg7 o negro não teria qualquer chance de salvar a
partida.} 17.Re4 g6 {18.Rf5 era ameaçado.} 18. Ta3! Tb6 19. Bc4 Tb8
{19...Rc5 é bem respondido com 20.Ta7 ou 20.Be2 e o cavalo negro não pode
tomar em b5 devido a Ta5.} 20. Td3+ Rc5 21. Td7! {O resultado da partida
está decidido.} 21... Ce8 22. Bf7 Cd6+ 23. Rxe5 Tb6 24.e4 Cxb5 {O negro
conseguiu eliminar o peão passado branco na ala da dama, mas na ala do rei
o branco se torna dono total da posição.} 25. Td5+ Rb4 26.Td8 Ca7 27. Td6
Cc6+ 28. Rf6 Rc5 29. Td5+ Rb4 30. e5! Rc4 31. Td1+ Rc5 32. Tc1+ Rd4 33. e6
Re3 34. Bxg6 Cd4 35. Bf7 Ce2 36. Te1 Rf2 37. Txe2+ Abandonam.
Módulo 4
Módulo 5
Posições com o peão 'd' isolado (finais).
Byelavyenets-Rauzer, Moscou, 1937.
O branco tem um forte cavalo contra um bispo
mal com o peão 'd' do adversário isolado. Este
final está ganho? Muito provavelmente a posição
seja empate(como no próximo exemplo). O que
aconteceu nesta partida? O cavalo branco está
atacado e deve voltar para c3 ou d4(tomar o
peao em a7 não é favorável). O cavalo fica
muito bem em d4 no meio jogo, mas no final esta
casa é para o rei. Portanto: 1. Cc3 Bc6 2. Rf1
Rf8 3. f3 {Prevenindo ...d4} 3... Re7 4. Re2
Re6 5. Rd3 Re5 6. f4+ Re6 7. Rd4 Rd6 8. b4 Re6
{O negro supõe que o branco não pode criar
nenhuma ameaça séria, e faz movimentos somente
com seu rei. Tais táticas são aceitáveis, mas
somente até certo ponto. Não teria feito qualquer mal o avanço do peão 'f'
para f6, desde que não se esqueça de fazê-lo mais tarde. Mas como o branco
pode vencer? As negras já tem uma fraqueza , o peão isolado no centro. O
que é necessário é uma segunda fraqueza, que somente pode ser criada na ala
do rei. Byelavyenets primeiro fortalece ao máximo sua posição na ala da
dama, com o avanço do seu peão b5 e colocando seu cavalo em b4} 9. b5 Bb7
10. Ca2 Rd6 11. Cb4 Re6? {Aqui 11...f6 era essencial. O negro calculou que
depois de 12.Cc6 Bxc6 13. bxc6 Rd6 14. c7 Rxc7 15. Rxd5 f5! Ele conseguiria
o empate, mas ele errou em não levar em conta a resposta do adversário.}
12. g4! {Ameaçando g4-g5 fixando os peões f7 e h7, enquanto com 12....h6
teria seguido 13.Cc6! Bxc6 14. bxc6 Rd6 15. c7 Rxc7 16. Rxd5 e o final é
vitorioso para o branco , já que o negro não tem ...f5. Aqui a variante
dada por Byelavyenets: 16... Rd7 17. e4 Rc7 18. e5 Rd7 19. f5 gxf5 20. gxf5
Rc7 21. e6 f6 22. h3 h5 23. h4 a6 24. a4 a5 25. Rc4 Rc6 26. e7 Rd7 27. Rb5,
e vence.} 12... f5 13. g5 {O peão h7 é fixado. Agora o branco deve avançar
seu peão 'h' para h6 quando o negro estará a frente da ameaça do sacrifício
do cavalo branco em h6 ou f5, e portanto uma segunda fraqueza esta criada.}
13... Rd6 14. h3! {O correto enfoque da posição. "O natural 14 h4 teria
sido fraco devido a 14... Re6 15. Ca2 Rd6 16. Cc3 Re6 17. Ce2 Bc8 18. Cg3
Bd7 19. a4 Be8, quando o negro conseguiria prevenir h4-h5"(Byelavyenets)
14... Re6 {O negro move seu rei como se nada fosse acontecer.} 15. Ca2 Rd6
16. Cc3 Re6 17. h4 Rd6 18. Ce2 Bc8? {"A última chance de salvação era
18...a6"(Byelavyenets).} 19. Cg3 Bd7 20. a4 Re6 {Não havia nenhuma defesa
contra h4-h5.} 21. h5 Be8 22. h6 Rd6 23.Ce2 Aqui a partida foi adiada, e
adjudicada vitória para o branco. Ele consegue implementar seu plano
completamente, e o negro, com três fracos peões a7,d5 e h7 está perdido.
