ANÁLISE SOBRE DOCUMENTÁRIO SOBRE OS SISTEMAS DE SAÚDE
AMERICANO E DE ALGUNS PAÍSES DO MUNDO
O documentário traz à tona a realidade do sistema de saúde estadunidense, na qual é relatado os vários problemas que os EUAs, o único país do mundo ocidental que não tem um sistema de saúde público, conforme é dito no documentário, enfrentam. Entre os vários desafios que os EUAs têm com a falta de um sistema de saúde nacionalizado é a carência de acesso a saúde por parte da população, que no ano em que o documentário foi lançado, era de 15 milhões de americanos, que por questões financeiras ou mesmo pela solicitação de um seguro de saúde negado, apresentam-se sem cobertura de saúde. Ainda, sobre a questão de Seguros médicos que rejeitam pacientes, mostra como a saúde em contexto tão privatizado, como se observa nos Estados Unidos, age como um comércio, que visa o lucro e não tem perspectiva de integração da população ao acesso saúde, isso podendo ser observado no documentário pela situação de pessoas que tiveram seguros médicos negados por despirem de um perfil ideal para as seguradoras, por apresentarem maiores riscos de doenças e consequentemente que fariam uso dos serviços das seguradoras, o que geraria maiores gastos. Desta forma, Seguros médicos que rejeitam pacientes por causa do seu peso, sendo magro ou gordo demais, ou que tenham diabetes ou doenças cardíacas, passaram ser habitual. Ainda, conforme é descrito no documentário, a situação de pessoas com seguro médico que tiveram serviços de saúde negados, desde cirurgias, remédios e exames, consiste ema algo habitual dentro do sistema de seguradora de saúde, pois a perspectiva é de poupar dinheiro para maximizar os lucros e para isso negar serviços e atendimento de saúde é tido como um solução. Assim, indivíduos que mesmo apresentando seguros médicos e que declararam falência para arcar com custos de saúde passaram ser comum, tal como o casal de idosos que venderam a casa para arcar com os custos dos tratamentos que precisavam e foram negados pela seguradora a qual faziam parte; outro caso do negacionismo do sistema de saúde privatizado orquestrado pelas seguradoras médicas que só visam o lucro, é o caso do indivíduo que foi negado um transplante de medula, mesmo com comprovação por meio de exames que era necessário, e decorrente disso o mesmo morreu. Da mesma forma, a negligência do sistema de saúde americano ainda é evidente, conforme demonstrado no documentário, pelo abandono de pacientes que não podiam pagar pelos serviços de saúde, que ao chegarem com alguma enfermidade as unidades de atendimento dos seguros médicos e não foram atendidas, sendo relatado casos de pessoas doentes abandonadas nas ruas. No documentário é explicado como as empresas de Seguros médicos articula a política americana para manter suas formas de funcionamento e até mesmo barrar iniciativas de um projeto de sistema de saúde nacionalizado, visto que quando a medicina passa ser pensada nos EUAs como algo relacionado mais ao governo e menos às instituições privadas, logo surgem uma onda contra, articulada por parte desses setores privados.de que o socialismo estar invadindo a saúde dos americanos e articulam com políticos para manter as mesmas bases de saúde, privatizada. Assim, diante do exposto sobre o sistema de saúde americano, cenas de americanos que cruzam a fronteira dos Estados Unidos para o Canadá, para terem atendimento gratuito ou com custo menor do que comparado aos EUAs, mesmo estes indivíduos sendo clientes de seguros médicos, são recorrentes. O sistema de saúde canadense é nacionalizado, gratuito, como exposto pelo documentário, com pouca espera e de ótima qualidade, e os americanos cruzam a fronteira para puderem ter acesso a saúde que no seu país não dispõem. Ainda no documentário, foi possível observar o sistema de saúde britânico, que também corresponde um belo exemplo de funcionamento, sendo gratuito e de ótima qualidade, sendo o serviço nacional de saúde inglês iniciado em 5 de julho e garante cuidados médicos, dentários e de enfermagem para qualquer pessoa, rica ou pobre, homem, mulher ou criança. Uma coisa a se observar entre os sistemas de saúde nacionalizados, como o canadense e o britânico, é a forma como os médicos enxergam as pessoas, no caso como pacientes, visto que só cabem à eles a prestação do serviço, do seu papel como profissional da saúde; já os médicos americanos, por estarem englobados em contexto de saúde muito privatizado, acabam desenvolvendo uma visão dos indivíduos como clientes, na qual as necessidades da empresa seguradora são priorizados. Ainda mais, no documentário foi exposto o Sistema de saúde francês, que da