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FAVENI

FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

ESPECIALIZAÇÃO EM

NEUROPSICOPEDAGOGIA CLÍNICA

MICHELLY MATOS ARAUJO

AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA INFÂNCIA

PENTECOSTE/CE

2021
MICHELLY MATOS ARAUJO

AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA INFANCIA

Artigo apresentado ao Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


a Faculdade de Venda Nova do Imigrante- FAVENI, como requisito
parcial para a obtenção do título de ESPECIALISTA.

Pentecoste – CE
2021
RESUMO

O presente artigo tem como objetivo fazer uma reflexão da dificuldade de aprendizagem na Infância,
da formação do professor e sua prática educativa no contexto escolar e o apoio que a escola oferece
ao corpo docente. Apresenta também as possíveis causas e fatores que contribuem com a deficiência
de aprendizagem de ensino. A escola não tem a função apenas de transmitir conhecimentos, mas
também um espaço onde às dificuldades de aprendizagem possam ser verificadas e enfrentadas,
permitindo a superação dessas dificuldades com mais eficiência. Este artigo é resultado do
conhecimento adquirido no decorrer do curso, está fundamentado por especialistas da pedagogia e
psicopedagogia, conhecedores do problema de ensino-aprendizagem que foram abordados em
estudo, como também a minha própria experiência em sala de aula.

Palavras chave: Dificuldade de Aprendizagem. Infância. Educandos.

ABSTRACT

This article aims to reflect on the learning deficit of students in elementary school, the training of
teachers and their educational practice in the school context and the support that the school offers to
the teaching staff. It also presents the possible causes and factors that contribute to teaching learning
disabilities. The school has the function not only of transmitting knowledge, but also a space where
learning difficulties can be verified and faced, allowing to overcome these difficulties more efficiently.
This article is the result of the knowledge acquired during the course, it is supported by specialists in
pedagogy and psychopedagogy, who are familiar with the teaching-learning problem that were
addressed in the study, as well as my own experience in the classroom.

Keywords: Learning Deficit. Elementary School. Learners.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................05

1. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM..........................................................07
1.1 O papel da escola diante das dificuldades de aprendizagem...................08
1.2 Formação do professor e sua prática educativa........................................09
2. APOIO ESCOLAR AO CORPO DOCENTE...................................................12

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................14

4. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS...............................................................16
INTRODUÇÃO 5

Atualmente, as dificuldades de Aprendizagem na Infância, em especial é um


tema bastante discutido por causa do altíssimo índice de crianças que não consegue
assimilar informações adequadas a sua faixa etária e acompanhar o ritmo de estudo,
como também apresenta comportamentos inadequados gerados muitas vezes por
ausência de acompanhamento da família ao filho no ambiente escolar, a baixa
autoestima gerada por fatores emocionais, neurológicos, ambientais que contribui
com distúrbios de aprendizagem.

Para Piaget (1998, p.13), a aprendizagem provém de “equilibração


progressiva, uma passagem contínua de um estado de menos equilíbrio para um
estado de equilíbrio superior”.

Sabe-se que a aprendizagem acontece de forma espontânea, mas que é


necessário um ambiente pedagógico que favoreça essa aprendizagem, como
também as experiências e vivencias que o aluno traz consigo possibilitam novas
aprendizagens.

Paín (1985) define a aprendizagem da seguinte forma:

(...) a aprendizagem é um processo dinâmico que determina uma mudança,


com a particularidade de que o processo supõe um processamento da
realidade e de que a mudança no sujeito é um aumento qualitativo em sua
possibilidade de atuar sobre ela. Sob o ponto de vista dinâmico a
aprendizagem é o efeito do comportamento, o que se conserva como
disposição mais econômica e equilibrada para responder a uma situação
definida. De acordo com isto, a aprendizagem será tanto mais rápida quanto
maior for a necessidade do sujeito, pois a urgência da compensação dará
mais relevância ao recurso encontrado para superá-la. PAIN, (1985, p.23)

Se o sujeito passa por transtornos físicos, biológicos e emocionais entre


outras necessidades especiais, deve ser prioridade para a escola e para o professor,
juntos repensar e promover uma intervenção pedagógica apropriada à cada
dificuldade percebida. Aprendizagem das crianças é diferente, algumas com mais
rapidez, outras lentamente, fugindo assim dos padrões esperados, há crianças que
pouco aprende e que vão se desestimando e tornando assim em dificuldades de
aprendizagem.