Por exemplo:
(a)23... Bd7 24. Cc3 Be6 25. Ca2 Bf7(o negro não pode defender seu peão com
o bispo em b7, já que depois de 25... Bc8 26. Cb4 Bb7 O branco ganha com
27. Cd3 Bc8 28. Ce5 quando não tem defesa contra Cxg6) 26. Cb4 Be6 27. Cc6
a5 28. bxa6 Rxc6 29. a7! (essencial, desde que 29. Re5 Bc8! 30. a7 Bb7 31.
Rf6 Rd6 32. Rg7 Re7 33. Rxh7 Rf7 O branco não pode vencer.) 29... Rb7 30.
Re5 Bd7 31. Rf6 Bxa4 32. Rg7 b5 33.Rxh7 b4 34. Rxg6 b3 35. h7 Be8+ 36. Rf6
b2 37. h8=D b1=D 38. a8=D+ Rxa8 39.Dxe8+, e o final de damas é facilmente
ganho pelo branco.
(b)23... Bf7 (Uma mal sucedida tentativa de prender o cavalo em a7) 24. Cc3
Be6 25. Ca2 Bg8 26. Cb4 Bf7 27. Cc6 Be8 28. Cxa7 Bd7 29. Rd3 O negro está
em zugzwang 29...Rc7 30. Rc3 Rb7 se 30... Rd6 31. Rd4 e o negro é forçado a
liberar o cavalo. 31. Rd4! Rxa7 32. Re5, e o branco vence. Este final é um
bom exemplo da batalha entre bispo e cavalo.(Byelavyenets).
Flohr-Capablanca, Moscow,1936.
A posição é virtualmente igual a do exemplo
anterior, mas o jogo transcorreu de forma
diferente. 1... Re7 2. Rd2 Rd6 3. Rc3 b6 4. f4
Bd7 5. Cf3 f6 6. Rd4 a5 {Ao contrário de
Rauzer, Capablanca atenciosamente colocou todos
os seus peões nas casas negras. Em seu livro
Last Chess Lectures, Capablanca formulou a
seguinte regra: "Quando o adversário tem um
bispo, coloque seu peões nas casas de mesma cor
do bispo. Mas se você tem um bispo, então,
independente se seu adversário ter ou não um
bispo, coloque seus peões nas casas de cor
oposta ao seu bispo."} 7. Cd2 Bc8 8. Cb1 Be6 9.
Cc3 Rc6 10. a3 h6 11. g3 {o negro utiliza a tática de espera e o branco
também não se apressa. Esta maneira de jogar levou Capablanca a cometer um
erro.} 11... h5?! {Com seu último lance o branco liberou g2. O Grande
Mestre Cubano obviamente pensou que o branco tentava levar seu cavalo para
h4, avançando f4-f5 e g3-g4,e então transferindo seu cavalo para f4 e com o
rei negro em c6 jogar Ce6, forçando ir a um final de peões ganho. Mas o
bispo negro pode impedir a ida do cavalo a h4: quando o cavalo for a e1, é
suficiente transferir seu bispo para e4, para não falar da possível
defesa ...g5, com o cavalo em h4, para responder fxg5 com ...hxg5!? e Cg2
com ...g4! Depois do lance da partida o negro fica em sérias dificuldades.}
12. b4 axb4 13. axb4 Rd6 14. b5 {O negro não tem bons lances. 14...Bf7 é
desagradavelmente respondido com 15.f5.} 14... g6 15. Ca4 Rc7 16. Cc3 Rd6
17. f5! {Quebrando a formação de peões do negro. Ruim agora é 17....Bxf5
18.Cxd5 Bd7 19. Cxf6 Bxb5 20. Cd5 e 20...Rc6 não é possível devido a 21
Ce7+} 17... gxf5 18. Ce2 Bd7 {Uma imprecisão. Antecipando o final de peões
o negro devia ter jogado 18...Bg8 19 Cf4 Bf7, provocando h2-h3 e somente
então atacar o peão 'b' com ....Be8.} 19. Cf4 Be8 20. Cxd5 Bxb5 21. Cxb6
Bc6 {Levando em conta que não deve permitir que o cavalo branco vá para f4.
