RA: 820112827
Turma DIR1AN-BUA1
Atividade Avaliativa 1
SÃO PAULO, SP
2020
ENUNCIADO: Considerando as imagens e excertos acima, avalie criticamente
as possibilidades de caracterização de vínculo empregatício de trabalhadores
em plataformas digitais de entregas e de transporte. Analise os requisitos para
a caracterização do vínculo de emprego, os princípios trabalhistas e as normas
que incidem nas demais relações de trabalho. A mesma lógica pode ser
utilizada para os motoristas do Uber (motoristas de aplicativos)? Qual a
posição da Justiça do Trabalho no Brasil?
Aplicativos como iFood, Rappi e UberEats, começaram a ter grande procura nos
últimos tempos, tanto de quem solicita os serviços, quanto de quem presta os
serviços. Em meio a tanto desemprego, há ainda a possibilidade de ter uma renda
para sobreviver, a partir destas plataformas digitais.
Por mais que seja preocupante e assustador, não há vínculo empregatício entre os
aplicativos e as pessoas que prestam serviços para estes. Os trabalhadores são
tratados, no caso, como trabalhadores autônomos, sem relação direta de
empregado e empregador. O único momento em que podemos identificar esta
relação, é no início da jornada de trabalho do prestador de serviços, pois é
necessário a apresentação de documentos que comprovem a sua competência para
o cargo. Mas isso não é considerado um vínculo empregatício.
A mesma lógica é utilizada para os motoristas do aplicativo Uber que no caso não
possuem vínculo empregatício com a empresa, por mais que seja assustador. Assim
entendeu a 5ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho ao negar o reconhecimento
de vínculo empregatício de um motorista. Segundo o ministro Breno Ribeiro, a Uber
presta um serviço de mediação, não havendo vínculo com os motoristas.
ENUNCIADO: De forma separada da sua conclusão (acima), e em um segundo
momento, reflita e pondere sobre as relações de trabalho destes grupos de
pessoas ante o problema macroeconômico e social ocasionado pela
PANDEMIA DO COVID-19. Considere as decisões liminares em sede de Ação
Civil Pública movida pelo MPT em face das empresas Rappi e Ifood.
Por mais que não haja um vínculo empregatício entre o aplicativo e prestadores de
serviços, a Justiça do Trabalho do estado de São Paulo decidiu que empresas,
como Rappi, iFood e Uber precisam dar assistência financeira a trabalhadores
afastados por causa de COVID-19. A assistência se adequa aos entregadores que
são do grupo de risco, aos que estão infectados e aos que estão com suspeita da
doença.