O professor precisa rever seus métodos de ensino, seus conhecimentos


teóricos, práticos e ir à busca de novos conhecimentos condizentes a dificuldade de
cada educando no seu processo de aprendizagem. 
Este artigo apresentar uma visão acadêmica sobre dificuldades de6
aprendizagem na infância, com fundamentação teorizada em alguns estudiosos na
área psicopedagógica, como também uma reflexão contextualizada da temática
pratica de ensino. Expõe de forma simples como acontece a formação educacional e
sua pratica educativa e o apoio escolar ao corpo docente.

O presente artigo aborda esta temática, percebendo a aprendizagem


enquanto processo e produto inacabado e diferentemente desenvolvido. Discorre
sobre os estudos conceituais da aprendizagem e as principais dificuldades que os
alunos têm apresentado na efetivação de sua construção do saber escolar.

Teve como objetivo descrever como o processo de aprendizagem se efetiva e


identificar as principais dificuldades de aprendizagem apresentadas nas escolas
brasileiras entre os alunos do Infantil, tendo em vista relacioná-las às sugestões de
práticas favoráveis às superações cognitivas e psicológicas.

Este trabalho encontra-se estruturado em 02 capítulos, sendo que se inicia


com a introdução. No primeiro capitulo revela-nos sobre as dificuldades de
aprendizagem e a formação do professor e sua prática educativa. No segundo
capitulo relata sobre o apoio escolar ao corpo docente. E finalmente as
considerações finais e as referências bibliográficas.

1. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Transtornos, dificuldades de aprendizagem são desordens que dificultam o7
ritmo de aprendizado do individuo. Esses problemas podem ser detectados a partir
dos cinco anos de idade e necessitam de acompanhamento de profissionais como:
psicopedagogos, psicólogos e, em alguns casos, fonoaudiólogos.

Importante ressaltar que as crianças podem apresentar certas dificuldades de


aprendizagem, que podem estar relacionadas a outros fatores, como problemas na
família, problemas de relacionamento com professores ou colegas, entre outros. Os
transtornos de aprendizagem se configuram como uma desordem acentuada que
interfere no modo de adquirir conhecimentos. Os tipos mais comuns de transtornos
de aprendizagem são:

Dislexia: é a dificuldade em ler e escrever. Pessoas com dislexia apresentam


atrasos para o aprendizado da leitura e da fala, problemas para memorizar palavras,
regras ortográficas e conceitos, dispersão e falta de atenção. A dislexia é um
problema crônico, com origem no cérebro, coluna vertebral e nervos
(neurobiológica).

Discalculia: é a dificuldade para compreender e assimilar regras, conceitos e


operações matemáticas. Portadores desse transtorno possuem sérios problemas em
realizar operações que envolvam números, além da dificuldade em ler símbolos
matemáticos, operar cálculos numéricos e realizar operações mentais e escritas.

Disgrafia: é um distúrbio que dificulta a percepção e capacidade escrita dos


indivíduos, levando os portadores a frequentemente cometerem diferentes erros
ortográficos. De acordo com especialistas, o transtorno pode estar relacionado a
problemas psicomotores, levando as pessoas a apresentarem dificuldade em formar
palavras, reconhecer e diferenciar maiúsculas e minúsculas, espaçamento das
palavras, entre outras.

TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade): é um dos


transtornos de aprendizagem mais conhecidos, o TDAH (Transtorno do Déficit de
Atenção com Hiperatividade) é uma doença crônica que causa comportamento
agressivo, ansiedade, dificuldades de aprendizagem, inquietação, entre outros. Os
casos geralmente são detectados na infância e acompanham as pessoas durante a
sua vida. Em alguns casos, a pessoa nasce com o problema e em outros passa a8
apresentar o problema após episódios de tensão e estresse.