Em resposta a ...Be8 seguiria Cd5 ganhando um peão, já que o final de peões
depois de ...Re6, Cc7+ e Cxe8 é ganho para o branco.} 22. Cc4+ Re6 23. Cb2
Bb5 24. Cd1 Be2 25. Cf2 Bf1 {Agora Flohr inverte para um final de peões.}
26. Cd3 Bxd3 27. Rxd3 Re5! {27... Rd5 teria perdido para 28. Rd2 Re5 (28...
Re4 29. Re2 Rd5 30. Rf3 Re5 31. h3 Rd5 32. Rf4 Re6 33. h4 aqui é que as
duas reservas de tempo na ala do rei começam a ficar importantes.) 29. Re1!
Rd5 30. Rf2! Os movimentos de rei para e1 e f2 tem exclamações já que e2
não, pode ser ocupado, por ex.29. Re2 Re4 30. Rf2 h4 31. gxh4 f4 32. h5, e
o peão e3 é capturado com xeque: (Bondarevsky). A partida continuou: 28.
Re2 Re4 29. h3 {Ou 29.Rf2 h4!} 29... Rd5! 30.Rf3 Re5 {Nesta posição os
jogadores empataram por comum acordo.}
Módulo 6
Estruturas de peões 1.
Já vimos nos módulos anteriores e em Aberturas muito sobre estrutura de peões. Peões
centrais ideais d4 e e4, maioria em uma ala, formações debilitadas, peão isolado em 'd'etc.
Mais uma vez apresentaremos linhas gerais sobre este tema para serem aplicados por analogia
a outras estruturas, já que não é possível mostrar todas as estruturas de peões existentes. Na
abertura é possível que os jogadores, principalmente o jogador das brancas dirija a posição
para uma estrutura que já conheça. Conhecer a estrutura de peões ajuda a avaliar melhor a
posição e com isto as trocas de peças. Quais devem ser trocadas, quando e porque? Como
manter controle central e boa coordenaço de peças .
Módulo 7
Estruturas de peões 2.
Iniciativa 1
Já abordamos o assunto iniciativa. Retornamos ao tema para mostrar que a iniciativa em mãos
de um hábil jogador pode ser muito perigosa e levar a vitória. Depois de conquistar a
iniciativa o jogador vai ganhando pequenas vantagens que vão se acumulando até se tornar
decisiva.Todo jogador de xadrez sabe como é importante ter a iniciativa durante a partida.
Hoje em dia ninguém pode esperar Ter sucesso sem estar preparado para a batalha pela
iniciativa numa posição igualada. Não é por acaso que ex-Campeões do Mundo como Anatoly
Karpov, Bobby Fischer e atualmente Kasparov tem demonstrado em muitas partidas sua
disposição de em qualquer momento lutar pela iniciativa, sem medo de correr riscos. Por
causa da iniciativa muitas vezes tem que ignorar uma possível deterioração da posição.
Coragem, força de vontade e audácia são necessários para um jogador decidir um passo que
freqüentemente leva ao desconhecido. Exatamente por ser difícil e perigoso, nós vamos
mostrar os seguintes exemplos.
Módulo 9
Iniciativa 2
Kasparov x Van Wely, Holanda, 1999.
1. e4 c5 2. Cf3 Cc6 3. d4 cxd4 4. Cxd4 Cf6 5. Cc3 e5 6. Cdb5 d6 7. Bg5 a6
8. Ca3 b5 9. Cd5 Be7 10. Bxf6 Bxf6 11. c3 {Esta é uma das linhas mais
populares da Siciliana. As brancas tem o claro plano de pressionar a coluna
semi-aberta 'd'.} 11... Bg5 12. Cc2 O-O 13. a4 {A linha mais ativa. AS
brancas tentam pressionar na ala da dama também.} 13...bxa4 14. Txa4 a5 15.