mesma forma como o canadense e o britânico, consiste em um modelo a ser seguido pelo Estados Unidos, tendo serviços como o “SOS médicos”, na qual médicos atendem nos lares após ligação do paciente; além de vários outros serviços de qualidade e gratuitos, como a disponibilidade de um profissional para auxiliar as mulheres recém grávidas nos serviços em casa. Além do mais, outro aspecto relevante é como a indústria farmacêutica atua nos EUAs, que sob ação conjunta com os seguros médicos, elevam os preços dos medicamentos de forma exorbitante. Assim, como é explicito no documentário, os medicamentos nos Estados Unidos, tal como o remédio para respiração para um técnica de enfermagem que atuou no atentado do 11 setembro, que custa um valor considerável do seu salário, e que as vezes não podia ser comprado, pois senão não daria para arcar com os demais dívidas, em Cuba custava um valor ínfimo se comparado aos EUAs, representando bem como um sistema privatizado de saúde americano desenvolve um processo de desigualdade mesmo em um país que é o mais rico do globo em termos de capital financeiro, e mesmo assim pessoas até morrem pela falta de acesso a saúde, e em contrapartida, países com rendimentos financeiros muito menores dos que EUAs, tal como Cuba, oferta um sistema de saúde gratuito e de qualidade. Ainda sobre o sistema de saúde falho americano, o documentário traz à tona a negação de serviço de saúde aos profissionais que ajudaram no Atentado de 07 de setembro de 2001, que após o incidente sofreram sequelas, mas não obtiveram auxílio do governo, pois o mesmo alegou que não era responsabilidade do governo, pois muitos desse profissionais não estavam na folha de pagamentos. Assim, pessoas que se voluntariam para ajudar as vítimas do atentado, que na grande mídia americana e pelo governo foram aclamados como herói, e acabaram desenvolvendo alguma doença ou complicação, tiveram os serviços de saúde negados. Em contrapartida, na prisão de Guantánamo, na qual vários terroristas estão presos, entre os quais alguns participantes do atentado do 11 de setembro, têm acesso ao serviço de saúde gratuito e de alto nível, na qual cirurgias podem ser feitas no local, atendimento dentário. Ou seja, ironicamente, o local nos EUAs na qual há um atendimento universalizado e gratuito, é disponibilizado aos terroristas, enquanto milhões de americanos não tem acesso a saúde ou estão vinculados em seguros médicos que não asseguram a compleição de um serviço quando mais necessitam.
ANÁLISE DO ARTIGO SOBRE OS IMPACTOS DAS MEDIDAS DE
AUSTERIDADE NA SAÚDE NO BRASIL
Conforme o artigo da Revista Radis, as medidas de austeridade na saúde no
Brasil e os impactos que delas advém é um ponto importante a ser analisado e debatido no âmbito nacional, principalmente em um período pandêmico em que vivemos, na qual a demanda pelos serviços de saúde aumentaram vertiginosamente decorrente da disseminação do vírus por todo território nacional com os milhões de casos de COVID-19 que foram e são noticiados, e escancara um sistema de saúde precário, ainda mais pelas medidas de congelamento de gastos de 2016. Assim, mesmo antes do período pandêmico, a economia brasileira já vinha estando em um período de crise e conforme dados mencionados na reportagem da revista Radis, são nestes momentos em que o sistema de saúde começa a ser sobrecarregado, pois são neste períodos de crises que várias mazelas começam a serem evidenciadas, por exemplo, o desemprego se elevando o que gera a falta de rendimento financeiro para centenas de milhares ou mesmo milhões de brasileiros, fazendo com que essas pessoas passam a ter dependência ainda maior do sistema público de saúde, pois não têm como arcar com nenhum tipo de serviço de saúde no meio privado. Assim, um sistema de saúde que já vem tendo seus orçamentos cortados, acabam tendo uma maior demanda, o que gera uma maior crise no sistema público. Deste modo, como a própria reportagem da revista menciona, os mais atingidos por essas medidas são os mais pobres, visto que a dependência ao sistema de saúde é maior e os serviços acabam tendo uma demanda maior em tempos de crises, sendo cortados verbas, e assim os serviços de saúde acabam sendo cada vez mais escassos e inacessíveis. Assim, a crise que vivemos da pandemia, que além de ser uma crise de saúde, como também sendo uma crise econômica, social e política, está e irá gerar um contexto na qual a população pobre acometida por várias mazelas, tal como desemprego e fome, serão e são acometidos por enfermidades, na qual o serviço de saúde público terá aumento da demanda de pessoas, isso num contexto de austeridade, de cortes de gastos na área.