1.1 O papel da escola diante das dificuldades de aprendizagem

A escola deve promover campanhas e desenvolver estratégias que


possibilitem a integração dos alunos com transtornos de aprendizagem com o
restante da comunidade escolar. O isolamento da criança pode intensificar o seu
quadro devido a desmotivação em aprender. 
Também é importante que a própria escola desmitifique a ideia que a
dificuldade de aprendizagem torna a criança "burra", preguiçosa ou até mesmo
fraca. Mesmo com tantas informações, ainda é comum os casos nos quais a
instituição de ensino não presta o apoio necessário mas reforça o preconceito com
portadores desses transtornos. 
Outro fator fundamental é que a escola tenha em seu quadro de professores,
profissionais com formação específica para trabalhar com alunos que apresentem
características especiais.
São diversas definições para as Dificuldades de Aprendizagem no decorrer da
história. Para Dunn (1997),
Dificuldades de Aprendizagem são transtornos permanentes que afetam a
maneira pela qual os indivíduos com inteligência normal ou acima da média
selecionam, retêm e expressam informações que entram ou que saem,
podem ficar desordenadas conforme viajam entre os sentidos e o cérebro.
Também se pode pensar em Dificuldades de Aprendizagem quando a
criança frequentemente fica confusa, é desajeitada, impulsiva, hiperativa ou
desorientada, tornando-se frustrada e rebelde, deprimida, retraída ou
agressiva. DUNN. (1997, p.23).

Na escola e na sociedade encontramos crianças com dificuldades de


aprendizagem de todos os tipos, principalmente dislexia, discalculia e disortografia,
tornando assim um problema para muitos professores e por não saberem o que
fazer ou a quem recorrer, convive com esse problema por toda etapa pedagógica.
Os principais problemas existentes na sala de aula estão ligados maioria das vezes
atitudes de crianças rebeldes, impulsivas, hiperativas e agressivas, que só piora o
nível educacional, e o sistema público de ensino tem a responsabilidade de
promover a solução para essa situação.

Para Sara Pain (1981), “a dificuldade de aprendizagem é um sintoma que


cumpre uma função positiva tão integrativa como o próprio aprender por ser
intimamente ligada as mudanças sociais e culturais, à escola, às metodologias
empregadas e, muitas vezes ao despreparo profissional, a percepção do problema e9
das suas origens é o caminho para a intervenção adequada, que passa também
pelo exercício de uma melhor pratica pedagógica”.

Essas dificuldades são comuns em nossas escolas públicas, até porque,


quem frequenta são crianças de baixa renda, famílias muitas vezes desestruturadas
e que trazem essa deficiência de aprendizagem de anos anteriores e até mesmo,
não terem um acompanhamento familiar adequado.

  Para Strick e Smith (2001), “as dificuldades de aprendizagem referem-se


não a um único distúrbio, mas a uma ampla gama de problemas que podem afetar
qualquer área do desempenho acadêmico. As dificuldades são definidas como
problemas que interferem no domínio de habilidades escolares básicas, e elas só
podem ser formalmente identificadas até que uma criança comece a ter problemas
na escola”.

Quando se discute as dificuldades de aprendizagem, percebe-se que não


existe um conceito especifico e pronto, mas diante de muitos estudos, são situações
que privam o indivíduo de aprender por problemas neurológicos, socioambientais
que envolvem a escola e a família, que afeta o desenvolvimento integral do
indivíduo.

Sabe-se que as dificuldades de aprendizagem dependem da forma de


aprender de cada criança e o tipo de aprendizagem ela apresenta. É aí que
necessita do trabalho e apoio do psicopedagogo na instituição escolar para facilitar o
processo de aprendizagem, observando o aluno como também o professor e seu
processo de aprender e ensinar.