Bb5 Bb7 16. Cce3 Bxe3 17. Cxe3 Ce7
Kinderman-Speelman, Dortmund,1981.
{Embora as damas tenham desaparecido, a posição
é mais uma do meiojogo. Ainda é cedo para dar
uma avaliação definitiva.}
1... Bxf2 2. Chxf2 {Um movimento natural, mas
um sério erro. Como mostrou Speelman,
comentando esta partida no volume 31 do Chess
Informator, 2.Cexf2! era correto. Mesmo que
possa parecer paradoxal, o cavalo centralizado
devia ser retirado e o do canto do tabuleiro
ficado em seu lugar. Este movimento contudo tem
uma base lógica, já que fica difícil para o
negro desenvolver a iniciativa, f4 estando
defendido pelo cavalo e 2...e5 3.Te1 levando a
um jogo muito complicado.} 2... e5! 3. fxe5 Cxe5 {Fica claro que o negro
pegou a iniciativa. Mas a formação de peões é simétrica, e se o branco
consegue coordenar suas forças a partida ficaria completamente equilibrada.
O valor de cada lance começa a aumentar imensamente.} 4. Te1 Cf5! {Um
excelente lance. A dificuldade de jogar estas posições é que existe
abundantes continuações promissoras, mas normalmente somente uma delas é a
correta. 4.Thf8 parece uma boa tentativa, mas como mostrou Speelman, depois
e 5.Rc2 o branco consegue coordenar suas forças. Por ex.Cc4 6. Tad1 Cd5
(6... Txd1 7. Cxd1) 7. Td3. Depois do lance da partida o negro responde
5.Rc2 com 5....Cc4!, enquanto que 5.Bh3 ele tinha o desagradável 5....Cf3}
5. Cd6+ {Provavelmente o menos mal.} 5... Cxd6 6. Bxb7+ Rxb7 7. Txe5 {A
posição simplificou. Se fosse a vez do branco jogar , depois de Rc2 o
empate poderia seria acordado. Mas com constantes ameaças Speelman impede o
branco de fazer um simples lance que separa ele da igualdade.} 7... Thf8!
8. Te2 Ce4! 9.Cd1 Tf1 10. Rc2 {O rei branco saiu para c2, mas agora seu
cavalo está cravado. Como o negro mantém sua iniciativa. O branco espera
libertar-se com 11.Tc1 seguido do movimento de seu cavalo para fora da
primeira fila. Além disso o cavalo branco está atacado.} 10... Cd6! 11. Tc1
Te8! {Aqui a solução do grande mestre inglês. Fica claro que a 10...Cf6?
11. Tc1 11 Te8 teria levado a igualdade depois de 12. Ce3 Txc1+ 13. Rxc1
Cg4 14.Rd2 mas agora a variante análoga não é possível devido a 13...Cc4}
12.Txe8 Cxe8 13. Rd2 Th1! {Precisão no final. Depois de 13...Cd6?!14.Tc2! o
branco teria chances de se salvar já que, 14...Th1 pode ser respondido com
15.Rc1} 14. Re2?! {O branco pretende continuar a luta pelo peão depois de
14...Txh2+ 15.Cf2.A idéia é correta, mas impressivamente realizada. Era
essencial jogar 14.Cf2! Txh2 15.Re3} 14... Cd6! {O negro ganha um peão em
condições mais favoráveis. O resultado da partida está decidido.} 15. h4
Cf5 16. g4 {16. Rf3 o negro ganha com 16... Tf1+ e se 16.Rf2 h5!
(Speelman)} 16... Cxh4 17. Tc2 Cg2 18. Cf2 {18.Rf2 era melhor.} 18... Te1+
19. Rf3 Ch4+ 20. Rg3 g5 21. Rh2 Rc6 22. Ch1 Te3 23. Tf2 Cf3+ 24.Rg2 Ce5 25.
Tf6+ Rd5 26. Cf2 Te2 As brancas abandonam.
Módulo 10
Trocas naturalmente levam a redução de material e cada troca efetuada aproxima a partida
do final. Quando um dos lados tem vantagem material, trocas incrementam sua vantagem.
Quem esta em vantagem deve trocar peças e não trocar peões. Trocas reduzem as
complicações e oportunidade de contrajogo. Trocar peões reduz as chances de promoção e
consequentemente as chances de vitória.