1.2 Formação do professor e sua pratica educativa

É essencial avaliar a formação do professor nos dias atuais, no entanto há


ainda uma distância entre a formação profissional acadêmica e sua ação
pedagógica, percebe-se a ausência da cultura cientifica com base nas ciências
humanas e sociais, pois muitos professores têm dificuldades de analisar situações
educativas de ensino e o exercício da docência no contexto escolar e extraescolar.

Muitos profissionais exerce o trabalho pensando só no salário, esquecendo-se


da essência profissional, base para realizar uma pratica docente vinculada com a
transformação social, formação ética, enfim contribuindo assim, com o exercício
pleno de sua cidadania.
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Faz-se necessário ao professor a instrução acadêmica não apenas da
pedagogia em si, mas também da psicopedagogia, porque lhe dar mais segurança e
condições de avaliar a criança por completo de acordo com seu nível cognitivo.

 Mas, o que são dificuldades de aprendizagem e como se pode determinar se


a criança apresenta ou não uma dificuldade de aprendizagem? Essas são perguntas
para as quais não há respostas simples. Apesar de todos os esforços de pesquisa e
de muitas tentativas para defini-las, ainda não há uma definição operacional geral
dos distúrbios de aprendizagem que seja aceita. Segundo Hooper e Willis (1989),
isto se dá em virtude da heterogeneidade dos grupos de dificuldades dos distúrbios
de aprendizagem.

O maior desafio que deve ser enfrentado na formação profissional de


professores é acabar com a ideia de um modelo único de ensino. Sabemos que
nada está pronto e acabado. O educador deve se colocar na posição de eterno
aprendiz que busca uma formação profissional contínua, se reavaliar e avaliar sua
ação pedagógica, adotar uma pratica docente inovadora, criativa, atualizada e sendo
um protagonista da educação transformando assim a própria comunidade.

O profissional da educação, em sala de aula, precisa estar atento para o fato


de que sujeito e objeto de conhecimento se constroem simultaneamente. O papel do
professor e da atuação da escola frente à formação do educando no processo de
ensino-aprendizagem vem gerando estudos entre diversos pesquisadores no sentido
de ressaltar a importância do professor na pratica educativa e sua atuação voltada
para a produção de conhecimento do aluno. Sabe-se que não existe quem ensina ou
quem aprende, mas quem aprende a aprender.

O professor é importante no ato educativo, sendo um aprendiz e sua


aprendizagem é proporcional a do aluno. A sala de aula é o palco onde acontece a
principal intervenção pedagógica.

Sobre essa prática, Gadotti (2000) afirma que: ...o educador é um mediador
do conhecimento, diante do aluno que é o sujeito da sua própria formação. Deste
modo ele precisa construir conhecimento a partir do que faz e, para isso, também
precisa ser curioso, buscar sentido para o que faz e apontar novos sentidos para o
que fazer dos seus alunos.

Segundo a Associação Brasileira de Déficit de Atenção (2013): “O professor é


um dos grandes observadores de crianças, é quem as conhece como poucos, pois
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consegue manter o olhar individual, mesmo em meio a uma “multidão”. Diferente de
outros profissionais, ele é um dos poucos que enxerga a criança e o adolescente em
sua rotina, na realidade em que ele está inserido”.

Nessa perspectiva é necessária a busca de inovação do processo educativo


com novas formas didáticas e metodológicas facilitando o ensino-aprendizagem. O
professor deve conhecer a realidade do educando, que tenha bom senso, que
permita e colabore com o desenvolvimento e autonomia de seus alunos, tenha
entusiasmo, amor pela profissão, que se alegre com as conquistas alfabetizadoras
de cada aluno. Pode se afirmar que o futuro exigirá um profissional da educação que
tenha múltiplas competências e antes de tudo é preciso estar aberto, pronto para
atuar em diferentes áreas, saber lidar com a tecnologia e aperfeiçoar as relações
sociais.

Portanto, o professor não pode acreditar que o conhecimento que possui já é


suficiente, mas é necessário o aperfeiçoamento constante, sendo um pesquisador,
não apenas um transmissor de conhecimentos, mas estar sempre buscando a
formação continuada e se tornando assim um educador humano, éticos,
responsável, competente e justo no que realiza em sala de aula.

2. APOIO ESCOLAR AO CORPO DOCENTE


O trabalho coletivo no âmbito escolar consiste na integração das atividades
do corpo docente, direção e equipe pedagógica tendo por objetivo a aprendizagem
do educando. A ação do professor precisa ter por meta uma educação, que favoreça
a formação plena do aluno, não só que ensine a ler e escrever, mas que na
realidade forme um cidadão consciente e capaz de fazer parte da vida social com
dignidade.
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Na realidade, as escolas públicas no Brasil, em especial as periféricas,
possuem gestão pedagógica escolar ante democrática, que pouco ou quase nada
fazem no sentido de promover ao professor condições para lidar com alunos com
dificuldades de aprendizagem, que ofereça condições pedagógicas apropriadas a
cada educando, que promova meios condizentes a dificuldade do aluno, que
reivindique ao poder público municipal principalmente, políticas educacional que vise
resgatar e universalizar o saber a cada criança ali inserida, melhorando o seu
aprendizado e diminuindo a evasão escolar.

No entanto a escola existe para propiciar condições satisfatórias à clientela


existente, possibilitando mais aprendizado, superação e qualidade de vida. O
professor não pode arcar com toda dificuldade sozinho, mas que receba do núcleo
gestor apoio pedagógico e técnico para assim desempenhar um trabalho mais
eficiente. Que o sistema de ensino faça cumprir as leis que vem justamente garantir
o conhecimento a todos sem exceção. Colaborar com a difusão do aprendizado, que
é comum a existência em toda escola dificuldades, barreiras que impede o sucesso
escolar do aluno.

Nesse processo de ensino-aprendizagem o professor na maioria das vezes é


incapaz de identificar, analisar a causa que prejudica a aprendizagem, como
também muitas vezes o seu despreparo profissional, à percepção do problema e de
onde originou. Entra aqui a importância de uma equipe multidisciplinar para fazer um
trabalho diferenciado, que educador pedagógico fica impedido de realizar.

O professor é o maior responsável em alfabetizar seu aluno, no entanto


também o mais cobrado quando o mesmo não alfabetiza. Cabe à instituição escolar
dar condições para melhor desempenho educacional. Aí é necessária a presença e
a parceria da escola com o Psicopedagogo que oriente o professor sobre a prática
pedagógica mais apropriada, a intervenção mais segura destinada a escola, aluno e
família, para que consiga superar as dificuldades existentes. Um trabalho
psicopedagógico onde dependendo do caso, junto com o Psicólogo, o Neurologista,
o Fonoaudiólogo, enfim com toda equipe competente, responsável para diagnosticar
cada dificuldade encontrada.

Sabemos que o psicopedagogo na escola tem a missão de ajudar no


processo de aprendizagem, junto tanto ao aluno como também ao professor,
orientando e assessorando na pratica educativa mais efetiva a cada problema
diagnosticado.
O aprendizado é construído em vários ambientes e contextos onde há 13
a
presença do ser humano, é no seio familiar que recai essa responsabilidade de
educar, embora nos dias atuais é determinada exclusivamente a instituição de
ensino, uma cultura que precisa ser mudada, pois sabemos que é dos pais em
primeira instância essa missão, educar, dar limite, ensinar os principais valores
éticos e morais aos filhos, até porque é na família que se dar o primeiro vinculo,
contato, porém é desse ambiente que as pessoas são inseridas na sociedade,
desenvolvendo-se e aprendendo.

Por isso que temos tantos problemas no espaço social dos mais diversos
tipos. A escola espera que essa situação possa um dia mudar, e trabalha para que
isso ocorra, no entanto não é exclusivamente dela, mas de todos que fazem a
sociedade.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao término deste trabalho notou-se que a escola tem uma tarefa relevante no
resgate da autoimagem distorcida da criança, por ter uma concepção socialmente
transmissora de educação e de cultura, que transcende as habilidades educacionais
familiares, além da responsabilidade e competência em desvendar para a criança o
significado e o sentido do aprender.
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Quando se discute as dificuldades de aprendizagem, percebe-se que não
existe um conceito especifico e pronto, mas diante de muitos estudos, são situações
que privam o indivíduo de aprender por problemas neurológicos, socioambientais
que envolvem a escola e a família, que afeta o desenvolvimento integral do
indivíduo. Sabemos que as dificuldades de aprendizagem dependem da forma de
aprender de cada criança e o tipo de aprendizagem ela apresenta. É aí que
necessita do trabalho e apoio do psicopedagogo na instituição escolar para facilitar o
processo de aprendizagem, observando o aluno como também o professor e seu
processo de aprender e ensinar.

Deste modo pode-se afirmar que a escola é um dos agentes responsáveis


pela integração da criança na sociedade, além da família. É um componente capaz
de contribuir para o bom desenvolvimento de uma socialização adequada da
criança, por meio de atividades em grupo, de forma que capacite o relacionamento e
participação ativa destas, caracterizando em cada criança o sentimento de sentir-se
um ser social.

No entanto as escolas devem buscar formas de prevenção nas propostas de


trabalho, preparar os professores para entenderem seus alunos, diferenciar um a
um, respeitar o ritmo de cada um. A escola deve ser um ambiente onde as crianças
possam sentir-se bem, amadas e sempre alegres.

As estratégias utilizadas na escola devem ser adequadas, envolvendo seus


alunos. E no momento em que surgir algum problema com algum aluno é importante
que haja uma mobilização por parte da escola, a fim de que solucionem a possível
dificuldade. A escola deve esforçar-se para a aprendizagem ser significativa para o
aluno. Com isso todos ganham: a escola, a família e, principalmente, a criança.

Foi durante a elaboração deste trabalho que se abordou a temática,


percebendo a aprendizagem enquanto processo e produto inacabado e
diferentemente desenvolvido. Também discorreu sobre os estudos conceituais da
aprendizagem e as principais dificuldades que os alunos têm apresentado na
efetivação de sua construção do saber escolar.

Sabendo-se que teve como objetivo descrever como o processo de


aprendizagem se efetiva e identificar as principais dificuldades de aprendizagem
apresentadas nas escolas brasileiras entre os alunos da Educação Infantil, tendo em
vista relacioná-las às sugestões de práticas favoráveis às superações cognitivas e
psicomotoras.
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As crianças com dificuldades de aprendizagem não podem viver mergulhadas
no stress, e nem ter envolvimento algum com alguma espécie de humilhação. Pois
antes de tudo a criança com dificuldade precisa ser respeitada. Vemos também a
importância do psicopedagogo e o seu papel indispensável para a sociedade,
quando lembramos que a criança portadora de dificuldades de aprendizagem
precisa ser transformada em um membro válido dentro da sociedade e tratando com
reconhecimento e sucesso o progresso de suas áreas fortes.

Com base em tudo que temos visto e estudado até aqui é de suma
importância a presença de um psicopedagogo dentro de uma instituição de ensino,
cumprindo o seu papel de profissional desta área, dando suporte para a escola, para
a família, para a sociedade e principalmente para o portador deste transtorno,
derrubando barreiras e problemas existentes.

4. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

BRASIL. Ministério da Educação Cultura. Referencial para Formação de Professores


/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília. A Secretaria, 1999.

DUNN, Kathryn Boeses. Problemas de Aprendizagem. Porto Alegre RS Ed. Artes


Médicas 1997.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do


oprimido. 4 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 2000.

PAIN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Porto


Alegre: Artes Médicas. 1992
PIAGET J. Seis estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária;1998. 16

SMITH, Corinne. Dificuldades de Aprendizagem de a a z. Porto Alegre: ARTMED,


2001.

VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos


psicológicos superiores. 5.ed. São Paulo (Brasil): Martins Fontes, 1996.

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